quinta-feira, 28 de março de 2019

OLHE PARA FRENTE.

OLHE PARA FRENTE
            O automóvel foi uma das invenções mais bem sucedidas para facilitar a vida do homem. É evidente que o primeiro automóvel não fora inventado em 1771 (Fardier – três rodas, movido a vapor), pelo contrário, esse modelo descende do veículo hipomóvel (veículo puxado a cavalo) que desde os primórdios quando “os carros passavam furiosamente pelas ruas e se cruzavam velozmente pelas praças; parecendo tochas, correndo como relâmpago” (Na 2.4 – 663-612 a.C.).
            O modelo mais antigo provavelmente seja aquele usado por José do Egito, quando Faraó “[...] fê-lo subir ao seu segundo carro, e clamavam diante dele: Inclinai-vos! Desse modo, o constituiu sobre toda a terra do Egito” (Gn 41.43).
            Hoje, os modelos são bem mais sofisticados, e duas peças que chamam atenção são: Retrovisores e para-brisas.
            Com os retrovisores, você olha para trás, para as coisas que ficaram, como o verso das placas de sinalização, essas já não têm mais utilidades, não existe nenhuma sinalização nelas. Os carros vagarosos, desaparecem a cada quilômetro rodado. Os pedestres ficam minúsculos conforme a distância. As plantações perdem seu brilho, o seu encanto.
            Tudo isso acontece porque o retrovisor não foi feito para ver nitidamente. Ele é de curta visão, pequeno, e conforme o modelo, tem diferença entre retrovisor interno e externo, direito e esquerdo, nítido ou opaco, enfim tudo quanto fica para trás desaparece rapidamente.
            Paulo, escrevendo aos filipenses, fala que é preciso “[...] esquecer das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão” (Fp 3.13). Neste aspecto, faz bem que todos, sem exceção, esqueçam os prazeres passados, as dores sofridas, as amarguras da vida, o sonho desfeito, o amor perdido, as farras, os golpes dados e sofridos, a perda de caráter.
            “Sim, (é) dever considerar tudo como perda, por causa da sublimidade (maior valor) do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perde-se todas as coisas e as considera como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3.8).
            Tudo o que já passou no decurso da vida fica mais distante e apagado, em especial as coisas más, porque as boas obras devem ser “pensadas (e) [...] trazidas à lembrança os anos de passados tempos” (Sl 77.5) como uma forma de agradecer ao “[...] SENHOR [...] as maravilhas que tens operado e também os teus desígnios para conosco [...]” (Sl 40.5).
            Agora, veja bem, o para-brisa é amplo, tem maior visibilidade, e melhor cuidado quanto a limpeza; limpo por dentro e por fora. Tudo isso tem um único objetivo: estar atento ao que pode vir pela frente para que se faça o desvio ou pare bruscamente.
            É através do para-brisa que você percebe a diferença que existe entre um menor, retrovisor, e um maior, o para-brisa.
            Através do para-brisa, olhando para frente, as coisas avançam, crescem, ficam mais vivas, as placas de sinalização têm sentido, os verdes das matas ficam mais verdes, as pessoas, ainda que vistas de costas, tem sentido. 
            Comparando com a vida espiritual do cristão, Deus o fez para olhar para frente, “[...] para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14).
            É preciso que o servo de Deus aprenda a “olhar firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus [...]” (Hb 12.2), “[...] avançar para as (coisas) que diante de mim estão” (Fp 3.13).
            É impossível nesta caminhada levar uma vida olhando para trás, para as derrotas, desgraças, retroceder, desistir das coisas com muita facilidade. Sim, porque todo aquele “[...] que, tendo posto a mão no arado, (se) olhar para trás (não) é apto para o reino de Deus” (Lc 9.62).
            É bem verdade que o homem nunca pode ser comparado a um automóvel, mas todos sabem que Deus jamais deseja homens que fiquem a olhar para trás, vendo que tudo quanto passou na vida foi desperdiçado, pelo contrário, Deus procura homens que ao olhar para frente enxerguem as maravilhas e as bênçãos que poderão vir sobre a sua própria vida e de seus familiares.            
Rev. Salvador P. Santana

sábado, 23 de março de 2019

Mt.27.32 - ME OBRIGARAM.


