domingo, 7 de outubro de 2012

ELEIÇÕES; NÃO DEPENDE DE QUEM QUER

ELEIÇÕES; NÃO DEPENDE DE QUEM QUER


Longo período de campanha para as eleições municipais, até parece que não havia fim nas mostras de falcatruas, intrigas, acusações com o intuito de derrotar, nem que fosse à queda de braço, o adversário. Pode-se e deve dar graças à Deus porque toda essa ordem baixada pelo governo federal, em especial pelo TSE, acabou e, pelo que tudo indica, sem nenhuma ocorrência grave por parte de qualquer político itapuiense. Ufa! Ainda bem que terminaram os comícios, as pesquisas, as promessas impossíveis, as passeatas, as carreatas, os autofalantes estridentes nos ouvidos. Mas, ainda não terminaram as panfletagens e isso deve durar até às 17h00 ou mais neste domingo; sem contar com toda sujeira que ficará na rua. É possível que nesta noite e amanhã pela manhã o vencedor faça ainda um pouco mais de barulho para comemorar a sua vitória.

É bom saber que acabaram as cestas básicas, os botijões de gás, as contas de água, luz e telefone pagos (não se tem nenhum conhecimento dessa atitude mesquinha por parte de qualquer político) mesmo porque, tudo isso indica compra de voto fácil para ganhar as eleições municipais. Epa! Neste aspecto, faltando pagamento de coisas básicas para a sobrevivência do povo, não é bom. Isso não quer dizer que é preciso defender a compra de voto, mas que, devido a falta de emprego neste país, coisa que todos os políticos deviam se preocupar, é sempre bem vindo um dinheiro extra. Ao olhar para o povo brasileiro que vive a depender de um salário de R$ 622,00 ou nada, é grande vantagem encontrar pessoas que se disponham a pagar algumas contas pendentes na porta da geladeira. Quem não gostaria de receber tal oferta na porta de casa?

Enquanto perdurou a campanha política deste ano, foi possível ver na face de moradores desta cidade um pequeno sorriso por saber que ele e sua família teriam pelos menos R$ 40,00 a R$ 50,00 ganhos na panfletagem por dia para levar um pouco de alimento para a sua casa. Que pena! Essa falta de emprego tanto usada pelos candidatos para angariar votos, é possível continuar piorando a cada dia que passa, caso Deus não tenha misericórdia desse povo tão sofrido. Ore nesse sentido!

Neste domingo todo o povo brasileiro, em especial o povo de Itapuí, está ansioso por saber quem irá vencer as eleições municipais. Todos aguardam, em especial cada partido político, a resposta do TRE de quem irá governar pelos longos quatro anos a cidade. Pode ser uma bênção ou uma perdição para este município. Essa decisão em parte depende de cada eleitor.

Nessas eleições haverá apenas um ganhador para ocupar o cargo de prefeito da cidade e nove ganhadores para sentar-se numa das cadeiras da Câmara de Vereadores. Estes, nas suas atribuições, irão fiscalizar o poder executivo. Ao soar nos ouvidos ou ver no telão do cartório eleitoral os resultados, haverá muito choro, muita gritaria, muitos fogos de artifícios, muita decepção, muito dinheiro jogado fora e muitos planos mudados de última hora para enfrentar as dificuldades que irão surgir nos próximos quatro anos. Os perdedores decepcionados irão tentar caçar a todo custo os culpados pela sua derrota e irão cortar amizade de longa data com os parentes, os vizinhos e os colegas de trabalho por julgar que este ou aquele não votou nele. Esses tais irão deixar de frequentar clubes, igrejas, salões sociais, residências e praças públicas por culpa da totalidade de votos não alcançados para se elegerem a Câmara ou à Prefeitura.

Ganhadores e perdedores não devem de modo algum se vangloriar de ter ou não obtido vitória, mesmo porque, “[...] a vitória vem do SENHOR” (Pv 21.31) e, “[...] nenhuma autoridade (você) terá [...] se de cima não te for dada [...]” (Jo 19.11). Tanto um como o outro jamais deve usar do trono com tirania pensando que, por ele ter sido eleito, poderá fazer o que bem entende com essa população tão sofrida, porque somente “Deus é o juiz; a um abate, a outro exalta” (Sl 75.7) e, quando Deus quiser, Ele o tirará do seu trono, eis a razão principal de que a decisão do pleito depende em parte deste povo e no todo, “[...] não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9.16).

Senhor Deus abençoa as eleições desta cidade!

Rev. Salvador P. Santana

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