quarta-feira, 28 de junho de 2017

ANÚNCIO.

ANÚNCIO

            “O dono de um pequeno comércio, amigo do poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua e perguntando-lhe: Senhor Bilac, preciso vender o meu sítio, aquele que o senhor conhece tão bem. Será que poderia redigir um anúncio para o jornal? Bilac então escreveu: Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes água de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente oferece sombra tranquila das tardes na varanda. Bem depois, o poeta encontrou o homem e perguntou se ele havia vendido o sítio. Ao que respondeu: ‘Nem pensei mais nisso. Quando li o anúncio, percebi a maravilha que tinha” – Autor Desconhecido.

            Em quarenta anos, no Brasil, ou seja, desde 1984 até 2014, cresceu cerca de 1.107,5% o divórcio. Em 1984 foram registrados 30.800 divórcios. Já em 2014 o registro saltou para 341.100.

            Parece que a separação tem sido o comércio mais lucrativo para advogados, conciliadores, justiça, cartórios, esposas, filhos. Estes, muitas vezes, são apenas usados para adquirir um recurso financeiro mais conveniente.  

            Para se conseguir uns trocados a mais, não existe uma tabela padrão de pagamento da pensão alimentícia. A porcentagem pode variar entre 30% do Salário Mínimo a milhões de dólares. Esse pagamento pode ficar sob a responsabilidade do pai e depende de quanto é sua renda e quanto deseja disponibilizar para o filho. A guarda sempre ou quase sempre será da mãe. Pode acontecer de pai e mãe entrarem em acordo pela guarda do filho.

            A verdade é que o anúncio fora colocado no jornal e acabou em negociação a esposa, os filhos, o antigo marido, os bens móveis e imóveis. Nenhuma das partes envolvidas se deu por conta de que estavam perdendo uma preciosidade. Levam à frente o contrato de separação e nem querem saber qual será o resultado; se desastroso, sangrento, judicioso, ou que cause inimizade para o resto da vida.

            Aquela jura de amor feita no dia do enlace matrimonial caiu por terra de uma hora para outra. Embora alguns anúncios de venda ou divórcio levem tempo para serem anunciados, a média é de sete, quinze, vinte e uns anos e tantos.

            Têm surgido alguns que estão completando os seus vinte e cinco, trinta e até quarenta anos de união conjugal e são desfeitos num piscar de olhos. Deve ter sido por acúmulos de causas de uma palavra, da chegada do filho, de um ente querido passando alguns dias visitando, da falta de carinho, companheirismo, amizade, diversão, diálogo, brigas constantes, espancamento, ameaças que levam casais a desistir de permanecer juntos.

            Enfim, podem ser inúmeras as razões sem motivo para chegar ao pé em que estão, e que parece, sem condições de retorno – o bem maior está para ser entregue ao novo dono como contrato de compra e venda assinado e registrado em cartório.

            É possível que uma das partes ainda não tenha lido ou escutado os conselhos bíblicos a respeito do matrimônio. É preciso pensar muito bem antes de pedir o anúncio em cartório do edital de proclamas, mesmo porque, depois de assinado o termo de casamento perante as testemunhas, conforme o texto bíblico, nem o homem e nem a mulher “[...] não (deve) procurar separar [...]” (1Co 7.27). E, caso você “[...] esteja livre de mulher (ou de homem) [...] não (deve) procurar casamento” (1Co 7.27).

            Caso você já fez a petição para algum descendente de Olavo Bilac anunciar a sua separação, leia com muita atenção o que foi colocado a respeito da sua “mulher (que é) virtuosa [...] (de que) o seu valor muito excede o de finas joias” (Pv 31.10), e também de que os seus “[...] filhos [...] na sua mocidade [...] (são) como plantas viçosas (tem vigor) e [...] filhas, como pedras angulares (sustento), lavradas como colunas de palácio” (Sl 144.12).

            Comunique ao escritor que você nem pensa mais nessa possibilidade de anúncio de separação porque você reconhece a preciosidade que tem dentro de sua casa.
Rev. Salvador P. Santana

1Co.15.12-19 - A GLÓRIA DA RESSURREIÇÃO.

A GLÓRIA DA RESSURREIÇÃO, 1Co.15.12-19.

 

Introd.:           A ressurreição de Cristo é a coroação do seu ministério terreno.

