segunda-feira, 11 de março de 2019

1Jo.4.1-6 - NÃO CREIA EM QUALQUER UM.


NÃO CREIA EM QUALQUER UM, 1Jo.4.1-6.

Objetivo:         Ter discernimento espiritual
Nar.:    John MacArthur Jr – A maior necessidade da igreja é o discernimento espiritual.
            Diante de tanta confusão doutrinária, é preciso “[...] estabelecer distinção (diakrinô – separar coisas através de seus pontos de diferença, a fim de distingui-las – Jay Adams) [...]”, At.15.9.
            Discernimento é o processo de fazer distinções cuidadosas em nosso pensamento sobre a verdade e a mentira, o falso e o verdadeiro.
            Cada um de nós precisa ser “[...] alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina [...] (a fim de) rejeitar as fábulas (história contada para ilustrar uma verdade e na qual animais ou vegetais falam e agem como pessoas) profanas [...]”, 1Tm.4.6, 7.
            Para se ver livre do falso ensino, devemos nos “[...] aplicar à leitura (Bíblica) [...] (e) ter cuidado [...] de nós mesmos e da doutrina [...]”, 1Tm.4.13, 16.
            O aconselhamento de Paulo é que precisamos “julgar (aprovar, discernir, testar ou provar para revelar a sua autenticidade) todas as coisas, reter o que é bom”, 1Ts.5.21.
            João recomenda aos seus leitores: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”, 1Jo.4.1.
            As advertências servem como benefício espiritual para cada um de nós.
1 – Provai os espíritos.
            Para poder discernir corretamente os espíritos, precisamos:
            Verificar a origem do espírito.
            A declaração de João é que os “amados, não (devem) dar crédito a qualquer espírito; antes, provar os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”, 1Jo.4.1.
            Neste versículo temos três lições principais:
            A – Não acreditem em todo espírito ou “[...] não deis crédito a qualquer espírito [...]”, 1Jo.4.1.
            A palavra “[...] espírito [...]”, 1Jo.4.1, é uma metonímia (empregar o termo no lugar de outro), que significa “ensinamento”.
            [...] O SENHOR [...] diz [...] (que) não (pode) nos enganar os nossos profetas que estão no meio de nós [...] nem (devemos) dar ouvidos aos nossos sonhadores, que sempre sonham segundo o nosso desejo”, Jr.29.8.
            Paulo alerta de que “[...] o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”, 1Tm.4.1.
            Não devemos aceitar o ensino espiritual sem a avaliação do seu conteúdo;
            B – Provar a origem do ensino ou “[...] provar os espíritos se procedem de Deus [...]”, 1Jo.4.1.
            Nem tudo o que é espiritual ou sobrenatural tem origem divina.
            O alerta de Deus é que, “quando profeta ou sonhador se levantar [...] e [...] anunciar um sinal ou prodígio (milagre), e suceder o tal sinal ou prodígio [...] e disser: Vamos após outros deuses [...] e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR, nosso Deus, nos prova, para saber se amamos o SENHOR [...] de todo o nosso coração e de toda a nossa alma”, Dt.13.1-3.
            Precisamos chegar todo ensinamento espiritual à luz da Palavra de Deus a fim de saber que, “se alguém fala, fale de acordo com os oráculos (mensagem) de Deus [...]”, 1Pe.4.11;
            C – Há muitos falsos profetas, “[...] porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”, 1Jo.4.1.
            Jesus fala que devemos “acautelar (cuidado) dos falsos profetas, que se nos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores”, Mt.7.15.
            O pior é “[...] que, dentre nós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas (mentira) para arrastar os discípulos atrás deles”, At.20.30.
            [...] Haverá entre nós falsos mestres (ensino), os quais introduzirão, dissimuladamente (esconder as intenções), heresias (contra a verdade) destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição”, 2Pe.2.1.
            John MacArthur Jr oferece um plano prático para o discernimento espiritual:
            1 – Deseje discernimento espiritual[...] clamando por inteligência, e por entendimento [...] (para) entender o temor do SENHOR e achar o conhecimento de Deus”, Pv.2.3, 5;
            2 – Ore por discernimento espiritual pedindo que Deusdê (a você) [...] coração compreensivo para julgar [...] (e) discernir entre o bem e o mal [...]”, 1Rs.3.9;
            3 – Obedeça a verdadetornando [...] praticante da palavra e não somente ouvinte, enganando a si mesmo”, Tg.1.22;
            4 – Dependa do[...] Espírito da verdade [...] (que) nos guiará a toda a verdade [...]”, Jo.16.13;
            5 – Estude as Escrituras         a fim de se “[...] apresentar a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”, 2Tm.2.15;
            6 – “[...] Cresça na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo [...]”, 2Pe.3.18.
            Analisar o conteúdo da mensagem espiritual.
