segunda-feira, 29 de novembro de 2021

EM BRIGA DE MARIDO E MULHER NINGUÉM METE A COLHER

EM BRIGA DE MARIDO E MULHER NINGUÉM METE A COLHER Ninguém, vírgula. Algumas encrencas entre marido e mulher geralmente os vizinhos sabem, mas ficam calados. Quem mora por perto faz de tudo para não sair para fora do portão, não chamar a polícia pois o dizer de muitos é que – “eles sempre foram assim”; “todos os dias têm uma confusão”; “no início tentei conversar, mas logo depois os dois fizeram as pazes então, sou tido como inimigo e por fim viraram as costas para mim e nem um bom dia eles me dão”; “a polícia um dia apareceu e não deu em nada”. Filhos e parentes já cansaram de ser empurrados, espancados quando os cônjuges estão num bate-boca ou em luta corporal. Verdade é que nem mesmo uma decisão judicial ou a polícia é capaz de resolver esse embate, a não ser com força física, para logo depois de apartados, com um aparente acordo, voltarem novamente às falas malcriadas, aos berros para imediatamente se enfrentarem braço a braço, de igual para igual e com atitudes mais desagradáveis e mesquinhas. Alguns podem até mesmo dar sugestões de trancafiar os cônjuges em quartos separados, eles darão um jeito de se ofenderem batendo na parede. Pode separar os dois um morando no Oiapoque, AP e o outro em Chuí, RS, um descobre o outro com muita facilidade para darem continuidade às intrigas. Filhos, parentes, amigos, vizinhos, polícia, ação judicial não conseguem resolver essa questão vexatória que muitos casais enfrentam no seu dia a dia. Somente um “... àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós,” (Ef 3.20). Sim, isto acontece porque “não é por amor de nós, fique bem entendido, que Deus faz isso, diz o SENHOR Deus. (Portanto é preciso cada um se) envergonhar e confundir-se por causa dos seus caminhos (maus diante de Deus), ó casa de Israel.” (Ez 36.32). A Bíblia se cala a respeito, mas deve ter surgido muito bate-boca a respeito do culpado quando “viu a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.” (Gn 3.6). Logo após Deus intervir na discussão do relacionamento do casal adâmico, “quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.” (Gn 3.8). É como o caso de muitos depois de uma briga acalorada, ao saírem à rua ou um parente que chega de última hora, não têm muito o que fazer para se esconder; são achados. O que Deus ouviu dos lábios de Adão e Eva é o mesmo que muitos terapeutas, psicólogos e psiquiatras ouvem em seus consultórios: “... o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.” (Gn 3.12); “... a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.” (Gn 3.13). Casais se enfrentam constantemente e brutalmente. Esse embate pode ser com palavras, gestos, atos físicos, psicológicos ou morais. Eis o motivo da Palavra de Deus dizer: “Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa.” (Mq 7.6). Em todos esses atos é Deus quem têm poder para intervir e solucionar o problema fácil ou difícil que você esteja enfrentando. Poucos conhecem a história de “... Esaú (que passou) a odiar... Jacó por causa da bênção, com que seu pai o tinha abençoado... (o desejo maligno de Esaú:) matar a Jacó, seu irmão.” (Gn 27.41), mas Deus frustrou a sua aspiração. Deus fez “chegar aos ouvidos de Rebeca estas palavras de Esaú, seu filho mais velho; ela, pois, mandou chamar a Jacó, seu filho mais moço, e lhe disse: Eis que Esaú, teu irmão, se consola a teu respeito, resolvendo matar-te.” (Gn 27.42). A forma como Deus age nenhum dos homens pode entender, mesmo porque “no céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.” (Sl 115.3) sobre a vida de todos os homens para evitar brigas, discórdias, embates e tragédias sem fim na vida de Rebeca e Isaque, Esaú e Jacó. Deus colocou no coração de Rebeca “... retirar Jacó para a casa de Labão, seu irmão, em Harã;” (Gn 27.43) para acalmar os ânimos entre seus filhos por vinte anos para depois fazer “... Esaú correr ao encontro (de) Jacó e o abraçar; arrojando-se ao (seu) pescoço e o beijou; e choraram.” (Gn 33.4) e se reconciliaram. Não entre na confusão do outro. Homem nenhum pode resolver os seus problemas, Deus pode! “Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará.” (Sl 37.5). Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Sl.128 - BÊNÇÃO.

BÊNÇÃO Sl.128 Introd.: Uma vida abençoada não depende da vontade dos pais. Uma vida abençoada não depende de suas forças. Uma vida abençoada não está nos seus próprios méritos. Uma vida abençoada depende unicamente da bondade e do amor de Deus, pelo motivo de somente “O SENHOR (é que tem o poder de) te abençoar... para que vejas a prosperidade... (financeira e espiritual) durante os dias de sua vida”, Sl.128.5. A ideia de que é o próprio Deus que abençoa o homem pecador é desde a entrega da lei, “pois o SENHOR, teu Deus, te abençoou em toda a obra das tuas mãos; ele sabe que andas por este grande deserto... o SENHOR, teu Deus, está contigo; coisa nenhuma te faltará”, Dt.2.7. Nar.: O salmo da família nos apresenta uma bênção específica para cada membro do lar, em especial para aqueles que temem a Deus ao dizer: “O SENHOR te abençoe...”, Sl.128.5. Propos.: Bênção é o próprio bem concedido por Deus a cada um de nós. Trans.: A bênção... 1 – Vem de Deus. “O SENHOR te abençoe...”, Sl.128.5ª é uma das promessas feitas desde a antiguidade quando Deus, no monte Sinai, falou para Moisés ordenar Arão a dizer: “O SENHOR te abençoe e te guarde...”, Nm.6.24. Não é à toa quando Paulo fala que “a graça seja com todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo.”, Ef.6.24. É a vontade de Deus para “... aquele que teme ao SENHOR...”, Sl.128.1a. É o desejo de Deus para o “... bem-aventurado... que... anda nos... caminhos... do Senhor!”, Sl.128.1b. A bênção de Deus é estendida ao “... trabalho de tuas mãos...”, Sl.128.2ª para desenvolver o seu trabalho para agradar a Deus e não a homens. A finalidade dessa bênção é que eu e você vamos “... comer, (viver) feliz (e) ser... (em) tudo ... bem”, Sl.128.2b sucedido em qualquer atividade desenvolvida dentro e fora de casa. A bênção do Senhor alcança a “tua esposa, no interior de tua casa ...”, Sl.128.3ª isto é, desde quando a “mulher (procura ser) virtuosa (eficiente. Daí,) ... o seu valor muito excede o de finas joias. (O motivo?) Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida”, Pv.31.10,12. O resultado não pode ser outro dentro do lar; a “tua esposa... será como a videira (uva/alegria) frutífera...”, Sl.128.3b que procura fazer o bem a todos que estão à sua volta, não importando se eles agradecem ou não o bem praticado. Como a bênção de Deus não está restrita apenas ao casal, também “... teus filhos... (serão) como rebentos (renovo) da oliveira (azeite – Espírito Santo), à roda da tua mesa.”, Sl.128.3, fala de família unida, ainda que haja discussão, o interesse maior é viver em paz. Por que esse “... homem será abençoado (?) ... (porque ele) teme (respeita, reverencia, ama com obediência) ao SENHOR...”, Sl.128.4. A bênção de Deus é “... para que (você) veja a prosperidade...”, Sl.128.5 para toda a sua família por todos os lugares que você andar. Prosperidade no sentido físico; crescimento saudável, mente e corpo, pois “o SENHOR te abençoa...”, Sl.128.5. Prosperidade no sentido material; bens móveis e imóveis e a vida profissional, tudo isso porque “o SENHOR te abençoa...”, Sl.128.5. Prosperidade na vida estudantil; o mais alto grau, porque “o SENHOR te abençoa...”, Sl.128.5. Prosperidade na sua vida espiritual e de toda a sua família a fim de que “vejas os filhos de teus filhos...” Sl.128.6, netos abençoados na presença de Deus. Prosperidade com “... paz (vinda de Cristo) sobre Israel!” Sl.128.6, você e todos quantos professam Jesus como único Senhor e Salvador. A bênção... Conclusão: Será contemplada “... durante os dias de sua vida”, Sl.128.5. Rev. Salvador P. Santana

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Ec.10.1-11.6 - PACIÊNCIA, SENSATEZ (JUÍZO), PRUDÊNCIA.