            Ela é repleta de significado para o ministério de Cristo e, consequentemente, para a vida da igreja, que é o seu corpo.

            Sem a ressurreição, a obra de Cristo seria nula, a igreja não existiria, não haveria salvação, estaríamos todos perdidos para sempre.

            Mas, (podemos ter a certeza e fé que) de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias (primeiro na ressurreição da vida) dos que dormem”, 1Co.15.20.          

            Essa é a fé da igreja; é a nossa certeza.

            A ressurreição de Jesus é um [...]      

1 – Fato incontestável.

            A primeira tentativa de se negar a ressurreição de Cristo foi feita pelos sacerdotes Judeus.

            Aqueles que deveriam dar exemplo e levar o povo ao arrependimento, ocultaram a verdade mediante suborno.

            A estratégia usada foi a de enviar “[...] alguns da guarda [...] à cidade e contaram aos principais sacerdotes tudo o que sucedera”, Mt.28.11 sobre “[...] os discípulos de Jesus (de que) [...] roubaram (o corpo de Jesus) enquanto (os guardas) dormiam”, Mt.28.13.

            A mentira não partiu apenas de um sacerdote, “eles se reuniram em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados”, Mt.28.12.

            A mentira precisa ser sustentada a fim de que, “caso [...] chegue ao conhecimento do governador (autoridades), nós o persuadiremos e [...] (os) poremos em segurança”, Mt.28.14.

            Esse texto retrata muito bem o mau exemplo da situação entre o Pres. Michel Temer e o Dep. Afastado Rodrigo Rocha Loures.

            Assim como aqueles guardas nos dias de Jesus, os de hoje também “[...] recebem o dinheiro, fazendo como estava instruído. Esta versão (do roubo do corpo de Jesus) divulgou-se entre os judeus [...]”, Mt.28.15.

            Mas, nem os judeus e muito menos os sacerdotes, não puderam ser eficazes contra a realidade do Senhor Jesus ressurreto.

            Alguns elementos bíblicos que manifestam com clareza a realidade da ressurreição de Cristo.    

            A – O túmulo vazio.

            O túmulo vazio se dá quando “[...] houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela”, Mt.28.2 para mostrar que Jesus havia ressuscitado.

            Esse “[...] anjo (tinha) o aspecto (forma, aparência) era como um relâmpago, e a sua veste, alva como a neve”, Mt.28.3.

            Aconteceu de “[...] os guardas tremerem espavoridos (cheio de medo) e ficaram como se estivessem mortos”, Mt.28.4 pelo grande acontecimento da ressurreição.

            As barreiras materiais não foram empecilho para Jesus ressurreto adentrar “ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”, Jo.20.19.

            Em outra ocasião, Jesus deu provas de sua ressurreição “passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”, Jo.20.26.     

            A retirada da pedra foi feita para que, “[...] Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mulher de Zebedeu”, Mt.27.56 pudessem testemunhar que a sepultura estava vazia quando “no findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro”, Mt.28.1.          

            A finalidade da presença dessas mulheres, a princípio, era apenas o de “[...] levar os aromas que haviam preparado. E (a grande surpresa foi) encontrar a pedra removida do sepulcro; mas, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus”, Lc.24.1-3.        

            O túmulo vazio foi anunciado pelas mulheres a “[...] Simão Pedro e (a) João, a quem Jesus amava, e disseram-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram [...] (os) discípulos entraram [...] ao sepulcro, e viu, e creu. Pois ainda não tinham compreendido a Escritura, que era necessário ressuscitar Jesus dentre os mortos”, Jo.20.2, 8, 9.

            O túmulo vazio pode ser explicado de três formas:

            1 – Os discípulos de Jesus levaram o corpo. Os sacerdotes e anciãos ordenaram e “recomendaram (os) soldados que dissessem: Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram enquanto dormíamos”, Mt.28.13.

            Os discípulos de Jesus ficaram desanimados e desesperados com a morte de Jesus e não esperavam ressurreição alguma.

            [...] Cleopas (e o seu companheiro de viagem, indo para Emaús, estavam) preocupados e [...] (sobre) as ocorrências (dos) [...] últimos dias [...] (de que) os principais sacerdotes e as [...] autoridades [...] entregaram Jesus para ser condenado à morte e o crucificaram”, Lc.24.17, 18, 20.

