domingo, 27 de outubro de 2019

Gn.21.22-32 - FILHO PROCURA RECONCILIAR.

FILHO PROCURA RECONCILIAR
Gn.21.22-32

Introd.:           A instrução de Jesus a todos quantos estão em inimizade, é que, “se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo”, Mt.5.23-26.         
Nar.:    Abraão, após Deus intervir em seus embates com Abimeleque, resolve reconciliar com o seu oponente.                
Propos.:           Busque a reconciliação [...]              
Trans.:             Filho procura reconciliar [...]
1 – Porque o seu oponente reconhece que Deus abençoa o seu filho.
            O reconhecimento de que Deus abençoa seus filhos é a prova de que, embora haja pecados na vida do crente, ainda assim Deus é quem o conduz, renova, transforma e o leva aos caminhos santos. 
            “Por esse tempo [...]”, Gn.21.22, do nascimento, circuncisão, festa de Isaque, expulsão de Agar e Ismael, Deus intervém, conduz e abençoa a vida do seu filho.
            “Por esse tempo [...]”, Gn.21.22, em meio às divergências, pecados, transgressões de Abraão, Deus resolve mudar a história.   
            Deus usa “[...] Abimeleque e Ficol [...]”, Gn.21.22, homens incrédulos, sem esperança de vida eterna para provar e moldar seus filhos.
            “[...] Abimeleque (rei de Gerar, uma das cidades dos filisteus) e Ficol, comandante do seu exército [...]”, Gn.21.22 são orientados por Deus para levar Abraão à reconciliação.
            O “[...] dizer a Abraão [...]”, Gn.21.22 serve para mim e você a respeito da nossa fé, do nosso compromisso com Deus.
            Deve ser constante pessoas não crentes “[...] dizerem (a nosso respeito de que) Deus é conosco em tudo o que fazemos”, Gn.21.22 em nossas ações, reações, palavras e pensamentos – o nosso testemunho é essencial neste mundo.
            O desejo de Deus é que “agora [...]”, Gn.21.23, não a partir de amanhã ou próximo mês, devemos tomar uma postura diferente quando se trata do nosso testemunho.
            Abimeleque procurou Abraão “[...] pois, (a fim de que fizessem um) juramento [...]”, Gn.21.23, uma declaração de inocência a respeito da desavença acontecida.
            O “[...] juramento (não era um juramento qualquer, uma aliança falha, pelo contrário, era) [...] por Deus [...]”, Gn.21.23, autoridade suprema, diante daquele que soluciona problemas.
            O desejo principal era “[...] que Abraão (servo de Deus) [...] não mentisse (à) Abimeleque (não salvo), nem a seu filho, nem a seu neto [...]”, Gn.21.23 a respeito de qualquer assunto – esposa/irmã.
            Como houve embate, discórdia, um e outro deviam “[...] usar [...] daquela mesma bondade com que Abimeleque [...] tratou Abraão”, Gn.21.23 – libertar Sara, dar presentes, voltar fazer as pazes.
            “[...] Sim que Abraão (devia) usar (não apenas com) Abimeleque (mas também) [...] com a terra em que (estava) [...] habitando daquela mesma bondade [...]”, Gn.21.23 – lugar para plantar, colher, criar gados, enriquecer.
            Qual deve ser a minha e a sua “resposta (?) [...]”, Gn.21.24 – não quero, ele vai pagar, sofrer as consequências.
            A “resposta (de) Abraão [...]”, Gn.21.24 é a que Deus deseja para mim e você, é o que a Palavra de Deus revela aos nossos corações: “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados”, Lc.6.37.
            “Abraão respondeu: Juro”, Gn.21.24.
            “Responda (eu e você): Juramos”, Gn.21.24; somos inocentes um com o outro.
            Filho que procura reconciliar
2 – Apresenta a sua queixa.
            A locução conjuntiva, “nada obstante [...]”, Gn.21.25, apresentada pelo servo de Deus, mostra a oposição para se justificar diante do seu opositor e diante de Deus.
            O “nada obstante [...]”, Gn.21.25 é como se eu e você apresentasse diante de Deus o erro do outro para tentar encobrir o meu.
            Veja que “[...] Abraão (não perdeu tempo) repreendeu a Abimeleque [...]”, Gn.21.25 a fim de tentar colocar panos quentes a respeito da mentira – Sara/Abraão/irmãos.
            A “[...] repreensão a Abimeleque (foi) por causa de um poço de água [...]”, Gn.21.25 que mata a sede, tipo de Cristo que dá vida.
            Por causa do calor, deserto, sequidão, o “[...] poço de água [...]”, Gn.21.25 que mata a sede do corpo e não da alma, havia sido a causa preocupante do desentendimento.
            O “[...] poço de água que os servos (de) Abimeleque [...] haviam tomado à força (a) Abraão [...]”, Gn.21.25 é motivo para muitas das nossas queixas – herança, família, estudos.
            A “resposta (de) Abimeleque [...]”, Gn.21.26, que não conhece a Deus, pode ser a minha e a sua a respeito dos nossos embates.
            “[...] Não sei quem terá feito isso [...]”, Gn.21.26, somente Deus pode julgar a veracidade da nossa fala diante de todos os homens.
            “[...] Também nada me fizeste saber [...]”, Gn.21.26 é uma acusação de que não acontece diálogo para solucionar problemas – amigos/inimigos, cônjuges, patrões/empregados, pais/filhos, servos/incrédulos.
            Ao dizer que “[...] nem tampouco ouvi falar disso, senão hoje”, Gn.21.26, mostra um empreendedor que não sabe o que acontece dentro da empresa, um pai que não sabe nada sobre o lar e a família.
            Apresenta a sua queixa diante de todos, principalmente diante de Deus.  
            O filho que procura reconciliar
3 – Faz um acordo.
            Jesus fala que você deve “entrar em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão”, Mt.5.25.
            “Abraão (esperto) tomou [...]”, Gn.21.27 a iniciativa de acordo segundo a orientação de Deus.
            As “[...] ovelhas e bois [...]”, Gn.21.27 são um marco de festa, amor, demonstração de amizade, reconciliação e adoração a Deus. 
            “[...] E dando (os animais) a Abimeleque [...]”, Gn.21.27 representa o acordo feito de não mais se enfrentar, mentir, acusar um ao outro – faça isso com aquele que você está em desacordo.
            “[...] Abraão [...] e Abimeleque [...] fizeram [...] uma aliança”, Gn.21.27, tratado, associação, compromisso de serem amigos, partilhar o melhor da vida – bens, serviços.
            Perceba que partiu de “[...] ambos [...]”, Gn.21.27, pois se não houver acordo entre as partes, um não consegue, mas no caso dos servos de Deus, o próprio Senhor deve estar presente. Nesse acordo.
            Urgente! “Entrar em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão”, Mt.5.25.
            Ao “por Abraão à parte sete cordeiras do rebanho”, Gn.21.28, é possível que o propósito maior é apontar para a perfeição de que Deus está no controle de qualquer situação, o qual pode transformar vidas, refazer amizades perdidas, mudar o comportamento dentro e fora do lar. 
            Sem conhecer ou entender os planos de Deus, “perguntou Abimeleque a Abraão [...]”, Gn.21.29 a respeito da vida espiritual em relação a esse acordo.
            “[...] Abimeleque (não conhecedor de Deus quer saber o) que significam as sete cordeiras que puseste à parte [...]”, Gn.21.29 para compreender o Deus que pode transformar vidas.
            “Abraão respondendo [...]”, Gn.21.30 pode ensinar a mim e a você a respeito dos nossos embates e desavenças.
            O ensino maior é que os nossos inimigos podem “[...] receber de nossas mãos as sete cordeiras [...]”, Gn.21.30 como sinal de que a perfeição de Deus pode falar com o nosso coração de que podemos buscar a perfeição.
            “[...] Abraão [...] (declara ainda) para que [...] sirva (ao servo de Deus como) testemunha de que (ele) [...] cavou este poço”, Gn.21.30, não com as próprias mãos que pode jorrar água, o próprio Deus, para a vida eterna.
            Filho procura reconciliar
Conclusão:      Fazendo uma aliança.
            “[...] Berseba [...]”, Gn.21.31, no hebraico é poço dos sete juramentos.
            “Por isso [...]”, Gn.21.31, esse nome se refere tanto ao cuidado de Deus sobre a vida de seus filhos, quanto ao acordo estabelecido, dirigido, não por Abraão e Abimeleque, mas pelo próprio Deus.
            Ao “[...] se chamar aquele lugar Berseba [...]”, Gn.21.31, Deus requer, e nos faz lembrar que é preciso eu e você fazer acordos de amizades com os nossos adversários.
            “[...] Porque ali (onde você estiver, em sua casa, trabalho, escola, você precisa) jurar [...] ambos”, Gn.21.31, você e o seu adversário.
            “Assim, faça aliança em Berseba [...]”, Gn.21.32, lugar dos sete acordos, principalmente com a sua família.
            Essa “[...] aliança [...] (firmada serve para) se levantarem Abimeleque e Ficol (incrédulos, irmãos em Cristo, a sua família), comandante do seu exército, e voltarem para as terras dos filisteus”, Gn.21.32, os seus lares na certeza de que não há mais desacordo entre vocês.
            Filho, procura reconciliar com todos!

