sexta-feira, 25 de outubro de 2019

REFORMA.

REFORMA
            Desde o Antigo Testamento, 1450 a.C., até os dias atuais, sempre houve o combate acirrado contra as falsas doutrinas pregadas por supostos enviados por Deus.
            Moisés alertou o povo judeu de que “quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio” (Dt 13.1). A resposta não pode ser outra, a não ser a de “não ouvir as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR [...] Deus [...] prova, para saber se amais o SENHOR [...] Deus, de todo o [...] coração e de toda a [...] alma” (Dt 13.3).
            De igual modo, o profeta Elias, século VI a.C., enfrentou “[...] os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas do poste-ídolo [...] no monte Carmelo [...]” (1Rs 18.19) com um único propósito: provar para o povo israelita que somente “[...] O SENHOR é Deus!” (1Rs 18.39).
            Outro que não deixou a voz dos mentirosos persistir foi o copeiro do rei Artaxerxes, Neemias, século V a.C. Este não se deixou persuadir com as ameaças de Tobias e Sambalate. Um falso profeta, “[...] Semaías [...] (tentou levar Neemias) à Casa de Deus, ao meio do templo (o que lhe era proibido) [...] (com a desculpa de que) viriam matar Neemias [...] (mas ele) de maneira nenhuma entrou. Então, percebeu que não era Deus quem o enviara; tal profecia falou ele contra Neemias, porque Tobias e Sambalate o subornaram” (Ne 6.10-12). Outros houve no Antigo Testamento que foram defensores da boa doutrina: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Miquéias e Zacarias. Que todos eles sejam imitados.
            Na história do Novo Testamento não pode ser diferente. Logo no início do ministério de Jesus, um conselho é dado a seus discípulos de que precisavam “acautelar-se dos falsos profetas, que se [...] apresentavam disfarçados em ovelhas, mas por dentro (eram) [...] lobos roubadores” (Mt 7.15).
            O desejo de Jesus é conduzir cada discípulo ao aprendizado de se resguardar, e evitar ser “[...] levado ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef 4.14). O desejo dos falsos profetas era tentar tirar do coração humano aquela certeza de vida eterna assegurada por Cristo Jesus.
            Depois de Jesus, um dos maiores vultos da Igreja Primitiva, Paulo, escritor, discípulo e apóstolo, fez de tudo para imitar a Jesus. Ele teve a mesma responsabilidade de defender a fé cristã com a verdade implantada em seu coração.
            A palavra de Paulo sempre foi de incentivo à igreja e repulsa aos falsos apóstolos e profetas de sua época. Ele deixou avisado aos crentes de todas as épocas de que “[...] entre (o povo de Deus) [...] penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho” (At 20.29).
            O apóstolo Pedro fala que “[...] no meio do povo surgiram falsos profetas, assim também haverá entre (o povo de Deus) [...] falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2Pe 2.1).
            Nunca houve um cessar da invasão das falsas doutrinas. Na época do poder dos romanos, Cláudio, Nero, Vespasiano. Em 305 d.C. Maximiano assume o império, no final de seu mandato houve a grande perseguição. Em 311 d.C., tolerância pelo imperador Galério. Em 313 d.C. “ficou estabelecida a completa liberdade religiosa e igualdade de direito a todas as religiões” – História da igreja Cristã, pag. 48), mas não diminuiu as investidas dos heréticos.
            Preocupou a igreja a ação perigosa dos gnósticos e de Márcion, os quais diziam que “tudo o que fosse matéria e o corpo são maus, portanto, o espírito deve escapar deste corpo e deste mundo material e que o Deus do N.T. e o Pai de Jesus Cristo não é o mesmo Jeová do A.T. e que o A.T. é palavra de deus, mas não do Deus supremo”. Estavam totalmente equivocados.
            No séc. XVI, Martinho Lutero, monge, orava, estudava a Bíblia e castigava o seu corpo. Soube através da Bíblia que Deus enviou seu Filho, Jesus Cristo, para expiar os pecados dos homens. Achou paz ao confiar no amor de Deus.
            Em Roma, o papa Leão X desejava terminar a construção da basílica de São Pedro. Vendia indulgências ao povo. Lutero se opôs, escreveu e afixou em 31.10.1517 as 95 teses contra as indulgências. Foi o estopim para a Reforma Protestante.
            João Calvino, em 1564, estudou os ensinos de Lutero. Experimentou grande renovação em sua vida espiritual. Fez de Genebra, socialmente próspera, mas de baixo nível moral, uma cidade modelo de vida cristã.
            Não pense que essa luta teve fim. Terá fim somente quando Cristo resgatar a sua igreja.
            Você é responsável por continuar essa Reforma Protestante e defender os ensinos bíblicos.
Rev. Salvador P. Santana

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