sábado, 28 de março de 2015

ESCOLHAS

ESCOLHAS
            Que alivio foi para o povo de “Israel no terceiro mês [...] sair [...] da terra do Egito [...] (e ir) ao deserto do Sinai” (Ex 19.1). Ali eles estavam longe do cativeiro, das fornalhas de fogo, das palhas e dos tijolos queimados.
            Durante esses noventa dias de liberdade incondicional, definitiva, havia promessa firme, a qual o “Senhor (prometeu) descer com (Jacó) para o Egito e (o) [...] faria tornar a subir (à Terra Prometida) [...]” (Gn 46.4). Mas que pena! Se por um lado foi suave, por outro foi amargo, porque todo esse  alivio e desprendimento do cativeiro durou apenas cento e trinta dias.
            Sim, enquanto Moisés estava na presença de Deus, no Monte Sinai, para receber as tábuas da lei, “[...] o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se” (Ex 32.6).
            A princípio, analisando os verbos: assentar, comer, beber, levantar e divertir ,vê-se que são tão comuns como quaisquer outras ações. Mas, ao olhar atentamente o texto bíblico, você perceberá que essa ação do povo Judeu foi uma das  mais perversas diante do Todo-Poderoso Deus.
            Não queira você pensar que somente o fato de qualquer pessoa, seja ela protestante ou não, se assentar para comer, beber, levantar e se divertir tenha algum mal nisso, pelo contrário, Jesus deseja o bem a todos os homens, pelo que disse certa vez: “Se me pedirdes alguma coisa em meu nome (Jesus), eu o farei” (Jo 14.14).
            Preste muita atenção, a bondade de Deus é tanta que Ele não deixa, em especial os seus servos, sem o alimento diário, porque “do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento [...]” (Gn 2.9).
            Se Deus não te deixa sem o alimento, é certo que “[...] vocês, o seu gado e os seus animais de carga terão muita água para beber” (2Rs 3.17). E quanto à diversão, ninguém pode desfrutar dela? Não se engane! Deus planejou todas as coisas, até mesmo a diversão, pois assim, cada “jovem (deve) alegrar-se [...] na sua juventude, e recrear o seu coração nos dias da sua mocidade; andar pelos caminhos que satisfazem ao seu coração e agradam aos seus olhos [...]” (Ec 11.9).
            Ora, Deus é o que nutre o corpo físico e permite a alegria. Que mal então praticou o povo de Israel? Nesse caso é preciso trazer à memória os textos bíblicos. Moisés havia subido ao Monte Sinai para receber as tábuas da lei, onde “[...] a glória do SENHOR pousou sobre o monte [...]” (Ex 24.16).
            O chefe de estado, Moisés, subiu à presença santa de Deus, logo, os que ficaram, por obrigação, deviam estar pelo menos em espírito de adoração, fato que não aconteceu, pelo contrário, “[...] vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão  lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós [...]” (Ex 32.1).
            É exatamente aqui que se encontra o mal, o erro, o desvio de conduta, porque “deixaram o SENHOR, Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses das gentes que havia ao redor deles, e os adoraram, e provocaram o SENHOR à ira” (Jz 2.12).
            A desordem desse povo foi o assentar-se não para se humilhar e adorar o Senhor Deus, mas para se prostrar diante de outros deuses. Eles comeram e beberam não com o intuito de agradecer as bênçãos de Deus, mas principalmente, como forma de sacrifício aos deuses que eles fizeram para prestar-lhes culto.
            O levantar-se daquele povo não foi com a intenção de se levantar diante da maior autoridade que existe sobre a face da terra, Deus, com respeito e adoração. Não, o levantar-se do povo Judeu teve um só propósito, prostrar-se diante de um “[...] bezerro fundido [...] dizendo: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito” (Ex 32.4).
            E para completar, se divertiram diante de um metal derretido, coisa que o Senhor “[...] começando [...] de madrugada, enviou os seus servos, os profetas, para lhes dizer: Não façais esta coisa (outros deuses) abominável que aborreço” (Jr 44.4).
            Cada servo de Deus tem maturidade para escolher em quais festas deseja participar: se adora a Deus com toda dedicação, daí estará liberto do cativo, ou se serve a outros deuses que existem neste mundo. Saiba que, “[...] a vida eterna é esta: que [...] conheçam a Deus, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviou” (Jo 17.3). A quem você escolhe?
Rev. Salvador P. Santana



ANANIAS E SAFIRA - Aliados no pecado, At.5.1-11.


 
ANANIAS E SAFIRA – Aliados no pecado, At.5.1-11.

