ESCOLHAS
Que alivio foi para o povo de
“Israel no terceiro mês [...] sair [...] da terra do Egito [...] (e ir) ao
deserto do Sinai” (Ex 19.1). Ali eles estavam longe do cativeiro, das fornalhas
de fogo, das palhas e dos tijolos queimados.
Durante esses noventa dias de
liberdade incondicional, definitiva, havia promessa firme, a qual o “Senhor
(prometeu) descer com (Jacó) para o Egito e (o) [...] faria tornar a subir (à
Terra Prometida) [...]” (Gn 46.4). Mas que pena! Se por um lado foi suave, por
outro foi amargo, porque todo esse alivio e desprendimento do cativeiro
durou apenas cento e trinta dias.
Sim, enquanto Moisés estava na presença de Deus, no
Monte Sinai, para receber as tábuas da lei, “[...] o povo assentou-se para
comer e beber e levantou-se para divertir-se” (Ex 32.6).
A princípio, analisando os verbos:
assentar, comer, beber, levantar e divertir ,vê-se que são tão comuns como
quaisquer outras ações. Mas, ao olhar atentamente o texto bíblico, você perceberá
que essa ação do povo Judeu foi uma das mais perversas diante do
Todo-Poderoso Deus.
Não queira você pensar que somente o fato de qualquer
pessoa, seja ela protestante ou não, se assentar para comer, beber, levantar e
se divertir tenha algum mal nisso, pelo contrário, Jesus deseja o bem a todos
os homens, pelo que disse certa vez: “Se me pedirdes alguma coisa em meu nome
(Jesus), eu o farei” (Jo 14.14).
Preste muita atenção, a bondade de Deus é tanta que
Ele não deixa, em especial os seus servos, sem o alimento diário, porque “do
solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas
para alimento [...]” (Gn 2.9).
Se Deus não te deixa sem o alimento,
é certo que “[...] vocês, o seu gado e os seus animais de carga terão muita
água para beber” (2Rs 3.17). E quanto à diversão, ninguém pode desfrutar dela?
Não se engane! Deus planejou todas as coisas, até mesmo a diversão, pois assim,
cada “jovem (deve) alegrar-se [...] na sua juventude, e recrear o seu coração
nos dias da sua mocidade; andar pelos caminhos que satisfazem ao seu coração e
agradam aos seus olhos [...]” (Ec 11.9).
Ora, Deus é o que nutre o corpo
físico e permite a alegria. Que mal então praticou o povo de Israel? Nesse caso
é preciso trazer à memória os textos bíblicos. Moisés havia subido ao Monte
Sinai para receber as tábuas da lei, onde “[...] a glória do SENHOR pousou
sobre o monte [...]” (Ex 24.16).
O chefe de estado, Moisés, subiu à
presença santa de Deus, logo, os que ficaram, por obrigação, deviam estar pelo
menos em espírito de adoração, fato que não aconteceu, pelo contrário, “[...]
vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão
lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós [...]” (Ex
32.1).
É exatamente aqui que se encontra o mal, o erro, o
desvio de conduta, porque “deixaram o SENHOR, Deus de seus pais, que os tirara
da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses das gentes
que havia ao redor deles, e os adoraram, e provocaram o SENHOR à ira” (Jz
2.12).
A desordem desse povo foi o assentar-se não para se
humilhar e adorar o Senhor Deus, mas para se prostrar diante de outros deuses.
Eles comeram e beberam não com o intuito de agradecer as bênçãos de Deus, mas
principalmente, como forma de sacrifício aos deuses que eles fizeram para
prestar-lhes culto.
O levantar-se daquele povo não foi
com a intenção de se levantar diante da maior autoridade que existe sobre a
face da terra, Deus, com respeito e adoração. Não, o levantar-se do povo Judeu
teve um só propósito, prostrar-se diante de um “[...] bezerro fundido [...]
dizendo: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito”
(Ex 32.4).
E para completar, se divertiram diante de um metal
derretido, coisa que o Senhor “[...] começando [...] de madrugada, enviou os
seus servos, os profetas, para lhes dizer: Não façais esta coisa (outros
deuses) abominável que aborreço” (Jr 44.4).
Cada servo de Deus tem maturidade
para escolher em quais festas deseja participar: se adora a Deus com toda
dedicação, daí estará liberto do cativo, ou se serve a outros deuses que
existem neste mundo. Saiba que, “[...] a vida eterna é esta: que [...] conheçam
a Deus, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviou” (Jo 17.3). A
quem você escolhe?
Rev. Salvador P.
Santana
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