sábado, 30 de agosto de 2014

ANDAR NO ESPÍRITO, Gl.5.16-26.

ANDAR NO ESPÍRITO
Gl.5.16-26

Introd.:           Quem já observou o andar do bêbado, sabe o quanto é irregular. Cai prá lá, cai prá cá. Ele não tem uma linha reta, sempre está desviando e caindo em bueiros.
Nar.:   Paulo fala que alguns crentes andam cambaleantes; outro pelo menos tenta manter-se em pé.
Propos.:          O modo de andar do crente neste mundo.
Trans.:           Andar no Espírito [...]
1 – É não ceder aos desejos da carne.
            Quando Paulo “diz [...] (sobre a) carne”, Gl.5.16 ele está falando sobre a natureza humana que é perversa, tendenciosa ao pecado, inclinada ao erro e a desobediência.
            A sua insistência é que nem eu e nem você, como servos de Cristo, não podemos “[...] jamais satisfazer à [...] carne (ou a natureza humana)”, Gl.5.16.
            Esse “[...] jamais (de Paulo se refere) à concupiscência (que é um forte e continuado desejo de fazer ou ter o que Deus não quer que façamos ou tenhamos, isto, nada mais é do que o pecado) da carne”, Gl.5.16 que praticamos.
            A causa da insistência de Paulo para eu e você não ceder é “porque a carne milita (como num ataque feroz de guerra) contra o Espírito (Santo de Deus) [...]”, Gl.5.17 a fim de impedir o crescimento espiritual.
            A outra razão é “[...] porque carne e Espírito são opostos entre si [...]”, Gl.5.17.
            “[...] A [...] oposição (é ir contra com o desejo de destruição do) [...] Espírito [...]”, Gl.5.17.
            É verdade que o pecado ou a natureza humana jamais pode destruir o Espírito Santo de Deus, mas pode destruir a nossa vida espiritual conforme o nosso modo de andar.
            Talvez, algum de nós possa dizer que isso não tem nada a ver, que é tudo relativo e que essa conversa é fiada.
            É por este motivo que Paulo faz uma pequena lista das “[...] obras da carne (que) são conhecidas (por cada um de nós) [...]”, Gl.5.19.
            Essa listagem é para acabar de uma vez por todas sobre aquela fala de que “eu não sou pecador, de que nunca matei e nunca roubei”.
            Ninguém escapa desse andar errôneo.
            Existem aqueles pecados relacionados à vida sexual: “[...] Prostituição (venda do corpo), impureza (olhar com intenção impura), lascívia (dado aos prazeres sexuais com poderes de atrair pelo seu modo de vestir e olhar)”, Gl.5.19.
            Existem pessoas que são mais apegadas aos pecados relacionados à vida espiritual: “Idolatria (ídolos feitos pelas mãos, dinheiro, personalidade), feitiçarias (invocação de demônios para prever o futuro) [...]”, Gl.5.20. 
            Algumas são difíceis na relação social; estas, constantemente provocam “[...] inimizades, porfias (discussão, briga), ciúmes, iras, discórdias, dissensões (discórdia), facções (não precisa ser a criminosa, basta eu e você dá atenção mais a um que outro, e), invejas”, Gl.5.20,21.
            Paulo encerra essa lista com os pecados relacionados à vida moral (costumes): “[...] Bebedices, glutonarias [...]”, Gl.5.21.
      Quando o texto fala sobre “[...] coisas semelhantes a estas (Paulo declara que existem outros pecados que cedemos ao desejo da nossa carne. Então, caso eu e você continuar, o aviso serve tanto para mim, quanto para você) [...] a respeito das quais (Deus) [...] nos declara, como já, outrora, nos preveniu, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam”, Gl.5.21.
            Andar no Espírito fala [...]
2 – De frutificação.
            A frutificação não nasce da noite para o dia. Leva tempo.
            O primeiro passo é “[...] andar (de forma contínua) no Espírito [...]”, Gl.5.16.
            Isto quer dizer que não haverá folga e nem descanso. São 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos por ano.
            Esse “[...] andar no [...] Espírito (serve para nos resguardar, proteger) [...] contra a carne [...] para que não façamos o que, porventura, seja do nosso querer”, Gl.5.16,17 ou os pecados apontados.
            A declaração bíblica é que, “[...] se somos guiados (conduzidos) pelo Espírito, não (podemos) estar sob a lei (jugo, carne; não podemos praticar o pecado por medo da lei)”, Gl.5.18.
            Então, “se vivemos no Espírito (deve ser para agradar a Deus, daí, o nosso dia a dia deve ser também de) [...] andar (de forma contínua) também no Espírito”, Gl.5.25.
            É a partir dessa decisão que “[...] o fruto do Espírito é (manifestado em nós) [...]”, Gl.5.22. 
            A revelação interna em nosso coração não pode ficar guardada.
            Note que essa outra listagem nos aponta para dois caminhos: Internamente; você e Deus e para o próximo.
            Veja bem, o “[...] amor (oferecido a nós deve ser ofertado ao próximo. A) [...] alegria (contagiar o outro. A) [...] paz (“se possível, quanto depender de nós, tende paz com todos os homens”, Rm.12.18) [...]”, Gl.5.22.
            Esse tripé de “[...] amor [...] alegria [...] (e) paz [...]”, Gl.5.22 é que pode nos fortalecer para a prática da “[...] longanimidade (fala de paciência, tolerância que devemos ter para com o próximo. A) [...] benignidade (nos dirige para a integridade e retidão diante desse mundo e de Deus), bondade (gentileza), fidelidade (lealdade diante de Deus para demonstrar aos nossos)”, Gl.5.22.
            Esse fruto é como se fosse um cacho de uvas. Tirando uma, desfaz a harmonia, logo, precisamos da “mansidão (dentro de casa a fim de adquirir o) [...] domínio próprio [...]”, Gl.5.23. 
            Quando eu e você começar a praticar o fruto do Espírito, pode ter a certeza, “[...] contra estas coisas não há lei”, Gl.5.23 que possa nos punir.
            O nosso modo de andar no Espírito não é produto nosso, é de [...]
Conclusão:      Jesus.
            O texto é bem claro ao apontar para aqueles “[...] que são de Cristo Jesus [...]”, Gl.5.24.
            É somente a partir “[...] de Cristo Jesus (que) crucificamos (morte) a carne [...]”, Gl.5.24 para não pecar.
            Através “[...] de Cristo Jesus [...] (temos condições de acabar) com as nossas paixões (inclinação descontrolada) e concupiscências (forte e continuado desejo para o mal)”, Gl.5.24. 
            É por este motivo que “não (podemos) nos deixar possuir de vanglória (glória sem razão, pois ela pertence a Deus. Pois, caso isso acontecer, vamos) [...] provocar uns aos outros, teremos inveja uns dos outros”, Gl.5.26, daí, não conseguimos andar no Espírito.


            Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ACABE E JEZABEL - O que é ruim pode piorar, 1Rs.16.29-22.40.

ACABE E JEZABEL – O que é ruim pode piorar, 1Rs.16.29-22.40.

Introd.:           O pensamento de muitas pessoas é que o que começa ruim não pode piorar.
            Geralmente quem percebe isso é quem está do lado de fora da situação.
            A tendência de quem lida com situações difíceis, é pensar que já chegou ao fundo do poço e, já está na pior posição. Para estes, não tem como ficar pior mais do que está a situação.
            Este é um pensamento perigoso, pois sempre existe a possibilidade de as coisas ficarem ainda piores. E isto está longe de ser uma visão pessimista da vida.
            Aquele que começa de forma errada a vida, a descida pode ser bem mais longa, dependendo das decisões e atitudes que tomar.
            A história de Acabe e Jezabel é um péssimo exemplo e um grande alerta para todos nós.
I – O contexto do reinado de Acabe.
            Quando Roboão, filho do rei Salomão subiu ao trono, tomou conselho com “[...] os jovens que haviam crescido com ele (então) [...] falou ao povo [...] meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai [...] farei pesado o [...] jugo (sobre o povo) [...]”, 2Cr.10.10.
            A partir desse momento, “[...] todo o Israel [...] reagiu [...] (e não seguiu a Roboão) se foi às suas tendas (separando-se de Judá)”, 2Cr.10.16.
            Monarquia dividida, a história de Israel foi cheia de maldades, traições e assassinatos.
            Os reis que assumiram o trono, Roboão/Judá e Josafá/Israel, apesar de terem sido exortados, “andaram nos caminhos dos reis de Israel [...] e fizeram o que era mau perante o Senhor”, 2Cr.21.6. 
            Os interesses pessoais e a busca pelo poder era algo natural e esperado entre eles. O resultado não podia ser outro, golpes de estado. Cada vez o que já era ruim tornava-se ainda pior.
            Foi a partir desse cenário que Zinri assumiu o trono.
            Era o “[...] vigésimo sexto ano de Asa, rei de Judá, (quando) Elá, filho de Baasa, começou a reinar em Tirza sobre Israel [...] Zinri, seu servo, comandante (deixou subiu à cabeça o poder) da metade dos carros, conspirou contra ele. Achava-se Elá [...] bebendo (Deus havia exortado a seu povo para “abster-se de vinho e de bebida forte; nem beber vinagre de vinho [...]”, Nm.6.3.) e embriagando-se [...] (ficou mais fácil para) [...] Zinri [...] ferir [...] e [...] matar Elá [...] e reinar em seu lugar. Logo que começou a reinar (as coisas pioraram) [...] feriu todos os descendentes de Baasa; não lhe deixou nenhum do sexo masculino, nem dos parentes, nem dos seus amigos. Assim, exterminou Zinri todos os descendentes de Baasa, segundo a palavra do Senhor, por intermédio do profeta Jeú, contra Baasa, por todos os pecados de Baasa, e os pecados de Elá, seu filho, que cometeram, e pelos que fizeram Israel cometer, irritando ao Senhor, Deus de Israel, com os seus ídolos [...] (no entanto, depois de toda essa maldade) reinou Zinri sete dias [...]”, 1Rs.16.8-13,15.
            Quando as coisas começam de forma errada, é possível esperar mais tragédias.
            O comandante achava que ninguém ia se importar com a sua deslealdade para com o rei de Israel.
            “O povo ouviu dizer: Zinri conspirou contra o rei e o matou [...] (Deus faz surgir) Onri [...] e todo o Israel, com ele (à procura do traidor) [...] vendo Zinri que a cidade era tomada, foi-se ao castelo da casa do rei, e o queimou sobre si, e morreu, (isto aconteceu) por causa dos pecados que cometera, fazendo o que era mau perante o Senhor, andando no caminho de Jeroboão e no pecado que cometera, fazendo pecar a Israel”, 1Rs.16.16-19.
            Tal pai tal filho.
            O rei Acabe aprendeu dentro de casa com o seu pai Onri toda maldade e idolatria praticada.
            Acabe foi muito influente politicamente.
            Seu reinado chegou a experimentar certo grau de prosperidade material e obteve sucesso militares.
            Fez acordos com Ben-Hadade, rei da Síria e com outros reis para refrear o poder dos Assírios na famosa batalha de Qarqar, 853 a.C., mas perdeu a sua vida quando “[...] um homem entesou o arco e, atirando ao acaso, feriu o rei de Israel por entre as juntas da sua armadura [...]”, 1Rs.22.34.
            Apesar da sua habilidade política, “fez Acabe [...] o que era mau perante o SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele”, 1Rs.16.30, sendo um dos piores reis de Israel e o seu casamento teve uma influência nebulosa e direta nisto.
            Conforme as escolhas que fazemos, pode haver [...]           
II – Um começo ruim (quando existe) alianças pagãs e idolatria.
            Reclamamos quando temos que aturar um presidente por 4 anos no poder.
            “Acabe [...] reinou [...] sobre Israel [...] vinte e dois anos”, 1Rs.16.29 aplicando as suas maldades. 
            “[...] Acabe fez [...] mais maldade do que todos os que foram antes dele”, 1R.16.30.
            Em alguns momentos, “[...] Acabe [...] (depois de ouvir a repreensão do profeta) rasgou as suas vestes, cobriu de pano de saco o seu corpo e jejuou; dormia em panos de saco e andava cabisbaixo (em forma de arrependimento)”, 1Rs.21.27.
            Em geral as atitudes de Acabe não eram agradáveis aos olhos do Senhor.
