quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

BEM TREINADO, At.22.3.

BEM TREINADO
At.22.3

Introd.:           A Bíblia apresenta um homem bem treinado, “[...] Moisés [...] educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras”. At.7.22.
            “[...] O menino (Moisés) já grande (fora educado pelos seus próprios pais e, quando desmamou) (a mãe) o trouxe à filha de Faraó, da qual passou ele a ser filho [...]”, Ex.2.10.
            Deus o treinou no deserto por quarenta anos e mais quarenta anos o fez atravessar o deserto com o povo liberto.
            Moisés “ouviu [...] (que) o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. (Por este motivo, cada um deve) amar, pois, o SENHOR, nosso Deus, de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de toda a nossa força. Estas palavras que, (fora ensinada naquele dia para Moisés) hoje [...] (é) ordenado (que) esteja (em) [...] nosso coração [...] (essa Palavra deve ser) inculcada (aos) nossos filhos, e delas falar assentado em nossa casa, e andando pelo caminho, e ao deitar, e ao levantar”, Dt.6.4-7.         
Nar.:   Paulo não foi criado diferente, ele foi treinado, pois era “[...] da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus [...]”, Fp.3.5.
            Ele declarou que era “[...] judeu (obrigado a participar das três festas: Páscoa, Pentecostes, tabernáculo e declarava a sua fé) [...]”, At.22.3.
            A sua vida pregressa é relatada com detalhes.
            Não importa a nacionalidade, Paulo “[...] nasceu em Tarso da Cilícia [...]”, 22.3; o que importa é que “[...] não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos nós somos um em Cristo Jesus”, Gl.3.28.
            Paulo diz que foi “[...] criado (nutrido para crescer; educado com a ideia de formar a mente) [...] foi instruído (treinado ou ensinado para aprender, punido ou castigado com palavras, corrigido a fim de moldar o caráter pela repreensão e admoestação; tem o sentido de Deus purificar pela aflição de males e calamidade, punir com pancada, açoitar, como um pai que pune seu filho ou um juiz que ordena que alguém seja açoitado) [...]”, At.22.3.
            Esse treinamento precisa [...]
1 – De um instrutor.
            “[...] Gamaliel [...]”, At.22.3 foi um dos mais famosos mestres da lei.
            Paulo o escolheu para sentar-se “[...] aos (seus) pés [...]”, 22.3 e viver sob direção.
            Assim como os “[...] coxos, aleijados, cegos, mudos [...] (foram) largados aos pés de Jesus”, Mt.15.30 para depender.
            A “[...] mulher, cuja filhinha estava possessa de espírito imundo [...] veio e prostrou-se aos pés (de) Jesus”, Mc.7.25.
            “[...] Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, [...] sou pecador”, Lc.5.8.
            “[...] Jairo, que era chefe da sinagoga, e, prostrando-se aos pés de Jesus, lhe suplicou que chegasse até a sua casa”, Lc.8.41.
            “[...] Maria [...] quedava-se (quieta) assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos”, Lc.10.39.
            Dessa mesma forma devemos ser.
            Deseja ser bem treinado?
            Sente-se aos pés de Cristo [...]
Conclusão:     Com duas finalidades:
            Para ser educado.
            “[...] A exatidão (fala da mais exata atenção: em concordância com o rigor da lei mosaica; diz também) da lei (religião cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por Cristo, especialmente o preceito a respeito do amor) de nossos antepassados [...]”, At.22.3.
            Deseja ser treinado?
            Seja dedicado,
            Quer ser bem treinado? Seja dedicado “[...] assim como todos nós o somos no dia de hoje”, At.22.3 com o propósito de “[...] todo o edifício, bem ajustado, crescer para santuário dedicado ao Senhor”, Ef.2.21.
            Paulo nos assegura que para ser bem treinado é preciso “[...] ser zeloso (desejo ansioso por Deus, desejo de defender e sustentar a superioridade de Jesus e lutar veementemente) para com Deus [...]”, At.22.3.
            Deixa Deus te treinar “[...] para que, por Deus, nos seja dado crescimento para salvação”, 1Pe.2.2.


            Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A VIDA EM SOCIEDADE, Ec.3.16-22; 4.1-16.

A VIDA EM SOCIEDADE, Ec.3.16-22; 4.1-16.

