sexta-feira, 26 de outubro de 2012

REFORMA PROTESTANTE

REFORMA PROTESTANTE


Se a história de todos os homens pré-reformados e dos que lideraram a Reforma Protestante no século XVI fosse contada, poder-se ia dizer tal como João que, “[...] se todas elas fossem relatadas uma por uma [...] nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos” (Jo 21.25). É verdade que esse texto se refere a “[...] muitas outras coisas que Jesus fez [...]” durante o seu ministério terreno.

Os séculos precedentes à Reforma foram marcados pela queda do caráter do clero, a riqueza da igreja era usufruída por este, havia excessos de autoridade, egoísmo, embriaguês, glutonaria, impureza sexual, monges e freiras eram objeto de escárnio público, e o ensino bíblico era adulterado, até que Deus começou a levantar movimentos de protestos dentro da igreja.

Como é o próprio “[...] Deus [...] que dá o crescimento” (1Co 3.7) para a sua igreja, foi Ele mesmo que despertou os Cataristas, Valdenses, os chamados irmãos que “apreciavam a leitura da Bíblia” que se levantaram contra toda desordem dentro da igreja. Mas, infelizmente, “a igreja, porém, nada aprendeu com essa generalizada onda de protestos. Sua única resposta foi a inquisição” – História da igreja cristã, pag 145,146.

Todos esses acontecimentos estavam e estão nas mãos do “[...] grande criador de todas as coisas, para o louvor da glória da sua sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia, (o qual) sustenta, dirige, dispõe e governa todas as suas criaturas, todas as ações e todas as coisas, desde a maior até a menor” – A confissão de Fé de Westminster. Isso acontecera para levantar João Wycliff, João Huss, Martinho Lutero, João Calvino e outros para Reformar a igreja decaída.

O dia 31 de outubro de 1.517 é marcante para toda igreja Reformada. Parece que o povo presbiteriano, em toda parte, tomou por empréstimo esta data, visto que é considerado João Calvino, convertido ao protestantismo em 1.533, o sistematizador da doutrina protestante que fora utilizada naquela época e até os dias atuais. Naquele dia 31, às vésperas do dia de todos os santos, Lutero afixou à porta da igreja de Wittenberg, Alemanha, as 95 teses que tratavam do caso das indulgências (quem as comprava supunha livrar-se do castigo do purgatório).

O evangelho só está atuante nestes dias devido “[...] a boa mão de Deus [...] (ter operado sobre a vida de todos os) homens sábios [...]” (Ed 8.18) nos dias passados e no presente para que outros “[...] conheçam (o Pai como) [...] o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem (o Pai) enviou [...] (para que muitos homens tenham) a vida eterna [...]” (Jo 17.3).

Aqueles homens revolucionaram o mundo do século XVI. Que bom seria se todos aqueles que dizem servir a Cristo nestes dias pudessem, também, revoltar esta nação para dedicar-se a Jesus e que esta nação levasse para outros povos o poder que “[...] liberta do pecado [...] (para) transformar (homens pecadores) em servos de Deus [...] para a santificação e, por fim, a vida eterna” (Rm 6.22).

Esta data do dia da Reforma Protestante precisa ser lembrada até que Jesus Cristo que foi “[...] tomar posse de um reino [...] volte” (Lc 19.12) para resgatar o seu povo.

Rev. Salvador P. Santana

sábado, 13 de outubro de 2012

AS TRÊS VIRTUDES E A BÍBLIA

AS TRÊS VIRTUDES E A BÍBLIA


Confissão, choro e prostração são virtudes praticamente esquecidas nesses dias. A primeira, a confissão, fala do reconhecimento da falta cometida. A segunda, choro, é um tipo de tristeza causada pela primeira virtude e a terceira, prostração, é o dever que o servo de Deus tem em relação Àquele que foi ofendido, o próprio Deus.

Essas virtudes muitas vezes se tornam difíceis de ser praticadas devido à vergonha do que aconteceu. Outras vezes é por causa do orgulho impregnado no coração, portanto, não sabe, não quer e não deseja se humilhar diante dAquele que foi ofendido, Deus.

O livro de Esdras registra a história dos Israelitas que contraíram núpcias com mulheres estrangeiras. Isso foi um laço de perdição para eles, pois o intento do inimigo era que o povo se afastasse dos caminhos de Deus.

Ao perceber o afastamento do povo da presença de Deus, o sacerdote Esdras toma a atitude “[...] orar e fazer a confissão, chorando prostrado diante da Casa de Deus, (daí) ajuntou-se a ele de Israel mui grande congregação de homens, de mulheres e de crianças; pois o povo chorava com grande choro” (Ed 10.1).

Nessa tríade virtude pode-se observar a influência causada em “[...] mui grande congregação de homens, de mulheres e de crianças [...]”. Essa mesma atitude pode ser tomada em dias atuais, pois a confissão ladeada com choro e contrição não é uma obrigação somente dos homens dos tempos Bíblicos. Essa tríade virtude ainda vale para esses dias.

A partir do momento em que pastores, presbíteros, diáconos e demais membros tomarem essa posição de confessar, chorar e prostrar-se, é possível que outros tantos homens, mulheres e crianças façam o mesmo. Basta haver um início.

Quando se fala de confissão, vem à mente aquela ideia de que os pecados mais escandalosos não são praticados, portanto, não há necessidade de confissão. Engano, a Bíblia declara enfaticamente que “se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”, 1Jo.1.8, logo, é preciso confessar.

