sexta-feira, 30 de novembro de 2018

O NASCIMENTO DE JESUS CRISTO.


O NASCIMENTO DE JESUS CRISTO

            O relato do nascimento de Jesus Cristo no livro de Mateus tem o propósito de mostrar ao mundo que nasceu o Salvador. O evangelista se preocupa em mostrar aos judeus que Jesus é descendente de Abraão e que o acontecido fora algo sobrenatural.

            Muitos homens têm tido dúvidas quanto à divindade de Cristo. Mas quando se analisa o texto bíblico, percebe-se que está implícita a Sua filiação, portanto, a Sua divindade.

            Mateus declara que “[...] o nascimento de Jesus Cristo foi assim [...]” (Mt 1.18). Afinal, como foi esse “assim”? José não levou Maria ao hospital mais sofisticado da época. É preciso olhar em outros textos para perceber que o nascimento de Jesus aconteceu com sofrimentos para José e Maria.

            Primeiro sofrimento – Além de Maria ter de passar pela transformação de todo o seu corpo, dores no parto e a intensa preocupação pelo nascimento de seu filho, foi ameaçada por “[...] José, seu esposo [...] (de ser) deixada secretamente” (Mt 1.19). Se não fosse a intervenção de “[...] um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mt 1.20), ele teria cumprido o seu intento;

            Segundo sofrimento – Maria percorreu uma distância de cerca de 100km, “[...] subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém [...]” (Lc 2.4), provavelmente em cima do lombo de um burro. (Se um burro andar 30 a 40km/dia, eles devem ter gastado mais ou menos três dias de viagem);

            Terceiro sofrimento – “[...] Não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2.7). Era época de censo demográfico, a cidade estava superlotada;

            Quarto sofrimento – Jesus foi “[...] deitado numa manjedoura [...]” (Lc 2.7). A manjedoura é o cocho, lugar de colocar comida para os animais. Não existe nada pior do que você ver o seu filho nascendo e não ter um lugar adequado para o seu repouso. Imagine o sofrimento dessa mãe e desse (pai).


            O nascimento de Jesus foi “assim”, sofrido, dolorido, cheio de dificuldades, e isto, logo após a concepção pelo “[...] pelo Espírito Santo” (Mt 1.18).

            Através desse sofrimento algumas lições preciosas para o viver diário dos homens: nem tudo é maravilhoso como muitos pensam; o sofrimento faz parte do cotidiano, apesar de que este não foi o plano de Deus; pode ser, que aquele em que você mais confia, queira te deixar às ocultas; é preciso lembrar: “se alguém te obrigar a andar uma milha (1,5km), vai com ele duas” (Mt 5.41); nem todos irão encontrar um berço esplêndido.

            O melhor aprendizado é “[...] saber que este é verdadeiramente o Salvador do mundo” (Jo 4.42) que veio para salvar o homem pecador; aprenda que o grande amor de Deus pelo homem pecador é maravilhoso; que “[...] foi assim [...] o nascimento de Jesus Cristo [...]” (Mt 1.18) que “[...] veio para [...] salvar [...] as almas dos homens [...]” (Lc 9.56).


            Se faz necessário dedicar a vida Àquele que se fez carne e veio “[...] assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana” (Fp 2.7).

            Deus, abençoe o seu povo!


            Rev. Salvador P. Santana

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Mt.24.1, 2 - TEMPLO.


TEMPLO

Mt.24.1, 2



Introd.:           Jesus proferiu seus discursos nos átrios do templo. O recinto cercado, sagrado.

            Templo é o edifício construído no monte Moriá, em Jerusalém, no qual estava centralizado o culto a Deus em Israel.

            Paulo declara que “[...] somos [...] edifício de Deus [...] santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em nós [...]”, 1Co.3.9, 16.

            O templo substituiu o Tabernáculo.

            O primeiro Templo foi construído por Salomão, mais ou menos em 959 a.C., e destruído pelos babilônios em 586 a.C.

            O Templo media 27 m de comprimento por 9 de largura por 13,5 de altura.

            A construção do segundo Templo foi feita por Zorobabel em 538 a.C. e terminou em 516 a.C.

            O terceiro Templo foi ampliado e embelezado por Herodes, o Grande, a partir de 20 a.C. Jesus andou pelos seus   pátios. As obras só foram concluídas em 64 d.C.

            O templo não estava totalmente concluído. Pedras de mármore polido com 12 metros de comprimento, branca-esverdeada.

            A parede frontal do templo era recoberta de chapas de ouro.

            No ano 70, contrariando as ordens do general Tito, um soldado romano incendiou o Templo, que nunca mais foi reconstruído. No seu lugar está a mesquita de Al Acsa.

Nar.:    Jesus profere seus discursos nos átrios do templo (eu e você). O recinto cercado, sagrado, onde habita Deus.

Propos.:           Jesus adverte os crentes.                   

Trans.: Do templo [...]

1 – Jesus se retira.

            O verbo “tendo (no presente do indicativo indica uma ação que ocorre no exato momento em que se narra a ação, uma ação habitual) [...]”, Mt.24.1.