Introd.:           O homem é um ser social. Vive na dependência da coletividade.
            A necessidade de relacionamentos é essencial a ele. A interação social é uma forma de suprir suas necessidades e envolve todos os níveis dos relacionamentos: pais e filhos, marido e mulher, patrão e empregado, amigos e desconhecidos.
            Ao mesmo tempo, a individualidade é parte constituinte do homem. Cada ser humano possui suas particularidades, desejos, preferências. Embora possam ser semelhantes às de outros, distingue uma pessoa da outra.
            Dilema: Como viver adequadamente em coletividade se entre nós há diversidade?
            Como viver em sociedade e respeitar as diferenças pessoais?
            Como expressar nossas ideias, realizar nossos projetos, sem que iniciemos um conflito?
            Como alcançar o entendimento mútuo?
            É aqui que precisa entrar os acordos e alianças.
            Deus nos dotou de capacidade para alinharmos nossas vidas, propósitos e pensamentos de forma que repeitemos, aceitemos e convivamos juntos, apesar das diferenças.
            Devido o pecado, nem sempre utilizamos essa capacidade para construirmos alianças que seja agradável a Deus e que beneficie aos outros e a nós.
            A Bíblia mostra a vida de alguns tipos de relacionamentos conjugais que exemplifica essa dinâmica – Davi e Bate-Seba, Acabe e Jezabel e agora, é o caso de Ananias e Safira.
I – Contexto.
            Atos dos Apóstolos foi escrito por Lucas com o propósito de narrar o início do ministério apostólico sem a presença física de “[...] Jesus (que) foi elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos”, At.1.9.
            Fala sobre a expansão da igreja “[...] tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”, At.1.8, ordenada por Cristo Jesus.
            O escritor de Atos dá ênfase na ação poderosa do “[...] Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviou em nome (de) Jesus [...] (para) nos ensinar todas as coisas e nos fazer lembrar de tudo o que Jesus nos tem dito”, Jo.14.26.
            Lucas fala sobre a pregação de “[...] arrependimento [...] (o) batismo [...] (a) remissão dos [...] pecados [...] o dom do Espírito Santo [...] (sobre) os que [...]
aceitaram a palavra [...] (e o) acréscimo [...] de quase três mil pessoas”, At.2.38,41.
            As perseguições narradas neste livro são várias.
            Quando Pedro e João começaram a pregar o Evangelho, “[...] ao povo [...] sobrevieram os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus, ressentidos por ensinarem eles o povo e anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos; e os prenderam, recolhendo-os ao cárcere [...]”, At.4.2,3.
            Esta igreja suportou e cresceu para a glória de Cristo.
            Nessa época a igreja estava em um momento especial a ponto de todos os membros “[...] perseverarem na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”, At.2.42-47.
            Os novos convertidos eram desapegados às coisas materiais ao máximo de “[...] ninguém considerar exclusivamente seu nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum [...] pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade”, At.4.32,34,35.
            Essa ação doadora dos crentes era espontânea, sem imposição dos apóstolos e não havia barganha para ganhar algo em troca.
            É neste contexto que surge o exemplo destoante e condenável de um casal unido no pecado [...]
II – Ananias e Safira.
            O “[...] homem, chamado Ananias (nome judeu – O Senhor é amoroso), com sua mulher Safira (nome aramaico - Formosa) [...]”, At.5.1, pertenciam a igreja Primitiva.
            A Bíblia aponta este casal, não como pessoas de zelo quanto à doutrina, ou por sua disposição em servir à comunidade, mas pela disposição em mentir e se vangloriarem de suas ações, aparentemente humanitária.
            Apesar do nome de “[...] Ananias (significar – O Senhor é amoroso e) [...] sua mulher Safira (Formosa) [...]”, At.5.1, eles não honraram esse significado.
            “[...] Ananias [...] (e) Safira [...]”, At.5.1 resolveram cair no mesmo dia e no mesmo pecado – mentira e ganância.
            Ananias e Safira tiveram [...]
III – Uma cumplicidade pecaminosa.
            A cumplicidade é estender a mão a outro em suas decisões e “[...] Safira (apoiou) Ananias [...] (na) venda (de) uma propriedade”, At.5.1.
            Esse casal “[...] vendeu [...] (a) propriedade”, At.5.1 por conta própria, Ananias “[...] em acordo (concordou em suas opiniões contrárias) com sua mulher [...]”, At.5.2.
            É possível que houvesse uma discussão até que eles acertaram esse “[...] acordo [...]”, At.5.2.
            Nessa época o profeta “[...] Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que estava para vir grande fome por todo o mundo, a qual sobreveio nos dias de Cláudio (Imperador Romano – 41-54 d.C. Tibério Júlio Alexandre era o procurador da Judeia)”, At.11.28.
            A fome veio e trouxe a escassez do trigo. Ananias, “[...] em acordo com sua mulher, reteve parte do preço [...]”, At.5.2 praticando o pecado da mentira, omissão e ganância.
            Eles mentiram quando “[...] levaram o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos”, At.5.2 – Os apóstolos não fizeram essa exigência, não tinha obrigação de doar aos pobres e não era dízimo.
            O pecado da omissão se dá porque Ananias e Safira “[...] reteve parte do preço [...]”, At.5.2 com o intuito de ganância.
            O texto fala que, se “[...] assentamos (em nosso) [...] coração esse desígnio (propósito de mentir, ocultar, querer mais)? Não mentimos aos homens, mas a Deus”, At.5.4.
            É por este motivo que “cada um (deve) contribuir segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria”, 2Co.9.7.
            A oferta precisa ser entendida como uma demonstração de amor cristão para com os irmãos que vivem em extrema dificuldade.
            Ananias e Safira tinha todo direito de “conservar [...] (o que seu) seu [...] e, vendido [...] estaria em seu poder [...]”, At.5.4, não precisa repartir com ninguém, muito menos com a igreja.
            Talvez, muitos de nós agimos como Ananias e Safira; com o propósito de serem consideradas pessoas generosas – sem o ser –, arquitetamos planos mentirosos diante da sociedade e da igreja.
            Queremos ser chamados de benevolentes sem ter de abrir mão dos nossos bens.
            A verdade é que “[...] procedemos mal, (então) eis que o pecado jaz à porta [...] mas [...] (não) dominamos (então, eles e nós mentimos)”. Gn.4.7 e, Ananias e Safira puseram em ação.
            Cada um de nós tem o dever de [...]
IV – Preservar a igreja da falsa espiritualidade.
            Alguém pode achar que o fim deste casal foi rigoroso.
            “[...] Ananias caiu e expirou [...]”, At.5.5, também “[...] Safira caiu aos pés de Pedro e expirou [...]”, At.5.10.
            A questão não é a oferta em si, mas as motivações que Ananias e Safira tiveram.
            Eles colocaram o testemunho da igreja em perigo.
            É verdade que “[...] é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!”, Mt.18.7.
            Qualquer tipo de pecado pode ser danoso para a nossa espiritualidade.
            A punição de “[...] Ananias (e Safira foi pelo fato da falsa espiritualidade ser motivada por) [...] Satanás encher (os) seus corações [...] (daí, afrontaram a Deus) mentindo ao Espírito Santo (não houve fofoca, Deus revelou), reservando parte do valor do campo [...]”, At.5.3.
            Precisamos saber que qualquer “[...] mentira é [...] do diabo [...] desde o princípio (ele) [...] jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”, Jo.8.44.
            A fim de preservar a espiritualidade da igreja, após a punição, “[...] sobreveio grande temor a todos os ouvintes”, At.5.5 para não caírem no mesmo erro.
            “A mulher de Ananias (ainda suspirava manter a mentira e uma falsa espiritualidade, pois) quase três horas depois, (ela) entrou [...] não sabendo o que ocorrera”, At.5.7.
            Não é à toa que Jesus chamou os “[...] escribas e fariseus [...] (de) hipócritas, porque limpavam o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estavam cheios de rapina e intemperança (sem controle, sem moderação em suas ações)!”, Mt.23.25.
            A hipocrisia é algo que está sempre rondando a vida da igreja. Todo cuidado é pouco!
            É impossível esconder a verdade, por isso, “[...] Pedro, dirigiu-se a ela, perguntando-lhe: Dize-me, vendestes por tanto aquela terra? Ela respondeu: Sim, por tanto”, At.5.8.
            Depois do reconhecimento do seu erro, “[...] Pedro (declara que Safira) [...] entrou em acordo (concordou com as opiniões contrárias de Ananias) para tentar o Espírito do Senhor [...] (a sentença foi:) Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e eles também te levarão”, At.5.9.
            Quando confrontados com a verdade, reconhecemos o nosso pecado, daí, pode ser tarde demais para reverter a situação.
            O alerta de Jesus é que “[...] não [...] há nada encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido”, Mt.10.26.
            “[...] Sobrevêm grande temor a toda a igreja e a todos quantos ouvem a notícia destes acontecimentos”, At.5.11, daí, a espiritualidade é preservada para a glória de Deus.
            Ananias e Safira são exemplos de um péssimo acordo diante de Deus.
Conclusão:      As alianças e acordos que eu e você temos feito são para glorificar a Deus ou manchar o nome de Cristo?
            Os nossos acordos não podem chegar a ponto de “moços se levantarem [...] cobrirem o (nosso) corpo e, levarem-nos, à sepultura”, At.5.6.
            Quem compra, tem o dever de pagar; quem promete, tem a obrigação de cumprir.
            Somos discípulos de Cristo, então, não podemos “cair no mesmo instante [...] aos pés dos [...] (nossos acusadores) e expirar (de medo ou morte física por sermos agredidos. Caso eu e você formos acusados diante de Deus, pode acontecer de) [...] entrar os moços, achando-nos mortos [...] (nos) levará, sepultando-nos junto (aos demais que não cumpriram com as suas obrigações) [...]”, At.5.10.
Aplicação:       Ore antes de fazer qualquer acordo que seja, ou antes, de assinar um contrato.
            Honre o compromisso assumido em seu namoro, noivado ou casamento e que seja uma aliança que honre o nome de Cristo Jesus.