PACIÊNCIA, SENSATEZ (juízo), PRUDÊNCIA, Ec.10.1-11.6. Estudiosos têm observado que o livro de Eclesiastes apresenta, basicamente, dois tipos de discurso: o de observação do Pregador e o de instrução (S. De Jong, Qohelet and the Ambitious Spirit, JSOT 61, 1994, PP.85-96). A instrução e recomendação enfoca um ensino das vantagens da sabedoria sobre a estultícia; O cuidado que se deve ter com a autoridade tanto secular quanto divina; Que o bom servo é o que trabalha, em vez de apenas festejar; E que os seres humanos, sendo mortais, devem ser modestos. Acredita que Salomão faz uma crítica a uma sociedade em que há uma classe em ascensão econômica e política, que busca sentido para a vida na ambição pelo poder, na riqueza e nos prazeres. Pensando assim, o livro de Eclesiastes é propício para os nossos dias. O texto não tem uma estrutura definida, pois é composto de vários ditados ou provérbios sem uma conexão clara entre um versículo e outro. Uma forma de compreender o texto é listar as características da sabedoria e da estultícia (falta de juízo). Tópicos para reflexão. 1 – Sabedoria/Sábio x Estultícia/Estulto (falta juízo). A listagem apresentada por Salomão mostra figuras da sua época, por isso, não são claras para nós. Alguns pontos principais na perspectiva do sábio e daquele que não tem juízo: Para o sábio “... o unguento (óleo) do perfumador ...”, Ec.10.1 serve para esfregar no corpo para ficar perfumado, mas para a pessoa que não tem juízo, “... a mosca morta (na sopa é motivo de) fazer o unguento (o perfume do lar) ... exalar mau cheiro (discórdia) ...”, Ec.10.1. Esse “... mau cheiro (ciúmes, iras, brigas, palavras ofensivas, mesmo que seja em) poucas (doses) de estultícia (falta juízo) ... (acaba com qualquer) sabedoria e... (qualquer) honra...”, Ec.10.1, respeito, valor, homenagem dentro do lar. É por este motivo que “... Jesus... disse... (que devemos) acautelar do fermento dos fariseus e dos saduceus.”, Mt.16.6, seus inimigos; aqueles que nos aconselham contra os princípios bíblicos – separa mesmo, leva na justiça, acaba com ele. Precisamos “... entender que... (devemos nos) acautelar... das (muitas) doutrinas...”, Mt.16.12, muitos que estão dentro da igreja dando mau exemplo e conselho. Ao olhar para dentro do lar, podemos tomar uma das duas direções ... 1.2 – Direita/esquerda. O simbolismo “... para o lado direito... (e) para o da esquerda.”, Ec.10.2 é muito usado na Bíblia, especialmente na literatura de sabedoria. O povo de Israel usava a expressão “... direita...”, Ec.10.2 para indicar poder, libertação e qualidade moral, tal como “a ... destra... (do) SENHOR... (que) é gloriosa em poder... (que) despedaça o inimigo.”, Ex.15.6. Essa mesma expressão fala de que é somente “o SENHOR... (que) temos sempre à nossa presença; estando ele à minha direita, não serei abalado.”, Sl.16.8. O lugar de honra era “... o lado direito...”, Ec.10.2. Então, “o coração do sábio se inclina para o lado direito...”, Ec.10.2, honra, bênção, bem-estar, poder, libertação das investidas daqueles que desejam a nossa destruição. “... Mas... o (simbolismo) da esquerda.”, Ec.10.2 aponta para o lado mau e perverso. Em alguns países árabes, a mão esquerda é considerada impura, pois é destinada a higiene pessoal. Como nos relatos bíblicos não encontramos nenhuma comentário a respeito desse tipo de higiene, Salomão pode se referir ao “... coração... do estulto... (homem que se) inclina para a esquerda.”, Ec.10.2 que tem uma má disposição em buscar o melhor para a vida, a família e para a sociedade. Devido as decisões erradas na vida, podemos descobrir quem são... 1.3 – Ricos e tolos, príncipes e nobres. Salomão percebe “ainda (que) há um mal que (é) visto debaixo do sol, erro (pecado) que procede do governador...”, Ec.10.5, isto nos prova que até as autoridades “... caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas (tolas) e perniciosas...”, 1Tm.6.9 que prejudicam não apenas a sua própria vida, mas de todos que estão ao redor. Muitas vezes observamos ainda que “o tolo (é) posto em grandes alturas (cargos comissionados, chefia), mas os ricos assentados em lugar baixo.”, Ec.10.6, perde o que ganha por falta de sabedoria. É possível “ver (também) servos a cavalo (pobres vivendo como ricos, gasta o que não tem, compra e não paga) e príncipes andando a pé como servos (não esbanja, não demonstra, vive humildemente) sobre a terra.”, Ec.10.7. A sabedoria é percebida entre ricos e tolos, príncipes e nobres quando se descobre que “ditosa ... (feliz é a) terra cujo rei é filho de nobres e cujos príncipes se sentam à mesa a seu tempo para refazerem as forças e não para bebedice.”, Ec.10.17, de fato, esses buscam a sabedoria. Mas, “ai (daquele) ... rei (que é) criança (no agir ao permitir que os) ... príncipes se banqueteiam já de manhã.”, Ec.10.16 “... seguindo a bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta!”, Is.5.11 a ponto de praticarem tolices dentro de casa e no trabalho. Ao olhar para essas atitudes, podemos entender um pouco mais sobre as ... 1.4 – Palavras do sábio e do tolo. “Nas palavras do sábio há favor (graça, charme, elegância), mas ao tolo os seus lábios devoram.”, Ec.10.12, engole, destrói com palavras ofensivas, de baixa calão. Então, é bom desviar dos “tolos (louco porque) as primeiras palavras da (sua) boca são estultícia (sem juízo, estúpido, sem educação), e as últimas, loucura perversa.”, Ec.10.13, maligna, grosseira, fere. É interessante notar que “o estulto multiplica as palavras (fala demais), ainda que o homem não sabe o que sucederá (ele inventa coisas); e quem lhe manifestará o que será depois dele?”, Ec.10.14. Ele é o único que sabe de todas as coisas. Por este motivo é melhor ouvir as “... palavras do sábio (porque) há favor, mas ao tolo os seus lábios devoram.”, Ec.10.12 e destrói pessoas. Se neste mundo existem sábios e tolos, precisamos buscar a sabedoria para lançar... 1.5 – O pão sobre as águas. O “lançar o teu pão sobre as águas (comércio marítimo, trabalho árduo é com o objetivo de saber que), ... depois de muitos dias o acharás.”, Ec.11.1, suficiente para sobreviver, preparar para o futuro. Aquele que não trabalha, que “... somente observa o vento (mudar a direção) nunca semeará, e o que olha para as nuvens (esperando chuva) nunca segará.”, Ec.11.4 para sustentar a família. Existe outro tipo de trabalhador que, “estando as nuvens cheias (ele tem a certeza que vai) ... derramar aguaceiro sobre a terra (isso é bom, principalmente para quem trabalha na roça; ficará dentro de casa); (mas) caindo a árvore para o sul ou para o norte, no lugar em que cair, aí ficará”, Ec.11.3, porque a sua intenção, desde antes das chuvas é não trabalhar. O desejo de “lançar o... pão sobre as águas (trabalho duro) ...”, Ec.11.1 é porque, “assim como nós não sabemos qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabemos as obras de Deus, que faz todas as coisas.”, Ec.11.5 – não compreendemos e não sabemos quais são as oportunidades que Deus nos oferece no dia a dia. Por apenas observar o tempo, “o trabalho do tolo o fatiga, pois nem sabe ir à cidade.”, Ec.10.15procurar uma ocupação para tirá-lo da ociosidade. É “pela (sua) muita preguiça (que) desaba o teto, e pela frouxidão das (suas) mãos (que) goteja a casa.”, Ec.10.18 trazendo mais estragados dentro e fora de casa. Ainda que consiga uma atividade, “se o ferro está embotado (áspero, cego, ele) ... não... (tem coragem de) afiar o corte, (então) é preciso redobrar a força; mas (se ele tivesse) a sabedoria (seria fácil) resolver com bom êxito.”, Ec.10.10 para poder trabalhar. Por isso, o conselho do sábio é que se deve “semear pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas.”, Ec.11.6, ou seja, “... trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.”, Ef.4.28. O pão sobre as águas também pode falar sobre o “repartir com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal sobrevirá à terra.”, Ec.11.2 e, caso você vier a passar necessidade, pode ser socorrido. É como se cada um de nós se dispusesse a “dar, e (Deus) nos dará; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente nos darão; porque com a medida com que tivermos medido nos medirão também.”, Lc.6.38. Diante do exposto, é preciso saber qual é ... 2 – A essência (natureza íntima) da sabedoria. As expressões usadas sugerem que a sabedoria está em constante oposição à estultícia (falta juízo). O conselho do sábio Salomão é que, quando se “levantar contra ti a indignação (raiva-injustiça praticada) do governador (superior), não deixes o teu lugar, porque o ânimo (coragem) sereno (tranquilo) acalma grandes ofensores.”, Ec.10.4. Vivemos numa época em que informação e conhecimento são muito valorizados, mas “quando o tolo (sem juízo) vai pelo caminho (errado), falta-lhe o entendimento (compreender o que é certo ou errado); e, assim, a todos mostra que é (e continua sendo) estulto.”, Ec.10.3, tolo. Deve ser por este motivo que, ainda esse tolo, quando “... abre uma cova nela cairá, e quem rompe um muro, mordê-lo-á uma cobra.”, Ec.10.8 devido não ter buscado o conhecimento para agir nessa situação. Do mesmo modo, também, “quem arranca pedras (do modo como faz, sem perícia, sem saber, sem aplicar as técnicas certas) será maltratado por elas, e o que racha lenha expõe-se ao perigo.”, Ec.10.9 podendo perder a perna ou ferir a canela com uma machadada. E “se (caso) a cobra morder (o homem sem juízo ou sábio) antes de estar encantada, não haverá vantagem no encantador.”, Ec.10.11, pois ele tentou fazer algo que não é da sua competência. Ao olhar para essas contradições, percebemos que ainda hoje existe essa separação entre o conhecimento verdadeiro e a burrice para tentar viver neste mundo. Vemos o contrassenso no médico que sabe dos males causados pelo cigarro, mas ele não deixa o seu hábito. Viver em sabedoria é muito mais do que simplesmente fazer ou dizer as coisas corretas na hora certa. Para viver neste mundo de forma satisfatória é preciso pedir “... a sabedoria que desce lá do alto...”, Tg.3.15. Paciência, sensatez, prudência nos conduz a... Conclusão: Buscar viver melhor neste mundo. Então, “nem no nosso pensamento amaldiçoes (tornar desprezível) o rei, nem tampouco no mais interior do teu quarto, o rico (pois de alguma forma os homens precisam dessas pessoas. Do governo para coordenar o país, do rico para assalariar); porque as aves dos céus poderiam levar a tua voz, e o que tem asas daria notícia das tuas palavras.”, Ec.10.20, daí, entraremos em grandes apuros. É bom eu e você procurar “o festim (comida, festa) para (nos) fazer rir, o vinho alegrar a vida, e o dinheiro atender a tudo.”, Ec.10.19, mas para buscar essas coisas, precisamos buscar a verdadeira sabedoria para agradar a Deus. Coloque a sua sabedoria em prática e não seja estulto, sem juízo! Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para estudo – Vida abundante – Didaquê – Rev. William Lace Lane

