sábado, 19 de outubro de 2019

Gn.21.8-21 - FILHO EXPULSO DE CASA.

FILHO EXPULSO DE CASA
Gn.21.8-21

Introd.:           “Michael Rotondo, de 30 anos, não quer sair de casa. O americano anunciou que recorrerá contra a ação judicial que determinou o seu despejo, atendendo ao desejo de seus pais.
            Os pais queixam-se de que ele não ajudava nas despesas e tarefas domésticas.
            O prazo para que se retirasse era de duas semanas, mas foi constantemente ignorado.
            O juiz Donald Greenwood, da Suprema Corte de Nova York, foi enfático: — Quero você fora daquela casa”, https://oglobo.globo.com/sociedade/expulso-de-casa-pelos-pais-americano-de-30-anos-diz-que-vai-recorrer-22708099 – 23.05.18.
            Sempre houve expulsão de filhos da casa de seus pais.
            As questões apresentadas são múltiplas, e muitos pais não querem conversa; desejam expulsar o filho de casa.             
Nar.:    O filho expulso do texto é um filho bastardo, gerado fora do matrimônio legítimo, entre Sara e Abraão, mas com o consentimento dos dois, Agar deu a luz.                
Propos.:           A expulsão de um filho causa constrangimento, mal-estar, prostração.
Trans.:             Filho expulso de casa [...]
1 – Não se importa em praticar bullying.
            O termo bullying surgiu do inglês bully, tirano, brigão, valentão.
            No Brasil, o bullying é o ato de bulir, tocar, bater socar, zombar, tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos humilhantes.
            “Isaque [...]”, Gn.21.8 era o querido da família, o mais mimado, acolhido pelos pais, parentes e vizinhos.
            “Isaque cresceu [...]”, Gn.21.8, e o seu irmão, Ismael, devia ter entre 16 a 21 anos.
            “Isaque cresceu e foi desmamado [...]”, Gn.21.8, entre dois a sete anos de idade; um dos motivos da zombaria, do bullying, dos apelidos humilhantes.
            Possível motivo do bullying pode ter sido porque “Ismael (se sentiu preterido, rejeitado, ignorado por seus pais, e outra, já) [...] era de treze anos, quando foi circuncidado na carne do seu prepúcio”, Gn.17.25; “[...] Isaque (foi) circuncidado [...] quando este era de oito dias [...]”, Gn.21.4.
            O ódio guardado dentro do coração de Agar e Ismael, aflorou “[...] nesse dia em que o menino Isaque foi desmamado [...]”, Gn.21.8.
            E para piorar a situação, para incentivar a prática do bullying, “[...] deu Abraão um grande banquete”, Gn.21.8 ao seu filho querido – festa de aniversário, passeio, presente; Ismael fora rejeitado.
            “Vendo Sara que [...]”, Gn.21.9 podia contribuir para a rejeição, a expulsão do seu enteado de sua casa, ela investe contra.
            Não apenas “[...] o filho Ismael (mas também) Agar, a egípcia [...]”, Gn.21.9, é alvo da provocação a fim de levar Ismael a ridicularizar Isaque.
            O ciúme, a raiva, o ódio, o desprezo de “[...] Sara (era doentio contra) Agar [...] (e) o (seu) filho (Ismael) [...]”, Gn.21.9.
            “[...] Sara (e Abraão foram expulsos por Faraó) [...] Agar, a egípcia, o qual ela dera à luz a Abraão [...]”, Gn.21.9, sofreu as consequências desse amargor no coração.
            Diante de tal situação, Ismael “[...] caçoava (riu, brincou, gracejou, divertiu, fez graça, piada) de Isaque”, Gn.21.9.
            Filho expulso de casa [...]
2 – É rejeitado dentro de casa.
            Pode haver um que rejeita mais que outro algum parente ou amigo.
            Sara “disse a Abraão [...]”, Gn.21.10 a respeito da rejeição, da intriga de outrora, da falta de confiança, do desespero de conviver com outra mulher debaixo do mesmo teto.
            Sara não fez rodeios, ela foi direto ao assunto: “[...] rejeita [...]”, Gn.21.10.
            A pessoa quando está com raiva, não precisa nem terminar a frase, você já entende, você conhece aquele que mora com você.
            A raiva, o ódio dentro do coração antecipa o desejo de “[...] rejeitar essa escrava [...]”, Gn.21.10.