            Mesmo que os discípulos quisessem raptar o corpo do Mestre isso seria impossível pelo motivo de Pilatos ter “ordenado [...] que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia (cada guarda trabalhou pelo menos 6 horas nos três dias), para não suceder que, vindo os discípulos, o roubem e depois digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e será o último embuste pior que o primeiro. Disse-lhes Pilatos: Aí tendes uma escolta (16 soldados); ide e guardai o sepulcro [...]”, Mt.27.64, 65;

            2 – Os inimigos de Jesus, os anciãos e sacerdotes levaram o corpo;

            Porque os inimigos de Jesus roubariam o corpo? Para dar uma pista errada aos crédulos? Se o rapto tivesse ocorrido; quando os discípulos começassem a proclamar a ressurreição de Cristo, eles viriam a público apresentando o corpo morto de Cristo ou outra evidência irrefutável, para silenciar definitivamente a pregação apostólica e pôr um fim à igreja de Cristo. No entanto, eles silenciaram; tentaram pela força fazer os seguidores de Jesus calarem, pois não tinham como argumentar contra a evidência do túmulo vazio;

            3 – “Jesus (realmente) não está (no túmulo) [...] ressuscitou, como tinha dito. (Até nossos dias podemos) [...] ver onde ele jazia”, Mt.28.6.

            Por este motivo, “se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”, 1Co.15.19.

            A glória da ressurreição fala sobre [...]

            B – As aparições de Jesus.

            O Senhor ressurreto, “[...] depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus”, At.1.3 a várias pessoas, em cerca de 13 ocasiões diferentes, dando provas evidentes da sua ressurreição.

            Paulo declara que “[...] que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. (Ressurreto Ele) apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez [...] depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por Paulo, como por um nascido fora de tempo”, 1Co.15.3-8.   

            A glória da ressurreição proporcionou [...]

            C – A transformações dos discípulos.

            Apesar da autoconfiança ingênua dos discípulos, “disse Pedro (a) Jesus [...] que ainda (que) Jesus viesse a ser um tropeço para todos, nunca o seria para Pedro. Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo”, Mt.26.33-35.     

            [...] Os discípulos (diante da prisão de Jesus) todos, deixaram (Jesus), fugindo”, Mt.26.56.          

            Após a crucificação de Jesus, os discípulos ficam atemorizados, e “ao cair da tarde daquele dia (da ressurreição), o primeiro da semana, (os discípulos estavam com) as portas da casa trancadas onde estavam [...] com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”, Jo.20.19, 26.         

            Após a confirmação da ressurreição de Cristo, Pedro – que antes negara a Cristo 3 vezes -, juntamente com João, dá testemunho corajoso diante das autoridades judaicas.

            Os judeus “[...] viram a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados (simples e sem instrução) e incultos (pouca instrução), admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus [...] (foram) ordenados que absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Jesus. Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos (a ressurreição)”, At.4.13, 18-20.          

            Por este motivo Paulo declara que “era corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos [...] (mas) alguns (continuavam) afirmando [...] dentre eles que não havia ressurreição de mortos [...]”, 1Co.15.12.

            Mas, como Cristo ressuscitou, “então, Pedro e os demais apóstolos afirmavam [...] (que) importava obedecer a Deus do que aos homens”, At.5.29.         

            Essa transformação só pode ser explicada pela certeza da presença confortadora do Cristo vivo entre eles, pois “[...] eis que Cristo está conosco todos os dias até à consumação do século”, Mt.28.20.    

            Os apóstolos jamais extraíram essa coragem de uma mentira inventava por eles, essa ousadia é fruto dado por “[...] Deus (que) não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”, 2Tm.1.7.        

            A glória da ressurreição fala sobre [...]

            D – A pregação apostólica.

            A certeza e o significado da ressurreição estavam nítidos na mente e no coração dos discípulos.

            Paulo faz uma suposição de que, “e, se Cristo não ressuscitou, (seria então) [...] vã a nossa fé, e ainda permanecemos nos nossos pecados”, 1Co.15.17.

            Sem a ressurreição, o pior seria para todos “[...] os que dormiram (morreram) em Cristo pereceram (não recebendo a salvação)”, 1Co.15.18.