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

OURO

OURO Dizem que o ouro é o terceiro metal mais precioso do mundo, perde apenas para o ródio, o primeiro e em segundo lugar a platina. Importante notar que muitos homens ficaram ricos, outros pobres a procura desses metais. Muitas brigas, discussões, mortes foram causadas pelo motivo de terem ganhado ou perdido esse precioso recurso financeiro. Através da história do Brasil é possível saber que grandes quantidades de ouro foram levadas para fora do país de forma lícita e ilícita. Desde o início do mundo Deus determinou e abençoou a terra a fim de que “saísse um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços. O primeiro chama-se Pisom; é o que rodeia a terra de Havilá, onde há ouro. O ouro dessa terra é bom; também se encontram lá o bdélio e a pedra de ônix.” (Gn 2.10-12). Muitos garimpeiros, atravessadores, compradores ou ourives pensam que ao adquirir algum metal precioso, esse material é dele para todo o sempre, pelo contrário; todos precisam entender que “... nu saiu do ventre de sua mãe e nu voltará; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1.21). E, em outra escritura ainda fala que “... do seu trabalho nada poderá levar consigo.” (Ec 5.15). Ora, se nada é de ninguém neste mundo, então tem um que é dono de todas as coisas, principalmente “... a prata... o ouro (é) meu, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Ag 2.8). Desta forma “a bênção do SENHOR (é que pode) enriquecer (a quem ele deseja), e, com ela, ele não traz desgosto.” (Pv 10.22). Por isso está nas mãos de Deus quando o “rico se deita com a sua riqueza, abre os seus olhos e já não a vê.” (Jó 27.19). Veja como Deus tem “... suprido das bênçãos de bondade; pondo na cabeça uma coroa de ouro puro.” (Sl 21.3) a vida de todos os homens. Não é à toa que a todos os homens é ordenado “amar os... mandamentos (de) Deus mais do que o ouro, mais do que o ouro refinado.” (Sl 119.127). Assim como todos os metais preciosos são de Deus da mesma forma o homem também, porque “eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha...” (Ez 18.4) com muito mais valor que toda a natureza criada. Para mostrar o quanto o homem é valoroso diante de Deus, Jó pergunta: “... Onde está Deus, que me fez, que inspira canções de louvor durante a noite, que nos ensina mais do que aos animais da terra e nos faz mais sábios do que as aves dos céus?” (Jó 35.10, 11). A resposta que vem dos lábios de Jesus é certeira podendo acelerar cada coração: “Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais. (Por isso) observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?” (Mt 10.31; 6.26). O valor que Deus dá ao homem é mais precioso do que qualquer metal de grande valor porque “Deus criou, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gn 1.27). Você tem mais valor que o ouro porque quem “... formou... ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida... (foi) o SENHOR Deus... e (daí) o homem passou a ser alma vivente.” (Gn 2.7). Um dos maiores valores oferecido ao homem foi quando “... plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden... e pôs nele o homem que havia formado.” (Gn 2.8), mas esse homem rejeitou. Como todos sabem que “... o homem... deu nome... a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea. Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.” (Gn 2.20-22). Outro grande e precioso valor dado aos homens é que “... se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” (1Jo 4.9; Lc 19.10) que não se dá valor, não encontra valor nos outros e que se perde sem Cristo Jesus. O homem está em primeiro lugar na lista de Deus em valores espirituais e eternos. Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Hc.3.16-19 - TEIMOSIA

TEIMOSIA Hc.3.16-19 Introd.: “Nem toda teimosia é maléfica e eticamente incorreta. Há uma teimosia santa. É aquela que insiste em acreditar em Deus em toda e qualquer circunstância. Não há maior triunfo do que superar pela fé um transtorno qualquer, de pequena ou longa duração, até que se enxergue a luz no fim do túnel. Além de ser benéfica, essa modalidade de teimosia é uma virtude rara” – Rev. Elben Lenz. Nar.: Por volta do 5º século a.C. Habacuque faz uma reclamação do Reino do Sul, Judá, diante de Deus: “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?”, Hc.1.2. Havia entre o povo de Deus “... iniquidade (quando não reconhece o direito de cada um) ... opressão (com a mais vergonhosa exploração dos mais necessitados) ... destruição... violência (de uns para com os outros) ... contendas (entre irmãos) ... e o litígio (ação na justiça) se suscitava”, Hc.1.3 a cada dia. Então, Deus resolve “... suscitar os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas.”, Hc.1.6. Ao saber que “... cumprir-se-ia no tempo determinado (a invasão babilônica) ... e não falharia; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará.”, Hc.2.3, o profeta se “põe na... torre de vigia... e vigia para ver o que Deus lhe diria e que resposta ele teria à sua queixa.”, Hc.2.1. Como a destruição estava prestes a vir, Deus declara que até mesmo “... o soberbo... sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé.”, Hc.2.4, caso consiga esperar em Deus. Propos.: A teimosia na fé deve ser o alvo do povo de Deus. Trans.: A teimosia me leva a... 1 – Esperar o dia da angústia. Como os babilônios subiram “... para fazer violência (contra Judá) ... eles reuniram os cativos como areia.”, Hc.1.9; assim somos assolados todos os dias. A orientação que recebemos é que “... devemos esperar em silêncio o dia da angústia (aflição, agonia, ansiedade) ...”, Hc.3.16 “... que Deus tomou por mim (como) vingança...”, Sl.18.47 em meu lugar. Após “ouvir a voz (de) Deus ... o (nosso) íntimo se comove...”, Hc.3.16 em termos físicos. “... Os nossos lábios tremem...”, Hc.3.16, de medo, raiva, sem saber o que falar, sem saber se pede a Deus misericórdia ou condenação para aquele que nos fere. “... A podridão entra (em) nossos ossos...”, Hc.3.16, ou os músculos desfalecem porque “... nenhum há que possa livrar alguém das mãos (de) Deus; agindo Deus, quem o impedirá?”, Is.43.13. Ao descobrir esse poder de Deus, “... os joelhos me vacilaram ...”, Hc.3.16 porque eu posso “... esperar... que (o SENHOR) virá contra o povo que nos acomete.”, Hc.3.16. A teimosia... 2 – Me fala de alegria. “... O que me pode dar esperança.”, Lm.3.21 neste mundo?. Na verdade, “... tudo passa rapidamente (neste mundo), e nós voamos.”, Sl.90.10; “... somos, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.”, Tg.4.14. O profeta Jeremias fala que na época do cerco de Jerusalém, “até as cervas no campo tinham as suas crias e as abandonaram, porquanto não havia erva.”, Jr.14.5. A falta do necessário não pode tirar a nossa alegria. De forma poética Habacuque fala sobre a falta de pão. “Ainda que a figueira não floresça...”, Hc.3.17, pois “... o SENHOR (já havia) dito... que... puniria... os jovens (com) a espada, os... filhos e as... filhas morreriam de fome.”, Jr.11.22. Posso me “alegrar no SENHOR...”, Sl.97.12 mesmo que “... não haja fruto na vide...”, Hc.3.17, referindo-se à prosperidade ou a alegria passageira. “Ainda que... o produto da oliveira minta...”, Hc.3.17, ou falte o azeite para a minha alimentação e curar as minhas feridas, “eis que Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei, porque o SENHOR Deus é a minha força...”, Is.12.2. “... E (se caso) os campos não produzirem mantimento (?) ...”, Hc.3.17; a certeza que temos é que “... não (podemos) andar ansiosos... quanto ao que havemos de comer ou beber...”, Mt.6.25. Ao olhar para as criações, o profeta percebe que “... as ovelhas (foram) ... arrebatadas do aprisco, e nos currais não havia gado”, Hc.3.17, pois os Caldeus haviam matado o rebanho para alimentar os seus soldados e o que sobrou fora destruído. Neste mundo não encontramos alegria duradoura. O profeta declara: “todavia, (apesar de toda tragédia e da falta do necessário) ele se alegra no SENHOR, exulta (repetição para enfatizar a confiança) no (seu) Deus...”, Hc.3.18. Sim, a esperança de todos nós não pode se basear neste mundo, mas na “... salvação.”, Hc.3.18 que Deus nos oferece. A teimosia ... Conclusão: Me leva para a solução. Ao olhar para os problemas da vida, não cabe a nós a derrota dos nossos inimigos e nem mesmo suprir a falta do necessário para a nossa sobrevivência. Devo saber que “o SENHOR Deus é a minha fortaleza...”, Hc.3.19, cerca que protege e me dá forças. Precisamos entender que “o SENHOR Deus... faz os meus pés como os da corça...”, Hc.3.19 para me livrar dos predadores. “O SENHOR Deus... me faz andar altaneiramente...”, Hc.3.19, de cabeça erguida em qualquer situação. Para encerrar, o autor fala que a nossa vida deve ser como “... ao mestre de canto (que sabe tocar e ensinar, por isso, ele escolhe os) instrumentos de cordas”, Hc.3.19 para louvar ao Senhor Deus em agradecimento. Seja teimoso para confiar em Deus. Rev. Salvador P. Santana

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Ec.9.13-18 - MELHOR É A SABEDORIA

MELHOR É A SABEDORIA, Ec.9.13-18. Tópicos para reflexão A sabedoria não é e nem pode ser alcançada pela força e conhecimento adquirido neste mundo. Salomão já havia dito que “viu ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo (oferecido por Deus) e do acaso.”, Ec.9.11, desejo de alcançar o alvo com persistência e fé em Deus. Parte do próprio Deus “... encher a todos os homens hábeis (para trabalhar) ... do espírito de sabedoria... (estes) homens... (recebem habilidade porque) o SENHOR... põe sabedoria... (em seus) corações...”, Ex.28.3; 36.2. É melhor a sabedoria... 1 – Ela é percebida no dia a dia. Salomão, como rei de Israel, pôde perceber muitas atrocidades e muitas alegrias em seu reino. O Pregador, filho do rei Davi, “também viu este exemplo (bom e mau) de sabedoria...”, Ec.9.13 em seu reino. Quando ele se refere “... debaixo do sol...”, Ec.9.13, o sábio Salomão quer nos ensinar que “enquanto durar a terra, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.”, Gn.8.22 e também vamos encontrar com “... homens maus (que) não entendem o que é justo...”, Pv.28.5, por este motivo cada um de nós deve buscar como “... o sábio... o caminho da vida que (nos) ... leva para cima, a fim de evitar o inferno, embaixo”, Pv.15.24. Essa busca de sabedoria “... foi para Salomão grande.”, Ec.9.13, um valor inestimável a fim de evitar o erro, a maldade, a malandragem, o roubo, a mentira, a falsidade diante dos homens. Em outro texto o homem que pediu sabedoria fala que “o SENHOR aborrece seis coisas, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos (engrandecer diante dos outros), língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos (trabalhados na mente que sejam) iníquos (sofrimento), pés que se apressam a correr para o mal (contra o próximo), testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos.”, Pv.6.16-19. Todo esse mal é visto no dia a dia, o que nos convém é “deixar a ira, abandonar o furor; não (ficar) ... impaciente; certamente, isso acabará mal”, Sl.37.8 para nós. A sabedoria pode... 2 – Livrar uma cidade. Não importa se a “... cidade (é) pequena (ou grande. Se) há poucos (ou muitos) homens...”, Ec.9.14. O mais importante é que em nosso meio deve haver homens sábios para resolver qualquer questão. O texto declara que “houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei (com seu poderoso exército), sitiou-a e levantou contra ela grandes baluartes.”, Ec.9.14, fortaleza, apoio, firmeza com a finalidade de derrubá-la para ser invadida. Mas esse rei não contava que podia “encontrar (na) cidade um homem pobre...”, Ec.9.15, de poucos recursos, sem valor e reconhecimento no meio da sociedade. Jesus fala que são “bem-aventurados os humildes de espírito... os mansos... os que têm fome e sede de justiça... os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”, Mt.5.3, 5, 6, 9. Salomão mostra que não é somente poderoso e rico que pode ser sábio, também é possível “encontrar (um) homem pobre, porém sábio...”, Ec.9.15, “... não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais”, 1Co.2.13 a fim de saber lidar com as situações da vida em qualquer situação de rixa, contenda, disputa. Esse “... homem pobre, porém sábio, (foi quem Deus usou para) que ... livrasse a (cidade) pela sua sabedoria...”, Ec.9.15. Por isso Salomão fala “... que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo (oferecido por Deus) e do acaso.”, Ec.9.11, desejo de alcançar o alvo com persistência e fé em Deus. Todos nós precisamos de sabedoria para lidar com a nossa família em suas desavenças e dificuldades. Mas, como os homens só dão valor aos mais poderosos, “... ninguém se lembrou mais daquele pobre.”, Ec.9.15 por ter livrado a cidade. A lição que fica para nós é que, quando buscamos sabedoria em Deus, qualquer um de nós pode vencer todas as lutas dentro de casa, ainda que os demais membros seja um rei poderoso que não sabe tratar os seus. Isto é prova de que ... Conclusão: A sabedoria vale mais. Para concluir, Salomão declara: “Então, disse eu (consigo mesmo, mas deixou escrito para os nossos dias de que): melhor é a sabedoria...”, Ec.9.16. Tiago declara: “A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente (tolerante), tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento.”, Tg.3.17. Quando eu e você nos empenhamos em buscar a sabedoria, só podemos ganhar a confiança junto aos nossos amigos e inimigos. O filho de Davi declara que “... melhor (bom, agradável, amável) é a sabedoria do que a força...”, Ec.9.16, poder, valentia, bravura de um exército. Nenhum de nós pode ficar pensando que temos sabedoria para enfrentar os poderosos deste mundo. Eu e você devemos “nos revestir de toda a armadura de Deus, para podermos ficar firmes contra as ciladas do diabo;”, Ef.6.11, isso feito, “... ainda que a sabedoria do pobre (eu e você) é desprezada, e as nossas palavras não são ouvidas.”, Ec.9.16 pelos poderosos. É por este motivo que “as palavras dos sábios, ouvidas em silêncio (porque “é bom... aguardar a salvação do SENHOR...”, Lm.3.26, então, esse silencio aguardando em Deus) vale mais do que os gritos de quem governa (parentes brutos) entre tolos.”, Ec.9.17. O rei sábio declara: “melhor é a sabedoria (que pode apaziguar) do que as armas de guerra (palavras que ferem que pode matar e destruir), mas um só pecador destrói (o lar, o trabalho, os amigos e) muitas coisas boas.”, Ec.9.18 que encontrar pela frente. Busque a sabedoria! Rev. Salvador P. Santana