            Após a criação, “[...] o SENHOR Deus (projetou que) [...] o homem esteja (vivendo em sociedade, tanto é que) [...] fê-lo uma auxiliadora [...]”, Gn.2.18 e “depois [...] teve filhos e filhas”, Gn.5.4.
            Esse viver em sociedade, conforme o desejo de Deus, é para todos viverem numa perfeita, agradável e construtiva relação de interdependência.
            Os desajustes refletem o desvirtuamento do plano divino, provocado pelo próprio homem, que se recusa a viver segundo a vontade de Deus.
            É verdade “[...] que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias (esperteza, habilidade de enganar)”, Ec.7.29.
            A reflexão do filho de Davi é que ele “viu ainda debaixo do sol que no lugar do juízo (ato de Deus absolver ou condenar) reinava a maldade (imoralidade, criminalidade no meio da sociedade) e no lugar da justiça (agir corretamente), maldade ainda”, Ec.3.16 entre os homens.
            A “visão (de Salomão é direcionada para) [...] todas as opressões que se fazem debaixo do sol: [...] as lágrimas dos que foram oprimidos, sem que ninguém os consolasse; [...] a violência na mão dos opressores, sem que ninguém consolasse os oprimidos”, Ec.4.1.
            Se o lema é sofrimento para aquele que vive em sociedade, então, são “[...] mais felizes os que já morreram, mais do que os que ainda vivem”, Ec.4.2.
            Muito “[...] mais [...] felizes (são) aqueles que ainda não nasceram e não viram as más obras que se fazem debaixo do sol”, Ec.4.3 quando vivemos em meio a uma “[...] geração incrédula e perversa [...]”, Lc.9.41.
            Não bastasse viver em meio aos infelizes, Salomão ainda “[...] vê que todo trabalho e toda destreza em obras provêm da inveja do homem contra o seu próximo [...]”, Ec.4.4.
            Talvez, algum de nós pode dizer que viver em sociedade não compensa, decide, então, viver solitário, mas “o tolo (sem juízo) cruza os braços (sem desejo de trabalhar) e come a própria carne, dizendo: Melhor é um punhado de descanso do que ambas as mãos cheias de trabalho e correr atrás do vento”, Ec.4.5,6.
            O terceiro rei de Israel “[...] considera outra vaidade debaixo do sol, isto é, um homem sem ninguém (solitário), não tem filho nem irmã; contudo, não cessa de trabalhar, e seus olhos não se fartam de riquezas; e não diz: Para quem trabalho eu, se nego à minha alma os bens da vida (desfrutar)? Também isto é vaidade e enfadonho trabalho”, Ec.4.7,8.
            A conclusão do rei é que, a opção pelo companheirismo, o investimento nos relacionamentos, é o caminho mais viável.
            Mesmo tendo dificuldades em relacionar com as pessoas, a declaração de Deus continua sendo de que todo homem precisa viver em sociedade, porque “melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho”, Ec.4.9.
            O desejo é que o homem viva de modo que, “[...] se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante”, Ec.4.10.
            A vantagem de viver em sociedade é que, “[...] se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?”, Ec.4.11 e, “se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras (Deus entre eles) não se rebenta com facilidade”, Ec.4.12.
            Outra questão abordada pelo rei Salomão é o reconhecimento de que “é melhor o jovem pobre e sábio do que o rei velho e insensato (sem juízo), que já não se deixa admoestar (censurar, repreender, aconselhar)”, Ec.4.13 para resolver os problemas da sociedade.
            Pode acontecer “ainda que aquele saia do cárcere para reinar ou nasça pobre no reino deste”, Ec.4.14, ainda assim, a sociedade não ficará satisfeita.
            Salomão “vê todos os viventes que andam debaixo do sol com o jovem sucessor, que ficará em lugar do rei”, Ec.4.15 para, politicamente, assegurar à sociedade a verdadeira felicidade.
            No entanto, “era sem conta todo o povo que ele dominava; tampouco os que virão depois se hão de regozijar nele (ou seja, quem vai agradecer o que ele fez?). Na verdade, que também isto é vaidade e correr atrás do vento”, Ec.4.16.
            Fica evidente nas reflexões do Pregador, a compreensão de que o destino de todos os homens, tanto “[...] o justo e o perverso [...] Deus julgará (ninguém escapa); pois há tempo para todo propósito e para toda obra”, Ec.3.17.
            Quando negamos que Deus está no controle, negamos a vida, “pelo que temos por mais felizes os que já morreram, mais do que os que ainda vivem [...] (e ainda) teremos por felizes aqueles que ainda não nasceram e não viram as más obras que se fazem debaixo do sol”, Ec.4.2,3.
            Objetivos desse estudo:
            a) Apontar alguns males presentes na sociedade hoje, com os quais não podemos nos conformar e contra os quais devemos lutar;
            b) Levar à compreensão de que a solidariedade é essencial para a vida em sociedade;
            c) Desfazer ilusões quanto a projetos políticos e messiânicos que prometem a construção de uma nova sociedade apenas pelas vias políticas.
Tópicos para reflexão
1 – A opressão rouba a beleza da vida.
            Salomão fala sobre algumas atitudes que os homens tomam na vida que causam indignação e angústia; é a opressão existente na sociedade.
            O brilho e a beleza da vida se esvaem quando a injustiça triunfa.
            Um sentimento de impotência invade a alma do Pregador quando percebe “[...] que no lugar do juízo (ato de Deus absolver ou condenar) reina a maldade (imoralidade, criminalidade no meio da sociedade) e no lugar da justiça (agir corretamente), maldade ainda”, Ec.3.16.