            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D – Nossa fé – CCC – Rev. José Antônio de Góes Filho.

sábado, 21 de março de 2015

FAMÍLIA, CIDADE E TRABALHO

FAMÍLIA, CIDADE E TRABALHO
            Todos os homens precisam de Deus. Devido a fartura de arrogância desse homem, ele blasfema, esquece, não busca, foge e pensa que tudo quanto acontece em sua vida é por causa do destino ou por um acidente de percurso. Desta forma o homem a cada dia que passa está enganando a si mesmo e pensa que tudo quanto ele faz é por obra de suas próprias mãos e de seu braço forte.
            É preciso que todos saibam que Deus “não faz caso da força do cavalo, nem se compraz nos músculos do guerreiro” (Sl 147.10). Deus é autossuficiente e sustentador de todas as coisas. Sendo assim, o homem precisa de Deus para edificar a sua casa.
            É exatamente isso o que diz o (Sl 127.1ª): “Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam [...]”. Faltando orientação divina o homem se perde, fica “[...] em vão (o) trabalho que (ele) edifica [...]” (Sl 127.1ª).
            Para que haja prosperidade na casa, ou melhor, na família, se faz necessário que todos os participantes aprendam a edificar a sua casa no Senhor. Uma casa sem a orientação divina é o mesmo que ficar dentro de um chiqueiro lamacento sem ter a possibilidade de sair. Todos ficam acostumados ao mau cheiro, a podridão, a desordem e ao aperto diário.
            Mas quando Deus edifica a casa, ali se encontra “a paz deixada (por) Cristo Jesus [...] (que a) dá [...] não vo-la dá como a dá o mundo [...]” (Jo 14.27). Aprenda isto: quando o arquiteto faz o projeto da casa, se pode confiar porque é bem elaborada, mas quando o próprio dono, que não entende de arquitetura, se mete a fazer o projeto, sempre faltará alguma coisa, e ainda, não terá aprovação pela prefeitura. Quando o projeto que é a família for arquitetado por Deus, o lar terá vitória e haverá consistência e permanecerá na história.
            A extensão da família se encontra também na cidade. É na cidade que a família se aloja e se multiplica. Da mesma forma o homem precisa de Deus para edificar a cidade. Quando Salomão escreveu este Salmo, o seu intuito era ver implantado nos corações o desejo de todos buscarem o melhor não somente para si próprio, mas para o conjunto inteiro, para toda a sociedade.
            Ele escreveu e ensinou para toda a nação e, posteriormente, a todo o povo de Deus que, “[...] se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela [...]” (Sl 127.1b). Nem a casa, nem a cidade podem ser edificadas sem a ajuda de Deus. Se Deus não der proteção, força e orientação para o guarda da cidade, esta não será vigiada.
            A cidade só terá prosperidade e salvaguarda se houver da parte de Deus misericórdia, e isto, depende e muito da situação espiritual de cada um. Houve um tempo e ainda pode acontecer em que Deus dirá ao seu povo, “[...] não ouvirei o seu clamor [...]” (Jr 14.12). Por quê? “[...] Porque é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade [...]” (Gn 8.21).
            Para que a cidade seja bem edificada é preciso que cada homem tenha compromisso verdadeiro com o Pai Celestial. É necessário que cada um zele e cuide bem de sua cidade, ainda que tarde demais, no aspecto de limpeza e conservação do solo. Para que esta cidade de Itapuí seja edificada e guardada por Deus é preciso começar com os servos de Deus desta igreja.
            Outra coisa de fundamental importância que Salomão escreveu foi a respeito do trabalho. Uma família e uma cidade sem trabalho com certeza, é uma lástima, para não dizer uma tragédia. Uma cidade sem trabalho se torna apenas um dormitório onde os homens vêm ao cair da tarde para descansar e logo depois, ao raiar do dia, a deixam mais um dia abandonada.
            Uma família sem trabalho é como um pedinte ao meio dia a procura do alimento diário; ficará sem o sustento. Tal homem e tal cidade precisam de Deus. Como o rei Salomão foi um dos mais habilidosos administradores de sua época, ele pode ensinar aos homens atuais que é “inútil [...] levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem” (Sl 127.2).
            Isso quer dizer que sem Deus a cidade e o homem não podem fazer absolutamente nada. Deus não estando à frente da administração do município “será Inútil levantar de madrugada [...]” (Sl 127.2). Será inútil o esforço humano, cairá por terra e não adianta em nada o homem “[...] repousar tarde [...]” (Sl 127.2) se o Senhor dos senhores não oferecer o verdadeiro descanso da noite.
            Então não somente a cidade, mas também a própria família irá padecer, sofrer amargamente e cada um passará a “[...] comer o pão que penosamente granjeastes [...]” (Sl 127.2), mas quando a família aprender a depender totalmente de Deus, terá recompensas, pois “[...] aos seus amados ele o dá enquanto dormem” (Sl 127.2), ou seja, proteção familiar, cidade abençoada e trabalho para o sustento próprio.
                                                                       Rev. Salvador P. Santana       