            A verdade é que “[...] (há abandono com o desejo de livrar-se de alguém, deixar de lado e esse abandonar parte do próprio) Jesus [...]”, Mt.24.1.

            Veja que, conforme Paulo, somos o próprio templo e Pedro fala que “[...] nós mesmos, como pedras que vivem, somos edificados casa espiritual [...] a fim de oferecermos sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”, 1Pe.2.5.

            Logo, “tendo Jesus saído (ir embora, na verdade foi de dentro) do templo (coração dos homens que O rejeitaram) [...]”, Mt.24.1.

            Além de “[...] Jesus (ter) saído (livrar-se) do templo (coração), ia-se retirando (para confirmar o desamparar, persistiu na jornada iniciada de repudiar o) templo [...]”, Mt.24.1.

            A decisão de “[...] Jesus sair do templo (coração), ir-se retirando (da vida espiritual, pode despertar em muitos ou poucos corações o desejo de) [...] se aproximarem (de) Jesus [...]”, Mt.24.1.

            Perceba que são “[...] os [...] discípulos (aprendizes, alunos, servos de) Jesus (que) se aproximam (desejam chegar mais perto do Mestre para serem ensinados) [...]”, Mt.24.1.

            Verdade é que “[...] os discípulos (não apresentaram nenhuma pergunta, mas ainda assim havia a intenção, o interesse de aprenderem alguma instrução espiritual)”, Mt.24.1.

            A ação foi apenas “[...] para [...] mostrar (a) Jesus as construções do templo (Herodes, o grande – pedras de mármore 12m, branca-esverdeada, parede recoberta de chapas de ouro, mas ainda assim) [...] Jesus saiu do templo [...] (o Mestre se) retirou [...]”, Mt.24.1 do local mais apropriado para a morada de Deus, o coração dos homens.

            O templo [...]

2 – Recebe o alerta.

            Aqui Jesus profetiza o futuro distante, 40 anos depois – gritos, clamores, soldados romanos, violência, derramamento de sangue.

            Romanos usaram a força armada para restaurar a ordem na Palestina em 66 d.C.

            Em 70 d.C. Jerusalém foi capturada, destruída e o sangue corria pelas ruas ao ponto dos cavalos não se poderem firmar de pé.

            Sacerdotes haviam fugido para o templo, mas Deus não estava presente e o templo foi destruído com todos os abrigados e crucificados.

            Em 132 d.C. novos desastres em Jerusalém e o templo veio abaixo com o imperador Adriano.

            Ele (Jesus), porém [...]”, Mt.24.2 já havia determinado o que haveria de acontecer com o seu povo.

            O médico Lucas declara que “[...] sobre (o povo judeu) [...] viria dias em que os seus inimigos [...] (os) cercariam de trincheiras e, por todos os lados, (os) [...] apertariam o cerco”, Lc.19.43.

            Todos, sem escapar um, seriam “[...] arrasados e aos seus filhos dentro de si [...] (pelo simples motivo de) [...] não reconhecer a oportunidade da [...] visitação (de Deus)”, Lc.19.44.

            Jeremias já declarava que “[...] este povo é de coração rebelde e contumaz (teimoso); rebelaram-se e foram-se”, Jr.5.23.

            Paulo, por sua vez, “[...] diz (que a) Israel [...] todo o dia (Deus) estendeu as mãos a [...] (esse) povo rebelde e contradizente (opõe, recusa obedecer)”, Rm.10.21.

            A menos que você não queira acreditar, mas ainda hoje “Jesus [...] nos diz [...]”, Mt.24.2 claramente sobre a nossa rebeldia, transgressão, imaturidade, pecado que mancha a igreja.

            Em outra Escritura sabemos que “[...] por haverem desprezado (eu e você) o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou (verbo no passado) a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes”, Rm.1.28.

            [...] Não vemos tudo isto (que está acontecendo em nossos dias)? [...]”, Mt.24.2.

            [...] Que a maldade do homem (eu e você) se [...] multiplica na terra e que é continuamente mau todo desígnio do nosso coração (falta perdão, arrependimento, reconciliação)”, Gn.6.5.

            Estamos vendo “[...] pai contra filho, filho contra pai; mãe contra filha, filha contra mãe; sogra contra nora, e nora contra sogra”, Lc.12.53.

            Sabemos que é “[...] de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia (imoralidade sexual), a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura”, Mc.7.21, 22.

            Esse “[...] em verdade (que) Jesus nos diz [...]”, Mt.24.2 é para ficarmos alertas, “[...] vigiando, porque não sabemos em que dia vem o nosso Senhor”, Mt.24.42.

            Portanto, o templo (eu e você) não apresentando mudança [...]

Conclusão:      Será derrubado.

            A “[...] verdade (é) que não ficará [...]”, Mt.24.2 “[...] sem castigo (todo aquele que pratica) o mau [...] todo arrogante de coração [...] não ficará impune. O que escarnece do pobre [...] o que se alegra da calamidade não ficará impune”, Pv.11.21; 16.5; 17.5.

            É por este motivo “[...] que não ficará aqui (vida espiritual) pedra sobre pedra (a construção do nosso caráter, moral, vida espiritual) que não seja derribada (dissolvida, desunida)”, Mt.24.2.

