quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Ef.4.15, 16 - RESULTADOS DO EXERCÍCIO DOS DONS ESPIRITUAIS PARA MINISTÉRIO.

RESULTADOS DO EXERCÍCIO DOS DONS ESPIRITUAIS PARA MINISTÉRIO, Ef.4.15, 16.

Objetivo:         O exercício dos dons tem o objetivo de mostrar aos crentes os prejuízos e os resultados positivos na vida dos servos que os pratica.         
Nar.:    No texto, Paulo fala sobre o dever de cada um de nós é “[...] seguir a verdade em amor, (daí, o resultado é o) crescimento em tudo (mas é preciso notar que deve ser) naquele que é a cabeça, Cristo”, Ef.4.15.
            É somente através de Cristo “de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”, Ef.4.16.
            Os dons existem para integrar o crente no Corpo de Cristo como servo e bom mordomo, para a edificação do Corpo.
            Habilitados por Deus, os membros do Corpo devem “servir uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.   
            Esses servos são agentes ou canais através dos quais o amor de Cristo atrai outros para Ele e os entrosa integralmente no Corpo.
            O membro do Corpo de Cristo, obra de artesanato de Deus, é preparado de antemão pelo Senhor para funcionar com um canal através do qual Ele transmite e dispensa bênçãos a outros, como e quando quiser.
            O exercício do dom é um meio pelo qual o amor de Cristo é manifestado através do crente-possuidor para o bem de outros.
            Prejuízos resultantes do desconhecimento dos dons espirituais.
            1 – Comparações entre um irmão e outro.
            Crentes se comparam negativamente com outros irmãos bem sucedidos como pregadores, professores na Escola Dominical, evangelista, cantores, organistas.
            O fato de você não se achar importante, não estar satisfeito e alegre com sua identidade no Corpo, não elimina sua responsabilidade de funcionar de acordo com o plano e chamado de Deus, portanto, é dever de cada um “servir uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu [...]”, 1Pe.4.10.
            Não assumindo a sua responsabilidade, você não deixa de ser uma parte; você é considerado um “[...] servo mau e negligente, (mesmo) sabendo que Jesus ceifa onde não semeou e ajunta onde não espalhou [...]”, Mt.25.26.  
            O oposto do crente com complexo de inferioridade é aquele que é vaidoso, muito importante aos seus próprios olhos, é como “o fariseu [...] (que) orava de si para si mesmo, [...]”, Lc.18.11.    
            Paulo nos instrui de que “[...] cada um prove o seu labor e, então, terá motivo de gloriar-se unicamente em si e não em outro. Porque cada um levará o seu próprio fardo”, Gl.6.4, 5.
            “[...] Fardo (gr. phortion)”, Gl.6.5, é algo a ser carregado sem referência a seu peso; pode ser ou não pesado.
            2 – Falta de reconhecimento mútuo.
            Quando falta conhecimento mútuo sobre dons, deixamos de valorizar uns aos outros.
            Nossa tendência é querer que outros sejam uma cópia de nossa pessoa.
            Ficamos impacientes com aqueles que não o são, criticando sua atuação diferente.
            Por não compreendermos seus dons e por estarmos procurando neles evidência de um dom que nós temos, entendemos mal as coisas boas que fazem.
            Tiago fala “de onde procedem guerras e contendas que há entre nós [...] dos prazeres que militam na nossa carne [...]”, Tg.4.1.                 
            A falta de compreensão sobre que dons espirituais levam crentes sinceros e dedicados a se comportarem de maneira diferente uns dos outros.
            Através do exercício de seus dons, Deus o abençoa, e também abençoa outros.
            A ideia de muitos é que cada crente deveria estar fazendo as mesmas coisas que ele e obtendo os mesmos resultados.
            Paulo exorta a todos quantos têm “[...] diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria”, Rm.12.6-8.
            Nós que no Corpo de Cristo somos ‘dentes’, sutil ou insistentemente pedimos aos demais no corpo para mastigar comida.
            Nossa falha em distinguir entre um dom e outro, ou entre dons, responsabilidades cristãs e cargos, nos leva a incentivar ou insistir com outro que procurem se desenvolver bem em áreas para as quais Deus não lhes deu um dom e não determinou que eles tivessem uma atuação mais acentuada.
            Ficamos muitas vezes frustrados, com complexos de inferioridade ou superioridade com interpretações negativas.
            3 – Confusão sobre consagração.
            O “[...] consagrar-se (dedicar-se ao serviço), hoje, ao SENHOR [...]”, Ex.32.29 é essencial para cada crente.
            Não podemos confundir consagração com o exercício bem sucedido de dons espirituais, pode levar o irmão a questionar, indevidamente, o grau de sua dedicação a Deus.
            “Se você se consagrar mais, você também poderá realizar o mesmo trabalho de fulano e será igualmente bem sucedido”.
            Esse pensamento levará crentes à frustração, tristeza, depressão, cheio de culpa por não conseguir se consagrar adequadamente.
            Sua consagração sincera ao Senhor determina em parte a eficácia do exercício de um dom, mas toda a consagração do mundo não lhe dará um dom.
            A exortação a mim e a você é que, “se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”, 1Pe.4.11.
            4 – Mordomos mal informados ou infiéis.
            Todos serão cobrados, ainda que, “receoso, escondemos na terra o [...] talento (ou o dom) [...] responderá [...] o senhor: Servo mau e negligente [...] cumpria [...] que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu”, Mt.25.25-27.
            A prestação de contas não é facultativa.
            Pedro é muito claro ao dizer que devemos “servir uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.
            Pedro reconhece que o possuidor do dom é tido como um despenseiro, um mordomo, um administrador do dom que Deus lhe confiou para servi-Lo e glorificá-lo.
            Resultados positivos do conhecimento de dons espirituais.
            O possuidor do dom espiritual é ricamente abençoado.