OS UTENSÍLIOS DE UMA CASA, 2Tm.2.20.


OS UTENSÍLIOS DE UMA CASA
2Tm.2.20

Introd.:           Se cada um de nós fizer uma limpeza dentro de casa, é possível que muitos utensílios possam ser jogados no lixo.
            Outros objetos, apesar de velho, ainda são guardados como relíquia.
            Muitos são de ouro, prata, bronze, porcelana, madeira ou barro.
Nar.:   Paulo faz uma analogia entre a nossa vida material e a vida espiritual dos crentes da igreja.
            Ele mostra para Timóteo que muitos que estão dentro da igreja são “[...] ouro (outros como) [...] prata [...] também de madeira e de barro [...]”, 2Tm.2.20. 
Propos.:          Na casa de Deus tem vários utensílios.
Trans.:           Alguns utensílios [...]
1 – Suportam o fogo.
            O texto trata a respeito das falsas doutrinas que se tem espalhado desde o Novo Testamento.
            É por este motivo que Paulo começa dizendo: “Ora, numa grande casa [...]”, 2Tm.2.20.
            Essa “[...] grande casa [...]”, 2Tm.2.20 não fala sobre uma igreja específica; são várias que existem no mundo.
            E, em meio a essa “[...] grande casa (a igreja, existem) não [...] somente utensílios (servos de Deus) de ouro (reluz, destaca, mais valioso) [...]”, 2Tm.2.20 “[...] que pode suportar o fogo [...] para que fique limpo [...]”, Nm.31.23.
            Em outra Escritura Paulo fala que temos condições “[...] (de) suportar as debilidades dos fracos (porque) [...] somos fortes [...] (e) que (a) tentação (que passamos) [...] (Deus nos dará forças para) [...] suportar”, Rm.15.1; 1Co.10.13.
            Esse “[...] utensílio de ouro [...]”, 2Tm.2.20 que somos nós, necessita ser “[...] mais [...] depurado [...]”, Sl.19.10 a fim de tirar as imperfeições.
            Dentro dessa “[...] grande casa [...] há [...] (também) utensílios [...] de prata (limpa, pura, brilhosa) [...]”, 2Tm.2.20.
            Mas é preciso saber que, quando você é “[...] utensílio de [...] prata [...]”, 2Tm.2.20 o próprio Deus te “faz passar [...] pelo fogo, e o purificará como se purifica a prata, e o prova como se prova o ouro [...] (então, eu e você) invocaremos o [...] nome (do) Senhor, e Ele (nos) [...] ouvirá [...]”, Zc.13.9.
            Também, dentro dessa “[...] grande casa [...] há [...] utensílios [...] de barro (que pode suportar o fogo para ser purificado, amassado, prensado e esperar) [...]”, 2Tm.2.20.
            É verdade que o “[...] barro faz (lembrar o) [...] amargo (da) [...] vida com dura servidão [...]”, Ex.1.14 do povo de Deus no Egito.
            Mas é bom lembrar que Deus pode, dentro dessa “[...] grande casa [...] (moldar o) barro (umidificando com água, que, através do) “[...] Espírito [...] (todo aquele que) quiser receba de graça a água da vida”, Ap.22.17) [...]”, 2Tm.2.20.
            Todos nós precisamos ser nas mãos de Deus “como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu”, Jr.18.4.
            Ainda dentro dessa casa existe aquele que [...]
2 – Não suporta o fogo.
            É um grande engano pensar que dentro dessa “[...] grande casa (igreja) [...] há somente utensílios de ouro e de prata (pessoas de bem, honestas, justas, sem maldade, sem pecado) [...]”, 2Tm.2.20.
            Eu e você somos daqueles que “[...] se extraviaram [...] (que) se fez inútil [...] não [...] faz o bem, não há nem um sequer”, Rm.3.12.
            Sabedor disso, precisamos muito mais passar pelo fogo para ser purificado.
            Ainda dentro dessa “[...] grande casa [...] há também utensílios de madeira (que não resiste ao fogo, é destruída, vira cinza e se desfaz rapidamente) [...]”, 2Tm.2.20.
            E muitos desses crentes que são “[...] utensílios de [...] madeira [...]”, 2Tm.2.20 “[...] escurecem o (seu) aspecto mais do que a fuligem; não são conhecidos nas ruas (como servos de Deus); a sua pele se lhes pegou aos ossos, seca-se como uma madeira”, Lm.4.8.
            O recado final de Paulo para mim e você é que temos apenas [...]
Conclusão:      Duas opções – honra ou desonra.
            É possível alguém dizer que essa mensagem não tem sentido, mas fique sabendo que todos nós “[...]prestaremos contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos”, 1Pe.4.5.
            Caso você optar [...] para desonrar”, 2Tm.2.20, fique sabendo que “muitos [...] ressuscitarão [...] para vergonha e horror eterno”, Dn.12.2. 
            Mas, se você faz parte da “[...] grande casa [...] (a sua opção deve ser de) [...] honrar (a Deus, dando-lhe total preferência) [...]”, 2Tm.2.20, pois aquele que “[...] serve (a) Jesus [...] o Pai o honrará”, Jo.12.26.
            Quem é você dentro dessa [...] grande casa [...] (?) [...]”, 2Tm.2.20.