            O que aconteceu no tempo de Salomão, “vemos ainda [...] as opressões (extorsão/tirar algo de alguém, perseguição, exploração) [...] as lágrimas dos [...] oprimidos (porque foram defraudados, violentados, prejudicados-Inss, casa própria, usar nome dos aposentados para fazerem empréstimos) [...] vemos a violência (daqueles que tem poder, assaltantes) [...]”, Ec.4.1.
            “[...] Todas (essas) [...] opressões vemos [...] debaixo do sol [...]”, Ec.4.1.
            O profeta Jeremias fala que muitos “serão envergonhados, porque cometem abominação (o que deve ser rejeitado) sem sentir por isso vergonha; nem sabem que coisa é envergonhar-se. Portanto, cairão com os que caem; quando Deus os castigar, tropeçarão, diz o SENHOR”, Jr.6.15.
            Diante dessa situação caótica do coração humano e maldoso, é que o rei “[...] tem por mais feliz o que já morreu, mais do que o que ainda vive”, Ec.4.2.
            Devido a opressão tirar a beleza da vida, o filho de Davi declara que é “[...] mais [...] feliz aquele que ainda não nasceu e não viu as más obras que se fazem debaixo do sol”, Ec.4.3.
            Com toda essa opressão roubando a beleza da vida, não precisamos ficar amedrontados, aterrorizados, pois “[...] Deus julgará o justo e o perverso [...]”, Ec.3.17.
            É interessante notar essa opressão do homem contra o homem “[...] que Deus [...] os prova (a fim de que) [...] eles vejam que são em si mesmos como os animais”, Ec.3.18, “porque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais (no aspecto da morte) [...]”, Ec.3.19.
            Precisamos aprender a viver em sociedade sem opressão, porque “todos (homens e animais) vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão”, Ec.3.20.
            Uma dúvida é que ninguém “[...] sabe se o fôlego de vida dos filhos dos homens se dirige para cima e o dos animais para baixo, para a terra [...]”, Ec.3.21 – eu e você não sabe qual é o destino do nosso próximo e muito menos dos animais.
            A beleza da vida não pode ser roubada pela opressão, então, para ter uma vida bela, “[...] não (pode) haver coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua recompensa [...]”, Ec.3.22.
            Devemos denunciar toda e qualquer opressão, mas é bom saber que a vida é dom de Deus, é tão verdade que “[...] Jesus veio para que (eu e você) tenha vida e a temos em abundância”, Jo.10.10.
2 – A ganância sacrifica a fraternidade.
            Jesus fala que não é somente “[...] os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza [...] (mas também) as demais ambições (desejo pelo que é proibido) [...] sufocam a palavra (recebida no coração), ficando ela infrutífera”, Mc.4.19.
            Salomão fala em outro texto que o “[...] espírito de ganância tira a vida de quem o possui”, Pv.1.19.
            A ambição desenfreada leva o homem a ver o seu semelhante como inimigo, isto, porque, “[...] todo trabalho e toda destreza (rapidez, habilidade) em obras provêm da inveja do homem contra o seu próximo [...]”, Ec.4.4.
            É possível que trabalhando muito, não serve para satisfazer as nossas necessidades, mas, para superar uns aos outros.
            Entramos num círculo de disputa gerada pelo poder do sistema, com o sentido de acumular mais do que o outro e de consumir mais do que é o necessário.
            Quando a ganância determina as relações sociais, a fraternidade acaba sendo sacrificada.
            A reflexão do pregador é “[...] que todo trabalho (gerado pela ganância) [...] é vaidade e correr atrás do vento”, Ec.4.4.
            Vemos como Salomão que num extremo está o ganancioso, pesando somente em si e, do outro, encontramos uma pessoa “[...] tola (sem juízo que) cruza os braços e come a própria carne (se consome de miséria), dizendo: Melhor é um punhado de descanso do que ambas as mãos cheias de trabalho e correr atrás do vento”, Ec.4.5,6.
            É verdade que o homem preguiçoso não contribui em nada para melhorar a sociedade, “então, (precisamos) considerar (que isso também é) outra vaidade debaixo do sol”, Ec.4.7.
            Ao mesmo tempo, encontramos “[...] um homem sem ninguém, não tem filho nem irmã; contudo, não cessa de trabalhar, e seus olhos não se fartam de riquezas; e não diz: Para quem trabalho eu, se nego à minha alma os bens da vida? Também (devemos saber que esse tipo de ganância) [...] é vaidade e enfadonho trabalho”, Ec.4.8.
3 – A solidariedade promove a dignidade (honra, respeito).
            Ser solidário contribui para a vida em sociedade.
            Quando o Pregador fala que “e melhor serem dois do que um [...]”, Ec.4.9, o texto bíblico está apontando para que os homens vivam em comunidade.
            Assim como os “[...] dois [...] têm melhor paga do seu trabalho”, Ec.4.9, fica mais fácil “[...] acudir ao necessitado [...]”, Sl.41.1.
            Esse é o remédio contra qualquer opressão, ambição de viver neste mundo isolado dos demais homens, sufocando-os.
            Deus deixou algo maravilhoso no coração humano, o desejo de, “[...] se (caso um ou outro) cair, um levanta o companheiro (mas) [...] ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante”, Ec.4.10, então, viver em sociedade faz bem.
            Essa solidariedade é tamanha que “[...] se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?”, Ec.4.11.
            Pode acontecer ainda, “se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; (mas algo muito mais importante) o cordão de três dobras (Deus habitando e abençoando a família) não se rebenta com facilidade”, Ec.4.12.
            Ser solidário não nasceu no coração humano, Deus determinou que “[...] não (se deve) rebuscar os cantos do [...] campo, nem colher as espigas caídas da [...] sega (colheita); para o pobre e para o estrangeiro as deixará. (É determinação do) [...] SENHOR, nosso Deus”, Lv.23.22.
