sábado, 27 de abril de 2019

Mt.27.62-66 - SEPULCRO GUARDADO.


SEPULCRO GUARDADO
Mt.27.62-66

Introd.:           Em toda a história da humanidade não se fala em outro sepulcro que possa ter sido guardado como o que aconteceu com a sepultura de Jesus.
Propos.:           Pilatos e o sepulcro guardado.
Trans.:             Sepulcro guardado [...]
1 – Precisou da autorização de Pilatos.
            No dia seguinte (à sexta-feira, dia do sepultamento de Jesus – mostra que de fato se cumpriu as profecias sobre a morte e ressurreição de Jesus) [...]”, Mt.27.62.
            No dia seguinte (sábado, mais uma vez se reúnem autoridades judaicas e romanas para se levantarem contra a continuação do ministério de Jesus) [...]”, Mt.27.62.
            [...] Que é o dia depois da preparação (parasceve – o corpo de Jesus ficou na sepultura para se cumprir os três dias para a ressurreição) [...]”, Mt.27.62.
            [...] Reuniram-se os principais sacerdotes (dever da expiação, sacrifícios, resolveram se aliar a homens maus) [...]”, Mt.27.62.
            [...] E os fariseus (reconhecimento e mérito na observância da lei, buscaram se alinhar com perversos e traidores) [...]”, Mt.27.62.
            A conjunção acumulativa “[...] e (aponta para a dependência, acordo que muitos fazem com pessoas incrédulas) [...]”, Mt.27.62.
            Eles e muitos ainda “[...] se dirigem a Pilatos (governador romano que mandou açoitar, crucificar, negar, rejeitar Jesus)”, Mt.27.62.
            O “dizer (dos sacerdotes e fariseus pode ser ainda o meu e o seu a fim de menosprezar Jesus e o seu ministério) [...]”, Mt.27.63.
            O pronome de tratamento foi respeitoso para com Pilatos, chamando-lhe de “[...] Senhor (mas quando se trata a respeito de Jesus, ignora, renega, rejeita e o trata como um ser igual - você) [...]”, Mt.27.63.
            O intuito desses homens era apenas “[...] lembrar (Pilatos de acordos preestabelecidos de camaradagem, compadrio, alianças para destruir o reino de Deus) [...]”, Mt.27.63.
            O poder de mando dos sacerdotes e fariseus era tamanho que pediram para Pilatos “ordenar (impor, estipular obrigações a respeito do corpo do “[...] Senhor dos senhores e o Rei dos reis [...]”, Ap.17.14) [...]”, Mt.27.64.
            A “ordem, pois, (era algo inusitado que não existe em nenhum relato bíblico ou extrabíblico a respeito dessa petição) [...]”, Mt.27.64.
            Veja que fariseus e sacerdotes, responsáveis pela boa administração do templo, desejavam “[...] que o sepulcro seja guardado com segurança (de roubo, desvio a fim de combater a verdade a respeito da ressurreição) [...]”, Mt.27.64.
            O “Dizer (de) Pilatos (pode ser o nosso quando não estamos aliados com Jesus) [...]”, Mt.27.65.
            [...] Pilatos (não titubeou porque não tinha nenhum compromisso com a verdade, o reino de Deus ou com o evangelho) disse: Aí tendes uma escolta [...]”, Mt.27.65.
            O verbo “ir”, do “[...] ide e guardai (é como se Pilatos passasse a responsabilidade para os fariseus e sacerdotes, ou seja, mais uma vez o governador lava as suas mãos a respeito da responsabilidade pessoal) [...]”, Mt.27.65 – seja responsável por aquilo que você faz.
            Veja que “[...] o sepulcro (devia ser guardado ou vigiado) como bem vos parecer (e não conforme o que determino)”, Mt.27.65 – somos responsáveis por tudo que fazemos neste mundo.
            Perceba que Pilatos se resguarda mais uma vez, ou seja, “indo eles (fariseus e sacerdotes vocês são os únicos responsáveis; eu não tenho culpa) [...]”, Mt.27.66.
            Outra tirada de responsabilidade surge quando “[...] montaram guarda (não os sacerdotes ou fariseus, mas a guarda romana) ao sepulcro [...]”, Mt.27.66.
            Pilatos autorizou e, “[...] selando a pedra (sacerdotes e fariseus se responsabilizaram ocultamente, mas com grande culpa diante de Deus) [...]”, Mt.27.66.
            É por este motivo que eles “[...] deixaram ali a escolta (romanos a fim tentar se livrar da culpabilidade perante o tribunal divino)”, Mt.27.66.
            Pilatos autorizou, sacerdotes, fariseus e guardas aprovaram, “[...] tais homens são, por isso, indesculpáveis (sem desculpa diante de Deus)”, Rm.1.20.
            Sepulcro guardado [...]
2 – Gera zombaria.
            Quando os fariseus e sacerdotes “[...] disseram (diante de Pilatos) que Jesus (era) embusteiro (eles chamaram Jesus de: errante, itinerante, que leva alguém a pensar ou agir erroneamente, que conduz ao erro, vagabundo, mendigo, impostor, corrupto, enganador) [...]”, Mt.27.63.
            Não permita como Pilatos, que outros falem mal do seu Mestre Jesus.
            [...] Aquele embusteiro (não é o nosso Jesus, não é o nosso Senhor) [...]”, Mt.27.63.
            Precisamos reafirmar em nosso coração “[...] que Jesus é o Cristo. É o nosso Deus [...] (que traz) refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações”, At.9.22; Sl.46.1.
            [...] Aquele (chamado) embusteiro, enquanto vivia (e vive eternamente é o meu Senhor e amigo Jesus) [...]”, Mt.27.63.
            Posso afirmar que “[...] o último embuste (trapaceiro para os judeus não é o) pior (pois eu o considero como Senhor e Salvador da minha vida) [...]”, Mt.27.64.
            Podemos crer que Jesus sempre será “[...] o primeiro (em meu coração e em toda a minha família)”, Mt.27.64.
            Não seja um zombador, mas um apoiador e defensor de Jesus Cristo em seu coração.
            Sepulcro guardado [...]
Conclusão:      Anuncia a verdade.
            Sacerdotes e fariseus proclamaram a verdade bíblica ao afirmarem: “[...] Depois de três dias ressuscitarei”, Mt.27.63.
            A doutrina anunciada de que “[...] até ao terceiro dia [...] Jesus ressuscitaria (saiu de lábios outrora incrédulos, homens perversos que desejavam apenas a destruição) [...]”, Mt.27.64.
            A desculpa apresentada era “[...] para não suceder que, vindo os discípulos, roubem o (corpo de Jesus) [...]”, Mt.27.64.
            A segunda apologia apresentada pelos inimigos de Jesus “[...] e (que se propaga até nossos dias é que) depois (os discípulos) digam ao povo: Ressuscitou dos mortos (e vive para todo sempre e que “por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus [...]”, Hb.7.25) [...]”, Mt.27.64.
            Nenhuma outra história do sepulcro guardado acumulou tanta verdade a ponto de sermos abençoados com a ressurreição de Cristo.
             

            Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 24 de abril de 2019

1Jo.4.7-21 - DEUS É AMOR.


DEUS É AMOR, 1Jo.4.7-21.

Objetivo:         Vivenciar o amor de Deus.
Nar.:    Sobre a natureza de Deus, João fala que “Deus é espírito [...]”, Jo.4.24, “[...] que Deus é luz [...] (e) que Deus é amor”, 1Jo.1.5; 4.8.
            Este é o primeiro conceito de Deus que aprendemos na infância, por meio do cântico “Três Palavrinhas Só: Deus é amor”.
            A primeira carta de João é uma carta de amor.
            O amor é o tema central desta carta.
            Nela, o verbo amar aparece 28 vezes e o substantivo amor aprece 18 vezes.
            No evangelho de João ele apresenta 37 vezes o verbo amar.
            João apresenta o amor pelos irmãos como prova de comunhão com Deus, isto se deve porque “aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço”, 1Jo.2.10.
            A prova da filiação a Deus serve para aqueles que “[...] são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão”, 1Jo.3.10.
            João, através do texto base, apresenta o amor como um atributo da natureza de Deus e as implicações disto na vida daqueles que têm comunhão com Ele.
            Não é à toa que o texto começa dizendo que “aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”, 1Jo.4.8.
1 – Deus é amor.
            [...] Deus é amor (ágape)”, 1Jo.4.8, isto é, o amor é a essência do ser divino.
            L. Berkhof apresenta três atributos morais da divindade: a bondade, a santidade e a justiça de Deus.
            A bondade de Deus é aquela perfeição que o mantém solícito para tratar generosamente todas as suas criaturas.
            Quando a bondade de Deus se manifesta para os seus filhos, assume o caráter de amor, graça, compaixão e paciência.
            O “[...] amor (impele a) Deus”, 1Jo.4.8 a se comunicar e se relacionar conosco, isto é possível porque “vemos [...] (o) grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus [...]”, 1Jo.3.1.
            João apresenta dois aspectos do amor de Deus:
            A – A revelação do amor de Deus.
            Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele”, 1Jo.4.9.
            Três lições neste verso:
            1 – A natureza da revelação do amor.
            Veja que “[...] Deus se manifesta [...]”, 1Jo.4.9, ou torna conhecido o seu amor.
            [...] Manifestar [...]”, 1Jo.4.9 significa tornar plenamente conhecido, com detalhes, mediante revelação clara, alguma coisa que estava oculta – Augustus Nicodemus;
            2 – O conteúdo da revelação do amor.
            A “[...] manifestação (ou a revelação do) [...] amor de Deus em nós [...] (foi a encarnação ou): em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo [...]”, 1Jo.4.9;
            3 – O objetivo da revelação do amor.
            Para nos dar vida ou “[...] para vivermos por meio dele (Jesus)”, 1Jo.4.9.
            B – A consistência do amor de Deus.
            Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.”, 1Jo.4.10.
            Duas características do amor de Deus:
            1 – O amor é incondicional.
            A melhor tradução do grego de “nisto consiste o amor [...]”, 1Jo.4.10, é “nisto é o amor”.
            O amor de Deus é incondicional, não causado ou espontâneo.
            Deus nos amou livremente, simplesmente porque Ele nos quis amar.
            Não existe no homem motivo ou virtude alguma para ele ser amado por Deus;
            A fala de Jesus é que “não fomos nós que [...] escolhemos a Jesus; pelo contrário, Jesus nos escolheu a nós outros e nos designou para que vamos e demos fruto, e o nosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirmos ao Pai em [...] nome (de) Jesus, ele no-lo conceda”, Jo.15.16;
            2 – O amor é sacrificial.                    
            [...] Deus [...] nos [...] enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”, 1Jo.4.10.
            Deus enviou o seu Filho para morrer sacrificialmente por nós.
            Jesus cobriu nossos pecados e nos libertou da culpa.
2 – O cristão deve amar a Deus e a seus irmãos.
            João apresenta uma série de argumentos sobre o amor ou acerca da importância de amarmos.
            Por que devemos amar?
            A – Porque o amor procede de Deus.
            Deus é a origem ou a fonte de onde vem o amor.
            Se Deus não existisse, o amor não existiria.
            Toda a capacidade afetiva do homem de se relacionar amorosamente vem de Deus, por isso de João dizer: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus [...]”, 1Jo.4.7;
            B – Porque somos filhos de Deus.
            Ao gerar filhos espirituais, Deus os gera segundo a sua natureza espiritual.
            Aquele que é “amados (de Deus e por Deus, deve), amar uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”, 1Jo.4.7.
            Se houver rejeição da nossa parte, “[...] aquele que não ama permanece na morte”, 1Jo.3.14.