           
            Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

REFORMA.

REFORMA
            Desde o Antigo Testamento, 1450 a.C., até os dias atuais, sempre houve o combate acirrado contra as falsas doutrinas pregadas por supostos enviados por Deus.
            Moisés alertou o povo judeu de que “quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio” (Dt 13.1). A resposta não pode ser outra, a não ser a de “não ouvir as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR [...] Deus [...] prova, para saber se amais o SENHOR [...] Deus, de todo o [...] coração e de toda a [...] alma” (Dt 13.3).
            De igual modo, o profeta Elias, século VI a.C., enfrentou “[...] os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas do poste-ídolo [...] no monte Carmelo [...]” (1Rs 18.19) com um único propósito: provar para o povo israelita que somente “[...] O SENHOR é Deus!” (1Rs 18.39).
            Outro que não deixou a voz dos mentirosos persistir foi o copeiro do rei Artaxerxes, Neemias, século V a.C. Este não se deixou persuadir com as ameaças de Tobias e Sambalate. Um falso profeta, “[...] Semaías [...] (tentou levar Neemias) à Casa de Deus, ao meio do templo (o que lhe era proibido) [...] (com a desculpa de que) viriam matar Neemias [...] (mas ele) de maneira nenhuma entrou. Então, percebeu que não era Deus quem o enviara; tal profecia falou ele contra Neemias, porque Tobias e Sambalate o subornaram” (Ne 6.10-12). Outros houve no Antigo Testamento que foram defensores da boa doutrina: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Miquéias e Zacarias. Que todos eles sejam imitados.
            Na história do Novo Testamento não pode ser diferente. Logo no início do ministério de Jesus, um conselho é dado a seus discípulos de que precisavam “acautelar-se dos falsos profetas, que se [...] apresentavam disfarçados em ovelhas, mas por dentro (eram) [...] lobos roubadores” (Mt 7.15).
            O desejo de Jesus é conduzir cada discípulo ao aprendizado de se resguardar, e evitar ser “[...] levado ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef 4.14). O desejo dos falsos profetas era tentar tirar do coração humano aquela certeza de vida eterna assegurada por Cristo Jesus.
            Depois de Jesus, um dos maiores vultos da Igreja Primitiva, Paulo, escritor, discípulo e apóstolo, fez de tudo para imitar a Jesus. Ele teve a mesma responsabilidade de defender a fé cristã com a verdade implantada em seu coração.
            A palavra de Paulo sempre foi de incentivo à igreja e repulsa aos falsos apóstolos e profetas de sua época. Ele deixou avisado aos crentes de todas as épocas de que “[...] entre (o povo de Deus) [...] penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho” (At 20.29).
            O apóstolo Pedro fala que “[...] no meio do povo surgiram falsos profetas, assim também haverá entre (o povo de Deus) [...] falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2Pe 2.1).
            Nunca houve um cessar da invasão das falsas doutrinas. Na época do poder dos romanos, Cláudio, Nero, Vespasiano. Em 305 d.C. Maximiano assume o império, no final de seu mandato houve a grande perseguição. Em 311 d.C., tolerância pelo imperador Galério. Em 313 d.C. “ficou estabelecida a completa liberdade religiosa e igualdade de direito a todas as religiões” – História da igreja Cristã, pag. 48), mas não diminuiu as investidas dos heréticos.
            Preocupou a igreja a ação perigosa dos gnósticos e de Márcion, os quais diziam que “tudo o que fosse matéria e o corpo são maus, portanto, o espírito deve escapar deste corpo e deste mundo material e que o Deus do N.T. e o Pai de Jesus Cristo não é o mesmo Jeová do A.T. e que o A.T. é palavra de deus, mas não do Deus supremo”. Estavam totalmente equivocados.
            No séc. XVI, Martinho Lutero, monge, orava, estudava a Bíblia e castigava o seu corpo. Soube através da Bíblia que Deus enviou seu Filho, Jesus Cristo, para expiar os pecados dos homens. Achou paz ao confiar no amor de Deus.
            Em Roma, o papa Leão X desejava terminar a construção da basílica de São Pedro. Vendia indulgências ao povo. Lutero se opôs, escreveu e afixou em 31.10.1517 as 95 teses contra as indulgências. Foi o estopim para a Reforma Protestante.
            João Calvino, em 1564, estudou os ensinos de Lutero. Experimentou grande renovação em sua vida espiritual. Fez de Genebra, socialmente próspera, mas de baixo nível moral, uma cidade modelo de vida cristã.
            Não pense que essa luta teve fim. Terá fim somente quando Cristo resgatar a sua igreja.
            Você é responsável por continuar essa Reforma Protestante e defender os ensinos bíblicos.
Rev. Salvador P. Santana