            A solidariedade mais perfeita foi oferecida por Jesus Cristo a ponto de “[...] todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. (Essa solidariedade só foi possível ser cumprida porque) [...] o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito (único gerado) do Pai”, Jo.1.12-14.
            No texto básico, fala que “[...] Deus julgará o justo e o perverso [...]”, Ec.3.17, sendo assim, é muito justo Jesus colocar a solidariedade cristã como um dos critérios a serem observados por ocasião do severo julgamento que sobrevirá.
            Todo cristão deve ser solidário pelo motivo do “[...] Filho do Homem vir na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; (ninguém escapará) [...] todas as nações serão reunidas em sua presença [...] o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino [...] porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me [...] perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. (Como ninguém fica de fora) [...] também o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; e eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos? Então, lhes responderá: [...] sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. (O mais trágico é que) [...] estes irão para o castigo eterno, porém (haverá alegria para) os justos, (irão) para a vida eterna”, Mt.25.31,32,34-37,40-42,44-46.
            Não podemos ser solidários apenas para não enfrentar o dia do juízo final, devemos ser solidários para amenizar as necessidades dos que sofrem e promover a sua dignidade.
            Quando praticamos a solidariedade, a dignidade (honra, respeito) é promovida na sociedade.
4 – Na busca de uma sociedade melhor, nenhum projeto político é perfeito e definitivo.
            Em algumas nações, a vida em sociedade alcançou níveis elevados de civilidade, em função de modelos políticos adequados, executados por pessoas competentes e íntegras.
            Há modelos políticos mais justos e democráticos, tais como: 1ª – Dinamarca, 3ª – Finlândia e 4ª – Suécia – Norte da Europa, 2ª – Nova Zelândia – Oceania. Existe também os mais injustos e ditatoriais, tais como: 1ª – Somália – África Oriental, 2ª – Coreia do Norte – Leste da Ásia, 3ª – Afeganistão – Ásia Central Sul.
            O Brasil está em 72ª, nota menos que 50. O país é reprovado no ranking dos mais justos entre 177 países. O Brasil não está fazendo o dever de casa para combater o problema da corrupção.
            Não existe modelo político perfeito em que irá surgir um salvador da pátria, político, para melhorar a situação em 100% dos seus moradores.
            Salomão compara “[...] o jovem pobre e sábio [...] (com) o rei velho e insensato, que já não se deixa admoestar”, Ec.4.13.
            Tanto um quanto o outro no poder, culminará na mesmice. É o vaivém da política que, com o passar do tempo, vai adquirindo os vícios que sempre a caracterizaram. “Um governo absolutizado se distancia do povo e está a caminho da ruína. Alguém do povo se tornará líder e chegará ao poder, renovando a vida social. Mais tarde, porém, a mesma coisa se repetirá” – Bíblia Sagrada Edição Pastoral.
            Geralmente, pensamos que escolhemos o melhor entre os políticos, mas, “ainda que aquele saia do cárcere para reinar ou nasça pobre no reino deste”, Ec.4.14, a impressão que temos é que um ensina ao outro em como ser “[...] perverso e impostor indo de mal a pior, enganando e sendo enganados”, 2Tm.3.13.
            É por este motivo que tanto Salomão, quanto “todos os viventes que andam debaixo do sol com o jovem sucessor (bajulando, querendo um lugar de destaque, um salário extra), veem que (também esse jovem) ficará em lugar do rei”, Ec.4.15 e agirá igual ou pior, principalmente, no Brasil.
            É verdade que existem homens justos, mas a política não trará nenhum projeto perfeito para os homens.
            Algo muito comum acontece em todos os países. Pode ser “[...] sem conta todo o povo que (o) rei domina (com mão de ferro – Coreia do Norte, Venezuela, Cuba ou, com benevolência – Suécia é a que mais investe em educação); tampouco os (súditos) que virão depois se hão de regozijar (alegrar com o seu governo. Sempre haverá reclamação) nele [...]”, Ec.4.16.
            A construção da nova sociedade não acontecerá neste mundo por meios políticos.
            Cada servo de Cristo precisa “buscar, pois, em primeiro lugar, o reino (de) Deus e a sua justiça [...]”, Mt.6.33, somente pelo motivo de que, o poder político, o mais justo que possa existir, continua sendo “[...] vaidade e correr atrás do vento”, Ec.4.16.
            É em vão pensar que o homem terá uma sociedade justa através do governo, visto que o fator político é extremamente necessário para a transformação da sociedade, devemos entender, contudo, que somente o evangelho de Cristo é capaz de produzir a nova sociedade, que passa pela transformação das estruturas iníquas, mas começa com a transformação do homem, tal como disse Jesus: “[...] o reino de Deus está dentro de vós”, Lc.17.21.
            Após a instalação do Reino de Deus dentro do coração humano, é possível haver mudança na vida social, então, precisamos continuar orando: “venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”, Mt.6.10.
            A partir desse estágio, a vida em sociedade será mais vida e mais sociedade.
Discussão:       A nossa igreja é solidária? Como?
            Nós, como servos de Deus, sabemos viver em comunidade? Ex. – não concordamos com a atitude de algum irmão, discutimos, voltamos às pazes ou ficamos emburrados?