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Jd.1-25 - VAMOS À BATALHA.

VAMOS À BATALHA, Jd.1-25. Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3. Objetivo: Combater a apostasia. Introd.: Você conhece alguém que abandonou a fé cristã? Alguém que foi dedicado ao trabalho da igreja e hoje está fora dela? Apostasia. O que leva uma pessoa a abrir mão da sua fé? O Novo Testamento apresenta alguns motivos: Perseguição – “Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros;”, Mt.24.9, 10; Amor ao mundo – “... Demas, tendo amado o presente século, me abandonou...”, 2Tm.4.10; Negligência – “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;”, Hb.2.3; Religião – “É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia.”, Hb.6.4-6. Tudo começa de forma sutil, e de repente, a pessoa nega a fé, rejeita a sã doutrina, porque “... o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,”, 1Tm.4.1. Paulo fala que “... haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.”, 2Tm.4.3, 4, ilustrar uma verdade na qual vegetais e animais falam. Muitos “... deixam de congregar, como é costume de alguns... (mas tenha cuidado, pois) vede que o Dia se aproxima.”, Hb.10.25. O próximo passo do homem que deseja abandonar a igreja ou a Cristo é “... amar o mundo... (e) as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;”, 1Jo.2.15. Pode um cristão verdadeiro abandonar a sua fé e a sua salvação? A resposta bíblica é não. O apóstata não é uma ovelha do Bom Pastor, “pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado. Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal.”, 2Pe.2.21, 22. Nar.: A carta de Judas foi escrita para convocar a igreja a defender a fé e combater a apostasia. No texto o autor apresenta uma expressão de sentimento de dor, sofrimento, angústia: “Ai deles! ...”, Jd.11, mencionando uma preocupação com a vida espiritual do outro. O “ai deles! (É) porque prosseguiram pelo caminho de Caim (assassinato), e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, (aliando-se a homens incrédulos, Nm.22.12), e pereceram na revolta de Corá.”, Jd.11, filho de Levi, desejou ser líder no lugar de Moisés e Arão “...procurando o sacerdócio...”, Nm.16.10. A declaração para todos quantos se afastam de Deus é que, “quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades,”, Jd.14, anjos para ajuntar todos os escandalosos. A finalidade desse ajuntamento é “para exercer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticaram e acerca de todas as palavras insolentes que ímpios pecadores proferiram contra ele.”, Jd.15, Jesus. 1 – O exército de Deus. “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo, a misericórdia, a paz e o amor vos sejam multiplicados.”, Jd.1, 2. A – O remetente. O autor da carta se identifica como “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago...”, Jd.1. No N.T. temos cinco pessoas com esse nome: “... Judas (de Damasco, que hospedou) ... Saulo, apelidado de Tarso...”, At.9.11; “... Judas Iscariotes, que foi quem... traiu Jesus.”, Mt.10.4; “... Judas, não o Iscariotes...”, Jo.14.22; “... E Judas... irmão (de) Jesus...”, Mt.13.55. O irmão de Jesus é o autor da carta de Judas, um dos quais “... não cria (em) Jesus.”, Jo.7.5, mas foram convertidos, a ponto de “... perseverarem unânimes em oração... (entre eles) os irmãos (de) Jesus.”, At.1.14. Por isso “Judas... (diz que é) servo (escravo) de Jesus Cristo e irmão de Tiago...”, Jd.1. B – Os destinatários. “Judas... (se dirige) ... aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo,”, Jd.1. Três características dos soldados de Cristo: 1 – Os soldados de Cristo são “... chamados... (por) Deus Pai...”, Jd.1. Para fazer parte da igreja ou do povo de Deus, “a todos os amados de Deus... (são) chamados para serem santos...”, Rm.1.7. Por isso “... devemos sempre dar graças a Deus... porque Deus nos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”, 2Ts.2.13; 2 – Os soldados de Cristo são “... amados (por) ... Deus Pai...”, Jd.1. O amor de “... Deus... (é) rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça somos salvos,”, Ef.2.4, 5; 3 – Os soldados de Cristo são “... guardados em Jesus Cristo,”, Jd.1. Além de “Jesus... dar a vida eterna; (os servos de Deus) jamais perecerão, e ninguém as arrebata da... mão (de) Jesus. (Isso acontece porque) aquilo que... Pai... dá (a Jesus) ... é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.”, Jo.10.28, 29. E o melhor é que o “... Pai santo... guarda...”, Jo.17.11 o escolhido. C – A saudação. “Judas...”, Jd.1, saúda os seus destinatários com “a misericórdia, a paz e o amor lhes sejam multiplicados.”, Jd.2. Uma vez que são “... chamados... (de) amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo,”, Jd.1, tornam-se recipientes das grandes bênçãos de Deus com “a misericórdia, a paz e o amor lhes sendo multiplicados,”, Jd.2. Por causa da cruz de Cristo os cristãos desfrutam das muitas bênçãos de Deus sobre a sua vida. 2 – O exército convocado. Judas escreve: “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.”, Jd.3. Três ações do autor: A – Judas tinha um plano. Judas queria escrever um texto de encorajamento espiritual, “... quando empregava toda a diligência em escrever acerca da... comum salvação...”, Jd.3. O “querer (de Judas era) ... lembrar (à igreja), embora já estavam cientes de tudo uma vez por todas, que o Senhor, tinha libertado um povo, tirando-o da terra do Egito...”, Jd.5, a fim de animá-los ao crescimento espiritual. Tanto aqueles irmãos, e nós, devemos lembrar que Deus também “... destruiu, depois, os que não creram;”, Jd.5, todos quantos negaram a fé e o desejo de servirem a Deus. É por esse motivo que ainda hoje o povo de Deus deve se dedicar a “salvar-se...”, Jd.23 a si mesmo e aos outros “... que estão na dúvida;”, Jd.22, “... arrebatando-os do fogo...”, Jd.23. O plano de Judas era que, “... quanto a outros (além da dúvida, renegam, rejeitam a bondade de Deus), sede também compassivos em temor, detestando até a roupa contaminada pela carne.”, Jd.23. Devido às dúvidas, Judas fala que somente é “... àquele (Jesus) que é poderoso para nos guardar de tropeços e para nos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória,”, Jd.24. Todo servo de Deus sabe que devemos somente “ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!”, Jd.25, obediência. Judas, dirigindo-se aos “amados (irmãos, eu e você) ... foi que se sentiu obrigado a corresponder conosco, exortando-nos a batalharmos, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.”, Jd.3. Neste texto Judas fala que essa verdade “... foi entregue aos santos.”, Jd.3, dizendo que a salvação não pertence apenas aos que estão dentro da igreja, mas ainda aqueles que precisam ser chamados à graça de Deus. B – Judas teve uma percepção. Judas percebeu que o Espírito Santo o convocou para “... empregar toda a diligência... acerca da... salvação... exortando-nos a batalhar, diligentemente, pela fé...”, Jd.3 contra a apostasia. Judas “... se sentiu obrigado a corresponder...”, Jd.3, gr. Grapsai – forçado a pegar a pena às pressas, quando ele percebeu que “... certos indivíduos se introduziram com dissimulação...”, Jd.4 secretamente, furtivamente. Esses “... certos indivíduos (falsos cristos são) ... os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação...”, Jd.4 eterna. Verdade é que eles são “... homens ímpios, que transformam em libertinagem (conduta vergonhosa, luxúria, gasto rápido e extravagante) a graça de nosso Deus...”, Jd.4. E o pior na vida de muitos homens é que eles “... negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.”, Jd.4, daí a condenação deles é certa. Judas foi “... constituído por (Deus) seu atalaia... (para) avisar o povo;”, Ez.33.2, 3 sobre o perigo. Todos nós precisamos “atender... por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo nos constituiu bispos, para pastorearmos a igreja de Deus... (o motivo:) entre nós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que... se levantarão... falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.”, At.20.28-30. C – Judas fez uma convocação. Judas “... nos exorta a batalharmos, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.”, Jd.3. Há três aspectos importantes nessa convocação: 1 – Quanto à batalha: “... A batalha... (tem que ser) diligente, pela fé...”, Jd.3. Essa guerra é custosa e agonizante tal como Paulo “... se afadigou, esforçando-se o mais possível... (para) combater o bom combate da fé. Tomar posse da vida eterna...”, Co.1.29; 1Tm.6.12. Para “... batalhar... pela fé...”, Jd.3 é preciso esforço e disciplina como de um atleta olímpico; 2 – Quanto à causa da batalha: É somente “... pela fé...”, Jd.3. O significando de “fé” aqui é um conjunto ou um corpo de doutrinas. Paulo usa a palavra “... sã doutrina.”, Tt.2.1, isto é, o ensino do Evangelho na sua pureza e simplicidade como se apresenta na Bíblia; 3 – Quanto ao caráter da fé: Podemos destacar quatro aspectos da fé: A – A “... fé... foi entregue aos santos.”, Jd.3, e não descoberta ou inventada, mas revelada por Deus. A fé, “... o evangelho... nos (foi) confiado...”, 1Ts.2.4 como um senhor confia os seus bens a um mordomo; B – A “... fé... (nos) foi entregue...”, Jd.3 de uma vez para sempre. Quando a “... doutrina dos apóstolos...”, At.2.42 nos foi entregue e o seu conteúdo; não existe novos acréscimos, novas revelações ou novas doutrinas. “... Deus, outrora, falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos fala pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas...”, Hb.1.1, 2. A Bíblia é o conteúdo da nossa fé e da nossa prática; C – A “... fé... foi entregue aos santos.”, Jd.3 ou “... aos santificados em Cristo Jesus...”, 1Co.1.2. A fé não é propriedade de alguns ou de uma instituição religiosa. A fé é dos eleitos; D – A “... fé...”, Jd.3 precisa ser defendida por todos nós. A defesa da fé ou apologia da fé faz parte da vida cristã tal como a proclamação do evangelho. 3 – O inimigo identificado. Judas faz a identificação dos inimigos. Judas fala sobre “... certos indivíduos (que) se introduziram com dissimulação...”, Jd.4 entrar secretamente, furtivamente na igreja com o objetivo de prejudicá-la espiritualmente. Antes, porém, de descrever o perfil dos apóstatas da sua época, Judas apresenta exemplos históricos de apostasia e como Deus os puniu: 1 – A nação de Israel: apostasia causada pela incredulidade. Judas “quer, pois, nos lembrar, embora já estejamos cientes de tudo uma vez por todas, que o Senhor, tendo libertado um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram;”, Jd.5; 2 – Os anjos caídos: apostasia causada pela rebelião. A fala de Judas é que, “... a anjos, os que não guardaram o seu estado original (dentro dos limites de sua própria autoridade), mas abandonaram o seu próprio domicílio (céu?!!), ele (o Senhor) tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia;”, Jd.6; 3 – Sodoma e Gomorra: apostasia causada pela imoralidade sexual. O histórico de apostasia é “como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles (anjos), seguindo após outra carne (imoralidade sexual), são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição.”, Jd.7. Após esses exemplos de punição Judas descreve o perfil dos apóstatas que se infiltraram na igreja da sua época: 1 – “... Dissimulados...”, Jd.4. Judas fala: “pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação...”, Jd.4. O termo grego “... dissimulados...”, Jd.4 significa insinuar-se secretamente, infiltrar-se disfarçadamente. Paulo fala a esse respeito que os “... falsos irmãos que se entremeteram com o fim de espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus e reduzir-nos à escravidão;”, Gl.2.4. Precisamos saber que “... surgem... no meio do povo... falsos profetas, assim também haverá entre nós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.”, 2Pe.2.1. 2 – “... Homens ímpios...”, Jd.4. Os “... homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.”, Jd.4. “... Homens ímpios...”, Jd.4 em sua forma de pensar e viver. Os “... homens ímpios...”, Jd.4 em sua forma de pensar e viver, “têm forma de piedade, negam, entretanto, o poder (do evangelho). Foge também destes.”, 2Tm.3.5. A “... impiedade (se revela numa vida) ... que (se) transforma em libertinagem...”, Jd.4, sensualidade, imoralidade sexual. E o pior é que esses “... homens ímpios... (com a) libertinagem (negam) a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.”, Jd.4 com suas práticas; 3 – “... Sonhadores alucinados...”, Jd.8. São “... estes, da mesma sorte, quais sonhadores alucinados, não só contaminam a carne, como também rejeitam governo e difamam autoridades superiores.”, Jd.8. Quatro consequências práticas: A – Os “... sonhadores alucinados... ora estes... (são) da mesma sorte...”, Jd.8 junto com os condenados e os demais; B – Os “... sonhadores alucinados... contaminam a carne...”, Jd.8 ou vivem para satisfazer aos desejos carnais; C – Os “... sonhadores alucinados... também rejeitam governo (de Deus) e difamam autoridades superiores.”, Jd.8 designados pelo próprio Deus; Judas dá o exemplo clássico, enfatizando a seriedade desse pecado. D – “Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!”, Jd.9. Miguel recusa-se a proferir maldição contra o Diabo, deixando isso por conta de Deus; E – Homens sem entendimento. “Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem.”, Jd.10. Muitos pensam que entendem de tudo, mas “esses (homens), porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam...”, Jd.10, injuriar, blasfemar, falar mal. “... E, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem.”, Jd.10 para destruir e desviar. É por este motivo que “... o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”, 1Co.2.14. Segundo Judas, os homens sem entendimento “são... os que promovem divisões, sensuais (desejos naturais), que não têm o Espírito.”, Jd.19. F – Homens perigosos. Judas usa seis metáforas (palavras em um sentido diferente do habitual) para descrever os apóstatas: “Estes homens são como...”, Jd.12: (1) “... Rochas submersas...”, Jd.12, ameaças ocultas; (2) “... Pastores que a si mesmos se apascentam...”, Jd.12, egoístas que só pensam em si mesmos; (3) “... Nuvens sem água impelidas pelos ventos...”, Jd.12, promessas frustradas, tal “como nuvens e ventos que não trazem chuva...”, Pv.25.14; (4) “... Árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas;”, Jd.12, árvores mortas, sem vida, sem frutos, assim, “pelos seus frutos os conhecereis...”, Mt.7.16; (5) “Ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades...”, Jd.13, por isso, “... os perversos são como o mar agitado, que não se pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo.”, Is.57.20; (6) “... Estrelas errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre.”, Jd.13, seu destino são as trevas. G – Homens interesseiros. O falso mestre dá a impressão que quer ajudar, mas o seu objetivo é satisfazer apenas as suas necessidades. Judas os chama de: “Os tais (que) são murmuradores (se queixam), são descontentes...”, Jd.16 com tudo quanto acontece, levando outros a agirem da mesma maneira; “... Andando segundo as suas paixões...”, Jd.16 carnais; “... A sua boca vive propalando grandes arrogâncias...”, Jd.16, orgulho manifestado por meio das suas ações; “... São aduladores dos outros, por motivos interesseiros.”, Jd.16, desonestos; Já fomos alertados pelos “os quais (os apóstolos) nos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões.”, Jd.18. Judas encerra essa sessão dizendo que os inimigos “são estes os que promovem divisões, sensuais (dependente dos desejos e das paixões), que não têm o Espírito.”, Jd.19. 4 – Como sobreviver em tempos de apostasia? Judas aponta quatro caminhos para sobrevivermos em tempos de apostasia: A – Lembrai-vos. Judas recomenda que devemos lembrar dos avisos da Bíblia: “Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais nos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões. São estes os que promovem divisões, sensuais (carnais), que não têm o Espírito.”, Jd.17-19; B – Permanecei. Permanecer significa continuar crescendo em santificação por meio: 1 – Estudo da Palavra de Deus, “... edificando-nos na nossa fé santíssima...”, Jd.20; 2 – Vida de oração, “... orando no Espírito Santo,”, Jd.20; 3 – Obediência a Deus, “guardando-nos no amor de Deus...”, Jd.21; 4 – “... Esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna.”, Jd.21, a volta de Jesus Cristo. C – Compadecei-vos. O conselho de Judas é que a igreja tenha “... compaixão de alguns que estão na dúvida;”, Jd.22, sendo atacados pelo falso ensino, que ataque com evangelização “salvando-os, arrebatando-os do fogo; quanto a outros, sede também compassivos em temor, detestando até a roupa contaminada pela carne.”, Jd.23, usada para a prática do pecado. D – Adorai. Judas encerra a sua carta com uma doxologia. Doxologia é a junção de dois termos em grego: “doxa” – glória + “logia” – palavra. Expressão de louvor a Deus. Três lições: 1 – Adorai “... àquele que é poderoso para nos guardar de tropeços...”, Jd.24; 2 – Adorai “... àquele que... nos apresentará com exultação, imaculados (sem mancha) diante da sua glória,”, Jd.24, no tribunal de Deus; 3 – Adorai “ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!”, Jd.25, ou seja, reconhecendo a sua Pessoa para vencermos a batalha. Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.