            João apresenta o conteúdo do teste: 
            Quando “[...] não damos crédito a qualquer espírito; antes, provamos os espíritos se procedem de Deus [...]”, 1Jo.4.1, podemos analisar melhor a mensagem.
            É por este motivo que “nisto (que analisamos) reconhecemos o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus”, 1Jo.4.2.
            Perceba que “[...] todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual temos ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo”, 1Jo.4.3.
            A fé cristã       é saber que “[...] o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”, Jo.1.14.
            O texto quer dizer que Jesus participou da nossa humanidade para poder nos salvar “e livrar todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida”, Hb.2.15.
2 – O caráter espiritual daqueles que julgam.
            João deixa de falar dos ensinos falsos para destacar o caráter dos irmãos que são alvo dos falsos profetas.
            A declaração do texto é: “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.”, 1Jo.4.4.
            Eles procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve.”, 1Jo.4.5.
            Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.”, 1Jo.4.6.
            Quatro lições nestes versos:
            Os filhos de Deus vencem os falsos profetas.
            Quando João fala: “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas [...]”, 1Jo.4.4.
            O verbo “[...] vencer [...]”, 1Jo.4.4, está no tempo perfeito, indicando uma vitória já conquistada ou definida, tal como “[...] Jesus têm dito para que tenhamos paz [...] (porque) no mundo, passamos por aflições; mas tende bom ânimo; Jesus venceu o mundo”, Jo.16.33.
            Os eleitos de Deus jamais serão enganados pelos falsos profetas.
            O alerta de Jesus é que, “[...] se alguém nos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acreditemos; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos”, Mt.24.23, 24.
            Conforme Jesus, é impossível um eleito ser enganado, mesmo porque, “as [...] ovelhas (de) Jesus ouvem a sua voz; Jesus as conhece, e elas [...] seguem (a) Jesus”, Jo.10.27.
            A garantia da vitória é a presença do Espírito Santo.
            Precisamos saber que, “[...] depois que ouvimos a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo nele também crido, fomos selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor (garantia) da nossa herança (propriedade, inviolabilidade e segurança) [...]”, Ef.1.13, 14.
            A verdade é que “[...] não estamos na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em nós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”, Rm.8.9.
            João fala que há duas forças opostas; o Espírito de Deus agindo nos crentes se opõe ao espírito do anticristo que age no mundo ou na sociedade sem Deus.
            Jesus fala que “o Espírito da verdade, (observe) que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; nós o conhecemos, porque ele habita conosco e estará em nós”, Jo.14.17.
            Os filhos de Deus ouvem os que falam em nome de Deus.
            Veja que “[...] todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus [...]”, 1Jo.4.3, é por este motivo que “eles procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve”, 1Jo.4.5.
            A diferença é que “nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro”, 1Jo.4.6.
            Jesus é categórico em afirmar de que, “quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, (muitos) não lhe dão ouvidos, porque não são de Deus”, Jo.8.47.
            Outra vez Jesus declara que “as suas ovelhas ouvem a sua voz; Jesus as conhece, e elas o seguem”, Jo.10.27.
            As verdadeiras ovelhas de Cristo não seguem a voz do estranho.
            A reação à pregação da Palavra ajuda a reconhecer o verdadeiro e o falso.
            Nós somos de Deus (?) [...]”, 1Jo.4.6.
            [...] Aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro”, 1Jo.4.6.
            A tabela mostra o contraste feito por João:

OS FILHOS DE DEUS
OS FALSOS PROFETAS
São de Deus
Procedem do mundo
Maior é o Espírito que habita no crente
Menor é o espírito que está no mundo
Falam da parte de Deus
Falam da parte do mundo
São ouvidos pelos que conhecem a Deus e não são ouvidos pelo mundo
São ouvidos pelo mundo
Reconhecem o Espírito da verdade
Reconhecem o espírito do erro
Aplicações práticas:    Quem é de Deus jamais será enganado pelos falsos profetas;
            Quem é de Deus recebe, crê e confessa a doutrina bíblica ensinada pelos apóstolos;
            A mensagem dos falsos mestres é mundana e agrada ao mundo;
            Todo ensino religioso deve ser filtrado pela Palavra de Deus.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3

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