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana - Estudo – Vida abundante – Didaquê – Rev. Eneziel Peixoto de Andrade.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A TECNOLOGIA TOMOU O TEMPO

A TECNOLOGIA TOMOU O TEMPO
            “[...] Ela, filme que entra em cartaz [...] a intimidade com a tecnologia torna as pessoas cada vez mais solitárias [...] um homem devastado pelo fim de seu casamento encontra consolo na companhia de um aplicativo de computador, que parece compreendê-lo como ninguém fora capaz [...] vivemos isolados em bolhas tecnológicas [...] a psicóloga americana Sherry Turkle [...] tem escutado [...] pessoas desejam uma versão mais avançada da Siri, a assistente digital do iPhone [...] será uma melhor amiga, alguém que nos escutará quando os outros não estão nos escutando [...]  (isso tem gerado) um velho conhecido humano: o medo da solidão [...]  programas como a Siri [...] fazem pouco mais do que responder a comandos diretos [...]” – Época – Edição 819 – 10/02/14 – pag 93,94 – Amor virtual, vida real – por Ivan Martins e Marcela Buscato.
            Nos tempos bíblicos ainda não existia tanta tecnologia como as deste século. A que surgiu, cerca de 2.500 a.C. fora útil para o trabalho no campo. Pelo que indica o relato Sagrado, “[...] Tubalcaim [...] (foi o primeiro) artífice de todo instrumento cortante (arado, relha, enxada, enxadões, foice, forquilha), de bronze e de ferro [...]” (Gn 4.22). Essa tecnologia não impedia dos homens se relacionarem.
            O costume daqueles homens era, “[...] levantar-se de madrugada e seguir o [...] caminho [...]” (Gn 19.2) para as suas atividades diárias. Essa atitude dos “[...] donos de casa [...] sair de madrugada (era) para assalariar trabalhadores para a sua vinha” (Mt 20.1). A jornada era dura. A contratação começava cedo, a fim de que, na primeira hora do dia, seis horas da manhã, começassem a trabalhar, até “[...] por volta da hora undécima (dezessete horas), (caso) encontrasse outros que estavam desocupados [...]” (Mt 20.6), eram chamados ao trabalho até às dezoito horas. Eram doze horas de trabalho com “[...] poucos (intervalos) [...] na choça (abrigo)” (Rt 2.7) para o lanche da manhã, o almoço e o lanche da tarde. Cheios de tarefas, ainda assim, esses homens encontravam tempo para a família.
            No deserto, quando o povo de Israel foi libertado do jugo da escravidão do Egito, muitos homens foram “[...] enchidos do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício” (Ex 31.3). A tecnologia dessa época serviu “para elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze, para lapidação de pedras de engaste, para entalho de madeira, para toda sorte de lavores”, (Ex 31.4,5). A tecnologia da época não era entrave para um bate-papo.
            É preciso que nestes dias, invadido pelos aparelhos tecnológicos, as famílias que se assentam à mesa para as refeições, deixem de lado toda arte, toda ciência, até mesmo as de instrumentos de trabalho, para se “reunir [...] (com) todos os homens do lugar (quando oferecer) e der um banquete (e com toda a sua família)” (Gn 29.22), a fim de sorrir um pouco, jogar conversar fora.
            Que Deus te dê forças para conseguir livrar-se de todo exercício extra no momento da alimentação!
Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O PRIMEIRO MILAGRE, Jo.2.1-12.