            Uma prova é que Acabe “[...] andava [...] nos pecados de Jeroboão [...] (e este) fez dois bezerros de ouro (a fim de o) povo não subir a Jerusalém (para eles serem uma nação autônoma) [...]”, 1Rs.16.31; 1Rs.12.28, ou seja, antes de começar a reinar e casar com Jezabel, ele já era idólatra.
            O casamento de Acabe com Jezabel pode ter sido por razões políticas.
            Acabe “[...] tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal (envolvido com práticas dos cultos a Baal), rei (violento e sagaz) dos sidônios (sem o verdadeiro Deus); e foi, e serviu a Baal (relaciona-se à fertilidade e ao sexo), e o adorou”, 1Rs.16.31.
            Deve ter sido por este motivo que “[...] Acabe fez um poste-ídolo (homenagem a deusa Aserá), de maneira que cometeu mais abominações para irritar ao SENHOR [...]”, 1Rs.16.33.
            Esse e muitos casamentos evidencia como Acabe desprezava a Palavra de Deus e a determinação de não “[...] contrair matrimônio [...] não dar suas filhas [...] (e) nem tomar suas filhas (para casamento por causa do paganismo) [...]”, Dt.7.3.      
            Na verdade, esse é o caminho natural do “[...] jugo desigual com os incrédulos [...] (não) pode haver sociedade entre a justiça e a iniquidade [...] (não haverá) harmonia, entre Cristo e o Maligno [...]”, 2Co.6.14.
            O que estava ruim, tornou-se pior.
            O culto idólatra sempre foi abominável ao Senhor e os que praticam se colocam em rebelião e inimizade com Deus.
            Não havendo comunhão com Deus, um, assim como Jezabel, influenciou Acabe, não somente “[...] andar [...] nos pecados [...] (mas também a) fazer dois bezerros de ouro (para serem adorados) [...]”, 1Rs.16.31.
            É preciso lembrar que Acabe era o líder da nação, assim como muitos pais são líderes em seus lares para conduzir os seus para a ruína ou vitória espiritual – outros deuses, festas regadas a bebidas.
            Após Acabe mandar “[...] fazer dois bezerros de ouro (para serem adorados) [...]”, 1Rs.16.31 e “[...] fazer um poste-ídolo (homenagem a deusa Aserá para práticas de cultos imorais) [...]”, 1Rs.16.33; com essa decisão Acabe estabeleceu a destruição moral, espiritual e social de Israel.
            A capital Samaria se tornou, a partir de então, o centro religioso do culto a Baal e a Astarte ou Aserá.
            Acabe, o chefe da nação, permitiu “[...] os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas do poste-ídolo [...] comerem da mesa de Jezabel”, 1Rs.18.19.
            O que temos permitido dentro do nosso lar que seja pecaminoso diante de Deus? Faça uma análise!
            O paganismo de Acabe e Jezabel permitiu unir prostituição e homossexualismo com religião a tal ponto de Deus lhes avisar de que não havia “[...] paz (em seu reino/lar), enquanto perduraram as prostituições de sua mãe Jezabel e as suas muitas feitiçarias [...]”, 2Rs.9.22.
            Segundo a tradição fenícia, o rei e a rainha eram elementos indispensáveis nessas festividades, pois a presença deles assegurava o favor das divindades cultuadas.
            Em Samaria ou em nosso lar, “[...] Jezabel (um dos nossos) [...] instiga [...] Acabe (eu/você), que se venda para fazer o que é mau perante o Senhor [...]”, 1Rs.21.25. 
            Diante de um caráter tão perverso, observa-se que a primeira atitude da rainha “[...] Jezabel (foi) exterminar os profetas do Senhor [...]”, 1Rs.18.4 e, mais tarde, “[...] Jezabel (mandou) apedrejar e matar [...] Nabote [...]”, 1Rs.21.14.
            Muitos pais, cônjuges, namorados e amigos proíbem os seus de lerem a Bíblia e ir ao culto – Elisa preferia que eu voltasse as bebidas que ser crente.
            Deus não deixou Jezabel impune.
            Deus usou “[...] Jeú (o futuro rei para punir) [...] Jezabel [...]”, 2Rs.9.30.       
            De um modo ou de outro todos os homens serão punidos e “[...] Jezabel (foi) lançada (do alto do palácio) abaixo [...] e foram salpicados com o seu sangue a parede e os cavalos, e Jeú a atropelou”, 2Rs.9.33.
            O pior ou melhor é que nenhum de nós sabemos qual será a nossa punição, isto é, se estamos enfrentando a Deus com a nossa rebeldia.
            Jeú teve compaixão do corpo de Jezabel e os seus servos “foram para a sepultar; porém não acharam dela senão a caveira, os pés e as palmas das mãos. Então, voltaram e lho fizeram saber. Ele disse: Esta é a palavra do Senhor, que falou por intermédio de Elias [...] seu servo, dizendo: No campo de Jezreel, os cães comerão a carne de Jezabel. O cadáver de Jezabel será como esterco sobre o campo [...]”, 2Rs.9.35-37.
            O seu relacionamento com Deus é de amizade ou negação?
            O nome Jezabel se tornou sinônimo de idolatria, falsos profetas, prostituição, falsos ensinos, tolerância ao pecado, perseguição aos servos de Deus e heresias.
            Apocalipse fala que Deus “tem [...] contra (aquele que) tolera (aceita, permite, suporta) que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos”, Ap.2.20.
            O seu e o meu começo pode ter sido ruim; não pode se tornar pior.
            Acabe e Jezabel não mediram as consequências do pecado, então [...]
III – O que já era ruim, ficou ainda pior.
            a. Acabe era vaidoso e não suportava ser contrariado.
            A vaidade de Acabe é vista quando ele mantém dois palácios reais.
            Um palácio ficava na capital de Israel, Samaria, 38 km distante do outro palácio que Acabe e Jezabel mantinha, apenas por prazer.