            João é enfático: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”, 1Jo.4.8;
            C – Porque Deus nos amou.
            O amor de Deus por nós é a grande motivação para amar uns aos outros.
            João fala que “[...] devemos nós também amar uns aos outros”, 1Jo.4.11.
            O grande motivo para esse amor ao próximo é porque somos “amados (incondicionalmente) [...]”, 1Jo.4.11.
            [...] Devemos [...] amar [...] (porque) Deus de tal maneira nos amou [...]”, 1Jo.4.11 sem impor condições;
            D – Porque Deus permanece em nós.
            A verdade é que “ninguém jamais viu a Deus [...]”, 1Jo.4.12.
            A certeza que temos é que, “[...] se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós [...]”, 1Jo.4.12.
            Quando nos dispomos a “[...] amar uns aos outros, Deus permanece em nós (para consolar, ajudar, fortalecer a alma) [...]”, 1Jo.4.12.
            Veja que essa ação de amar contribui para que o “[...] o amor (de) Deus é, em nós, aperfeiçoado (completo, finalizado)”, 1Jo.4.12.
            Perceba que “nisto (através do amor ao próximo) conhecemos que permanecemos (sobreviver) nele (Deus) [...]”, 1Jo.4.13.
            Em contrapartida, em resposta ao amor que devotamos ao outro, “[...] Deus, permanece em nós [...]”, 1Jo.4.13.
            Esse amor acontece em nossos corações pelo motivo “[...] em que Deus nos deu do seu Espírito (a fim de nos impulsionar a viver para Ele)”, 1Jo.4.13.
            É somente após o Espírito Santo de Deus em nosso coração é que “[...] temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo”, 1Jo.4.14.
            É por este motivo que, todo servo de Deus, ou, “aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus (tem a vida eterna) [...]”, 1Jo.4.15.
            Confessando Jesus, “[...] Deus permanece (em) nós, e nós, em Deus (para toda a eternidade)”, 1Jo.4.15.
            E (é por este motivo que) nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós [...]”, 1Jo.4.16.
            É por todas essas razões que “[...] Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele”, 1Jo.4.16;
            E – Porque o amor aperfeiçoa.
            O perfeito amor de Deus tem poder “[...] aperfeiçoador (completar, finalizar, levar até o fim) [...]”, 1Jo.4.17.
            Essa ação completa acontece quando “[...] permanecemos em Deus, e Deus, (permanece em) nós”, 1Jo.4.16, daí, “nisto (que praticamos) é em nós aperfeiçoado o amor [...]”, 1Jo.4.17.
            Esse “[...] amor aperfeiçoado, (serve) para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo (dedicado ao Senhor)”, 1Jo.4.17.
            Embora não sejamos perfeitos iguais a Cristo, não somos do mundo.
            Estamos no processo de crescimento ou aperfeiçoamento espiritual;
            F – Porque o amor destrói o medo.
            O texto fala que “no amor não existe medo (fobia em relação a qualquer assunto em nossa vida) [...]”, 1Jo.4.18.
            [...] O perfeito amor (colocado em nosso coração através do Espírito Santo de Deus) lança fora o medo (em relação a nosso futuro espiritual) [...]”, 1Jo.4.18.
            A explicativa do texto: “[...] Ora, o medo produz tormento (na alma por não saber o destino eterno) [...]”, 1Jo.4.18.
            É por este motivo que “[...] aquele que teme (viver perdido espiritualmente) não é aperfeiçoado (completado) no amor (de Deus em seu coração)”, 1Jo.4.18;
            G – Porque somos capazes de amar.
            Não sabíamos o que era o amor e desconhecíamos a experiência de amar e de sermos amados.
            A maior razão porque “nós amamos (é) porque ele (Deus) nos amou primeiro (sem merecer)”, 1Jo.4.19;
            H – Porque o amor prova honestidade.
            O amor é a carteira de identidade do cristão.
            Pela prática do amor um cristão verdadeiro é distinguido do hipócrita.
            É por este motivo que, “se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso [...]”, 1Jo.4.20.
            Não existe amor na vida do ímpio e muito menos na vida do hipócrita, isto porque, “[...] aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”, 1Jo.4.20;
            I - Porque o amor é um mandamento.
            Amar a Deus e ao próximo não é uma opção, mas uma ordem divina.
            A conjunção aditiva “ora (aponta para a nossa responsabilidade como cristão, servo de Deus) [...]”, 1Jo.4.21.
            É verdade sobre o que “[...] temos, da parte dele (Deus), este mandamento (para ser obedecido, cumprido à risca) [...]”, 1Jo.4.21.
            Veja que essa obrigação é coletiva, ou seja, “[...] que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão”, 1Jo.4.21.
Aplicações práticas:    Nosso amor por Deus comprova-se em nosso amor pelos outros.
            O amor de Deus por nós foi comprovado pela morte sacrificial de Jesus.
            Devemos amar porque temos a capacidade de amar.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Mt.27.57-61 - SEPULTAMENTO DE JESUS.


