sábado, 28 de março de 2015

ESCOLHAS

ESCOLHAS
            Que alivio foi para o povo de “Israel no terceiro mês [...] sair [...] da terra do Egito [...] (e ir) ao deserto do Sinai” (Ex 19.1). Ali eles estavam longe do cativeiro, das fornalhas de fogo, das palhas e dos tijolos queimados.
            Durante esses noventa dias de liberdade incondicional, definitiva, havia promessa firme, a qual o “Senhor (prometeu) descer com (Jacó) para o Egito e (o) [...] faria tornar a subir (à Terra Prometida) [...]” (Gn 46.4). Mas que pena! Se por um lado foi suave, por outro foi amargo, porque todo esse  alivio e desprendimento do cativeiro durou apenas cento e trinta dias.
            Sim, enquanto Moisés estava na presença de Deus, no Monte Sinai, para receber as tábuas da lei, “[...] o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se” (Ex 32.6).
            A princípio, analisando os verbos: assentar, comer, beber, levantar e divertir ,vê-se que são tão comuns como quaisquer outras ações. Mas, ao olhar atentamente o texto bíblico, você perceberá que essa ação do povo Judeu foi uma das  mais perversas diante do Todo-Poderoso Deus.
            Não queira você pensar que somente o fato de qualquer pessoa, seja ela protestante ou não, se assentar para comer, beber, levantar e se divertir tenha algum mal nisso, pelo contrário, Jesus deseja o bem a todos os homens, pelo que disse certa vez: “Se me pedirdes alguma coisa em meu nome (Jesus), eu o farei” (Jo 14.14).
            Preste muita atenção, a bondade de Deus é tanta que Ele não deixa, em especial os seus servos, sem o alimento diário, porque “do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento [...]” (Gn 2.9).
            Se Deus não te deixa sem o alimento, é certo que “[...] vocês, o seu gado e os seus animais de carga terão muita água para beber” (2Rs 3.17). E quanto à diversão, ninguém pode desfrutar dela? Não se engane! Deus planejou todas as coisas, até mesmo a diversão, pois assim, cada “jovem (deve) alegrar-se [...] na sua juventude, e recrear o seu coração nos dias da sua mocidade; andar pelos caminhos que satisfazem ao seu coração e agradam aos seus olhos [...]” (Ec 11.9).
            Ora, Deus é o que nutre o corpo físico e permite a alegria. Que mal então praticou o povo de Israel? Nesse caso é preciso trazer à memória os textos bíblicos. Moisés havia subido ao Monte Sinai para receber as tábuas da lei, onde “[...] a glória do SENHOR pousou sobre o monte [...]” (Ex 24.16).
            O chefe de estado, Moisés, subiu à presença santa de Deus, logo, os que ficaram, por obrigação, deviam estar pelo menos em espírito de adoração, fato que não aconteceu, pelo contrário, “[...] vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão  lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós [...]” (Ex 32.1).
            É exatamente aqui que se encontra o mal, o erro, o desvio de conduta, porque “deixaram o SENHOR, Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses das gentes que havia ao redor deles, e os adoraram, e provocaram o SENHOR à ira” (Jz 2.12).
            A desordem desse povo foi o assentar-se não para se humilhar e adorar o Senhor Deus, mas para se prostrar diante de outros deuses. Eles comeram e beberam não com o intuito de agradecer as bênçãos de Deus, mas principalmente, como forma de sacrifício aos deuses que eles fizeram para prestar-lhes culto.
            O levantar-se daquele povo não foi com a intenção de se levantar diante da maior autoridade que existe sobre a face da terra, Deus, com respeito e adoração. Não, o levantar-se do povo Judeu teve um só propósito, prostrar-se diante de um “[...] bezerro fundido [...] dizendo: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito” (Ex 32.4).
            E para completar, se divertiram diante de um metal derretido, coisa que o Senhor “[...] começando [...] de madrugada, enviou os seus servos, os profetas, para lhes dizer: Não façais esta coisa (outros deuses) abominável que aborreço” (Jr 44.4).
            Cada servo de Deus tem maturidade para escolher em quais festas deseja participar: se adora a Deus com toda dedicação, daí estará liberto do cativo, ou se serve a outros deuses que existem neste mundo. Saiba que, “[...] a vida eterna é esta: que [...] conheçam a Deus, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviou” (Jo 17.3). A quem você escolhe?
Rev. Salvador P. Santana



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