terça-feira, 29 de junho de 2021

Sl.13 - O DIFÍCIL CAMINHO ATÉ ALCANÇAR A ALEGRIA

O DIFÍCIL CAMINHO ATÉ ALCANÇAR A ALEGRIA Salmo 13 Introd.: Como é difícil alcançar alegria. No decorrer da nossa vida temos encontrado vários obstáculos. Para estancar a alegria da nossa alma é só ligar a TV ou ler os jornais para perceber que os acontecimentos do nosso país não contribuem para a nossa alegria. Qual o caminho que devemos percorrer para alcançar a verdadeira alegria? A nossa única esperança está na confiança que temos em o nome do nosso Deus. Noutro salmo Davi expressa a alegria da seguinte forma: “Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam. Assim, cumpre-me bendizer-te enquanto eu viver; em teu nome, levanto as mãos”, Sl.63.3,4. Nar.: Davi faz uma súplica a Deus. Provavelmente ele estava doente ou prestes a morrer ou até mesmo em tempos de guerra. Parece que a ausência de Deus é causa de grande angústia na alma de Davi. É verdade que o homem longe de Deus a sua alma fica atribulada, mas esse não era o caso do rei Davi. As perguntas insistentes mostram a impaciência de quem se encontra no sofrimento. O salmista lamenta a opressão causada pelo inimigo. Propos.: O difícil caminho até a alegria nos estimula através da fé a romper as barreiras. Trans.: Para alcançar a alegria é necessário... 1 – Lamentar. “Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o rosto?”, Sl.13.1. A pergunta até quando é típica dos salmos de súplica. A pergunta se repete por quatro vezes, “Até quando esquecer-te-ás de mim?... até quando ocultarás de mim o rosto?... até quando estarei eu relutando?... até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?”, Sl.13.1, 2. Quantas vezes perguntamos até quando para Deus? No momento em que a pressão é sentida, no momento em que a esperança e o desespero te perseguem mutuamente, daí, então, perguntamos: “Até quando, SENHOR?...”, Sl.13.1. Aqui vemos os quatro aspectos do sofrimento: 1 – Solidão – porque Deus está esquecido dele. “Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre?...”, Sl.13.1a. 2 – Vergonha – porque parece que Deus não cuida dele, lhe transmite o sentimento da sua insignificância. “... Até quando ocultarás de mim o rosto?”, Sl.13.1b. 3 – Desespero – porque ele é deixado aos seus próprios recursos, tão pobre, para ofuscar os planos dos seus inimigos. “Até quando estarei eu relutando dentro em minha alma, com tristeza no coração cada dia?...”, Sl.13.2a. 4 – Injustiça – porque os seus inimigos tem a vantagem e estão exaltados, enquanto que aquele que busca viver retamente como diante do Senhor acha-se abatido e destituído de poder. “... Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?”, Sl.13.2b. Essas quatro perguntas indicam quanto é dolorida a opressão e a infelicidade de Davi. O salmista indaga ousadamente por quanto tempo ainda Deus permite que seu sofrimento continue. “Até quando, SENHOR?...”, Sl.13.1ª. Até quando iremos lamentar diante do Senhor? Esse lamento pode durar até o momento em que nos dedicarmos a... 2 – Oração. “Atenta para mim, responde-me, SENHOR, Deus meu! Ilumina-me os olhos, para que eu não durma o sono da morte”, Sl.13.3. Davi faz uma oração em quatro aspectos. 1 - Ele fala: “Atenta para mim, responde-me, SENHOR, Deus meu!...”, Sl.13.3a. Essa é uma expressão de temor de que Deus não responderá a menos que seja solicitado a fazê-lo. “Atenta (olha, contempla) para mim, responde-me...”, Sl.13.3a. Essa deve ser a nossa atitude - Insistência. 2 – Ele diz ainda mais: “[...] Ilumina-me os olhos para que eu não durma o sono da morte”, Sl.13.3b. Este é um apelo direto: “Ilumina-me”, Sl.13.3b. Tornar claro, brilha a minha aflição para encontrar o caminho certo. O salmista vê-se constrangido a clamar a Deus, não só porque lhe é doloroso se julgar negligenciado por Deus, mas também para que a morte não venha sobre si de uma forma súbita como o seu próximo sono, “... para que eu não durma o sono da morte”, Sl.13.3c. 3 – Davi pede que os seus inimigos não sejam finalmente triunfantes sobre ele. “Para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele...”, Sl.13.4a. 4 – E finalmente ora para que os mesmos inimigos não tenham motivo para se regozijar em virtude de ele ser removido da sociedade humana. “... e não se regozijem os meus adversários, vindo eu a vacilar”, Sl.13.4b. Esta oração é paralela aos quatro aspectos de dor nos versos 1, 2. Por isso Davi pede a Deus que o liberte dizendo: “Atenta para mim, responde-me... ilumina-me os olhos...”, Sl.13.3. A breve oração mudou completamente a situação; ela constitui o ponto decisivo. Se Deus não salvar o justo, o próprio nome de Deus ficará comprometido diante desse fracasso. Daí, o injusto se alegrará, cantando vitória. A oração não operou mudança em Deus, mas operou mudança na atitude do salmista, ele alcançou... 3 – A alegria. “No tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação”, Sl.13.5. Como é difícil o caminho até alcançar a alegria? Davi se compromete a louvar a Deus pelo livramento. Ele tem a certeza em quatro aspectos: 1 - Davi pela fé diz: “... Confio na tua graça...”, Sl.13.5b. É uma linguagem da aliança, especificamente, a devoção graciosa, o amor por meio do qual Deus se vinculou ao seu povo. 2 – Ele fala ainda mais: “... Regozije-se o meu coração...”, Sl.13.5c. É um contraste com o verso 4 quando o inimigo se alegra na queda, na morte do salmista. Davi busca alívio naquele que é capaz de conferir alívio. Confia no amor leal de Deus e em sua salvação. Apesar de sofrer, confia no resultado final de Deus, o seu; “... coração regozija ... na... salvação”, Sl.13.5d de Deus. O desânimo dá lugar à confiança na medida em que a sua fé se firma. É Deus se alegrando na salvação do justo. 3 – O salmista canta louvores por causa da maneira de Deus agir. "Cantarei ao SENHOR...”, Sl.13.6. Quando esqueço daquilo que Deus faz mediante a obra de Cristo, surge a tendência de questionar sobre os propósitos de Deus. É preciso ter comunhão com Deus para vivermos alegres na bondade que nos é propiciada por Ele. 4 – Daí, ele completa dizendo: “... Porquanto me tem feito muito bem”, Sl.13.6. A declaração de confiança mostra que a pessoa já foi atendida ou acredita que brevemente o será. Às vezes tem sido isso que nos falta: Confiança no cuidado eterno de Deus em nosso favor, ou seja, o restituir a nossa alegria completa nEle. Essa esperança, sempre clarificada e cristalizada pela oração, é uma das características constantes dos Salmos. É difícil alcançarmos a alegria? Conclusão: É doloroso percorrer o caminho até alcançarmos a alegria, mas é gratificante saber que no final de nossas lutas e desprazeres alcançaremos a verdadeira felicidade, isto é, se estivermos ligados pela fé em Cristo Jesus, é como diz: “Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem”, Sl.13.6. Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 25 de junho de 2021

CADA DIA MAIS PRÓXIMO

CADA DIA MAIS PRÓXIMO Para muitos era impossível um simples vírus se deslocar em 2019 de Wuhan, província de Hubei, atravessar oceanos e chegar ao Brasil. Desde a primeira contaminação do coronavírus no Brasil, em fevereiro de 2020 até hoje, muitos ainda zombam, criticam e incentivam outros a não usarem máscaras, não lavarem as mãos, não fazerem uso do álcool em gel e a não tomarem a vacina. Alguns até dizem que as vacinas aplicadas irão “cancelar o seu CPF”, ou seja, de que o governo deseja muito a sua morte. Não dá para acreditar em tudo isso. Como se não bastasse os horrores já acontecidos no dia a dia, você vê, escuta e acompanha as muitas informações de que pessoas distantes de outros países, estados, cidades, um vizinho, um amigo, até mesmo um inimigo, colegas de escola, trabalho, parentes mais distantes até atingir um seu ente querido que dorme na mesma casa, compartilha as mesmas dores que foi contaminado com a Covid-19. Daí você entra em pânico, desespero e não sabe para quem pedir ajuda. Nesses momentos de incertezas, de enfermidades traiçoeiras, de uma pessoa em quem você não pode confiar porque ela só traz notícias ruins, só fala em dores, doenças, Covid-19, a quantidade de pessoas hospitalizadas, intubadas, de quantas foram à óbito no dia anterior, é possível você “... dizer: Basta! Não me fales mais nisto.” (Dt 3.26). É possível que você deixe os amigos e inimigos de lado e comece a assistir a TV, ler os jornais e revistas e, daí todas as notícias não param de falar sobre Covid-19, total de mortes no mundo, no pais, no estado e nas cidades. Até parece que existe uma lavagem do bem para inculcar o mal, levar à ruina a sua mente. É mais viável você fazer a opção por “não dar ouvidos aos vossos profetas e aos vossos adivinhos, aos vossos sonhadores, aos vossos agoureiros e aos vossos encantadores, que vos falam...” (Jr 27.9) coisas perversas, que trazem intrigas ao seu coração, que causam desconforto à sua alma. Ao invés disso se faz necessário “... de coração resolver buscar o SENHOR, Deus de Israel ...” (2Cr 11.16) a fim de obter segurança, tranquilidade, paz no coração, esperança de dias melhores e mais tranquilos para “... viver contente em toda e qualquer situação.” (Fp 4.11). Não vale a pena viver estressado por notícias ou enfermidades que você não sabe qual ou se irá atingir o seu corpo. Por isso, “... não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mt 6.34). Não é viável pensar que só pelo fato de um parente, amigo ou inimigo estar infectado, que você será atingido. O que vale a pena é aprender a “esperar pelo SENHOR, ter bom ânimo, e fortificar o seu coração; esperar, pois, pelo SENHOR.” (Sl 27.14) que dará a resposta favorável a respeito do seu futuro. Mais próximo a você deve estar Jesus Cristo que “... que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós,” (Ef 3.20). Sendo assim, “não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.” (Mt 10.28). Faça como Zaqueu que “procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura. Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar.” (Lc 19.3, 4). A resposta de Jesus, claro, “quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa.” (Lc 19.5). Zaqueu foi eternamente recompensado. Por estar mais próximo de Jesus, foi “... necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, (você também pode fazer a opção) pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (Lc 10.42). Ao homem de posição, “ouvindo-o Jesus, disse-lhe: Uma coisa ainda te falta: vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me.” (Lc 18.22). Que pena! “Mas, ouvindo ele estas palavras, ficou muito triste, porque era riquíssimo.” (Lc 18.23). É por isso que “... Jesus, vendo-o assim triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!” (Lc 18.24). Tenha coragem de ficar mais próximo de Jesus assim como “... o homem de quem saíram os demônios, vestido, em perfeito juízo, assentado aos pés de Jesus...” (Lc 8.35), o qual o salvou para toda a eternidade. Rev. Salvador P. Santana