Mais perigoso ainda é com respeito ao choro. Dizem, e não é verdade, que homem não chora. A Bíblia declara que “[...] ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5). Ora, Davi enfrentava os mesmos problemas que os homens enfrentam em dias atuais, logo, todos os homens são iguais, e principalmente quando se fala a respeito daquele choro de tristeza devido ao pecado cometido, e neste caso o homem deve chorar, prantear, derramar lágrimas com todo o seu coração.

E o dever de se prostrar? Pensando bem, será que todos os servos do Senhor têm se prostrado diante dEle? Por culpa da coluna fora de lugar, do joelho ferido, da obesidade demasiada, do filho de colo e da falta de reverência, muita gente não tem se prostrado diante do Mestre Jesus Cristo. É bom lembrar que essa atitude de se prostrar também se encontra nas Sagradas Escrituras, portanto, seja humilde diante de Deus.

Amados, aceitem o conselho bíblico da confissão, choro e prostração. A confissão de pecado se faz necessária para o convívio com Deus. É muito bom chorar de tristeza devido aos pecados cometidos e tudo isso deve ser feito prostrando-se fisicamente e, se caso estiver impossibilitado, faço-o de coração “[...] diante daquele que se encontra sentado no trono [...]” (Ap 4.10), Jesus, o Filho de Deus.

Rev. Salvador P. Santana

domingo, 7 de outubro de 2012

ELEIÇÕES; NÃO DEPENDE DE QUEM QUER

ELEIÇÕES; NÃO DEPENDE DE QUEM QUER


Longo período de campanha para as eleições municipais, até parece que não havia fim nas mostras de falcatruas, intrigas, acusações com o intuito de derrotar, nem que fosse à queda de braço, o adversário. Pode-se e deve dar graças à Deus porque toda essa ordem baixada pelo governo federal, em especial pelo TSE, acabou e, pelo que tudo indica, sem nenhuma ocorrência grave por parte de qualquer político itapuiense. Ufa! Ainda bem que terminaram os comícios, as pesquisas, as promessas impossíveis, as passeatas, as carreatas, os autofalantes estridentes nos ouvidos. Mas, ainda não terminaram as panfletagens e isso deve durar até às 17h00 ou mais neste domingo; sem contar com toda sujeira que ficará na rua. É possível que nesta noite e amanhã pela manhã o vencedor faça ainda um pouco mais de barulho para comemorar a sua vitória.

É bom saber que acabaram as cestas básicas, os botijões de gás, as contas de água, luz e telefone pagos (não se tem nenhum conhecimento dessa atitude mesquinha por parte de qualquer político) mesmo porque, tudo isso indica compra de voto fácil para ganhar as eleições municipais. Epa! Neste aspecto, faltando pagamento de coisas básicas para a sobrevivência do povo, não é bom. Isso não quer dizer que é preciso defender a compra de voto, mas que, devido a falta de emprego neste país, coisa que todos os políticos deviam se preocupar, é sempre bem vindo um dinheiro extra. Ao olhar para o povo brasileiro que vive a depender de um salário de R$ 622,00 ou nada, é grande vantagem encontrar pessoas que se disponham a pagar algumas contas pendentes na porta da geladeira. Quem não gostaria de receber tal oferta na porta de casa?

Enquanto perdurou a campanha política deste ano, foi possível ver na face de moradores desta cidade um pequeno sorriso por saber que ele e sua família teriam pelos menos R$ 40,00 a R$ 50,00 ganhos na panfletagem por dia para levar um pouco de alimento para a sua casa. Que pena! Essa falta de emprego tanto usada pelos candidatos para angariar votos, é possível continuar piorando a cada dia que passa, caso Deus não tenha misericórdia desse povo tão sofrido. Ore nesse sentido!

Neste domingo todo o povo brasileiro, em especial o povo de Itapuí, está ansioso por saber quem irá vencer as eleições municipais. Todos aguardam, em especial cada partido político, a resposta do TRE de quem irá governar pelos longos quatro anos a cidade. Pode ser uma bênção ou uma perdição para este município. Essa decisão em parte depende de cada eleitor.

Nessas eleições haverá apenas um ganhador para ocupar o cargo de prefeito da cidade e nove ganhadores para sentar-se numa das cadeiras da Câmara de Vereadores. Estes, nas suas atribuições, irão fiscalizar o poder executivo. Ao soar nos ouvidos ou ver no telão do cartório eleitoral os resultados, haverá muito choro, muita gritaria, muitos fogos de artifícios, muita decepção, muito dinheiro jogado fora e muitos planos mudados de última hora para enfrentar as dificuldades que irão surgir nos próximos quatro anos. Os perdedores decepcionados irão tentar caçar a todo custo os culpados pela sua derrota e irão cortar amizade de longa data com os parentes, os vizinhos e os colegas de trabalho por julgar que este ou aquele não votou nele. Esses tais irão deixar de frequentar clubes, igrejas, salões sociais, residências e praças públicas por culpa da totalidade de votos não alcançados para se elegerem a Câmara ou à Prefeitura.

Ganhadores e perdedores não devem de modo algum se vangloriar de ter ou não obtido vitória, mesmo porque, “[...] a vitória vem do SENHOR” (Pv 21.31) e, “[...] nenhuma autoridade (você) terá [...] se de cima não te for dada [...]” (Jo 19.11). Tanto um como o outro jamais deve usar do trono com tirania pensando que, por ele ter sido eleito, poderá fazer o que bem entende com essa população tão sofrida, porque somente “Deus é o juiz; a um abate, a outro exalta” (Sl 75.7) e, quando Deus quiser, Ele o tirará do seu trono, eis a razão principal de que a decisão do pleito depende em parte deste povo e no todo, “[...] não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9.16).

Senhor Deus abençoa as eleições desta cidade!

Rev. Salvador P. Santana