ME OBRIGARAM

Mt.27.32

Introd.:           Todos nós somos obrigados à alguma situação na vida.
            Somos obrigados a estudar, trabalhar, comprar alimento, pagar impostos, cuidar da família, cuidar dos afazeres domésticos.
            Não somos obrigados a servir a Jesus.
Propos.:           Precisamos verificar até que ponto somos influenciados pelo outro para sermos obrigados a fazer alguma coisa.
Trans.:             Me obrigaram [...]
1 – A ser outro.
            “Ao sair (da sua casa em direção à igreja, qual é a sua atitude em relação a seu cônjuge/filho/parente/amigo?) obriga-o (a vir junto com você?) [...]”, Mt.27.32.
            Nenhum pode nos obrigar o outro a fazer algo que não desejo.
            “Ao sair (para adorar a Deus, deve ser espontâneo, sincero, dedicado) [...]”, Mt.27.32.
            “Ao sair (para a igreja você deve se preocupar com a sua própria vida espiritual) [...]”, Mt.27.32.
            O outro “ao (desejar) sair (para a igreja ele deve se preocupar com a sua própria vida espiritual) [...]”, Mt.27.32.
            Perceba que os guardas “[...] saíram (mas não para dedicar-se a Jesus) [...]”, Mt.27.32.
            Os guardas “[...] saíram (para cumprir uma ordem de Pilatos; a crucificação) [...]”, Mt.27.32.
            Os guardas “[...] saíram (com o intuito de humilhar Jesus e não para adorar) [...]”, Mt.27.32.
            Veja que muitos de nós desejamos “[...] encontrar um cireneu (Líbia, a fim de forçá-lo a atuar em nosso lugar ou agir como um adorador, um servo de Deus) [...]”, Mt.27.32.
            É impossível o outro fazer o que você deseja, mesmo porque, é Deus quem “[...] nos escolhe (em) Jesus antes da fundação do mundo [...]”, Ef.1.4.
            O “[...] chamado Simão (pode ser um que eu queira cônjuge/filho/vizinho que seja) obrigado (a servir a Deus) [...]”, Mt.27.32.
            “Ao sair (para o local de adoração, saia você mesmo, sozinho, sem querer impor, decidir pelo outro, você é responsável por você mesmo espiritualmente) [...]”, Mt.27.32.
             Me obrigaram [...]
2 – [...] A carregar a cruz”, Mt.27.32.
            Jesus em outra Escritura declara que o servo de Deus precisa abandonar o desejo natural de buscar conforto, fama ou poder, daí, Ele nos convida: “[...] vinde após mim [...]”, Mt.16.24.
            É necessário renunciar hábitos e maus costumes a ponto de “[...] a si mesmo se negar [...]”, Mt.16.24.
            O “[...] tomar a sua cruz [...]”, Mt.16.24, no grego fala de levantar a cruz para que todos vejam.
            O condenado levava publicamente nas costas a própria cruz, a viga transversal, até o lugar da execução.
            “[...] Tome a sua cruz [...]”, Mt.16.24 sobre os ombros e seja sincero, sem medo, sem vergonha, sem fingimento, com ousadia.
            Mas o texto básico não trata a respeito de, voluntariamente, impulsionado por Deus, seguir a Cristo.
            O texto fala sobre outro me “[...] obrigar a (fazer aquilo que não desejo) [...]”, Mt.27.32.
            Perceba que muitos dos nossos são “[...] obrigados a (vir para a igreja – casais/filhos/amigos com interesses diversos) [...]”, Mt.27.32.
            Outros são “[...] obrigados (PF, batizar, fazer parte do conjunto devido a cobrança insistente dos pais/filhos/amigos) [...]”, Mt.27.32.
            Nota-se nestes dias homens são “[...] obrigados (devido a posição de status a frequentar a igreja dos atores, jogadores, políticos, youtubers) [...]”, Mt.27.32.
            A pergunta é se você está sendo “[...] obrigado a carregar a cruz (como se fosse sua)”, Mt.27.32.
            Todos aqueles que são “[...] obrigados a carregarem a cruz (não podem ser instigados por homens, mas pelo Pai celeste, esse “[...] permanece em Jesus, e Jesus, nele, esse dá muito fruto; porque sem Jesus nada pode fazer”, Jo.15.5)”, Mt.27.32.
            Sendo servo de Deus, “ao [...] carregar a cruz (os outros precisam ver a quem você serve, a quem você obedece, Jesus Cristo, o nosso Senhor)”, Mt.27.32.
            Deixa de ser “[...] obrigado (pelos homens para) carregar a cruz (de Cristo)”, Mt.27.32.
            Seja você mesmo e não outro o único que pode “[...] obrigar (você) a carregar a cruz (como um troféu de vitória para a salvação)”, Mt.27.32.
            “[...] A cruz (não pode ser) carregada (para satisfazer aos outros) [...]”, Mt.27.32.
            “[...] A cruz (deve ser) carregada (com o propósito de glorificar o nome de Jesus Cristo) [...]”, Mt.27.32.
            “[...] A cruz (que você) carrega (deve ser o símbolo da sua lealdade a Cristo Jesus) [...]”, Mt.27.32.
            A obrigação [...]
Conclusão:      Recai sobre mim.
            Algumas sugestões:
            “Ao sair (para servir a Deus) [...]”, Mt.27.32, que seja você mesmo e não outro em seu lugar;
            Peça a Deus para você “[...] encontrar (o seu eu, a sua lealdade, a sua fidelidade, a sua servidão a Cristo) [...]”, Mt.27.32;
            Tenha o desejo de apenas orar por aqueles que moram em “[...] cireneu (Líbia, a sua cidade, a sua casa, os seus vizinhos) [...]”, Mt.27.32;
            Seja você mesmo e não tenta buscar o “[...] chamado Simão (pode ser que ele não queira servir a Deus. Servir é pessoal e intransferível essa dádiva celeste) [...]”, Mt.27.32;
            A única pessoa “[...] a quem (você deve) obrigar (a sair de casa para vir a igreja é você) [...]”, Mt.27.32;
            O único que deve e tem condições de “[...] carregar a cruz (é você)”, Mt.27.32, portanto, não deixa ninguém obrigar você a servir a Cristo.


            Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 22 de março de 2019

AMBIENTE LIMPO.