1Co.15.58 - SEDE FIRMES

SEDE FIRMES 1Co.15.58 Introd.: “[...] O bambu depois de plantada a sua semente, não se vê nada, absolutamente nada, por quatro anos, exceto o lento desabrochar de um diminuto broto, a partir do bulbo [...] Durante todo esse tempo o seu crescimento é subterrâneo. A sua raiz se estende vertical e horizontal pela terra. Mas no quinto ano, o bambu chinês cresce, até atingir 24 metros” – (DF – fev/03). Encontramos muitos homens iguais ao bambu – o seu crescimento é lento, mas profundo. Não desista daquilo que te faz crescer espiritualmente. Trabalhe com maior dedicação na causa de Cristo. Sede firmes; é o conselho de Paulo. Nar.: O apóstolo diz que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus. Logo, é preciso saber que os mortos serão ressuscitados e os vivos serão transformados. Propos.: Paulo conclama a todos os cristãos a serem firmes. Trans.: Sede firmes [...] 1 – Nos limites da vida. O limite da vida fala do tempo presente, passageiro que não volta mais, do pó que volta à terra. Por isso do dito de Paulo: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes (sentado) [...]”, 1Co.15.58. Para Paulo quem acredita no Cristo ressuscitado pode cantar o triunfo da vida para progredir. Daí ele pode dizer: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”, 1Co.15.57. Jesus não caminhou por uma estrada fácil e nem prometeu um caminho fácil. O grande desejo de Paulo é perceber a firmeza de seus filhos na fé. Ele fala que apesar das lutas, dificuldades, perseguições, fome, nudez é preciso cada “[...] amado irmão, ser firme, inabalável (persistente) [...]”, 1Co.15.58. Paulo olha para o presente com uma perspectiva de vida eterna com Cristo. Ele não se importa com o tempo de vida que lhe resta. O seu pensamento é simplesmente nas riquezas que possuía em Cristo - enxergava a glória eterna. No limite da vida “[...] amado irmão, sede firme (sentado) [...]”, 1Co.15.58, se é que permanece na fé. Nos limites da vida Paulo insiste “[...] meu amado irmão, sede [...] inabalável (estável) [...]”, 1Co.15.58 na crença, conduta, na convicção da ressurreição. Sede firme [...] 2 - Além dos limites da vida. Além dos limites da vida é passar a depender mais de Cristo. É não ser movido, não ser abalado, não ser deslocado da esperança da ressurreição. É insistir na capacidade de se firmar não só na crença, mas de ser “[...] sempre abundantes na obra do Senhor [...]”, 1Co.15.58. É trabalhar, labutar, esforçar-se. A melhor resposta para a dúvida é o trabalho. Não existe fé sem vida em progresso, em testemunho, em prática constante. Tenha esperança definida quanto ao futuro, tenha incentivo para o serviço presente. Jesus fala que devemos “trabalhar, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem nos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo”, Jo.6.27. A esperança da sobrevivência é elevada a proclamação de louvor e júbilo – isso se dá em forma de trabalho. Aquele que não trabalha visando a glória de Deus e o bem dos homens, não é reconhecido como um servo de Cristo. Quando vivemos além dos limites da vida é preciso saber que não depende mais dos filhos dos homens, mais de Deus. Ao viver além dos limites da vida “[...] não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia”, Rm.9.16. Vivendo além dos limites da vida o trabalho não é vão, não é infrutífero, fútil, sem propósito, sem resultado, sem efeito, sem proveito. Seja firme além dos limites da vida porque você “[...] sabe que, no Senhor, o seu trabalho não é vão”, 1Co.15.58, vazio. Sede firme [...] Conclusão: Como o bambu, precisamos criar raízes “[...] firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o nosso trabalho não é vão”, 1Co.15.58. Embora passando por lutas, dificuldades, descrença, precisamos ser mais firmes no Senhor. Quem está firme no Senhor, não importa se no limite da vida ou além do limite, a sua segurança é a ressurreição de Cristo Jesus, a nossa garantia. Rev. Salvador P. Santana

1Jo.2.18-29 - CUIDADO COM OS ANTICRISTOS.

Adaptado pelo Rev. Salvador Pereira Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3. CUIDADO COM OS ANTICRISTOS, 1Jo.2.18-29. Objetivo: Resistir e combater os que pregam falsas doutrinas. Nar.: Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiramente homem. O filme mais assistido em toda a história é Jesus. O livro mais impresso e vendido é a Bíblia Sagrada – 11 milhões todos os anos. Quanto mais se persegue o cristianismo, mais ele cresce e prevalece. John Lennon disse no auge de sua fama: “O cristianismo passará. Ele irá se dissipar e encolher. Eu não preciso discutir isso, eu estou certo e ficará provado que eu estou certo. Nós somos mais populares que Jesus”. Anos se passaram e os Beatles se separaram. John Lennon morreu assassinado em 08.12.1980 e o cristianismo continua crescendo. Nada pode deter o avanço da obra de Deus com a sua igreja, porque “... as portas do inferno não prevalecerão contra ela”, Mt.16.18. Na época de João a igreja crescia e sofria os ataques externos dos imperadores romanos e os ataques internos dos falsos mestres. Os mestres do gnosticismo (gnosis – salvação através do conhecimento, ciência) se infiltravam na igreja, disfarçados de ovelhas, com o objetivo de semear a falsa doutrina e enganar principalmente os novos cristãos. João denuncia o perigo e conclama o povo de Deus a ter discernimento. 1 – Quem é o anticristo? João escreve chamando a igreja de “filhinhos, (porque) já é a última hora; e, como ouvimos que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora”, 1Jo.2.18. Três destaques neste versículo: O alvo do anticristo. João começa de forma carinhosa dirigindo-se aos crentes como “filhinhos (paidia) ...”, 1Jo.2.18 que se aplica a bebês ou crianças recém-nascidas, a meninos espirituais. Paulo escreve “para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro ...”, Ef.4.14. Crente novo é presa fácil dos falsos mestres “... e levados ao redor por todo vento de doutrina (ensinamento religioso), pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”, Ef.4.14. O tempo do anticristo. O texto fala que “... já é a última hora ... pelo que conhecemos que é a última hora”, 1Jo.2.18. Esta expressão tem o mesmo significado de “... últimos dias ...”, At.2.17; Hb.1.2; Tg.5.3 ou “conhecido ... (como) no fim dos tempos ...”, 1Pe.1.20. Cobre todo período entre a primeira e segunda vinda de Cristo. Quem é o anticristo. João declara que “... como ouvimos que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido ...”, 1Jo.2.18. Anticristo é usado na Bíblia somente por João, contudo, o seu significado é antigo. “Anti” é uma preposição grega que pode significar tanto “contra” ou “em lugar de”. Anticristo pode significar tanto um adversário de Cristo como alguém que quer se colocar no lugar de Cristo. No contexto do Novo Testamento, a palavra anticristo descreve três coisas: 1 – Um espírito que se opõe ou nega a Cristo. É “... todo espírito que não confessa a Jesus [...] este é o espírito do anticristo ... que ... já está no mundo”, 1Jo.4.3; 2 – Os falsos mestres que personificam esse espírito. Por isso de “... Jesus ... dizer ... que ninguém nos engane”, Mc.13.5, isto porque, “muitos virão em ... nome (de) Jesus, dizendo: Sou eu; e enganarão a muitos”, Mc.13.6. 3 – Uma pessoa que irá liderar a rebelião mundial final contra Cristo. É de “... o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus”, 2Ts.2.3, 4. Escrevendo à Timóteo, Paulo fala que “... o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”, 1Tm.4.1. Entendemos que João fala aqui não de uma pessoa (o anticristo), mas do princípio que prevalece nas pessoas que negam a divindade e a humanidade de Jesus Cristo. A evidência de que o anticristo está no mundo é o falso ensino difundido pelos falsos mestres. Jesus já havia falado que “... surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos”, Mc.13.22. A apostasia da fé tem duas fontes: sobrenatural – demônios; e natural – mestres enganadores. Aplicações práticas: Muitos anticristos já vieram e um anticristo virá; Já estamos vivendo a última hora; O espírito do anticristo nega o ensino bíblico acerca de Jesus Cristo. 2 – As características dos anticristos. João apresenta as características dos anticristos ou dos falsos mestres: Eles saíram do meio da igreja. João declara que as pessoas que negavam as duas naturezas de Cristo, faziam parte da igreja visível, mas de fato não eram convertidas. Por este motivo “eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos”, 1Jo.2.19. João ensina aqui a doutrina da perseverança dos santos. “Os que Deus aceitou em seu bem-amado, eficazmente chamados e santificados pelo seu Espírito, não podem cair do estado de graça, nem total nem finalmente; mas, com toda certeza, hão de perseverar nesse estado até o fim e estarão eternamente salvos” – (CF XVII, 1). Os verdadeiros cristãos “estão plenamente certos de que aquele que começou boa obra em ... há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus”, Fp.1.6. Temos a certeza de que “o qual também nos confirmará até ao fim, para sermos irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo”, 1Co.1.8. Essa perseverança é porque “fiel é Deus, pelo qual fomos chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor”, 1Co.1.9. A plena certeza que temos é que “o mesmo Deus da paz nos santifica em tudo; e o nosso espírito, alma e corpo serão conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”, 1Ts.5.23. Estaremos salvos porque “fiel é o que nos chama ...”, 1Ts.5.24 e o melhor, “... o Senhor ... nos confirmará e guardará do Maligno”, 2Ts.3.3. Por isso “... não (podemos nos) ... envergonhar, porque sabemos em quem temos crido e estamos certo de que ele é poderoso para guardar o nosso depósito até aquele Dia”, 2Tm.1.12. E o melhor para todos os filhos de Deus é que “o Senhor nos livrará também de toda obra maligna e nos levará salvo para o seu reino celestial ...”, 2Tm.4.18. Eles negam a fé. João pega pesado ao perguntar: “Quem é o mentiroso? ...”, 1Jo.2.22. A resposta é dada por ele é “... aquele que nega que Jesus é o Cristo ...”, 1Jo.2.22. “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega (a humanidade) que Jesus é o Cristo (e a sua perfeita unidade com Deus)? ...”, 1Jo.2.22. Paulo e João declaram que “... Cristo Jesus (é perfeitamente) ... homem ... e é o verdadeiro Deus ...”, 1Tm.2.5; 1Jo.5.20. “Quem ... (nega esta verdade a respeito de) Cristo ... este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho”, 1Jo.2.22. O alvo de João era o docetismo gnóstico que negava a humanidade e a divindade de Jesus. Até o terceiro século surgiram muitas teorias heréticas sobre a pessoa de Cristo: Ebionitas – pobres – não aceitavam que Jesus fosse o Filho de Deus; Apolinarianos – negava a humanidade de Cristo; Arianos – Negavam a divindade de Cristo; Nestorianos – Negavam a união genuína da natureza divina com a natureza humana, na pessoa de Jesus Cristo. A mensagem é contemporânea, pois se aplica àqueles que hoje (teólogos e seitas), negam o ensino bíblico acerca da pessoa de Jesus. O texto é claro, pois “todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai”, 1Jo.2.23. A essência do evangelho é que Jesus revela o Pai, pois “ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou”, Jo.1.18. Por isso, “tudo ... foi entregue (a) Jesus por seu Pai. (Portanto) ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”, Mt.11.27. É impossível crer em um sem o outro, portanto, “... quem crê em Jesus crê, não em Jesus, mas naquele que o enviou”, Jo.12.44. “E quem ... vê a Jesus vê aquele que o enviou”, Jo.12.45. É por este motivo que “... Jesus ... é o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Jesus”, Jo.14.6. Até em nossos dias, todo aquele que “... conhecer (a) Jesus, conhece também a seu Pai ...”, Jo.14.7. Em toda a carta, João ensina “... o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo”, 1Jo.1.3 estão intimamente ligados. Por isso, quando “... alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”, 1Jo.2.1. É preciso ter cuidado porque “... todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo ... (que) já está no mundo”, 1Jo.4.3. Urgentemente, devemos “... saber que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”, 1Jo.5.20. Simon Kistemaker – “Aquele que nega que o Filho de Deus tornou-se homem, também nega a relação Pai-Filho. Se não há Filho, então não há Pai”. Eles tentam enganar aos fiéis. Os falsos mestres e as seitas heréticas não se preocupam em evangelizar e converter pessoas que precisam de salvação. O que mais eles desejam é “... procurar enganar”, 1Jo.2.26 os desavisados. “Isto (o) que (João) nos acaba de escrever é acerca ...”, 1Jo.2.26 daqueles que desejam a nossa destruição. Prestando atenção na maneira que os anticristos abordam é sempre atacando os cristãos professos que já estão evangelizados e ligados à alguma igreja. O alerta de Jesus é que, “... se alguém nos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acreditemos”, Mt.24.23. Ainda que possam “... surgir falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos”, Mt.24.24, estes não serão enganados porque “sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca”, 1Jo.5.18. Eles não têm o Espírito Santo. João declara que “... nós possuímos unção que vem do Santo e todos temos conhecimento”, 1Jo.2.20 de que somos de Deus. Outra verdade é que “... nós, depois que ouvimos a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo nele (Jesus) também crido, fomos selados (marcados) com o Santo Espírito da promessa”, Ef.1.13. O Espírito Santo “... é o penhor (garantia) da nossa herança [...]”, Ef.1.14. Como o anticristo não tem o Espírito Santo, ou seja, “o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; nós o conhecemos, porque ele habita conosco e estará em nós”, Jo.14.17. Só conhecemos as verdades bíblicas “... o Consolador ... enviado da parte do Pai, o Espírito da verdade ... esse dá testemunho de Jesus”, Jo.15.26. A unção do Espírito Santo impede de sermos enganados. João fala que “não nos escreve porque não sabemos a verdade; antes, porque a sabemos, e porque mentira alguma jamais procede da verdade”, 1Jo.2.21. É preciso saber que “isto que (João) nos acaba de escrever é acerca dos que nos procuram enganar”, 1Jo.2.26 para não sermos enganados. Por este motivo, “quanto a nós outros, a unção que dele (Espírito Santo, Jesus) recebemos permanece em nós, e não temos necessidade de que alguém nos ensine; mas, como a sua unção nos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecemos nele, como também ela (promessa) nos ensinou”, 1Jo.2.27. Quando uma pessoa não tem o Espírito, ela está impedida de ter acesso às verdades de Deus. Eles não têm comunhão com Deus. Devemos buscar “permanecer em nós o que ouvimos desde o princípio. Se em nós permanecer o que desde o princípio ouvimos, também permaneceremos nós no Filho e no Pai”, 1Jo.2.24. “Permanecer ...”, 1Jo.2.24 é ter comunhão ou estar conectado espiritualmente. “Permanecer ...”, 1Jo.2.24 é como “Jesus e o Pai são um”, Jo.10.30 só Deus e nós como filhos de Deus. A fim de comprovar a nossa comunhão, “... todos (devem) honrar o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou”, Jo.5.23. A falta de comunhão é porque “eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos”, 1Jo.2.19. O crente tendo comunhão, ou seja, “quanto a nós outros, a unção que dele recebemos permanece em nós, e não temos necessidade de que alguém (anticristo) nos ensine; mas, como a sua unção (Espírito Santo) nos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecemos nele (Jesus), como também ela (a verdade) nos ensinou”, 1Jo.2.27. Tendo comunhão, temos a certeza de que “... esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna”, 1Jo.2.25. João nos chama de “filhinhos, (porque) agora, pois, permanecemos nele, para que, quando ele se manifestar (vier buscar a igreja), tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda”, 1Jo.2.28. É por este motivo que, “se sabemos que ele é justo, reconhecemos também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele”, 1Jo.2.29. Aplicações práticas: Tome cuidado com ensinamentos religiosos – Adição – adiciona algo à Bíblia; Subtração – subtrai algo da Pessoa de Jesus; Multiplicação – pregam a autossalvação; Divisão – Divide a fidelidade entre Deus e a organização; Todo crente, capacitado pelo Espírito Santo é capaz de discernir a verdade do erro e resistir aos ataques dos falsos mestres; A perseverança do crente na fé, na comunhão e na sã doutrina é uma marca da sua autenticidade como filho de Deus. Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 18 de junho de 2021

FRIO.

