quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

MUITO OU POUCO RECURSO.


MUITO OU POUCO RECURSO
            A pobreza é muito relativa. Alguns são “[...] pobres, mas enriquecem a muitos; (outros) nada tem, mas possuem tudo” (2Co 6.10).
            Humanamente falando é muito estranho pensar desta forma porque mais de 13,5 milhões de brasileiros não “[...] possuem recursos deste mundo, e [...] (a todo instante) padecem necessidade [...]” (1Jo 3.17).
            Muitos destes, além de não terem o que comer e vestir, são privados do teto, do saneamento básico, do trabalho, da assistência médica, do direito à educação, ao lazer e até mesmo do descanso.
            O restante da população, cerca de 10% dos mais ricos no Brasil ganham cerca de 17,5 vezes mais que 40% da população mais pobre. Eles detém toda a riqueza, é possível até que eles costumem “[...] dizer: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, (mas é preciso) [...] saber que (segundo o conceito de Deus, esse homem) [...] é infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Ap 3.17).
            O filho de Deus não tem necessidade de possuir bens materiais deste mundo para ser considerado rico. A bem da verdade, tudo quanto o homem possui não é dele, pois todas as coisas “[...] que agora existem e a terra [...] têm sido entesourados para fogo [...]” (2Pe 3.7) e ninguém poderá levar nada daquilo que tenha conseguido ajuntar.
            O próprio Jesus aconselha a “não acumular [...] tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam” (Mt 6.19). Não queira pensar que, a partir deste momento, você deva mudar-se para uma choupana, voltar a usar o fogão a lenha, trocar a rede elétrica por lamparina, os vestidos de seda por saco de algodão, o carro completo por uma charrete, a cidade pela roça, não.
            Deus não deseja que seus filhos retrocedam ao lugar de pobreza de onde vieram. Caso “[...] a sua riqueza (tenha) prosperado, não ponha nela o coração” (Sl 62.10), pois em muitos casos, aqueles “[...] que querem ficar ricos caem em tentação e ciladas, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição” (1Tm 6.9). Ou seja, se a riqueza atrapalha a sua comunhão com Deus; abandone-a para que “[...] o Deus da esperança te encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejas rico de esperança no poder do Espírito Santo” (Rm 15.13).
            Ao falar sobre esperança, Paulo aponta para a “[...] pátria (que) está nos céus, de onde também (os servos de Deus podem) aguardar o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20). É por este motivo que o Deus de todo poder quer o bem para os seus. Isto é mostrado quando o “[...] Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de (todo o seu povo) [...] para que, pela sua pobreza, (muitos se) [...] tornassem ricos” (2Co 8.9) espirituais.
            Veja bem, ainda que o seu recurso financeiro neste mundo seja pouco, contudo, “[...] a riqueza da glória (do Pai Celeste) [...] concede que (cada um) seja fortalecido com poder [...]” (Ef 3.16) para suportar as adversidades da vida.
            A partir de então, cada um terá a ousadia de dizer como Paulo: “tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13) para “[...] aprender a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.11). Logo, a riqueza ou pobreza não tem poder de trazer felicidade a qualquer homem deste mundo,  
            Ter muito ou pouco recurso deste mundo não tem muita importância “porque para [...] Deus não há acepção de pessoas” (Rm 2.11), principalmente para aquele que busca servir a Deus com fidelidade, mesmo porque, o que tem mais valor é a “[...] escolha (que) Deus (faz dentre todos aqueles que estão no) [...] mundo [...] (o) pobre (não necessariamente de bens, mas de espírito), para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam [...]” (Tg 2.5).
            Eis o motivo de Jesus insistir com os seus servos para “[...] ajuntar [...] tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam” (Mt 6.20), aí sim, estes serão riquíssimos.
Rev. Salvador P. Santana

sábado, 25 de janeiro de 2020

Gn.27.1-17 - FILHO ENGANA SOB PROTEÇÃO.

FILHO ENGANA SOB PROTEÇÃO
Gn.27.1-17

Introd.:           Geralmente as pessoas têm um comparsa para ludibriar outros.
            Eva tentou enganar Deus com o apoio de Adão.
            [...] Ananias, com sua mulher Safira [...] em acordo [...] reteve parte do preço (da) propriedade vendida [...] e, [...] o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos”, At.5.1, 2, tentando driblar o conhecimento de Deus.
            Toda invencionice humana é descoberta por Deus.            
Nar.:    Isaque favorece Esaú, Rebeca a Jacó.               
Propos.:           Sempre haverá um que busca e sabe enganar.                      
Trans.:             Filho engana sob proteção [...]              
1 – Após a velhice do pai.
            O gerúndio “tendo [...]”, Gn.27.1 aponta para os anos em curso do progenitor do filho enganador.
            Tendo-se envelhecido Isaque [...]”, Gn.27.1, com mais de 100 anos, é possível eu e você cair em contos de filhos que desejam enganar – bens, empréstimos, herança.