AMBIENTE LIMPO
            “Baleia é encontrada morta nas Filipinas com 40 kg de plástico no estômago. É a maior quantidade de plástico que já vimos', diz museu que resgatou animal” - https://f5.folha.uol.com.br/bichos/2019/03/baleia-morta-nas-filipinas-tinha-40-kg-de-plastico-no-estomago.shtml.
            O derramar do lixo está virando prática comum entre todos. Já não se “[...] faz (mais) diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo” (Lv 10.10). Tudo está se igualando e se tornando comum entre um e outro.
            Muitos caminhões de lixo estão circulando em todos os segmentos da sociedade. Também já não se faz mais separação entre uma sociedade civil, religiosa ou governamental que não esteja com suas caçambas abarrotadas de lixo. Todas elas, sem distinção, reconhecem e jogam o lixo contaminado no lugar em que achar mais conveniente.
            Verdade é que nenhuma delas se preocupa em sujar a si mesma ou o meio em que vivem. Chegou ao ponto máximo de “[...] cada um fazer o que achar mais reto” (Jz 21.25), e, com quem acha que merece e a hora em que bem entende à luz do dia “[...] praticam (todo tipo de) males” (1Pe 3.12).
            Como se não bastasse o lixo que contamina o meio ambiente, há uma sujeira muito maior e que está dentro de cada coração. Sim, essa sujeira contamina completamente a si mesmo e aos outros que estão por perto. Esse lixo se encontra alojado, enraizado em todos os homens, isto “porque (é) de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios” (Mc 7.21). O pior é que esse lixo “[...] contamina o corpo inteiro, e [...] (pode) por em chamas toda a carreira da existência humana [...]” (Tg 3.6).
            Urgente! É preciso que comece uma cadeia de não proliferação da sujeira entre as partes. Um sozinho, sem a ajuda de terceiros, necessita começar a fazer limpeza completa ao seu redor e dos demais que cooperam para a imundícia de si mesmo e daqueles que o rodeiam. Necessário fazer a opção por não “[...] querer demandar (por qualquer motivo) com (este ou aquele para) [...] tirar-lhe a túnica [...] (e até mesmo) a capa” (Mt 5.40).
            Não se pode deixar para amanhã o acúmulo de resíduos, ainda que sejam os menores, não vistos a olho nu. Estes, ainda que imperceptíveis, causam sujidade igual ou pior do que as montanhas de lixos acumulados.
            Os maiores amontoamentos de lixo podem ser tirados de uma só vez e os estragos podem ser devastadores, mas também, os lixos minúsculos, impregnam, machucam, e, para arrancar, muitas vezes é necessário esfregar com insistência e esforço, podendo causar feridas profundas e incuráveis.
            Afinal, todos querem viver em meio à limpeza, sem empecilho e sem sujidade que possa manchar agora e para sempre. Tal como a reciclagem do lixo, assim deve ser a vida do homem de Deus. Assim como aconteceu com a Baleia e tantos outros animais que morrem devido a ingestão de lixos jogados pela população, muitos homens estão morrendo com o lixo que outros e ele mesmo produz com o intuito de machucar, denegrir, manchar e prejudicar a vida do próximo.
            É preciso que cada servo de Deus, urgentemente, tenha desejo de “não pagar mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendiz, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança” (1Pe 3.9).
            Não é fácil tomar essa atitude, mesmo porque, “[...] todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm 3.12), ou, irão receber toneladas de lixos sobre si, a fim de que revidem, então, morrerão intoxicados como a Baleia.
            O conselho bíblico é que se deve “evitar que alguém retribua a outrem mal por mal; pelo contrário, segui sempre o bem entre vós e para com todos” (1Ts 5.15), com a finalidade de aprender a não derramar e nem recolher o lixo alheio como aconteceu com a Baleia que morreu com quarenta quilos de plástico.
            Procure viver num ambiente mais limpo.
Rev. Salvador P. Santana

domingo, 17 de março de 2019

PARA NÃO ESQUECER.


