sexta-feira, 22 de abril de 2011

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO


Existe um grande analfabetismo bíblico com relação à Páscoa. Caso o homem ainda não tenha o conhecimento correto do que é exatamente o significado da Páscoa, a recompensa será a destruição, porque Deus não mente e até o momento tem sido verdadeira a sua Palavra ao dizer que “O [...] povo está sendo destruído [...] (por) falta (do) conhecimento [...]”, Os. 4.6.

Percebe-se com muita nitidez a associação do ovo de chocolate com o coelho. Quando ocorre essa péssima associação, fica estabelecida a ideia de que o coelho bota ovo, coisa absurda e impossível. Outra analogia também é feita quando se diz que o coelho é símbolo da fertilidade; com respeito à vida espiritual não há correlação. É impossível confundir Páscoa com a Ressurreição de Jesus.

A Páscoa, no contexto bíblico-judaico, na verdade é a festa na qual os israelitas comemoram a libertação dos seus antepassados da escravidão no Egito. Acontecia no “[...] primeiro mês do ano”, [Ex.12.2] no dia 14 do mês de NISÃ do calendário judeu (lunar) (ou mais ou menos dia 1º de abril do calendário (gregoriano). Cada chefe de família, no dia “[...] dez deste mês, (devia) tomar para si um cordeiro [...] para cada família”, Ex.12.3. “O cordeiro será sem defeito, macho de um ano (ou) um cordeiro ou um cabrito; e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará no crepúsculo (quando sol se põe) da tarde”, (Ex.12.5,6). Em hebraico o nome dessa festa é “Pessach”, que significa “passar por cima”, foi o que fez o anjo da morte “[...] naquela noite [...] (que) passou pela terra do Egito e feriu na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais [...]”, Ex.12.12. Os judeus não foram atingidos pela mortandade porque o portal de suas casas estavam marcadas com o sangue do cordeiro tomado para o sacrifício Pascoal.

Neste período chamado de Páscoa, do ponto de vista cristão, comemora-se a ressurreição de Jesus Cristo, o Salvador do mundo, ocorrida na última Páscoa de Sua vida terrena durante a qual foi preso, julgado, morto e ressuscitado ao terceiro dia. Naquele dia, primeira quinta-feira de abril do ano 33 da era cristã, Jesus “[...] enviou dois dos seus discípulos [...] à cidade [...] (com a finalidade de preparar o) aposento (para) comer a Páscoa com os seus discípulos [...] ao cair da tarde [...]”, Mc.14.13,14,17. Foi no início da noite, “quando estavam à mesa e comiam [...] (que) Jesus [...] disse que um dentre eles, o [...] trairia”, Mc.14.18. Em meio a esta festa, antes de Jesus ir para o Getsêmani (lugar no monte das Oliveiras) para orar, Jesus institui a Santa Ceia e os doze participaram com Ele. Daí em diante começou o sofrimento de Jesus. Preso, foi levado ao sumo sacerdote, depois diante de Pilatos (governador romano da Judéia) e do rei Herodes Antipas que governou a Galiléia e a Peréia. Na sexta-feira Jesus foi entregue aos soldados, açoitado, escarnecido, cuspido, despido para depois “[...] conduzirem-no para fora, com o fim de o crucificarem”, Mc.15.20. “À hora nona (15h00), clamou Jesus em alta voz: [...] Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (todos os pecados dos eleitos estavam sobre os ombros de Jesus)`[...] dando um grande brado, expirou”, Mc.15.34,37. Para muitos, a morte de Jesus foi o fim, pois Ele ficou na tumba três dias, mas para Deus foi a conquista da grande vitória, porque “no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada [...] (e) Deus o ressuscitou dentre os mortos”, Jo.20.1; At.13.30. A vitória de Cristo é a vitória do seu povo.

Os primeiros cristãos comemoravam a ressurreição de Jesus em todo primeiro dia da semana [domingo], reunindo-se para o culto dominical. Este evento tão importante para a fé de muitos, permaneceu na data da sua ocorrência conforme o calendário judeu. Assim é totalmente descabido tomar como essência ou símbolo desta comemoração cristã o chocolate, o coelho ou o ovo; por belos e significantes que sejam. Ao adotar estes símbolos, o cristão adota e imita o mundo, pois este, além da prática, impõe estes elementos, tendo em vista o faturamento comercial e o faz totalmente alienado do sentido religioso que a comemoração tem.