            Tendo-se envelhecido Isaque [...]”, Gn.27.1 foi o momento certo para o filho Jacó com a esposa Rebeca entrar em ação para o ludíbrio.
            O “ter envelhecido [...]”, Gn.27.1 em nossos dias é o momento certo para abandonar, levar para o hospital e não buscar, entregar para o asilo.
            [...] E [...] Isaque [...] já não podendo ver [...]”, Gn.27.1, o verbo no gerúndio mostra a sua degeneração.
            Acontece com “[...] os olhos (meu e seu) porque se [...] enfraquecem [...]”, Gn.27.1 devido o pecado natural, e mais cedo ou mais tarde iremos padecer, morrer.
            Aqui vemos a soberania de Deus decretando o que acontece com a humanidade quando “[...] envelhece Isaque [...] não pode ver [...] (e) os olhos se lhe enfraquecem (é nesse momento que) [...] Isaque chama a Esaú [...]”, Gn.27.1 para Deus concretizar o plano da aliança e eterno.
            Deus decretou que o “[...] seu filho mais velho, Esaú [...]”, Gn.27.1 fizesse parte do plano – não houve maldade, mas o cumprimento da vontade soberana de Deus.
            [...] Isaque [...] disse (à) Esaú: Meu filho! [...]”, Gn.27.1, eu e você a respeito de algum assunto que Deus tenha determinado acontecer em nossas vidas.
            Para os propósitos de Deus, ainda que você seja enganado sob a proteção de alguém, “[...] responda: Aqui estou!”, Gn.27.1, pronto para ser usado conforme a vontade do Senhor.
            Perceba que “[...] o (próprio) pai diz [...]”, Gn.27.2 a respeito da sua situação diante dos homens, embora ele não tenha conhecimento dos planos dos homens e muito menos de Deus.
            Precisamos reconhecer que a cada ano “[...] estamos velhos [...]”, Gn.27.2, portanto, invista na sua vida espiritual.
            Tenha a certeza de que “[...] não sabemos o dia da nossa morte”, Gn.27.2, por isso, muitos ainda podem se levantar contra nós para nos enganar.
            Filho engana sob proteção [...]
2 – Após o oponente se ausentar. 
            “Agora [...]”, Gn.27.3, nesse momento pode alguém estar tramando algum engano para qualquer um de nós, mas nada de preocupação.
            Naquele momento, o “agora, (para Isaque) pois [...]”, Gn.27.3 ficou oculto para ele e seu filho mais velho, Esaú.
            Sem se preocupar com o que possa acontecer no futuro, Isaque ordenou Esaú “[...] sair ao campo [...]”, Gn.27.3 a fim de que Deus cumprisse com o seu plano – mais velho servir ao mais moço.
            Perceba que Esaú “[...] sai [...] (como se fosse para a guerra, mas só que ele não pôde perceber as consequências) toma as suas armas, a sua aljava (coldre para as flechas) e o seu arco [...]”, Gn.27.3, mas o seu enfrentamento é para toda a vida espiritual.
            O desejo de Isaque era tão-somente que Esaú “[...] apanhasse para ele alguma caça”, Gn.27.3 para confirmar a bênção em sua vida, mas é provável que o pai fez que não sabia da venda da primogenitura.
            É por este motivo que Isaque pediu: “e faze-me uma comida saborosa [...]”, Gn.27.4, talvez apontando para o banquete espiritual na presença de Deus.
            A verdade é que devemos ser “[...] como [...] (aquele que) aprecia [...]”, Gn.27.4 não apenas os apetites culinários neste mundo, mas principalmente no porvir.
            É possível que o desejo de Isaque de “[...] traze-ma [...] (a) comida saborosa [...] para que eu coma e te abençoe antes que eu morra”, Gn.27.4 pode se referir ao desejo do Pai celeste de que os seus filhos sejam verdadeiros adoradores a ponto de Deus não se afastar dos corações e este morra.
            Por isso, “traze caça (o seu coração) e faze-me uma comida saborosa [...]”, Gn.27.7 como os frutos dignos de arrependimento.
            E o desejo de todos os pais: “[...] para que eu coma (os seus frutos como aroma suave) e te abençoe diante do Senhor (Pai eterno), antes que eu morra”, Gn.27.7 dentro do seu coração.
            Filho engana sob proteção [...]              
3 – Para desejar o que estava escondido.
            Veja que a bisbilhotice, a curiosidade, o desejo de descobrir aquilo que está oculto estava dentro do coração de “Rebeca [...]”, Gn.27.5.
            “Rebeca esteve escutando enquanto Isaque falava com Esaú, seu filho [...]”, Gn.27.5 com a finalidade de copiar, duplicar o engano que já estava implantado em seu coração.