            Rev. Salvador P. Santana

quinta-feira, 19 de março de 2015

ZACARIAS E ISABEL - Justos e irrepreensíveis, Lc.1.5-25.


ZACARIAS E ISABEL – Justos e irrepreensíveis, Lc.1.5-25.

Introd.:           O evangelista Lucas conta a história que aconteceu “nos dias de Herodes (o grande, 37 a.C. a 4 a.C.), rei da Judeia [...] (sobre) um sacerdote chamado Zacarias [...] (e) sua mulher [...] das filhas de Arão [...] (que) se chamava Isabel”, Lc.1.5; através dos quais, nasceria João Batista.
            A importância desse casal não é apenas pelo fato de se tornarem pais de João Batista, mas também por causa da conduta exemplar que tinham como crentes.
            Eu e você podemos imitá-los como [...]       
I – Um casal temente a Deus.
            Salomão fala que “o temor (reverência, adoração, agir cautelosamente, tomar cuidado, ter medo de fazer algo que fira) [...] (o) SENHOR [...] é o princípio do saber [...]”, Pv. 1.7.
            É por este motivo que Zacarias e Isabel são considerados [...]
            A – Justos diante de Deus.
            Quando Lucas fala que “Zacarias (e) Isabel eram justos diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Senhor”, Lc.1.6, não quer dizer que são perfeitos ou que não pecam, nem que são aceitos diante de Deus, com base em sua própria justiça ou mérito.
            A base na qual somos aceitos como justo diante de Deus está em Cristo, em sua morte expiatória.
            No Egito, quando Deus libertou o seu povo, o fez quando o povo obedeceu colocando “o sangue [...] por sinal nas casas em que estavam; quando Deus viu o sangue, passou por (cima) [...] e não houve entre eles praga destruidora, quando Deus feriu a terra do Egito”, Ex.12.13.
            Somos aceitos como justos porque “[...] Jesus tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si [...] (porque) ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades [...] (e) todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos”, Is.53.4-6.
            Foi para esse fim que “[...] o Filho do Homem [...] veio [...] para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”, Mt.20.28.
            Então, todos aqueles que são “Deus (são) justificados [...] mediante a fé [...] por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm.5.1.
            Vivendo de forma justa, os crentes, conscientes de sua indignidade e falta de mérito, convictos de que foram salvos e justificados pela fé somente, esforçam-se em se santificar e “[...] praticar obras dignas de arrependimento”, At.26.20.
            É por este motivo que “[...] somos salvos pela graça, mediante a fé; e isto não vem de nós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”, Ef.2.8,9.
            Essa salvação pode nos conduzir “para boas obras, pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus [...]”, Ef.2.10.
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            Se por um lado “[...] é Deus quem efetua em nós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”, Fp.2.13, com vistas à nossa salvação, plena, por outro, somos instados a nos esforçar a “[...] desenvolver a nossa salvação com temor e tremor”, Fp.2.12.
            Esse temor na vida dos pais de João Batista é percebido quando “[...] Zacarias exerce [...] diante de Deus o sacerdócio na ordem do seu turno [...]”, Lc.1.8 ao “[...] entrar no santuário do Senhor para queimar o incenso”, Lc.1.9.
            Dois fatos importantes aconteciam quando o sacerdote entrava no Santo dos Santos: “[...] Toda a multidão do povo permanecia da parte de fora, orando”, Lc.1.10 e, ao sacerdote “[...] lhe aparecia um anjo do Senhor, em pé, à direita do altar do incenso”, Lc.1.11 para lhe instruir.
            No encontro com Deus, “[...] Zacarias turbou-se, e apoderou-se dele o temor (reverenciando, adorando, agindo cautelosamente diante do Senhor dos céus)”, Lc.1.12.
            A intimidade de Zacarias era tão especial que “disse-lhe [...] o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, a quem darás o nome de João”, Lc.1.13.
            Todos nós precisamos dessa intimidade com Deus a ponto de temer (reverência, adoração, agir cautelosamente, tomar cuidado, ter medo de fazer algo que fira) o Seu nome glorioso.
            Nas Escrituras e na história do cristianismo, percebemos que os servos consagrados ao Senhor foram privilegiados com oportunidades de servirem a Deus recebendo tarefas importantes.
            Vemos na vida de Zacarias e Isabel um casal [...]
            B – Irrepreensível em todos os preceitos e mandamentos do Senhor.
            O texto fala que a prática da “justiça (de) Zacarias (e) Isabel [...] diante de Deus [...] (era devido a prática de) viver irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Senhor”, Lc.1.6.
            Cabe a cada servo de Deus “[...] ouvir [...] (as) palavras (de) Jesus e as praticar será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha”, Mt.7.24.
            Viver irrepreensivelmente fala de “[...] guardar os [...] mandamentos (de) Deus. (A declaração de João é de que:) Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou”, 1Jo.2.3-6.
            O teste para identificar os que amam a Cristo, está na prática dos mandamentos.
            Transgride o mandamento “[...] não matarás [...]”, Mt.5.21 não apenas aquele que assassina uma pessoa, mas também aquele que atenta contra a dignidade de alguém, “[...] que [sem motivo] se irar contra seu irmão [...] e quem proferir um insulto a seu irmão [...] e quem lhe chamar: Tolo [...]”, Mt.5.22.
            No A.T., o Senhor exortava seu povo a “[...] ouvir os estatutos e os juízos que Deus [...] ensinou, para os cumprir, para que viva [...]”, Dt.4.1.
            Ainda é válido em nossos dias “guardar [...] os [...] estatutos (de) Deus e os seus mandamentos [...] (a observância serve) para que te vá bem a ti e a teus filhos [...] e para que prolongues os dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá para todo o sempre”, Dt.4.40.
