sábado, 28 de janeiro de 2017

ESCOLHAS, Mt.24.45-51.



ESCOLHAS

Mt.24.45-51


Introd.:           As escolhas que fazemos podem afetar ou não a nossa vida para todo sempre.
            A escolha de um cônjuge que faz uso de drogas desestrutura completamente a família.
            Ao escolher um caminho tortuoso ou supostos amigos que nos conduz ao erro, pode terminar em tragédias mortais.
            Ao decidir continuar ou não em seus estudos, a recompensa ou descompasso pode afetar drasticamente no trabalho e uma possível aposentadoria.
Nar.:    Com os relatos da aproximação do fim dos tempos, o evangelista Mateus faz uma alerta a respeito das escolhas que fazemos no decorrer da nossa vida.
            Alguns acertam e são recompensados por Jesus.
            Outros caem em erros, desacertos e desencontros, daí, são punidos pela própria vida, parentes, amigos, inimigos ou pelo próprio Deus.
Propos.:           Faça de tudo para acerta em suas escolhas.
Trans.:             Existem muitos que escolhem [...]                
1 – Fazer o mal.
            Nasce dentro do coração.
            A conjunção coordenativa adversativa, mas [...]”, Mt.24.48, não foi acrescentado à toa por Jesus.
            O desejo do Mestre Jesus é tão somente indicar a clara oposição entre aqueles que fazem o mal em favor de si mesmo ou dos outros, contra aqueles que fazem o bem.
            O que está em jogo é “[...] aquele servo (pode ser eu ou você; mesmo porque, essa maldade nasce dentro do coração e nem eu e nem você consegue enxergar) [...]”, Mt.24.48.
            Esse suposto “[...] servo [...]”, Mt.24.48 mais cedo ou mais tarde mostrará as suas más ações.
            O “[...] se (adicionado ao texto dá a ideia de que) aquele servo (oculto, escondido, disfarçado ou amedrontado de mostrar a sua verdadeira face diante dos homens), sendo mau (perverso, frio, calculista, maldoso, odioso, cruel, feroz contra si ou contra o próximo, sim, esse homem está em sérios apuros) [...]”, Mt.24.48.
            O apuro é devido o suposto “[...] servo [...] disser consigo mesmo (escondendo dos homens a sua maldade, saindo de dentro do seu coração, onde somente ele e Deus conhecem) [...]”, Mt.24.48. 
            O pensamento desse homem “[...] mau [...] (é que o) seu senhor (Jesus, irá) demorar-se (em vir para julgar vivos e mortos, para ajustar as contas, buscar resultados do seu trabalho como autêntico filho de Deus)”, Mt.24.48. 
            A maldade desse homem é tamanha que ele, na ausência do seu Senhor, “[...] passa a (ser o primeiro, o chefe, o líder, o principal a) espancar (golpear, ferir, bater, punir, machucar com gestos, palavras, ações, como que tomando o lugar daqueles que tem direito de punir e corrigir – verdugo/castigador ou o próprio Deus) [...]”, Mt.24.49. 
            O pior é que a maldade desferida não é contra um condenado, que lhe causou algum ferimento, dano, prejuízo, pelo contrário, são “[...] os seus (próprios) companheiros (é como um coescravo, conservo, se alimenta da mesma mesa, da mesma família, alguém que com outros reconhece o mesmo Senhor) [...]”, Mt.24.49.
            Como se não bastasse, além de ferir o próximo, esse homem “[...] come (exageradamente – glutão como se toda comida do mundo fosse acabar, ou seja, faz mal a si mesmo) [...]”, Mt.24.49. 
            [...] E (o mais trágico é que ele) bebe com ébrios (bêbados – Sl.1. O texto não dá direito a você beber sozinho e muito menos acompanhado)”, Mt.24.49. 