            A investigação de “Rebeca [...] (chegou ao extremo dizendo à Jacó:) e foi-se Esaú ao campo para apanhar a caça e trazê-la”, Gn.27.5, portanto, age rápido para não perder a sua bênção.
            “Então [...]”, Gn.27.6, qual seria a nossa atitude em lugar de Rebeca?
            Assim como “[...] disse Rebeca a Jacó, seu filho [...]”, Gn.27.6 é possível que eu e você façamos o mesmo em relação aos nossos filhos.
            O que fez “[...] Rebeca (é conhecido em nossos dias como fofoca:) Ouvi teu pai falar com Esaú, teu irmão, assim”, Gn.27.6.
            Segundo o querer de Deus para cada um de nós, “agora, pois, meu filho [...]”, Gn.27.8 busque crescer não apenas na vida familiar, financeira, mas principalmente na vida espiritual.
            “[...] Atenda às minhas palavras com que te ordeno”, Gn.27.8; Rebeca desejava o melhor, assim também o nosso Deus.
            Rebeca descobre que Esaú foi ao campo, Jacó “vai ao rebanho [...]”, Gn.27.9, perto de casa, mais facilidade para ganhar tempo para concretizar o engano.
            Para aquele era “[...] alguma caça”, Gn.27.3, mas para o filho querido de Rebeca, Jacó teria que “[...] trazer dois bons cabritos [...]”, Gn.27.9 para impressionar o pai e conquistar a bênção.
            Perceba que o olhar atento de Rebeca foi o mesmo de Isaque para “[...] deles fazer uma saborosa comida para seu pai, como ele aprecia”, Gn.27.9 e liberar a bênção.
            Perceba que para antecipar-se à chegada de Esaú, Jacó devia “levar (a saborosa comida) a seu pai [...]”, Gn.27.10, assim, roubando mais uma vez a bênção do seu irmão.
            Rebeca viu dois propósitos nessa ação:
            1 – Satisfazer o desejo do pai: “[...] para que [...] coma a (comida saborosa) [...]”, Gn.27.10;
            2 – “[...] E (o principal propósito:) [...] abençoe, antes que morra”, Gn.27.10.
            Todos deviam se interessar em ser “[...] abençoado (espiritualmente), antes que morra”, Gn.27.10.
            Filho engana sob proteção [...]              
4 – Mediante a mentira.
            Muitos usam da mentira para conseguir o seu desejo.
            “Disse Jacó a Rebeca, sua mãe [...]”, Gn.27.11 tentando desaconselhar do intento do seu coração.
            A defesa de “[...] Jacó (para não se aliar à mentira é que) Esaú, meu irmão, é homem cabeludo, e eu, homem liso”, Gn.27.11.
            Há incompatibilidade, falta de caráter, sinceridade, honestidade e principalmente, falta de testemunho de que servimos ao Deus que conhece todas as coisas.
            Aquele que não está acostumado à mentira fica receoso, medroso, desesperado só em pensar em ser descoberto.
            O temor de Jacó: “Dar-se-á o caso de meu pai me apalpar [...]”, Gn.27.12, daí, cai por terra a mentira e, alguns ficam constrangidos, desconcertados.
            Veja que a preocupação de Jacó era de “[...] passar (aos) [....] olhos (de seu pai, Isaque) por zombador [...]”, Gn.27.12, então, Jacó seria conhecido na cidade como um homem sem palavras, irreverente, desprezível, enganador, traiçoeiro.
            A angústia maior na vida de Jacó é que “[...] traria sobre ele maldição (espiritual – mente perturbando, pecado vindo à tona) e não bênção”, Gn.27.12 espiritual para crescimento e vida com Deus.
            Entenda que a “resposta (de muitas) [...] mães [...]”, Gn.27.13 a seus filhos é incompatível com as verdades reveladas na Bíblia.
            “[...] A mãe (pede para) cair sobre ela essa maldição [...]”, Gn.27.13, como dizem: estou à beira da morte, então, para mim tanto faz bênção ou maldição.
            O “[...] meu filho [...]”, Gn.27.13 não pode obedecer aos mandos dos pais, principalmente quando quebra alguma lei de Deus.
            Mas Rebeca implora para que “[...] atenda somente o que ela [...] diz (a Jacó, ou seja, somente mais esta vez), vai e traze”, Gn.27.13 o prometido – drogas, prostituição, roubos, furtos.
            Cuidado! O mal enraíza e pode matar.
            “Jacó foi, (obedeceu cegamente) tomou-os e os trouxe a sua mãe [...]”, Gn.27.14 aliando-se à mentira.
            “[...] A sua mãe, (para dar início ao engano) [...] fez uma saborosa comida, como o pai dele (mais) apreciava”, Gn.27.14, cai naquilo que mais busca para se satisfazer.
            Sob a mentira, “depois, tomou Rebeca a melhor roupa de Esaú, seu filho mais velho [...]”, Gn.27.15 para tentar disfarçar um plano diabólico instalado no coração.