sábado, 19 de outubro de 2019

DESABAFAR.

DESABAFAR
            A tristeza tem invadido muitos corações. De certo modo, desde os tempos bíblicos, o número de tristonhos tem se multiplicado, e isso se dá por dois motivos: a população mundial está em torno de 7,7 bilhões, sendo assim, os relacionamentos se tornam mais intensos, mais provocativos e perniciosos, e a velocidade da comunicação de um saber a respeito da vida do outro através das redes sociais conduz todos os internautas a descobrir, com apenas um clique, se o seu vizinho, parente, homens de bem ou do mal, estão angustiados ou não. A partir desse imbróglio, as partes se dividem, brigam, separam, saem nos tapas, e cada um deve, precisa, necessita desabafar.
            Homens e mulheres nos tempos bíblicos enfrentaram muitas dificuldades a ponto de muitos não saberem qual caminho seguir. Havia brigas, ciúmes, discórdias, luta armada, desrespeito, enfrentamento entre pais e filhos, cônjuges, e principalmente confronto entre o homem e o próprio Deus.
            É bem verdade que muitos homens preferem desabafar para homens. Entre esses, pode-se (des) confiar em parentes, amigos, e principalmente nos inimigos. Muitos textos bíblicos estão repletos desses exemplos, a fim de que, pelo depoimento apresentado, conforme o resultado, cada servo de Deus aprenda a se desvencilhar das enrascadas que podem estar à sua frente.
            Um texto bíblico declara que “[...] Asa caiu doente dos pés; a sua doença era em extremo grave; contudo, na sua enfermidade não recorreu ao SENHOR, mas confiou nos médicos” (2Cr 16.12). É possível que fosse o médico da realeza. Ele não foi bem-sucedido.
            Outra causa não bem-sucedida foi a de que “[...] Abrão anuiu ao conselho de Sarai” (Gn 16.2). Tiveram problemas duradouros e cheios de intrigas familiares a ponto de haver “[...] humilhação, e [...] fuga da [...] presença” (Gn 16.6) de seus parentes mais próximos e uma terrível intriga entre nações.
            Em outro caso é falado que entre pessoas que não eram amigas, mas inimigas, “o conselho foi agradável [...] a todos [...]” (Gn 41.37); daí tiveram condições de prosperar e nascer uma amizade devido à posição política e social.
            Certo é que, em todos esses casos de desabafo ou numa conversa particular, sempre aconteceram embates, discussões, intrigas, brigas intermináveis, e algumas separações para não mais voltar ao relacionamento. Alguns aprenderam com os erros, outros, no entanto, sofreram.
            É possível que seja por causa desses problemas enfrentados que o salmista declara: “Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia? Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?” (Sl 13.2).
            Há somente uma solução para toda a alma que a “[...] aflição lhe sobrevêm [...] (olhar, falar, desabafar para) Deus [...] o Deus grande, poderoso e temível, que guarda [...] e (tem) misericórdia [...]” (Ne 9.32) daquele “[...] filho (que) despreza o pai, a filha (que) se levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; (pois em muitos desabafos para o homem, são encontrados) os inimigos [...] (dentro) da sua própria casa” (Mq 7.6).
            Há momentos na vida em que é preciso agir como o profeta Jeremias, quando anunciava a invasão do rei Nabucodonosor e o povo de Israel não acreditou. A única solução foi dizer para os crédulos e incrédulos: “Bom é aguardar a salvação do SENHOR, e isso, em silêncio” (Lm 3.26). O desabafo do profeta Jeremias àquele povo não surtiu efeito. Muitos pereceram, e outros tantos “[...] foram levados cativos para a Babilônia” (Jr 40.1).
            O rei Davi, diante dos problemas enfrentados “[...] confiava em Deus” (Sl 55.23). Para desabafar a quem o conhecia perfeitamente, o rapaz “[...] ruivo, de belos olhos e boa aparência [...] derramou perante Deus a sua queixa, à [...] presença (de) Deus expôs a sua tribulação” (1Sm 16.12; Sl 142.2). Ele reconheceu que “o SENHOR é a sua força e o seu escudo; nele o seu coração confia, nele foi socorrido; por isso, o seu coração exulta [...]” (Sl 28.7) porque sabia a quem desabafar.
            Leia a Bíblia; Deus falará com você! Ore entregando as suas queixas!
Rev. Salvador P. Santana

Gn.21.8-21 - FILHO EXPULSO DE CASA.