            Pare com toda maldade em seu coração.
            Escolha [...]
2 – Fazer o bem.
            Fazer o bem é um encargo, uma determinação, uma obrigação do Senhor Jesus.
            [...] A quem (se refere a mim e a você que não tem mérito, sem salário, sem emprego, sem saber, não consegue mover uma palha sem a ajuda de Deus) [...]”, Mt.24.45.
            Cai por terra aquela ideia de que: Sou o dono, sei mais que você, consegui com as minhas forças, alcancei com os meus próprios méritos, eu sei, sou, faço, desfaço.
            É bom lembrar que, quando se fala sobre “[...] o senhor (está implícito o Senhor que comanda todo o universo, ordena tudo quanto acontece. Este é Jesus Cristo) [...]”, Mt.24.45. 
            Então, fique sabendo que é “[...] o (próprio) senhor (Jesus que) confiou (às suas mãos tocar, cantar, ajudar o próximo, a sua família, zelar pelo seu trabalho, amar, andar junto com) os seus conservos (amigo, parente, patrão, empregado) [...]”, Mt.24.45. 
            Perceba o quanto somos responsáveis pelas outras pessoas ao nosso redor a ponto de Jesus nos dizer “[...] para dar-lhes (amor, atenção, companheirismo, compreensão, dedicação) [...]”, Mt.24.45. 
            Que fique bem lembrado que não podemos fazer o melhor pelo outro somente quando entendemos que ele merece.
            Tudo tem que ser “[...] dado [...] a seu tempo (da sua necessidade, angústia, desespero, fome, sede, frio) [...]”, Mt.24.45.
            É por este motivo que, ao fazer o bem, na verdade estamos “[...] pois [...] servindo (ao próximo e a Deus) [...]”, Mt.24.45. 
            Essa “[...] servidão (não pode ser negligenciada, esquecida, abandonada. Tem que ser) fiel (verdadeira com as suas obrigações e, acima de tudo) prudente (com inteligência e sabedoria para não desviar-se de fazer o bem) [...]”, Mt.24.45. 
            Fazer o bem tem que ser um trabalho constante.
            Então, se você é o “[...] servo a quem seu senhor (Jesus), quando vier (na Sua glória e os anjos com Ele), achar fazendo assim (como ordenado, você será considerado) bem-aventurado”, Mt.24.46. 
            Sendo assim, “quem é (você no meio dessa sociedade?) [...]”, Mt.24.45. 
            Conforme as escolhas [...]
Conclusão:      No final, cada um seguirá o seu caminho.
            Eu e você podemos acreditar pelo motivo do próprio Jesus “[...] dizer (para cada um de nós sobre essa) verdade (aos nossos corações) [...]”, Mt.24.47. 
            Alguns ou muitos serão “[...] castigados (punir severamente. Cortar em duas partes. Método cruel usado pelos hebreus de cortar alguém em dois. Morte eterna) [...]”, Mt.24.51.
            Esses mortos eternamente terão a sua “[...] sorte (dívida) lançada (como sendo dispensado, colocado de lado) a (sua) sorte com os hipócritas (que brincam de ser servo de Deus) [...]”, Mt.24.51.
            Será terrível, mas “[...] ali (no inferno) haverá choro (lamento por ter sido mau) e (essa pessoa irá) ranger (ficar agoniado, punido eternamente) de dentes (e todo o seu corpo)”, Mt.24.51.
            O outro caminho também é eterno, mas é totalmente diferente do caminho trilhado por aquele que pratica males.
            O homem que pratica o bem, uma das recompensas é que, enquanto estiver neste mundo, o senhor “[...] lhe confiará todos os seus bens (possessões, propriedades, mercadorias)”, Mt.24.47.