            O engano já havia sido planejado com antecedência, isto porque, “[...] Rebeca [...] tinha consigo roupa [...] (de Esaú) em casa [...]”, Gn.27.15.
            A concretização, o acordo com a mentira e o pecado é quando você “[...] veste a (roupagem da malandragem, cai em descrédito) Jacó, (e nada de pensar que o pecado não atrai este ou aquele porque até o) seu filho mais novo”, Gn.27.15 pode ser envolvido no lamaçal do pecado.
            Mediante a mentira muitos se vestem “com a pele dos cabritos [...]”, Gn.27.16 para esconder a verdade.
            Rebeca “[...] cobriu as mãos [...]”, Gn.27.16 de Jacó para ocultar o seu crime, a sua falsidade, o seu engano.
            “[...] E a lisura do (seu) pescoço (foi) coberta [...]”, Gn.27.16 para esconder a sua identidade e não mostrar a falsidade que ele carregava dentro de si, mas ele e muitos de nós esquecemos que Deus vê tudo.
            Filho engana sob proteção [...]              
Conclusão:      Finaliza o intento do coração.
            A conjunção conclusiva “então [...]”, Gn.27.17 mostra que muitos dos nossos planos de engano podem ser executados.
            “Então, entregou a Jacó, seu filho [...]”, Gn.27.17 que foi cúmplice de Rebeca, na missão final da enganação.
            “[...] A comida saborosa e o pão que havia preparado”, Gn.27.17 serviu de isca para atribuir, ludibriar o pai e o irmão.
            Que cada um de nós seja mais honesto em todo o nosso trato com familiares, amigos e inimigos ainda que tenha alguém que nos induza a enganar.



            Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

PEDIR SOCORRO.


PEDIR SOCORRO
            A falta de confiança está em todas as esferas e instâncias. Dentro de casa, no trabalho, nas escolas, nas repartições públicas. Parece que todos andam desconfiados uns dos outros, com isso, a maldade, a malandragem e até mesmo a vingança pode crescer de uns para com outros.
            É preciso fazer uma autoanálise de tudo quanto foi feito em sua vida e isso inclui saúde, educação, vida financeira, conjugal, familiar e profissional. Muita coisa você não gostaria que se repetisse em sua vida.
            Alguns eventos você deseja que se repitam, mas em condições melhores, e o mais importante, não deseja necessitar de ajuda nem de parentes, nem de amigos ou qualquer outra pessoa. Em alguns momentos você pode estar certo.
            Ao afirmar que não precisa de ninguém, inconscientemente, está dizendo que você cuida de você mesmo, e que, portanto, não tem que dar satisfação a quem quer que seja. Mude esse conceito!          
            Seja sincero: Não precisa falar para ninguém. Basta apenas fazer uma retrospectiva em sua mente e buscar saber qual foi o momento em sua vida que você conseguiu fazer isso ou aquilo com a sua própria força e que você se acha o tal e o melhor deste mundo. Caia na real. Não se iluda!
            Todas as suas realizações, as mínimas ou as máximas que você tenha conseguido, não foi com a sua própria força. Sempre existirá um que está por trás de todas as suas realizações. E essa pessoa que comanda, foi o responsável de você conseguir vencer em todas as coisas.
            É claro, só é possível obter essa vitória com a ajuda, o apoio e a orientação d’Aquele que deixou registrado: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41.10).
            Assim, como as grandes instituições financeiras precisaram recorrer as grandes operações de resgate e as economias de mercado buscar socorro junto às instituições financeiras maiores, também o homem pecador precisa buscar ajuda urgente e constante em Deus.
            Ora, se o texto bíblico fala que “[...] Deus [...] te ajuda [...]” (Is 41.10) se torna impossível o homem viver neste mundo sem pedir socorro diário àquele que é poderoso para “[...] te ajudar, e te sustentar [...]” (Is 41.10). Esta ação de Deus é sinal de que Ele jamais irá deixá-lo sozinho, “[...] porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13.5).
            Você notou como Isaías fornece um amparo legal para viver em meio às lutas? O texto é muito claro ao declarar: “Não temas [...]” (Is 41.10). Ainda que o momento da economia brasileira não seja dos melhores, ainda que a palavra crise tenha sido escrita em todos os jornais e revistas, ainda que as perspectivas para o ano em curso sejam as mais mal listadas pelos economistas, a ênfase do texto é: “[...] Eu sou contigo [...]” (Is 41.10).
            É possível que as incertezas do emprego, da casa própria, de uma saúde melhor ou de um futuro mais sossegado venha te assustar. A resposta bíblica é: “[...] não te assombres [...]” (Is 41.10). O motivo principal para não ficar nessa incerteza é único: “[...] Porque eu sou o teu Deus [...]” (Is 41.10).