FILHO EXPULSO DE CASA
Gn.21.8-21

Introd.:           “Michael Rotondo, de 30 anos, não quer sair de casa. O americano anunciou que recorrerá contra a ação judicial que determinou o seu despejo, atendendo ao desejo de seus pais.
            Os pais queixam-se de que ele não ajudava nas despesas e tarefas domésticas.
            O prazo para que se retirasse era de duas semanas, mas foi constantemente ignorado.
            O juiz Donald Greenwood, da Suprema Corte de Nova York, foi enfático: — Quero você fora daquela casa”, https://oglobo.globo.com/sociedade/expulso-de-casa-pelos-pais-americano-de-30-anos-diz-que-vai-recorrer-22708099 – 23.05.18.
            Sempre houve expulsão de filhos da casa de seus pais.
            As questões apresentadas são múltiplas, e muitos pais não querem conversa; desejam expulsar o filho de casa.             
Nar.:    O filho expulso do texto é um filho bastardo, gerado fora do matrimônio legítimo, entre Sara e Abraão, mas com o consentimento dos dois, Agar deu a luz.                
Propos.:           A expulsão de um filho causa constrangimento, mal-estar, prostração.
Trans.:             Filho expulso de casa [...]
1 – Não se importa em praticar bullying.
            O termo bullying surgiu do inglês bully, tirano, brigão, valentão.
            No Brasil, o bullying é o ato de bulir, tocar, bater socar, zombar, tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos humilhantes.
            “Isaque [...]”, Gn.21.8 era o querido da família, o mais mimado, acolhido pelos pais, parentes e vizinhos.
            “Isaque cresceu [...]”, Gn.21.8, e o seu irmão, Ismael, devia ter entre 16 a 21 anos.
            “Isaque cresceu e foi desmamado [...]”, Gn.21.8, entre dois a sete anos de idade; um dos motivos da zombaria, do bullying, dos apelidos humilhantes.
            Possível motivo do bullying pode ter sido porque “Ismael (se sentiu preterido, rejeitado, ignorado por seus pais, e outra, já) [...] era de treze anos, quando foi circuncidado na carne do seu prepúcio”, Gn.17.25; “[...] Isaque (foi) circuncidado [...] quando este era de oito dias [...]”, Gn.21.4.
            O ódio guardado dentro do coração de Agar e Ismael, aflorou “[...] nesse dia em que o menino Isaque foi desmamado [...]”, Gn.21.8.
            E para piorar a situação, para incentivar a prática do bullying, “[...] deu Abraão um grande banquete”, Gn.21.8 ao seu filho querido – festa de aniversário, passeio, presente; Ismael fora rejeitado.
            “Vendo Sara que [...]”, Gn.21.9 podia contribuir para a rejeição, a expulsão do seu enteado de sua casa, ela investe contra.
            Não apenas “[...] o filho Ismael (mas também) Agar, a egípcia [...]”, Gn.21.9, é alvo da provocação a fim de levar Ismael a ridicularizar Isaque.
            O ciúme, a raiva, o ódio, o desprezo de “[...] Sara (era doentio contra) Agar [...] (e) o (seu) filho (Ismael) [...]”, Gn.21.9.
            “[...] Sara (e Abraão foram expulsos por Faraó) [...] Agar, a egípcia, o qual ela dera à luz a Abraão [...]”, Gn.21.9, sofreu as consequências desse amargor no coração.
            Diante de tal situação, Ismael “[...] caçoava (riu, brincou, gracejou, divertiu, fez graça, piada) de Isaque”, Gn.21.9.
            Filho expulso de casa [...]
2 – É rejeitado dentro de casa.
            Pode haver um que rejeita mais que outro algum parente ou amigo.
            Sara “disse a Abraão [...]”, Gn.21.10 a respeito da rejeição, da intriga de outrora, da falta de confiança, do desespero de conviver com outra mulher debaixo do mesmo teto.
            Sara não fez rodeios, ela foi direto ao assunto: “[...] rejeita [...]”, Gn.21.10.
            A pessoa quando está com raiva, não precisa nem terminar a frase, você já entende, você conhece aquele que mora com você.
            A raiva, o ódio dentro do coração antecipa o desejo de “[...] rejeitar essa escrava [...]”, Gn.21.10.
            Muitas vezes, a “[...] tamanha raiva [...] chega até aos céus”, 2Cr.28.9, daí, é preciso “[...] rejeitar [...] (também) seu filho [...]”, Gn.21.10, mandar embora aquele que dizia ser amado.
            A preocupação de Sara era “[...] porque o filho dessa escrava [...]”, Gn.21.10 e não o meu enteado, não é mais aquele que a “[...] edificava com filhos por meio (de Agar) [...]”, Gn.16.2.
            “[...] O [...] filho (rejeitado) dessa escrava [...]”, Gn.21.10 tinha o porquê de todo ciúme, raiva, mágoa, rejeição – riqueza, prosperidade, bens materiais, herança que seria deixada para o filho.
            A rejeição é para que “[...] o filho [...] escravo não seja herdeiro [...]”, Gn.21.10.
            A rejeição tem um motivo maior: “[...] com Isaque, meu filho”, Gn.21.10, ninguém vai disputar, ele é melhor, mais bonito, inteligente, herdeiro.
            A rejeição dentro de casa “pareceu [...]”, Gn.21.11, a ponto de ficar estremecido àquele que é o sacerdote, mas ficou por isso mesmo, não tomou nenhuma atitude em favor do filho.
            “[...] Isso (foi) mui penoso [...]”, Gn.21.11, preocupante, mas o filho foi mandado embora.
            “[...] Aos olhos de Abraão [...]”, Gn.21.11 não havia mais solução para deixar o filho dentro de casa porque a sua esposa dera a ordem final.
            “[...] Por causa de seu filho”, Gn.21.11, qual atitude você está disposto a tomar?
            “[...] Por causa de seu filho”, Gn.21.11, ele será amado, deixado dentro de casa ou expulso?
            Filho expulso de casa [...]
3 – É socorrido por Deus.
            “[...] O SENHOR, nosso Deus, é quem peleja por nós, como já nos prometeu”, Js.23.10.
            Em todas as situações da nossa vida Deus age, protege, abençoa, dá direção e pode permitir alguma adversidade.
            O filho já estava expulso, então, “[...] Deus (entra em ação) [...]”, Gn.21.12 a respeito do nosso futuro e dos nossos problemas.
            “Disse, porém, Deus a Abraão [...]”, Gn.21.12, eu e você, a respeito dos nossos filhos.