           


            Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Ef.2.11-22 - OS SACRAMENTOS – NECESSIDADE E PROMESSA.


OS SACRAMENTOSNECESSIDADE E PROMESSA, Ef.2.11-22.



Introd.:           Os sacramentos são uma necessidade essencial ao crente, conforme uma prescrição dos preceitos divinos.

            Negligenciá-los implicaria pobreza e fraqueza espiritual.

            Os sacramentos nos tramitem duas realidades centrais: a garantia do cumprimento das promessas pactuais e nosso pertencimento à família da aliança.

            Nos comunicam verdades essenciais do evangelho de Cristo, as boas-novas de salvação.

            São expressões vívidas da graça de salvação de Deus em Cristo.   

            Os sacramentos nos ensinam que Deus é quem entra em uma aliança graciosa com o pecador, suprindo o cumprimento dos termos do contrato pactual redentivo.

            Os sacramentos cumprem o propósito de confirmar e aumentar a nossa fé.

            Os sacramentos devem ser compreendidos como uma confissão de fé e expressão de nossa obediência ao Deus da aliança.   

            É exposição concreta das verdades centrais da fé cristã: a morte, a ressurreição de Cristo, a aplicação dos benefícios redentores da morte sacrificial de Cristo a participação do crente na família da aliança.

1 – A necessidade dos sacramentos.

            Paulo instrui a igreja dizendo que “portanto, (devemos) lembrar de que, outrora, nós, gentios na carne (sem Deus), chamados incircuncisão (sem salvação) por aqueles que se intitulam circuncisos (salvos), na carne, por mãos humanas, naquele tempo, estávamos sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças (acordo, pacto, contrato – Deus abençoa, o povo obedece) da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo”, Ef.2.11, 12.

            Sacramentos – ordenanças instituídas pelo Senhor. Objetivo – fortalecer a fé, confirmar as verdades eternas, e diante dos homens, reconhecimento público da nossa fé em Cristo.

            Por este motivo Paulo fala que “mas, agora, em Cristo Jesus, nós, que antes estávamos longe, fomos aproximados pelo sangue de Cristo”, Ef.2.13 para ser de Deus e dar testemunho.

            Os sacramentos são necessários somente à igreja. Devem ser administrados apenas àqueles que são membros do pacto da graça, “[...] para confirmar as promessas feitas aos nossos pais”, Rm.15.8.

            O motivo é “porque ele (Jesus Cristo) é a nossa paz, o qual de ambos (judeus e gentios) fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade”, Ef.2.14 nos tornou filhos de Deus.

            Os sinais são necessários como sinais que apontam os benefícios da mediação de Cristo àqueles que estão no pacto.

            O batismo significa o pertencimento à família da aliança, por este motivo, “[...] cada um [...] (deve) ser batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos seus pecados [...]”, At.2.38.

            A Ceia significa a salvação em Cristo Jesus aos crentes, porque “[...] o cálice da bênção [...] é a comunhão do sangue de Cristo [...] o pão que [...] é a comunhão do corpo de Cristo [...]”, 1Co.10.16.

            Veja que o próprio Jesus “aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois (judeu e gentio) criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz”, Ef.2.15.

            Os sacramentos são necessários porque servem ao propósito de aumentar nossa fé e, consequentemente as demais graças recebidas pelos crentes.

            Precisamos entender que “fomos, pois, sepultados com ele (Jesus) na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida”, Rm.6.4 para dar testemunho.

            Perceba que o crente quando obedece ao que Jesus ordenou, ele vive “com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns aos outros em amor, esforçando diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”, Ef.4.2, 3.

            É obediente todo aquele que “[...] em um só Espírito [...] foi batizado em um corpo (igreja) [...]”, 1Co.12.13.              

            É por este motivo que todos os crentes em Cristo, judeus e gentios, se “[...] reconciliou ambos em um só corpo (igreja) com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade (que havia entre judeus e gentios)”, Ef.2.16.

            Os sacramentos se fazem necessários como elementos distintivos para aqueles que pertencem a Cristo e também servem de confissão de fé e testemunho da salvação em Cristo Jesus.

            É o que fala o apóstolo Paulo aos Efésios “[...] de que, outrora [...] (erámos) gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles (judeus) que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas”, Ef.2.11; hoje professamos a mesma fé.

            Naquele tempo, estávamos sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo”, Ef.2.12, mas hoje podemos dar testemunho de que somos de Deus.

            O batismo é a marca da membresia da igreja, a Ceia do Senhor é a marca do membro comungante da igreja, isto é, da membresia da igreja que envolve a profissão de fé voluntária e pessoal em Cristo Jesus, e a obediência a ele – Johannes Geerhardus – Os puritanos.

            Os sacramentos são santos “[...] sinais (do pacto da graça) [...] como selo da justiça da fé [...]”, Rm.4.11.

            O batismo foi instituído por Deus para “[...] fazer discípulos [...] batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, Mt.28.19.

            A Santa Ceia foi “[...] entregue (a) nós [...]”, 1Co.11.23 para representar Cristo e seus benefícios, e confirmar o nosso interesse nele.

