quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Mt.27.3-10 - PREÇO DE SANGUE.

PREÇO DE SANGUE
Mt.27.3-10

Introd.: O cônsul inglês James Henderson testemunhou uma das punições do Rio de Janeiro entre 1808 a 1822.
                Um escravo fugitivo foi punido com duzentas chibatadas.
                Uma corda foi colocada ao redor do seu pescoço, enquanto ele era levado para junto de um grande poste erguido no meio da praça, ao redor do qual seus braços e pernas foram atados.
                Uma corda imobilizava seu corpo de tal maneira que tornava qualquer movimento impossível.
                O carrasco, a cada golpe, que parecia arrancar um pedaço da carne do escravo, assoviava.
                As chibatadas foram repetidas sempre no mesmo lugar e o negro suportou as primeira cem de forma determinada.
                Ao receber a primeira e a segunda chibatada, ele gritou “Jesus”, mas em seguida pendeu sua cabeça contra um dos lados do poste, sem dizer mais uma única sílaba ou pedir clemência – 1808 – Laurentino Gomes – pág. 252.
Nar.:      Judas Iscariotes parece ser o ator principal neste texto, mas pelo contrário, Jesus “[...] foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”, Is.53.5.
Propos.:              O sangue derramado de Jesus é o preço da nossa salvação.
Trans.:                  Preço de sangue [...]
1 – É devolvido tarde demais.
                “Então, Judas [...]”, Mt.27.3, você não é o causador da morte de Jesus, mas cooperou, contribuiu, fez um pacto para o sofrimento, a angústia, o derramamento do sangue de Jesus na cruz do calvário.
                O texto afirma que “[...] Judas, (foi) o que traiu Jesus [...]”, Mt.27.3, que era “[...] o [...] amigo íntimo (de) Jesus, em quem (Jesus) [...] confiava, que comia do seu pão, levantou contra ele o calcanhar”, Sl.41.9.
                “[...] Judas [...] viu (através do arauto, relato dos discípulos, ao ser enviado à Pilatos) que Jesus fora condenado (à morte sacrificial em favor dos seus) [...]”, Mt.27.3.
                “[...] Judas [...] (foi) tocado (impulsionado) de remorso (atormentado pelo senso de culpa pelo crime praticado. É diferente do arrependimento que é tristeza pelo pecado cometido acompanhada da decisão de abandoná-lo) [...]”, Mt.27.3.
                Uma mera tristeza de nada vale.
                A decisão de “[...] Judas (foi) devolver as trinta moedas de prata (suficiente para comprar uma pequena propriedade) [...]”, Mt.27.3, que havia ganhado para trair e entregar Jesus.
                “[...] Aos principais sacerdotes (sacrifício expiação) e aos anciãos (pastores, presbíteros, diáconos são responsáveis, “os quais hão de prestar contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos”, 1Pe.4.5) [...]”, Mt.27.3.
                “Então [...] (o que eu e você tem a) dizer (diante do trono de Deus?)”, Mt.27.3.
                Seja sincero assim como Judas foi uma única vez; “pequei [...]”, Mt.27.4.
                Reconheça que “[...] traiu sangue inocente (o próprio Jesus com os pecados notórios e ocultos) [...]”, Mt.27.4.
                Fique sabendo que o Diabo e seus seguidores são astutos.
                “[...] Eles (principais sacerdotes e anciãos), porém (como conjunção aditiva), responderam (com o intuito de danificar, destruir, matar todos quantos servem a Jesus) [...]”, Mt.27.4.
                Satanás e seus discípulos nunca são culpados, por isso; “[...] que nos importa? (dizem eles como uma forma de acusação aos que traem Jesus) [...]”, Mt.27.4.