            Muitas vezes, a “[...] tamanha raiva [...] chega até aos céus”, 2Cr.28.9, daí, é preciso “[...] rejeitar [...] (também) seu filho [...]”, Gn.21.10, mandar embora aquele que dizia ser amado.
            A preocupação de Sara era “[...] porque o filho dessa escrava [...]”, Gn.21.10 e não o meu enteado, não é mais aquele que a “[...] edificava com filhos por meio (de Agar) [...]”, Gn.16.2.
            “[...] O [...] filho (rejeitado) dessa escrava [...]”, Gn.21.10 tinha o porquê de todo ciúme, raiva, mágoa, rejeição – riqueza, prosperidade, bens materiais, herança que seria deixada para o filho.
            A rejeição é para que “[...] o filho [...] escravo não seja herdeiro [...]”, Gn.21.10.
            A rejeição tem um motivo maior: “[...] com Isaque, meu filho”, Gn.21.10, ninguém vai disputar, ele é melhor, mais bonito, inteligente, herdeiro.
            A rejeição dentro de casa “pareceu [...]”, Gn.21.11, a ponto de ficar estremecido àquele que é o sacerdote, mas ficou por isso mesmo, não tomou nenhuma atitude em favor do filho.
            “[...] Isso (foi) mui penoso [...]”, Gn.21.11, preocupante, mas o filho foi mandado embora.
            “[...] Aos olhos de Abraão [...]”, Gn.21.11 não havia mais solução para deixar o filho dentro de casa porque a sua esposa dera a ordem final.
            “[...] Por causa de seu filho”, Gn.21.11, qual atitude você está disposto a tomar?
            “[...] Por causa de seu filho”, Gn.21.11, ele será amado, deixado dentro de casa ou expulso?
            Filho expulso de casa [...]
3 – É socorrido por Deus.
            “[...] O SENHOR, nosso Deus, é quem peleja por nós, como já nos prometeu”, Js.23.10.
            Em todas as situações da nossa vida Deus age, protege, abençoa, dá direção e pode permitir alguma adversidade.
            O filho já estava expulso, então, “[...] Deus (entra em ação) [...]”, Gn.21.12 a respeito do nosso futuro e dos nossos problemas.
            “Disse, porém, Deus a Abraão [...]”, Gn.21.12, eu e você, a respeito dos nossos filhos.
            A depender da situação, se é expulsão, briga, discórdia, “[...] não te pareça isso mal [...] disse, porém, Deus [...]”, Gn.21.12, Ele tem um plano para cada um.
            “[...] Não te pareça isso mal por causa do moço (Ismael) e por causa da sua serva (Agar) Deus [...]”, Gn.21.12 socorre, abençoa.
            A permissão de “[...] Deus [...] (é para) atender a Sara [...]”, Gn.21.12 a respeito da expulsão do filho.
            “[...] Atender a Sara (seu cônjuge) em tudo o que ela te disser [...]”, Gn.21.12 é frustrante para muitos homens e mulheres, pois não pensam como Deus e não conhecem os seus caminhos.
            A razão principal é “[...] porque [...] Deus (já determinara) por Isaque ser chamada a [...] descendência”, Gn.21.12 de Abraão, o ascendente de Jesus para salvar o mundo.
            “[...] Isaque [...]”, Gn.21.12 foi a causa dessa expulsão, “mas [...]”, Gn.21.13, a conjunção adversativa foi colocada no texto pelo próprio Deus para dizer que somos cuidados, abençoados, apesar das dificuldades que enfrentamos.
            O “mas (de Deus é que) também do filho da serva (Agar) farei uma grande nação [...]”, Gn.21.13 – povos árabes, inimigos de Israel.
            Veja que Deus cumpre com uma promessa de que “[...] em Abraão serão benditas todas as famílias da terra”, Gn.12.3.
            É por este motivo que o texto fala: “[...] por ser Ismael [...] descendente”, Gn.21.13 de Abraão.
            Você sendo abençoado, os seus filhos serão, portanto, não os expulsa.
            Filho expulso de casa [...]
4 – Anda errante.
            O andar errante não partiu do próprio filho, mas do seu progenitor.  
            Ao “levantar-se [...]”, Gn.21.14, muitos homens já tem um propósito sobre as suas atividades diárias.
            “Levantou-se, pois, Abraão [...]”, Gn.21.14, e conforme a determinação da sua esposa, fez os planos para expulsar o seu filho.
            “[...] De madrugada [...]”, Gn.21.14, horário com maior desejo de continuar na cama, o filho adolescente – 17 a 21 anos, foi abordado para não reagir.