            Os sacramentos nos diferenciam de “[...] algum estrangeiro (não pertence a igreja) se [...] quiser celebrar a Páscoa (Ceia) do SENHOR, seja-lhe circuncidado (batizado e) [...] não podemos ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”, Ex.12.48; 1Co.10.21.                  

            É por este motivo que “[...] já não somos estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e somos da família de Deus”, Ef.2.19.

            Após o “[...] batismo [...] observamos extasiado (atônito) os sinais e grandes milagres praticados”, At.8.13 pelo Senhor, servimo-lo com dedicação e se confirma em nós a salvação.

            A confirmação da salvação não é por causa do batismo ou da participação da Santa Ceia, “[...] mas (porque) Deus [...] dá o crescimento”, 1Co.3.7, “porque pela graça somos salvos, mediante a fé [...]”, Ef.2.8.                       

            Os sacramentos são meios que comunicam o amor gracioso de Deus àqueles que fazem parte do povo do Senhor, devemos considerar os sacramentos meios necessários, pois assim foram constituídos pelo Pai, para a comunicação das bênçãos da graça de Deus aos seus filhos.

2 – A promessa e os sacramentos.

            “O sacramento nunca existe sem uma promessa” – João Calvino.

            Paulo fala que por este motivo, “[...] por ele (Jesus), ambos (judeus e gentios) temos acesso ao Pai em um Espírito”, Ef.2.18.

            Os gentios não foram admitidos à aliança à toa, Deus já havia feito a promessa de “[...] provocar a zelos (os judeus) com aquele que não é povo (gentios); com louca nação os despertou à ira”, Dt.32.21.

            É por este motivo de Paulo dizer aos romanos que “[...] Moisés já dizia: Eu vos porei em ciúmes com um povo que não é nação, com gente insensata eu vos provocarei à ira”, Rm.10.19.

            É preciso lembrar que partiu do próprio Deus “[...] vir, evangelizar paz a nós (gentios) outros que estávamos longe e paz também aos que estavam perto (judeus)”, Ef.2.17.

            Este texto nos faz lembrar que Deus fez a promessa a “[...] Abraão [...] (de que seria) pai de numerosas nações [...]”, Gn.17.5.               

            O sacramento é como “[...] o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé [...]”, Rm.4.11, o qual se sela um testamento ou promessa de Deus em nosso favor.                 

            Perceba que é somente “[...] por ele (Jesus), ambos (gentios e judeus) temos acesso ao Pai em um Espírito”, Ef.2.18, sem o qual não podemos ser selados ou confirmados como parte da família de Deus.

            Os sacramentos também cumprem a promessa do Senhor de nos sustentar e fortalecer a nossa fé.

            Vemos essa verdade quando Paulo fala que somos “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas (doutrina), sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”, Ef.2.20 que pode fortalecer e fortificar a nossa fé.

            A promessa contida nos sacramentos se apresenta como uma promessa de salvação porque “no qual (Jesus) todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor”, Ef.2.21.

            E, ainda neste mundo, “no qual (Jesus) também nós juntamente estamos sendo edificados para habitação de Deus no Espírito”, Ef.2.22.

Conclusão:      Os sacramentos são uma necessidade real na vida cristã, pois têm o objetivo de fortalecer nossa fé e confirmar as promessas do Senhor Deus da aliança, além disso, se apresentam como uma confissão de fé pública.

            Os sacramentos foram instituídos pelo Senhor como penhor e garantia dos benefícios redentivos de Cristo, de fazer parte da família de Deus, portanto, salvos em Jesus Cristo.

            Os sacramentos também promovem um fortalecimento de nossa fé, quando consideramos as promessas de Deus e o modo gracioso como ele tem nos sustentado.

Aplicação:       Podemos ser crentes em Cristo abrindo mão dos sacramentos?

Palavra e sacramento: Como uma igreja genuína é identificada.

            O mundo contém igrejas de estilo próprio com credenciais duvidosas ou falsas – igrejas unitaristas e a igreja mórmon, ambas negam a Trindade.

            Com a Reforma protestante os reformadores tiveram de determinar as marcas da verdadeira igreja.

            1 – A pregação fiel da Palavra de Deus. Ensina pela Escritura os pontos essenciais do Evangelho cristão;

            2 – O uso correto dos sacramentos. O batismo e a Ceia do Senhor são explanados na proclamação do evangelho para confirmar e fortalecer a fé em Cristo.

            Lutero especificou as chaves da disciplina, um ministro autorizado, culto público e sofrimento sob a cruz – Teologia Concisa, J. I. Packer, ECC.





     Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor – Palavra Viva – Rev. Christian Brially Tavares de Medeiros – ECC.

Mt.23.34-39 - JERUSALÉM.


JERUSALÉM

Mt.23.34-39



Introd.:           Cidade situada à 50km do mar Mediterrâneo e a 22km do mar Morto.

            Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido.

            Salomão construiu nela o Templo e um palácio.

            Em 587 a.C. a cidade foi destruída por Nabucodonosor.

            Tito, general romano, destruiu a cidade em 70 d.C.

            O nome primitivo da cidade era Jebus.

            Na Bíblia é também chamada de Salém, cidade de Davi, Sião, cidade de Judá, cidade de Deus, a cidade do grande Rei.