            O outro “[...] palácio (de) [...] Acabe [...] (estava) em Jezreel [...] ao lado (da) vinha (de) Nabote [...]”, 1Rs.21.1.
            Essa propriedade despertou interesse e desejo de “[...] Acabe [...] (pois) daria por ela outra, melhor; ou, se fosse do agrado (de) Nabote, daria em dinheiro o que ela valesse [...] (o interessante é que Acabe desejava) [...] para que lhe servisse de horta, pois estava perto, ao lado da sua casa [...]”, 1Rs.21.2.
            Entre os povos cananeus, um rei podia confiscar os bens de seus súditos a seu bel-prazer, em Israel os poderes de um monarca eram limitados por Deus.
            O único que podia “estabelecer [...] sobre (o povo um) [...] rei (era) aquele que o Senhor [...] Deus [...] escolhesse [...] (a ordem é que) este (rei) não (podia) multiplicar para si cavalos [...] mulheres, para que o seu coração se não desviasse; nem multiplicar muito para si prata ou ouro. Também, quando se assentasse no trono do seu reino, (devia) escrever para si um traslado [...] (da) lei num livro [...] e o terá consigo e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o Senhor, seu Deus, a fim de guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos, para os cumprir. Isto fará para que o seu coração não se eleve sobre os seus irmãos e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; de sorte que prolongue os dias no seu reino [...]”, Dt.17.15-20.
            Existem muitos que há muito deixaram o Senhor Deus não somente por ser ambicioso, mas também por falta da Palavra de Deus.
            Quando havia troca de soberano, era declarado o “[...] o direito (desse) [...] rei que havia de reinar sobre eles: ele tomará os seus filhos e os empregará no serviço dos seus carros e como seus cavaleiros, para que corram adiante deles; e os porá uns por capitães de mil e capitães de cinquenta; outros para lavrarem os seus campos e ceifarem as suas messes; e outros para fabricarem suas armas de guerra e o aparelhamento de seus carros. Tomará as suas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras. Tomará o melhor das suas lavouras, e das suas vinhas, e dos seus olivais e o dará aos seus servidores. As suas sementeiras e as suas vinhas dizimará, para dar aos seus oficiais e aos seus servidores. Também tomará os seus servos, e as suas servas, e os seus melhores jovens, e os seus jumentos e os empregará no seu trabalho. Dizimará o seu rebanho [...]”, 1Sm.8.11-17.    
            Todos esses direitos eram suficientes para os reis de Israel, assim como os salários dos nossos políticos.
            Acabe não se contentou com esse direito oferecido por Deus; queria mais, desejava o pedaço de terra para “[...] lhe servir (como) horta, pois estava perto, ao lado da sua casa [...]”, 1Rs.21.2.
            Fatos assim são comuns em nossos lares. Filhos desejam o brinquedo, perfume, veste, maquiagem, móveis, imóveis, herança do outro também.
            Por se tratar de uma propriedade de herança familiar, na verdade uma herança do Senhor, fruto da divisão da terra de Canaã entre as tribos de Israel, “[...] Nabote disse a Acabe: Guarde-me o Senhor de que eu dê a herança de meus pais”, 1Rs.21.3.          
            Acabe não gostou da resposta. Isso gerou revolta, frustração e raiva porque ele sabia sobre a determinação que Deus havia dado aos reis.
            “Então, Acabe veio desgostoso (eu e você) e indignado para sua casa, por causa da palavra (que não gostei) que Nabote, o jezreelita, lhe falara, quando disse: Não te darei a herança de meus pais. E deitou-se na sua cama, voltou o rosto e não comeu pão”, 1Rs.21.4.
            Por causa dessa resposta, Nabote foi morto.
            Outra situação que ilustra a vaidade de Acabe é a que envolve os profetas do Senhor que foram perseguidos por falar a verdade e contrariar o rei.
            Tudo começou quando “[...] Josafá, rei de Judá, desceu para avistar-se com o rei de Israel, Acabe”, 1Rs.22.2 para um acordo bélico para guerrear contra os sírios, em Ramote-Gileade.
            “[...] Josafá (tinha pelo menos uma não de temor a Deus, então, pediu) ao rei de Israel, Acabe: Consulta primeiro a palavra do Senhor”, 1Rs.22.5. 
            Para agradar o rei Josafá, “[...] o rei de Israel ajuntou os profetas, cerca de quatrocentos ([...] profetas de Baal [...] (que) comiam da mesa de Jezabel”, 1Rs.18.19 e estes) homens [...] disseram: Sobe, porque o Senhor a entregará nas mãos do rei”, 1Rs.22.6, mas era uma cilada mentirosa.
            No entanto, “[...] Josafá (demonstrou certa desconfiança e insistiu em ouvir mais) [...] algum profeta do Senhor para o consultar [...]”, 1Rs.22.7.
            Alguns crentes desconfiam de certas palavras pregadas em muitas igrejas, outros acreditam piamente.  
            Entra em cena “[...] Micaías [...] (que) se podia consultar o Senhor, porém Acabe o aborrecia, porque nunca profetizava de Acabe o que (era) [...] bom, mas somente o que é mau [...]”, 1Rs.22.8.
            Acabe e Josafá escutam a profecia de “[...] Micaías (que) disse: Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o Senhor: Estes não têm dono; torne cada um em paz para a sua casa”, 1Rs.22.17.