FRIO O frio não pode ser empecilho para você acordar cedo pela manhã e se colocar em oração. O frio deve ser um incentivo maior para trabalhar com mais afinco a fim de que o seu corpo fique aquecido para poder desenvolver o seu serviço com mais disposição. Ao sair para malhar, pedalar, exercitar, caso a temperatura esteja abaixo de zero graus, pode acreditar que haverá ganho de massa muscular, mais disposição, mais esclarecimento mental, mais energia. No entanto, embora a terra juntamente com os homens e animais tenha passado por uma grande transformação e destruição, Deus fez a promessa de que, “enquanto durar a terra, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.” (Gn 8.22), e assim ainda acontece com a finalidade de abençoar todos que vivem neste mundo. Mas, para quem não sabe, o inverno ainda nem começou, mas já dá sinais antecipadamente dessa estação do ano, portanto, são necessárias algumas precauções para manter-se em pé para não ficar congelado. Caso você esteja na Antártida onde a temperatura pode chegar a menos 93,2º C ou em Ulan Bator, capital da Mongólia, que é possível atingir a marca de menos 40º C., esses lugares não são os únicos gélidos na face da terra, você pode encontrar outras cidades frias no Canadá, na Rússia, na Groelândia e no Brasil. Mesmo enfrentando a menor temperatura do ano em qualquer parte do mundo é possível você fazer um esforço para cultuar, “tributar ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorar o SENHOR na beleza da santidade.” (Sl 29.2). De dezembro a março as temperaturas no inverno em Jerusalém podem variar entre 4º a 16º C podendo até mesmo cair neve, mas para os servos de Deus daquela época não houve dificuldade para eles poderem se entregar a Deus em adoração. Quando do retorno dos cativos da Babilônia “... Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do SENHOR, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.” (Es 7.10). Para eles, “... todos os homens de Judá e Benjamim, (não foi empecilho) em três dias, se ajuntarem em Jerusalém... (ainda que debaixo) das grandes chuvas.” (Es 10.9) não se importaram ou não foi empecilho para se dedicarem a Deus. Nenhuma estação do ano pode servir de pretexto ou impedir que você tenha um compromisso sincero com Cristo Jesus. Por isso, “buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” (Is 55.6). Em todas as partes do mundo se faz necessário você “... se alegrar por motivo (de qualquer) ...juramento (que você tenha feito com Deus), porque, de todo o (seu) coração... (é possível) jurar e, de toda a (sua) boa vontade, buscar ao SENHOR, e por eles foi achado (pela dedicação de terem buscado a Deus). O SENHOR lhes deu (e ainda pode dar) paz por toda parte.” (2Cr 15.15). O frio que ainda não é do inverno pode contribuir para cair um pouco mais a temperatura, mas esse frio deve ser apenas corporal, pois o interior deve “... ser fortalecido no Senhor e na força do seu poder.” (Ef 6.10) para ter condições de, “... no dia da adversidade, ele... ocultará (você) no seu pavilhão; no recôndito do seu tabernáculo... acolherá... (e) elevará (você) sobre uma rocha.” (Sl 27.5). Saia de debaixo do cobertor porque Deus “conhece as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, Deus está a ponto de vomitar-te da sua boca; pois (muitos) dizem: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.” (Ap 3.15-17). Deus pode aquecer a sua vida espiritual “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18). Que Deus abençoe você! Rev. Salvador P. Santana

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Os.2.14 - DESERTO.

DESERTO Os.2.14 Introd.: Muitas vezes eu procuro viver no deserto, outras vezes sou levado para o deserto. Sansão procurou viver no deserto da vida quando “... disse... a seu pai: ...só desta... (mulher filisteia me) agrado”, Jz.14.3 o seu fim foi trágico. “... Morreu com os filisteus... (quando) inclinou-se com força, e a casa caiu sobre (si e os) filisteus...”, Jz.16.30. Devido às circunstâncias, “... Moisés fugiu da presença de Faraó e se deteve na terra de Midiã (lugar de conflito, contenda) ...”, Ex.2.15. Ele saiu fortalecido por Deus. Faraó resistiu, mas Deus “... deixou Israel... ir para (o) deserto... celebrar uma festa...”, Ex.5.1 ao Senhor. “... João Batista apareceu pregando no deserto...”, Mt.3.1 e muitos se converteram ao Senhor. “... Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo”, Mt.4.1. Jesus voltou para “... buscar e salvar o perdido”, Lc.19.10. Nar.: A fim de resgatar seus filhos, Deus os atrai para o deserto. Israel viveu muito tempo longe dos caminhos do Senhor; chegou o momento de voltar e se arrepender dos seus pecados. Propos.: O profeta Oséias apresenta o grande amor de Deus a seu povo através do deserto na vida do povo de Deus. Trans.: O deserto fala sobre de... 1 – Ser atraído. “Portanto, eis que eu a atrairei...”, Os.2.14. Quando o homem encontra dificuldades na vida é o próprio “... Deus que o atrai...”, Os.2.14. “... Atrair ...”, Os.2.14 fala de seduzir, enganar, persuadir a fazer alguma coisa. É uma medida de cautela para o meu e o seu crescimento. É bom saber “... que (quem) atrai para o deserto (é o próprio) Deus ...”, Os.2.14. Ao ser “... atraído ...”, Os.2.14 alguma coisa está acontecendo ou prestes a acontecer - problema de relacionamento com o cônjuge, filhos, parentes, dificuldade no trabalho, nos estudos, acidente, enfermidades ou alguma bênção a ser derramada. O mais importante é que “... o SENHOR, o Deus de Israel... te chama pelo seu nome”, Is.45.3. A sedução fala que “... Deus é contigo... (para) te fortalecer, e te ajudar, e te sustentar ...”, Is.41.10. “Deus (seduz, engana, persuade com a finalidade de) ser o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações”, Sl.46.1. Apesar de Deus nunca “... te deixar, nunca jamais te abandonar”, Hb.13.5, o deserto aponta para... 2 – O sofrimento. “... Eis que eu (Deus) [...] a levarei para o deserto ...”, Os.2.14. Deserto fala de insolação, devido a exposição a muito sol, terra inabitável, sofrimento, sequidão. Em algum momento da vida você deve ter passado por dificuldades, enfermidades, falta de apoio, choro, tristeza, angústia, aflição. Como Jacó que “... sofreu o dano... (foi) furtado de dia como de noite”, Gn.31.39. Pode ser que “... mataram... (os seus) servos a fio de espada... (ou) fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas... (pode ter acontecido de) os camelos... (terem sido) levados... (ou) que se levantou grande vento do lado do deserto e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre (seus filhos) ...e morreram... e (o pior aconteceu, você ficou) ferido... de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça”, Jó 1.15-17,19; 2.7. É interessante notar que deserto não fala de escassez de pão e nem de água. Foi “... no deserto que (Deus) sustentou (o seu) povo com maná...”, Dt.8.16 e codornizes. Da “... rocha (Deus fez) ...sair água, e o povo bebeu ...”, Ex.17.6. Ao ser “... levado para o deserto...”, Os.2.14 é preciso você “... se aproximar de Deus (e) crer que ele existe...”, Hb.11.6. “... Deus (te) ...leva para o deserto...”, Os.2.14 com uma finalidade... Conclusão: Para “... lhe falar ao coração”, Os.2.14. Estar no deserto não quer dizer que estamos sozinhos. O “... falar...”, Os.2.14 de Deus é fazer uma declaração “... dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí”, Jr.31.3. Quando Deus “... fala ao coração”, Os.2.14 “o homem (se sente) feliz... (porque) dá ouvidos ...”, Pv.8.34 as “... palavras ... fiéis e verdadeiras...”, Ap.22.6 do Senhor Deus. Servos de Deus, quando vocês forem atraídos por Deus para o deserto, lutas, enfermidades, dores, enfrentamento e passar por desesperos, não temas, Deus deseja falar somente ao seu coração. Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 16 de junho de 2021

1Jo.2.12-17 - NÃO AME O QUE DEUS ODEIA.

Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3 NÃO AME O QUE DEUS ODEIA, 1Jo.2.12-17. Objetivo: Precisamos compreender por que não se deve amar o mundo. Nar.: “[...] Deus é amor”, 1Jo.4.8. O Deus que ama é também o Deus que odeia. Não pode haver amor sem o ódio. A Bíblia apresenta Deus como alguém que odeia. Ele odeia a idolatria e as suas práticas. Somos aconselhados a “não fazer assim ao SENHOR, nosso Deus, porque tudo o que é abominável ao SENHOR e que ele odeia fizeram eles a seus deuses, pois até seus filhos e suas filhas queimaram aos seus deuses”, Dt.12.31. “[...] O SENHOR [...] diz que odeia o repúdio (divórcio) e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vocês mesmos e não sejam infiéis”, Ml.2.16. Salomão declara que “seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos (orgulhoso), língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos”, Pv.6.16-19. A fala de João é que “não (devemos) amar o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”, 1Jo.2.15. Deus apresenta três motivos pelos quais o cristão “não (deve) amar o mundo [...]”, 1Jo.2.15, isto porque, a igreja de Deus não pertence ao mundo e por isso não deve amá-lo. Não ame o que Deus odeia porquê [...] 1 – A igreja não é do mundo. O evangelho de João declara que “nós não somos do mundo, como também Jesus não é”, Jo.17.16. João sabia dessa verdade e estava ciente de que os seus leitores eram alvo dos falsos mestres do gnosticismo. Para encorajar os leitores, João relembra que somos “filhinhos [...] porque os nossos pecados são perdoados, por causa do [...] nome (de) Jesus”, 1Jo.2.12. Aos “pais, João [...] escreve, porque conhecem aquele que existe desde o princípio. (Aos) jovens, João [...] escreve, porque tens vencido o Maligno”, 1Jo.2.13. A todos estes, os “filhinhos, João [...] escreve, porque conhecem o Pai. Pais, João [...] escreve, porque conhecem aquele que existe desde o princípio. Jovens, João [...] escreve porque são fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno”, 1Jo.2.14. Observem duas lições espirituais: A – A igreja reúne pessoas de todas as idades. Primeiro, João usa a expressão “filhinhos meus [...]”, 1Jo.2.1 que se aplica a todos os leitores. João fala para esses “filhinhos, (que) já é a última hora (volta de Cristo); e, como ouvimos que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora (que temos para crescer espiritualmente)”, 1Jo.2.18. Esses “filhinhos [...] (são instruídos a) permanecerem nele (Jesus), para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda”, 1Jo.2.28. Primeiro, João classifica a igreja por faixa etária: Aos “pais (idosos) [...] porque conhecem (amadurecimento espiritual) aquele que existe (Jesus) desde o princípio [...]”, 1Jo.2.13; Aos “[...] jovens, (que estão em início de carreira da maturidade espiritual) João [...] escreve, porque (eles) tem vencido (derrotado) o Maligno”, 1Jo.2.13 através da vida santa. Esses jovens são aqueles que estão no processo de amadurecimento espiritual, pois “quando [...] era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando chegou a ser homem, desiste das coisas próprias de menino”, 1Co.13.11. Os pais precisam aprender a “não repreender ao homem idoso; antes, exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza”, 1Tm.5.1, 2. A igreja é, portanto, uma família que reúne pessoas de todas as idades. Todos nasceram de Deus, mas estão em várias fases de maturidade espiritual tais como os “filhinhos [...] (os) pais [...] (e os) jovens [...]”, 1Jo.2.14. B – A igreja congrega pessoas que têm um relacionamento espiritual com Deus. Os verdadeiros filhos de Deus, independente da sua idade ou maturidade espiritual, estão seguros de bênçãos espirituais. Todos os privilégios apresentados no texto pertencem a todos os cristãos. João apresenta três razões para não desanimarmos, mesmo quando provados por Deus: 1 – Fomos perdoados por causa de Jesus. A boa nova do evangelho é que nós, os “filhinhos [...] (temos) os nossos pecados [...] perdoados, por causa de [...] Jesus”, 1Jo.2.12. O médico Lucas avisou a Igreja Primitiva de que devia “tomar [...] conhecimento de que se [...] anunciava remissão de pecados por intermédio (de) Jesus; e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas [...]”, At.13.38, 39. É por este motivo que “[...] não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”, At.4.12. Todos nós devemos “[...] saber que (somente) o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados [...]”, Lc.5.24. 2 – Conhecemos a Deus pessoalmente. O texto fala que os “pais (após o crescimento espiritual) [...] conhecem aquele que existe desde o princípio (Jesus) [...]”, 1Jo.2.13. Todo filho de Deus conhece que o “Senhor [...] (é) o seu refúgio, de geração em geração. (Reconhece que) antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”, Sl.980.1, 2. Esse reconhecimento é fruto da revelação espiritual concedida por Jesus porque “tudo [...] foi entregue (a) Jesus por seu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”, Mt.11.27. Conhecer a Deus é ter comunhão com Ele. 3 – Vencemos e resistimos ao Maligno. Aos “[...] jovens [...] João escreve, porque (eles) têm vencido o Maligno”, 1Jo.2.13. Para todo “[...] filho (de Deus, através da) [...] morte (de Jesus, o qual tem poder para) destruir aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e (pode) livrar todos que, pelo pavor da morte, estão sujeitos à escravidão por toda a vida”, Hb.2.14, 15. É o “[...] Filho de Deus (que) se manifesta para destruir as obras do diabo”, 1Jo.3.8. A que “sabemos (é) que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca. Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno”, 1Jo.5.18, 19. O segredo para sermos fortes e vencedores é “[...] conhecer o Pai [...] conhecer aquele que existe desde o princípio [...] (para) ser forte, e a palavra de Deus permanecer em nós, e termos (condições de) vencer o Maligno”, 1Jo.2.14. Aplicações práticas: Eu e você precisamos ser de Deus e viver para Deus. Não ame o que Deus odeia porque [...] 2 – O mundo se opõe a Deus e à Igreja. A palavra mundo é usado no N. T. com três sentidos diferentes: 1 – “[...] O mundo (físico, o planeta terra) o que Deus fez [...]”, At.17.24; 2 – O “[...] mundo (humano ou a humanidade quando) Deus de tal maneira [...] deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, Jo.3.16; 3 – O mundo como um sistema que se opõe à vontade de Deus porque “[...] somos de Deus e que o mundo inteiro jaz (estar sob o poder) no Maligno”, 1Jo.5.19. Aqui João usa a palavra mundo com este terceiro sentido. “Não ameis o mundo [...]”, 1Jo.2.15 é uma ordem divina que proíbe o cristão de amar ao sistema mau, organizado e dominado por Satanás. Quando “chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso”, Jo.12.31 fala a respeito de quando o homem é levado a Jesus para ser salvo. É preciso entender que “[...] veio o príncipe do mundo (Satanás, “o ladrão (que) vem somente para roubar, matar e destruir [...]”, Jo.10.10) [...]”, Jo.14.30. Mas não precisamos ficar preocupados “[...] porque o príncipe deste mundo já está julgado”, Jo.16.11. A palavra “[...] mundo (inclui a todos aqueles que estão nas trevas, por isso não podemos) amar nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”, 1Jo.2.15. Os cristãos foram escolhidos do mundo, mas “eles não são do mundo [...]”, Jo.17.16. “Se (os cristãos) [...] fossem do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não são do mundo, pelo contrário, dele Jesus (os) escolheu, por isso, o mundo (os) [...] odeia”, Jo.15.19. Os cristãos são odiados porque os não crentes “[...] procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro”, 1Jo.4.5, 6. Por esse motivo de João dizer que “não (podemos) amar o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”, 1Jo.2.15. É dever de todo cristão “[...] compreender que a amizade do mundo é inimiga de Deus [...] aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”, Tg.4.4. Sendo assim, “ninguém pode servir a dois senhores [...]”, Mt.6.24. João destaca três razões para não amarmos o mundo “porque tudo que há no mundo, a concupiscência (forte e continuado desejo de fazer ou ter o que Deus não quer) da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo”, 1Jo.2.16. 1 – “[...] A concupiscência (forte e continuado desejo de fazer ou ter o que Deus não quer) da carne [...]”, 1Jo.2.16 refere-se aos desejos pecaminosos da nossa natureza humana. “[...] Concupiscência (gr. Desejos da carne. Desejos do homem pecaminoso, incluindo o desejo sexual e a cobiça) [...]”, 1Jo.2.16. Estes “[...] desejos (são) malignos (tais como a) [...] prostituição, impureza, paixão lasciva (sensualidade, imoralidade), e a avareza, que é idolatria [...] (é por isso que) a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”, Cl.3.5; Tg.1.15; 2 – “[...] A concupiscência (forte e continuado desejo de fazer ou ter o que Deus não quer) dos olhos [...]”, 1Jo.2.16 refere-se aos prazeres pecaminosos despertados pela visão ou pela atração dos olhos que servem de ponto de partida para o pecado. Péssimo exemplo de “[...] Davi (que se) levantou do seu leito e andava passeando no terraço da casa real; daí viu uma mulher que estava tomando banho; era ela mui formosa”, 2Sm.11.2. Eis a razão de “Jesus [...] dizer: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela”, Mt.5.28; 3 – “[...] A soberba (orgulho) da vida [...]”, 1Jo.2.16 refere-se ao orgulho de se confiar nos bens materiais, a jactância daquilo que o homem tem e faz. “[...] O rei Nabucodonosor (se engradeceu) dizendo [...] (sobre) a grande Babilônia que ele edificou [...] com o seu grandioso poder e para glória da sua majestade [...]”, Dn.4.30; ele não durou muito tempo. Jesus censura aqueles que “amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas”, Mt.23.6. No grego a palavra “[...] soberba [...]”, 1Jo.2.16 é usada para descrever alguém arrogante que tenta impressionar os outros com sua pseudo (falso) importância. Na Bíblia temos dois exemplos onde a “tríade do mal” aparece: a tentação de Eva, Gn.3.6 e a tentação de Jesus, Mt.4.1-11. C. H. Dodd resume bem estas três características do mundo: “desejos sórdidos (sujo), valores falsos e egoísmo”. As três características; “[...] a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo”, 1Jo.2.16. Aplicações práticas: Amar ao mundo é o amor que Deus odeia; O mundo é um sistema contrário à vontade de Deus; O mundo seduz o cristão por meio da “[...] concupiscência da carne [...] concupiscência dos olhos e a soberba da vida (possuir coisas materiais em excesso) [...]”, 1Jo.2.16. Não ame o que Deus odeia porquê [...] 3 – A igreja e o mundo tem destinos diferentes. “Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”, 1Jo.2.17. Este verso divide-se em duas partes: 1 – “Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência (forte e continuado desejo de fazer ou ter o que Deus não quer) [...]”, 1Jo.2.17; 2 – “[...] Aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”, 1Jo.2.17. As duas partes são adversas ou se opõem. O mandamento para não amar o mundo está na transitoriedade do mesmo em contraste com a eternidade daquele “[...] que faz a vontade de Deus permanece eternamente”, 1Jo.2.17. A – O mundo passa. O texto fala que “[...] o mundo passa [...]”, 1Jo.2.17. Observe que o verbo grego passar (parago) está no presente contínuo, isto é, o mundo está num processo de deterioração ou desintegração. O sistema do mundo atual caminha para o fim, por isso, “[...] os que se utilizam do mundo, (age) como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa”, 1Co.7.31. O mundo está se autodestruindo, isto “porque o salário do pecado é a morte [...]”, Rm.6.23. Fique sabendo que chegará o dia em que “veremos novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe”, Ap.21.1. Não há vida eterna para a pessoa que não faz a vontade de Deus, por isso, “não ame o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”, 1Jo.2.15. B – A igreja permanece. A igreja de Cristo é constituída por aqueles que fazem a vontade de Deus, então fica esperto, pois “nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”, Mt.7.21. Saiba que o destino da igreja é a eternidade, por isso de ser declarado que “[...] esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna”, 1Jo.2.25. Tudo o que foi “[...] escrito (na Bíblia tem a finalidade) [...] de sabermos que temos a vida eterna [...] nós [...] que cremos em o nome do Filho de Deus”, 1Jo.5.13. A igreja permanece porque “Jesus nos dá a vida eterna; jamais pereceremos, e ninguém as arrebatará da [...] mão (de) Jesus”, Jo.10.28. Fique atento, pois “os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”, Jo.5.29. “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”, Mt.25.46 – qual é o seu destino? A igreja permanece porque “todos [...] (os que) morrem na fé [...] (pode) confessar que (é) [...] estrangeiro e peregrino sobre a terra”, Hb.11.13. Aplicações práticas: Busque descobrir qual é a vontade de Deus na Bíblia; Veja se você não está deteriorando juntamente com esta humanidade; Você “[...] estará para sempre com o Senhor (?)”, 1Ts.4.17. Não ame o que Deus odeia. Rev. Salvador P. Santana

domingo, 13 de junho de 2021

Rm.8.18-25 - SOFRIMENTO.

SOFRIMENTO Rm.8.18-25 Introd.: A Bíblia fala que “muito sofrimento terá de curtir o ímpio [...]”, Sl.32.10. Sofrimento não é privilégio dos ímpios. O sofrimento está tanto para o incrédulo quanto para o crédulo. Para o rico e o pobre, o negro e o branco, o índio e o mulato. O sofrimento está para todos e toda a criação; ninguém escapa. Nar.: Para o apóstolo dos gentios a espera é ativa e dolorosa. Ele percebe o sofrimento da humanidade, coisa experimentada em sua própria pele. Mas a recompensa era a esperança de dias melhores. Propos.: No sofrimento há o glorioso livramento futuro. Trans.: Mesmo assim [...] 1 – Sofre a humanidade. Embora possuindo “[...] as primícias do Espírito [...]” e as suas bênçãos, “[...] gememos em nosso íntimo [...]”, Rm.8.23. No grego a palavra ‘gemido’ traz a ideia de “lamentar”. A humanidade lamenta por três razões: 1 – Por viver num mundo pecaminoso que entristece o nosso espírito, continua experimentando a imperfeição, a dor e a tristeza; 2 – Geme por suspirar por sua redenção total e pela plenitude do Espírito Santo que é outorgado na ressurreição; 3 - Geme pela glória a ser revelada e pelos privilégios da plena filiação celestial. Esse gemer é a aspiração por sermos revestidos da nossa habitação celestial. Eis o motivo “[...] da criação aguardar a revelação dos filhos de Deus”, Rm.8.19. “A ardente expectativa da criação [...]”, Rm.8.19 espera com ansiedade pelo dia em que os filhos de Deus serão manifestados em glória. É como diz Paulo: “E não somente (a criação), mas também nós [...] aguardamos a adoção de filhos [...]”, Rm.8.23. O sofrimento da humanidade é leve, temporário, comparado com a suprema e eterna glória. O sofrimento do momento – enfermidade, dor, calamidade, decepções, pobreza, maus-tratos, tristeza, perseguição, deve ser considerado insignificante, “porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”, Rm.8.18. Não significa que a glória é uma recompensa para o sofrimento, pois nada “[...] poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”, Rm.8.39. O sofrimento jamais irá abater o servo do Senhor, pois “[...] aguardamos [...] a redenção do nosso corpo”, Rm.8.23. Eu e você sofremos, mas também [...] 2 – Sofre a criação. Paulo mostra que não é somente a humanidade que sofre, mas também toda a criação natural “[...] geme e suporta angústias até agora”, Rm.8.22 por uma ordem melhor de existência. A criação lamenta o sofrimento. A criação inteira geme pedindo a Deus o dia da completa redenção. É como as dores e gemidos do parto, a qual anseia pela alegria que se segue. A natureza sofre porque se tornou sujeita ao sofrimento e às catástrofes físicas “[...] por causa daquele (Deus) que a sujeitou”, Rm.8.20. Adão levou a velha criação à ruína, da qual ele era o senhor e cabeça. Sobre a natureza “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”, Gn.1.31 e essa natureza ficou sujeita à vaidade e frustração quando o pecado entrou no mundo. Assim como o homem, “a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente [...]”, ou seja, sujeita à queda, determinado por Deus, Rm.8.20. A criação foi escravizada, mas em Deus existe “esperança de que [...] (ela) será redimida do cativeiro da corrupção [...]”, Rm.8.21. A criação recebeu a maldição da futilidade, todavia não sem esperança de livramento, ela irá participar da “[...] liberdade da glória dos filhos de Deus”, Rm.8.21. Essa criação torce e anseia pela mesma consumação dos filhos de Deus. Eis o motivo de Deus ter determinado que haverá novo céu e nova terra, nos quais, habita justiça. Em meio a tanto sofrimento da humanidade e da criação ainda existe [...] 3 – Esperança. A espera é ativa e dolorosa. Caso o nosso objetivo por que ansiamos já se houvesse alcançado, a esperança já teria deixado de existir. Paulo entende que a vida cristã envolve uma paciente espera. Ele diz que a nossa salvação apenas começou “porque, na esperança, fomos salvos [...]”, Rm.8.24. Num certo sentido não há necessidade de falar de esperança quando já existe posse. Temos o Espírito Santo como se fora uma primeira prestação, mas só chegará à consumação quando formos ressuscitados. Paulo fala que a “[...] esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?”, Rm.8.24. Paulo necessita da paciência como a graça necessária de Deus em sua vida. A paciência serve para conservar essa esperança, porque “[...] com paciência aguardamos”, Rm.8.25 novo céu e nova terra. Só é possível para aqueles que têm o Espírito de Deus, e quem tem o Espírito apresenta perseverança em meio aos obstáculos e sofrimentos neste mundo. A perseverança é necessária por três motivos: 1 – Fomos salvos; 2 – O bem esperado não vemos, está ausente aos olhos visíveis; 3 – Existe certa demora, mas “[...] com paciência o aguardamos”, Rm.8.25. Ainda não vemos a salvação concretizada, mas vemos através dos olhos da esperança. Sofro [...] Conclusão: Mas sofro feliz. Isto não quer dizer que através do sofrimento irei herdar a vida eterna. Não é devido o sofrimento que serei mais aperfeiçoado ou santificado. Ou que, através do sofrimento, Deus se compadecerá de mim e me transportará para a glória celestial. Quando sofro, não olho para o sofrimento, mas olho para a glória futura. Quando sofro, vejo que a glória futura sobrepuja em muito a aflição do presente. Farei o máximo possível para que a obra perfeita de Deus não sofra mais do que está sofrendo – eu trabalharei com o fim de tornar este universo abençoado. Sim, a esperança, não só a minha, mas de toda a criação será de um novo céu e uma nova terra, e, então poderemos dizer: “porque sabemos que toda a criação, a um só tempo [...] espera o que não vemos [...]”, Rm.8.22,25. Rev. Salvador P. Santana

