DIA DO SENHOR: DIA DE RESTAURAÇÃO, Sf.3.9-20.
Introd.: Na lição
anterior, Sofonias anunciou a vinda terrível do juízo.
Seu ensino se refere ao juízo
temporal que se abateu sobre Judá e seus vizinhos, quanto ao juízo final que
virá sobre toda a humanidade.
Não podemos ficar com a impressão de
que tudo o que Deus quer é derramar sua ira e destruir.
O propósito de Deus é restaurar sua
criação.
O anúncio do Dia do SENHOR serve de
estímulo e encorajamento para todos os que pertencem a Deus.
Esse tempo de restauração é
mencionado pela primeira vez em Sofonias ao dizer que “o litoral pertencerá aos
restantes da casa de Judá; nele, apascentarão os seus rebanhos e, à tarde, se
deitarão [...] porque o SENHOR, seu Deus, atentará para eles e lhes mudará a
sorte”, Sf.2.7.
Israel não será o único beneficiado
pelo trabalho restaurador do SENHOR, “[...] porque (serão) aniquilados todos os deuses da terra; todas
as ilhas das nações, cada uma do seu lugar, o adorarão o SENHOR [...]”, Sf.2.11.
Esta lição nos desafia a
experimentar, desde já, os transformadores resultados da obra divina.
Precisamos aprender a viver segundo
o reto padrão do mundo restaurado e confiante de que a eterna bênção da nova
criação virá como resultado da obra de Deus.
Ao fazer cair sua ira e maldição
sobre os povos, enquanto a terra é devorada pelo zelo do SENHOR, Deus está
formando uma nova humanidade, totalmente para Si.
É por isso que devemos “aguardar a bendita esperança e a
manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”, Tt.2.13.
Esse mesmo Jesus nos “[...] remiu de toda iniquidade e
purificou, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras”, Tt.2.14.
Dia de restauração fala de [...]
1 – Lábios
puros para os povos.
O primeiro resultado da obra do
SENHOR é que Ele “[...]
dará lábios puros (sinceridade, fidelidade) aos povos, para que todos invoquem
o nome do Senhor e o sirvam (com dedicação) de comum acordo”, Sf.3.9.
Uma das características dos
perversos é “eles
tem a boca cheia de maldição, enganos e opressão; debaixo da língua, insulto e
iniquidade”, Sl.10.7.
A marca do justo é que ele pode
pedir que Deus “[...]
sonde (o seu) coração, de noite o visite (com a Palavra para alertá-lo sobre o
pecado), prová-lo no fogo (purificar) e (conforme a sua oração, através do
olhar de Deus) iniquidade nenhuma encontrará [...] (nele); a sua boca (conforme
a sua sinceridade) não transgredirá”, Sl.17.3.
É por este motivo que o povo de Deus
“[...] não (pode) cometer
iniquidade (não reconhecer o direito de cada um), nem proferir mentira, e na
sua boca não se (deve) achar língua enganosa, porque serão apascentados (pelo
Senhor Jesus, daí), deitar-se-ão, e não haverá quem os espante”, Sf.3.13.
Jesus criticou os escribas e fariseus
ao chamá-los de “raça
de víboras (veneno mortífero), como podeis falar coisas boas, sendo maus?
Porque a boca fala do que está cheio o coração”,
Mt.12.34.
É preciso tomar cuidado, mesmo “porque, pelas nossas palavras,
seremos justificados e, pelas nossas palavras, seremos condenados”, Mt.12.37.
O sinal da obra restauradora do
Senhor em nossas vidas é visível quando eu e você “[...] cremos com o coração [...]
para justiça e com a boca [...] confessamos a respeito da salvação”, Rm.10.10.
É por este motivo que, “por meio de Jesus [...]
ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que
confessam o seu nome”, Hb.13.15.
Ao ser purificado por Deus, “com (a nossa) língua, bendizemos
ao Senhor e Pai [...] (essa atitude deve ser evidente em nós pelo motivo) da
[...] (nossa) boca (ser canal para) proceder bênção [...] jorrar [...] o que é
doce [...]”, Tg.3.9-11.
A partir da nossa restauração
podemos “abrir [...]
os nossos lábios, e a nossa boca manifestará os [...] louvores (ao) Senhor”, Sl.51.15.
Os
efeitos restauradores do Dia do Senhor se darão “dalém dos rios da Etiópia (África), os [...]
adoradores (de) Deus, que constituem a filha da [...] dispersão (filho ou
filhos de Salomão com a rainha de Sabá) [...] trarão sacrifícios (a Deus e até
Eunuco de Candace)”, Sf.3.10.
Haverá um Dia final, em que, “[...] toda língua confessará que
Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”,
Fp.2.11.
Quando afinal, eu e você chegar ao céu,
“[...] veremos [...]
(uma) grande multidão que ninguém pode enumerar, de todas as nações, tribos,
povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de
vestiduras brancas [...]”, Ap.7.9.
Na Mansão eterna haverá “[...] clamor em grande voz,
dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a
salvação”, Ap.7.10.