sábado, 13 de novembro de 2021

QUEIXA CONSTANTE

QUEIXA CONSTANTE A queixa pode ser resumida em nada mais nada menos do que você levar a sério uma lamentação, gemer de dor por causa do seu sofrimento ou alheio, ficar angustiado devido algum problema enfrentado dentro ou fora do seu coração. Todos gemem, soltam gritos de dor, de desespero e nenhum escapa desde o seu nascimento até o dia da sua morte. Para quem nunca ouviu falar, “a terra geme e desfalece...” (Is 33.9). Conforme o apóstolo Paulo; “Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora.” (Rm 8.22). Na época do cativeiro babilônico, quando o profeta Jeremias conclamava o povo não só ao arrependimento, mas também “... dizendo (de que) o SENHOR (alertava): Esta cidade infalivelmente será entregue nas mãos do exército do rei da Babilônia, e este a tomará.” (Jr 38.3), Jeremias derrama o seu coração perante Deus dizendo: “... o meu coração geme...” (48.36) por causa do sofrimento, por falta de uma pessoa para contar as suas mágoas, por ter sido “... lançado na cisterna... com cordas. Na cisterna não havia água, senão lama; e Jeremias se atolou na lama. (Foi preciso, devido a misericórdia de Deus) ... tirar da cisterna o profeta Jeremias, antes que morresse.” (Jr 38.6, 10). Houve um momento difícil para a família e a vida do sacerdote Ezequiel. Um dia “... à tarde, morreu sua mulher...” (Ez 24.18), mas Deus já havia alertado o profeta nestes termos: “Filho do homem, eis que, às súbitas, tirarei a delícia dos teus olhos, mas não lamentarás, nem chorarás, nem te correrão as lágrimas.” (Ez 24.16) e, ao invés de Deus o consolar, colocar no colo, acariciar, Ele ordenou: “Geme em silêncio, não faças lamentação pelos mortos, prende o teu turbante, mete as tuas sandálias nos pés, não cubras os bigodes e não comas o pão que te mandam.” (Ez 24.17). Jeremias, no aperto da sua alma, em meio aos inimigos, contando apenas com a ajuda de Deus faz uma declaração bombástica perguntando para o próprio Senhor: "Por que dura a minha dor continuamente, e a minha ferida me dói e não admite cura? Serias tu para mim como ilusório ribeiro, como águas que enganam?" (Jr 15.18). Não há resposta para muitos que passam por lutas, queixas e dificuldades na vida, eles não têm resposta. Parece que quanto mais você procura amigos e parentes para o consolar, ajudar a restabelecer a situação você os sente mais distantes, afastados, parecem inimigos que estão ao seu lado desejando apenas a sua destruição. Assim como Jeremias, não acreditando em homens, somente em Deus, a reviravolta em sua vida aconteceu totalmente diferente; “portanto, assim disse o SENHOR: Se tu te arrependeres, eu te farei voltar e estarás diante de mim; se apartares o precioso do vil, serás a minha boca; e eles se tornarão a ti, mas tu não passarás para o lado deles.” (Jr 15.19). É como se Deus dissesse: Oh homem cheio de dúvidas, abra os olhos e ouvidos e aprenda a confiar apenas em mim. Daí, o resultado é surpreendente, pois o próprio “Deus (é quem) te põe contra este povo (que o atormentava, prendia os pés no tronco) como forte muro de bronze; eles pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque Deus será contigo para te salvar, para te livrar deles, diz o SENHOR; arrebatar-te-ei das mãos dos iníquos, livrar-te-ei das garras dos violentos.” (Jr 15.20, 21). Não pense você que o gemido irá terminar depois que for vencida algumas dificuldades. Com certeza elas irão continuar. Algumas serão leves, outras terão condições de sufocar, destruir quase que por completo a sua vida, mas é preciso você buscar “... ser forte e corajoso; não temer, nem te espantar, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares.” (Js 1.9). A verdade é que você nunca vai deixar de gemer, de se queixar enquanto estiver neste mundo. O gemer pode ser tal como “Jerusalém (que) pecou gravemente; por isso, se tornou repugnante; todos os que a honravam a desprezam, porque lhe viram a nudez; ela também geme e se retira envergonhada.” (Lm 1.8) ou pode ser que outros o levem ao desespero, ao aperto, ao gemer constante, mas saiba de uma coisa; “... porque Deus tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.” (Hb 13.5). Rev. Salvador P. Santana