            Jerusalém = “habita em você paz”.

            Jerusalém denota tanto a cidade em si como os seus habitantes.

            Jerusalém que está acima, que existe no céu, a Cidade de Deus fundamentada em Cristo, a Jerusalém celestial, a Nova Jerusalém, a habitação futura dos santos.

Nar.:    Jesus lamenta a situação de Jerusalém – cidade/povo.

Propos.:           Jesus tem um recado para cada um de nós.  

Trans.: A Jerusalém (eu e você) [...]

1 – São enviados profetas.

            O “por isso [...]”, Mt.23.34 de Jesus aponta para uma consequência em relação à nossa vida espiritual.

            A locução adverbial “[...] eis que [...]”, Mt.23.34 fala sobre algo inesperado que pode acontecer em nossa vida espiritual.

            Parece estranho essa atitude de “[...] Jesus nos enviar profetas (intérprete dos oráculos – mensagem de Deus revelada, aponta o pecado, mostra a verdade) [...]”, Mt.23.34.

            Todo crente precisa ser confrontado pelo “[...] profeta [...]”, Mt.23.34 a fim de buscar mudança – Davi.

            [...] Jesus nos envia [...] sábios (hábil nas letras, experto, instruído, teólogos que elaboram os melhores planos e meios para a sua execução) [...]”, Mt.23.34; só não aceita conselhos aquele que é ignorante.

            [...] E (veja que também precisamos de) escribas (interpreta a lei para nos mostrar qual o real sentido da Palavra de Deus aos nossos corações) [...]”, Mt.23.34.

            Interessante notar que nasce dentro do coração do crente o desejo de “[...] a uns matar [...]”, Mt.23.34 que fazem parte da própria irmandade.

            [...] A uns (outros com requintes de crueldade) [...] crucifica (fixar, fincar com estacas, destruir totalmente) [...]”, Mt.23.34 o seu próprio irmão.

            Perceba que Jesus parte da maior crueldade para a de menor intensidade.

            Veja que dentro das “[...] nossas sinagogas (casa de oração) outros (são) açoitados (padecimento, castigo) [...]”, Mt.23.34 pelas nossas próprias mãos.

            O mais interessante é que aqueles que não tem coragem de “[...] matar [...] crucificar [...] açoitar [...] (ele) persegue (afugenta) de cidade em cidade”, Mt.23.34 para não permanecer em nosso meio.

            Quem sou eu nesse meio?

            Jerusalém (eu e você) [...]

2 – Recebe em troco.

            Receber o troco é como o que sobra do envio dos profetas à cada um de nós para alertar sobre a nossa vida espiritual.

            Alerta; o que fazemos recebemos.

            A fala de Jesus é “para que sobre nós recaia [...]”, Mt.23.35 a maldade que fizemos, o amor que não demonstramos, a falta de perdão, companheirismo, dedicação.

            Mas veja que o que “[...] recai (sobre a vida de muitos é) todo o sangue justo derramado sobre a terra [...]”, Mt.23.35.

            Traz à memória de “[...] que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão [...] proferir um insulto a seu irmão [...] e quem lhe chamar: Tolo [...]”, Mt.5.22 já matou.

            Não importa o tempo que já passou a sua matança, pode ser “[...] desde o sangue do justo Abel (Caim) até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o santuário e o altar”, Mt.23.35.

            Zacarias foi morto por ordem do “[...] rei Joás [...] (aquele), ao expirar, disse: O SENHOR o verá e o retribuirá (morto pelos seus próprios servos, 2Cr.24.25)”, 2Cr.24.22.

            Ninguém ficará impune pelo pecado cometido, porque é “em verdade (que) nos diz Jesus [...]”, Mt.23.36.

            Mais cedo ou mais tarde, aquilo que fizemos de mal ao próximo, ou “[...] que todas estas coisas (más praticadas) hão de vir sobre a presente geração”, Mt.23.36.

            A própria Jerusalém (eu e você) [...]

3 – Rejeita a bondade de Deus.

            O lamento sobre eu e você é duplo porque Deus conhece o nosso coração.

            Ao falar “Jerusalém (eu e você), Jerusalém (eu e você) [...]”, Mt.23.37 o texto deseja enfatizar que somos todos culpados.

            [...] Que (culpa temos, podemos perguntar. A resposta é que) matamos (nas palavras e ações) os profetas (aponta o nosso pecado) [...]”, Mt.23.37.

            [...] E apedrejamos (ferida-interior-exterior) os que nos foram enviados (para alertar a respeito do pecado cometido)! [...]”, Mt.23.37.

            A nossa rejeição é porque podemos contar “[...] quantas vezes quis Jesus (nos) reunir (como) os seus filhos [...]”, Mt.23.37 para amar, consolar, abençoar, sustentar, proteger, despertar para a vida.

            A analogia de Jesus para mostrar o seu grande amor é “[...] como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas [...]”, Mt.23.37 para proteger, livrar do inimigo, acolher, aquecer.

            Qual é a decisão de “Jerusalém (eu e você?) [...]”, Mt.23.37.

            Perceba que o verbo “[...] quisestes (está no pretérito perfeito do indicativo. Isso quer dizer que a ação teve o seu início e fim no passado) [...]”, Mt.23.37, aconteceu com os nossos pais.