O elemento central da comemoração é a pessoa de Jesus, que nasceu de mulher, sob a lei e tendo vivido vida perfeita, também morreu pelos pecados dos eleitos e ressuscitou para justificação destes. A essência da comemoração é a fé. Fé que é depositada em Jesus Cristo, o Filho de Deus, que garante a salvação, que alimenta a esperança, e que permanece no coração dos escolhidos, ou seja, essa fé permanecerá até a consumação dos séculos.

Chocolate é um alimento gostoso, pode e deve ser consumido, o coelho e o ovo são admiráveis criações de Deus, mas não são símbolos bíblicos da Páscoa.

Neste domingo da Ressurreição revigore a sua fé e o seu amor a Jesus num culto fervoroso que só a Ele é devido. Amém!

Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 8 de abril de 2011

DEUS É O ÚNICO QUE ABENÇOA

DEUS É O ÚNICO QUE ABENÇOA


“[...] vai ter que dar uma raladinha antes! Vai ter que trabalhar, investir, treinar e planejar: sucesso antes do trabalho apenas no dicionário! O goleiro Rogério Ceni [...] soma-se a outros exemplos utilizados para explicar por que algumas pessoas têm sucesso e outras não! Malcolm Gladwell criou a ‘teoria das 10 mil horas”: uma pessoa só consegue ser excelente se treinar uma atividade por mais de mil horas [...] o goleiro treinava bater faltas para passar o tempo [...] chegava sempre mais cedo nos treinamentos [...] permanecia mais um pouco batendo faltas [...] a cada mês, Rogério treina 3 mil batidas de falta desde 1997, mais que 10 mil horas. Mesmo assim, alguns afirmam: tem talento, tem dom! Não é talento, mas vontade, persistência e treinamento! [...]”– Sucesso... 10 mil horas! – Alberto Consolaro – Professor Titular da USP e Colunista do Caderno Ciência do JC – Ciências – Página 15 – Jornal da Cidade, Bauru, segunda-feira, 04 de abril de 2011.

Aquele que acredita que o homem não tem talento e nem dons, “[...] erra, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt.22.29) que pode “[...] conceder dons aos homens” (Ef.4.8) e “[...] talentos [...] a cada um segundo a sua própria capacidade [...]” (Mt.25.15). Ora, parte do próprio Deus “[...] dar habilidade a todos os homens hábeis, para que [...] façam tudo o que (Deus) tem ordenado” (Ex.31.6). É a partir de então que entra o desejo do homem para se esforçar, trabalhar, fazer o máximo para crescer e se fortalecer naquilo que lhe foi dado pelo próprio Deus. É verdade que nem todos os homens descobrem nos primeiros anos de vida as suas capacidades, pode levar anos. Muitas vezes é preciso fazer testes de aptidão e ainda assim é possível errar e fazer novos cursos até chegar à medida da sua capacidade.

Não é apenas treinamento, persistência, vontade própria que conduzirá todos os homens à vitória, mas está nas mãos de “[...] Deus [...] efetuar [...] (na vida de todos os homens) tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp.2.13). É preciso saber que “o cavalo não garante vitória; a despeito de sua grande força, a ninguém pode livrar” (Sl.33.17), logo, é preciso reconhecer que, no “[...] dia da batalha, [...] a vitória (seja ela grande ou pequena) vem do SENHOR” (Pv.21.31). Eis o motivo das chamadas zebras nos diversos jogos, maratonas e corridas automobilísticas quando aquele que não é favorito sai vitorioso para espanto de todos e sem explicações.

Ninguém “[...] poderá livrar alguém da mão (de) Deus [...] (quando a) ferida [...]” (Dt.32.39) o acometer, por este motivo, o sucesso vem através, nem tanto do esforço, do muito trabalho, mas de “[...] Deus (o qual) pertence o domínio (de tudo e de todos) e o poder [...]” (Jó 25.2) é totalmente dEle para mudar esta ou aquela situação. Não há contradição nessa afirmativa. Em lugar algum da Bíblia Deus ordena o homem ficar de braços cruzados esperando o alimento, pelo contrário, “tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn.2.15) e, após o pecado, através do “[...] suor do rosto (o homem passou a) comer o [...] (seu próprio) pão [...]” (Gn.3.19).