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Tt.1.15, 16 - O QUE FAZEMOS DIANTE DE DEUS

O QUE FAZEMOS DIANTE DE DEUS Tt.1.15, 16 Introd.: O testemunho de um crente vale mais que muitos cristãos tagarelando. Nar.: Paulo, seguindo as instruções de Jesus, alerta Tito sobre os “[...] falsos cristos e falsos profetas (que) surgirão operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos”, Mt.24.24. Propos.: O desejo de Paulo é que eu e você devemos falar menos e demostrar mais em atos de dedicação a Deus. Trans.: O que você faz... I – Deve ser puro diante de Deus. Todos nós só conseguimos “... ser puro...”, Tt.1.15 pelo poder transformador do Espírito Santo. Essa “... pureza (precisa ser em) todas as coisas...”, Tt.1.15 que fazemos ou deixamos de fazer. Ao falar sobre “todas as coisas...”, Tt.1.15, nada pode escapar – vida espiritual imaculada, vida física decente, vida conjugal em respeito, vida financeira controlada, vida sentimental e emocional em inteira dedicação e espera em Deus. Esse servo “... puro...”, Tt.1.15 tem o seu coração voltado para Deus. “... As coisas... puras...”, Tt.1.15 afastam o filho de Deus das práticas pecaminosas que o arrasta para o lamaçal do pecado. O homem “... puro...”, Tt.1.15 permite Jesus purificar o seu coração de todas as obras malignas. Busque “... as coisas... puras [...]”, Tt.1.15 para a vida exterior diante dos homens e interior para se apresentar diante de Deus. O que fazemos... II – Não pode corromper. Já ouvimos falar muito sobre a corrupção no Brasil. Devemos agir na “... pureza... porque... para os impuros e descrentes, nada é puro...”, Tt.1.15, tudo é lícito, tudo pode, nada é proibido. A verdade é que “... a mente (o lugar onde se aloja o pensamento, a reflexão e a lembrança dos) impuros e descrentes... estão corrompidos.”, Tt.1.15, manchado, contaminado, sujo. Devemos saber que todos “... os impuros e descrentes... (têm) a consciência...”, Tt.1.15, que diferencia o que é moralmente bom e mal, escolhendo sempre o que é perigoso para a sua alma. E o pior: “... os impuros e descrentes... estão (com) a consciência...”, Tt.1.15, aquilo que os faz discernir no seu mundo interior a sua amizade ou inimizade com Deus. Nenhum de nós tem a liberdade para se “... corromper.”, Tt.1.15 diante deste mundo e diante da face de Deus. Faça tudo o que for reto para glorificar o Pai celeste. Busque o arrependimento, a lamentação e procure viver de acordo com os padrões bíblicos. Tudo o que eu faço... III – Precisa da aprovação de Deus. “No tocante a Deus...”, Tt.1.16, o que fazemos, podemos contar com a aprovação dEle? O que acontece é que, “no tocante a Deus, (muitos) professam conhecê-lo...”, Tt.1.16, mas a vida não condiz, a farsa é aparente e não tem como esconder. Muitos são “... como (os) hipócritas... (que) honra (a) Deus com os lábios, mas o seu coração está longe de dEle.”, Mc.7.6. O modo de agir é “... negando (a) Deus por suas obras...”, Tt.1.16, atitudes que trazem vergonha ao nome do Pai celeste e a igreja de Jesus Cristo. Precisamos “manter exemplar o nosso procedimento no meio dos... (incrédulos), para que, naquilo que falam contra nós outros como de malfeitores, observando-nos em nossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação.”, 1Pe.2.12. O que faço... Conclusão: Não pode: Demonstrar “... que (eu) sou abominável...”, Tt.1.16, reprovado, nojento, maldito, detestável diante de Deus. O que faço neste mundo não pode ser... Em “... desobediência...”, Tt.1.16, não insubmisso, obstinado diante das ordens de Deus. O que fazemos jamais pode ser... “... Reprovado...”, Tt.1.16, usado para metais e moedas que passam pelo fogo para serem aprovados, em nosso caso, devemos ser aprovados pelo próprio Deus. Tudo o que fazemos neste mundo deve ser “... para toda boa obra.”, Tt.1.16 a fim de que, “... brilhe também a nossa luz diante dos homens, para que vejam as nossas boas obras e glorifiquem a nosso Pai que está nos céus.”, Mt.5.16. Não podemos esquecer de olhar no texto as conjunções adversativas. Quando o texto fala sobre “... as coisas... puras para os puros (ele acrescenta); todavia... (você não pode ser igual e nem pior que) ... os impuros e descrentes...”, Tt.1.15. Ao dizer que “... professa conhecer Deus; entretanto, (você não pode) ... negar Deus por (meio de) suas obras...”, Tt.1.16. “... Para... (você que confessa Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida) ... tanto... (dentro) como (fora da igreja) ...”, Tt.1.15 é preciso fazer o que é certo diante de Deus, “... por isso...”, Tt.1.16 seja um crente verdadeiro. Rev. Salvador P. Santana