            A depender da situação, se é expulsão, briga, discórdia, “[...] não te pareça isso mal [...] disse, porém, Deus [...]”, Gn.21.12, Ele tem um plano para cada um.
            “[...] Não te pareça isso mal por causa do moço (Ismael) e por causa da sua serva (Agar) Deus [...]”, Gn.21.12 socorre, abençoa.
            A permissão de “[...] Deus [...] (é para) atender a Sara [...]”, Gn.21.12 a respeito da expulsão do filho.
            “[...] Atender a Sara (seu cônjuge) em tudo o que ela te disser [...]”, Gn.21.12 é frustrante para muitos homens e mulheres, pois não pensam como Deus e não conhecem os seus caminhos.
            A razão principal é “[...] porque [...] Deus (já determinara) por Isaque ser chamada a [...] descendência”, Gn.21.12 de Abraão, o ascendente de Jesus para salvar o mundo.
            “[...] Isaque [...]”, Gn.21.12 foi a causa dessa expulsão, “mas [...]”, Gn.21.13, a conjunção adversativa foi colocada no texto pelo próprio Deus para dizer que somos cuidados, abençoados, apesar das dificuldades que enfrentamos.
            O “mas (de Deus é que) também do filho da serva (Agar) farei uma grande nação [...]”, Gn.21.13 – povos árabes, inimigos de Israel.
            Veja que Deus cumpre com uma promessa de que “[...] em Abraão serão benditas todas as famílias da terra”, Gn.12.3.
            É por este motivo que o texto fala: “[...] por ser Ismael [...] descendente”, Gn.21.13 de Abraão.
            Você sendo abençoado, os seus filhos serão, portanto, não os expulsa.
            Filho expulso de casa [...]
4 – Anda errante.
            O andar errante não partiu do próprio filho, mas do seu progenitor.  
            Ao “levantar-se [...]”, Gn.21.14, muitos homens já tem um propósito sobre as suas atividades diárias.
            “Levantou-se, pois, Abraão [...]”, Gn.21.14, e conforme a determinação da sua esposa, fez os planos para expulsar o seu filho.
            “[...] De madrugada [...]”, Gn.21.14, horário com maior desejo de continuar na cama, o filho adolescente – 17 a 21 anos, foi abordado para não reagir.
            “[...] Abraão [...] (“[...] muito rico [...]”, Gn.13.2) tomou (o suficiente) pão e um odre de água [...]”, Gn.21.14 a fim de que o filho sumisse da sua casa.
            A riqueza de “[...] Abraão [...] (não o induziu a oferecer uma carroça, um boi, um jumento, apenas) pôs às costas de Agar [...] pão [...] e água [...] dando-lhe o menino e a despediu (conforme a ordem de Sara) [...]”, Gn.21.14 – Se vira – CEJUSC – 30% S.M.
            “[...] Agar (não teve outra opção) ela saiu, andando errante pelo deserto de Berseba (em direção à Jordânia, Arábia Saudita, Kuwait, Iêmen, todos inimigos de Israel)”, Gn.21.14.
            A situação se complica para o filho, mas o progenitor não sustenta, não apoia, daí, o resultado é catastrófico, “tendo-se acabado a água do odre [...]”, Gn.21.15, o pai não estava por perto para auxiliar.
            A solução encontrada pela mãe, abandonada foi “[...] colocar [...] o menino debaixo de um dos arbustos”, Gn.21.15 para aliviar o calor – o pai não tem preocupação.
            “E, (para não presenciar a morte do filho por insolação – muito quente – dia, frio – noite) afastou-se, foi sentar-se defronte [...]”, Gn.21.16, e apenas esperar – o pai festejava – bares, amigos.
            “[...] À distância de um tiro de arco (700 mt); porque dizia: Assim, não verei morrer o menino [...]”, Gn.21.16 de fome, sede, frio, calor, mas o pai não se importou.
            “[...] E, sentando-se em frente dele [...]”, Gn.21.16, a repetição mostrar a gravidade dos fatos, mas o único filho assistido era Isaque.
            O “[...] levantar a voz e chorar”, Gn.21.16 aponta o desespero de muitos filhos e mulheres sem amparo dos progenitores.
            Filho expulso de casa [...]
Conclusão:      Sem saber, clama a Deus.
            “Deus [...] (mais uma vez entra em ação para cuidar do filho expulso por seu pai) [...]”, Gn.21.17.
            Sempre acontece de “Deus, porém, ouvir a voz do menino (eu e você) [...]”, Gn.21.17.
            “[...] E o (o próprio Senhor envia) o Anjo de Deus [...]”, Gn.21.17, que são “[...] espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação [...]”, Hb.1.14.
            “[...] O Anjo de Deus chama do céu a Agar (eu e você) e nos diz: Que tens, Agar (eu e você a respeito dos nossos problemas)? [...]”, Gn.21.17.
            A resposta de “[...] Deus (para todos os homens:) [...] Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino (eu e você), daí onde está”, Gn.21.17, Ele pode nos ajudar.
            O incentivo de Deus: “Ergue-te (da masmorra), levanta (do desespero) o rapaz, segura-o pela mão (para não cair) [...]”, Gn.21.18.
            Sem saber, clamamos, daí, eis o motivo, “[...] porque (o próprio) Deus (é quem) fez (de) Ismael um grande povo”, Gn.21.18, e faz de nós filhos abençoados.
            Perceba que a ação de Deus é completa, isto porque, no desespero, não percebemos e não enxergamos o que é necessário, então, “abriu Deus os olhos, viu Agar um poço de água [...]”, Gn.21.19.
            “[...] Deus [...] (além de ser o nosso) poço de água (espiritual), e, indo a ele, encheu de água o odre, e dá-nos de beber ao rapaz (eu e você)”, Gn.21.19 o necessário para a nossa sobrevivência.
            Fique sabendo que “Deus está com o rapaz [...]”, Gn.21.20, eu e você, todos os dias para nos abençoar.
            “Deus [...] (é quem nos faz) crescer [...]”, Gn.21.20 fisicamente e espiritualmente.
            É o próprio “Deus [...] (quem nos faz) habitar no deserto (ou na cidade) e (nos) [...] tornamos flecheiros”, Gn.21.20 ou qualquer outra profissão que temos para trabalhar.
            Para Ismael, Deus determinou que “habitasse no deserto de Parã [...]”, Gn.21.21 – Egito – Arábia Saudita – nascemos e habitamos onde Deus deseja.
            “[...] E sua mãe o casou com uma mulher da terra do Egito”, Gn.21.21 – até mesmo os nossos relacionamentos são dirigidos ou orientados por Deus.
            Deus jamais desampara o filho expulso pelos seus progenitores.


            Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Ct.8.6, 7 - AMOR.

AMOR
Ct.8.6, 7


Introd.:           Vemos a beleza na expressão do amor mútuo entre um homem e uma mulher que estão comprometidos um com o outro.
            É necessário usar o namoro proveitosamente para minimizar as dificuldades no casamento.
            A todos quantos estão namorando é necessário compreender e aceitar o seu futuro cônjuge como ele é.
            Qualquer plano secreto para mudar a pessoa é inviável.
            Logo, você não deve firmar planos de casamento com quem você não consegue aceitar do jeito que é.
            Tenha a determinação de edificar um relacionamento compromissado, vigoroso, inquebrável, de um para com o outro.
Nar.:    Neste poema encontramos a súplica de um amor apaixonado, onde o dever é [...]
Propos.:           Amar, amar e amar.
Trans.:             O amor precisa estar [...]
1 – Presente no pensamento.
            Naquela época poucos sabiam escrever, a pessoa trazia um selo pendurado ao pescoço, pendente sobre o coração, ou, na mão direita, por isso é falado: “põe-me como selo [...]”, Ct.8.6a.
            O selo era usado para indicar a possessão de coisas preciosas.
            Salomão, poeticamente, fala que o cônjuge deve ter presente em seus pensamentos e afetos mais íntimos, como um sinete que traz a identidade do portador.
            Esse amor deve ser uma marca “posta [...] sobre o seu coração [...]”, Ct.8.6a para não ser esquecido, o qual conduz para um casamento indissolúvel.
            [...] O [...] coração [...]”, Ct.8.6a fala de um pensar único e exclusivo na pessoa amada, pois caso aconteça de você pensar impuro em outro, no falar de Jesus, você já pecou.
            Não basta apenas ter a pessoa amada no “[...] seu coração [...] (é preciso também colocá-la) como selo sobre o seu braço [...]”, Ct.8.6a.
            O anel que marca o compromisso, o carinho, a delicadeza, o colo.
            O amor tem [...]
2 – A força irresistível.
            A exigência do seu profundo amor é ser insaciável “[...] como a morte [...]”, Ct.8.6b.
            Ele é irresistível “[...] porque o amor é forte [...]”, Ct.8.6b e não pode acabar.
            Assim “[...] como a morte [...]”, Ct.8.6b tem o poder de varrer a todos deste mundo, diante da qual nenhum ser humano pode resistir, “[...] o amor (deve ser) [...] forte [...]”, Ct.8.6b para impedir qualquer desavença.
            É algo que permanece e não faz distinção de ninguém; supera as barreiras que possa impedir de amar.
            [...] Como a morte [...]”, Ct.8.6b põe um ponto final às perambulações e as mudanças, assim também o amor, quando autêntico, é um ponto final, que prende para sempre.
            O amor não admite adversário, incluindo até a morte.
            No texto temos um paralelismo hebraico, ou seja, uma repetição da mesma ideia em termos diferentes.
            Quando o texto diz que é “[...] duro como a sepultura, o ciúme [...]”, Ct.8.6b, Salomão tem em mente a repetição do amor de forma exclusivo e possessivo, no sentido de estar genuinamente preocupado com o ser amado.
            É como o sepulcro, tão apaixonado pelo corpo, tal como “[...] as suas brasas são brasas de fogo, são veementes (que arde em) labaredas”, Ct.8.6b.
            Em outra versão é usada “[...] labaredas do SENHOR”, Ct.8.6b.
            Quando existe o amor verdadeiro sabemos que existe fogo divino nesse tipo de amor, é como as chamas do céu que descem à terra.
            O amor vindo dos céus é por demais irresistível, sedutor, atraente e fascinante ao homem pecador.
            Esse amor [...]
3 – Ultrapassa todas as riquezas.
            Não somente as riquezas, mas quem pode apagar o amor verdadeiro se são chamas que vem dos céus?
            O texto diz que nem as “as muitas águas [...] nem os rios, podem afogar o amor [...]”, Ct.8.7.
            Precisamos saber que “[...] o amor procede de Deus [...] (logo, devemos) amar uns aos outros [...] e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus [...]”, 1Jo.4.7,8.
            O amor é mais implacável que as águas de uma inundação.
            Nenhuma força da terra é capaz de afastar o amor, e nenhuma força no céu haverá de querer fazê-lo.
            O valor do amor excede todas as riquezas, “[...] ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor [...]”, Ct.8.7.          
            Mesmo que alguém ofereça altos preços em troca do amor, “[...] seria de todo desprezado”, Ct.8.7, zombando, ridicularizando.
            Não existe oferta em troca do amor.
            Em última análise o amor vem de Deus, e Ele inspira e cultiva o amor no coração humano.
            Por isso podemos dizer que o amor é companheiro da vida.
            Onde estiver a vida, ali você encontrará o verdadeiro amor.
            Ame [...]
Conclusão:      Usando o seu pensamento, com todas as forças a ponto de ultrapassar qualquer riqueza.
            O amor é dotado de um valor inestimável, quando é autêntico, e como algo dotado de beleza ímpar, nunca pode perecer.
            Nem as adversidades comuns nem a incomuns, mesmo as de natureza mais arruinadora, podem destruir o amor, quando este é verdadeiro e puro.
            Podemos confiar e aprender que aqueles que foram unidos pelo amor jamais podem separar-se.
            E esse mesmo amor pode ser conquistado quando é livremente dado, por isso ame de todo o seu coração.


            Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Ef.4.15, 16 - RESULTADOS DO EXERCÍCIO DOS DONS ESPIRITUAIS PARA MINISTÉRIO.

RESULTADOS DO EXERCÍCIO DOS DONS ESPIRITUAIS PARA MINISTÉRIO, Ef.4.15, 16.

Objetivo:         O exercício dos dons tem o objetivo de mostrar aos crentes os prejuízos e os resultados positivos na vida dos servos que os pratica.         
Nar.:    No texto, Paulo fala sobre o dever de cada um de nós é “[...] seguir a verdade em amor, (daí, o resultado é o) crescimento em tudo (mas é preciso notar que deve ser) naquele que é a cabeça, Cristo”, Ef.4.15.
            É somente através de Cristo “de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”, Ef.4.16.
            Os dons existem para integrar o crente no Corpo de Cristo como servo e bom mordomo, para a edificação do Corpo.
            Habilitados por Deus, os membros do Corpo devem “servir uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.   
            Esses servos são agentes ou canais através dos quais o amor de Cristo atrai outros para Ele e os entrosa integralmente no Corpo.
            O membro do Corpo de Cristo, obra de artesanato de Deus, é preparado de antemão pelo Senhor para funcionar com um canal através do qual Ele transmite e dispensa bênçãos a outros, como e quando quiser.
            O exercício do dom é um meio pelo qual o amor de Cristo é manifestado através do crente-possuidor para o bem de outros.
            Prejuízos resultantes do desconhecimento dos dons espirituais.
            1 – Comparações entre um irmão e outro.
            Crentes se comparam negativamente com outros irmãos bem sucedidos como pregadores, professores na Escola Dominical, evangelista, cantores, organistas.
            O fato de você não se achar importante, não estar satisfeito e alegre com sua identidade no Corpo, não elimina sua responsabilidade de funcionar de acordo com o plano e chamado de Deus, portanto, é dever de cada um “servir uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu [...]”, 1Pe.4.10.
            Não assumindo a sua responsabilidade, você não deixa de ser uma parte; você é considerado um “[...] servo mau e negligente, (mesmo) sabendo que Jesus ceifa onde não semeou e ajunta onde não espalhou [...]”, Mt.25.26.  
            O oposto do crente com complexo de inferioridade é aquele que é vaidoso, muito importante aos seus próprios olhos, é como “o fariseu [...] (que) orava de si para si mesmo, [...]”, Lc.18.11.    
            Paulo nos instrui de que “[...] cada um prove o seu labor e, então, terá motivo de gloriar-se unicamente em si e não em outro. Porque cada um levará o seu próprio fardo”, Gl.6.4, 5.
            “[...] Fardo (gr. phortion)”, Gl.6.5, é algo a ser carregado sem referência a seu peso; pode ser ou não pesado.
            2 – Falta de reconhecimento mútuo.
            Quando falta conhecimento mútuo sobre dons, deixamos de valorizar uns aos outros.
            Nossa tendência é querer que outros sejam uma cópia de nossa pessoa.
            Ficamos impacientes com aqueles que não o são, criticando sua atuação diferente.
            Por não compreendermos seus dons e por estarmos procurando neles evidência de um dom que nós temos, entendemos mal as coisas boas que fazem.
            Tiago fala “de onde procedem guerras e contendas que há entre nós [...] dos prazeres que militam na nossa carne [...]”, Tg.4.1.                 
            A falta de compreensão sobre que dons espirituais levam crentes sinceros e dedicados a se comportarem de maneira diferente uns dos outros.
            Através do exercício de seus dons, Deus o abençoa, e também abençoa outros.
            A ideia de muitos é que cada crente deveria estar fazendo as mesmas coisas que ele e obtendo os mesmos resultados.
            Paulo exorta a todos quantos têm “[...] diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria”, Rm.12.6-8.
            Nós que no Corpo de Cristo somos ‘dentes’, sutil ou insistentemente pedimos aos demais no corpo para mastigar comida.
            Nossa falha em distinguir entre um dom e outro, ou entre dons, responsabilidades cristãs e cargos, nos leva a incentivar ou insistir com outro que procurem se desenvolver bem em áreas para as quais Deus não lhes deu um dom e não determinou que eles tivessem uma atuação mais acentuada.
            Ficamos muitas vezes frustrados, com complexos de inferioridade ou superioridade com interpretações negativas.
            3 – Confusão sobre consagração.
            O “[...] consagrar-se (dedicar-se ao serviço), hoje, ao SENHOR [...]”, Ex.32.29 é essencial para cada crente.
            Não podemos confundir consagração com o exercício bem sucedido de dons espirituais, pode levar o irmão a questionar, indevidamente, o grau de sua dedicação a Deus.
            “Se você se consagrar mais, você também poderá realizar o mesmo trabalho de fulano e será igualmente bem sucedido”.
            Esse pensamento levará crentes à frustração, tristeza, depressão, cheio de culpa por não conseguir se consagrar adequadamente.
            Sua consagração sincera ao Senhor determina em parte a eficácia do exercício de um dom, mas toda a consagração do mundo não lhe dará um dom.
            A exortação a mim e a você é que, “se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”, 1Pe.4.11.
            4 – Mordomos mal informados ou infiéis.
            Todos serão cobrados, ainda que, “receoso, escondemos na terra o [...] talento (ou o dom) [...] responderá [...] o senhor: Servo mau e negligente [...] cumpria [...] que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu”, Mt.25.25-27.
            A prestação de contas não é facultativa.
            Pedro é muito claro ao dizer que devemos “servir uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.
            Pedro reconhece que o possuidor do dom é tido como um despenseiro, um mordomo, um administrador do dom que Deus lhe confiou para servi-Lo e glorificá-lo.
            Resultados positivos do conhecimento de dons espirituais.