Rev. Salvador P. Santana

ESFORÇAR AO MÁXIMO.



ESFORÇAR AO MÁXIMO
            Certo sábio convidou seus discípulos para um grande banquete a fim de aprenderem sobre o sentido da palavra graça. Quando todos se sentaram à mesa, as mais deliciosas guloseimas foram colocadas apenas ao alcance do mestre.
            Cada prato servido parecia aumentar o desejo de apetite dos seus discípulos, pois cada manjar era mais bem preparado que o outro. Logo, um dos seguidores perguntou: – Ora, não viemos participar de um delicioso jantar?
            Até o momento não provamos nenhum petisco. Então, o docente respondeu: – Vocês não estão compreendendo o verdadeiro sentido da palavra graça. Graça é você sentir o prazer que o outro tem em ser beneficiado, é ficar alegre com a vitória que ele está conquistando ou já tenha alcançado.
            Graça é você não se preocupar com você mesmo e nem querer o bem somente para si. Graça é você não desejar a desgraça do próximo e nem olhar com desdém para o seu bem-estar.
            Ao falar sobre graça, a Bíblia Sagrada não usa meio termo. Ela declara que o homem “[...] foi salvo (apenas) pela graça do Senhor Jesus [...]” (At 15.11).
            Verdade é que o homem não tem nada para oferecer ao Deus cheio de graça, mesmo porque, todos os homens “[...] estão (ou estavam) [...] mortos nos [...] (seus) delitos e pecados” (Ef 2.1). Estes homens são, portanto, impedidos de oferecer algo de bom ao Deus misericordioso.
            A cena do banquete, acima, oferecido, pode ser vista na ação de Deus em favor do homem pecador. Enquanto o Mestre santo, amoroso, que perdoa completamente a ofensa “[...] foi oprimido e humilhado [...] como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores [...]” (Is 53.7) em favor de alguém; os seus convidados são servidos com os melhores pratos, “[...] porque o amor de Deus é derramado [...] (no) coração pelo Espírito Santo [...]” (Rm 5.5).
            A única regra oferecida aos convidados foi de “[...] Cristo (ter) sofrido em [...] lugar [...]” (1Pe 2.21) daquele “[...] que estava perdido [...]” (Mt 18.11).
            É possível que o homem se coloque nessa condição de oferecer graça a seu próximo. A escrita Lucana conclama a todos os filhos de Deus a exercitar o “amor [...] (a todos os) seus inimigos, fazer o bem e emprestar, sem esperar nenhuma paga; (essa atitude vai conduzir o ofertante a receber o) [...] grande [...] galardão, (daí, ele) [...] será (considerado) filho do Altíssimo. Pois (esse mesmo) Altíssimo é benigno até para com os ingratos e maus” (Lc 6.35).
            Note bem que o texto não fala sobre amigos, pessoas boas, gratas. A Palavra de Deus fala que a disposição da graça deve ser em favor daquele que te ofende, que machuca você, que não reconhece o seu favor, que nitidamente é maldoso em todo o seu trato.
            Dentre esses pode estar “até o seu amigo íntimo, em quem você confiava, que comia do seu pão, (até que) levanta contra você o calcanhar” (Sl 41.9).
            É admissível que muitos desses seus amigos tem dado a você as costas no momento em que você mais necessita. Pode até mesmo acontecer do “[...] filho desprezar o pai, a filha se levantar contra a mãe, a nora, contra a sogra; (daí, conclui-se que) os inimigos do homem são os da sua própria casa” (Mq 7.6).
            Diante dessa situação, o homem de Deus não pode ser um servo sem graça. Ele precisa se esforçar ao máximo para continuar distribuindo graça, “[...] amando os seus inimigos, fazendo o bem (a todo aquele) [...] que (o) [...] odeia” (Lc 6.27).
            Seja um homem gracioso em todo o seu trato.
Rev. Salvador P. Santana

sábado, 21 de janeiro de 2017

AS DIFICULDADES, Mt.10.34-39.