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Is.58.5, 6 - JEJUM BÍBLICO

Jejum bíblico, Is.58.5, 6. Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para estudo de autoria do Rev. Sylas Dennuci (In Memoriam – IPB-Americana/SP. “Seria este o jejum que escolhi, que o homem um dia aflija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aceitável ao SENHOR? Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?”, Is.58.5, 6. Introdução – A palavra Jejum (do Latim jejunu) significa abstinência ou redução de alimentos por alguma razão. Exemplos: Por determinação médica, para tratamento da saúde, para submeter-se a exame de laboratório. O jejum bíblico I. Etimologia e significado – O termo hebraico para jejuar é “SUM” (inclinar a alma ou afligir a alma) significando, no AT, auto-humilhação. É ato religioso, intensificando e tornando mais eficaz a Oração. Jejum quer dizer a abstinência total ou parcial de comida e bebida, às vezes também das relações sexuais. Era recomendado em provações graves quando “... a casa de Israel... (guardava) os deuses estranhos e os astarotes... (daí a única solução é) preparar o coração ao SENHOR, e servir a ele só, e ele nos livrará das mãos dos filisteus (inimigos) ... jejuaram aquele dia e ali disseram: Pecamos contra o SENHOR...”, 1Sm.7.3, 6. O jejum deve ser “promulgado (como) um santo jejum, (pode) convocar uma assembleia solene, congregar os anciãos, todos os moradores desta terra, para a Casa do SENHOR, nosso Deus, e clamar ao SENHOR.”, Jl.1.14. Esse caráter de auto-humilhação explica também a praxe do jejum depois de um falecimento quando “tomaram os ossos (de Saul e seus filhos), e os sepultaram debaixo de um arvoredo, em Jabes, e jejuaram sete dias.”, 1Sm.31.13. Antes de receber a revelação de Deus sobre o findar do cativeiro babilônico, Daniel “voltou o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza.”, Dn.9.3. A lei mosaica estabelece apenas um dia de Jejum, o grande dia da expiação, “no dia dez deste sétimo (entre setembro e outubro) mês, tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; nenhuma obra fareis.”, Nm 29:7. Na viagem de Paulo para Roma, “depois de muito tempo, tendo-se tornado a navegação perigosa, e já passado o tempo do Dia do Jejum, admoestava-os Paulo,”, At.27.9. Após o cativeiro foram introduzidos mais quatro dias de jejum, “... o jejum do quarto mês, e o do quinto, e o do sétimo, e o do décimo serão para a casa de Judá regozijo, alegria e festividades solenes...” Zc.8.19 em comemoração de calamidades nacionais. Podia-se jejuar também pela própria iniciativa. Antes e durante o cativeiro Deus reclamou de que “quando (eles) jejuavam, Ele não ouviu o seu clamor e, quando trouxessem holocaustos e ofertas de manjares, Deus não se agradava deles; antes, Deus os consumiu pela espada, pela fome e pela peste.”, Jr.14.12. Por causa dos nossos pecados muitas vezes “... jejuamos nós, e Deus não atentas para isso... afligimos a nossa alma, e Deus não o levas em conta... eis que, no dia em que jejuamos, cuidamos dos nossos próprios interesses e exigimos que se faça todo o nosso trabalho.”, Is.58.3. No N.T. lemos “... os fariseus jejuavam [muitas vezes] ...”, Mt.9.14, “... duas vezes por semana...”, Lc.18.12, a ponto de merecer as críticas de Jesus; “quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Tu, porém, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.”, Mt.6.16-18. II – Exemplos bíblicos Moisés “... ali, esteve com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água; e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras.”, Ex.34.28; “Buscou Davi a Deus pela criança; jejuou Davi e, vindo, passou a noite prostrado em terra.”, 2Sm.12.16; Elias com medo de Jezabel, depois de ter ido para o deserto “levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.”, 1Rs.19.8. Quando o exército Sírio veio contra “... Josafá teve medo e se pôs a buscar ao SENHOR; e apregoou jejum em todo o Judá.”, 2Cr.20.3. Neemias “... se ajuntou (com) os filhos de Israel com jejum e pano de saco e traziam terra sobre si.”, Ne.9.1 estando em Jerusalém para reconstrução dos muros. Ester, depois da ordem do rei de matar o povo Judeu, ela pediu para Mordecai “... ajuntar a todos os judeus... em Susã... (que) jejuem por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci.”, Et.4.16. Joel fala que a nossa “... conversão a Deus (deve ser) de todo o nosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto.”, Jl.2.12. Jesus “... jejuou quarenta dias e quarenta noites, teve fome.”, Mt.4.2. Para “... servir... ao Senhor... (é preciso) jejuar... (para ser) separado... para a obra a que Deus os tem chamado.”, At.13.2 Para “... a eleição de presbíteros... (é necessário) orar com jejuns...”, At.14.23. III – Por que jejuar? 1. Jejuar por ocasião de crise Nacional Israel é o grande exemplo, principalmente no caso de Ester que pediu: “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci.”, Et.4.16. O rei “... Josafá teve medo (da multidão de Moabe e Amom) e se pôs a buscar ao SENHOR; e apregoou jejum em todo o Judá.”, 2Cr.20.3 daí, “... o SENHOR disse... (:) Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus.”, 2Cr.20.15. Quando Esdras liderou a reforma na volta do cativeiro, “... apregoou ali um jejum... para... humilhar perante... Deus, para lhe pedir jornada feliz...”, Ed.8.21. 2. Jejuar pelos nossos próprios problemas Quando Jesus desceu do Monte da Transfiguração aproximou-se dele um homem que lhe pediu a cura do filho. “... Os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram... por que motivo não pudemos nós expulsá-lo? ... por causa da pequenez da vossa fé...[mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.]”, Mt. 17:19-21. Quando Daniel se achava diante de obstáculos espirituais, ele resolveu “naqueles dias... prantear durante três semanas. Manjar desejável não comeu, nem carne, nem vinho entraram na sua boca, nem se ungiu com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras.”, Dn.10.2, 3. A resposta de Deus: “... Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim.”, Dn.10.12. O jejum fortalece o espírito, diminuindo a influência que a carne exerce sobre nós. Ajuda-nos a recordar as palavras de Cristo ao dizer: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mt.6.33. A oração e o jejum geram poder espiritual. 3. Jejuar em períodos de grande aflição Houve guerra entre Israel e a tribo de Benjamim daí, a solução foi “... todos os filhos de Israel, todo o povo, subiram, e vieram a Betel, e choraram, e estiveram ali perante o SENHOR, e jejuaram aquele dia até à tarde; e, perante o SENHOR, ofereceram holocaustos e ofertas pacíficas.”, Jz.20.26. Israel abandonou os deuses estranhos e logo “congregaram-se em Mispa, tiraram água e a derramaram perante o SENHOR; jejuaram aquele dia e ali disseram: Pecamos contra o SENHOR...”, 1Sm.7.6. “... Todas as vezes que Ana subia à Casa do SENHOR, a outra a irritava; pelo que chorava e não comia.”, 1Sm.1.7 para Deus resolver o seu problema. “Buscou Davi a Deus pela criança; jejuou Davi e, vindo, passou a noite prostrado em terra.”, 2Sm.12.16. Depois da investida de Hamã contra os Judeus, “em todas as províncias aonde chegava a palavra do rei e a sua lei, havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos se deitavam em pano de saco e em cinza.”, Et.4.3. O jejum nos abençoa na intercessão. 4. Jejuar antes de tomar grandes decisões de caráter espiritual “A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.”, Mt.4.1 antes de iniciar o seu ministério. Antes da obra missionária, a Igreja Primitiva “... serviu... ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.”, At.13.2. Decisões espirituais que vamos tomar estarão provocando as trevas. Precisamos de orientação e poder divino para orientação e trabalho. No jejum somos quebrantados e preparados pelo Senhor. IV – Ensino bíblico sobre o jejum Infelizmente há muita confusão em torno desse assunto. Precisamos ser cautelosos e evitar sensacionalismo. Por outro lado, grandes bênçãos são perdidas por falta de conhecimento do assunto. 1. Tipo de jejum a) O jejum típico - A Bíblia ensina que o jejum normal consiste em abster-se totalmente de alimento sólido. Esse jejum não implica em abstinência de líquidos. No caso de Jesus “... depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.”, Mt.4.2 a Bíblia não menciona que ele teve sede. Seria fisicamente impossível jejuar 40 dias e 40 noites sem ingerir liquido. b) O jejum completo – Também chamado de jejum absoluto, consiste na abstinência de alimento e água quando Paulo “esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu.”, At.9.9. Trata-se de um jejum rigoroso e pode até apresentar perigo. Ninguém deve fazer um jejum total por mais de um dia. Além disso, aquele que tem problema de saúde deve conversar com o médico antes de fazer um jejum completo. c) Jejum parcial – Tem várias aplicações e é caracterizado pelo que se come e pela frequência com que se come. Em primeiro lugar, o jejum parcial significa abster-se de certos alimentos. Alguns estudiosos interpretam a atitude de “resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se. Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias; e que se nos deem legumes a comer e água a beber.”, Dn.1.8, 12 como jejum parcial. João Wesley, ao jejuar, em várias ocasiões comia apenas pão. Em segundo lugar, o jejum parcial implica em abster-se de alimentos durante um certo período de tempo. O jejum comum praticado no A.T. começava ao pôr do sol e estendia-se até o pôr do sol do dia seguinte. 2. Duração do jejum Na maioria das vezes durava apenas um dia (do pôr do sol até o pôr do sol do dia seguinte). A pessoa não comia nada a noite, e nem se alimentava durante o dia seguinte. “... Jejuaram aquele dia até à tarde...”, Jz.20.26. “... Maldito o homem que comer pão antes de anoitecer...”, 1Sm.14.24. “... Jejuaram até à tarde...”, 2Sm.1.12. “... Davi jurou, dizendo: Assim me faça Deus o que lhe aprouver, se eu provar pão ou alguma coisa antes do sol posto.”, 2Sm.3.35. Quando Daniel foi colocado na cova dos leões “... o rei Dario se dirigiu para o seu palácio, passou a noite em jejum... e fugiu dele o sono.”, Dn.6.18. Ester convocou um “... jejum... não comendo, nem bebendo por três dias, nem de noite nem de dia... se perecer, pereci.”, Et.4.16. Existem apenas três ocasiões em que há menção de um jejum de 40 dias: Moisés, Elias e Jesus. 3. Precauções quanto ao jejum A prática do jejum apresenta certos perigos para os quais devemos estar prevenidos. Perigos de natureza física se forem muito prolongados. Se a pessoa não está disposta a entregar-se à oração por longos períodos, durante o jejum, não deve pratica-lo. A mera privação de alimentos não tem nenhum valor se não for acompanhada por um exercício espiritual das mesmas proporções. Outro perigo do jejum é o problema da hipocrisia, que às vezes, cerca a questão, “quando jejuamos, não nos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam...”, Mt.6.16. Outro perigo ainda é o legalismo. Alguns querem que outros jejuem exatamente como eles fazem. Na verdade, a Bíblia não diz quanto tempo devemos jejuar, nem quantas vezes. A abstinência de alimentos às vezes é associada com a ideia de se fazer boas obras para agradar a Deus, “porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.”, Rm 14.17. Um último perigo é identificar jejum com espiritualidade. Só por jejuar não se torna mais santo. V – Como jejuar Jejuar não significa meramente abster-se de alimentos. Muitas pessoas ficam algum tempo sem ingerir por motivo de saúde, mas isso não significa que estejam jejuando, segundo o padrão bíblico. Outros jejuam porque desejam emagrecer. Também não é jejum bíblico. Jejuar envolve também orar, fazer leitura bíblica, arrepender-se e fazer uma sondagem no coração. Para que o jejum tenha valor para Deus, é preciso que tenha um objetivo espiritual – crescimento, transformação, ministério. A Bíblia não determina quantas vezes devemos jejuar, nem o tempo de duração. Não existe nenhuma referência com regulamentação específica sobre o assunto. Entretanto, isto não significa que o jejum deva ser ignorado. Quando alguém sente uma necessidade espiritual, é perfeitamente correto jejuar. Podemos concluir, então que, como todos nós temos problemas e dificuldades, devemos todos jejuar de vez em quando, devemos, porém, faze-lo de livre vontade, após buscar orientação de Deus. Quando nos dedicamos a um dia de jejum, Satanás também toma conhecimento disso. Ele ataca com todas as potestades do inferno. Sentimos um grande desejo de comer, nem que seja um simples pedaço de pão. Nem sempre estamos com fome; é que Satanás quer que se quebre o voto feito de jejuar. “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes.”, Ec.5.4. “Quando um homem fizer voto ao SENHOR ou juramento para obrigar-se a alguma abstinência, não violará a sua palavra; segundo tudo o que prometeu, fará.”, Nm.30.2. “Quando fizeres algum voto ao SENHOR, teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o SENHOR, teu Deus, certamente, o requererá de ti, e em ti haverá pecado. Porém, abstendo-te de fazer o voto, não haverá pecado em ti.”, Dt.23:21, 22 1. Antes de jejuar a) Determine previamente o tempo de duração do jejum. De preferência um dia. b) Comece abstendo-se de alimento sólidos, mas ingerindo líquidos. c) Planeje passar boa parte do tempo em oração e leitura bíblica. d) Comece tendo no coração o exame para arrependimento, “Chorei, em jejum está a minha alma, e isso mesmo se me tornou em afrontas.”, Sl.69.10. e) Examine-se e peça perdão, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”, 1Jo.1.9. f) Ore incessantemente, faça pedidos específicos, “orando sem cessar.”, 1Ts.5.17. g) Leia, reflita nas Escrituras. h) Faça do jejum um tempo de adoração a Deus – exemplo de Ana, “... que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações.”, Lc.2.37. VI - A quebra do jejum Quem jejua de maneira correta, deve encerrar o período de abstinência de maneira bíblica. Não se concebe que um crente esteja num espírito de oração e súplica num dado momento, e no seguinte entre numa atmosfera de total despreocupação. Com referência ao aspecto físico, como o estomago se acha totalmente vazio após o jejum, é importante que se saiba quebrar o jejum. Pessoas passam mal por ingerirem alimentos demais ou inadequados para o momento. A sugestão é que a quebra do jejum seja feita com alimentação leve (sopa, saladas ou lanches bem leves). Conclusão 1. O jejum deve levar-nos à tarefa de ganhar almas, de contribuir sacrificialmente, ou qualquer outra forma de serviço a Deus. 2. O valor do nosso jejum é medido pelo empenho que demonstramos no serviço cristão, depois que o encerramos. Jesus disse: “... recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”, At.1.8. O jejum deve nos ajudar a ser testemunhas melhores, fazendo de nós ganhadores de almas mais eficazes. Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

CONECTADO.