                A culpa, a desordem, a traição, “[...] isso é contigo (depois do homem ser enganado “[...] a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”, Tg.1.15”, Mt.27.4.
                “Então, Judas (que decisão será tomada depois de descobri o seu pecado?) [...]”, Mt.27.5.
                A primeira atitude foi “[...] atirar para o santuário (sacerdotes podiam entrar para oferecer sacrifícios) as moedas de prata (usadas para vender o Mestre Jesus) [...]”, Mt.27.5.
                A segunda atitude “[...] retirou-se (de diante do) santuário (onde podia apresentar a sua oferta para remissão dos pecados) [...]”, Mt.27.5.
                A terceira atitude cruel, mesquinha, sem desejo de vida, “[...] foi enforcar-se (por não aguentar a ofensa, a traição feita ao seu antigo amigo e Mestre Jesus)”, Mt.27.5.
                Preço de sangue [...]
2 – Recebe a aprovação dos sacerdotes.
                Não é à toa a Palavra profética do Mestre Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”, Mt.7.21.
                Veja aqui também, “[...] os principais sacerdotes (tramando contra Jesus) [...]”, Mt.27.6.
                Ao invés de se arrependerem, “[...] tomaram as moedas (pagaram para a traição) [...]”, Mt.27.6.
                “E [...] disseram (assim como muitos em nossos dias): Não é lícito deitar (as) moedas no cofre das ofertas (sustento dos sacerdotes e manutenção do templo – desvio de finalidade) [...]”, Mt.27.6.
                A razão principal: “[...] porque é preço de sangue (comprar os remidos do Senhor)”, Mt.27.6.
                Preço de sangue [...]
3 – Beneficia forasteiros.
                A conjunção aditiva “e [...]”, Mt.27.7, mostra que houve benefício antes da morte de Cristo para os estrangeiros e peregrinos.
                Após “[...] os principais sacerdotes [...]”, Mt.27.6, “[...] ter deliberado (opinado, assentido, determinado – Sinédrio – 71 – sumos sacerdotes, fariseus, saduceus, escribas, anciãos a respeito do das 30 moedas de prata, Zc.11.12, preço de sangue estipulado, dar um destino para essas moedas) [...]”, Mt.27.7.
                A decisão provável de “[...] comprar com elas (30 moedas de prata) o campo do oleiro (escavado, desnivelado devido o barro retirado, teve uma ação caridosa) [...] para (os) forasteiros (estrangeiros que viam para as festas adorar a Deus e fazer os seus sacrifícios e que não tinham lugar no) cemitério (dos habitantes de Israel) [...]”, Mt.27.7.
                Perceba que é “por isso, (um lugar de descanso para os forasteiros, decidiram comprar o cemitério) [...]”, Mt.27.8.
                O texto fala que “[...] aquele campo tem sido chamado, até ao dia de hoje, Campo de Sangue (testemunho contra homens pervertidos que decidiram matar Jesus)”, Mt.27.8.
                Preço de sangue [...]
Conclusão:         Cumpre a profecia.
                “Então [...]”, Mt.27.9, pensamos que somos nós que dirigimos a nossa vida, pelo contrário, “o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR”, Pv.16.1.
                “Então, (por este motivo) se cumpriu o que foi dito por intermédio do profeta Jeremias (Zc.11.12) [...]”, Mt.27.9.
                “[...] Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele (Jesus) a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram (para ser morto em nosso lugar)”, Mt.27.9.
                Apreenda: “E as (moedas) deram pelo campo do oleiro (Jr.19.11 - atoleiro), assim como me ordenou (apontou, ordenou) o Senhor (a morte do seu Filho Jesus Cristo)”, Mt.27.10.

            Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

FESTAS.


FESTAS
            Na cultura brasileira, a época do carnaval é uma data em que o povo se diverte para valer. É o tempo em que festas são alimentadas com todo tipo de bebida alcoólica, drogas ilícitas e foliões tentando a todo custo desabafar, desafogar, descarregar as angústias, tristezas, mágoas carregadas no decorrer do ano anterior e também as demais desavenças do início do ano em festa. É nesta festa que alguns foliões se enfeitam, se disfarçam com máscaras, rostos maquiados para esconder um pouco a sua identidade e deixar extravasar aquilo que não fariam perto da família ou de amigos do trabalho ou escola.
            Interessante notar que na festa carnavalesca as pessoas por mais simples ou importantes que sejam, tanto socialmente quanto espiritualmente, se igualam nos salões ou nas praças apropriadas para tais festejos. Percebe-se que até mesmo os mais tímidos do grupo social se enfeitam e saem para se divertir, pular, dançar, farrear, coisas que para eles é anormal em dias normais. Verdade é que muitos saem para se divertir, outros para fazer amizades, outros são arruaceiros, briguentos, trapaceiros.
            Na cultura judaica, o povo judeu comemorava muitas festas, mas entre tantas, existem três comemorações importantes: 1 – Páscoa (libertação do povo do Egito), 2 – Tabernáculos (lembrança das barracas no deserto e, 3 – Pentecostes (comemora a descida do Espírito Santo ou o término da colheita).
            É bom lembrar que em todas essas e demais festas que os judeus celebravam, tem um único significado: enquanto Deus conservar vivo o homem, ele pode e deve agradecer e glorificar a Deus, pois conforme o profeta Isaías, “a sepultura não [...] pode louvar (a) Deus, nem a morte glorificá-lo [...]” (Is 38.18).   
            Na cultura evangélica não existe uma data específica para uma festança tal como as citadas acima. Segundo o conceito evangélico, quaisquer meses, dias, horas ou épocas são próprias para se “alegrar por todo o bem que o SENHOR, teu Deus, te tem dado a ti e a tua casa [...]” (Dt 16.11).
            Interessante notar que, tanto no Velho quanto no Novo Testamento, os servos de Deus se alegravam com coisas triviais que aconteciam em suas vidas. Para todos eles era motivo de festa de levantar “[...] a voz do agradecimento [...] ao SENHOR [...]” (Jn 2.9). 
            A igreja de Filipos se dispôs a cuidar do apóstolo Paulo, enviando-lhe donativos. Paulo se “alegrou, sobremaneira, no Senhor porque [...] uma vez mais, (os Filipenses) renovaram a seu favor o [...] cuidado [...]” (Fp 4.10).
            Note que nesse texto não são citados tamborim, flauta, gaita ou outro instrumento músico para que pudessem regozijar-se. Essa “alegria, sobremaneira, (foi) no Senhor [...]” (Fp 4.10), pelo cuidado, amor, misericórdia em todos os momentos da vida.
            A alegria de Paulo não foi por causa das circunstâncias da vida, mesmo porque, o mesmo apóstolo declara que “[...] não (foi) por causa da pobreza, porque aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.11). Paulo aprendeu “[...] estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias [...] teve experiências, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez” (Fp 4.12). O que causou alegria no coração de Paulo foi o Senhor “[...] que o fortaleceu” (Fp 4.13).
            O festejar do crente é totalmente diferente da que o mundo oferece. Essa alegria aproveitada nestes dias de carnaval é passageira, dura algumas horas ou dias, logo passa e pode ser cruel com muitos foliões – gravidez indesejada, DST’s, brigas, prisões, mortes. Faça a opção de cair fora dessa folia!
            É bom lembrar que a alegria oferecida por Cristo Jesus é eterna, isto porque, o prenúncio de Isaías é que; “os resgatados do SENHOR voltarão e virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido (para toda a eternidade)” (Is 35.10).
            Qual festejo você prefere escolher para este final de semana? A festa que dura apenas uns dias ou a festa que dura eternamente? Pense a esse respeito.
            “Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal” (Pv 3.7) para você escolher uma festa que possa agradar a Deus.
            Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Mt.27.1, 2 - CONSELHO.