AS DIFICULDADES
Mt.10.34-39

Introd.:           Dizem que as dificuldades crescem a medida que chegamos mais perto dos nossos objetivos.
            As dificuldades são tantas que muitas vezes nem sabemos por onde começar administrar.
            Muitos conseguem superar e transpor as dificuldades.
            Outros além de não conseguir desvencilhar das dificuldades, parecem que, além das já adquiridas, se enroscam em outros tantos problemas da vida.
Nar.:    Jesus fala sobre escolhas e uma delas, as mais difíceis na vida, são as dificuldades que enfrentamos.
Propos.:           Todos nós enfrentamos as mais diversas dificuldades e, com cada uma delas, devemos agir de forma diferente.       
Trans.: As dificuldades podem causar [...]
1 – Divisão.
            É até estranho “[...] pensar [...] (em) espada (divisão, conflito, briga, morte, separação estando ao lado de Cristo)”, Mt.10.34. 
            Mas, quando fazemos a opção por servir a Cristo Jesus, “não pense que Jesus veio trazer paz (tranquilidade, ausência de devastação, de guerra, segurança total, felicidade completa) à terra [...]”, Mt.10.34. 
            Não (.) [...] Jesus não veio trazer paz (no sentido de tranquilidade, viver sem problemas, sem embates, brigas, intrigas só pelo motivo de servirmos a Ele) [...]”, Mt.10.34. 
            Precisamos saber que, mesmo sendo servos de Deus, podemos bater de frente com a “[...] espada  (divisão, conflito, intrigas, brigas, discórdias, separações, angústias, devastações)”, Mt.10.34. 
            Pois (essa) divisão (entre amigos e parentes quem) veio causar [...]”, Mt.10.35 não foram os homens e muito menos o Diabo. 
            Aquele que “[...] veio causar divisão (foi o próprio) Jesus (o motivo principal: Fazer opção por servir a Cristo) [...]”, Mt.10.35. 
            Veja que a “[...] divisão (a partilha, o racha acontece) entre o homem (o filho) e seu pai (por causa de coisas banais – alimento, hora de dormir, brincadeira, estudo, asseio, amigos) [...]”, Mt.10.35. 
            A “[...] divisão (cortar relações, despedaçar amizades, partir sem dizer adeus acontece também) [...] entre a filha e sua mãe (por causa do quarto, vestes, namorados, prendas domésticas) [...]”, Mt.10.35. 
            Filhos pensam que, ao contrair matrimônio, irá se desvencilhar das garras ou da fala dos pais, mas essa pessoa se engana, pelo motivo de haver “[...] divisão (mais acirrada) entre a nora e sua sogra (por ciúmes, modo de tratar, colocar a casa em ordem)”, Mt.10.35. 
            Pode até soar estranho a “[...] divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra”, Mt.10.35, pois, “assim [...] (dizem eles: É uma família, fazem parte da família de Deus, todos frequentam a igreja, todos parecem santos, fiéis e íntegros) [...]”, Mt.10.36.
            Mas Jesus insiste: Não se engane! “[...] Os inimigos do homem serão os da sua própria casa”, Mt.10.36.
            É dentro de casa que conhecemos melhor o pastor, o presbítero, o diácono, o músico, o solista, o membro da igreja.
            Pode ser também, devido a esse conhecimento, que “[...] divisões (se aflorem em cada coração) [...]”, Mt.10.35. 
            As dificuldades [...]