Sl.119.50 - CONSOLO.

CONSOLO Sl.119.50 Introd.: “O consolo das pessoas não alcança a profundidade da dor da minha alma”. O pior é quando os amigos começam a falar. Na dor só quero falar. Sim eu sei! Cada dor é única. Esta dor é só minha. Nar.: O salmista expõe o sentimento de dor de sua alma. Ele procura por consolo em dias de tristeza da alma. Propos.: Estou à procura de quem possa consolar a minha alma. Trans.: O que me [...] 1 – Consola na angústia? Sl.119.50, “O que me consola na minha angústia é isto [...]”. O salmista não pergunta, ele afirma que “no sofrimento, eu fui consolado [...]”, Sl.119.50 (BLH). Mas eu me pergunto, você se pergunta: Quem me consola na angústia, no sofrimento, na dor, na tristeza, na morte, na falta de trabalho, faltando amigos, no desespero? Quem me consola? É a nossa pergunta constante. Muitos no desespero da vida buscam consolo nas drogas, na prostituição, na fornicação, nos desejos malignos. O rei Salomão fala que “as bebidas alcoólicas são para os que estão morrendo, para os que estão na miséria. Que eles bebam e esqueçam que são pobres e infelizes!”, Pv.31.6,7. Outros dizem “que (se) fosse do agrado de Deus esmagar-me, que soltasse a sua mão e acabasse comigo! Isto ainda seria a minha consolação, e saltaria de contente na minha dor, que ele não poupa; porque não tenho negado as palavras do Santo”, Jó 6.9,10. O que me consola na angústia? Os amigos podem me consolar? “Jó tinha três amigos: Elifaz, Bildade e Zofar [...] Eles ficaram sabendo das desgraças que haviam acontecido a Jó e combinaram fazer-lhe uma visita para falarem de como estavam tristes pelo que lhe havia acontecido e para consolá-lo”, Jó 2.11. Ao chegarem “[...] ergueram a voz e choraram [...] rasgaram o manto, lançaram pó [...] sobre a cabeça. Sentaram-se com ele [...] sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma [...]”, Jó 2.12,13. Esses amigos quando abriram a boca só foi para acusar. Elifaz falou que “quem é inocente não cai na desgraça. Os honestos não são destruídos”, Jó 4.7. Bildade acusou os “[...] filhos (de) Jó (de) pecarem contra Deus. (disse ainda que) Jó esqueceu de Deus. Se você fosse puro, Deus o socorreria”, Jó 8.4,13,6. Zofar o convida para “abandonar o pecado que mancha as suas mãos [...] (você) é mau [...] O homem mau vomita as coisas que rouba [...]”, Jó 11.14; 20.5,15. Essas foram as palavras de consolo dos seus melhores amigos. E quanto aos parentes? Bom, “[...] o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa”, Mq.7.6,. “O que me consola na minha angústia (?) [...]”, Sl.119.50. Chega de sofrimento! Preciso aprender a buscar consolo para a minha alma. “O que me consola na minha angústia é isto [...]”. 2 - A tua Palavra, Sl.119.50, “[...] que a tua palavra me vivifica”. Aleluia! Encontrei conforto para a minha alma; “[...] a tua palavra (Senhor)”, Sl.119.50. Em todos os momentos do sofrimento de Jesus a procura certa era o Pai Celeste para consolar a sua alma. O escritor do livro de Hebreus nos fala que “[...] agora Jesus pode ajudar [...] pois ele mesmo [...] sofreu”, Hb.2.18. Somente “[...] a tua palavra (Oh Senhor) me vivifica”, Sl.119.50. Glória a Deus! “[...] a palavra (de) Deus [...]”, Sl.119.50 traz conforto na aflição. O profeta Jeremias fez três petições a Deus em favor do povo de Israel, mas o profeta ficou surpreso com a rejeição de Deus. Nem por isso Jeremias desanimou, pelo contrário, encontrou conforto ao dizer que “Deus fala comigo, e eu presto atenção em cada palavra [...] ó Deus Todo-Poderoso, eu sou teu, e por isso as tuas palavras encheram o meu coração de alegria e de felicidade”, Jr.15.16. Nos momentos de apuros, dificuldades, dor, sofrimento, a beira da morte, somente “[...] a palavra (de) Deus me vivifica”, Sl.119.50. A Bíblia traz vida, fortalece, anima, exorta, capacita, consola, “porque tudo o que está nas Escrituras foi escrito para nos ensinar, a fim de que tenhamos esperança por meio da paciência e da coragem que as Escrituras nos dão”, Rm.15.4. Quando o salmista fala que “[...] a tua palavra me vivifica”, Sl.119.50 ele transmite a mesma confiança que ele teve em Deus – tenho a vida garantida em Deus. A Palavra de Deus tem poder para restaurar e vivificar a quem permanece nela, mesmo porque, “[...] a palavra de Deus é viva e poderosa e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do espírito, vai até o íntimo das pessoas e julga os desejos e pensamentos do coração delas”, Hb.4.12. “O que me consola na minha angústia (?) [...]”, Sl.119.50. Conclusão: Pare de procurar consoladores para a sua alma. Você já sabe qual é o caminho e quem pode te consolar. Você está em apuros? Busque o Senhor dos senhores e a sua Palavra. Está cercado de problemas e dificuldades? “[...] faça [...] um altar ao Deus que (te) [...] responde no dia da (sua) [...] angústia [...]”, Gn.35.3. “O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica”, Sl.119.50. Rev. Salvador P. Santana

quinta-feira, 10 de junho de 2021

AO LADO DE QUEM DEUS SEPAROU.

AO LADO DE QUEM DEUS SEPAROU A conversa de um galanteador garante em primeira instância, à sua pretendente, o céu, a terra, o mar, a casa mobiliada, as joias, as vestimentas, e como dizem muitos: um carrinho de cachorro quente para ela trabalhar e sustentá-los pelo resto da vida. Nesse aspecto, até parece que a vida dos “pombinhos” irá durar para toda a eternidade. A que está sendo ludibriada, a donzela, por sua vez, mescla história real com fantasias, esperando que histórias como a da “Gata Borralheira, da “Cinderela”, do “Príncipe Encantado”, da “Bela Adormecida”, de “Branca de Neve” se tornem reais, na expectativa de “viverem felizes para sempre”. Jovens e donzelas querem viver ao lado de quem Deus separou, mas para que isso aconteça se faz necessário que sejam esquecidas e deixadas para trás as histórias infantis. Precisam abandonar os ataques de raiva, o ciúme doentio, os beliscões no abdome, as palavras ferinas, os choros sem motivo, o falar mal da família. Para viver ao lado de quem Deus separou é preciso procurar como se procura agulha no palheiro. É difícil encontrar um pretendente que reze na mesma cartilha espiritual, na mesma Confissão de Fé, na mesma Igreja Evangélica, ou seja; “não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?” (2Co 6.14). Faça uma análise completa das ofensas não perdoadas, da negação e rejeição por completo dos “entre tapas e beijos”. Tudo isso precisa ser revisto com carinho, moderação para que no futuro os “maridos, (aprendam a) amar a esposa e não a tratar com amargura” (Cl 3,19) sim, para que esse amor de viver ao lado de quem Deus separou seja “... como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”, Ef.5.25 para que você tenha condições de “...instruir as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos” (Tt 2.4). Esses conselhos devem ser observados com carinho por aquele que deseja viver ao lado de quem Deus separou para haver um bom relacionamento no presente e no futuro. Quem procura e investe viver ao lado de quem Deus separou sairá vencedor. Ele pode até sentir o cheiro das frustrações, a proximidade das adversidades, o querer provar das derrotas, o beirar das discussões, a falta de um carinho. Se você pretende viver ao lado de quem Deus separou é possível que você não ouça o balbuciar de “eu te amo, me perdoe, estou errado, vou tentar novamente, vamos conversar, quero fazer as pazes”. Para esses ouvidos atentos as reclamações do seu namorado (a) parecem não proceder. O que se pode entender é que não existe meio de mudança, de transformação moral, de um adocicar das palavras, de uma melhora no relacionamento. Para esse pensar negativo só existe uma palavra de consolo: “todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma” (Hb 10.38, 39). Leia com atenção! Não retroceda, não dê o braço a torcer, não desista de procurar o melhor para a sua vida, não entregue os pontos para a desilusão, a desconfiança, as mazelas, as rixas, os desentendimentos. Pelo contrário, esforça-te para viver bem ao lado de quem Deus separou para namorar você, para noivar com você e para casar com você. Preste atenção! Ninguém consegue vitória com as próprias mãos. Se você está em constante oração, clamando a Deus por mudanças em seu namoro, noivado e casamento, creia, Deus pode resolver o seu problema, aí sim, “... a vitória vem do SENHOR”, Pv.21.31. Assim você viverá ao lado de quem Deus separou. Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Ct.4.7 - DECLARAÇÃO DE AMOR.