SEPULTAMENTO DE JESUS
Mt.27.57-61

Introd.:           Em Israel, ser privado da sepultura é considerado uma desgraça.
            O israelita põe grande cuidado em preparar uma sepultura, a exemplo de Abraão, de José do Egito e do cuidado de José de Arimatéia em favor do corpo de Jesus.
Propos.:           O cuidado de Arimatéia com o corpo de Jesus.
Trans.:             Para o sepultamento de Jesus [...]
1 – Deus usou um homem rico.
            Caindo a tarde (17h00) [...]”, Mt.27.57 – não havia tempo para preparar o corpo de Jesus e nem deixá-lo na cruz, visto que, era um dever moral dos filhos, sepultarem seus mortos – filhos não tinha, discípulos fugiram, ficaram apenas as mulheres – Deus é o Deus que age no tempo certo.
            Deus preparou para que “[...] viesse um homem (para suprir a falta de um de “[...] seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas [...]”, Mt.13.55, ou os discípulos para assumirem essa responsabilidade) [...]”, Mt.27.57 – Deus é o Deus que prepara amigos.
            Deus providenciou que “[...] viesse um homem rico (em contraste com a pobreza que Jesus vivia junto aos seus discípulos) [...]”, Mt.27.57 – Deus é o Deus que supre as necessidades.
            Este “[...] homem rico de Arimatéia (imitou José do Egito que amparou seus irmãos em vida, este amparou Jesus na morte) [...]”, Mt.27.57 – Deus é o Deus que “[...] não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção”, Sl.16.10.
            [...] Um homem [...] chamado José [...]”, Mt.27.57, fez o melhor pelo seu Mestre, assim também eu e você devemos fazer em favor do nosso Senhor Jesus que está vivo e nosso coração – Deus é o Deus que nos impulsiona a trabalhar.
            O mais interessante na vida deste “[...] homem [...] (é) que era também discípulo de Jesus”, Mt.27.57 – Deus é o Deus que conserva uns mais chegados.
            Para o sepultamento de Jesus [...]
2 – Deus moveu o coração de Pilatos.
            José de Arimatéia continua agindo, pois “este foi [...]”, Mt.27.58, buscar respostas à sua demanda – Eu e você não podemos deixar de investir naquilo em que acreditamos – estudos, família, trabalho e a fé em Cristo Jesus.
            O próprio Deus determinou que um membro do Sinédrio, “José fosse ter com Pilatos (governador da Judeia que ordenou a crucificação de Cristo, a fim de que Pilatos soubesse que tem um que comanda, o próprio Deus) [...]”, Mt.27.58.
            Perceba que a conjunção aditiva “[...] e (mostra que) José de Arimatéia (não teve intermediários para falar com) Pilatos (ou seja, a mão de Deus estava agindo) [...]”, Mt.27.58.
            O texto é claro ao afirmar que “[...] José de Arimatéia pediu (a) Pilatos o corpo de Jesus [...]”, Mt.27.58 – Deus quer nos mostrar que devemos ser diretos em tudo quanto desejamos fazer neste mundo, até mesmo diante das maiores autoridades.
            O advérbio de tempo “[...] então (mostra que) Pilatos (não entregou o corpo de Jesus imediatamente) [...]”, Mt.27.58.
            Em outra Escritura fala que “[...] Pilatos admirou-se de que Jesus já tivesse morrido (condenados ficaram entre 6 a 36 horas) [...] chamou o centurião, perguntou-lhe se havia muito que morrera. Após certificar-se, pela informação do comandante [...]”, Mc.15.44, 45 – Deus nos mostra que devemos seguir os trâmites da lei para sermos atendidos.
            [...] Então, Pilatos mandou que lho fosse entregue (o corpo de Jesus)”, Mt.27.58 – No tempo de Deus, toda situação a nosso favor é resolvida.
            Para sepultar Jesus [...]
3 – Deus manda preparar o suficiente e melhor.
            E José (estava sempre à frente dessa missão, pois os demais discípulos haviam ido embora) [...]”, Mt.27.59 – você que assumiu alguma responsabilidade na igreja, seja o primeiro, seja exemplo.
            Veja que o próprio “[...] José, tomou o corpo (de) Jesus [...]”, Mt.27.59 e, em outra Escritura declara que o próprio “José, baixou o corpo da cruz [...]”, Mc.15.46 – não espere pelo outro que não se interessa pela obra da casa de Deus; faça você mesmo.
            [....] José [...] (teve o cuidado de) envolver (o corpo de Jesus) num pano limpo [...]”, Mt.27.59 – purifique o seu coração e apresente-se a Deus para o culto.
            Assim como muitos agem com o dízimo; paga primeiro as contas para depois, se sobrar, devolver o resto, José de Arimatéia fez o contrário.
            [....] José [...] envolveu (o corpo de Jesus) num pano [...] de linho”, Mt.27.59 – o melhor, mais caro, especial para o seu Mestre; o seu coração.
            E (outra ação benéfica e primeira que José disponibilizou foi) depositar Jesus (não em uma tumba de segunda linha, não cedido pela prefeitura, não caixão de papelão, pelo contrário) o depositou no seu túmulo novo [...]”, Mt.27.60 – ofereça o melhor que você tem de talentos, dons, serviço.
            Como Deus é quem prepara todas as coisas, Ele havia determinado “[...] que José fizesse abrir na rocha o seu túmulo (pensando na família, mas acabou sendo oferecido ao Senhor e Rei do mundo) [...]”, Mt.27.60 – Deus pode usar os seus bens para servirem o reino de Deus.
            [...] E, (é por este motivo que o próprio José) rolou uma grande pedra para a entrada do sepulcro (dar proteção) [...]”, Mt.27.60 – busque proteção para a sua vida espiritual.
            Por fim, José de Arimatéia, depois de terminada a sua missão como servo de Deus, “[...] se retirou (do local da sepultura e aguarda a volta de Cristo – faça desta mesma forma)”, Mt.27.60.
            Na sepultura de Jesus [...]
Conclusão:      Deus concede às mulheres permanecer.
            Achavam-se ali (as mulheres que Deus havia determinado) [...]”, Mt.27.61 – Deus pode tocar em seu coração para ficar ao lado de Cristo.
            [...] Sentadas em frente da sepultura (as mulheres apenas contemplavam na esperança de verem o seu Cristo ressurgir) [...]”, Mt.27.61 – cada um de nós devemos esperar o retorno glorioso de Cristo Jesus que virá nos buscar.
            Apegaram-se a Jesus tanto na vida quanto na morte, “[...] Maria Madalena (espíritos) e a outra Maria (mãe, por amor a Cristo)”, Mt.27.61.