Após a restauração do homem pecador,
vem a [...]
2 – Libertação
do pecado e da culpa.
O efeito da obra restauradora do Dia
do Senhor é o perdão e a purificado do pecado.
Na lição anterior vimos a necessidade
do autoexame e da busca do Senhor para a nossa restauração.
Para que sejamos perdoados e
efetivamente restaurados, é necessária uma obra que somente Deus pode realizar.
Chegará o “[...] dia (em que) [...] não nos envergonharemos
de nenhuma das nossas obras, com que nos rebelamos contra Deus; então, Deus tirará
do meio de nós os que exultam na sua soberba (orgulho), e (cada um de) nós nunca
mais [...] ensoberbeceremos (elevar) no [...] santo monte (igreja de Deus)”, Sf.3.11.
É por isso que “[...] o SENHOR (nos convida:) Vinde,
pois, e arrazoemos (discutir); ainda que os nossos pecados sejam como a
escarlata (vermelho), eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam
vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã (alvo)”, Is.1.18.
Então, o que nos resta fazer é “[...] confessar os nossos
pecados, (porque) Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça”, 1Jo.1.9.
A tristeza que sentimos quando
pecamos é recompensada ao saber que cada um de “[...] nós [...] estávamos mortos pelas nossas
transgressões [...] Deus nos deu vida juntamente com Jesus, perdoando todos os
nossos delitos (desvio, deslize, pecado)”,
Cl.2.13.
Na libertação somos contemplados em “ter cancelado (limpar) o escrito
de dívida (Lei), que era contra nós e que constava de ordenanças (que não temos
condições de cumprir), o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente,
encravando-o na cruz”, Cl.2.14.
É preciso saber que “todo aquele que o Pai [...] dá
(para) Jesus, esse (irá) [...] a Jesus; e o que vai a Jesus, de modo nenhum Jesus
o lançará fora”, Jo.6.37.
Você faz parte desse grupo?
É preciso que eu e você “venha a Jesus, (pois) todos os
que estão cansados e sobrecarregados [...] Jesus (os) [...] aliviará”, Mt.11.28.
Deve ser uma decisão pessoal de “tomar sobre nós o [...] jugo (de)
Jesus e aprender dele, porque Jesus (é) manso e humilde de coração; e acharemos
descanso para a nossa alma”, Mt.11.29.
A
libertação do pecado e da culpa nos conduz a [...]
3 – Humildade
e modéstia (simplicidade, sem vaidade).
Ao invés de arrogância e soberba,
Deus deseja humildade.
Por este motivo ele fala através do
profeta Sofonias que Ele “[...] deixará, no meio de nós, um povo modesto (simples, sem
vaidade) e humilde (depende, reconhece o Senhorio de Deus), que confia em o
nome do Senhor”, Sf.3.12.
A palavra de Isaías fala que “[...] o Alto, o Sublime, que
habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habita no alto e santo lugar, (deseja)
[...] habitar também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o
espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos”, Is.57.15.
O salmista declara que “[...] os mansos herdarão a terra
e se deleitarão na abundância de paz”,
Sl.37.11.
Na maneira de pensar deste mundo, a
mansidão é uma fraqueza, e aqueles que a praticam serão roubados de todos os
seus direitos.
Os caminhos do mundo são de
corrupção e opressão. Prevalece em nossos dias a lei do mais forte.
Nós, como servos de Jesus, devemos
acreditar que chegará “[...] tempos de refrigério [...] (para a nossa alma com a) presença
do Senhor Jesus (em nossas vidas) [...]”,
At.3.20.
Jesus
nos oferece um magnífico exemplo de humildade quando Ele, “[...] a si mesmo se esvaziou,
assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido
em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e
morte de cruz”, Fp.2.7, 8.
Eis o motivo do convite a todos nós:
“Tomai sobre vós o
meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis
descanso para a vossa alma”, Mt.11.29.
Após a humildade em cada coração, é
motivo de [...]
4 – Alegria
e louvor.
A chegada do Dia do Senhor é motivo
de alegria em nossos corações.
O profeta Sofonias nos convida a “cantar [...] rejubilar [...]
regozijar [...] e [...] exultar de todo o coração [...]”, Sf.3.14.
O uso desses verbos mostra que o
profeta tem em mente uma condição completamente nova e transformadora.
O pai de “[...] Noé (lhe) pôs (esse) [...] nome
[...] dizendo: Este nos consolará dos nossos trabalhos e das fadigas de nossas
mãos, nesta terra que o SENHOR amaldiçoou”,
Gn.5.29.
É possível viver alegre com Cristo até
mesmo acumulando lista de adversidades “[...] em trabalhos [...] em prisões; em açoites [...] em perigos
de morte [...] (ser) fustigado (bater) com varas [...] apedrejado; em naufrágio
[...]”, 2Co.11.23-25.
Sofonias registra de várias maneiras
as tristezas presentes.