DECLARAÇÃO DE AMOR Ct.4.7 Já se foi o tempo em que se fazia declaração de amor. No início era tudo lindo, perfeito, cheio de graça. Mas a medida em que os anos vão passando é esquecido e deixado para trás a beleza, os elogios, e muitas vezes, a confiança. Para Salomão o homem deve sempre fazer uma declaração de amor. Sem declaração de amor esfria o relacionamento familiar, esfria a comunicação, esfria a intimidade, esfria a autoestima e o resultado pode ser a morte ou o divórcio. Declare o seu amor apreciando a sua beleza dizendo: “Tu és toda formosa [...]”, Ct.4.7. Dizem que os homens são casca dura, não sabe apreciar a beleza da mulher e muito menos dizer: “Tu és toda formosa [...]”, Ct.4.7. Será isso verdade? Se os homens não sabem apreciar a beleza da mulher, tem algo estranho ou tem muita hipocrisia. Isto porque, quando querem conquistar a meiga e doce jovem, eles dizem prontamente: “Tu és toda formosa [...]”, Ct.4.7. Salomão é contra a depreciação da beleza feminina. No livro de cantares o rei aprecia por dezessete vezes a beleza da “[...] mulher da sua mocidade”, Pv.5.18. Se um dos seus olhos não enxerga formosura feminina, não namore. Se não tem condições de dizer: “[...] ó mais formosa entre as mulheres [...]”, Ct.1.8, é preciso rever os seus conceitos. O rei Salomão ensina a demonstrar amor e apreciar a beleza feminina: Os olhos; “Eis que és formosa [...] os teus olhos são como os das pombas [...] e brilham através do teu véu [...]”, Ct.4.7; Ct.1.15; 4.1. Os cabelos; “[...] os teus cabelos [...] descem ondeantes [...]”, Ct.4.1. A face; “os teus lábios são como um fio de escarlata (vermelho), e tua boca é formosa; as tuas faces, como romã partida [...]”, Ct.4.3. É interessante notar que as pessoas têm o hábito de se apresentar no melhor de sua forma quando namora. Após o casamento, anda mal arrumado (a), desgrenhado (a) e malcheiroso (a) com mil desculpas. Marido, você é responsável pela sua esposa, você pode e deve chamar a sua atenção no quesito da beleza. As esposas por sua vez devem “[...] ser submissas ao próprio marido, como convém no Senhor”, Cl.3.18. Por que dessa obediência feminina? Para o seu marido apreciar a sua beleza e dizer: “Tu és toda formosa [...]”, Ct.4.3. Os homens não precisam ser tão casca dura a ponto de não apreciar a beleza de sua esposa; diz para ela: “Tu és toda formosa [...]”, Ct.4.3. Faça essa declaração de amor e tudo vai mudar. Declare o seu amor elogiando a sua esposa: “[...] querida minha [...]”, Ct.4.7. Enquanto perdura o namoro existem elogios e carícia. E depois, por que cessam os elogios? Em muitos lares o vocabulário “[...] querida minha [...]”, Ct.4.3 foi apagado com corretivo há muito tempo. Em muitos lares a mulher que é “[...] toda formosa [...]”, Ct.4.3 não recebe elogios do pai e muito menos do filho. Cessou por completo aquele canto uníssono tecendo elogios: gostei do penteado, a sua roupa ficou bem em você, você está cheirosa. Após o casamento a caduquice é nítida; o elogio é substituído pela crítica: Bolo fofo, isso não é mulher, é um estrupício, daí, gera muitos conflitos até ao ápice do divórcio após espancamentos e xingamentos. Já não se ouve mais “[...] querida minha [...]”, Ct.4.3 mas, tem ouvido com muita insistência: sua tonta, sua burra, trem nojento; são palavras de ofensa, depreciação, desprezo e humilhação. Ao invés de dizer: “[...] Levanta-te, querida minha [...] e vem”, Ct.2.10 sentar-se à mesa, tomar o café. Dizem muitos: levanta logo sua preguiçosa. A Bíblia Revista e Corrigida traz a seguinte tradução: “[...] amiga minha [...]”, Ct.4.3, mas olhando para dentro de muitos lares, que amizade existe entre marido e mulher nos moldes brutais? Em muitos lares tem faltado respeito, consideração, compreensão e dedicação àquela que um dia foi considerada “[...] querida minha [...]”, Ct.4.3. Eis a razão de muitos lares ficarem na corda bamba, de muitos casamentos desfeitos, de muitos filhos abandonados; por falta de dizer: “[...] querida minha [...]”, Ct.4.3, isto porque, falta elogios. Ao contrário, cada marido deve dizer: “Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha querida entre as donzelas”, Ct.2.2. Ao invés de elogiar a sua vizinha, elogia a sua esposa; diga a ela: “[...] querida minha [...]”, Ct.4.3. Urgente! É preciso recomeçar com os elogios esquecidos no tempo. É preciso olhar para o passado e buscar aquelas palavras que sempre costumava dizer: Você está linda! Você é o amor da minha vida! Você é a mulher que eu sempre sonhei! Não perca tempo, declare o seu amor a sua esposa enquanto outro não faça; diga para ela: “[...] querida minha [...]”, Ct.4.3. Declare o seu amor dizendo que confia nela ao declarar: “[...] em ti não há defeito”, Ct.4.7. A Bíblia na Tradução Brasileira diz: “[...] E em ti não há mancha”, Ct.4.3. Aqui fala de confiança que você irá depositar em sua esposa. É a afirmação de que você não vê nenhuma mancha no caráter. É como diz Provérbios: “O coração do seu marido confia nela [...]”, Pv.31.11. Não faça como muitos que antes do casamento não tem mancha, após a assinatura do termo de casamento, as falhas começam aparecer. Você precisa olhar para a sua esposa e contemplar a beleza espiritual e corporal, interior e física e sempre declarar: “[...] em ti não há defeito”, Ct.4.3. Declare o seu amor à sua esposa apreciando a sua beleza: “Tu és toda formosa [...]”, Ct.4.3. Declare o seu amor elogiando a sua esposa: “[...] querida minha [...]”, Ct.4.3. Declare o seu amor à sua esposa confiando nela: “[...] e em ti não há defeito”, Ct.4.3. Não perca a oportunidade de fazer uma declaração de amor a quem você ama. Rev. Salvador P. Santana

Ec.5.1-7 - COM DEUS NÃO SE BRINCA.

Estudo adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Escola Dominical – Vida abundante – Didaquê – Rev. João Cesário Leonel. COM DEUS NÃO SE BRINCA! Ec.5.1-7. O ditado: Com Deus não se brinca tem uma frase semelhante na Bíblia quando Paulo fala aos Gálatas: “[...] de Deus não se zomba [...]”, Gl.6.7. Estamos acostumados a ouvir esta frase desde pequenos, qualquer que seja a nossa origem denominacional. Essa frase representa uma das grandes verdades que ajudam a construir a vida cristã. Os servos de Jesus reconhecem que “[...] Deus [...] é [...] Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno”, Dt.10.17 e nós “[...] somos (apenas) pó”, Sl.103.14, seres humanos e nada mais, muito aquém da santidade e poder divinos. “[...] Nem todos obedecem ao evangelho [...]”, Rm.10.16, e até mesmo os que obedecem, estão longe de acreditar que “[...] o SENHOR [...] se lembrará da maldade (dos homens) [...] e lhes punirá o pecado”, Jr.14.10. Há aqueles que convivem bem com a religiosidade. É possível que seja aquele que “[...] diz: Senhor, Senhor! (mas) entrará no reino dos céus (?) [...]”, Mt.7.21. A vida destes transcorre segundo os valores próprios, muitas vezes contrários ao evangelho. A estes, o presente estudo serve como um alerta. Mas, ao mesmo tempo, é também um estímulo aos que têm se empenhado em viver seriamente a vida cristã, visto não estarem isentos de erros durante a caminhada. Se com Deus não podemos brincar, cada um de nós deve buscar [...] Tópicos para reflexão. 1 – Uma postura correta diante de Deus. Quando se fala de postura, fala de costume, atitude, modo, jeito, maneira de se dirigir a alguém. Os versos 1 a 3 se define como termos centrais, pois fala de “[...] ouvir [...]”, Ec.5.1, “[...] boca [...]”, Ec.5.2 e “[...] falar [...]”, Ec.5.3 que tratam sobre a comunicação com Deus. Na relação com o Senhor, “[...] ouvir é melhor do que [...]”, Ec.5.1 “[...] muito falar [...]”, Ec.5.3. Por quê? O texto nos oferece a resposta. Imagina um Judeu, eu e você “[...] entrar na Casa de Deus [...] (para) oferecer sacrifícios (de gratidão, perdão, louvor, agradecimento) [...]”, Ec.5.1. Diante do povo reunido, faz sua oferenda de ofertas, dízimos, gratidão e, “[...] com a sua boca [...] se precipita [...] a pronunciar palavras [...] diante de Deus [...]”, Ec.5.2. O que há de errado nisso? Muitos pensam que, por oferecer sacrifícios, vindo ao culto, o pecador está automaticamente perdoado. Quando viemos para o culto, o nosso desejo deve ser de “[...] soltar as ligaduras da impiedade, desfazer as ataduras da servidão, deixar livre os oprimidos e despedaçar todo jugo [...]”, Is.58.6. Muitas vezes “[...] confiamos em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este”, Jr.7.4 que me traz proteção, salvação, reconciliação. Vir apenas para a casa de Deus não nos purifica, pois muitas vezes “[...] condenamos (todos aqueles) [...] que praticam (pecados) [...] e (muitos de nós) fazemos as mesmas, (será que estamos) pensando que (nos) livraremos do juízo de Deus?”, Rm.2.3. O que “[...] Deus (deseja de nós) são o espírito quebrantado (esmagado); coração compungido (triste por ter pecado) e contrito (arrependido. Quem age dessa forma), Deus não o desprezará [...]”, Sl.51.17. Ao vir para a casa de Deus, viemos com o propósito de cuidar da vida dos outros ou viemos arrependidos por ter pecado contra Deus? Outro dado é a aparente autossuficiência do ofertante. Quando o autor fala para não “[...] se apressar o seu coração e [...] sejam poucas as suas palavras”, Ec.5.2, “[...] e [...] muito falar [...]”, Ec.5.3, a imagem que o texto transmite é que Deus precisa do homem e não o contrário. Mas é preciso lembrar que “[...] do muito falar, (vem) palavras néscias (estúpida, arrogante)”, Ec.5.3. Ora, como “[...] Deus está nos céus, e nós, na terra; portanto [...]”, Ec.5.2, precisamos reconhecer que é o próprio Deus que pode abençoar, cabendo a nós a alegre postura de “[...] chegar-se para ouvir [...]”, Ec.5.1. Eis o motivo de cada um de nós tomarmos o cuidado de “guardar o pé (talvez nem entrar na igreja), quando entrar na Casa de Deus [...] (porque se não, seremos tidos como) tolos (arrogante), pois não sabem que fazem mal”, Ec.5.1. Muitos perdem a noção de que Deus não nos serve e nem precisa de quem quer que seja, “[...] porque Deus está nos céus, e nós, na terra [...]”, Ec.5.2, eis o motivo “[...] dos muitos trabalhos (sem a verdadeira adoração a Deus) vêm os sonhos [...]”, Ec.5.3 que não serve para engrandecer o nome de Deus. Precisamos recuperar uma postura bíblica no relacionamento “[...] amando o SENHOR, nosso Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-nos a ele; pois disto depende a nossa vida e a nossa longevidade [...]”, Dt.30.20. Com Deus não se brinca traz [...] 2 – Uma advertência para orientar a relação com Deus. Os versos 4 e 5 muda o vocabulário. As palavras mais usadas são “[...] voto [...] cumprir [...]”, Ec.5.4,5. Depois das orientações dos versos iniciais, é possível que o Judeu, eu e você, desejamos fazer ofertas a Deus. Não existe nenhuma proibição, mas existe a advertência: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo [...]”, Ec.5.4. Todos nós podemos orar, sacrificar, louvar e dar testemunho, mas não devemos esquecer que tais práticas trazem embutidas um voto. Exemplo: Se o Senhor responder a minha oração, curar a minha ferida, abrir as portas de trabalho, então, “darei muitas graças ao SENHOR com os meus lábios; louvá-lo-ei no meio da multidão”, Sl.109.30, devolvo o dízimo, buscarei a santificação, serei assíduo na tua casa. Neste caso “é melhor que não votes do que votes e não cumpras”, Ec.5.5. Os votos eram uma prática específica. No A.T. acontecia de os pais ou a própria pessoa, fazerem o voto de nazireu. Sansão foi “[...] consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe [...] não passou navalha sobre (a) cabeça [...] (com o objetivo de) livrar a Israel do poder dos filisteus”, Jz.13.5. Ana, a mãe de Samuel “[...] fez um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha”, 1Sm.1.11 – cumprido. Como é opcional, faz-se o voto quando há um motivo muito especial. Como o homem gosta de aparecer, muitos fazem apenas para serem notados e reconhecidos, mas agindo dessa forma, Deus “[...] não se agrada de tolos [...]”, Ec.5.4. Ninguém é obrigado a votar, pois “melhor é que não votes do que votar e não cumprir”, Ec.5.5. Até que ponto a dedicação a Deus e o desejo de santidade são oriundos de nosso coração? Os nossos votos são sinceros? Só pelo motivo de outros praticarem o voto, ficamos constrangidos a seguir igual conduta? O importante é que; “quando a Deus fizermos algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes”, Ec.5.4. Com Deus não se brinca nos avisa de [...] 3 – Uma desculpa que põe em risco a relação com Deus. Esta última divisão volta à temática da “[...] boca [...] (da) palavra [...]”, Ec.5.6 e das “[...] muitas palavras [...]”, Ec.5.7 como na primeira. No entanto, é muito mais aguda do que aquela. Se, inicialmente, temos a repetição das “[...] muitas palavras [...]”, Ec.5.7 que nos podem levar a “[...] julgamento [...] (por este motivo) não (podemos) julgar [...] (para) não ser julgado [...]”, Tg.5.9; Lc.6.37. Há uma progressão em relação à seriedade do problema. Seguindo a linha de raciocínio do primeiro item, quando vimos que o Judeu se apresenta no templo e torna-se o centro das atenções, nesse momento nós o vemos constrangido diante de suas próprias palavras e dos “[...] votos (feitos), não [...] cumpridos [...]”, Ec.5.4,5. Agora, o Judeu, eu e você, “[...] diz diante do mensageiro de Deus [...]”, Ec.5.6, o “[...] sacerdote [...] porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos”, Ml.2.7, que se “[...] precipitou com a sua boca [...]”, Ec.5.2 “[...] fazendo algum voto [...] (e não) cumprido [...]”, Ec.5.4, talvez tenha sido cobrado pelo sacerdote para que cumprisse seus votos. Ninguém gosta de ser cobrado, principalmente pelo pastor – dízimo, frequência, leitura bíblica, oração, visitação, vida espiritual, testemunho. Além do constrangimento diante do pastor pelo fato de que a “[...] a sua boca te fez culpado [...]”, Ec.5.6, o livro de Gênesis fala que, “[...] se, [...] procedemos mal, eis que o pecado jaz à porta [...] mas a nós cumpre dominá-lo”, Gn.4.7. Conforme o texto em estudo é deve dos servos de Deus “não consentir que a nossa boca (nos) [...] faça culpado [...]”, Ec.5.6 – muitas promessas – PF, batismo infantil, dízimo, oferta, construção. Outro constrangimento, para tentar corrigir um erro, é “[...] dizer [...] que foi inadvertência (descuido em fazer o voto) [...]”, Ec.5.6. Pior do que qualquer constrangimento é o fato “[...] de Deus [...] (ter) razão (de) se irar [...] por causa da sua palavra [...]”, Ec.5.6. Verdade é “[...] que (Deus) não inocenta o culpado [...]”, Ex.34.7, a sua ira é despertada “[...] a ponto de destruir as obras das [...] mãos (do adorador) [...]”, Ec.5.6, ou seja, seus negócios não prosperam e sua vida não se apruma, porque brincou com Deus. Assim como nos tempos bíblicos, muitos crentes dos dias atuais têm “[...] multidão de sonhos [...]”, Ec.5.7 de ficarem ricos, sarados, reconciliados com cônjuges e filhos, mas ao “[...] fazerem algum voto [...] (ou) tarda em cumpri-lo [...]”, Ec.5.4 ou, pior, “[...] não cumpre”, Ec.5.5. Todos esses “[...] sonhos (são apenas) vaidade (dos homens com o desejo de viverem mais tempo, terem o melhor desta terra somente para si) [...]”, Ec.5.7, mas muitos de nós deixamos de “[...] obedecer aos mandamentos do SENHOR [...]”, Dt.28.13. Qual a desculpa que você tem apresentado diante de Deus para “[...] não cumprir (com os seus) votos (?)”, Ec.5.5. Você tem brincado com Deus? Conclusão: Se você tem feito “[...] votos [...] não cumpridos”, Ec.5.5, é melhor começar a “[...] temer a Deus”, Ec.5.7. Não é possível construir um relacionamento sadio e abençoado com todos os homens e com Jesus sem “[...] temor a Deus”, Ec.5.7. Sem “[...] temor a Deus”, Ec.5.7 é impossível levar uma vida cristã séria. Atualmente não é popular falar de sem “[...] temor a Deus”, Ec.5.7. É mais comum nomear Deus como ‘paizinho’, ‘cara legal’, ‘amigão’. Esse tipo de expressão pode revelar o perigo de nivelar por baixo a relação com Deus e de diminuir as exigências morais da vida cristã. Fique sabendo que Deus exige empenho, luta, clamor e sacrifício de nossa parte para sermos “[...] guiados pelo Espírito de Deus (considerados) [...] filhos de Deus”, Rm.8.14 e, “[...] todos conhecerão que somos [...] discípulos (de) Jesus [...]”, Jo.13.35. Em outro texto Salomão fala: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem”, Ec.12.13. Discussão: Quais são alguns compromissos solenes que assumimos perante o Senhor e que precisam ser levados a sério? Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 4 de junho de 2021