            Esta afirmação bíblica é das mais impactantes de todas, mesmo porque, ela se torna, quando lida, uma declaração de fé no único Senhor da vida, o próprio Deus. É por causa do senhorio de Jesus sobre a vida do homem pecador que Ele mesmo pode declarar: “[...] Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41.10).
            Querido leitor! Se por acaso você tenta levar a vida de qualquer maneira sem pedir ajuda a quem pode te socorrer, é bom reprogramar os seus conceitos. Em Jesus você pode ter a certeza de que a mão protetora d’Ele em momento algum deixará de dirigir ainda que seja a menor ação em sua vida.
            Busque-O com todo o seu coração e verá que tanto a sua vida física, material e espiritual, de fato, será bem melhor para você e sua família, ainda que possa haver turbulências em qualquer área.
            Que Deus abençoe você! 
Rev. Salvador P. Santana

Jd.1-25 - VAMOS À BATALHA.

VAMOS À BATALHA, Jd.1-25.

Objetivo:         Combater a apostasia.
Introd.:           Você conhece alguém que abandonou a fé cristã?
            Alguém que foi dedicado ao trabalho da igreja e hoje está fora dela?
            Apostasia. O que leva uma pessoa a abrir mão da sua fé?
            O Novo Testamento apresenta alguns motivos:
            Perseguição – “Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros”, Mt.24.9, 10;
            Amor ao mundo – “[...] Demas, tendo amado o presente século, me abandonou [...]”, 2Tm.4.10;
            Negligência – “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram”, Hb.2.3;
            Religião – “É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro”, Hb.6.4, 5.
            Tudo começa de forma sutil, e de repente, a pessoa nega a fé, rejeita a sã doutrina, porque “[...] o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”, 1Tm.4.1.
            Paulo fala que “[...] haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas (ilustrar uma verdade na qual vegetais e animais falam)”, 2Tm.4.3, 4.
            Muitos “[...] deixam de congregar, como é costume de alguns [...] (mas tenha cuidado, pois) vede que o Dia se aproxima”, Hb.10.25.
            Daí, o próximo passo do homem que deseja abandonar a igreja ou a Cristo é “[...] amar o mundo [...] (e) as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”, 1Jo.2.15.
            Pode um cristão verdadeiro abandonar a sua fé e a sua salvação?
            A resposta bíblica é não.
            O apóstata não é uma ovelha do Bom Pastor, “pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado. Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal”, 2Pe.2.21, 22.
Nar.:    A carta de Judas foi escrita para convocar a igreja a defender a fé e combater a apostasia.
            No texto o autor apresenta uma expressão de sentimento de dor, sofrimento, angústia: “Ai deles! [...]”, Jd.11, mencionando uma preocupação com a vida espiritual do outro.
            O “ai deles! (É) porque prosseguiram pelo caminho de Caim (assassinato), e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão (aliando-se a homens incrédulos, Nm.22.12), e pereceram na revolta de Corá (filho de Levi, desejou ser líder no lugar de Moisés e Arão, Nm.16.9)”, Jd.11.
            A declaração para todos quantos se afastam de Deus é que, “quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades (anjos para ajuntar todos os escandalosos)”, Jd.14.
            A finalidade desse ajuntamento é “para exercer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticaram e acerca de todas as palavras insolentes que ímpios pecadores proferiram contra ele (Jesus)”, Jd.15.
1 – O exército de Deus.
            “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo, a misericórdia, a paz e o amor vos sejam multiplicados”, Jd.1, 2.
            A – O remetente.
            O autor da carta se identifica como “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago [...]”, Jd.1.
            Há no N.T. cinco pessoas com esse nome:
            “[...] Judas (de Damasco, que hospedou) [...] Saulo, apelidado de Tarso [...]”, At.9.11;
            “[...] Judas Iscariotes, que foi quem [...] traiu Jesus”, Mt.10.4;
            “[...] Judas, não o Iscariotes [...]”, Jo.14.22; 
            “[...] E Judas [...] irmão (de) Jesus [...]”, Mt.13.55.
            O irmão de Jesus é o autor da carta de Judas, um dos quais “[...] não cria (em) Jesus”, Jo.7.5, mas foram convertidos, a ponto de “[...] perseverarem unânimes em oração [...] (entre eles) os irmãos (de) Jesus”, At.1.14.
            Por isso, “Judas [...] (diz que é) servo (escravo) de Jesus Cristo e irmão de Tiago [...]”, Jd.1.
            B – Os destinatários.
            “Judas [...] (se dirige) [...] aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo”, Jd.1.
            Três características dos soldados de Cristo:
            1 – Os soldados de Cristo são “[...] chamados [...] (por) Deus Pai [...]”, Jd.1.
            Para fazer parte da igreja ou do povo de Deus, “a todos os amados de Deus [...] (são) chamados para serem santos [...]”, Rm.1.7.
            Por isso, “[...] devemos sempre dar graças a Deus [...] porque Deus nos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade”, 2Ts.2.13;
            2 – Os soldados de Cristo são “[...] amados (por) [...] Deus Pai [...]”, Jd.1.