            “[...] Abraão [...] (“[...] muito rico [...]”, Gn.13.2) tomou (o suficiente) pão e um odre de água [...]”, Gn.21.14 a fim de que o filho sumisse da sua casa.
            A riqueza de “[...] Abraão [...] (não o induziu a oferecer uma carroça, um boi, um jumento, apenas) pôs às costas de Agar [...] pão [...] e água [...] dando-lhe o menino e a despediu (conforme a ordem de Sara) [...]”, Gn.21.14 – Se vira – CEJUSC – 30% S.M.
            “[...] Agar (não teve outra opção) ela saiu, andando errante pelo deserto de Berseba (em direção à Jordânia, Arábia Saudita, Kuwait, Iêmen, todos inimigos de Israel)”, Gn.21.14.
            A situação se complica para o filho, mas o progenitor não sustenta, não apoia, daí, o resultado é catastrófico, “tendo-se acabado a água do odre [...]”, Gn.21.15, o pai não estava por perto para auxiliar.
            A solução encontrada pela mãe, abandonada foi “[...] colocar [...] o menino debaixo de um dos arbustos”, Gn.21.15 para aliviar o calor – o pai não tem preocupação.
            “E, (para não presenciar a morte do filho por insolação – muito quente – dia, frio – noite) afastou-se, foi sentar-se defronte [...]”, Gn.21.16, e apenas esperar – o pai festejava – bares, amigos.
            “[...] À distância de um tiro de arco (700 mt); porque dizia: Assim, não verei morrer o menino [...]”, Gn.21.16 de fome, sede, frio, calor, mas o pai não se importou.
            “[...] E, sentando-se em frente dele [...]”, Gn.21.16, a repetição mostrar a gravidade dos fatos, mas o único filho assistido era Isaque.
            O “[...] levantar a voz e chorar”, Gn.21.16 aponta o desespero de muitos filhos e mulheres sem amparo dos progenitores.
            Filho expulso de casa [...]
Conclusão:      Sem saber, clama a Deus.
            “Deus [...] (mais uma vez entra em ação para cuidar do filho expulso por seu pai) [...]”, Gn.21.17.
            Sempre acontece de “Deus, porém, ouvir a voz do menino (eu e você) [...]”, Gn.21.17.
            “[...] E o (o próprio Senhor envia) o Anjo de Deus [...]”, Gn.21.17, que são “[...] espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação [...]”, Hb.1.14.
            “[...] O Anjo de Deus chama do céu a Agar (eu e você) e nos diz: Que tens, Agar (eu e você a respeito dos nossos problemas)? [...]”, Gn.21.17.
            A resposta de “[...] Deus (para todos os homens:) [...] Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino (eu e você), daí onde está”, Gn.21.17, Ele pode nos ajudar.
            O incentivo de Deus: “Ergue-te (da masmorra), levanta (do desespero) o rapaz, segura-o pela mão (para não cair) [...]”, Gn.21.18.
            Sem saber, clamamos, daí, eis o motivo, “[...] porque (o próprio) Deus (é quem) fez (de) Ismael um grande povo”, Gn.21.18, e faz de nós filhos abençoados.
            Perceba que a ação de Deus é completa, isto porque, no desespero, não percebemos e não enxergamos o que é necessário, então, “abriu Deus os olhos, viu Agar um poço de água [...]”, Gn.21.19.
            “[...] Deus [...] (além de ser o nosso) poço de água (espiritual), e, indo a ele, encheu de água o odre, e dá-nos de beber ao rapaz (eu e você)”, Gn.21.19 o necessário para a nossa sobrevivência.
            Fique sabendo que “Deus está com o rapaz [...]”, Gn.21.20, eu e você, todos os dias para nos abençoar.
            “Deus [...] (é quem nos faz) crescer [...]”, Gn.21.20 fisicamente e espiritualmente.
            É o próprio “Deus [...] (quem nos faz) habitar no deserto (ou na cidade) e (nos) [...] tornamos flecheiros”, Gn.21.20 ou qualquer outra profissão que temos para trabalhar.
            Para Ismael, Deus determinou que “habitasse no deserto de Parã [...]”, Gn.21.21 – Egito – Arábia Saudita – nascemos e habitamos onde Deus deseja.
            “[...] E sua mãe o casou com uma mulher da terra do Egito”, Gn.21.21 – até mesmo os nossos relacionamentos são dirigidos ou orientados por Deus.
            Deus jamais desampara o filho expulso pelos seus progenitores.


            Rev. Salvador P. Santana

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