            Mas “[...] e (hoje) nós queremos (ou) não [...] queremos [...]”, Mt.23.37 a proteção de Jesus?

            Jerusalém (eu e você) [...]

Conclusão:      Pode ser ficar deserta.

            O “[...] deserto”, Mt.23.38 tem calor excessivo, desidratação, tempestade de areia que afeta a respiração, animais peçonhentos que pode levar à morte.

            A matança dos profetas, o pagar com a mesma moeda e a rejeição pode tornar “[...] a nossa casa (coração) [...] deserta”, Mt.23.38.

            Eis que [...]”, Mt.23.38 Jesus continua advertindo a respeito da nossa vida espiritual.

            A “declaração (de) Jesus [...]”, Mt.23.39 para a igreja do primeiro século durou o espaço de uma semana.

            [...] Pois (para a igreja atual, vai demorar um pouco mais essa) declaração (ser concretizada em nossas vidas) [...]”, Mt.23.39.

            [...] Desde agora (ou desde quando aceitamos a Jesus), já não [...] vemos Jesus (face a face porque Ele está no céu) [...]”, Mt.23.39, mas podemos vê-Lo através da leitura bíblica.

            A igreja do primeiro século pôde “[...] ver Jesus, até que vieram a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!”, Mt.23.39 no dia da entrada triunfal.

            Eu e você “[...] veremos Jesus [...]”, Mt.23.39 quando “[...] a cidade santa, a nova Jerusalém, que descerá do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo”, Ap.21.2.

            Jerusalém, esteja preparada!



            Rev. Salvador P. Santana

MORTE.


MORTE

            “[...] Nem todos dormiremos (morreremos), mas transformados seremos todos” (1Co 15.51). O próprio Jesus já sabia dessa verdade ao “[...] dizer que alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu reino” (Mt 16.28).

            Muitos crentes devem almejar esse dia, mas conforme o texto, somente alguns não irão passar pela morte. Logo é difícil saber se é a você ou a outrem que está reservada a bênção do arrebatamento para o reino dos céus. Eis a razão de todos “estarem de sobreaviso [...] porque não sabem quando será o tempo” (Mc 13.33).

            Jó declara que “o homem, nascido de mulher, vive breve tempo [...]” (Jó 14.1) e o salmista acrescenta de que “os dias da [...] vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e [...] voamos” (Sl 90.10).

            É engano pensar que somente os de maior idade é que são obrigados a partir deste mundo. Enganados estão todos. Desde os fetos até os mais anciãos, estão na lista de espera para partir deste mundo.

            Suponha que você faça parte desses “alguns” relatado no livro de Mateus. Faça uma pergunta a si mesmo. Que dia será esse pelo qual você será tomado? Está perto ou longe? O que resta a você é estar preparado para o dia do encontro com o Mestre Jesus, pois “você não sabe o que sucederá amanhã [...] é apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa” (Tg 4.14). Verdade é que o homem vale nada, não passa de pó e precisa ser completamente dependente de Deus.

            Enquanto estiver neste mundo é preciso saber que sempre estará entre a incerteza e a certeza. A incerteza se você irá ou não partir subitamente, por morte natural ou por arrebatamento. A certeza de que “[...] cada um [...] dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14.12). Muitos terão a certeza e ficarão decepcionados quando receberem a sentença de morte eterna, isto devido a não aceitação de Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas.

            Não se sabe se muitos homens têm medo da morte em si ou se é medo do encontro no dia final em que “os quais hão de prestar contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos” (1Pe 4.5). Mas, como todos sabem, mais cedo ou mais tarde todos terão que morrer ou se encontrar com Deus através do arrebatamento.

            “[...] Prepara-te [...] para te encontrares com o teu Deus” (Am 4.12) porque neste grande dia “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Dn 12.2).

            Todos aqueles que forem agraciados com a salvação Deus “[...] lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21.4).

            A morte e o arrebatamento são o único meio de adentrar ao céu, “[...] crê em Jesus tem a vida eterna” (Jo 6.47), caso contrário, a pena para aqueles que rejeitam aceitar a salvação em Cristo, o merecido é o inferno, mesmo porque, “[...] o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3.18).

            Não fique amedrontado tentando fugir, se esquivar dizendo que não vai morrer, pois quando Deus determinar a sua partida, “veja [...] que Deus [...] somente Deus [...] mata e [...] faz viver [...] fere e [...] sara; e não há quem possa livrar alguém da sua mão” (Dt 32.39).

            A partida deste mundo é certa na vida de todo homem. Faz-se necessário que cada um fique atento e vigilante com a sua vida espiritual; “vigiai [...] porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25.13) porque será uma surpresa para todos.

            Fique sossegado a respeito da morte porque “[...] alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu reino” (Mt 16.28).

            Que Deus abençoe você! 

Rev. Salvador P. Santana 

sábado, 17 de novembro de 2018

Mt.23.13-33 - AI.


AI

Mt.23.13-33



Introd.:           A interjeição ai é uma palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas.

            Pode ser um grito de dor, lamento, queixume, manifestação de sofrimento, desespero e, por vezes, alegria.