            O amor de “[...] Deus [...] (é) rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça somos salvos”, Ef.2.4, 5;
            3 – Os soldados de Cristo são “[...] guardados em Jesus Cristo”, Jd.1.
            Além de “Jesus [...] dar a vida eterna; (os servos de Deus) jamais perecerão, e ninguém as arrebata da [...] mão (de) Jesus. (Isso porquê) aquilo que [...] Pai [...] dá (para Jesus) [...] é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar”, Jo.10.28, 29.
            E o melhor é que o “[...] Pai santo [...] guarda [...]”, Jo.17.11.
            C – A saudação.
            “Judas [...]”, Jd.1, saúda os seus destinatários com “a misericórdia, a paz e o amor lhes sejam multiplicados”, Jd.2.
            Uma vez que são “[...] chamados [...] (de) amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo”, Jd.1, tornam-se recipientes das grandes bênçãos de Deus com “a misericórdia, a paz e o amor lhes sendo multiplicados”, Jd.2.
            Por causa da cruz de Cristo os cristãos desfrutam das muitas bênçãos de Deus sobre a sua vida.
2 – O exército convocado.
            Judas escreve: “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”, Jd.3.
            Três ações do autor:
            A – Judas tinha um plano.
            Judas, a princípio, queria escrever um texto de encorajamento espiritual, “[...] quando empregava toda a diligência em escrever acerca da [...] comum salvação [...]”, Jd.3.
            O “querer (de Judas era) [...] lembrar (à igreja), embora já estavam cientes de tudo uma vez por todas, que o Senhor, tinha libertado um povo, tirando-o da terra do Egito [...]”, Jd.5, a fim de animá-los ao crescimento espiritual.
            Tanto aqueles irmãos, e nós, devemos lembrar que Deus também “[...] destruiu, depois, os que não creram”, Jd.5, todos quantos negaram a fé e o desejo de servirem a Deus.
            É por esse motivo que ainda hoje, o povo de Deus, deve se dedicar a “salvar-se (a si mesmo) e aos outros “[...] que estão na dúvida”, Jd.22), arrebatando-os do fogo [...]”, Jd.23.
            O plano de Judas era que, “[...] quanto a outros (além da dúvida, renegam, rejeitam a bondade de Deus), sede também compassivos em temor, detestando até a roupa contaminada pela carne”, Jd.23.
            Devido às dúvidas, Judas fala que somente é “[...] àquele (Jesus) que é poderoso para nos guardar de tropeços e para nos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória”, Jd.24.
            Todo servo de Deus sabe que devemos somente “ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!”, Jd.25.         
            Judas, dirigindo-se aos “amados (irmãos, eu e você) [...] foi que se sentiu obrigado a corresponder conosco, exortando-nos a batalharmos, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”, Jd.3.
            Neste texto Judas fala que essa verdade “[...] foi entregue aos santos”, Jd.3, dizendo que a salvação não pertence apenas aos que estão dentro da igreja, mas ainda aqueles que precisam ser chamados à graça de Deus.
            B – Judas teve uma percepção.
            Judas percebeu que o Espírito Santo o convocou para “[...] empregar toda a diligência [...] acerca da [...] salvação [...] exortando-nos a batalhar, diligentemente, pela fé [...]”, Jd.3 contra a apostasia.
            Judas “[...] se sentiu obrigado a corresponder [...]”, Jd.3, gr. Grapsai – forçado a pegar a pena às pressas, quando ele percebeu que “[...] certos indivíduos se introduziram com dissimulação (secretamente, furtivamente) [...]”, Jd.4.
            Esses “[...] certos indivíduos (falsos cristos são) [...] os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação (eterna) [...]”, Jd.4.
            Verdade é que eles são “[...] homens ímpios, que transformam em libertinagem (conduta vergonhosa, luxúria, gasto rápido e extravagante) a graça de nosso Deus [...]”, Jd.4.
            E o pior na vida de muitos homens é que eles “[...] negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”, Jd.4, daí, a condenação deles é certa.
            Judas foi “[...] constituído por (Deus) seu atalaia [...] (para) avisar o povo”, Ez.33.2, 3 sobre o perigo.
            Todos nós precisamos “atender [...] por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo nos constituiu bispos, para pastorearmos a igreja de Deus [...] (o motivo:) entre nós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que [...] se levantarão [...] falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles”, At.20.28-30.
            C – Judas fez uma convocação.
            Judas “[...] nos exorta a batalharmos, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”, Jd.3.
            Há três aspectos importantes nessa convocação:
            1 – Quanto à batalha: “[...] A batalha [...] (tem que ser) diligente, pela fé [...]”, Jd.3.
            Essa guerra é custosa e agonizante tal como Paulo “[...] se afadigou, esforçando-se o mais possível [...] (para) combater o bom combate da fé. Tomar posse da vida eterna [...]”, Co.1.29; 1Tm.6.12.