            Mas, como “[...] o rei Acabe (não tinha intimidade com Deus) [...] disse a Josafá: Não te disse eu que ele não profetiza a meu respeito o que é bom, mas somente o que é mau?”, 1Rs.22.18, ou seja, a rejeição que Acabe tinha da Palavra enviada por Deus, não nasceu nesse momento, fora ensinado pelos seus pais que não serviam a Deus.
            Todos os pais precisam dar bom exemplo dentro de casa se não, irá agir como Acabe com egoísmo para não pensar em favor da nação – a nossa família.
            Acabe era vaidoso porque não queria ser contrariado, soberbo por não saber perder e fraco de caráter por não aceitar a Palavra enviada pelo Senhor, o Deus eterno.
            Acabe portou-se como uma criança mimada, que não admite ser contrariada. Sempre queria mais, assim como muitos dentro dos lares que deseja que o outro faça por ele, mas ele não faz.
            Vemos em Acabe fraqueza, mas [...]
            b. Jezabel era autoritária, desonesta e violenta.
            Geralmente, quando encontramos mulheres autoritárias na rua, de duas uma: manda ou é mandada. Como é na sua casa?
             O autoritarismo, a desonestidade e a violência são características marcantes nas ações de Jezabel e na forte influência que ela exercia na vida do rei Acabe – isso pode acontecer na minha e sua vida. Não estamos isentos.
            Essa influência foi tão negativa que as Escrituras atribuem a apostasia de Acabe diretamente a Jezabel.
            O texto fala que “ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mau perante o Senhor, porque Jezabel, sua mulher, o instigava”, 1Rs.21.25.
            Quem está “[...] instigando (você a) se vender para fazer o que (é) [...] mau perante o Senhor? [...]”, 1Rs.21.25.
            Diversos fatos mostram a crueldade nas ações de Jezabel.
            Após o profeta “[...] Elias [...] lançar mão dos profetas de Baal (850) [...] e [...] os matou”, 1Rs.18.40, a rainha ficou furiosa.
            “Acabe (o rei mais perverso e fofoqueiro) fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como matara todos os profetas à espada”, 1Rs.19.1.
            Se perceber a maldade quando “[...] Jezabel manda um mensageiro a Elias a dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles”, 1Rs.19.2, ou seja, o ameaçou de morte.
            Em outra ocasião, quando Acabe entristeceu-se por não conseguir comprar a vinha de Nabote, “[...] Jezabel, sua mulher, (o afronta nestes termos) dizendo: Governas tu, com efeito, sobre Israel? (Ou seja, você é um frouxo, babaca, vagabundo, preguiçoso, sem valor, seja homem, grita, fala mal, belisca, dá-lhe socos, empurrões. E, com prepotência e autoridade o manda se) levantar, comer e alegrar-se o [...] coração; (e o pior, como se fosse soberana do reino diz:) eu te darei a vinha de Nabote [...]”, 1Rs.21.7, já que você não presta nem para isso.
            Pais que não respeitam as leis, os filhos podem imitá-los nas bebidas, mulheres, brigas.
            Jezabel não foi diferente. Aprendeu com Etbaal, rei de Sidom, seu pai, confiscar os bens de seus súditos a seu bel-prazer.
            O mando dessa mulher Jezabel não tinha fim. Ela mandou “[...] Apregoar um jejum e trazer Nabote para a frente do povo”, 1Rs.21.9.          
            O “[...] jejum (praticado pelos) filhos de Israel [...] (tinha o propósito de) chorar, e estar [...] perante o Senhor [...] (com o desejo de) oferecer holocaustos e ofertas pacíficos”, Jz.20.26 a fim de Deus os abençoar quando fossem perdoados.    
            Jezabel convocou esse jejum com interesses egoístas e para derramar sangue, pois “fez sentar defronte (de) Nabote dois homens malignos, que testemunharam contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei. Depois, o levaram para fora e o apedrejaram, para que morresse”, 1Rs.21.10.
            Muitas vezes obsevamos maldades na casa do vizinho, mas esquecemos de olhar para dentro do nosso lar.
            Não precisamos matar ninguém a facadas, basta apenas “[...] Jesus nos (fala) que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”, Mt.5.22.
            Toda autoridade, desonestidade e violência estava associada à omissão de Acabe.
            Acabe agiu como muitos pais que veem seus filhos birrentos, acha bonito, esperneia, fala que ele sempre foi assim, aparece do nada com R$ 0,10, elogia, dá tudo o que ele deseja sem colocar limites, ele fala palavrões ou conta piadas indecorosas, sorri, não o instrui espiritualmente, sempre diz sim, faz tudo por ele dentro de casa, briga na escola, sai em defesa do seu filho.  
            Muitos maridos deixam de cumprir seu papel no casamento e não se dedicam à santificação de suas esposas, daí, o resultado são lares desfeitos.
            A nossa contribuição dentro do lar deve ser para nos conduzir a Cristo e sermos santificados.
            Como está o seu lar?
Conclusão: Melhor ou pior nestes últimos 30 dias?
            A história de Acabe e Jezabel só apresentam aspectos que não devem ser imitados, contudo, é um alerta para os nossos relacionamentos.
            É preciso lembrar que nossas escolhas daqui para frente devem ser melhor para não se tornar pior.
            Lembre-se que alianças erradas nos afastam de Deus e suas consequências intensificam os problemas em nossa vida.
            Como cônjuge, podemos ser uma bênção ou uma maldição dentro do nosso lar. O que você é?
            Apegue-se mais ao Senhor Deus, não tente mudar o outro e avalie as influências que você tem recebido.
            Ouça a opinião do outro e peça a ajuda de Deus.


     Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Nossa fé – Casais da Bíblia – CCC – Rev. José Antônio de Góes.


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

GRAÇA, Gl.1.3,4.


 
GRAÇA
Gl.1.3,4

Introd.:           Muitos têm levado uma vida desgraçada neste mundo.
            São pessoas sem graça, não liberam perdão, não se dispõe a amar o outro.
            Graça é o que Cristo deseja para todos nós.  
Nar.:   Nesta carta Paulo faz um manifesto da liberdade cristã e da universalidade da igreja.
            Paulo faz esse manifesto porque havia “[...] falsos irmãos que se entremeteram com o fim de espreitar a [...] liberdade que (eles) tinham em Cristo Jesus e reduzi-los à escravidão”, Gl.2.4 da lei.
            São pessoas que vivem a olhar a vida do irmão e agem como se fossem detetives particulares de Deus.
            Procuram minuciosamente erro na vida do próximo a fim de acusá-lo ou denegrir a sua imagem.
            A ideia é que, ainda hoje, muitos não agem de “[...] acordo com a verdade do evangelho [...] (ou seja, alguns crentes) na presença de todos (da cidade) [...] não [...] vivem como (crente) [...] e sim como (não crente. E o interessante é que esses irmãos a todo custo tenta) [...] obrigar os (não crentes) [...] a viverem como (crentes) [...]”, Gl.2.14.
            Grande contradição; por um lado bisbilhotam a vida alheia, mas no meio onde vivem não é boa bisca.
            É como declara Jesus: “Como poderás dizer a teu irmão: Deixa, irmão, que eu tire o argueiro (cisco) do teu olho, não vendo tu mesmo a trave que está no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro (defeito, deslize) que está no olho de teu irmão”, Lc.6.42.
Propos.:          Ainda hoje falta graça em nosso meio.
Trans.:           A graça [...]
1 – Vem de Deus.
            Quando se fala de graça muitos pensam que é para eu e você cair na gargalhada.
            Quando se fala de “graça (fala de deleite, prazer, doçura, charme, amabilidade, boa vontade, favor, exercício das virtudes cristãs, alguém governado pelo poder de Deus, gratidão por privilégios, serviços, favores recebidos) [...]”, Gl.1.3.
            Quando recebemos “graça [...]”, Gl.1.3 ficamos satisfeitos, mas quando temos que oferecer, negamos.
            Falta “graça [...]”, Gl.1.3 entre cônjuges, pais/filhos, patrão/empregado, amigos e desconhecidos.
            Paulo fala que essa “graça (oferecida) a nós [...]”, Gl.1.3 não vem de nenhum dos nossos familiares ou amigos.
            A “graça (que recebemos vem) [...] da parte de Deus [...]”, Gl.1.3.
            Isto quer dizer que essa “graça [...]”, Gl.1.3 sai do trono de Deus, do reino celeste, da mansão eterna, a qual “[...] Jesus (foi) [...] preparar (para cada um de nós) [...]”, Jo.14.2.
            A “graça [...] (oferecida) a nós outros (vem acompanhada da) [...] paz (tranquilidade entre indivíduos) [...]”, Gl.1.3 “[...] que excede todo o entendimento (e pode) [...] guardar o nosso coração e a nossa mente em Cristo Jesus”, Fp.4.7 para eu e você não atropelar os relacionamentos.
            A “graça (favor imerecido) [...] e (a) paz (tranquilidade entre indivíduos) [...] (vem não somente) da parte de Deus (trindade), nosso Pai (coordena todas as coisas, mas também) [...] do [nosso] Senhor Jesus Cristo”, Gl.1.3.
            Graça recebida não é por nossos méritos, mas pelos [...]
2 – Méritos de Jesus Cristo.
            Ouve-se muitas vezes que o homem é muito bom.
            Salomão declara que “não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque”, Ec.7.20.
            O salmista declara que “o SENHOR é bom para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras”, Sl.145.9.
            A bondade que temos é manchada pelo pecado, então, “[...] não fazemos o bem que preferimos, mas o mal que não queremos, esse fazemos”, Rm.7.19.
            Sendo assim, foi preciso “Jesus [...] se entregar a si mesmo [...]”, Gl.1.4 a Deus para nos abençoar com a “graça (favor imerecido) [...] e (a) paz (tranquilidade entre indivíduos) [...]”, Gl.1.3.
            Ora, “Jesus (não proporcionou apenas a) [...] entrega (de) si mesmo (para eu e você ser mais amável com todos e, “se possível, quanto depender de nós, ter paz com todos os homens”, Rm.12.18, mas também) Jesus (se) entregou pelos nossos pecados [...]”, Gl.1.4.
            A “[...] entrega [...] pelos nossos pecados [...]”, Gl.1.4 é porque não conseguimos nos desvencilhar de uma má ação, intriga, brigas ou qualquer deslize.
            A graça de Deus tem um propósito [...]
Conclusão:      Nos libertar.
            Quando Paulo fala que “[...] Jesus (veio) para nos desarraigar (Ele está dizendo que quer nos arrancar, tirar, extirpar, escolher para si próprio, selecionar eu e você entre muitas pessoas para nos livrar, libertar) deste mundo perverso (cheio de labores, aborrecimentos, fadigas pressionado e atormentado pelos labores, aborrecimentos, perigos, que causa dor e problema, ou seja, consequentemente Cristo está dizendo, "livra-nos do mal [...]", Mt.6.13 e está provavelmente se referindo a Satanás) [...]”, Gl.1.4.
            Toda essa “[...] graça (sobre nós é) segundo a vontade de nosso Deus e Pai”, Gl.1.4 e isso é o bastante para mim e você.