2 – Falam sobre as prioridades.
            Todos os homens precisam escolher prioridades.
            Aquele a “quem (você) ama [...]”, Mt.10.37 precisa ser o seu melhor amigo.
            Quem ama [...]”, Mt.10.37 precisa fazer uma opção rápida para não cair em descrédito. 
            Caso a sua escolha for o “[...] seu pai [...]”, Mt.10.37, ele pode se tornar o seu inimigo devido a sua escolha em favor da vida eterna. 
            Aquele que “[...] ama [...] (a) sua mãe mais do que a Jesus [...]”, Mt.10.37 está fadado ao fracasso, desgaste, deslize e humilhação. 
            Na verdade, essa pessoa que “[...] ama mais (acima, além a) seu pai ou sua mãe [...] não é digno (não é adequado, não merece, se torna um peso em tentar servir a) [...] Jesus [...]”, Mt.10.37. 
            Se as prioridades forem invertidas, ou seja, os pais “[...] amando (mimando, dando tudo quando deseja como se fosse o dono do mundo para) seu filho ou sua filha mais do que a Jesus (a situação presente e futura não será nada boa) [...]”, Mt.10.37. 
            Esse homem que “[...] ama (outro semelhante para agradar, segurá-lo por perto, agir como se fosse o único capaz de receber atenção) não é digno de (servir, adorar e buscar a) Jesus”, Mt.10.37. 
            Ao falar sobre prioridade, Jesus nos convida a fazer uma reflexão para saber se queremos ou não servi-Lo com fidelidade.
            A prova maior é quando eu e você “[...] tomamos (agarrar com firmeza, sem olhar para traz, sem a noção de violência que virá) a cruz (sofrimento, crueldade, perseguição, desprezo, crucificação do eu, da carne, do pecado) [...]”, Mt.10.38. 
            Aquele que pensa que estará se sacrificando por alguém neste mundo, enganado está em seu coração.
            É preciso prestar atenção, medir as consequências, as prioridades “[...] e vir após Jesus (como discípulo, servo obediente, filho de Deus que deseja obedecer) [...]”, Mt.10.38. 
            Agindo de açodo com os preceitos bíblicos, daí sim, esse “[...] é digno de Jesus”, Mt.10.38. 
            Aquele que enfrenta dificuldade [...]
Conclusão: Pode perder.
            Ninguém deseja perder nada neste mundo.
            Todos nós desejamos ganhar mais, comprar mais, viver mais, comer além da conta.
            A retórica de Jesus é que eu e você aprendamos a “[...] perder [...]”, Mt.10.39.
            Mas, o que os homens desejam de fato é “[...] achar a sua vida (ou aproveitar a vida neste mundo) [...]”, Mt.10.39.
            Muitos esquecem é que o mundo, os amigos é que se aproveitam deles.
            Para esses supostos que aproveitam ou “[...] acham a [...] vida (na verdade eles estão) perdendo (destruindo, matando, colocando em ruína a própria) vida (com seus prazeres mundanos) [...]”, Mt.10.39.
            O conselho de Jesus é que eu e você não apenas aprenda, mas tenha desejos no coração de “[...] perde a vida (de alegria supérflua neste mundo) por causa (para servir, dedicar-se a) Jesus [...]”, Mt.10.39.
            A resposta pode ser trágica ou não para você quando “[...] Jesus (anunciar a palavra final) [...] perdeu a vida (para sempre ou) [...] achou (a vida para a eternidade)”, Mt.10.39.