            Para “[...] batalhar [...] pela fé [...]”, Jd.3 é preciso esforço e disciplina como de um atleta olímpico;
            2 – Quanto à causa da batalha: É somente “[...] pela fé [...]”, Jd.3.
            O significando de “fé” aqui é um conjunto ou um corpo de doutrinas.
            Paulo usa a palavra “[...] sã doutrina”, Tt.2.1, isto é, o ensino do Evangelho na sua pureza e simplicidade como se apresenta na Bíblia;
            3 – Quanto ao caráter da fé: Podemos destacar quatro aspectos da fé:
            A – A “[...] fé [...] foi entregue aos santos”, Jd.3, e não descoberta ou inventada, mas revelada por Deus.
            A fé, “[...] o evangelho [...] nos (foi) confiado [...]”, 1Ts.2.4 como um senhor confia os seus bens a um mordomo;
            B – A “[...] fé [...] (nos) foi entregue [...]”, Jd.3 de uma vez para sempre.
            Quando a “[...] doutrina dos apóstolos [...]”, At.2.42 nos foi entregue e o seu conteúdo; não existe novos acréscimos, novas revelações ou novas doutrinas.
            “[...] Deus, outrora, falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos fala pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas [...]”, Hb.1.1, 2.
            A Bíblia é o conteúdo da nossa fé e da nossa prática;
            C – A “[...] fé [...] foi entregue aos santos”, Jd.3 ou “[...] aos santificados em Cristo Jesus [...]”, 1Co.1.2.
            A fé não é propriedade de alguns ou de uma instituição religiosa.
            A fé é dos eleitos;
            D – A “[...] fé [...]”, Jd.3 precisa ser defendida por cada cristão.
            A defesa da fé ou apologia da fé faz parte da vida cristã tal como a proclamação do evangelho.
3 – O inimigo identificado.
            Judas faz a identificação dos inimigos.
            Judas fala sobre “[...] certos indivíduos (que) se introduziram com dissimulação (entrar secretamente, furtivamente) [...]”, Jd.4 na igreja, com o objetivo de prejudicá-la espiritualmente.
            Antes, porém, de descrever o perfil dos apóstatas da sua época, Judas apresenta exemplos históricos de apostasia e como Deus os puniu:
            1 – A nação de Israel: apostasia causada pela incredulidade.
            Judas “quer, pois, nos lembrar, embora já estejamos cientes de tudo uma vez por todas, que o Senhor, tendo libertado um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram”, Jd.5;
            2 – Os anjos caídos: apostasia causada pela rebelião.
            A fala de Judas é que, “[...] a anjos, os que não guardaram o seu estado original (dentro dos limites de sua própria autoridade), mas abandonaram o seu próprio domicílio (céu?!!), ele (o Senhor) tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia”, Jd.6;
            3 – Sodoma e Gomorra: apostasia causada pela imoralidade sexual.         
            O histórico de apostasia é “como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles (anjos), seguindo após outra carne (imoralidade sexual), são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição”, Jd.7.
            Após esses exemplos de punição, Judas descreve o perfil dos apóstatas que se infiltraram na igreja da sua época:
            1 – “[...] Dissimulados [...]”, Jd.4. Judas fala que, “pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação [...]”, Jd.4.
            O termo grego significa “insinuar-se secretamente, infiltrar-se disfarçadamente”.
            Paulo fala a esse respeito que os “[...] falsos irmãos que se entremeteram com o fim de espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus e reduzir-nos à escravidão”, Gl.2.4.
            Precisamos saber que “[...] surgem [...] no meio do povo [...] falsos profetas, assim também haverá entre nós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição”, 2Pe.2.1.
            2 – “[...] Homens ímpios [...]”, Jd.4. Os “[...] homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”, Jd.4.
            “[...] Homens ímpios [...]”, Jd.4 em sua forma de pensar e viver.
            Os “[...] homens ímpios [...]”, Jd.4 em sua forma de pensar e viver, “têm forma de piedade, negam (o poder do evangelho), entretanto, o poder. Foge também destes”, 2Tm.3.5.
            A “[...] impiedade (se revela numa vida) [...] que (se) transforma em libertinagem (sensualidade, imoralidade sexual) [...]”, Jd.4.
            E o pior é que esses “[...] homens ímpios [...] (com a) libertinagem (negam) a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”, Jd.4 com suas práticas;
            3 – “[...] Sonhadores alucinados [...]”, Jd.8. São “[...] estes, da mesma sorte, quais sonhadores alucinados, não só contaminam a carne, como também rejeitam governo e difamam autoridades superiores”, Jd.8.