O PRIMEIRO MILAGRE
Jo.2.1-12

Introd.:           “Aos cinco anos de idade, o menino Jesus estava brincando em uma correnteza de água, depois da chuva.
            Recolhia água em pequenas poças e a tornava límpida em um instante, dominando-a só com a sua palavra.
            Formou uma pasta com o barro e modelou com ela doze passarinhos.
            Isto fora feito em dia de sábado; havia várias crianças brincando com ele e um judeu correu e contou para seu pai José.
            José dirigiu-se ao lugar e ao vê-lo, o repreendeu, dizendo: - Por que fazes, no sábado, o que não é permitido fazer?
            Jesus bateu as mãos, voltou-se para os passarinhos e disse-lhes: - Ide! Abrindo as asas, os passarinhos voaram, gorjeando.
            Ao presenciar isso, os judeus ficaram admirados e foram contar a seus chefes o que tinha visto Jesus fazer.
            Vendo aquilo, Jesus indignou-se e disse-lhe: - Malvado, ímpio, insensato! Por acaso te faziam mal as poças e a água?
            Agora ficarás seco como uma árvore e não produzirá nem folhas, nem raiz, nem frutos.
            No mesmo instante, o menino que ficara seco o tomaram e, chorando por causa de sua tenra idade, o levaram a José, a quem censuraram asperamente, pelo fato de seu filho fazer tais coisas.
            Outra vez, caminha no meio de um povoado, quando um menino, que vinha correndo, esbarrou nela pelas costas. Irritado, Jesus lhe disse: – Não continuarás teu caminho. Imediatamente o menino caiu morto.
            Algumas pessoas, que presenciaram aquilo, disseram: – Donde saiu este menino? Todas as suas palavras se transformam em realidade.
            Ressuscitou um menino, curou um lenhador, carregou água dentro de um manto. Um grão de trigo que semeou, colheu 38.000 litros de trigo. Alongou um varal de cama por ser mais curto que o outro. Todos os que o contrariava caíam mortos. Soprou a ferida de Tiago, picado por uma cobra e este foi curado.
            É como diz o próprio texto: Os fatos narrados mostram um Jesus cruel e vingativo” – Bíblia Apócrifa – São José e o menino Jesus.
Nar.:   Entre a bíblia Apócrifa e a Bíblia Sagrada, fico com esta verdadeira Palavra, pois “[...] em Caná da Galileia deu Jesus princípio a seus sinais [...]”, Jo.2.11.
            A contradição dos textos entre os livros apócrifos e a Palavra de Deus é que nos Apócrifos, Jesus começa seus milagres aos cinco anos de idade.
            Interessante notar que as Bíblias de Jerusalém, Pastoral, Pão Nosso, Ave Maria, mostra o texto idêntico ao texto bíblico.
            O texto bíblico fala que “Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento”, Jo.2.2.
            A festa de casamento se prolongava por sete dias.
            Sempre começava nas quartas-feiras, isto porque, se a moça não fosse virgem, na quinta-feira, o Sinédrio se reunia, então, era apresentada a queixa.
            O vinho era servido livremente, coisa de “[...] seis talhas (cântaro) de pedra [...] e cada uma levava duas ou três metretas (40 l. Se considerar as três, então tinha 720 l)”, Jo.2.6 no final da festa, fora “[...] o vinho (que) tinha acabado [...]”, Jo.2.3, então, cerca de 1500 l de vinho foi servido.
            “[...] A mãe de Jesus (fez uma interferência) [...] disse (à) Jesus: Eles não têm mais vinho”, Jo.2.3.
            “Mas (, gentilmente rejeitada por) Jesus lhe dizendo: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora”, Jo.2.4.
            Outro “[...] costume (era) pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior; (mas o dono da festa) [...] porém, guardou o bom vinho até (aquele momento) [...]”, Jo.2.10 em que Jesus interferiu.
            O primeiro “[...] sinal (de) Jesus (foi realizado) em Caná da Galileia [...]”, Jo.2.11.
Propos.:          O primeiro milagre bíblico joga por terra a versão Apócrifa de que Jesus iniciou os seus milagres aos cinco anos de idade.
Trans.:           No primeiro milagre de Jesus [...]
1 – Teve testemunhas oculares.
            O médico Lucas fala que os apóstolos, “[...] desde o princípio foram [...] testemunhas oculares [...]”, Lc.1.2 dos atos de Jesus Cristo.
            Sabe-se que “[...] Jesus tinha cerca de trinta anos (quando) [...] começou o seu ministério [...]”, Lc.3.23, então, é impossível Jesus ter realizado milagres desde os cinco anos.
            Além dos convidados presentes no “[...] casamento em Caná da Galileia, achava-se ali a mãe de Jesus”, Jo.2.1, “[...] também [...] os seus discípulos [...]”, Jo.2.2, os “[...] serventes [...]”, Jo.2.5, o “[...] mestre-sala (quem colocava em ordem as mesas e os leitos, arranjava os pratos de um cardápio, testava a comida e o vinho) [...]”, Jo.2.8, “[...] os noivos (e todos os seus familiares)”, Jo.2.9 e, os “[...] irmãos (de) Jesus (“[...] Tiago, José, Simão e Judas [...] (e) todas as suas irmãs [...]”, Mt.13.55,56) [...]”, Jo.2.12.
            Como esse texto é Escritura de Deus, Jesus fala que pode “passar o céu e a terra, porém as sua palavras não passarão”, Lc.21.33.
            No primeiro milagre [...]
2 – Jesus usa material preexistente.
            Segundo o texto, “três dias depois, houve um casamento [...]”, Jo.2.1, então, Jesus não era um fantasma, Ele é “[...] o Verbo (que) se fez carne e habitou entre [...]”, Jo.1.14 o povo do seu tempo.
            Jesus usou as “talhas (que) estavam ali [...] (na casa do noivo) que os judeus usavam para as purificações (lavar as mãos, pés; no sentido espiritual, tornar-se puro diante de Deus para adorá-Lo) [...]”, Jo.2.6.
            “Jesus [...] (usa a) água (fala sobre “aquele [...] que beber da água que Jesus [...] der nunca mais terá sede [...]”, Jo.4.14) [...]”, Jo.2.7.
            “Jesus [...] (usa as pessoas para fazerem coisas simples) [...] e elas [...] encheram totalmente (as talhas; sendo obedientes)”, Jo.2.7, daí, Jesus “[...] determina [...] tirar [...] e levar [...] (a água transformada em vinho, e) eles o fizeram (obedientes)”, Jo.2.8.
            Jesus usa “[...] o mestre-sala (para) provar a água transformada em vinho (Ele “[...] não queria que ninguém o soubesse”, Mc.9.30, por isso o mestre-sala) não sabia donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água) [...]”, Jo.2.9.
            Jesus usa tudo quanto Ele deseja para fazer cumprir a Sua vontade.
            Deixa Jesus usar você! 
            O primeiro milagre [...]
3 – Manifesta a glória de Cristo.
            “[...] Jesus [...] manifestou a sua glória (o que dá peso, é importante, impõe, confere estimação, como riqueza, esplendor, majestade, brilho, poder) [...]”, Jo.2.11.
            Essa glória dada a Cristo é “porque Deus [...] das trevas resplandeceu a luz [...] em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo”, 2Co.4.6.
            A glória de Cristo nos “[...] fala [...] (que devemos) fazer tudo o que Jesus nos disser”, Jo.2.5, daí, “nós seremos seus amigos, se fizermos o que Jesus nos manda”, Jo.15.14.
            O primeiro milagre [...]
Conclusão:     Fala de fé.
            Os “[...] discípulos (de) Jesus creram nele”, Jo.2.11; e você, crê?
            “Depois desse (primeiro milagre), Jesus desceu para Cafarnaum (onde realizou muitos outros) [...] e ficaram ali não muitos dias”, Jo.2.12, pois partiu para outras localidades/nossos corações para realizar outros milagres.