            Mas, a mensagem apostólica apontava a vitória de Deus sobre o pecado e a morte, por meio da ressurreição de Cristo.

            [...] Se (por acaso) Cristo não (houvesse) ressuscitado [...] (seria) vã a [...] pregação (dos apóstolos), e vã, a nossa fé [...]”, 1Co.15.14.

            O pior é que, se os apóstolos fossem “[...] tidos por falsas testemunhas de Deus (sobre a ressurreição, daí, eles) [...] teriam asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam”, 1Co.15.15.

            A pregação apostólica tem como base as palavras e os atos salvadores de Deus na história.

            Após a ressurreição de Jesus foi escolhido Matias que havia “começado (acompanhar Jesus) no batismo de João, até ao dia em que dentre (os apóstolos) foi (Jesus) levado às alturas [...] (ele) se tornou testemunha com (os apóstolos) da [...] ressurreição (de) Jesus”, At.1.22.

            Todos os apóstolos pregavam que “[...] o Autor da vida (Jesus era) [...] quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que eles (eram) [...] testemunhas”, At.3.15.         

            Paulo reafirma que era “[...] corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos [...] (mas havia) alguns dentre eles afirmavam que não havia ressurreição de mortos [...]”, 1Co.15.12, ou seja, tiravam toda esperança dos crentes da época de acreditarem que Jesus pode salvar.

            Ora, sendo assim, “[...] se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou (para muitos naquele tempo e em nossos dias)”, 1Co.15.13.

            A fim de combater essa descrença, Paulo declara que “[...] se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou”, 1Co.15.16.

            A ressurreição é a tônica de toa mensagem apostólica quando eles diziam que, “se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”, Rm.10.9.  

            Ainda que muitos não acreditem na ressurreição de Cristo – 25% dos ingleses que se consideram cristãs não acreditam – as Escrituras confirmam “[...] que Deus [...] ressuscitou Jesus dentre os mortos para que jamais voltemos à corrupção [...]”, At.13.34.   

            A glória da ressurreição fala sobre [...]

            E – A conversão de muitos sacerdotes.

            Os sacerdotes judeus, para aceitarem a pregação de Jesus como o Cristo, precisavam estar certos da realidade da sua ressurreição, mesmo que tudo parecesse ser o oposto; a crença predominante de um Messias militar, o boato forjado pelos principais sacerdotes de que os discípulos de Jesus roubaram o seu corpo.

            O Deus que age mediante a verdade operou em suas mentes e corações por meio da realidade da ressurreição histórica de Cristo a ponto de “crescer a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé”, At.6.7.        

            A glória da ressurreição fala sobre [...]

            F – A conversão de Saulo.

            Saulo teve a sua vida transformada quando se encontrou com Jesus ressurreto, ao “seguir ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?”, At.9.3, 4.

            [...] Saulo [...] (antes) perseguia [...] Jesus (agora) lhe (seria) mostrado quanto lhe importa sofrer pelo [...] (nome de) Jesus”, At.9.4, 16.  

            Paulo, por amor a Cristo, através do “[...] Espírito Santo [...] (enfrentou) cadeias e tribulações”, At.20.23.          

            Paulo chegou ao máximo de “[...] estar pronto não só para ser preso, mas até para morrer [...] pelo nome do Senhor Jesus”, At.21.13.    

            Quando Paulo estava preso em Roma, ele deixou claro que “[...] estava sendo já oferecido por libação (derramamento de óleo, azeite como ato culto a Deus), e o tempo da sua partida era chegado”, 2Tm.4.6.   

            Vinte anos depois do seu encontro com o Senhor vivo, Paulo incluiu-se entre aqueles “[...] viram Jesus [...] como por um nascido fora de tempo”, 1Co.15.8.        

            A glória da ressurreição fala sobre [...]

            G – A observância do domingo.

            No Novo Testamento não encontramos nenhuma ordem ou ensinamento para a igreja se reunir no domingo.

            Por que, então, a igreja substituiu o sábado pelo domingo?

            A resposta está nas páginas do Novo Testamento e na história dos séculos posteriores.

            A ressurreição de Jesus Cristo se deu “[...] muito cedo, no primeiro dia da semana [...]”, Mc.16.2.