Além do próprio pecado, Israel “[...] estava entristecido por se
achar afastado das festas solenes [...] (culto. Foi preciso) Deus os congregar
[...]”, Sf.3.18 a fim de dar-lhes alegria.
Foi decisão de Deus “[...] naquele tempo, proceder
contra todos os que [...] afligiam (o povo de Deus); salvou os que coxeiam (manco),
e recolheu os que foram expulsos, e fez deles um louvor (mente renovada) e um
nome (reconhecimento) em toda a terra em que sofrerem ignomínia (vergonha)”, Sf.3.19.
Paulo fala que diante de todas as
adversidades “[...]
não desanimamos [...] (porque) o nosso homem interior se renova de dia em dia”, 2Co.4.16.
O motivo desse novo ânimo é porque “o Senhor afasta as sentenças (de
morte) que eram contra nós e lançou fora o nosso inimigo (Satanás). O Rei de
Israel, o Senhor, está no meio de nós (para proteger) [...]”, Sf.3.15.
Todos esses atos restauradores do Senhor
estão vinculados à vida e obra de Cristo.
No nascimento de Jesus “o anjo [...] disse: Não temais;
eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo (que
serve a Deus)”, Lc.2.10.
A missão de Jesus em nossas vidas é “[...] proclamar libertação aos
cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos”, Lc.4.18.
Jesus declara que “[...] agora (podemos) [...] ter
tristeza; mas outra vez nos verá; (então) o nosso coração se alegrará, e a nossa
alegria ninguém poderá tirar”, Jo.16.22.
Será
no grande e glorioso Dia que “[...] o Cordeiro que se encontra no meio do trono (nos) [...]
apascentará e (nos) [...] guiará para as fontes da água da vida. E Deus nos enxugará
dos olhos toda lágrima”, Ap.7.17.
O que nos resta é esperar que “[...] Jesus vem sem demora. Amém!
Vem, Senhor Jesus!”, Ap.22.20.
O Dia do Senhor nos fala sobre a
[...]
5 – Companhia
Divina.
O destaque do profeta Sofonias é de
que “o Senhor, nosso
Deus, está no meio de nós, poderoso para salvar-nos [...]”, Sf.3.17.
É por isso que “[...] Deus [...] se deleitará em nós
com alegria; renovando-nos no seu amor, regozijando-se em nós com júbilo”, Sf.3.17.
O valor desse benefício de Deus é
cantado pelo Salmista ao dizer que “o SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso
refúgio”, Sl.46.7.
Podemos dizer como o salmista de que
a “bondade e
misericórdia (de Deus) certamente nós seguirão todos os dias da nossa vida; e
habitaremos na Casa do SENHOR para todo o sempre”,
Sl.23.6.
A
falta dessa confiança condenou o rei “[...] Acaz [...]”, Is.7.10, mas
deu ocasião à profecia de que “[...] o Senhor mesmo [...] daria um sinal: eis que a virgem
conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel”, Is.7.14 “[...] (que quer dizer: Deus conosco)”, Mt.1.23.
Jesus consolou seus do dizer-lhes
que “[...] Ele
rogaria ao Pai, e ele lhes deu outro Consolador, a fim de que estivesse para
sempre [...] (com eles)”, Jo.14.16.
Jamais
somos “[...] deixados
órfãos [...]”, Jo.14.18.
A promessa de Jesus é “[...] que Ele estará conosco
todos os dias até à consumação do século”,
Mt.28.20.
A promessa da companhia divina vai
além desse mundo passageiro, isto porque, “[...] Jesus foi [...] nos preparar lugar, voltará e nos
receberá para Ele mesmo, para que, onde Ele está, estejamos nós também”, Jo.14.3.
E, no Dia final, cada um de “[...] nós, os vivos, os que
ficarmos, seremos arrebatados [...] entre nuvens, para o encontro do Senhor nos
ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”, 1Ts.4.17.
Após o nosso encontro com Jesus, os
servos de Deus “[...]
reinarão pelos séculos dos séculos (com Jesus Cristo)”, Ap.22.5.
O Dia do Senhor nos avisa que [...]
Conclusão: Não
precisamos temer a restauração.
“Naquele dia (pode ser o Dia do retorno de Cristo ou
da nossa restauração, libertação), se dirá a [...] (cada um de nós): Não temas
[...] não se afrouxem os seus braços (para trabalhar em favor do evangelho)”, Sf.3.16.
“Naquele tempo, Deus nos fará voltar
e nos recolherá (da vida de pecado); certamente, fará de nós um nome e um
louvor (exaltando-nos) entre todos os povos da terra (para anunciar a Cristo),
quando Deus [...] mudar a (nossa) sorte diante dos nossos olhos (para sermos
renovados, transformados e restaurados), diz o Senhor”, Sf.3.20.
Aplicação: Precisamos
saber que o evangelho transforma a nossa vida.
É por este motivo que precisamos
frequentar os cultos, orar, ler a Bíblia agindo com humildade.
Rejeite os padrões do mundo e agrade
ao Senhor.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Expressão – Os profetas
falam hoje – CCC – Rev. Dario de Araújo Cardoso.