            Quatro consequências práticas:  
            A – Os “[...] sonhadores alucinados [...] ora estes [...] (são) da mesma sorte (dos condenados junto com os demais) [...]”, Jd.8;
            B – Os “[...] sonhadores alucinados [...] contaminam a carne [...]”, Jd.8 ou vivem para satisfazer aos seus desejos carnais;
            C – Os “[...] sonhadores alucinados [...] também rejeitam governo (de Deus) e difamam autoridades superiores”, Jd.8 do próprio Deus através da Bíblia;
            Judas dá o exemplo clássico, enfatizando a seriedade deste pecado.
            D – “Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!”, Jd.9.
            Miguel recusa-se a proferir maldição contra o Diabo, deixando isso por conta de Deus;
            E – Homens sem entendimento. “Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem”, Jd.10.
            Muitos pensam que entendem tudo, mas “esses (homens), porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam (injuriar, blasfemar, falar mal) [...]”, Jd.10.
            “[...] E, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem (destruir, desviar)”, Jd.10.
            É por este motivo que “[...] o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”, 1Co.2.14.
            Segundo Judas, os homens sem entendimento “são [...] os que promovem divisões, sensuais (desejos naturais), que não têm o Espírito”, Jd.19.
            F – Homens perigosos.
            Judas usa seis metáforas (palavras em um sentido diferente do habitual) para descrever os apóstatas:
            “Estes homens são como [...]”, Jd.12:
            (1) “[...] Rochas submersas (ameaças ocultas) [...]”, Jd.12;
            (2) “[...] Pastores que a si mesmos se apascentam [...]”, Jd.12, egoístas que só pensam em si mesmos;
            (3) “[...] Nuvens sem água impelidas pelos ventos [...]”, Jd.12, promessas frustradas, tal “como nuvens e ventos que não trazem chuva [...]”, Pv.25.14;
            (4) “[...] Árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas”, Jd.12, árvores mortas, sem vida, sem frutos, assim, “pelos seus frutos os conhecereis [...]”, Mt.7.16;
            (5) “Ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades”, Jd.13, por isso, “[...] os perversos são como o mar agitado, que não se pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo”, Is.57.20;
            (6) “[...] Estrelas errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre”, Jd.13, seu destino são as trevas.
            G – Homens interesseiros.
            O falso mestre dá a impressão que quer ajudar, mas o seu objetivo é satisfazer apenas as suas necessidades.
            Judas os chama de:
            “Os tais (que) são murmuradores (se queixam), são descontentes (com tudo quanto acontece, levando outros a agirem da mesma maneira) [...]”, Jd.16;                
            “[...] Andando segundo as suas paixões [...]”, Jd.16 carnais;
            “[...] A sua boca vive propalando grandes arrogâncias [...]”, Jd.16, orgulho manifestado por meio de ações;
            “[...] São aduladores dos outros, por motivos interesseiros”, Jd.16, desonestos;
            Já fomos alertados pelos “os quais (os apóstolos) nos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões”, Jd.18.
            Judas encerra essa sessão dizendo que os inimigos “são estes os que promovem divisões, sensuais (dependente dos desejos e das paixões), que não têm o Espírito”, Jd.19.
4 – Como sobreviver em tempos de apostasia?
            Judas aponta quatro caminhos para sobrevivermos em tempos de apostasia:
            A – Lembrai-vos.
            Judas recomenda-nos que lembremos dos avisos da Bíblia:
            “Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais nos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões. São estes os que promovem divisões, sensuais (carnais), que não têm o Espírito”, Jd.17-19;
            B – Permanecei.
            Permanecer significa continuar crescendo em santificação por meio:
            1 – Estudo da Palavra de Deus, “[...] edificando-nos na nossa fé santíssima [...]”, Jd.20;
            2 – Vida de oração, “[...] orando no Espírito Santo”, Jd.20;
            3 – Obediência a Deus, “guardando-nos no amor de Deus [...]”, Jd.21;
            4 – Esperando a Jesus, “[...] esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna”, Jd.21.
            C – Compadecei-vos.
            O conselho de Judas é que a igreja tenha “[...] compaixão de alguns que estão na dúvida”, Jd.22, sendo atacados pelo falso ensino, que ataque com evangelização e evangelize, “salvando-os, arrebatando-os do fogo; quanto a outros, sede também compassivos em temor, detestando até a roupa contaminada pela carne”, Jd.23, usado para a prática do pecado.
            D – Adorai.
            Judas encerra a sua carta com uma doxologia.
            Doxologia é a junção de dois termos em grego: “doxa” – glória + “logia” – palavra. Expressão de louvor a Deus.
            Três lições:
            1 – Adorai “[...] àquele que é poderoso para nos guardar de tropeços [...]”, Jd.24;
            2 – Adorai “[...] àquele que [...] nos apresentará com exultação, imaculados (sem mancha) diante da sua glória”, Jd.24, tribunal de Deus;
            3 – Adorai “ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!”, Jd.25, ou seja, reconhecendo a sua Pessoa para vencermos a batalha.   
                       
           

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.