            Nesse mesmo “[...] primeiro dia da semana Jesus ressuscitado [...] apareceu primeiro a Maria Madalena [...]”, Mc.16.9.

            No domingo ou “[...] o primeiro dia da semana [...] veio Jesus, pôs-se no meio (dos seus) discípulos [...]”, Jo.20.19.

            Logo depois, “passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”, Jo.20.26.    

            O sábado está relacionado ao evento histórico de que “[...] o SENHOR [...] Deus tirou (o seu) servo (da) terra do Egito [...] tirou dali com mão poderosa e braço estendido [...]”, Dt.5.15.

            O sábado assume um caráter de gratidão a Deus por sua libertação e preservação.

            [...] Guardar o sábado (significa) celebrar por aliança perpétua nas suas gerações [...]”, Ex.31.16.

            No Novo Testamento, a associação do dia de descanso e da ressurreição de Cristo foi mais do que natural.

            Em Cristo encontramos a verdadeira e total liberdade a partir do momento em que “[...] conhecemos a verdade [...] a verdade nos libertará. Se, pois, o Filho nos libertar, verdadeiramente seremos livres”, Jo.8.32, 36.

            A igreja do Novo Testamento era composta de judeus que deviam “[...] certamente, guardar os [...] sábados; pois era sinal entre Deus e (o seu povo) [...] para que soubessem que Deus é o SENHOR, que (os) [...] santifica”, Ex.31.13.

            Jamais esse povo mudaria para o domingo, a menos que tivessem um motivo bastante consistente e, convictos da aprovação divina.

            O único motivo plausível dessa mudança é a certeza de que Cristo ressuscitou “no primeiro dia da semana [...]”, At.20.7.   

            Passou a ser costume na igreja, “quanto à coleta para os santos, fazer [...] no primeiro dia da semana [...]”, 1Co.16.1, 2.

            João, narrando a visão que teve do Senhor, declara que ele “achou-se em espírito, no dia do Senhor [...]”, Ap.1.10.   

            Outro documento que atesta a antiguidade da guarda do domingo por parte da igreja cristã é a Didaquê (120 d.C. ensinamentos atribuídos aos doze). Está escrito no “capítulo XIV - Santificação do domingo [...] reuni-vos no dia do Senhor para a fração do pão e agradecei [...]”.

            Outro documento, escrito por Justino (100-167 d.C.), por volta do ano 150 – temos a mais completa descrição do culto na igreja primitiva – “No dia do que se chama do sol (domingo), celebra-se uma reunião de todos os que moram nas cidades ou nos campos, e aí leem, enquanto o tempo o permite, as memórias dos apóstolos (evangelhos) ou os escritos dos profetas”.

            Justino explica o motivo pelo qual a igreja se reunia para cultuar a Deus no domingo – “Celebramos essa reunião geral no dia do sol, porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e também o dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos”.

            A observância do primeiro dia da semana é um sinal evidente de que a igreja sempre creu na ressurreição de Jesus Cristo.

            A glória da ressurreição fala sobre a [...]

2 – Manifestação do poder de Deus.

            O Novo Testamento declara que a ressurreição de Cristo foi pelo poder do Trino Deus.

            Essas afirmações ora se referem apenas a Deus – denotando, assim, o trabalho da Trindade – Ora se referem às pessoas distintamente.

            A ênfase é para evidenciar a unidade da Trindade, no mesmo propósito glorioso e salvador.

            Alguns textos falam sobre essa obra de modo discriminado:

            1 – Pelo poder do Pai – “[...] Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai [...] (foi) Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos”, Rm.6.4; Gl.1.1.

            2 – Pelo poder do Espírito Santo – “[...] Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados [...] para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito [...] o Espírito (é o) [...] que ressuscitou a Jesus dentre os mortos [...]”, 1Pe.3.18; Rm.8.11.

            O mesmo “[...] Espírito Santo (que gerou Jesus em) Maria, sua mãe (da qual) nasceu Jesus Cristo [...]”, Mt.1.18, a pessoa divino-humana de Cristo, acompanhou e o fortaleceu em todo o seu ministério, agiu decisivamente em sua ressurreição, que assiná-la a vitória de Deus sobre o pecado, a morte e Satanás quando “[...] Jesus (foi) levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo”, Mt.4.1, o qual tem poder para “[...] expulsar demônios pelo Espírito de Deus [...] (quando) é chegado o reino de Deus sobre (os homens) [...]”, Mt.12.28.    