            Rev. Salvador P. Santana

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O EXERCÍCIO DA INFLUÊNCIA, Mt.5.13-16.

O EXERCÍCIO DA INFLUÊNCIA, Mt.5.13-16.

            Objetivo da lição: Ser diferente e fazer a diferença neste mundo.
Introd.:           O sal em seu estado puro consiste de cloreto de sódio e é encontrado em grande quantidade na natureza.
            O sal pode ser extraído da água, especialmente do mar, ou da terra.
            Enciclopédia Mirador Internacional classifica o sal em dois grupos, de acordo com o teor de pureza: 1 – Sal bruto, subdividido em marinho verde ou curado; o de minas, proveniente de lagos salgados ou mares interiores; o de jazidas de sal-gema ou salde rocha, encontrado no subsolo; o de depósitos mistos; 2 – O beneficiado, subdividido em alimentício, de mesa, de cozinha ou grosso; e de conserva.
            O sal é usado há muito tempo pelo homem.
            O primeiro relato bíblico fala sobre “[...] a mulher de Ló (que) olhou para trás e converteu-se numa estátua de sal”, Gn.19.26.
            O uso do sal é variado. Serve como tempero, na produção industrial (cloro, soda cáustica, vidro, alumínio, borracha, plástico, celulose).
            Também é usado como conservante de alimento como peixes, carnes e salames.
            Um homem adulto tem cerca de 250 gramas de sal em seu corpo.
            A dose recomendável de ingestão diária de sal para uma pessoa saudável é de 2,4g (colher de chá).
            O sal é importante na manutenção do metabolismo e equilíbrio do nosso sistema de defesa.
            O uso exagerado do sal produz hipertensão arterial, eclampsia, cálculos renais e arteriosclerose.
            Jesus já havia ensinado sobre o caráter do cristão, mostrando que cada um precisa ser “bem-aventurado [...]”, Mt.5.3.
            No texto básico, Jesus fala sobre a influência do cristão no mundo. Ela usa duas metáforas (sentido figurado por meio de comparação): sal e luz.
            A ênfase de Jesus é que um cristão verdadeiro, por meio da sua maneira de viver, influencie o mundo ou a sociedade em que vive.
            Como está o seu testemunho diante da sua família e sociedade?
Exposição
1 – O sal da terra.
            Na época em que Jesus viveu, o sal possuía um grande valor.
            Os gregos diziam que o sal era divino. Os romanos diziam: “Nada é mais útil do que o sol e o sal”.
            Por um longo tempo o sal foi considerado muito precioso para a preservação dos alimentos e foi chamado de ouro branco.
            Os gregos e romanos, utilizavam o sal como moeda para suas compras e vendas e com este condimento os romanos eram pagos, por isso surgiu a palavra salário, que deriva de sal.
            Foi considerado um artigo de luxo e só os mais ricos tinham acesso a ele.
            Naquela época o sal se associava a três qualidades:
            1.1 – O sal simboliza pureza.
            Pelo fato de ser extraído da natureza, o sal é essencialmente puro.
            Os romanos diziam que o sal era o mais puro dos alimentos porque procedia das duas coisas mais puras que existem: o sol e o mar.
            Entre os povos do oriente, o sal era usado como selo de alianças e acordos, simbolizando fidelidade e compromissos.
            No culto do Antigo Testamento, cada “[...] oferta [...] (de) manjares (era) temperada com sal [...] não (podia) deixar faltar o sal da aliança do teu Deus [...]”, Lv.2.13 com dois propósitos didáticos: compromisso com Deus e pureza.
            O cristão é comparado ao “[...] sal da terra [...]”, Mt.5.13, logo, ele deve ser um exemplo de pureza e santidade, ser “[...] limpo de coração, porque verá a Deus”, Mt.5.8.
            A fim de influenciar, cada cristão precisa se “[...] purificar de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a sua santidade no temor de Deus”, 2Co.7.1.
            Para influenciar é necessário “[...] tornar-se padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza”, 1Tm.4.12.
            Mas, para chegar a ponto de influenciar, “[...] ser [...] sal da terra [...]”, Mt.5.13 é preciso “chegar-se a Deus, e ele se chegará a (cada um de) nós outros. (Daí, vamos) purificar as mãos [...] limpar o coração”, Tg.4.8.
            O sal age secretamente, sem ser percebido.
            A influência do cristão muitas vezes não é vista, mas experimentada ou sentida.
            1.2 – O sal simboliza preservação.
            O sal impede a putrefação de alimentos.
            O cristão exerce influência positiva na sociedade, impedindo a sua deterioração moral.
            O cristão deve ser um elemento antisséptico e purificador dos homens maus.
            Certa vez “[...] disse o SENHOR: Se eu achar em Sodoma cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a cidade toda por amor deles [...] Abraão (foi um antisséptico e purificador do seu sobrinho a ponto de clamar pelos sodomitas) [...] na hipótese de faltarem cinco para cinquenta justos, destruirás por isso toda a cidade? Ele respondeu: Não a destruirei se eu achar ali quarenta e cinco [...] e se, porventura, houver ali quarenta? [...] não o farei por amor dos quarenta. Insistiu: [...] se houver, porventura, ali trinta? [...] Não o farei se eu encontrar ali trinta. [...] Se, porventura, houver ali vinte? [...] Não a destruirei por amor dos vinte. [...] Se, porventura, houver ali dez? [...] Não a destruirei por amor dos dez”, Gn.18.26-32.
            “Joás fez o que era reto perante o SENHOR [...] (porque) o sacerdote Joiada o dirigia”, 2Rs.12.2, preservando-o do pecado.
            Para evitar infecções nos recém-nascidos, “[...] esfregavam-no com sal [...]”, Ez.16.4, friccionando na carne para exercer a sua influência.
            O cristão, para influenciar, precisa sair do saleiro.
            O cristão não deve fugir ou “[...] esconder [...]”, Mt.5.14 do mundo, mas “[...] a si mesmo guardar-se incontaminado (livre de contaminação) do mundo”, Tg.1.27.
            1.3 – O sal simboliza sabor.
            O sabor é algo sobrenatural.
            Na época de Eliseu, em Jericó, havia um rio de “[...] águas [...] más [...] saiu ele ao manancial das águas e deitou sal nele; e disse: Assim diz o SENHOR: Tornei saudáveis estas águas; já não procederá daí morte nem esterilidade. Ficaram, pois, saudáveis aquelas águas [...]”, 2Rs.2.19,21,22.
            O sal foi usado como elemento de restauração do sabor ou da qualidade da água.
            “[...] o sal [...] (dá) sabor [...]”, Mt.5.13 à comida.
            O cristão é para o mundo o que o sal é para a comida.
            Não é impossível “comer sem sal [...] (então) a nossa palavra (deve) ser sempre agradável, temperada com sal, para saber como devemos responder a cada um”, Jó 6.6; Cl.4.6.
            “[...] O sal [...] (só perde) o sabor [...]”, Mt.5.13 por um processo de adulteração, contaminação ou infiltração, daí, “[...] o sal (se torna) insípido [...]”, Mt.5.13 em razão das substâncias estranhas que se agregam a ele.
            Quando “[...] o sal vier a ser insípido [...] para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens”, Mt.5.13, tal como “[...] os [...] charcos (brejo) e os seus pântanos (brejo atoleiro) não serão feitos saudáveis; serão deixados para o sal”, Ez.47.11.
            Se cada um de “nós somos o sal da terra [...] (não podemos) ser insípido (sem gosto, é dever buscar) [...] restaurar o sabor [...] (se não buscar) para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens”, Mt.5.13.
            Você está disposto a ser jogado fora ou ser aproveitado?
2 – A luz do mundo.
            Conforme William Hendriksen, a luz na Bíblia, indica:
            1 – “[...] Na luz (de) Deus, vemos a luz”, Sl.36.9 que é o verdadeiro conhecimento.
            O evangelista Mateus declara que “são os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!”, Mt.6.22,23.
            2 – Como todos nós “[...] outrora, éramos trevas, porém, agora, somos luz no Senhor; (então, precisamos) andar como filhos da luz (porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade)”, Ef.5.8,9.
            3 – O salmista fala que “a luz difunde-se para o justo, e a alegria, para os retos de coração. (É por este motivo que) o povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz”, Sl.97.11; Is.9.2.
            A palavra luz sempre é empregada em conexão com alegria, bênção e vida, em contraste com tristeza, maldição e morte.
            Jó faz o contraste ao dizer: “antes que eu vá para o lugar de que não voltarei, para a terra das trevas e da sombra da morte; terra de negridão, de profunda escuridade, terra da sombra da morte e do caos, onde a própria luz é tenebrosa”, Jó 10.21,22.
            Quando Isaías profetiza sobre a vinda do Messias, ele fala “[...] que a terra [...] aflita não continuará a obscuridade (escuridão porque Jesus nasceu) [...]”, Is.9.1.
            É por isso que o evangelista João declara que “a vida estava nele e a vida era a luz dos homens. (E que) a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela”, Jo.1.4,5.
            Sendo assim, é verdadeiro quando “[...] Jesus fala, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”, Jo.8.12.
            Mas é preciso saber que “enquanto Cristo estava no mundo, (era) [...] a luz do mundo”, Jo.9.5 e hoje, “[...] somos a luz do mundo. (Logo) não se pode esconder a cidade edificada (todo cristão) sobre um monte”, Mt.5.14.
            É como já fora falado de que “[...] outrora, éramos trevas, porém, agora, somos luz no Senhor; (devemos) andar como filhos da luz”, Ef.5.8.
            Quando andamos na luz, “[...] nos tornamos irrepreensíveis (não merece censura) e sinceros, filhos de Deus inculpáveis (inocente segundo os padrões de Deus) no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandecemos como luzeiros no mundo”, Fp.2.15.
            Mas é preciso “permanecer em Jesus, e ele permanecerá em nós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podemos dar, se não permanecermos em Jesus. (Isto é porque) Jesus é a videira, nós, os ramos. Quem permanece em Jesus, e Jesus, (em nós) [...] esse dá muito fruto; porque sem Jesus nada podemos fazer”, Jo.15.4,5.
            Jesus declara que “nós somos a luz do mundo [...]”, Mt.5.14, “[...] se o sal vier a ser insípido (sem gosto) [...] para nada mais presta (é uma função oculta) [...]”, Mt.5.13, então, “[...] a luz do mundo (que) somos. Não se pode esconder [...]”, Mt.5.14 porque ela brilha aberta e publicamente, por isso, “nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire (vaso medir cereais), mas no velador (suporte lamparina), e alumia a todos os que se encontram na casa”, Mt.5.15, e mais: “[...] não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte”, Mt.5.14.
            2.1 – A luz simboliza visibilidade.
            “[...] Luz (é a forma de energia que ilumina o) [...] mundo (por este motivo ela) não pode se esconder [...]”, Mt.5.14.
            A luz e outras radiações eletromagnéticas são emitidas por objetos energéticos ou quentes.
            No caso da terra, o maior exemplo é o sol.
            A luz é o único componente do espectro eletromagnético (que inclui as micro-ondas, os raios ultravioletas e os raios X) que pode ser detectado pelo olho humano.
            Vemos os objetos quando eles refletem a luz em direção a nossos olhos.
            Nada se movimenta tão rápido como a luz. No vácuo a luz se movimenta numa velocidade de 300.000 km por segundo.
            A missão primordial da luz é ser vista, então, “[...] não se pode esconder a cidade edificada (“[...] sobre esta pedra (Jesus, que é) edificada a igreja [...]”, Mt.16.18) sobre um monte (que dá a ideia do “[...] Senhor assentado sobre um alto e sublime trono [...]”, Is.6.1”, Mt.5.14.
            O cristão não pode se esconder “[...] depois de acender uma candeia (recebe o Espírito Santo) [...] pelo contrário, coloca-a sobre um velador, a fim de que os que entram vejam a luz”, Lc.8.16 que “somos nós a luz do mundo [...]”, Mt.5.14.
            Como servos de Cristo, “[...] nada (em nós deve) estar oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido, senão para ser revelado”, Mc.4.22.
            A nossa visibilidade é tão séria que devemos estar “[...] atentos no que ouvimos (através da Palavra de Deus, pois) [...] com a medida com que tivermos medido nos medirão também, e ainda se nos acrescentará. Pois ao que tem se lhe dará; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado”, Mc.4.24,25 – galardão, talentos??!!
            2.1 – A luz simboliza direção.
            As três grandezas físicas básicas da luz são: brilho (ou amplitude), cor (ou frequência), e polarização (ou ângulo de vibração).
            Devido a dualidade onda-partícula, a luz exibe simultaneamente propriedades quer de ondas quer de partículas.
            Por causa do brilho, a luz é utilizada para dirigir ou orientar navegações. Esta é a função da luz de um farol.
            “A nossa luz também (deve) brilhar diante dos homens [...]”, Mt.5.16.
            É o nosso dever influenciar este mundo pelo motivo de “[...] Jesus [...] ser a luz do mundo [...] (portanto) quem segue Jesus não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”, Jo.8.12.
            Quando apresentamos a direção, que é Jesus, muitos irão “[...] perguntar: Onde está [...] (Jesus) Rei dos judeus? Porque [...] viemos para adorá-lo”, Mt.2.2.
            2.1 – A luz simboliza vida.
            Toda a vida no planeta e em tudo na natureza é dependente da luz do sol. Sem o sol, não haveria nenhuma vida no planeta.
            A luz, simboliza, na Bíblia, o verdadeiro conhecimento de Deus, “pois em Deus está o manancial da vida; na luz (de) Deus, vemos a luz”, Sl.36.9.
            É por este motivo que, “são os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!”, Mt.6.22,23.
            Mas, para que possamos andar na luz e mostrar a vida que recebemos, é preciso conhecer Deus através de Jesus Cristo, porque “a vida está nele e a vida é a luz dos homens”, Jo.1.4, então, “[...] quem segue Jesus não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”, Jo.8.12.
            O exercício da influência [...]
Conclusão:      Nos fala que todos “nós somos o sal da terra (para salgar, temperar, dar sabor) [...]”, Mt.5.13 e “[...] a luz do mundo (que) não [...] pode esconder [...]”, Mt.5.14 com a finalidade de “[...] alumia a todos os que se encontram na casa (ao nosso redor)”, Mt.5.15, essa atitude serve “[...] para que vejam as nossas boas obras e glorifiquem a nosso Pai que está nos céus”, Mt.5.16.
            Se por acaso eu e você for negligente em “[...] ser o sal da terra (e “[...] a luz do mundo [...]”, Mt.5.14) [...] para nada mais prestar [...] (fique sabendo que será) lançado fora, (para) ser pisado (humilhado, ridicularizado, comparado aos demais homens que não tem Cristo) pelos homens”, Mt.5.13.
Discussão:       1 – As pessoas com quem você se relaciona reconhecem em você um cristão verdadeiro?
            2 – Qual o testemunho da igreja evangélica em Itapuí?
            3 – Qual é o seu poder de influência para os moradores de Itapuí?



            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Dieta espiritual – Z3 Editora – Rev. Arival Dias Casimiro.