            O possuidor do dom espiritual é ricamente abençoado.
            Exercer o seu dom lhe dá alegria, sente-se realizado, valorizado pelo próprio Deus.
            Devemos entender de “[...] que (é somente) o SENHOR Deus (que) me ajuda; quem há que me condene? [...]”, Is.50.9, então, a respeito dos dons, sou ajudado diariamente.
            1 – Fardos são perdidos.
            Muitos “atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los”, Mt.23.4.
            Muitos irmãos insistem para que trabalhemos mais e nos consagremos mais.
            Ficamos cansados e oprimidos tentando servir a Deus como o outro serve.
            Jesus nos convida: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”, Mt.11.28-30.
            Descobrir quais dons espirituais que não temos é perder um grande fardo.
            Descansamos quando descobrimos quem somos no Corpo de Cristo.
            A respeito dos “[...] dons espirituais, (devemos) procurar progredir, para a edificação da igreja”, 1Co.14.12.
            2 – Há reconhecimento mútuo de dons.
            Todos os crentes “[...] são feitura (de) Deus, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.
            Ao reconhecer o nosso lugar no Corpo de Cristo, teremos condições de respeitar os dons dos irmãos.
            Deus opera de uma maneira muito especial em cada crente com o dom que Ele presenteou a seu filho.
            Olhe para o seu corpo e perceba que não há rivalidade entre pernas e braços, pelo contrário, existe uma união perfeita.
            Por isso, “para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros”, 1Co.12.25.
            A maneira equilibrada de se ajustar no Corpo de Cristo é saber que “[...] todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”, Ef.4.16.
            3 – Preconceitos desaparecem.
            A compreensão sobre os dons espirituais elimina preconceitos: “Somente os homens têm o dom de profecia”.
            O texto bíblico fala que “a uns estabeleceu Deus na igreja (o texto não fala que é somente homens ou mulheres) [...] apóstolos [...] profetas [...] mestres [...] operadores de milagres [...] dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”, 1Co.12.28.
            E o melhor, “a manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso”, 1Co.12.7.
            Dons espirituais nada têm a ver com raça, cor, nacionalidade ou posição social.
            Deus unifica o seu povo através do entrosamento de seus filhos, usando seus dons espirituais para o bem mútuo.
            Precisamos entender que não têm pastores superestrela, um indivíduo que possui todos os dons.
            Cada um dos apóstolos teve seu dom e todos trabalharam em favor do Corpo de Cristo: João, mestre; Paulo, evangelista, mestre, cura; Pedro, línguas, evangelista.
            “[...] Havia diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos”, 1Co.12.6, por esse motivo não pode haver preconceito.
            4 – O mesmo amor, unidos de alma.
            Paulo declara que os crentes devem “[...] pensar a mesma coisa, ter o mesmo amor, ser unidos de alma [...]”, Fp.2.2.
            Ao viver unidos, “[...] não pensamos de nós mesmos além do que convém; antes, pensamos com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um”, Rm.12.3.
            Precisamos evitar a vaidade “pois quem é que nos faz sobressair [...]”, 1Co.4.7 é o próprio Deus.
            O Corpo unido vai amadurecer “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”, Ef.4.13.
            Com o mesmo amor podemos promover o crescimento e o desenvolvimento espiritual.
            5 – O crescimento da igreja.
            A igreja vai crescer quando “[...] todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”, Ef.4.16.
            Os crentes se servem mutuamente e promovem a edificação uns dos outros.
            Deus supre necessidades sentidas pelo não crente através dos dons que recebemos.
            O que mais importa é que “[...] o (próprio) Senhor [...] acrescenta [...] dia a dia, os que (vão) [...] sendo salvos”, At.2.47.             
            6 – Deus é glorificado.
            Jesus declara que “nisto é glorificado seu Pai, em que demos muito fruto; e assim nos tornaremos seus discípulos”, Jo.15.8.
            O resultado feliz e abençoado são os dons “[...] para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”, 1Pe.4.11.
            7 – Espaço para todos.
            Se eu, exercendo um dom, contribuo para a unidade e a pureza da igreja, Deus é glorificado.
            Se, exercendo um dom, contribuindo para a desunião, os alvos de Deus não são alcançados e a igreja cai em descrédito.
            Cada servo de Deus “tem, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada [...]”, Rm.12.6.                
            Os dons de Deus são distribuídos de tal forma que cada um tem uma porção limitada, e cada um deve estar ocupado em canalizar seus dons “[...] para que a igreja receba edificação”, 1Co.14.5.
Conclusão:      Para alcançar os propósitos de Deus para o Corpo de Cristo é essencial que haja espaço para os diversos membros exercerem seus dons.
            É essencial que os membros sejam ativos e não espectadores passivos no Corpo.
            Salomão fala sobre aquele “[...] que trabalha com mão remissa empobrece [...]”, Pv.10.4 espiritualmente.
            O incentivo de Jesus para os seus servos é que o “[...] seu Pai trabalha até agora, e Jesus trabalha também”, Jo.5.17, portanto, “sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados”, Ef.5.1.
            “E [...] Jesus adverte: A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”, Lc.10.2.
            Deus é glorificado não pelo crente individualista, mas pelo Corpo de Cristo funcionando em união.
            Aprenda “[...] seguir a verdade em amor, cresça em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”, Ef.4.15, 16.

           
                       
            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Quem é você no Corpo de Cristo – Mis. Lida E. Knight – LPC.