ESFORÇAR AO MÁXIMO
Certo sábio convidou seus discípulos para um
grande banquete a fim de aprenderem sobre o sentido da palavra graça. Quando
todos se sentaram à mesa, as mais deliciosas guloseimas foram colocadas apenas
ao alcance do mestre.
Cada prato servido
parecia aumentar o desejo de apetite dos seus discípulos, pois cada manjar era
mais bem preparado que o outro. Logo, um dos seguidores perguntou: – Ora, não
viemos participar de um delicioso jantar?
Até o momento não
provamos nenhum petisco. Então, o docente respondeu: – Vocês não estão
compreendendo o verdadeiro sentido da palavra graça. Graça é você sentir o
prazer que o outro tem em ser beneficiado, é ficar alegre com a vitória que ele
está conquistando ou já tenha alcançado.
Graça é você não se
preocupar com você mesmo e nem querer o bem somente para si. Graça é você não
desejar a desgraça do próximo e nem olhar com desdém para o seu bem-estar.
Ao falar sobre graça, a
Bíblia Sagrada não usa meio termo. Ela declara que o homem “[...] foi salvo (apenas)
pela graça do Senhor Jesus [...]” (At 15.11).
Verdade é que o homem
não tem nada para oferecer ao Deus cheio de graça, mesmo porque, todos os
homens “[...] estão (ou estavam) [...] mortos nos [...] (seus) delitos e
pecados” (Ef 2.1). Estes homens são, portanto, impedidos de oferecer algo de
bom ao Deus misericordioso.
A cena do banquete,
acima, oferecido, pode ser vista na ação de Deus em favor do homem pecador.
Enquanto o Mestre santo, amoroso, que perdoa completamente a ofensa “[...] foi
oprimido e humilhado [...] como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como
ovelha muda perante os seus tosquiadores [...]” (Is 53.7) em favor de alguém;
os seus convidados são servidos com os melhores pratos, “[...] porque o amor de
Deus é derramado [...] (no) coração pelo Espírito Santo [...]” (Rm 5.5).
A única regra oferecida
aos convidados foi de “[...] Cristo (ter) sofrido em [...] lugar [...]” (1Pe 2.21)
daquele “[...] que estava perdido [...]” (Mt 18.11).
É possível que o homem
se coloque nessa condição de oferecer graça a seu próximo. A escrita Lucana
conclama a todos os filhos de Deus a exercitar o “amor [...] (a todos os) seus inimigos,
fazer o bem e emprestar, sem esperar nenhuma paga; (essa atitude vai conduzir o
ofertante a receber o) [...] grande [...] galardão, (daí, ele) [...] será
(considerado) filho do Altíssimo. Pois (esse mesmo) Altíssimo é benigno até
para com os ingratos e maus” (Lc 6.35).
Note bem que o texto não
fala sobre amigos, pessoas boas, gratas. A Palavra de Deus fala que a
disposição da graça deve ser em favor daquele que te ofende, que machuca você,
que não reconhece o seu favor, que nitidamente é maldoso em todo o seu trato.
Dentre esses pode estar
“até o seu amigo íntimo, em quem você confiava, que comia do seu pão, (até que)
levanta contra você o calcanhar” (Sl 41.9).
É admissível que muitos
desses seus amigos tem dado a você as costas no momento em que você mais
necessita. Pode até mesmo acontecer do “[...] filho desprezar o pai, a filha se
levantar contra a mãe, a nora, contra a sogra; (daí, conclui-se que) os
inimigos do homem são os da sua própria casa” (Mq 7.6).
Diante dessa situação, o
homem de Deus não pode ser um servo sem graça. Ele precisa se esforçar ao
máximo para continuar distribuindo graça, “[...] amando os seus inimigos, fazendo
o bem (a todo aquele) [...] que (o) [...] odeia” (Lc 6.27).
Seja um homem gracioso
em todo o seu trato.
Rev. Salvador P. Santana
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