FILHO PROCURA RECONCILIAR
Gn.21.22-32
Introd.: A instrução de Jesus a todos quantos estão
em inimizade, é que, “se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te
lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a
tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze
a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás
com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao
oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não
sairás dali, enquanto não pagares o último centavo”, Mt.5.23-26.
Nar.: Abraão, após
Deus intervir em seus embates com Abimeleque, resolve reconciliar com o seu
oponente.
Propos.: Busque a reconciliação
[...]
Trans.: Filho procura reconciliar [...]
1 – Porque o seu oponente reconhece que Deus abençoa o seu
filho.
O
reconhecimento de que Deus abençoa seus filhos é a prova de que, embora haja
pecados na vida do crente, ainda assim Deus é quem o conduz, renova, transforma
e o leva aos caminhos santos.
“Por esse
tempo [...]”, Gn.21.22, do nascimento, circuncisão, festa de Isaque, expulsão
de Agar e Ismael, Deus intervém, conduz e abençoa a vida do seu filho.
“Por esse
tempo [...]”, Gn.21.22, em meio às divergências, pecados, transgressões de
Abraão, Deus resolve mudar a história.
Deus usa “[...]
Abimeleque e Ficol [...]”, Gn.21.22, homens incrédulos, sem esperança de vida
eterna para provar e moldar seus filhos.
“[...] Abimeleque
(rei de Gerar, uma das cidades dos filisteus) e Ficol, comandante do seu
exército [...]”, Gn.21.22 são orientados por Deus para levar Abraão à
reconciliação.
O “[...]
dizer a Abraão [...]”, Gn.21.22 serve para mim e você a respeito da nossa fé,
do nosso compromisso com Deus.
Deve ser
constante pessoas não crentes “[...] dizerem (a nosso respeito de que) Deus é
conosco em tudo o que fazemos”, Gn.21.22 em nossas ações, reações, palavras e
pensamentos – o nosso testemunho é essencial neste mundo.
O desejo
de Deus é que “agora [...]”, Gn.21.23, não a partir de amanhã ou próximo mês,
devemos tomar uma postura diferente quando se trata do nosso testemunho.
Abimeleque
procurou Abraão “[...] pois, (a fim de que fizessem um) juramento [...]”,
Gn.21.23, uma declaração de inocência a respeito da desavença acontecida.
O “[...] juramento
(não era um juramento qualquer, uma aliança falha, pelo contrário, era) [...]
por Deus [...]”, Gn.21.23, autoridade suprema, diante daquele que soluciona
problemas.
O desejo
principal era “[...] que Abraão (servo de Deus) [...] não mentisse (à)
Abimeleque (não salvo), nem a seu filho, nem a seu neto [...]”, Gn.21.23 a
respeito de qualquer assunto – esposa/irmã.
Como houve
embate, discórdia, um e outro deviam “[...] usar [...] daquela mesma bondade com
que Abimeleque [...] tratou Abraão”, Gn.21.23 – libertar Sara, dar presentes,
voltar fazer as pazes.
“[...] Sim
que Abraão (devia) usar (não apenas com) Abimeleque (mas também) [...] com a
terra em que (estava) [...] habitando daquela mesma bondade [...]”, Gn.21.23 –
lugar para plantar, colher, criar gados, enriquecer.
Qual deve
ser a minha e a sua “resposta (?) [...]”, Gn.21.24 – não quero, ele vai pagar,
sofrer as consequências.
A “resposta
(de) Abraão [...]”, Gn.21.24 é a que Deus deseja para mim e você, é o que a
Palavra de Deus revela aos nossos corações: “Não julgueis e não sereis
julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados”,
Lc.6.37.
“Abraão respondeu:
Juro”, Gn.21.24.
“Responda
(eu e você): Juramos”, Gn.21.24; somos inocentes um com o outro.
Filho que procura
reconciliar
2 – Apresenta a sua queixa.
A locução
conjuntiva, “nada obstante [...]”, Gn.21.25, apresentada pelo servo de Deus,
mostra a oposição para se justificar diante do seu opositor e diante de Deus.
O “nada
obstante [...]”, Gn.21.25 é como se eu e você apresentasse diante de Deus o
erro do outro para tentar encobrir o meu.
Veja que “[...]
Abraão (não perdeu tempo) repreendeu a Abimeleque [...]”, Gn.21.25 a fim de
tentar colocar panos quentes a respeito da mentira – Sara/Abraão/irmãos.
A “[...]
repreensão a Abimeleque (foi) por causa de um poço de água [...]”, Gn.21.25 que
mata a sede, tipo de Cristo que dá vida.
Por causa
do calor, deserto, sequidão, o “[...] poço de água [...]”, Gn.21.25 que mata a
sede do corpo e não da alma, havia sido a causa preocupante do desentendimento.