            Rev. Salvador P. Santana

sábado, 13 de abril de 2019

ÊXITO COM CRISTO.

ÊXITO COM CRISTO
            “A garantia do êxito para a vida da (igreja) [...] não será a presença de um líder ou de um violonista muito capaz, e sim a presença de Cristo entre vocês [...]” – Conduzindo o rebando à experiência com Deus – Ralph W. Neighbour Jr – pág. 177 – Manual do Líder de Célula.
            Em nome da manutenção de cultos cheios, lotados, abarrotados de gente por todos os lados, a ponto de ter que colocar telões pelo lado de fora do palco, muitas igrejas têm usado estratégias nada bíblicas para atrair multidões de frequentadores.
            As ofertas ou empreitadas para encher os templos são variadas. Desde campanha da prosperidade, curas milagrosas, conquista do cônjuge perdido, resgate do filho viciado, terapia do amor, uma semana para ser cheia de Deus, carnê amigos de Deus. A listagem é imensa, e não cabe nesta, devocional. Buscando nos sites, vê-se motivos para convidar mais pessoas para fazer parte desse ou daquele grupo religioso.
            Existem muitas pessoas desavisadas, perdidas, “[...] sendo destruídas, porque lhes falta o conhecimento [...]” (Os 4.6). A procura é desesperada atrás de algo novo para suprir a necessidade de Deus em seu coração. Muitos frequentam campanhas em Igrejas Evangélicas, Igreja Católica Romana, e para remendar ou consertar algo na suposta vida espiritual frequentam grupos de teosofia, Espiritismo, gnoses, Seicho-No-
-Iê, a fim de tentar resolver seus problemas.
            É possível que muitos continuam com a mesma indagação feita ao salmista: os outros “[...] dizendo-lhe continuamente: O teu Deus, onde está?” (Sl 42.3).
            Existem milhões de homens sedentos por Cristo Jesus, mas estão sem um norte, sem saber onde buscar o verdadeiro alimento espiritual par a alma. Verdade é que muitos estão à procura do “[...] alimento sólido [...]” (Hb 5.14), mas não tem encontrado, pois tentam buscar em templos, campanhas, sem discernir “[...] discernir não somente o bem, mas também o mal” (Hb 5.14).
            Para muitos, não existe nada de extraordinário na pregação do evangelho, mesmo porque, o evangelho não lhes interessa. Não se importam com a eleição, a regeneração, a conversão, o arrependimento e muito menos em pedir perdão dos pecados.
            João Batista, os profetas, os apóstolos e Jesus falaram sobre a necessidade de se buscar o “[...] arrependimento para a salvação [...]” (2Co 7.10), sobre o dever de “produzir [...] frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8) e o dever de “[...] chamar [...] pecadores, ao arrependimento” (Lc 5.32).
            O “[...] arrependimento (é a causa primária para o homem se iniciar no Reino de Deus a partir do momento em que ele) creia no evangelho” (Mc 1.15).
            E, a partir desse processo, apesar de não esquecer que primeiro Deus “[...] escolhe (os homens em) Jesus antes da fundação do mundo [...] (para logo em seguida Deus o) regenerar para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (Ef 1.4; 1Pe 1.3). Perceba que o homem pecador aceita não por mérito, mas “[...] pela graça (para ser salvo, mediante a fé; e isto não vem [...] (da vontade do homem); é dom de Deus” (Ef 2.8).
            Busque enxergar que o maior êxito neste mundo é a fé em Cristo Jesus. Após a decisão, não humana, mas divina, o cristão tem consequências satisfatórias na vida espiritual, conjugal, trabalhista e pessoal.  
            Esses resultados benéficos são devidos “[...] o SENHOR [...] Deus [...] pelejar por você” (Dt 3.22).            
            Que Deus abençoe você em sua busca pelo que é mais importante na vida: viver com êxito diante de Deus de forma abençoada.
                                                               Rev. Salvador P. Santana 

Mt.27.45-56 - TREVAS.