            Exercer o seu dom lhe dá alegria, sente-se realizado, valorizado pelo próprio Deus.
            Devemos entender de “[...] que (é somente) o SENHOR Deus (que) me ajuda; quem há que me condene? [...]”, Is.50.9, então, a respeito dos dons, sou ajudado diariamente.
            1 – Fardos são perdidos.
            Muitos “atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los”, Mt.23.4.
            Muitos irmãos insistem para que trabalhemos mais e nos consagremos mais.
            Ficamos cansados e oprimidos tentando servir a Deus como o outro serve.
            Jesus nos convida: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”, Mt.11.28-30.
            Descobrir quais dons espirituais que não temos é perder um grande fardo.
            Descansamos quando descobrimos quem somos no Corpo de Cristo.
            A respeito dos “[...] dons espirituais, (devemos) procurar progredir, para a edificação da igreja”, 1Co.14.12.
            2 – Há reconhecimento mútuo de dons.
            Todos os crentes “[...] são feitura (de) Deus, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.
            Ao reconhecer o nosso lugar no Corpo de Cristo, teremos condições de respeitar os dons dos irmãos.
            Deus opera de uma maneira muito especial em cada crente com o dom que Ele presenteou a seu filho.
            Olhe para o seu corpo e perceba que não há rivalidade entre pernas e braços, pelo contrário, existe uma união perfeita.
            Por isso, “para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros”, 1Co.12.25.
            A maneira equilibrada de se ajustar no Corpo de Cristo é saber que “[...] todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”, Ef.4.16.
            3 – Preconceitos desaparecem.
            A compreensão sobre os dons espirituais elimina preconceitos: “Somente os homens têm o dom de profecia”.
            O texto bíblico fala que “a uns estabeleceu Deus na igreja (o texto não fala que é somente homens ou mulheres) [...] apóstolos [...] profetas [...] mestres [...] operadores de milagres [...] dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”, 1Co.12.28.
            E o melhor, “a manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso”, 1Co.12.7.
            Dons espirituais nada têm a ver com raça, cor, nacionalidade ou posição social.
            Deus unifica o seu povo através do entrosamento de seus filhos, usando seus dons espirituais para o bem mútuo.
            Precisamos entender que não têm pastores superestrela, um indivíduo que possui todos os dons.
            Cada um dos apóstolos teve seu dom e todos trabalharam em favor do Corpo de Cristo: João, mestre; Paulo, evangelista, mestre, cura; Pedro, línguas, evangelista.
            “[...] Havia diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos”, 1Co.12.6, por esse motivo não pode haver preconceito.
            4 – O mesmo amor, unidos de alma.
            Paulo declara que os crentes devem “[...] pensar a mesma coisa, ter o mesmo amor, ser unidos de alma [...]”, Fp.2.2.
            Ao viver unidos, “[...] não pensamos de nós mesmos além do que convém; antes, pensamos com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um”, Rm.12.3.
            Precisamos evitar a vaidade “pois quem é que nos faz sobressair [...]”, 1Co.4.7 é o próprio Deus.
            O Corpo unido vai amadurecer “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”, Ef.4.13.
            Com o mesmo amor podemos promover o crescimento e o desenvolvimento espiritual.
            5 – O crescimento da igreja.
            A igreja vai crescer quando “[...] todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”, Ef.4.16.
            Os crentes se servem mutuamente e promovem a edificação uns dos outros.
            Deus supre necessidades sentidas pelo não crente através dos dons que recebemos.
            O que mais importa é que “[...] o (próprio) Senhor [...] acrescenta [...] dia a dia, os que (vão) [...] sendo salvos”, At.2.47.             
            6 – Deus é glorificado.
            Jesus declara que “nisto é glorificado seu Pai, em que demos muito fruto; e assim nos tornaremos seus discípulos”, Jo.15.8.
            O resultado feliz e abençoado são os dons “[...] para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”, 1Pe.4.11.
            7 – Espaço para todos.
            Se eu, exercendo um dom, contribuo para a unidade e a pureza da igreja, Deus é glorificado.
            Se, exercendo um dom, contribuindo para a desunião, os alvos de Deus não são alcançados e a igreja cai em descrédito.
            Cada servo de Deus “tem, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada [...]”, Rm.12.6.                
            Os dons de Deus são distribuídos de tal forma que cada um tem uma porção limitada, e cada um deve estar ocupado em canalizar seus dons “[...] para que a igreja receba edificação”, 1Co.14.5.
Conclusão:      Para alcançar os propósitos de Deus para o Corpo de Cristo é essencial que haja espaço para os diversos membros exercerem seus dons.
            É essencial que os membros sejam ativos e não espectadores passivos no Corpo.
            Salomão fala sobre aquele “[...] que trabalha com mão remissa empobrece [...]”, Pv.10.4 espiritualmente.
            O incentivo de Jesus para os seus servos é que o “[...] seu Pai trabalha até agora, e Jesus trabalha também”, Jo.5.17, portanto, “sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados”, Ef.5.1.
            “E [...] Jesus adverte: A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”, Lc.10.2.
            Deus é glorificado não pelo crente individualista, mas pelo Corpo de Cristo funcionando em união.
            Aprenda “[...] seguir a verdade em amor, cresça em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”, Ef.4.15, 16.

           
                       
            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Quem é você no Corpo de Cristo – Mis. Lida E. Knight – LPC.

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