            A desobediência foi o motivo do “[...] SENHOR [...] indignar-se [...]”, Dt.1.34 contra o seu povo.
            Existem dois extremos quando se refere à prática dos mandamentos de Deus:
            1 – Evitar o antinomianismo – atitude de se negar a lei, ir contra a lei.
            Aqueles que seguem esse princípio argumenta que não precisa praticar a lei de Deus, pois Cristo nos libertou da lei.
            É verdade que “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar [...]”, Gl.3.13, merecendo por nós a salvação.
            Isto não significa que temos licença para pecar ou não praticar os mandamentos divinos.
            Jesus declara que “aquele que tem os seus mandamentos e os guarda, esse é o que o ama; e aquele que o ama será amado por seu Pai, e Jesus também o amará [...]”, Jo.14.21.
            O segundo extremo é o [...]  
            2 – Legalismo – diz respeito à atitude daqueles que acreditam que possuem capacidade de praticar a lei de Deus para alcançar por si mesmo a salvação.
            Por causa “[...] da maldição da lei [...]”, Gl.3.13, não podemos praticar a lei de Deus de forma perfeita.
            Todos nós devemos confiar em Jesus Cristo, porque “[...] pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé”, Gl.3.11.
            A lei de Deus ou seus mandamentos são importantes na vida cristã e têm pelo menos três propósitos para sua aplicação:
            1 – A lei ou mandamento funciona como um espelho.
            Então, eu e você precisamos ser “[...] praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-nos a nós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência”, Tg.1.22-24.
            A lei de Deus deve ser aplicada em nossa vida cristã, no intuito de demonstrar a nossa real condição e a distância que estamos da santidade de Deus.
            Por isso, podemos dizer como Paulo: “Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque, sem lei, está morto o pecado”, Rm.7.7,8.
            Logo, devo reconhecer que “[...] a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom”, Rm.7.12.
            A lei de Deus e seus mandamentos são importantes porque [...]
            2 – Tem o propósito de restringir o mal.
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            Se o pecador não praticar a lei e os mandamentos, “eis que Deus [...] põe diante de nós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprir os mandamentos do SENHOR, nosso Deus, que [...] nos ordena; a maldição, se não cumprir os mandamentos do SENHOR, nosso Deus [...] desviando do caminho que [...] é ordenado [...]”, Dt.11.26-28 a cada um de nós.
            O pecador temendo a punição, muitas vezes é inibido de praticar o mal.
            A lei de Deus, permite que haja na terra um mínimo de justiça, tornando a vida suportável.
            A lei e os mandamentos de Deus servem ao propósito de [...]
            3 – Revelar o que agrada a Deus.
            É através da lei que podemos saber que, “se amamos (a) Deus, guardamos os seus mandamentos”, Jo.14.15.
            Lendo as Escrituras sei que “a lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos”, Sl.19.7,8.
            A lei nos indica a vontade de Deus para a nossa vida, logo, “[...] o jovem guardará puro o seu caminho [...] observando-o segundo a [...] palavra (de) Deus”, Sl.119.9.
            Como crentes no Senhor Jesus, devemos basear a nossa vida cristã nos mandamentos do Senhor.
            O nosso sucesso se dá pela proximidade que temos dos preceitos do Senhor, daí, será “bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa. Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos. Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá”, Sl.1.1-6.
            Fique sabendo que a lei de Deus é imutável e permanece para todas as épocas.
II – Deus ouve e abençoa seus servos em suas tribulações.
            O salmista fala que “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações”, Sl.46.1.
            Vemos que Zacarias e Isabel eram tementes a Deus, irrepreensíveis, mas ainda assim [...]
            A – Os servos de Deus enfrentam as suas tribulações.
            Só pelo fato de crer em Deus, não quer dizer que não temos problemas, aflições e dificuldades.
            A dificuldade que Zacarias “e Isabel (enfrentaram foi de) não ter filhos, porque Isabel era estéril, sendo eles avançados em dias”, Lc.1.7.
            Na época, a infertilidade era considerada um sinal do desagrado de Deus.
            Isso ocorria por deduções errôneas que as pessoas faziam de textos bíblicos.
            A respeito das bênçãos Deus fala que o seu povo “será bendito (abençoado, feliz) mais do que todos os povos; não haverá entre ti nem homem, nem mulher estéril, nem entre os teus animais”, Dt.7.14.
            Esse texto está inserido no contexto da bênção e maldição proferida por Moisés, quando foi ordenado ao povo “[...] ouvir (os) [...] juízos, os guardar e cumprir [...]”, Dt.7.12.
            Outro texto que as pessoas interpretam erroneamente é o que fala que Deus “faz que a mulher estéril viva em família (respeitada) e seja alegre mãe de filhos (mas não todas). Aleluia!”, Sl.113.9.
            Sabemos que “[...] o SENHOR [...] deixou [...] Ana [...] estéril [...] (a sua rival Penina (,) a provocava excessivamente para a irritar, porquanto o SENHOR lhe havia cerrado a madre)”, 1Sm.1.5,6.
            Sofrimento semelhante enfrentou Raquel, esposa de Jacó, que era maltratada por sua irmã Lia por não poder ter filhos.
            O ensino contemporâneo é de que os servos de Deus não passam por tribulações, ou que, o que revela nossa proximidade do Senhor seja evidenciado por uma vida ‘próspera’.
            Jesus é contrário a esse tipo de pregação. Ele fala que “[...] no mundo, passamos por aflições; mas tende bom ânimo; ele venceu o mundo”, Jo.16.33.