            3 – Pelo poder do Filho – “Jesus (fala que) [...] destruiria [...] santuário, e em três dias o reconstruiria. Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo”, Jo.2.19, 21.

            [...] Jesus deu a sua vida para a reassumir (ressurreto)”, Jo.10.17.    

            O verbo divino dispunha de todo o poder para ressuscitar o Cristo encarnado, o que realmente fez.

            A Trindade é responsável pela ressurreição de Jesus Cristo.

            O Pai, o Filho e o Espírito Santo manifestam o seu poder na ressurreição de Cristo.

            O Novo Testamento, com mais frequência, atribui a ressurreição ao poder de Deus, sem mencionar a pessoa.

            Paulo fala que “[...] Deus ressuscitou (a Jesus), rompendo os grilhões da morte [...] (por isso) com a nossa boca, (devemos) confessar Jesus como Senhor e, em nosso coração, crê que Deus o ressuscitou dentre os mortos, (então) seremos salvos”, At.2.24; Rm.10.9.     

            A glória da ressurreição fala que ela é [...]

3 – Singular e gloriosa.

            A Bíblia apresenta alguns exemplos de pessoas que foram vivificadas.

            [...] O filho da mulher (de Sarepta) [...] morreu [...] o SENHOR atendeu à voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu”, 1Rs.17.17, 22.  

            Morreu Eliseu, e o sepultaram [...] alguns enterravam um homem, eis que viram um bando; então, lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, logo que o cadáver tocou os ossos de Eliseu, reviveu o homem e se levantou sobre os pés”, 2Rs.13.20, 21.

            O filho da sunamita - Issacar “[...] morreu (Eliseu atendeu ao clamor dessa mulher, então, o menino) [...] abriu os olhos”, 2Rs.4.20, 35.   

            A filha de Jairo “[...] chefe (da sinagoga) [...] faleceu [...] Jesus, tomou a menina pela mão, e ela se levantou”, Mt.9.18, 25.

            [...] Saía o enterro do filho único de uma viúva (de Naim-Galileia) [...] sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe”, Lc.7.12, 15. 

            [...] Lázaro [...] morreu [...] (mas Jesus fez) sair aquele que estivera morto [...]”, Jo.11.13, 44.       

            [...] Dorcas adoeceu e veio a morrer [...] mas Pedro, tendo feito sair a todos, pondo-se de joelhos, orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se”, At.9.37, 40.      

            [...] Êutico, que estava sentado numa janela, adormecendo profundamente durante o prolongado discurso de Paulo, vencido pelo sono, caiu do terceiro andar abaixo e foi levantado morto. Então, conduziram vivo o rapaz e sentiram-se grandemente confortados”, At.20.9, 12.    

            Todos eles envelheceram e morreram.

            A ressurreição de Jesus foi definitiva, constituindo um modelo conclusivo da nossa futura ressurreição.

            [...] Havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre (o homem quando Cristo voltar para resgatar a sua igreja) [...]”, Rm.6.9.

            Alguns aspectos na ressurreição são misteriosos para nós.

            A – O corpo de Jesus era real.

            O corpo de Jesus Cristo, após a ressurreição, não era anormal no que se refere ao aspecto de um copo humano – daí não haver nenhum espanto ou comentário a esse respeito.

            Todavia o corpo de Jesus não era fácil nem prontamente reconhecido por todos.

            O evangelho de Lucas fala que os discípulos de Emaús “[...] conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles. (No entanto) os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer”, Lc.24.15, 16.

            Só depois, “[...] quando estavam à mesa, tomando Jesus o pão, abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu; então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles”, Lc.24.30, 31.

            Em Jerusalém, com os discípulos, “[...] Jesus apareceu no meio deles [...] Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito. (Foi então que Jesus mostrou) [...] as suas mãos e os seus pés, que (era) ele mesmo; (pedindo que o) apalpasse e verificasse, porque um espírito não tem carne nem ossos, como viram que ele tinha”, Lc.24.36, 37, 39.          

            Maria Madalena não reconheceu Jesus quando foi ao túmulo, à entrada, “perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei”, Jo.20.15.     