O “[...]
poço de água que os servos (de) Abimeleque [...] haviam tomado à força (a)
Abraão [...]”, Gn.21.25 é motivo para muitas das nossas queixas – herança,
família, estudos.
A “resposta
(de) Abimeleque [...]”, Gn.21.26, que não conhece a Deus, pode ser a minha e a
sua a respeito dos nossos embates.
“[...] Não
sei quem terá feito isso [...]”, Gn.21.26, somente Deus pode julgar a
veracidade da nossa fala diante de todos os homens.
“[...] Também
nada me fizeste saber [...]”, Gn.21.26 é uma acusação de que não acontece
diálogo para solucionar problemas – amigos/inimigos, cônjuges,
patrões/empregados, pais/filhos, servos/incrédulos.
Ao dizer
que “[...] nem tampouco ouvi falar disso, senão hoje”, Gn.21.26, mostra um
empreendedor que não sabe o que acontece dentro da empresa, um pai que não sabe
nada sobre o lar e a família.
Apresenta
a sua queixa diante de todos, principalmente diante de Deus.
O filho que
procura reconciliar
3 – Faz um acordo.
Jesus fala
que você deve “entrar em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás
com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao
oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão”, Mt.5.25.
“Abraão
(esperto) tomou [...]”, Gn.21.27 a iniciativa de acordo segundo a orientação de
Deus.
As “[...]
ovelhas e bois [...]”, Gn.21.27 são um marco de festa, amor, demonstração de
amizade, reconciliação e adoração a Deus.
“[...] E dando
(os animais) a Abimeleque [...]”, Gn.21.27 representa o acordo feito de não
mais se enfrentar, mentir, acusar um ao outro – faça isso com aquele que você
está em desacordo.
“[...] Abraão
[...] e Abimeleque [...] fizeram [...] uma aliança”, Gn.21.27, tratado,
associação, compromisso de serem amigos, partilhar o melhor da vida – bens,
serviços.
Perceba
que partiu de “[...] ambos [...]”, Gn.21.27, pois se não houver acordo entre as
partes, um não consegue, mas no caso dos servos de Deus, o próprio Senhor deve
estar presente. Nesse acordo.
Urgente!
“Entrar em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a
caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de
justiça, e sejas recolhido à prisão”, Mt.5.25.
Ao “por Abraão
à parte sete cordeiras do rebanho”, Gn.21.28, é possível que o propósito maior
é apontar para a perfeição de que Deus está no controle de qualquer situação, o
qual pode transformar vidas, refazer amizades perdidas, mudar o comportamento
dentro e fora do lar.
Sem
conhecer ou entender os planos de Deus, “perguntou Abimeleque a Abraão [...]”,
Gn.21.29 a respeito da vida espiritual em relação a esse acordo.
“[...] Abimeleque
(não conhecedor de Deus quer saber o) que significam as sete cordeiras que
puseste à parte [...]”, Gn.21.29 para compreender o Deus que pode transformar
vidas.
“Abraão respondendo
[...]”, Gn.21.30 pode ensinar a mim e a você a respeito dos nossos embates e
desavenças.
O ensino
maior é que os nossos inimigos podem “[...] receber de nossas mãos as sete
cordeiras [...]”, Gn.21.30 como sinal de que a perfeição de Deus pode falar com
o nosso coração de que podemos buscar a perfeição.
“[...] Abraão
[...] (declara ainda) para que [...] sirva (ao servo de Deus como) testemunha
de que (ele) [...] cavou este poço”, Gn.21.30, não com as próprias mãos que
pode jorrar água, o próprio Deus, para a vida eterna.
Filho
procura reconciliar
Conclusão: Fazendo uma aliança.
“[...]
Berseba [...]”, Gn.21.31, no hebraico é poço dos sete juramentos.
“Por isso
[...]”, Gn.21.31, esse nome se refere tanto ao cuidado de Deus sobre a vida de
seus filhos, quanto ao acordo estabelecido, dirigido, não por Abraão e
Abimeleque, mas pelo próprio Deus.
Ao “[...]
se chamar aquele lugar Berseba [...]”, Gn.21.31, Deus requer, e nos faz lembrar
que é preciso eu e você fazer acordos de amizades com os nossos adversários.
“[...] Porque
ali (onde você estiver, em sua casa, trabalho, escola, você precisa) jurar [...]
ambos”, Gn.21.31, você e o seu adversário.
“Assim, faça
aliança em Berseba [...]”, Gn.21.32, lugar dos sete acordos, principalmente com
a sua família.
Essa “[...]
aliança [...] (firmada serve para) se levantarem Abimeleque e Ficol
(incrédulos, irmãos em Cristo, a sua família), comandante do seu exército, e
voltarem para as terras dos filisteus”, Gn.21.32, os seus lares na certeza de
que não há mais desacordo entre vocês.
Filho, procura reconciliar com todos!
Rev.
Salvador P. Santana