Nar.:    Os sete ais de Jesus expressam a indignação de Jesus contra todos os hipócritas que estão dentro da igreja.

Propos.:           Alguns escritores sagrados expressaram seus sentimentos.

            Jó disse: “Se for perverso, ai de mim! E, se for justo, não ouso levantar a cabeça, pois estou cheio de ignomínia e olho para a minha miséria”, Jó 10.15.

            O profeta “[...] Isaías disse: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios [...]”, Is.6.5.

            Jeremias falou sobre “[...] uma angústia [...] porque a sua alma desfalecia por causa dos assassinos [...] ai de mim agora! [...] (e) ai de mim, por causa da minha ruína! É mui grave a minha ferida [...]”, Jr.4.31; 10.19.

Trans.: O primeiro ai fala sobre [...]

1 – Fechar o reino.

            Os sete “ais (como lamento de Jesus é dirigido a cada um) de nós [...]”, Mt.23.13, 14, 15, 23, 25, 27, 29.

            Não tem escapatória; “[...] escribas (copiam e interpretam a lei) e fariseus (seguem rigorosamente a lei) [...]”, Mt.23.13; Jesus fala sobre eu e você.

            Por sete vezes Jesus se queixa de que somos “[...] hipócritas (artista de teatro, dissimulador-ocultar, fingir, impostor que deseja aplausos) [...]”, Mt.23.13.

            A razão da indignação/grito de dor de Jesus é “[...] porque fechamos o reino dos céus diante dos homens [...]”, Mt.23.13 devido a nossa pretensão de ser os melhores do reino/igreja.

            O mais intrigante é que “[...] nós não entramos (no reino/igreja por causa dos pecados cometidos), nem deixamos entrar os que estão entrando!”, Mt.23.13 – mau testemunho.

            Outro grande problema em nossas vidas é “[...] porque devoramos (esbanjar, desperdiçar) as casas das viúvas (filhos voltando para casa dos pais, netos criados pelos avós/pensão/empréstimo consignado) [...]”, Mt.23.14.

            [...] E, para o justificar (o roubo, engano, trapaça, a falta de respeito ao mais velho), fazemos longas orações [...]”, Mt.23.14 para comover corações, tentar abrandar a ira de Deus.

            [...] Por isso (que praticamos contra os indefesos, Jesus está atento), sofreremos (atenção! Verbo no futuro) juízo muito mais severo!]”, Mt.23.14.

            Podemos fechar o reino “[...] porque rodeamos o mar e a terra (fanatismo) para fazer um prosélito (de outra religião) [...]”, Mt.23.15 como que insistindo para fazer parte da nossa igreja.

            A sentença é que, “[...] e, uma vez feito (o aliciamento indevido), o tornamos filho do inferno (por causa da nossa má atitude) duas vezes mais do que nós!”, Mt.23.15.

            Deseja continuar fechando o reino?

            Busque a sua transformação espiritual antes da sentença no dia final.

            O ai de Jesus é contra [...]

2 – O juramento enganoso.

            O “ai (grito de dor de Jesus é contra cada um) de nós [...] (porque somos) guias cegos [...]”, Mt.23.16, sem direção, rumo, esperança, sem entendimento bíblico a respeito das nossas obrigações e a nossa salvação.

            Precisamos saber que muito do “[...] que dizemos [...]”, Mt.23.16 pode não ser verdade aos olhos de Deus.

            [...] Quem jurar (fazer promessas, pode cair em descrédito) [...]”, Mt.23.16.

            [...] Jurar (prometer) pelo santuário (templo-espaço físico-reformas, pode ser prejudicial a cada um de nós, mas), isso é nada [...]”, Mt.23.16 podemos pensar; não tem valor espiritual.

            Outro desejo é “[...] se alguém jurar pelo ouro (dízimos, ofertas) do santuário, fica obrigado pelo que jurou!”, Mt.23.16.

            Fique sabendo que o queixume de Jesus, o seu “ai [...]”, Mt.23.16 continua contra nós.

            É por este motivo que Jesus nos chama de “insensatos (tolo, ímpio, incrédulo) e cegos! [...]”, Mt.23.17 por não medir com precisão as nossas palavras faladas na presença de Deus.

            A pergunta retórica é: “[...] Pois qual é maior (?) [...]”, Mt.23.17.

            Jesus deseja a resposta correta de que “[...] o ouro (o meu coração) ou o santuário (templo do Espírito Santo) o que santifica o ouro [...]”, Mt.23.17 deve ter o mesmo valor espiritual.

            E (insistindo em) dizer: Quem jurar pelo altar (entrega da mensagem), isso é nada; quem, porém, jurar pela oferta (a minha vida) que está sobre o altar fica obrigado pelo que jurou”, Mt.23.18.

            Ora, Jesus fala que somos “cegos (para não enxergar os valores espirituais)! Pois qual é maior: a oferta (a minha vida) ou o altar (a mensagem bíblica pregada) que santifica a oferta?”, Mt.23.19

            Portanto, (para Jesus) quem jurar pelo altar (a Bíblia Sagrada) jura por ele e por tudo o que sobre ele está (o próprio Deus)”, Mt.23.20.