            Pedro, Tomé, Natanael, Tiago e João “[...] na praia; não reconheceram que era Jesus[...]”, Jo.21.4.     

            O corpo de Jesus apresentava as marcas da crucificação, as cicatrizes podiam ser tocadas quando Jesus disse para “verem as suas mãos e os seus pés, que (era) [...] ele mesmo; (podia ser) apalpado e verificado, porque um espírito não tem carne nem ossos, como viram que Jesus tinha”, Lc.24.39.

            O seu corpo era visível pois, “[...] Jesus apareceu aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado”, Mc.16.14.  

            Em outro momento Jesus “[...] lhes mostrou as mãos e o lado [...] (então) os discípulos ao verem o Senhor se alegraram”, Jo.20.20.

            Era tão real o corpo de “Jesus [...] (que a sua voz era audível a ponto de) falar (a seus discípulos) [...]”, Mt.28.18.        

            Mesmo sem precisar, “[...] apresentaram (a) Jesus um pedaço de peixe assado [e um favo de mel]. E ele comeu na presença deles”, Lc.24.42, 43.    

            Outro mistério para cada um de nós é que [...]

            B – O corpo de Jesus era transcendente – cruzar uma fronteira – trans -  cruzar – scandare - subir.

            Apesar da realidade e tangibilidade do corpo de Cristo, a Bíblia descreve o fato de Ele poder aparecer e desaparecer aos olhos de seus discípulos, conforme sua determinação.

            Ao lado dos discípulos de Emaús, após Jesus “[...] lhes abrirem os olhos, e o reconheceram [...] Jesus desapareceu da presença deles”, Lc.24.31.          

            Em Jerusalém, quando os discípulos estavam dentro de casa, “[...] Jesus apareceu no meio deles [...]”, Lc.24.36.

            No “[...] primeiro da semana (dia da ressurreição), trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio [...] passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”, Jo.20.19, 26.

            E com esse mesmo corpo, “[...] Jesus [...] foi assunto ao céu virá do modo como o viram subir”, At.1.11.        

            A morte foi vencida quando “[...] Cristo ressuscitou dentre os mortos [...] (sendo assim) a morte já não tem domínio sobre (o homem que serve a Cristo)”, Rm.6.9.

            Precisamos saber e ter a certeza de que “[...] Jesus [...] não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho”, 2Tm.1.10.           

            Por este motivo o evangelista João declara que “[...] Jesus vive; esteve morto, mas eis que está vivo pelos séculos dos séculos e tem as chaves da morte e do inferno”, Ap.1.18.   

            “O corpo ressurreto de Cristo, portanto, tal como existe agora no céu, ainda que retenha a identidade com seu corpo enquanto estava na terra, é glorioso, incorruptível, imortal e espiritual. Continua ocupando determinada porção de espaço e retém todas as propriedades essenciais como corpo” – Charles Hodge).

Conclusão:      A ressurreição de Cristo assinala a vitória de Deus sobre o pecado, a morte e Satanás.

            Sabemos que “[...] por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição (de um homem que morreu e ressuscitou) dos mortos”, Rm.5.12; 1Co.15.21 para salvar o homem pecador e dar-lhe a vida eterna.

            [...] Jesus (venceu por nós, a fim de nos dar a) [...] vida (eterna) [...]”, Jo.10.10.

            Por isso “[...] o pecado não terá domínio sobre (o servo de Deus a partir do momento em que ele) conhece a verdade [...] a verdade (o) [...] libertará”, Rm.6.14; Jo.8.32.

            Satanás e “[...] todo (seu) principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro (está sob o poder de Jesus, portanto, Cristo está) acima (de toda obra maligna devido a) [...] sua morte, (que) destruiu aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo”, Ef.1.21; Hb.2.14.

            Com o “[...] aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho (crê será salvo)”, 2Tm.1.10.

Aplicação:       A certeza da ressurreição de Cristo está alicerçada em seu coração?

            A Bíblia fala que, “se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação”, Rm.10.9, 10.

            Então, “[...] se já morremos (para o pecado) com Cristo, cremos que também com ele viveremos (eternamente)”, Rm.6.8.     

 

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Palavra viva – O credo apostólico– Em vez de fé na fé, o conteúdo da fé – CCC – Rev. Hermister Maia Pereira da Costa.