TEIMOSIA
Hc.3.16-19
Introd.: “Nem toda teimosia é maléfica e eticamente
incorreta. Há uma teimosia santa. É aquela que insiste em acreditar em Deus em
toda e qualquer circunstância.
Não há maior triunfo do que superar pela fé
um transtorno qualquer, de pequena ou longa duração, até que se enxergue a luz
no fim do túnel.
Além de ser benéfica, essa modalidade de
teimosia é uma virtude rara” – Rev. Elben Lenz.
Nar.: Por
volta do 5º século a.C. Habacuque faz uma reclamação do Reino do Sul, Judá,
diante de Deus: “Até quando, SENHOR,
clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?”,
Hc.1.2.
Havia
entre o povo de Deus “[...] iniquidade (não
reconhece o direito) [...] opressão (exploração) [...] destruição [...]
violência [...] contendas [...] e o litígio (ação na justiça) se suscitava”,
Hc.1.3.
Por este
motivo, Deus resolve “[...] suscitar os
caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra, para
apoderar-se de moradas que não são suas”, Hc.1.6.
Ao saber
que “[...] cumprir-se-(á) no tempo
determinado (a invasão babilônica) [...] e não falhará; se tardar, espera-o,
porque, certamente, virá, não tardará”, Hc.2.3, o profeta se “põe na [...] torre de vigia [...] e vigia
para ver o que Deus lhe dirá e que resposta ele terá à sua queixa”,
Hc.2.1.
Como a
destruição estava prestes a vir, Deus declara que até mesmo “[...] o soberbo [...] sua alma não é reta
nele; mas o justo viverá pela sua fé”, Hc.2.4, caso consiga esperar em
Deus.
Propos.: A
teimosia na fé deve ser o alvo do povo de Deus.
Trans.: A
teimosia me leva a [...]
1 – Esperar o dia da angústia,
Como
os babilônios subiram “[...]
para fazer violência (contra Judá) [...] eles reuniram os cativos como areia”,
Hc.1.9; assim somos assolados todos os dias.
A
orientação que recebemos é que “[...]
devemos esperar em silêncio o dia da angústia (aflição, agonia, ansiedade)
[...]”, Hc.3.16 “[...] que Deus tomou
por mim (como) vingança [...]”, Sl.18.47 em meu lugar.
Após “ouvir a voz (de) Deus [...] o (nosso) íntimo
se comove [...]”, Hc.3.16 em termos físicos.
“[...] Os nossos lábios tremem (de medo,
raiva, sem saber o que falar) [...]”, Hc.3.16 sem saber se pede a Deus
misericórdia ou condenação para aquele que nos fere.
“[...] A podridão entra (em) nossos ossos (ou
os músculos desfalecem) [...]”, Hc.3.16 porque “[...] nenhum há que possa livrar alguém das mãos (de) Deus;
agindo Deus, quem o impedirá?”, Is.43.13.
Ao
descobrir esse poder de Deus, “[...] os
joelhos me vacilaram [...] ”, Hc.3.16 porque eu posso “[...] esperar [...] que (o SENHOR) virá
contra o povo que nos acomete”, Hc.3.16.
A
teimosia [...]
2 – Me fala de
alegria.
“[...] O que me pode dar esperança (neste
mundo?)”, Lm.3.21.
Na
verdade, “[...] tudo passa rapidamente
(neste mundo), e nós voamos”, Sl.90.10.
O profeta
Jeremias fala que na época do cerco de Jerusalém, “até as cervas no campo tinham as suas crias e as abandonaram,
porquanto não havia erva”, Jr.14.5.
A falta
do necessário não pode tirar a nossa alegria.
De forma
poética Habacuque fala sobre a falta de pão.
“Ainda que a figueira não floresça [...]”,
Hc.3.17 pois “[...] o SENHOR (já havia)
dito [...] que [...] puniria [...] os jovens (com) a espada, os [...] filhos e
as [...] filhas morreriam de fome”, Jr.11.22.
Posso me
“alegrar no SENHOR [...]”,
Sl.97.12 mesmo que “[...] não haja
fruto na vide (referindo-se à prosperidade ou a alegria passageira) [...]”,
Hc.3.17.
“Ainda que [...] o produto da oliveira minta
[...]”, Hc.3.17 ou falte o azeite para a minha alimentação e curar as
minhas feridas, “eis que Deus é a minha
salvação; confiarei e não temerei, porque o SENHOR Deus é a minha força [...]”,
Is.12.2.
“[...] E (se caso) os campos não produzirem mantimento
(?) [...]”, Hc.3.17; a certeza que temos é que “[...] não (podemos) andar ansiosos [...] quanto ao que havemos
de comer ou beber [...]”, Mt.6.25.
Ao olhar
para as criações, o profeta percebe que “[...]
as ovelhas (foram) [...] arrebatadas do aprisco, e nos currais não havia gado”,
Hc.3.17, pois os Caldeus haviam destruído tudo.
Neste
mundo não encontramos alegria duradoura.
O
profeta declara “todavia, (apesar de
toda tragédia) ele se alegra no SENHOR, exulta (repetição para enfatizar) no (seu)
Deus [...]”, Hc.3.18.
Sim,
a esperança de todos nós não pode ser neste mundo, mas na “[...] salvação (que) Deus”, Hc.3.18
nos oferece.
A
teimosia [...]
Conclusão: Me leva para a solução.
Ao olhar para os problemas da vida,
não cabe a nós a derrota dos nossos inimigos e nem mesmo suprir a falta do
necessário para a nossa sobrevivência.
Devo saber que “o SENHOR Deus é a minha fortaleza (cerca,
protege, me dá força), e faz os meus pés como os da corça (para me livrar dos
predadores), e me faz andar altaneiramente (de cabeça erguida em qualquer
situação) [...]”, Hc.3.19.
Para
encerrar, o autor fala que a nossa vida deve ser como “[...] ao mestre de canto (que sabe ensinar e
tocar, por isso, ele escolhe os) instrumentos de cordas”, Hc.3.19 para louvar ao Senhor Deus.
Elaborado
pelo Rev. Salvador P. Santana
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