PARA NÃO ESQUECER
            “Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas posteriores também não haverá memória entre os que hão de vir depois delas” (Ec 1.11).
            A respeito do homem não se lembrar do passado, é um mistério no comportamento da humanidade. É possível que, através de exames patológicos, neurológicos, seja possível diagnosticar se a pessoa está demente, com Alzheimer, fingindo, tentando enganar, ludibriar o próximo.
            Existem muitas coisas na vida que é preciso treinar a fim de não esquecer certas habilidades ou acontecimentos que passaram no decorrer da vida. Uma das maneiras mais práticas e instruídas por médicos é que todo paciente deve se dedicar à leitura, a alguma tarefa corriqueira para não cair no esquecimento.
            Um dos esquecimentos que tem assolado a humanidade no seio da família e dos amigos próximos é o beijo, o abraço apertado, palavras de incentivo e carinho, dizer “muito obrigado”, “por favor”, “me perdoe”, “com licença”, usar de cortesia com todos.
            É bem verdade que esse tipo de comportamento se aprende dentro das quatro paredes, no exercício doméstico entre pais e filhos, o qual se reflete no trabalho, na escola, nos vizinhos, e no convívio espiritual da igreja entre irmãos em Cristo Jesus.
            Para não esquecer as suas obrigações diárias e tornar-se rotineiro em sua vida, no início, faça anotações, programe o despertador, incumba alguém de lhe avisar, enfim, você deve fazer de tudo para não esquecer o primordial de sua vida, a sua família. Pena é que muitos não se esquecem de fazer as suas obrigações em detrimento de sua família; bom seria se isto pudesse acontecer todos os dias dentro de casa.
            Uma das grandes dificuldades que muitos casais enfrentam nestes dias é “[...] não [...] (se) lembrar das coisas que precederam [...]” (Ec 1.11). Muitos esquecem datas de aniversário do cônjuge, dos filhos, dos pais, sogros. Outros esquecem datas de namoro, noivado, casamento e, pasmem, dia do nascimento dos filhos; “já não há lembrança [...]” (Ec 1.11).
            Os homens, que situação vexatória! A muitos nem sequer passa pela mente que as datas relacionadas entre ele e a sua namorada/esposa são de fundamental importância para ela, logo se faz necessário não esquecer tal comemoração, mas, como fala Salomão: depois do casamento “já não há lembrança das coisas que precederam [...]” (Ec 1.11).
            Ela, por sua vez, se esforça para se “[...] lembrar das coisas que precederam [...]” (Ec 1.11) e, por sinal, isso é muito ruim para o relacionamento. Pode acreditar que ela irá cobrar insistentemente, para o bem dos dois, a fim de ajudá-lo a se “[...] lembrar das coisas que precederam [...]” (Ec 1.11). Aceite a cobrança.
            Manter um relacionamento do “não se deve esquecer só para agradar ao outro” pode causar uma ferida muito grande que logo será desfeita e transformada em uma gangrena, ou seja, morre aos poucos.
            É bem verdade que “já não há lembrança das coisas que precederam [...]” (Ec 1.11), então, mesmo que essa pessoa seja metódica, auxiliada pela mídia ou pessoas, “[...] também não haverá memória entre os que hão de vir depois (das) lembranças passadas [...]” (Ec 1.11). Sendo assim, por qual motivo ficar enciumado, emburrado, chateado, briguento com o seu próximo por ter esquecido uma simples data de aniversário? Por que cobrar das outras pessoas sendo que os mesmos defeitos estão em todos?
            Para não esquecer, lembre que algum dia todos já se esqueceram de compromissos muito importantes como a leitura bíblica, a oração, a frequência à casa de Deus, o perdoar o irmão.
            Para não esquecer, deixe um lembrete, se é que você se lembrou, avisando a quem você ama que aquele dia é especial para ela. É melhor que brigar.
            Para não esquecer, peça ajuda a Deus para não reclamar, não cobrar uma coisa que já acontece, desde o dia em que existe homem no mundo, com todos os seres humanos; o esquecimento.
            Para não esquecer, lembre que Deus sempre abençoa e perdoa mesmo quando você se esquece de buscá-lo com todo o seu coração.
            Rev. Salvador P. Santana

Mt.27.27-31 - LEVARAM JESUS.