TREVAS
Mt.27.45-56

Introd.:           As trevas impedem de enxergar qualquer coisas que esteja à sua frente.
            As muitas trevas podem conduzir muitos homens ao inferno.
            As trevas podem ser dissipadas da mente e do coração do homem que Deus assim desejar.
            As trevas não podem ser empecilho para eu e você seguir a Cristo Jesus, portanto, peça para Deus: “Desvendar os seus olhos, para [...] contemplar as maravilhas da [...] lei (do Senhor)”, Sl.119.18.
Propos.:           As trevas que por três horas anunciaram a morte de Jesus, beneficiou a todos aqueles que aceitam a Jesus como Senhor e Salvador de sua vida.                      
Trans.:             As trevas [...]
1 – Clamam por amparo.
            As “[...] trevas (que inundam o coração humano levou Jesus clamar a Deus por socorro) [...]”, Mt.27.45.
            Aconteceu “por volta da hora nona (15h00 o brado de Jesus em favor do homem pecador) [...]”, Mt.27.46.
            [...] Clamou Jesus (em favor do homem para ser salvo, liberto do Diabo e do lamaçal de pecado) [...]”, Mt.27.46.
            [...] Clamou Jesus em alta voz (não para Deus ouvir, mas que todo o populacho que apoiava a sua crucificação pudesse entender o grande amor de Deus em favor do homem pecador) [...]”, Mt.27.46.
            O “[...] dizer (de) Jesus (é exemplo para ser imitado): Eli (heb. Meu Deus), Eli (heb. Meu Deus, o qual eu confio, deposito a minha vida) [...]”, Mt.27.46.
            [...] Lamá (transliterado do aramaico por quê? É a pergunta que fazemos todos os dias diante de Deus) [...]”, Mt.27.46.
            [...] Sabactâni (transliterado do aramaico abandonaste) [...]”, Mt.27.46.
            [...] O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (eu e você somos culpados - pecados)”, Mt.27.46.
            E (o clamor é porque Jesus morrendo em nosso lugar) alguns dos que ali estavam, ouvindo isto (zombaram ainda mais de Jesus – desprezando, rejeitando) [...]”, Mt.27.47.
            Estes homens brincaram “[...] dizendo: Ele chama por Elias (palavra pervertida para zombar, pois nenhum judeu podia confundir Eli com o nome de Elias)”, Mt.27.47.
            Jesus clamou devido “[...] logo (depois), um deles (possível que tenha sido um soldado) correu a buscar uma esponja e, tendo-a embebido de vinagre (vinho da pior espécie) e colocado na ponta de um caniço, deu-lhe a beber (matar a sede física àquele que pode matar a sede espiritual, o qual é o dono da vinha)”, Mt.27.48.
            O clamor é porque “os outros (soldados), porém, diziam (com suspeitas e desdém sobre o poder de Deus) [...]”, Mt.27.49.
            Jesus pede socorro em seu favor porque os soldados desejaram que “[...] deixassem, ver (a expectação temerosa de algum evento prodigioso para salvar a Jesus) [...]”, Mt.27.49.
            E mais uma vez, de forma zombeteira, desejavam que “[...] se (possível) Elias viesse salva Jesus (o qual não precisa de salvação, mas que pode salvar completamente o homem pecador)”, Mt.27.49.
            As trevas mostram [...]
2 – O grito de dor.    
            E Jesus (continua se interessando por mim e você mesmo enfrentando o seu sofrimento) [...]”, Mt.27.50.
            [...] Jesus, clama outra vez (em favor de si mesmo para suportar o nosso pecado) [...]”, Mt.27.50.
            [...] Jesus [...] com grande voz (de sofrimento comprova a sua humanidade se igualando a cada um de nós) [...]”, Mt.27.50.
            E, a prova cabal de que Ele sofreu, morreu em nosso lugar é que “[...] Jesus (se) entregou (voluntariamente) o espírito (a fim de concluir a nossa redenção, libertação das trevas da maldade)”, Mt.27.50.
            Chegando as trevas [...]
3 – A natureza reclamou.      
            Por causa do sofrimento do “[...] Rei dos reis e Senhor dos senhores”, 1Tm.6.15, aconteceu “desde a hora sexta (12h00) até à hora nona (15h00, a natureza se pôs a reclamar da agonia do seu SENHOR) [...]”, Mt.27.45.
            O próprio Deus agiu dessa forma a fim de banir as chacotas, os desprezos, as blasfêmias contra o Filho de Deus.
            O Pai, condoído, faz com que “[...] houvesse trevas (demonstrando a crueldade em cada coração humano sem Cristo Jesus) [...]”, Mt.27.45.
            As “[...] trevas (por intervenção divina veio) sobre toda a terra (fenômeno local para mostrar aos irreverentes que Jesus é o Senhor de toda a terra)”, Mt.27.45.
            Perceba que nem mesmo a casa de Deus fica sem um aviso de advertência.
            A segunda pessoa do singular, “eis que (nos impulsiona a ver com clareza, para prestar atenção ao que acontece ao nosso redor, com a nossa vida espiritual) [...]”, Mt.27.51.
            As trevas sobre Jesus fizeram “[...] o véu do santuário se rasgar (dando a oportunidade para o homem chegar-se a Deus) [...]”, Mt.27.51.
            [...] O véu do santuário (espesso e resistente. Largura de uma mão de espessura com 72 dobras torcidas, cada dobra feita com 22 fios. 18 mt. altura x 9 mt. Largura) [...]”, Mt.27.51.
            Somente a mão de Deus pôde “[...] rasgar em duas partes de alto a baixo (dando assim a oportunidade de o homem se achegar a Deus) [...]”, Mt.27.51.
            As trevas do poder de Deus fizeram “[...] tremer a terra (mostrando a sua autoridade), fenderam-se as rochas (para avisar que Deus está no comando)”, Mt.27.51.
            Foi o próprio Deus quem “abriu os sepulcros (para levantar os mortos) [...]”, Mt.27.52.
            [...] E (Deus fez) muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitarem (ensinando que na Parousia esse fato será generalizado)”, Mt.27.52.
            A conjunção aditiva “e (aponta para a primazia de Jesus na) ressurreição [...]”, Mt.27.53.
            Veja que os mortos “[...] saíram dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus [...]”, Mt.27.53.
            Esses “[...] ressurretos [...] entraram na cidade santa (Jerusalém) e apareceram a muitos (dando a prova de que Jesus ressuscitou trazendo imortalidade)”, Mt.27.53.
            As trevas causam [...]
Conclusão:      Temor.
            As trevas precisam causar temor não apenas na vida de um gentio, “o centurião (eu e você precisamos) temer [...]”, Mt.27.54.
            Não ficaram de fora desse temor “[...] os que com ele guardavam a Jesus (os guardas) temeram [...]”, Mt.27.54.
            Quando os gentios “[...] viram o terremoto (poder de Deus operando) e tudo o que se passava (ficaram amedrontados) [...]”, Mt.27.54.
            Muito mais que medo, “[...] ficaram possuídos (invadidos) de grande temor (pelo que viram acontecer ao Senhor do céu e da terra) [...]”, Mt.27.54.
            Assim como eles “[...] disseram (cada um precisa reconhecer que): Verdadeiramente este Jesus (é) [...] Filho de Deus e o meu único Senhor em minha vida)”, Mt.27.54.
            Ficaram surpreendidas também, as “muitas mulheres (que) estavam ali (são o nosso exemplo) [...]”, Mt.27.55.
            As “[...] mulheres, observando de longe (os discípulos ausentes no texto, alguma razão Deus tem para mostrar aos homens a respeito da fidelidade) [...]”, Mt.27.55.
            Essas “[...] mulheres [...] eram as que vinham seguindo (até onde os discípulos fugiram) a Jesus (como Senhor) desde a Galileia (pobreza, gentios), para o servirem (com gratidão, coragem e amor)”, Mt.27.55.
            Entre (essas mulheres) estavam Maria Madalena (7 demônios), Maria, mãe de (Jesus,) Tiago e de José, e a mulher de Zebedeu (que pedira por Tiago e João – lugar de honra)”, Mt.27.56.
            Falta eu e você temer as trevas que inundaram o dia da morte de Jesus para sermos libertos das trevas do pecado.