TEMPO.

TEMPO Todos os homens, ao olharem para o passado, conseguem perceber quantos fatos aconteceram, quais foram bem-sucedidos, os erros que precisaram ser repetidos para merecer aplausos, os tombos que se tornaram em feridas, as feridas curadas com o tempo e o caminho cheio de pedregulhos que os trouxeram até onde estão para poder continuarem em sua luta diária e constante. Muitos acontecimentos foram esquecidos, outros você nem sequer se lembra, muitos vividos são relembrados diariamente ou parentes e amigos o fazem voltar ao passado para saber que o tempo passou, mas você continua vivendo a história porque o tempo da sua vida continua. A respeito do tempo, Deus mandou Salomão escrever para fazer parte da sua história que “tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Ec 3.1). O que Deus quer dizer é que “há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.” (Ec 3.2-8). Ou seja, Deus segura você em Suas mãos poderosas; e é Ele quem controla todas as coisas. Portanto, ainda que “o coração do homem traça o seu caminho, (fique sabendo que) ...o SENHOR lhe dirige os passos.” (Pv 16.9). O tempo que Deus marca para o homem é espetacular, no mesmo momento é incompreensível, e muitas vezes esse homem não entende os planos eternos do Senhor que sustenta todas as coisas. É por este motivo que você pode “observar as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta...” (Mt 6.26) sem necessitar da intervenção humana. Veja como Deus age na vida de todos os homens para alicerçar, moldar e transformar os seus corações. Um grande exemplo é a intervenção divina na vida de Moisés. Moisés viveu por quarenta anos no Egito. “Naqueles dias, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos e viu os seus labores penosos; e viu que certo egípcio espancava um hebreu, um do seu povo. Olhou de um e de outro lado, e, vendo que não havia ali ninguém, matou o egípcio, e o escondeu na areia.” (Ex 2.11, 12). Quarenta anos depois, nas entrelinhas, parece que dentro do coração de Moisés ainda tinha algum desejo de vingança ou o gosto por assassinar outros. Deus, “então, (usou) Zípora (sua esposa que) tomou uma pedra aguda, cortou o prepúcio de seu filho, lançou-o aos pés de Moisés e lhe disse: Sem dúvida, tu és para mim esposo sanguinário. Assim, o SENHOR o deixou. Ela disse: Esposo sanguinário, por causa da circuncisão.” (Ex 4.25, 26). Foi no tempo que Deus determinou, e mais ou menos outros quarenta anos se prolongaram até que Moisés, perto dos seus cento e vinte anos, pôde aprender pela prática compreendendo através das Palavras “... escritas pelo dedo de Deus... nas duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra...” (Ex 31.18) que Deus valoriza a vida dos homens a tal ponto de dizer: “Não matarás” (Ex 20.13). Antes do findar da vida de Moisés, Deus o fez crescer espiritualmente ao máximo para poder ensinar a outros homens que o Soberano Senhor, então, determina que “se alguém vier maliciosamente contra o próximo, matando-o à traição, tirá-lo-ás até mesmo do seu altar, para que morra.” (Ex 21.14). Ou seja, para Deus a vida do homem “... vale... muito mais...” (Mt 6.26). Veja que, no tempo de Deus, Ele faz com que o homem “... escolhido nele antes da fundação do mundo, seja... santo e irrepreensível perante ele; e em amor” (Ef 1.4) para “[...] crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo...” (2Pe 3.18). Isso aconteceu com os homens do Velho Testamento, com o ladrão na cruz, com Paulo, Silas, Timóteo e também pode acontecer com você. Espere o tempo de Deus para o seu crescimento. Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 2 de junho de 2021

2Co.4.16-18 - BENEFÍCIOS DO SOFRIMENTO.

BENEFÍCIOS DO SOFRIMENTO 2Co.4.16-18 Introd.: Todos se preocupam com o sofrimento e passam a perguntar: Por que sofro tanto neste mundo? Por que Deus permite tantos desastres, catástrofes e perigos em nossas vidas? Até quando irei passar por essas provações? Essas são algumas perguntas sem resposta que encontramos em todo o decorrer dos nossos dias. São perguntas que os nossos pais fizeram e mesmo quando respondidas, eles não ficaram satisfeitos. Nar.: O apóstolo Paulo responde, não o porquê do sofrimento, mas ele fala sobre os benefícios que traz o sofrimento. Paulo não era masoquista, ele não tinha prazer no sofrimento, pelo contrário, o seu sofrimento foi por imposição divina e humana, “pois Jesus lhe mostrou quanto lhe importava sofrer pelo seu nome”, At.9.16. Continuamos a perguntar: quais benefícios têm o sofrimento? Para esclarecer melhor este texto é preciso saber que Paulo foi martirizado. Os sofrimentos começaram imediatamente após a sua conversão e continuaram sem interrupção por mais de trinta anos. Judeus procuraram tirar-lhe a vida por duas vezes. Expulsaram-no de Antioquia e Bereia. Apedrejaram-no e deram-no como morto em Listra. Foi açoitado com varas e puseram-no ao tronco em Filipos. Quase perdeu a vida em Éfeso nas mãos da multidão, e em Jerusalém foi salvo pelos soldados romanos. Por dois anos esteve preso em Cesareia e mais dois em Roma. Sem contar com os naufrágios, privações e a sua execução como criminoso. O benefício do sofrimento era visto pelo apóstolo quando ele olhava para a eternidade e enxergava com os olhos da fé. Enxergava o seu espírito sendo renovado, o peso da glória acima de toda comparação e contemplando a própria eternidade. Propos.: Os sofrimentos nos capacitam a olhar firmemente para o autor da vida eterna; Jesus Cristo. Trans.: Quando sofro [...] 1 – O corpo se corrompe, mas o espírito se renova. A estranha mistura de vitórias e derrotas nos leva a entregar as nossas almas aos cuidados eternos de Deus. Isto nos diz que sentimos a própria mortalidade do corpo físico. “Por isso, não desanime [...]”, 2Co.4.16 ainda que tudo pareça contrário; não perca a coragem, não se canse, não se desespere com os sofrimentos deste mundo. Paulo via luz abundante proveniente da face de Jesus para fazer desaparecer o gigante desespero do sofrimento, embora não tivesse ele deixado de sofrer. Ele sabia que “[...] o nosso homem exterior se corrompe [...]”, 2Co.4.16, o corpo físico não resiste aos ataques do tempo e das enfermidades, mas ainda assim Paulo via benefício no sofrimento. Caso você esteja oprimido, não desanime, ainda que “[...] o homem exterior se corrompa [...] o homem interior se renova [...]”, 2Co.4.16 mais e mais nos trabalhos por Cristo. Esse é um processo contínuo na vida. Como se voltasse ao assunto, Paulo fala: “[...] contudo [...] por isso [...]”, 2Co.4.16, buscando esperança na ressurreição e o fim dos seus sofrimentos, logo, fica animado e vê benefícios no sofrimento. Ainda haverá muito sofrimento neste mundo, mas na vida eterna só haverá alegria e renovação “[...] de dia em dia”, 2Co.4.16. No sofrimento [...] 2 – A aflição é grande para os padrões humanos, mas a glória ultrapassa essas aflições. Para a mente humana todo sofrimento é apenas sofrimento e nunca irá reverter em benefício para as nossas vidas. Para Paulo o sofrimento pode ser grande, mas ele considera como “[...] leve e momentâneo [...]”, 2Co.4.17. Se você estiver sofrendo e ficar só pensando no sofrimento, vai sofrer mais. Caso você olhe para a eternidade, verá que na eterna morada não haverá mais sofrimento. É desse modo que Paulo olha para os seus sofrimentos. Ele sofre, mas será beneficiado na eternidade. O pensamento é como se colocasse na balança o sofrimento e a glória eterna. Ao falar da glória, fala do novo corpo ressuscitado, espiritual e imortal, em que serão transformados e o lugar onde eles viverão. Quando as duas coisas são postas na balança “[...] a tribulação é leve e momentânea [...] (enquanto a) glória produz para nós eterno peso [...]”, 2Co.4.17. Quando os acontecimentos são encarados do ponto de vista da eternidade, até mesmo os desastres mais aflitivos serão vistos como benefícios em nossas vidas. Quando a aflição se torna “[...] leve e momentânea [...]”, 2Co.4.17 é porque confiamos no cuidado eterno de Deus. Após todo sofrimento o benefício que alcançamos é que a “[...] glória [...] (está) acima de toda comparação”, 2Co.4.17. Paulo conclui [...] Conclusão: Falando sobre a esperança. A nossa esperança é que “[...] nós não (podemos) fixar a nossa atenção nas coisas que se veem [...] porque”, 2Co.4.18 logo passa. É inútil desejar ficar neste mundo porque “[...] o que pode ser visto dura apenas um pouco [...]”, 2Co.2.18 e as enfermidades logo passam. Devemos ficar atentos “[...] nas (coisas) que não se veem [...] porque”, 2Co.4.18 é invisível, eterno, real e mais importante. O céu, o trono de Deus e o próprio Jesus “[...] não pode ser visto (quando nos encontrar com Ele; a nossa vida cheia de paz, de saúde e prosperidade) durará para sempre”, 2Co.2.18. Rev. Salvador P. Santana

1Jo.2.2 - O REMÉDIO PARA O PECADO.