     Rev. Salvador P. Santana

SEXO E CASAMENTO – Vida a dois, a três, a quatro, Cl.3.17-21.



SEXO E CASAMENTO – Vida a dois, a três, a quatro, Cl.3.17-21.
           
Introd.:           O casamento é o ambiente correto para o relacionamento sexual.
            Isso não significa que a vida sexual do casal seja algo simples.
            Inúmeros fatores podem atrapalhar o bom andamento dessa parte importante da vida conjugal – cansaço, trabalho, falta de tempo, filhos, saúde, problemas de relacionamentos.      O que costuma causar mais dificuldade é a presença de filhos.
            O que vai ser dito nesta lição pode nos ajudar em outras circunstâncias da vida a dois.  
            Sexo e casamento [...]
1 – Antes dos filhos.
            O Senhor criou o casal para “[...] se unir [...] (e) se tornar os dois uma só carne”, Gn.2.24.
            Quando casamos, mudamos nossa situação diante de Deus e passamos a ter autorização para manter uma vida sexual ativa.
            Tudo em nossa realidade se transforma por meio do encontro e da troca.
            Para o casal, essa transformação se dá por meio da relação sexual, que torna os cônjuges “[...] uma só carne”, Gn.2.24 e que pode resultar no nascimento de filhos.
Daí, o casal promoverá, através da relação sexual, a “[...] fecundação, multiplicação (da imagem de Deus), enchendo a terra [...]”, Gn.1.28.
            Os filhos tornam as coisas mais complicadas para o casal, e os pais precisam ter mais atenção, cuidado para que a intimidade do casal não seja exposta.
            Então, é preciso que o casal aproveite o tempo antes do nascimento dos filhos, e invista em seu relacionamento íntimo.
            Aproveitar esse tempo, a liberdade e as poucas obrigações, pode trazer toda diferença para um casal.
            A intimidade sexual reforça e aprofunda a união.
            Quando Paulo fala sobre o “não nos privar um ao outro [...]”, 1Co.7.5 na área sexual, ele afirma que a constância do relacionamento sexual é muito importante para um casal.
            Essa constância contribui “[...] para que Satanás não nos tente por causa da incontinência”, 1Co.7.5 e ainda, nos fortalece os laços do casamento.
            Ainda hoje há pessoas que pensam que é sinal de santidade evitar o contato físico com o cônjuge; para eles se relacionarem sexualmente quantas vezes forem possíveis.
            Viu Deus tudo quanto fizera (principalmente o homem e sua mulher), e eis que era muito bom (os dois cativarem uma vida sexual ativa) [...]”, Gn.1.31 .
            Evitar ou ver a relação sexual como suja é distorção, é confusão.
            Sexo e casamento [...]
2 – Com filhos em casa.
            Filhos chegam, o casal assume grandes responsabilidades.
            Vem o desafio de administrar a vida sexual, as obrigações profissionais, a casa e a família.
            Alguém aparece na relação do casal e não dá para pedir licença, pois o filho é alguém amado e também exigente.
            Filho é dependente e de grande importância.
            O casal precisa definir prioridades em favor do filho.
            A sociedade atual encara os filhos como ídolos. Toda energia, atenção e dinheiro lhes são dedicados.
            A vida de muitos casais resume-se a cuidar dos filhos.
            Paulo, em Colossenses, descreve o papel e as obrigações da família diante de Deus:
            Esposas [...] submissas [...]”, Cl.3.18;
            Maridos [...] amando [...]”, Cl.3.19;
            Filhos [...] obedecendo [...]”, Cl.3.20;
            Pais, (que) não irritam os [...] filhos [...]”, Cl.3.21.
            Quando agimos dessa forma, mostramos que não vivemos de acordo com nossas ideias e vontades, mas como o Senhor ordena.
            A prioridade na vida familiar não é o pai, a mãe e muito menos o filho, mas “[...] tudo (tem que ser) [...] em nome do Senhor Jesus [...]”, Cl.3.17. 
            Moisés declara que o centro da vida familiar é quando “ouvimos [...] o Senhor, nosso Deus, (como) [...] único Senhor. Amando [...] o Senhor, nosso Deus, de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de toda a nossa força”, Dt.6.4, 5.
            Portanto, nem mãe, filho, pai tem prioridade no lugar de Deus.
            Ao falar sobre a submissão da mulher, a obediência do filho, não é afirmação de que o homem é superior e nem a mulher e o filho sejam inferiores.
            O pai tem a obrigação de representar Deus em seu lar e prover sua família de modo gracioso, reconciliador e misericordioso tal como o Criador faz em nosso favor.
            Ao viver essa realidade evitaremos a idolatria do filho, ou mesmo do cônjuge, que roubam o lugar correto dos relacionamentos.
            A prioridade em qualquer casamento é investir no relacionamento conjugal.