LEVARAM JESUS
Mt.27.27-31

Introd.:           Levar alguém para onde ele não queira pode ser por indução, coercitivamente ou de pleno acordo preestabelecido entre os dois. 
Propos.:           Levar Jesus pode ser traumático para muitas pessoas.         
Trans.:             Levaram Jesus [...]
1 – Para o pretório.
            Ir “[...] para o pretório (palácio) do governador (e quartel-general, fala que Pilatos finaliza e sela a morte de) Jesus (na cruz do calvário, não por conta própria) [...]”, Mt.27.27.
            Veja que o advérbio “logo (indica rapidez, pois não fora ideia de Pilatos marcar data e hora da morte de Jesus, isto porque, o conselho Eterno de Deus já havia determinado que Jesus seria “[...] entregue aos gentios (02.04.33, quinta-feira, 0h00) para ser escarnecido, açoitado e crucificado (03.04.33, sexta-feira); mas, ao terceiro dia (05.04.33, domingo), Jesus ressurgiu”, Mt.20.19 [...]”, Mt.27.27.
            Manhã de sexta-feira, dia 03.04.33 – 07h00 – 09h00 “[...] os soldados (500 a 600) do governador Pilatos (se apressam e se preparam para zombar do Mestre Jesus) [...]”, Mt.27.27.
            [...] A seguir, os soldados (se reuniram como expectadores para o açoite – primeiro passo para a execução da sentença) [...]”, Mt.27.27.
            Para esta contemplação de horror, contagiados pelo ódio da multidão que “[...] levaram Jesus (não para dentro de casa ou do coração) [...]”, Mt.27.27.
            Perceba que esses “[...] soldados [...] (se) reuniram (não para adorar, agradecer, louvar, eles tiveram maus propósitos em seus corações) [...]”, Mt.27.27.
            Ficaram “[...] em torno (de) Jesus (não para reverenciar, mas para sufocar, desestabilizar, zombar) [...]”, Mt.27.27.
            Para o horror que estava prestes acontecer, “[...] toda a coorte (décima parte da legião – 600 homens zombeteiros, escarnecedores, raivosos)”, Mt.27.27.
            Para qual palácio você levou Jesus – seu coração, seu lar, seus amigos.
            Levaram Jesus para ser [...]
2 – Escarnecido.        
            Neste estágio do sofrimento de Jesus os guardas usam toda pompa real para abusarem da Pessoa e obra de Jesus.
            Despir das vestes [...]”, Mt.27.28, para o Judeu, era “[...] ficar tão envergonhado, que não tinham coragem de voltar para casa [...]”, 1Cr.19.5.
            Tentaram “despir Jesus das vestes (de santidade, mas Jesus é “[...] Santo, santo, santo [...] toda a terra está cheia da sua glória”, Is.6.3) [...]”, Mt.27.28.
            O propósito dos guardas “despojarem Jesus das vestes (envergonhá-lo e torná-lo menos importante que um escravo, pois eles se enganaram porque “[...] o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”, Mc.10.45) [...]”, Mt.27.28.
            A ação contínua foi “[...] cobrir Jesus (não para apagar a vergonha, mas para humilhar, menosprezar) [...]”, Mt.27.28.
            [...] Com um manto (usado pelos imperadores, zombaram como sendo Jesus rei terreno, mas eles esqueceram que “[...] o reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos”, Ap.11.15)”, Mt.27.28.
            O “[...] escarlate (aponta para “[...] o sangue de Jesus [...] (que) nos purifica de todo pecado”, 1Jo.1.7”, Mt.27.28.
            Tecendo uma coroa (fama do rei – poder, autoridade, imortalidade. Precisamos saber que “[...] tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra [...]”, Hb.2.9) [...]”, Mt.27.29.
            A “[...] coroa de espinhos (teve o intuito de fazer Jesus sofrer) puseram-lha na cabeça), mas todos os homens “[...] adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono [...]”, Ap.4.10 [...]”, Mt.27.29.
            [...] E, na mão direita, um caniço (simboliza o poder real dos monarcas), mas “[...] aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória”, Mt.24.30 [...]”, Mt.27.29.
            Perceba a ousadia dos soldados; “[...] e, ajoelhando-se diante (de) Jesus (não para adorar, reverenciar, dedicar-se, mas), o escarneciam (brincar, gracejar, zombar, enganar, iludir) [...]”, Mt.27.29.
            O “[...] dizer (tanto daqueles como de muitos de hoje): Salve (esteja contente, tenha sucesso), rei dos judeus!”, Mt.27.29.
            Muitos se enganam porque nós é que precisamos de sucesso para “buscar o SENHOR e o seu poder; buscando perpetuamente a sua presença”, Sl.105.4.
            E (os homens continuam), cuspindo (em) Jesus (desrespeito, desprezo, negando o ósculo santo, o abraço, o estar junto) [...]”, Mt.27.30.
            A fim de completar a maldade, “[...] tomaram o caniço (bastão, o cetro que representa poder, autoridade) e davam-lhe com ele na cabeça (perfurar, aumentar o sofrimento)”, Mt.27.30.
            Não se engane, Jesus sabia que seria “[...] desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso”, Is.53.3; mas venceu por nós.
            Levaram Jesus para ser [...]
Conclusão:      Crucificado.
            Depois (que os 600 guardas praticaram toda sorte de brutalidade, perversidade) de o terem escarnecido (zombado, humilhado, resolveram colocar um meio fim a esse sofrimento) [...]”, Mt.27.31.
            [...] Despiram (Jesus não da sua dignidade, poder, autoridade) [...]”, Mt.27.31.
            [...] Despiram o manto (que o retratava como rei dos judeus e não do mundo) [...]”, Mt.27.31.
            [...] E (esses mesmos guardas e muitos de nós) [...] vestimos Jesus (ao nosso bel prazer como se fora um de nós com as nossas roupagens imundas) [...]”, Mt.27.31.
            [...] Vestiram Jesus com as suas próprias vestes (dando a ideia de que o Mestre fora bem cuidado, julgado e que, portanto, estava em boas condições para a sua morte) [...]”, Mt.27.31.
            [...] Em seguida, Jesus (é) levado para ser crucificado (sendo o maior sofrimento por mim e você)”, Mt.27.31.
            Quem e para onde estamos levando os nossos parentes e amigos?


            Rev. Salvador P. Santana

segunda-feira, 11 de março de 2019

1Jo.4.1-6 - NÃO CREIA EM QUALQUER UM.


NÃO CREIA EM QUALQUER UM, 1Jo.4.1-6.

