sábado, 28 de janeiro de 2017

ESFORÇAR AO MÁXIMO.



ESFORÇAR AO MÁXIMO
            Certo sábio convidou seus discípulos para um grande banquete a fim de aprenderem sobre o sentido da palavra graça. Quando todos se sentaram à mesa, as mais deliciosas guloseimas foram colocadas apenas ao alcance do mestre.
            Cada prato servido parecia aumentar o desejo de apetite dos seus discípulos, pois cada manjar era mais bem preparado que o outro. Logo, um dos seguidores perguntou: – Ora, não viemos participar de um delicioso jantar?
            Até o momento não provamos nenhum petisco. Então, o docente respondeu: – Vocês não estão compreendendo o verdadeiro sentido da palavra graça. Graça é você sentir o prazer que o outro tem em ser beneficiado, é ficar alegre com a vitória que ele está conquistando ou já tenha alcançado.
            Graça é você não se preocupar com você mesmo e nem querer o bem somente para si. Graça é você não desejar a desgraça do próximo e nem olhar com desdém para o seu bem-estar.
            Ao falar sobre graça, a Bíblia Sagrada não usa meio termo. Ela declara que o homem “[...] foi salvo (apenas) pela graça do Senhor Jesus [...]” (At 15.11).
            Verdade é que o homem não tem nada para oferecer ao Deus cheio de graça, mesmo porque, todos os homens “[...] estão (ou estavam) [...] mortos nos [...] (seus) delitos e pecados” (Ef 2.1). Estes homens são, portanto, impedidos de oferecer algo de bom ao Deus misericordioso.
            A cena do banquete, acima, oferecido, pode ser vista na ação de Deus em favor do homem pecador. Enquanto o Mestre santo, amoroso, que perdoa completamente a ofensa “[...] foi oprimido e humilhado [...] como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores [...]” (Is 53.7) em favor de alguém; os seus convidados são servidos com os melhores pratos, “[...] porque o amor de Deus é derramado [...] (no) coração pelo Espírito Santo [...]” (Rm 5.5).
            A única regra oferecida aos convidados foi de “[...] Cristo (ter) sofrido em [...] lugar [...]” (1Pe 2.21) daquele “[...] que estava perdido [...]” (Mt 18.11).
            É possível que o homem se coloque nessa condição de oferecer graça a seu próximo. A escrita Lucana conclama a todos os filhos de Deus a exercitar o “amor [...] (a todos os) seus inimigos, fazer o bem e emprestar, sem esperar nenhuma paga; (essa atitude vai conduzir o ofertante a receber o) [...] grande [...] galardão, (daí, ele) [...] será (considerado) filho do Altíssimo. Pois (esse mesmo) Altíssimo é benigno até para com os ingratos e maus” (Lc 6.35).
            Note bem que o texto não fala sobre amigos, pessoas boas, gratas. A Palavra de Deus fala que a disposição da graça deve ser em favor daquele que te ofende, que machuca você, que não reconhece o seu favor, que nitidamente é maldoso em todo o seu trato.
            Dentre esses pode estar “até o seu amigo íntimo, em quem você confiava, que comia do seu pão, (até que) levanta contra você o calcanhar” (Sl 41.9).
            É admissível que muitos desses seus amigos tem dado a você as costas no momento em que você mais necessita. Pode até mesmo acontecer do “[...] filho desprezar o pai, a filha se levantar contra a mãe, a nora, contra a sogra; (daí, conclui-se que) os inimigos do homem são os da sua própria casa” (Mq 7.6).
            Diante dessa situação, o homem de Deus não pode ser um servo sem graça. Ele precisa se esforçar ao máximo para continuar distribuindo graça, “[...] amando os seus inimigos, fazendo o bem (a todo aquele) [...] que (o) [...] odeia” (Lc 6.27).
            Seja um homem gracioso em todo o seu trato.
Rev. Salvador P. Santana

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