            Diante de Deus temos de amar e nos relacionar adequadamente com o cônjuge e não podemos fazer dos filhos um empecilho para que isso aconteça.
            Tanto os desejos sexuais como as tentações continuam, mesmo após o nascimento das crianças.
            O casamento é a relação mais duradoura de nossa vida.
            Nem mesmo a presença dos filhos pode ser usada como desculpa para descuidar do casamento.
            Sexo e casamento [...]
3 – Após a saída dos filhos.
            Após anos de dedicação dos pais, os filhos vão embora de casa para formar suas famílias, seguir seus próprios caminhos, carreiras.
            A casa fica vazia, o tempo começa a sobrar, assim como o espaço na casa.
            O casal tem de voltar sua privacidade, eles estão ali um para o outro.
            Quando o casal não investiu na relação, por causa dos filhos, o casamento se torna a união de dois estranhos, de pessoas que pouco sabem de uma da outra, só se falavam para tratar de assuntos relacionados aos filhos.
            A sociedade tem diminuído a importância do casamento.
            A prole ganhou mais importância que a vida a dois.
            A antiga frase “os mais velhos primeiro”, transformou-se em “as crianças na frente”.
            A Bíblia mostra que o lugar de honra é dos pais.
            Paulo fala que os “filhos [...] (devem) obedecer a (seus) [...] pais no Senhor [...] honrando [...] pai e [...] mãe (que é o primeiro mandamento com promessa)”, Ef.6.1, 2.
            Atualmente são os pais que obedecem e atendem os desejos dos filhos; a vida do casal ficou centralizada nos filhos.
            Quando o casal se vê sozinho, o marido e a mulher não mais se identificam como cônjuges eles se enxergam somente como pais.
            Na terceira idade o relacionamento sexual do casal costuma esfriar – o vigor físico já não é o mesmo, mas a necessidade sexual permanece a mesma.
            A saída dos filhos e o envelhecimento não podem acabar com o relacionamento físico do casal – a não ser, é claro por problemas de saúde, que impeçam o contato físico.
            Além do vigor, a aparência física também decai e, na maioria dos casos – infelizmente – a maturidade de muitos cristãos não acompanha seu envelhecimento.
            O nosso foco não pode estar na aparência física, mas no “[...] interior do coração (do) homem, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus”, 1Pe.3.4.
            A santificação deve ser o nosso maior foco.
            Um casal que não investiu em sua relação não terá muito conhecimento da beleza interior um do outro.
            Quando os olhos já não forem tão atraentes, o motivo de proximidade será o que vai ao coração.
            Se nossos padrões forem guiados pelo “[...] adorno da esposa [...] frisado (penteado) de cabelos, adereços de ouro, aparato (caro) de vestuário”, 1Pe.3.3, a vida sexual vai ser uma raridade quando o casal alcançar a terceira idade.
            Ver outras qualidades acima da aparência é o que pode fazer diferença em nossas vidas.
            [...] Abraão (e) Sara (acima da terceira idade ou) [...] depois de velha, e velho [...] tiveram ainda prazer (sexual) [...]”, Gn.18.12.
Conclusão:      A vida sexual no casamento não é simples.
            No início pode haver tempo, disposição.
            Com a chegada dos filhos as coisas podem se complicar e, se marido e mulher não tomarem os devidos cuidados, a intimidade pode acabar prematuramente.
            Em todas as fases da vida o casal deve a visão bíblica do casamento, levando em consideração Deus, “e (em) tudo o que fizer, seja em palavra, seja em ação, fazendo-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”, Cl.3.17. 
            Por esse motivo a “esposa [...] (precisa) ser submissa ao próprio marido, como convém no Senhor (e não ao marido)”, Cl.3.18. 
            O “marido [...] (deve) amar sua esposa e não a tratar com amargura”, Cl.3.19. 
            Filhos, em tudo (precisam aprender a) obedecer a seus pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor (e não diante dos pais)”, Cl.3.20. 
            E por outro lado, os “pais, não (podem) irritar os seus filhos, para que não fiquem desanimados (em relação à vida familiar)”, Cl.3.21.
Aplicação:       Reveja o modo de olhar o seu cônjuge.
            Beleza é algo bom, ela foi criada por Deus, mas pense nela sob a ótica do padrão bíblico.
            Salomão fala que “o ornato dos jovens é a sua força, e a beleza dos velhos, as suas cãs”, Pv.20.29.
            Então, é por esse motivo que “não (convém) acumular para nós [...] tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam”, Mt.6.19.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Nossa Fé – A beleza da intimidade sexual – Extensão e limites da relação no casamento - CCC – Rev. Ricardo Moura Lopes Coelho.