Objetivo:         Ter discernimento espiritual
Nar.:    John MacArthur Jr – A maior necessidade da igreja é o discernimento espiritual.
            Diante de tanta confusão doutrinária, é preciso “[...] estabelecer distinção (diakrinô – separar coisas através de seus pontos de diferença, a fim de distingui-las – Jay Adams) [...]”, At.15.9.
            Discernimento é o processo de fazer distinções cuidadosas em nosso pensamento sobre a verdade e a mentira, o falso e o verdadeiro.
            Cada um de nós precisa ser “[...] alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina [...] (a fim de) rejeitar as fábulas (história contada para ilustrar uma verdade e na qual animais ou vegetais falam e agem como pessoas) profanas [...]”, 1Tm.4.6, 7.
            Para se ver livre do falso ensino, devemos nos “[...] aplicar à leitura (Bíblica) [...] (e) ter cuidado [...] de nós mesmos e da doutrina [...]”, 1Tm.4.13, 16.
            O aconselhamento de Paulo é que precisamos “julgar (aprovar, discernir, testar ou provar para revelar a sua autenticidade) todas as coisas, reter o que é bom”, 1Ts.5.21.
            João recomenda aos seus leitores: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”, 1Jo.4.1.
            As advertências servem como benefício espiritual para cada um de nós.
1 – Provai os espíritos.
            Para poder discernir corretamente os espíritos, precisamos:
            Verificar a origem do espírito.
            A declaração de João é que os “amados, não (devem) dar crédito a qualquer espírito; antes, provar os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”, 1Jo.4.1.
            Neste versículo temos três lições principais:
            A – Não acreditem em todo espírito ou “[...] não deis crédito a qualquer espírito [...]”, 1Jo.4.1.
            A palavra “[...] espírito [...]”, 1Jo.4.1, é uma metonímia (empregar o termo no lugar de outro), que significa “ensinamento”.
            [...] O SENHOR [...] diz [...] (que) não (pode) nos enganar os nossos profetas que estão no meio de nós [...] nem (devemos) dar ouvidos aos nossos sonhadores, que sempre sonham segundo o nosso desejo”, Jr.29.8.
            Paulo alerta de que “[...] o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”, 1Tm.4.1.
            Não devemos aceitar o ensino espiritual sem a avaliação do seu conteúdo;
            B – Provar a origem do ensino ou “[...] provar os espíritos se procedem de Deus [...]”, 1Jo.4.1.
            Nem tudo o que é espiritual ou sobrenatural tem origem divina.
            O alerta de Deus é que, “quando profeta ou sonhador se levantar [...] e [...] anunciar um sinal ou prodígio (milagre), e suceder o tal sinal ou prodígio [...] e disser: Vamos após outros deuses [...] e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR, nosso Deus, nos prova, para saber se amamos o SENHOR [...] de todo o nosso coração e de toda a nossa alma”, Dt.13.1-3.
            Precisamos chegar todo ensinamento espiritual à luz da Palavra de Deus a fim de saber que, “se alguém fala, fale de acordo com os oráculos (mensagem) de Deus [...]”, 1Pe.4.11;
            C – Há muitos falsos profetas, “[...] porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”, 1Jo.4.1.
            Jesus fala que devemos “acautelar (cuidado) dos falsos profetas, que se nos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores”, Mt.7.15.
            O pior é “[...] que, dentre nós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas (mentira) para arrastar os discípulos atrás deles”, At.20.30.
            [...] Haverá entre nós falsos mestres (ensino), os quais introduzirão, dissimuladamente (esconder as intenções), heresias (contra a verdade) destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição”, 2Pe.2.1.
            John MacArthur Jr oferece um plano prático para o discernimento espiritual:
            1 – Deseje discernimento espiritual[...] clamando por inteligência, e por entendimento [...] (para) entender o temor do SENHOR e achar o conhecimento de Deus”, Pv.2.3, 5;
            2 – Ore por discernimento espiritual pedindo que Deusdê (a você) [...] coração compreensivo para julgar [...] (e) discernir entre o bem e o mal [...]”, 1Rs.3.9;
            3 – Obedeça a verdadetornando [...] praticante da palavra e não somente ouvinte, enganando a si mesmo”, Tg.1.22;
            4 – Dependa do[...] Espírito da verdade [...] (que) nos guiará a toda a verdade [...]”, Jo.16.13;
            5 – Estude as Escrituras         a fim de se “[...] apresentar a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”, 2Tm.2.15;
            6 – “[...] Cresça na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo [...]”, 2Pe.3.18.
            Analisar o conteúdo da mensagem espiritual.
            João apresenta o conteúdo do teste: 
            Quando “[...] não damos crédito a qualquer espírito; antes, provamos os espíritos se procedem de Deus [...]”, 1Jo.4.1, podemos analisar melhor a mensagem.
            É por este motivo que “nisto (que analisamos) reconhecemos o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus”, 1Jo.4.2.
            Perceba que “[...] todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual temos ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo”, 1Jo.4.3.
            A fé cristã       é saber que “[...] o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”, Jo.1.14.
            O texto quer dizer que Jesus participou da nossa humanidade para poder nos salvar “e livrar todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida”, Hb.2.15.
2 – O caráter espiritual daqueles que julgam.
            João deixa de falar dos ensinos falsos para destacar o caráter dos irmãos que são alvo dos falsos profetas.
            A declaração do texto é: “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.”, 1Jo.4.4.
            Eles procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve.”, 1Jo.4.5.
            Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.”, 1Jo.4.6.
            Quatro lições nestes versos:
            Os filhos de Deus vencem os falsos profetas.
            Quando João fala: “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas [...]”, 1Jo.4.4.
            O verbo “[...] vencer [...]”, 1Jo.4.4, está no tempo perfeito, indicando uma vitória já conquistada ou definida, tal como “[...] Jesus têm dito para que tenhamos paz [...] (porque) no mundo, passamos por aflições; mas tende bom ânimo; Jesus venceu o mundo”, Jo.16.33.
            Os eleitos de Deus jamais serão enganados pelos falsos profetas.
            O alerta de Jesus é que, “[...] se alguém nos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acreditemos; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos”, Mt.24.23, 24.
            Conforme Jesus, é impossível um eleito ser enganado, mesmo porque, “as [...] ovelhas (de) Jesus ouvem a sua voz; Jesus as conhece, e elas [...] seguem (a) Jesus”, Jo.10.27.
            A garantia da vitória é a presença do Espírito Santo.
            Precisamos saber que, “[...] depois que ouvimos a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo nele também crido, fomos selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor (garantia) da nossa herança (propriedade, inviolabilidade e segurança) [...]”, Ef.1.13, 14.
            A verdade é que “[...] não estamos na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em nós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”, Rm.8.9.
            João fala que há duas forças opostas; o Espírito de Deus agindo nos crentes se opõe ao espírito do anticristo que age no mundo ou na sociedade sem Deus.
            Jesus fala que “o Espírito da verdade, (observe) que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; nós o conhecemos, porque ele habita conosco e estará em nós”, Jo.14.17.
            Os filhos de Deus ouvem os que falam em nome de Deus.
            Veja que “[...] todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus [...]”, 1Jo.4.3, é por este motivo que “eles procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve”, 1Jo.4.5.
            A diferença é que “nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro”, 1Jo.4.6.
            Jesus é categórico em afirmar de que, “quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, (muitos) não lhe dão ouvidos, porque não são de Deus”, Jo.8.47.
            Outra vez Jesus declara que “as suas ovelhas ouvem a sua voz; Jesus as conhece, e elas o seguem”, Jo.10.27.
            As verdadeiras ovelhas de Cristo não seguem a voz do estranho.
            A reação à pregação da Palavra ajuda a reconhecer o verdadeiro e o falso.
            Nós somos de Deus (?) [...]”, 1Jo.4.6.
            [...] Aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro”, 1Jo.4.6.
            A tabela mostra o contraste feito por João:

OS FILHOS DE DEUS
OS FALSOS PROFETAS
São de Deus
Procedem do mundo
Maior é o Espírito que habita no crente
Menor é o espírito que está no mundo
Falam da parte de Deus
Falam da parte do mundo
São ouvidos pelos que conhecem a Deus e não são ouvidos pelo mundo
São ouvidos pelo mundo
Reconhecem o Espírito da verdade
Reconhecem o espírito do erro
Aplicações práticas:    Quem é de Deus jamais será enganado pelos falsos profetas;
            Quem é de Deus recebe, crê e confessa a doutrina bíblica ensinada pelos apóstolos;
            A mensagem dos falsos mestres é mundana e agrada ao mundo;
            Todo ensino religioso deve ser filtrado pela Palavra de Deus.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3

Tt.3.4-7 - O BATISMO COMO SELO DA REGENERAÇÃO.


O BATISMO COMO SELO DA REGENERAÇÃO, Tt.3.4-7.

Introd.:           O batismo simboliza nossa comunhão com Cristo após termos sido regenerados pelo sangue remidor do Cordeiro de Deus da aliança.
            Os benefícios da aliança como o Senhor nos confirma e, desse modo, somos fortalecidos e nutridos com uma prova concreta da execução das promessas redentoras.
            Uma aliança estabelece exigências que devem ser cumpridas, portanto, o batismo se apresenta como uma reafirmação de nossas responsabilidades diante do Deus que nos agracia com a salvação em Cristo Jesus, nosso Senhor.
1 – O que é batismo?
            O Catecismo Maior de Westminster.
            O que é Batismo?
            Batismo é um sacramento no Novo Testamento no qual Cristo ordenou a lavagem com água “[...] em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, Mt.28.19, para ser um sinal e selo da nossa união com Ele, “porque todos quantos foram batizados em Cristo de Cristo (se) [...] revestiu”, Gl.3.27;
            Da “[...] remissão de pecados (após a) pregação (do) batismo de arrependimento [...]”, Mc.1.4, “[...] da parte de Jesus Cristo [...]”, Ap.1.5;
            Da regeneração pelo seu Espírito, “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”, Tt.3.5;
            Da adoção porque “[...] todos nós somos filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus”, Gl.3.26;
            Da ressurreição para a vida eterna “porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”, Rm.6.5;
            Precisamos saber que por Jesus os batizandos são solenemente admitidos à Igreja visível, mesmo porque, “[...] em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”, 1Co.12.13;
            Os batizandos entram em um comprometimento público, professando pertencer inteira e unicamente ao Senhor.
            O “[...] batismo (simboliza a) remissão dos nossos pecados [...]”, At.2.38.
            O amor de Deus por nós para nos conduzir ao batismo “não (é) por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”, Tt.3.5, somos então purificados para Deus.
            O batismo significa a união do crente com “[...] Cristo, (porque ele) é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”, 2Co.5.17.
            A união com Cristo nos confere sustento, isto porque, “Jesus (é) a videira, nós, os ramos. Quem permanece em Jesus, e Jesus, nele, esse dá muito fruto; porque sem Jesus nada podeis fazer”, Jo.15.5.
2 – A regeneração simbolizada no batismo.
            A vida que o batismo nos comprova é a vida eterna que os crentes desfrutam “porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”, Rm.6.5.
            A vida eterna é “Ele (Jesus) nos dando vida, estando nós mortos nos nossos delitos e pecados”, Ef.2.1.
            Precisamos saber que é somente “[...] pela graça (que) somos salvos, mediante a fé; e isto não vem de nós; é dom de Deus”, Ef.2.8.
            Somos recebidos por “[...] Deus (como) prova (do) [...] seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”, Rm.5.8.
            Todo aquele que “[...] ouve a [...] palavra (de) Jesus e crê naquele (Pai) que o enviou tem a vida eterna [...]”, Jo.5.24, logo, ele participa com fidelidade na administração dos sacramentos que nos comunicam essas verdades eternas.
            Jesus é descrito no evangelho de João como “aquele [...] que (dá de) beber da água [...] (para) nunca mais ter sede [...] (e como) o pão da vida; o que vem a Jesus jamais terá fome [...]”, Jo.4.14; 6.35, para a vida eterna, símbolos comparáveis aos sacramentos instituídos pelo Senhor.
            A nossa regeneração, acontecida “[...] depois que ouvimos a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo nele (Jesus) também crido, fomos selados com o Santo Espírito da promessa”, Ef.1.13, simboliza em nós o batismo.
            O mesmo Deus “[...] nos deu vida juntamente com ele (Jesus), perdoou todos os nossos delitos”, Cl.2.13.
            [...] Perdoar [...]”, Cl.2.13, demonstra que o perdão ocorreu uma única vez com benefícios para a eternidade.
            O perdão de pecados tem sua base na justiça de Cristo Jesus, porque ele satisfez a todas as exigências da lei.
            O próprio Deus, em Cristo Jesus, é o único que pode “[...] cancelar o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz”, Cl.2.14.