            Até os mais dedicados servos de Deus passaram por aflições.
            Jó era “[...] um [...] homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal (mas, no entanto, Satanás sugeriu que Deus) estendesse [...] a mão, e tocasse em tudo quanto ele tinha, e veria se (Jó) não blasfemava contra Deus [...]”, Jó 1.1,11.
            Outro servo de Deus que passou por lutas e sofrimento foi o apóstolo Paulo.
            Deus permitiu a angústia “[...] para que Paulo não se ensoberbecesse (orgulhoso) com a grandeza das revelações, foi-lhe posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para esbofeteá-lo, a fim de que não se exalte”, 2Co.12.7.
            As tribulações servem ao propósito santo de Deus, para o aperfeiçoamento dos crentes, seu desenvolvimento e fortalecimento na fé.
            Pedro fala que podemos “[...] ser contristados (angustiado, entristecido) por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da nossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, não havendo visto, amamos; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultamos com alegria indizível (não se pode dizer) e cheia de glória, obtendo o fim da nossa fé: a salvação da nossa alma”, 1Pe.1.6-9.
            Outro escritor bíblico declara “[...] que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança”, Rm.5.3,4.
            O salmista declara que “antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra. (Por isso) foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos. (E, caso) não fosse a [...] lei (de) Deus ter sido o meu prazer, há muito já teria eu perecido na minha angústia”, Sl.119.67,71,92.
            O sofrimento de Jó cooperou para que, ao final, ele dissesse: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem”, Jó 42.5.
            As tribulações de Zacarias e Isabel duraram pouco tempo.
            No tempo de Deus, “passados esses dias (de tribulação), Isabel, sua mulher, concebeu e (ainda) ocultou por cinco meses, dizendo: Assim me fez o Senhor, contemplando-me, para anular o meu opróbrio (vergonha) perante os homens”, Lc.1.24,25.
            O filho que Deus deu, foi para Zacarias e Isabel “[...] prazer e alegria, e muitos se regozijaram com o seu nascimento”, Lc.1.14.
            João Batista foi “[...] grande diante do Senhor, não bebeu vinho nem bebida forte e (foi) [...] cheio do Espírito Santo, já do ventre materno”, Lc.1.15.
            Deus determinou João Batista pregar para “[...] converter muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus”, Lc.1.16.
            O Pai celeste também o capacitou para “[...] ir adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado”, Lc.1.17.
            Ainda que Isabel e Zacarias sofressem por não terem um filho no tempo que eles desejavam, foram moldados por Deus.
            Eu e você ainda estamos sendo “corrigidos porque o Senhor [...] (nos) ama e açoita a todo filho a quem recebe”, Hb.12.6.
            Por causa do temor e das tribulações, Isabel e Zacarias nos fala sobre o dever dos [...]
            B – Servos de Deus se põem em oração.
            No encontro do “[...] o anjo Gabriel (com) Zacarias (ouve-se) dizer: não temas, porque a tua oração foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, a quem darás o nome de João”, Lc.1.13.
            É natural haver dúvida em nosso coração e com “[...] Zacarias (não foi diferente depois de suas orações) [...]”, Lc.1.18.
            A sua desconfiança “[...] (foi a respeito de) [...] como saberia isto (nascimento fora de tempo)? Pois ele era velho, e sua mulher, avançada em dias”, Lc.1.18.
            É preciso saber que “[...] para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas”, Lc.1.37.
            É por esta razão da “resposta (do) anjo: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para falar-te e trazer-te estas boas-novas”, Lc.1.19.
            Mas, como houve incredulidade, “todavia, ficarás mudo e não poderás falar até ao dia em que estas coisas venham a realizar-se; porquanto não acreditaste nas minhas palavras, as quais, a seu tempo, se cumprirão”, Lc.1.20.
            Esse episódio é um exemplo de como devemos nos portar diante de Deus quando oramos – acreditar.
            É como declara o apóstolo Paulo: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”, Fp.4.6,7.
            Deus ouviu a oração de Zacarias e Isabel e, no seu tempo, concedeu o que pediam, mesmo numa ocasião em que tudo parecia desfavorável – idade avançada.
            É verdade que Deus sempre responde a nossa oração, mas muitas vezes a resposta pode ser: “[...] A minha graça te basta [...]”, 2Co.12.9; ainda assim você continua orando?
            As pessoas desejam ver em nós [...]  
Conclusão:      Exemplo de como servir a Cristo.
            Assim como “o povo (daquela época) estava esperando a Zacarias (do lado de fora) [...] admirava-se de que tanto se demorasse no santuário”, Lc.1.21, os homens de hoje esperam a mesma atitude em nós, demorar um pouco mais na presença de Deus – Boi – dê preferência a Deus.
            Desta mesma forma, “[...] saindo Zacarias, não lhes podendo falar (também nós, não conseguimos explicar as maravilhas que Deus tem feito); então, (o povo vai) entender que tivemos uma visão (lendo a Bíblia e orando) no santuário. E (pode acontecer de eu e você) se expressar por acenos e permanecer mudo”, Lc.1.22 sem saber expressar as bênçãos recebidas de Deus.
            É possível que, como Zacarias, eu e você, “[...] terminados os dias da (nossa oração) [...] voltemos para casa (com as bênçãos de Deus)”, Lc.1.23.
Aplicação:       Se no futuro um historiador fizesse referência a sua história de vida, o que seria destacado por ele?
            Você seria lembrado como crente de conduta irrepreensível, de vida piedosa, de vida compromissada com o Senhor?
            Faça uma avaliação de como está a sua vida cristã e identifique os aspectos que precisam ser abandonados e corrigidos.