CONECTADO Hoje praticamente todos ou quase todos estão conectados através das mídias sociais. Verdade é que em muitos lugares a tecnologia ainda não chegou e muitos para se manterem ligados recorrem às senhas de vizinhos, lojas ou compartilham a internet para ficarem ligados no mundo virtual. Quando cai a conexão muitos ficam desesperados porque não podem continuar conversando com amigos, parentes ou até mesmo quando estão fazendo buscas incansáveis no mercado de vendas e compras, estudando ou trabalhando. Outros, por sua vez, ficam satisfeitos porque é o momento que eles tiram para ter uma folga dos estudos, do trabalho, da canseira das muitas mensagens indesejáveis. É verdade que muitos, por conta de atender e dar resposta urgente às mídias sociais, se desconectam totalmente dos familiares e seus amigos. Ainda que estejam no mesmo ambiente parecem que estão no mundo da lua não dando atenção e nem mesmo interagindo com o outro, apenas com o aparelho que está à sua frente. Talvez seja por este motivo que crianças já andam com o celular dentro do bolso, na sacola de fraldas, no bolso da calça jeans de seus pais para serem entregues ao bebê no lugar da chupeta, do colo, do carinho, da conversa, na hora de fazer a criança dormir, o celular, o tablet, os notebooks estão ali para substituir os progenitores. Não acontece com todos, mas a internet tem tirado o sono de muitos pais e filhos que se entregam facilmente às navegações diurnas e noturnas. Alguns pais se preocupam com o conteúdo que seus filhos assistem, outros não estão nem aí para o clicar dos dedinhos de seus filhos; para eles o importante é um sossego dos pirralhos. Bem antes da invenção da escrita, da luz elétrica, do telefone convencional, do telégrafo, do rádio, tv, internet, muitos homens já estavam conectados uns com os outros e, principalmente com Deus. Havia interação, conversa amigável, discussão dos problemas diários, choro, lágrima, sorriso devido um se achegar para perto do outro e expor as suas angústias, necessidades “quando (eles) ouviam a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia... o homem e sua mulher... (muitas vezes) chamava o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntava: Onde estás? (Com a finalidade de restabelecer o vínculo de amizade quebrado devido eles) ... ouvirem a... voz (do Senhor) no jardim, e, porque estavam... (com) medo, e se escondeu.” (Gn 3.8-10). Pode estar acontecendo daqueles que deixam seus filhos a ver o que desejam na internet deles estarem com “... medo, e se escondendo.” (Gn 3.8-10) das verdades bíblicas a respeito da obrigação que cada um têm para cuidar de seus filhos. Mesmo em condições adversas é possível pais e filhos se relacionarem para manterem todo contato para restabelecerem a amizade, o convício paternal e a disposição para um apoiar o outro. É bom saber que nos dias do patriarca Abraão, sem a tecnologia, as conversas, obrigatoriamente tinham que ser de viva voz. Um olhando na cara do outro para poder encarar as dificuldades e restabelecer confiança um no outro. “... Abraão (em um momento de prova com Deus em que ele teve que enfrentar o seu filho, pegou) a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque (dando assim a oportunidade para um interagir com o outro daí), seu filho... (e) ele... caminhavam ambos juntos (por algum momento sem palavras, apenas juntos, sentados à mesa, no sofá, na calçada, na praça). Quando Isaque (puxa a conversa) dizendo a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? (Como o pai não sabia da resposta e, assim deve acontecer com todos os pais quando não souberem responder as indagações dos filhos,) respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.” (Gn 22.6-8). Ei, desligue a chave geral de energia elétrica para dar um pane em todos os aparelhos, feche o registro de água para relaxar um pouco antes de tomar o banho, desconecte os aparelhos eletrônicos para conversar com os seus, descanse um pouco no sofá ou, se preferir vá para a cama e leve toda a família para um bate-papo, uma conversa descontraída. Relaxe ao amanhecer, levante mais cedo para se conectar com Deus, dando um beijo e abraço em todos, vai pescar, sentar na praça com seus filhos, cônjuge e os amigos para jogar conversa fora. Que o Papai do céu continue instruindo você em todo o seu trato com a sua família! Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Sl.16 - A PRESENÇA DE DEUS.

A PRESENÇA DE DEUS Sl.16 Introd.: Certa vez disse Deus ao povo de Israel: “Porque eis que eu estou convosco; voltar-me-ei para vós outros, e sereis lavrados e semeados.”, Ez.36.9. De igual modo Jesus falou aos discípulos: “... E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”, Mt.28.20. Nar.: O eterno Deus promete ao rei Davi a Sua presença constante. Propos.: Essa presença é estendida a todos quantos creem no Deus único e verdadeiro. Trans.: A presença de Deus... 1 - Protege. “Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio.”, Sl.16.1. A oração de Davi é: “Guarda-me, ó Deus...”, Sl.16.1. O guerreiro, comandante, chefe de milhares e rei Davi se confia à proteção divina e não em si mesmo. A sua fé era definida e estável, não estava em nenhum outro “... porque em ti me refugio”, Sl.16.1. O jovem ruivo, de belos olhos e boa aparência confiava que Deus manteria a sua segurança durante todo o curso de sua vida. Por isso de Davi professar a fé e dizer: “Digo ao SENHOR: Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a ti somente.”, Sl.16.2. Davi reconhecia a proteção divina a ponto de exclamar com a alma: “... Tu és o meu Senhor...”, Sl.16.2. Fala de um sentimento que havia sido colocado por Deus continuamente em sua alma. Além de Deus não existe outro significado na vida e nenhuma felicidade pessoal. Nada vai bem faltando a proteção e a bênção de Deus, por isso ele insiste: “... outro bem não possuo, senão a ti somente.”, Sl.16.2. Mesmo se possuísse qualquer bem para oferecer a Deus, o meu Jesus é autossuficiente para me proteger. Em resposta a essa maravilhosa proteção o salmista fala de comunhão horizontal com “... os santos que há na terra...”, Sl.16.3. O desejo do salmista é que os santos se juntem para adorar aquele que nos protege. Não convém juntar-se aos incrédulos, mas devo estar com os santos “... notáveis (ou admiráveis) nos quais tenho todo o meu prazer.”, Sl.16.3. Eu e você devemos preferir “... os santos que há na terra...”, Sl.16.3. Os santos são o nosso motivo de comunhão e benefício mutuo, a nossa proteção vinda do próprio Deus. Por que Davi pede a proteção de Deus? Porque “muitas serão as penas dos que trocam o SENHOR por outros deuses...”, Sl.16.4. E isso ele não desejava para si; “... trocar o SENHOR por outros deuses...”, Sl.16.4 que nada podem fazer. A sua procura era pelo Senhor dos senhores que o protegia constantemente. A sua comunhão era com os santos, logo, ele declara: “... não oferecerei as suas libações de sangue, e os meus lábios não pronunciarão o seu nome.”, Sl.16.4. Não participo de festas idólatras e não pronuncio o nome de seus deuses. Agindo assim posso repetir: “Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio.”, Sl.16.1. A presença de Deus... 2 – Garante a minha herança. “O SENHOR é a porção da minha herança e o meu cálice; tu és o arrimo (proteção) da minha sorte”, Sl.16.5. Davi medita sobre os benefícios recebidos de Deus. Volta o pensamento aos seus antepassados quando receberam a herança da terra prometida. O rei reconhece que a presença de Deus é tudo o que tem; “o SENHOR é a porção da minha herança...”, Sl.16.5. A presença de Deus se distingue dos idólatras. Quando ele diz que “o SENHOR é a porção...”, Sl.16.5 ele quer transmitir a confiança no Deus que supre tudo. Pois quem vive sem a presença de Deus é viver num estado de incerteza. Davi faz um jogo de palavras onde compara a herança igual a terra, semelhante ao sustento diário. Compara também o cálice igual a renda, tal como o produto de sua herança. Ou seja, a presença de Deus “... é o arrimo (proteção) da minha sorte (vida).”, Sl.16.5, ou seja, Deus é tudo. Nos dá o poder de usufruir de todo bem. Tu és meu solo sobre o qual minha porção está situada. Quando os israelitas tomaram posse da terra prometida, nem todos ficaram felizes com a localização. Davi se alegrou tanto com a sua herança que disse: “... é mui linda a minha herança.”, Sl.16.6. O que recebo de Deus é maravilhoso, não existe igual. “Caem-me as divisas em lugares amenos (agradáveis) ...”, Sl.16.6. O texto indica felicidade espiritual. Não deseja nada mais além da presença de Deus. A presença de Deus... 3 – Impulsiona a dar graças. “Bendigo o SENHOR, que me aconselha; pois até durante a noite o meu coração me ensina.”, Sl.16.7. Eu agradeço a Deus disse Davi: “Bendigo o SENHOR...”, Sl.16.7. Por que? Por que Deus “... me aconselha; pois até durante a noite o meu coração me ensina.”, Sl.16.7. Durante o curso de nossa vida Deus corrige até mesmo a nossa mente. Somos conduzidos pelo Espírito Santo em nossa vida diária. Só nos resta dizer: “O SENHOR, tenho-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita, não serei abalado.”, Sl.16.8. Posso me refugiar nele de todos os perigos; só tenho que agradecer, pois Deus está presente. Quando “tenho o SENHOR, sempre à minha presença... não serei abalado.”, Sl.16.8. O meu coração não ficará perturbado porque dou graças. Devemos valorizar mais que qualquer outra coisa a comunhão com Deus. Por isso Davi fala no verso 9: “Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro.”, Sl.16.9. Por que alegrar o coração e exultar o espírito? Porque a nossa felicidade repousa em Deus. Porque vivendo sob a proteção de Deus, vivemos no desfruto, na paz e na alegria total. Porque “... o meu corpo repousará seguro.”, Sl.16.9. Logo, só devo agradecer a presença de Deus. Para encerrar Davi diz que a presença de Deus... Conclusão: Guarda a alma. “Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.”, Sl.16.10. Deus presente em minha vida não temo a morte, “pois Deus não deixarás a minha alma na morte...”, Sl.16.10, isto é, porque a minha salvação é garantida e Deus me liberta de toda ansiedade e temor. A morte não terá poder sobre os eleitos de Deus, “pois Ele (mesmo) ... não permitirás que o teu Santo veja corrupção.”, Sl.16.10. E mais, Deus “... me fará ver os caminhos da vida... (que somente com a sua) presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.”, Sl.16.11. Com a presença de Deus temos tudo para a perfeita felicidade. Em lugar da morte, é-nos conferido vida abundante, porquanto os efeitos da morte foram anulados com a presença de Deus em minha vida. Rev. Salvador P. Santana