Adaptado para Estudo pelo Rev. Salvador P. Santana – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3. O REMÉDIO PARA O PECADO, 1Jo.2.2. Objetivo: Entender que o único remédio para combater o pecado é o sangue de Cristo. Nar.: O pecado é a pior doença que existe. O pecado é uma doença hereditária, universal, contagiosa, deformadora e mortal. O pecado não fazia parte da natureza humana quando o homem foi criado por Deus. Quando o homem cometeu o primeiro pecado, toda a raça humana foi infectada com o vírus da morte, por isso, “[...] assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”, Rm.5.12. O pecado gerou as mortes espiritual, física e eterna. O pecado mata, rouba e destrói a felicidade humana. O pior: não há cura humana para o pecado. Nenhum laboratório farmacêutico pode produzir o remédio para o pecado. Nenhuma religião pode absolver a culpa do pecado. O profeta Jeremias pergunta: “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal”, Jr.13.23. A Bíblia ensina que a doença do pecado humano só pode ser curada por Deus. E o remédio divino para o nosso pecado é o sangue de Cristo. O apóstolo João apresenta três ensinamentos acerca do poder do sangue de Jesus. 1 – O sangue de Jesus Purifica. A declaração de João é que, “se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”, 1Jo.1.7. Ele cita o sangue de Jesus. Este é o tema central da Bíblia, de Gênesis a Apocalipse. No A.T., o sangue de Jesus foi prefigurado através da “[...] oferta [...] (por) holocausto de gado [...] macho sem defeito [...] para que [...] seja aceito perante o SENHOR”, Lv.1.3. Assim como “[...] o novilho (foi) imolado [...] perante o SENHOR [...]”, Lv.1.5, Jesus também foi imolado “[...] para fazer expiação [...] pelos filhos de Israel, por causa dos seus pecados [...] como o SENHOR ordenara [...]”, Lv.16.34. No N.T., “[...] o [...] sangue (de) Jesus [...] (é a garantia) da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão (perdoar, livrar da escravidão) de pecados”, Mt.26.28. O “[...] sangue [...] de Jesus Cristo [...] nos liberta dos nossos pecados”, Ap.1.5. É por causa do “[...] sangue de Cristo [...] (que) nós, que antes estávamos longe (de Deus), fomos aproximados [...]”, Ef.2.13. Por este motivo “temos [...] (a) intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus”, Hb.10.19. Por meio do “[...] grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança”, Hb.13.20, Ele “nos aperfeiçoa em todo o bem [...]”, Hb.13.20, 21. E a Palavra de Deus afirma que “[...] sem derramamento de sangue, não há remissão (perdoar, livrar da escravidão)”, Hb.9.22. A purificação fazia parte das cerimônias religiosas no A.T. Os sacerdotes e Levitas “[...] Arão e seus filhos (se purificavam) [...] lavando com água”, Ex.29.4 para se consagrarem “[...] e purificarem [...] aspergindo sobre eles a água da expiação [...]”, Nm.8.6, 7. “Vestiam [...] a túnica (como a de Jesus, Jo.19.24) [...]”, Lv.16.4. Os leprosos curados precisavam “banhar o seu corpo em água no lugar santo [...] e ofereciam o seu holocausto [...]”, Lv.16.24. Os judeus usavam “[...] a água [...]”, Nm.19.9 ou água misturada com “[...] metade do sangue [...]”, Ex.24.6 para purificarem o povo e objetos. A “[...] leitura (do) Livro da Aliança [...] ao povo (era essencial) [...]”, Ex.24.7. “[...] Aquele sangue (simbolizando o sangue de Cristo foi) [...] aspergido sobre o povo [...]”, Ex.24.8 a fim de que fossem purificados. Assim como no V.T., “todo aquele que [...] não se purificar (no sangue de Jesus), contamina o tabernáculo (corpo) do SENHOR; essa pessoa será eliminada [...]”, Nm.19.13. Mas, “um homem limpo (Jesus) tomará [...] (a) água (purificadora) aspergirá [...] sobre as pessoas (escolhidas) que ali estiverem [...]”, Nm.19.18 para ficarem limpas. Da mesma forma, como “[...] Moisés proclamou todos os mandamentos segundo a lei a todo o povo, (Jesus) tomou o sangue [...] e aspergiu [...] sobre todo o povo (salvo)”, Hb.9.19. No N.T., dava-se grande importância para as purificações a ponto de “[...] judeus usarem para as purificações [...] (as) talhas (cântaro) de pedra [...]”, Jo.2.6 e muitas vezes “[...] suscitava-se [...] contenda com respeito à purificação”, Jo.3.25. Mas todas essas purificações eram insuficientes, porque, “[...] ainda que (nos) [...] lavemos com salitre (sabão) e amontoemos potassa (mais fraco que a soda cáustica), continua a mácula (mancha) da nossa iniquidade perante [...] o SENHOR Deus”, Jr.2.22. As purificações do A.T. apontam ou ilustram a purificação pelo sangue de Cristo. Por este motivo, “[...] para a época presente [...] se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto”, Hb.9.9. Os sacrifícios do V.T. “[...] não passavam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções (lavagem, purificação através da água), impostas até ao tempo oportuno de reforma”, Hb.9.10. Então, “quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção (aos filhos de Deus)”, Hb.9.11, 12. Somente em Jesus Cristo, “no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão (perdoar, livrar da escravidão) dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”, Ef.1.7. Precisamos saber que “não (é) por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”, Tt.3.5. Foi “[...] derramado sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador”, Tt.3.6 a purificação do nosso pecado. O nosso “[...] pecado (pode) ser como a (manchado de) escarlata (vermelho, mas) [...] o SENHOR (nos) diz [...] eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã”, Is.1.18 por meio de Cristo Jesus. O pecado contamina, mas “se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”, 1Jo.1.7. Aplicações práticas: O sangue de Jesus é o tema central da Bíblia. Sem o sangue de Jesus não há remissão (perdoar, livrar da escravidão) de pecado. Somente pelo sangue de Jesus podemos ser purificados. 2 – O sangue de Jesus Perdoa. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”, 1Jo.1.9. O perdão de pecados só é possível mediante o sangue de Jesus. A garantia do perdão “[...] é o [...] sangue (de) Jesus, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados”, Mt.26.28. Foi o próprio “[...] Deus quem propôs, no seu sangue, como propiciação (aplacar a ira de Deus), mediante a fé [...]”, Rm.3.25. Por isso, no sangue de Jesus “[...] temos a redenção, a remissão (perdoar, livrar da escravidão) dos pecados”, Cl.1.14. O perdão pelo sangue resulta em Deus “desfazer as nossas transgressões como a névoa e os nossos pecados, como a nuvem; (por este motivo devemos nos) tornar para Deus, porque Ele nos remiu (perdoar, livrar da escravidão)”, Is.44.22. Jesus fala que “[...] perdoados [...] são os nossos muitos pecados, porque (a partir do momento em que nós) muito amamos (a Deus) [...]”, Lc.7.47. “[...] O perdão (pelo sangue é motivo), para que [...] (eu e você) tema (reverência, medo)”, Sl.130.4 a Deus. A “[...] remissão (perdoar, livrar da escravidão) dos nossos pecados (é para aquele que se) arrepende (mudar a mente, o coração) [...]”, At.2.38. O perdão é para quem “confessa o seu pecado e a sua iniquidade não mais oculta (daí o) [...] SENHOR [...] perdoa a iniquidade do nosso pecado”, Sl.32.5. Precisamos saber que “[...] todo aquele que nele (Jesus) crê recebe remissão (perdoar, livrar da escravidão) de pecados”, At.10.43. Cristo assumiu o nosso lugar na cruz como nosso fiador, substituto e representante. Ele morreu em nosso lugar e sofreu o nosso castigo. Jesus pagou a nossa dívida. Por causa do sacrifício de Jesus, somos “[...] justificados pelo seu sangue, (por isso) seremos por ele salvos da ira (de Deus)”, Rm.5.9. Aplicações práticas: O sangue de Jesus é o preço do nosso perdão; Para receber o perdão de Deus eu preciso reconhecer e confessar o meu pecado; Sob o sangue de Jesus é o lugar mais seguro que existe. 3 – O sangue de Jesus Propicia. João continua dizendo que “[...] ele (Jesus) é a propiciação (aplacar a ira de Deus) pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”, 1Jo.2.2. Este versículo fala da natureza e da extensão da expiação ou da propiciação (aplacar a ira de Deus) através de Jesus Cristo. A propiciação (aplacar a ira de Deus) é a obra de Cristo que satisfaz todas as exigências da justiça e santidade divinas, para que Deus pudesse agir em benefício dos pecadores. E é o sangue de Cristo que faz a propiciação (aplacar a ira de Deus) tal como no A.T. o sacerdote “tomava do sangue do novilho e, com o dedo, o aspergia sobre a frente do propiciatório; e, diante do propiciatório, aspergia sete vezes do sangue, com o dedo”, Lv.16.14. Mas o livro de Hebreus declara que, “entretanto, nesses sacrifícios faziam-se recordação de pecados todos os anos”, Hb.10.3. Paulo declara que “[...] Deus propôs, no seu sangue, como propiciação (aplacar a ira de Deus), mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos”, Rm.3.25. O ensino bíblico da propiciação (aplacar a ira de Deus) através de Jesus Cristo, pode ser resumido: A propiciação (aplacar a ira de Deus) foi oferecida a Deus. Jesus sabia que a sua morte era para satisfazer a justiça de Deus. Ele morreu para agradar ao Pai, por isso o livro de Hebreus declara que, “[...] se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”, Hb.9.13, 14. A propiciação (aplacar a ira de Deus) foi oferecida a Deus por causa do pecado humano. Foi por causa do pecado humano que “[...] Cristo [...] (se) ofereceu uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”, Hb.9.28. Isaías profetizou que Jesus, através do seu “[...] penoso trabalho [...] justificaria a muitos (e não todos como é costumeiro alguns dizerem), porque as iniquidades deles levaram sobre si”, Is.53.11. Por este motivo o evangelho de João declara que “[...] Jesus dá a sua vida pelas ovelhas”, Jo.10.15 porque “[...] Cristo ama a igreja e a si mesmo se entregou por ela”, Ef.5.25. Jesus sabia por quem estava morrendo. Mas, como explicar o que João está dizendo que “[...] Jesus é a propiciação (aplacar a ira de Deus) pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”, 1Jo.2.2. A colocação “[...] do mundo inteiro”, 1Jo.2.2 significa de todos aqueles que têm comunhão com Deus, ou que confessam os seus pecados. O sacrifício de Jesus Cristo é suficiente para salvar o “[...] mundo inteiro”, 1Jo.2.2, mas eficiente para salvar somente os eleitos de Deus. Jesus repete essa fala quando da instituição da Santa Ceia ao dizer que “[...] o seu sangue [...] (foi) derramado em favor de muitos (não de todos), para remissão (perdoar, livrar da escravidão) de pecados”, Mt.26.28. A propiciação (aplacar a ira de Deus) foi oferecida a Deus pelo sangue. Todos nós estaríamos perdidos caso Jesus não tivesse morrido por nós, isto porque, “[...] sem derramamento de sangue, não há remissão (perdoar, livrar da escravidão)”, Hb.9.22. Jesus ofereceu a Deus o seu sangue, ou seja, aquilo que seria aceito por Deus como meio de propiciação (aplacar a ira de Deus). Devemos ser gratos a Deus porque “sabemos que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fomos resgatados do nosso fútil [...] mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”, 1Pe.1.18, 19. O sangue de Cristo tem valor incomparável, indispensável e infinito. O lugar da propiciação (aplacar a ira de Deus) foi o corpo de Jesus, pendurado na cruz. O corpo de Jesus tornou-se o lugar da propiciação (aplacar a ira de Deus). O seu sangue era o meio e o seu corpo era o lugar. Pedro falando a esse respeito declara e enfatiza que Jesus “carregou ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fomos sarados”, 1Pe.2.24. Observe a ênfase de Pedro que foi “[...] em seu corpo [...]”, 1Pe.2.24 que Jesus “[...] tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si [...]”, Is.53.4. O corpo de Cristo é comparado à tampa que cobria a ara da aliança, onde o sangue era derramado, Lv.16.15. É por isso que João defende com veemência que “[...] Jesus Cristo veio em carne (contrapondo os) [...] muitos enganadores (que) [...] saíam pelo mundo fora [...] não confessando Jesus Cristo [...]”, 2Jo.7. Precisamos estar atentos aos ensinos de João de que “[...] não devemos (dar) crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. Nisto reconhecemos o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual temos ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo”, 1Jo.4.1-3. Aplicações práticas: O remédio para o nosso pecado é “[...] ele (Jesus que) é a propiciação (aplacar a ira de Deus) pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”, 1Jo.2.2. Rev. Salvador P. Santana