            Rev. Salvador P. Santana

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

QUANTO CUSTA SAIR A FUMAÇA DA CHAMINÉ



QUANTO CUSTA SAIR A FUMAÇA DA CHAMINÉ
            “Uma cerimônia carregada de simbologia histórica acontecerá no Rio de Janeiro no próximo sábado. A princesa Amélia de Orleans e Bragança, filha do príncipe e aquarelista Dom Antônio e da princesa belga Christine de Ligne, se casará com o jovem barão escocês Alexander James Spearman [...] a festa acontece no Palacete Modesto Leal [...] Amélia é irmã do príncipe Pedro Luiz, que morreu aos 26 anos no trágico acidente do voo Air France 447, em maio de 2009 [...]” – Revista Época, Casamento imperial – no 845, 11 agosto 2014, pág. 96.
            Para este casamento imperial e tantos outros não haverá nenhum problema o somente sair a fumaça da chaminé, mas existem valores que precisam ser examinados antes de dizer o sim para firmar o enlace matrimonial. O Sr. Emídio Vieira Machado, morador da cidade de Fernandópolis, com 94 anos, costuma dizer àquele que deseja contrair matrimônio: “Agora você vai ver quanto custa sair a fumaça da chaminé”.
            Aqui não está em jogo a escolha da lenha seca ou molhada e bem cortada. O que está em jogo na escolha de um cônjuge é “[...] conhecer (bem) o seu caráter provado [...]” (Fp 2.22). Alguns jovens em tom jocoso perguntam: “Ela sabe cozinhar, lavar, passar roupa, limpar a casa? Ele estuda, trabalha, tem casa, carro e algum centavo na poupança?”. Não basta apenas o jovem ter essas propriedades. É preciso muito mais e isso envolve a vida diária de cada um com a sua família e com Deus.
            O valor de uma pessoa não se mede apenas por aquilo que ela faz. Os jovens precisam aprender a escolher melhor o seu futuro consorte. Tanto um quanto o outro “não (pode se) por em jugo desigual com os incrédulos [...] (caso não andar por este caminho, não haverá) comunhão [...] da luz com as trevas [...]” (2Co 6.14). Um e outro precisam “[...] confessar que Jesus é o Filho de Deus, (só assim) Deus permanecerá nele, e ele, em Deus” (1Jo 4.15).
            Outro aspecto de fundamental importância é a família dos nubentes. A criação de filhos é totalmente diferente, mesmo que sejam irmãos ou que professem a mesma fé sempre haverá diferenças. Haverá casos em que um vem de um lar permissivo, o outro procede de uma família rígida e que não aceita certos costumes.
            Verdade é que muitos jovens não se preocupam em conhecer a família de origem do/a amado/a. Ficam tão envolvidos com o namoro que muitos deixam para conhecer os familiares somente no dia do casamento. Nada de última hora é proveitoso, muito menos para os contraentes. Pode acontecer neste dia da sogra não gostar do futuro genro ou futura nora; e aí, qual solução para este grande problema?
            O casal de namorados precisa conhecer ao máximo a família procedente daquele/a a quem tanto ama. Procurar saber se ele é grosseiro com a mãe, se age sem respeito com o pai, se espanca a irmã, se não se importa com o pagamento das contas básicas, ou se fica bravo, estúpido por qualquer motivo, é melhor investigar um pouco mais. Buscar conhecer se a dondoca não gosta de sujar as mãos após as refeições, se a limpeza da casa fica por conta da mamãe, se as suas roupas não são passadas a ferro por ela mesma e se o sofá já tem a sua marca.
            Enfim, se o garotão fica o dia todo batendo perna na rua, de bermuda quase arrastando no chão, que esteja envolvido com drogas lícitas e ilícitas, tem o nome sujo no SPC, CERASA e a polícia anda a procura dele, caia fora. Garotas envolvidas com muitas amiguinhas, que não perde nenhuma balada, não sai da roda das fofocas e odeia estudar, é melhor você pensar um pouco mais antes de levar os nomes ao cartório.
            Antes do desejo de casar, faça uma pesquisa da vida dele/a com a família, amigos, internet e dos preços de água, luz, telefone, vestuário e alimentação para saber o “quanto custa sair a fumaça da chaminé”.
Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

LIBERDADE, Gl.5.13-15.