            Rev. Salvador P. Santana

segunda-feira, 8 de abril de 2019

At.10.44-48 - O BATISMO E SUA ADMINISTRAÇÃO.


O BATISMO E SUA ADMINISTRAÇÃO, At.10.44-48.

Introd.:           Os sacramentos não possuem poder em si mesmos, mas tão somente pelo fato concreto de terem sido estabelecidos pelo Senhor e por nos comunicarem Cristo.
1 – A eficácia dos sacramentos.
            Catecismo Maior – 161 – “Como os sacramentos se tornam meios eficazes de salvação? Os sacramentos tornam-se meios eficazes para a salvação não porque tenham algum poder em si, nem por virtude alguma derivada da piedade ou da intenção de quem os administra, mas, unicamente, pela operação do Espírito Santo e pela bênção de Cristo que os instituiu”.
            Biblicamente falando, a operação do Espírito Santo pode “[...] nos salvar [...] por meio da ressurreição de Jesus Cristo”, 1Pe.3.21.
            Após a salvação em Cristo, o homem pecador “[...] abraça a fé [...] (e é) batizado [...]”, At.8.13.
            É preciso ficar entendido que, na operação da salvação, um “[...] planta [...] (outro) rega; mas o crescimento vem de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento”, 1Co.3.6, 7.
            É por este motivo que “[...] em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo [...] e a todos nós foi dado beber de um só Espírito”, 1Co.12.13.
            Os sacramentos não dependem do ministro que os administra, como se fosse um pode mágico pertencente a ele.
            Um exemplo é o fato de “[...] Simão abraçar a fé; e, tendo sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres praticados”, At.8.13, supondo que, por meio do batismo teria um espírito poderoso com capacidades sobrenaturais.
            O que chamou atenção de Simão, o mágico é que “as multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava. Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados”, At.8.6, 7.
            Como o mágico iludia o povo, e depois de abraçar a fé, “vendo [...] Simão que, pelo fato de imporem os apóstolos as mãos, era concedido o Espírito [Santo], ofereceu-lhes dinheiro (supondo que por ter sido batizado, teria poder sobrenatural), propondo: Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos receba o Espírito Santo”, At.8.18, 19.
            Pedro (o repreendeu) [...] respondendo: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus”, At.8.20.
            O caminho que Pedro propõe é que Simão se “arrependa [...] da [...] maldade e rogue ao Senhor; talvez lhe seja perdoado o intento do coração”, At.8.22.
            Esse fato, registrado, mostra claramente que a pura e simples participação no batismo não produz resultado, mas depende de verdadeira fé e arrependimento.
            “Não devemos depositar nossa confiança nos sacramentos, nem transferir-lhes a glória de Deus; senão que, deixando de lado todas as coisas, dirijamos e levemos nossa fé e louvor àquele que é autor dos sacramentos e de todos os demais bens” – João Calvino.
            A eficácia dos sacramentos não está nos elementos em si, mas no Espírito Santo do Senhor, ao confirmar e fortalecer nossa fé diante da bondade graciosa do Deus da aliança, ao qual estamos em comunhão mediante o sangue de Cristo.
2 – O modo apropriado de administrar o batismo.
            CFW XXVIII – “Não é necessário imergir na água o candidato, mas o batismo é corretamente administrado por efusão (derramamento) ou aspersão”.
            A forma do batismo não está claramente definida na Bíblia.
            Homens piedosos concluíram que a forma correta é por imersão. Outros por aspersão.
            O batismo por imersão.
            a) Os imersionistas afirmam que a palavra batismo significa imersão.
            Como testar se as palavras são sinônimas? Substitui uma pela outra.
            [...] Nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar, tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés”, 1Co.10.1,2.
            Substituindo batizar por imergir fica assim: “[...] tendo sido todos batizados (imergidos), assim na nuvem como no mar [...]”, 1Co.10.2.
            [...] Moisés, levantou o [...] bordão, estendeu a mão sobre o mar e dividisse-o, para que os filhos de Israel passassem pelo meio do mar em seco”, Ex.14.16.
            Os judeus não foram imersos no mar, nem na nuvem.
            Batizar não é sinônimo de imergir.
            b) Dizem que o verbo batizar deriva do grego bapto e baptizo, que significa imergir.
            O profeta Daniel declara: “[...] E serás molhado do orvalho do céu [...]”, Dn.4.25.
            Na versão grega do A.T. o verbo molhado é bapto.
            Não é possível imergir ninguém no orvalho do céu.
            [...] Jesus não se lavara primeiro [...]”, Lc.11.38.
            No texto grego lavara é o verbo baptizo.
            Os Judeus “[...] não comiam sem se aspergirem [...]”, Mc.7.4.
            Comparando os dois textos o verbo baptizo significa aspergir e não imergir.
            c) Afirmam que João Batista batizava no rio Jordão por imersão.
            De fato “[...] João batizava no Jordão [...]”, Jo.10.40, mas o texto apenas identifica a região.
            d) Diz que João batizava no Enom.