            O verbo “[...] cancelar [...]”, Cl.2.14, possui o mesmo sentido básico de perdoar, caracteriza algo que foi realizado de uma vez por todas.
            É bom ressaltar que a nossa dívida não foi meramente cancelada no sentido de ter sido simplesmente abolida, tampouco “[...] o escrito de dívida [...]”, Cl.2.14, foi rasgado como se faz com uma nota promissória.
            A dívida foi extinta por Deus, mediante o sacrifício substitutivo de Jesus Cristo em nosso favor.
            A extinção da dívida aconteceu “quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos”, Tt.3.4.
            É bom lembrar que “não (foi) por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”, Tt.3.5.
            Cancelar e perdoar se dá pelo motivo de “[...] Jesus (ser) o cabeça de todo principado e potestade”, Cl.2.10, sendo a autoridade suprema sobre todos os poderes do mal.
            Somente Jesus tem poder para “[...] despojar os principados e as potestades, publicamente os expondo ao desprezo, triunfando deles na cruz”, Cl.2.15.
            Veja que, Deus nos “[...] dando vida juntamente com Jesus ele, perdoou todos os nossos delitos [...] cancelou o escrito de dívida, que era contra nós [...] removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz”, Cl.2.13, 14.
            Devemos saber que “quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”, Tt.3.4, 5.
     Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido”, Gl.3.13, 14.
            Nesse lugar de sofrimento, a cruz, a verdadeira vida nos é comunicada pelo batismo para todos os que creem.
            A vida que temos em Jesus é confirmada pelo batismo.
3 – O batismo e seus benefícios.
            O batismo é o selo que garante a nossa salvação, o qual funciona como representante simbólica da regeneração efetuada por Cristo na cruz.
            O batismo é evidência da mortificação da nossa carne em Jesus, bem como nossa nova vida nele.
            Paulo trata a respeito desse assunto quando escreveu aos romanos dizendo que “fomos [...] sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida [...] fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição [...] foi crucificado com Jesus o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos”, R.6.4-6.
            [...] No batismo, juntamente com Jesus [...] fomos ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”, Cl.2.12.
            Sabemos que foi o próprio “[...] Deus (que) nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador”, Tt.3.6.
            Um dos benefícios do batismo é que “[...] todos [...] são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos foram batizados em Cristo de Cristo [...] (se) revestiu”, Gl.3.26, 27.
            Cristo é o mediador que nos reconcilia com o Pai. É Jesus que, através do batismo, nos comunica os benefícios da justificação, pois “o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação”, Rm.4.25.
            É “[...] por meio de Jesus Cristo [...] (que) todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados”, At.10.43.
            Através do “[...] Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”, 1Pe.1.3.
            A afirmação pública diante dos homens acontece porque “[...] temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas [...] (por isso devemos) olhar firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus [...]”, Hb.12.1, 2.
            Catecismo Maior – Como devemos tirar proveito do nosso batismo?
            Ao ser “[...] sepultado com ele (Jesus) na morte pelo batismo [...] (devemos) andar nós em novidade de vida”, Rm.6.4.
            E, sendo “[...] crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos”, Rm.6.6.
            Sendo “assim [...] (precisamos) nos considerar mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus”, Rm.6.4.11.
            A finalidade: “a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna”, Tt.3.7.
            Todo aquele que “[...] for unido com ele na semelhança da sua morte, certamente, o será também na semelhança da sua ressurreição”, Rm.6.5, e daí, vida eterna.
            Deve ficar gravado em nosso coração que, depois de “[...] libertados do pecado, transformados em servos de Deus, temos o nosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna”, Rm.6.22.
Conclusão:      O batismo foi instituído por Cristo como sinal e selo de nossa união com ele, e também nos comunica o fato de que fomos remidos e regenerados pelo seu Espírito.
            Em consequência desses benefícios, seguem-se a adoção de filhos e a vida eterna.
            De nossa parte, reafirmamos nosso compromisso de pertencer e obedecer unicamente ao Senhor que, ao entregar-se em nosso lugar, nos concede dádivas imerecidas.
Aplicação:       Sua vida reflete o fato de você ter sido batizado e de ter recebido o selo da regeneração?


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor – Palavra Viva – Rev. Christian Brially Tavares de Medeiros – ECC.