LIBERDADE
Gl.5.13-15

Introd.:           Mas tenham cuidado para que essa liberdade de vocês não faça com que os fracos na fé caiam em pecado”, 1Co.8.9.
Nar.:   O recado de Paulo aos Gálatas é sobre a liberdade que temos em Cristo.
Propos.:          Temos liberdade para amar e não para pecar contra Deus.
Trans.:           Liberdade [...]
1 – Para não dar ocasião à carne.
            A mensagem de Paulo é que a “[...] liberdade (que temos) [...] não (seja) usada [...] para dar ocasião à carne (como desculpa para permitir que a natureza humana nos domine) [...]”, Gl.5.13.
            Sabemos que “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”, 1Co.6.12.
            Mas podemos dizer que o prazer da carne satisfaz! Pelo contrário, é preciso saber que somos “[...] irmãos [...]”, Gl.5.13 em Cristo.
            Sendo irmãos, é porque “[...] fomos chamados à liberdade [...]”, Gl.5.13.
            Caso não haja cuidado, nos tornamos escravos outra vez do pecado.
            É preciso permanecer vigilante a fim de obter a liberdade.
            Deseja liberdade? Não peque contra Deus deixando de servi-Lo, pois cada um de nós precisa “[...] ser, antes, servos uns dos outros [...]”, Gl.5.13.
            O propósito da liberdade em Cristo é “[...] servir uns dos outros, pelo amor”, Gl.5.13.
            Sem amor não existe liberdade, porque o limite é o amor, logo, “[...] não (podemos) usar da liberdade para dar ocasião à carne [...]”, Gl.5.13 ou para não servir ao próximo.
            Precisamos buscar a liberdade [...]
2 – Para não ser destruído.
            É lamentável que muitos irmãos, membros do mesmo corpo, se ajuntem compactuados, de pleno acordo, para que “[...] sejam mutuamente destruídos”, Gl.5.15.
            Isto prova a não existência do amor – irmão fazendo de presa (armadilha) uns aos outros – corre o sério perigo de total destruição.
            Brigas?! Espere pela falta da graça de Deus, e que o Espírito de amor se retire para que “[...] sejamos mutuamente destruídos”, Gl.5.15.
            Contendas?! Começa com pequeninas coisas – olhar, palavras, gestos.
            Como termina essa intriga? Com a “[...] destruição mútua (reduplicado)”, Gl.5.15.
            Antes de chegar à destruição, começa com pequenas “[...] mordidas [...]”, Gl.5.15.
            Mordedura é um ato de alguém furioso, que deseja devorar, alguém que persevera na malícia.
            O texto nos faz uma acusação de que “[...] nós, porém, nos mordemos (agirmos como animais irracionais) [...]”, Gl.5.15.
            Com os animais é menos traumático, pois as feridas são curadas.
            As lutas animalescas e selvagens são por causa do egoísmo, orgulho, inveja, o desejo de posição, vanglória – causa uma ferida dentro do coração do outro.
            Note bem que a destruição se agrava por falta da liberdade.
            A “[...] destruição mútua [...]”, Gl.5.15 dá inicio a partir da conversa fiada, olhar atravessado, ventilador desligado, banco arrastado, assento tomado.
            O próximo passo é “[...] devorar uns aos outros [...]”, Gl.5.15 sob o pretexto de terem opiniões diferentes.
            Daí, a natureza humana produz “[...] a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: os que fazem essas coisas não receberão o Reino de Deus”, Gl.5.19-21.
            O apelo de Paulo é para cada um de nós “[...] ver que (é preciso amar) uns aos outros [...] não [...] morder (e) [...] destruir-se [...]”, Gl.5.15.
            Busque a liberdade [...]

Conclusão:    E ame o seu próximo.

            Qual é o resumo da lei? Amor.

            A verdadeira liberdade é buscar a lei que ninguém pode esquecer, quando eu e você resolvemos “[...] amar o nosso próximo como a nós mesmos”, Gl.5.14.
            Desculpamos com a finalidade que a natureza humana nos domine para pecar.
            É preciso gravar bem em nosso coração que devemos “[...] amar o [...] próximo como a nós mesmos”, Gl.5.14.
            Alguém pode destruir o nosso próprio corpo, mas ainda assim é preciso “[...] amar o [...] próximo [...]”, Gl.5.14.
            Caso você tenha sido mordido por outro, lembre-se que “[...] toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, Gl.5.14.
            É possível que você esteja sendo devorado, não desista; pratique o amor, porque “[...] se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça”, Rm.12.20.
            A liberdade oferecida é somente para amar, portanto, nunca dê liberdade à sua carne para pecar e jamais destrua o seu irmão.


            Rev. Salvador P. Santana