                       

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D – Nossa fé – CCC – Rev. Valdemar Alves da Silva Filho.

sábado, 14 de março de 2015

RECOMEÇAR A VIDA

RECOMEÇAR A VIDA
            Ainda existe algum respingo de folia de carnaval neste mês de março em Pelotas, RGS, Rio de Janeiro, RJ, Maringá, PR e Fortaleza, CE. O saldo de mortes caiu 28% comparado ao ano de 2014, mas ainda assim, não é nada favorável.
            Deus, em sua grande misericórdia, livrou muitos foliões da bebedeira, da gravidez indesejada, dos acidentes automobilísticos, das DST’s e dos HIV’s, das perdas inesperadas, das brigas e principalmente das mortes súbitas, trágicas e violentas.
            É bem provável que muitos que frequentam igrejas evangélicas em todo território nacional tenham sido alcançados por essa graça maravilhosa, não porque eles pediram e alcançaram, mas segundo a decisão Soberana de Deus.
            Houve um momento na história sagrada em que Deus enviou uma palavra ao profeta Jeremias nestes termos: “Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor e, quando trouxerem holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei deles; antes, eu os consumirei pela espada, pela fome e pela peste” (Jr 14.12).
            Antes de morrer, “[...] Najla Charara morreu na madrugada desta quinta (12.03) após bater o carro. Pouco antes, ela falava sobre ‘Pode morrer bêbada?’, postou [...] em um grupo de whatsapp [...]” – em 13.03.15 – http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2015/03/pode-morrer-beba-postou-estudante-antes-de-acidente-em-natal.html.
            Na verdade, muitos foliões foram protegidos porque “as misericórdias do SENHOR são a causa de (eles) não serem consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.22).
            E, é por causa dessa bondade de Deus que muitos servos disfarçados em foliões pensam que, por Ele assim o permitir, continuam participando de tais orgias (farra). É certo que nenhum deles ficará impune; mais cedo ou mais tarde terão que prestar contas.
            A Palavra de Deus declara que nenhum homem será “[...] enganado [...] (pois) de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). E mais, “ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Ef 5.6).
            “Ora, (todos) conhecem a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem” (Rm 1.32). Preste bem atenção neste texto citado. Você é conhecedor da pena que é imposta a todos quantos se afastam do plano de vida eterna oferecida por Deus.
            A quem rejeita não resta outra alternativa a não ser a morte, ou seja, a miséria da alma que se origina do pecado, que começa na terra, mas continua e aumenta depois da morte do corpo, no inferno.
            Mais atenção ainda. Essa morte, cujo fim não pode ser outro a não ser a perdição eterna, se estende também àqueles que “[...] aprovam os que assim procedem” (Rm 1.32), ou seja, necessariamente não há necessidade de você ter participado dessas festanças.
            Jesus certa vez disse que a intenção no coração é considerada como tal. Ou seja: “[...] qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28).
            Se você teve apenas a intenção de pular o carnaval, de se deliciar das bebidas oferecidas, de apreciar as mulatas sambando, dar uma olhadela no site pornográfico, saiba disso: A intenção é tão perigosa quanto o ato em si. Então, qual deve ser a sua atitude? “Arrepende-te, pois, da tua maldade e roga ao Senhor; talvez te seja perdoado o intento do (seu) coração” (At 8.22).
            Agora, se você acabou caindo no laço do passarinheiro, na conversa fiada do enamorado, na lábia do traficante, no engano da donzela, na indução da prostituta; se a gravidez veio inesperadamente, se o vírus do HIV te pegou de surpresa, se já começaram a aparecer os primeiros sintomas da DST, se as dores do acidente sofridos no bar, no salão ou no automóvel ainda persistem; caso o seu casamento tenha ido por água abaixo, o seu noivado se desfez, o namorado/a te abandonou por outra/o, os seus pais te enxotaram de casa e você está no olho da amargura.
            Nesse momento é preciso muita calma, pensar no que deve ser feito com maestria para não errar novamente. O que deve ser feito? Seja prudente, não volte aos mesmos erros como “[...] o cão (que) voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada (que) voltou a revolver-se no lamaçal” (2Pe 2.22).
            Seja inteligente, busque novos horizontes, novos rumos, novos propósitos para a vida, e busque o verdadeiro caminho que te conduz à vida eterna, Jesus Cristo. Depois que você firmar esse compromisso com Jesus, diz o profeta Isaías: “Não temas, porque não serás envergonhada; não te envergonhes, porque não sofrerás humilhação; pois te esquecerás da vergonha da tua mocidade e não mais te lembrarás do opróbrio (desonra) da tua viuvez” (Is 54.4) e, também, “[...] porque Ele (Deus) tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13.5).
            Recomece a sua vida ainda que ela esteja toda arrebentada, machucada, destruída, desprezada, porque assim “[...] diz o SENHOR; ainda que os seus pecados sejam como a escarlata (manchado de vermelho), eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim (manchado de vermelho escuro), se tornarão como a lã” (Is 1.18). 
            Rev. Salvador P. Santana