O homem nunca pode deixar de trabalhar, treinar, correr em busca de uma situação melhor para a sua vida, mas é necessário ter em mente que é somente “[...] o SENHOR (que) te abençoará [...] em toda a tua obra e em tudo o que empreenderes” (Dt.15.10) e além desta bênção ele não ultrapassa.

Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 1 de abril de 2011

MORTE

MORTE


Nem todos irão passar pela morte. O próprio Jesus já sabia disso ao dizer que “[...] alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu reino” (Mt.16.28). Muitos crentes devem almejar este dia, mas conforme diz o texto, somente “[...] alguns [...]” (Mt.16.280 não irão passar pela morte. Logo é difícil saber se a você está reservado a bênção do transporte (arrebatamento) para o Reino dos céus. Por isso amados, cada um deve estar preparado para um inevitável encontro com Cristo, seja através de uma morte súbita ou através do arrebatamento. Você está preparado, ou você pensa que é eterno neste mundo?

Um dos escritores bíblicos declarou que “o homem, nascido de mulher, vive breve tempo [...]” (Jó 14.1) e o salmista fala que “os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos” (Sl.90.10). Não fique a pensar que somente os de mais idade é que morrem. Os fetos, os recém-nascidos, as crianças, os adolescentes, os jovens, os adultos, todos, exatamente, todos passam pela morte. Estão, como assim dizendo, “na lista de espera” para partir deste mundo. Você no mínimo deve se lembrar dos seus dias passados quando podia curtir junto a seus pais sua meninice, mas hoje “os seus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão e se findam sem esperança” (Jó 7.6). Fale para você mesmo, bem baixinho, os anos de vida completados neste dia. O tempo passou rápido demais e é possível que “os dias da (sua) [...] vida subam a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos” (Sl.90.10).

Suponha que você faça parte desses “[...] alguns [...]” (Mt.16.28) relatado no livro de Mateus. O dia em que você será tomado é impossível saber. O que convém é que cada um fique preparado para o dia do encontro com o Mestre Jesus, pois ninguém “[...] sabe o que sucederá amanhã [...] a [...] vida [...] (é) como neblina que aparece por instante e logo se dissipa” (Tg.4.14). Na realidade o homem nada vale, “pois Deus conhece a (sua) [...] estrutura e sabe que (você é apenas) [...] pó” (Sl.103.14), logo, todos necessitam ser dependentes de Deus. Estando neste mundo é preciso saber que ao homem sempre restará a incerteza e a certeza, ou seja, a incerteza se você irá ou não partir subitamente, seja por morte natural ou por arrebatamento. A certeza de que todos terão que se apresentar; “[...] os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono [...] e [...] (serão) julgados, segundo as suas obras, conforme o que se acha escrito nos livros” (Ap.20.12). Tenha a certeza, muitos irão ficar decepcionados quando receberem a sentença de morte eterna, isto devido a não aceitação da salvação em Cristo Jesus (entenda Regeneração).

Não se sabe se é medo da morte em si ou se é medo do encontro com o “[...] bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores” (1Tm.6.15) que muitos tem demonstrado. Mas de uma coisa cada um precisa ter a plena certeza; todos irão partir, de um jeito ou de outro. Prepare-se! Quando este dia chegar, o Senhor Jesus “[...] lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap.21.4). A morte, o arrebatamento são os meios de se adentrar ao céu, isto é, caso você creia unicamente no nome precioso de Cristo Jesus. Caso contrário, a pena para aqueles que rejeitam aceitar a salvação em Cristo (entenda reprovação ou preordenação) o merecido é o inferno. Portanto, não fique amedrontado, tentando fugir, se esquivar dizendo que não quer morrer ou coisa parecida, pois quando Deus determinar a sua partida quem irá impedir?

A partida deste mundo é algo certo na vida de todo e qualquer ser humano. Faz-se necessário que cada um fique atento e vigilante com a vida espiritual, pois o que Deus mais aprecia é que cada um tenha o desejo de “seguir a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb.12.14). E mais, “[...] alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu reino” (Mt.16.28). Não tenha medo da morte!

Rev. Salvador P. Santana