            [...] João estava também batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas, e para lá concorria o povo e era batizado”, Jo.3.23, mas o texto apenas identifica a região.
            e) Falam que Jesus saiu da água.
            Só pelo falto de Jesus “[...] sair da água [...]”, Mc.1.10 não significa que Jesus foi imerso.
            f) Dizem que o eunuco e Filipe desceram à água.
            [...] Filipe e o eunuco [...] descerem à água [...]”, At.8.38 não prova que foi batizado por imersão.
            O batismo por aspersão.
            a) Uma pessoa doente ou muito idosa é o método mais prático.
            b) Multidões eram batizadas por João Batista, quando “[...] saíam a ter com ele Jerusalém, toda a Judeia e toda a circunvizinhança do Jordão; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados”, Mt.3.5,6.
            João não tinha energia física para imergir tanta gente.
            c) No dia de Pentecostes, os “[...] arrependidos [...] (foram) batizados [...] os que lhe aceitaram a palavra foi [...] um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas”, At.2.38,41.
            Não existe rio em Jerusalém, apenas reservatórios de água para a população.
            As autoridades não permitiriam imergir quase três mil pessoas nesses reservatórios e os reservatórios não seriam suficientes.
            d) O carcereiro ouviu as “[...] orações e (os) cânticos (que) Paulo e Silas [...] (faziam) a Deus [...] (na) prisão [...] naquela mesma hora da noite [...] foi (o carcereiro) [...] batizado, e todos os seus”, At.16.25,33.
            Na prisão só havia reservatório de água para uso da alimentação e limpeza.
            O batismo praticado entre os judeus não era realizado por imersão.
            Os diversos batismos impostos pela lei de Moisés, que em lugar algum fora ordenado pela forma da imersão, mostra que “[...] para os purificar [...] aspergia sobre eles a água da expiação [...]”, Nm.8.7.
            Não há evidência de nenhum batistério nas moradias judaicas.
            [...] Lavar [...] (e batizar, são utilizados de modo intercambiável no N.T. e indicavam tão somente o ato de aplicar água ou) [...] se aspergirem (ao que desejava limpar, o que de modo algum se refere a imersão) [...]”, Mc.7.3, 4.
            “Essa cerimônia era designada pela palavra grega batizar, quando faltavam ainda cem ou duzentos anos para a era cristã” – Hodge.
            O batismo para o judeu, era algo realizado cotidianamente, as mãos eram lavadas antes de todas as refeições, purificações de objetos.
            Se um ato de tamanha importância para a vida diária fosse realizado por imersão, seria razoável que as casas judaicas dispusessem, em sua estrutura física, de um lugar adequado para tal prática, mas não há evidência de um batistério nas moradias judaicas da época.
            Charles Hodge – “O batismo cristão foi instituído seguindo o modo do batismo dos judeus, ou seja, por aspersão ou efusão, e não por imersão”.
3 – Quem deve administrar o batismo?
            A administração do batismo é prerrogativa particular dos ministros da Palavra.
            Calvino – é impróprio a pessoas particulares assumirem a administração do batismo.
            Jesus não deu mandamento a nenhum homem ou mulher que ministrassem o batismo.
            Jesus constituiu aos apóstolos o dever de ministrar o batismo quando disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, Mt.28.19.
            De igual modo, aconteceu também quando [...] o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim”, 1Co.11.23, 24, dando assim, autoridade aos apóstolos para ministrarem a Santa Ceia.
            No N.T. o “[...] batismo de arrependimento (foi administrado por) João Batista (que possuía esse ofício) [...] os discípulos (de) Jesus [...] Pedro [...] batizou [...] para remissão dos [...] pecados [...] Ananias que [...] batizou (Paulo) (e o próprio Paulo que) batizou [...] a casa de Estéfanas [...]”, Mc.1.4; Jo.4.2; At.2.38; 9.18; 1Co.1.16.
Conclusão:      O batismo é um sacramento eficaz por causa do Espírito Santo.
            O Espírito Santo é uma bênção que Cristo nos outorga.
            Vemos essa autorização quando ainda Pedro falava estas coisas (a Cornélio) quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.”, At.10.44.
            Naquele dia, “[...] os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo”, At.10.45.
            É a partir do momento em que o Espírito Santo está em nós é que os servos de Deus vão “[...] ouvir (os convertidos) falando em línguas e engrandecendo a Deus. (Por isso de) Pedro perguntar:”, At.10.46.
            Porventura, pode alguém recusar a água, para que não sejam batizados estes que, assim como nós, receberam o Espírito Santo?”, At.10.47.
            Após a confirmação da fé, Pedro “[...] ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então, lhe pediram que permanecesse com eles por alguns dias”, At.10.48, para os confortar, ajudar e ensinar a respeito da fé.                              
Aplicação:       Você concorda com o batismo ou para você é indiferente ficar na igreja sem passar pelo batismo?


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor – Palavra Viva – Rev. Christian Brially Tavares de Medeiros – ECC.