            Veja que “quem jurar pelo santuário (templo) jura por ele e por aquele que nele habita (o próprio Jesus e que pode comandar a nossa alma)”, Mt.23.21.

            E (o mais importante) quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que no trono está sentado (Jesus Cristo)”, Mt.23.22.

            Que não seja enganoso o seu juramento.

            O ai de Jesus aponta para a [...]

3 – A negligência daquilo que é mais importante.

            Jesus continua cobrando de mim e você “[...] porque damos o dízimo [...]”, Mt.23.23 e muitas vezes nos julgamos os mais santos, perfeitos, íntegros, servos fiéis de Deus.

            [...] Escribas e fariseus [...] davam o dízimo da hortelã, do endro e do cominho (usados para condimentos e medicina; pesando-os milimetricamente para não roubar da casa do Senhor) [...]”, Mt.23.23.

            A acusação de Jesus é que muitos “[...] tem negligenciado os preceitos (ordens) mais importantes da Lei [...]”, Mt.23.23 a fim de tentar ludibriar.

            [...] A justiça (falta, pois roubavam as viúvas, escravidão, comerciante desonesto) [...]”, Mt.23.23.

            [...] A misericórdia (bondade não alcança os que precisam; morte de Jesus – 1 semana) [...]”, Mt.23.23.

            [...] E a fé [...]”, Mt.23.23 fora destruída em seus corações, pois não acreditaram em Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

            Por isso Jesus fala que eles e nós “[...] devemos, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas (dízimos)!”, Mt.23.23.

            A vida moral de muitos é como essa hipérbole de “guiar cegos, que coamos o mosquito (imundo) e engolimos o camelo (imundo)!”, Mt.23.24 em nossas decisões espirituais e pessoais.

            Jesus fala contra a [...]

4 – Retidão externa.

            A retidão externa é “[...] porque limpamos o exterior do copo e do prato [...]”, Mt.23.25, aparência, elegância, disponibilidade para fazer algo para se mostrar.

            [...] Mas (a queixa de Jesus é que) estes (eu e você), por dentro, estamos cheios de rapina (roubo, saque) e intemperança (falta de domínio próprio)!”, Mt.23.25.

            Fariseu (cumpridor da lei) cego (não enxerga a sua própria maldade) [...]”, Mt.23.26; reclama Jesus.

            Precisamos tomar a atitude de “[...] limpar primeiro o interior do copo (coração), para que também o seu exterior (obras) fique limpo (diante de Deus e dos homens)!”, Mt.23.26.

            Jesus ordena limpara “[...] porque somos semelhantes aos sepulcros (beira da estrada) caiados [...]”, Mt.23.27.

            Veja “[...] que, por fora, se mostram belos (não serem pisados), mas interiormente estão cheios de ossos de mortos (sem vida) e de toda imundícia (impureza moral)!”, Mt.23.27

            Jesus fala que “assim também nós (somos) exteriormente [...]”, Mt.23.28 tal como os hipócritas.

            Na verdade “[...] parecemos justos (observa as leis divinas) aos homens [...]”, Mt.23.28.

            O “[...] mas (de Jesus mostra que), por dentro, estamos cheios de hipocrisia (falsidades) e de iniquidade (não reconhece o direito do próximo)”, Mt.23.28.

            Seja reto diante de Deus.

            O lamento de Jesus aponta [...]

Conclusão:      A cumplicidade.                                

            A conivência é “[...] porque escribas e fariseus edificam os sepulcros dos profetas [...]”, Mt.23.29 que foram mortos no V.T. pelos seus antepassados, tentando livrar-se das condenações eternas.

            [...] Escribas e fariseus [...] adornavam os túmulos dos justos”, Mt.23.29 com a intenção de não serem culpados.

            Veja o que escribas e fariseus “[...] diziam [...] e [...]”, Mt.23.30 que nós multas vezes fazemos o mesmo.

            [...] Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais [...]”, Mt.23.30 eu viveria diferente.

            Aqueles homens “[...] disseram [...] (que) não teriam sido seus cúmplices (matança) no sangue dos profetas!”, Mt.23.30; não seria tão mal, perverso, ingrato, ou seja, seria melhor do que eles.

            Assim [...]”, Mt.23.31 Jesus aponta para a nossa própria calamidade, o desmascarar do nosso teatro.

            Jesus fala “[...] contra nós mesmos [...]”, Mt.23.31 que nos apresentamos como falsos servos de Deus.

            A verdade é que nós mesmos “[...] testificamos (testemunhamos) que somos filhos dos que mataram os profetas”, Mt.23.31; temos a mesma índole, o mesmo caráter, a mesma falsidade, a mesma maldade.

            É por isso que “enchemos nós (mesmos), pois, a medida de nossos pais (psic – repetição do passado esquecido. Bíblia – exemplo)”, Mt.23.32.

            Faça uma análise a partir da conclusão de Jesus.

            Procure saber se você é como “serpentes (engana, ataca à traição para ferir ou matar), raça (ninhada e continua junto) de víboras! [...]”, Mt.23.33.

            Em oração, pergunte a Deus: “[...] Como escaparei da condenação do inferno?”, Mt.23.33.



            Rev. Salvador P. Santana