CONSELHO
Mt.27.1, 2

Introd.:           Conselho pode ser um aviso, um parecer ou um grupo de pessoas com funções deliberativas, como o conselho de ministros. 
            O conselho pode ser dado, tomado, aceito, consultado, deliberado.
            Sinônimos – Pitaco, advertência, aviso, ensino, juízo, opinião, palpite, parecer, proposta, recomendação, sugestão.
Nar.:    Após os três julgamentos religiosos diante de “[...] (1) Anás (foi) [...] enviado, manietado, à presença de (2) Caifás, o sumo sacerdote”, Jo.18.24, e diante do (3) Sinédrio quando Jesus foi considerado “[...] réu de morte”, Mt.26.66.
            Jesus teve três julgamentos civis ao ser enviado “[...] para o (1) pretório (palácio e sede administrativa de Pilatos, governador romano da Judeia) [...] ao saber que era da jurisdição de (2) Herodes [...] lho remeteu [...] então, (foi devolvido a) (3) Pilatos reunindo (com) os principais sacerdotes, as autoridades e o povo”, Jo.18.28; Lc.23.7, 13.
Propos.:           Que conselho eu daria para este julgamento?
Trans.:             O conselho de todos é para [...]
1 – Matar Jesus.
            Hoje, “ao romper o dia (03h00-06h00 qual foi a sua primeira atitude? Orar, ler a Bíblia, resolver problemas, preparar café, almoço, discutir a relação) [...]”, Mt.27.1.
            A decisão mais desleal do Sinédrio, “ao romper o dia (foi unicamente a de destruir, acabar com a reputação de Jesus e levá-lo a) morte”, Mt.27.1.
            Algumas decisões em nossas vidas “ao romper o dia [...]”, Mt.27.1, quando ainda estamos sonolentos, sem pensar direito, pode ser catastrófica e marcar para sempre a nossa vida – brigas intermináveis com cônjuges, filhos, pais, patrões, empregados, decisão precipitada envolvendo a polícia, justiça.
            Perceba que “[...] todos (inclui eu e você em muitas tramoias de morte haja vista “[...] que todo aquele que [sem motivo] se irar (mata) contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”, Mt.5.22) [...]”, Mt.27.1.
            Esses “[...] todos (são) os principais sacerdotes (oferecer sacrifício seus próprios pecados e dos outros, assim como nós, nem sempre desejamos o bem do próximo) [...]”, Mt.27.1.
            [...] E (eu e você podemos também estar junto com) os anciãos (pastor, líder, presbítero, diácono a fim de destruir a vida do outro ao fazer alguma acusação infundada) [...]”, Mt.27.1.
            Esse conluio aconteceu entre “[...] os anciãos (pastor, presbítero, diácono) do povo [...]”, Mt.27.1, que tinha o dever de ajudar, aconselhar, encaminhar ao caminho certo através dos preceitos bíblicos.
            Entenda que “[...] os principais sacerdotes e os anciãos do povo entraram em conselho (dando pitaco, advertindo, avisando, ensinando, fazendo juízo, dando opinião, recomendando, sugerindo não para o bem, mas desejando o mal, a destruição do próximo) [...]”, Mt.27.1.
            Perceba que esse mau “[...] conselho (para destruição foi) contra (com a finalidade de se opor contra) Jesus [...]”, Mt.27.1, tão-somente para prejudicá-lo.
            Até nossos dias muitos continuam sendo “[...] contra Jesus, para o matarem (dentro de seus corações)”, Mt.27.1.
            O conselho resolveu [...]
2 – Levar Jesus à Pilatos.
            A conjunção acumulativa “e [...]”, Mt.27.2, continua apresentando o embate entre eu e você a respeito da proposta em relação a Jesus.
            É possível que muitos de nós continuamos “[...] amarrando Jesus (com o desejo dele não influenciar, não mudar o nosso coração, nem da família e dos amigos devido o nosso mau testemunho) [...]”, Mt.27.2.
            Pode acontecer de eu e você “[...] levar (a força, conduzir sob vigilância para ser conduzido a julgamento, prisão ou castigo) Jesus [...]”, Mt.27.2, com todos os meus atos perversos que continuo praticando.
            [...] E (a conjunção acumulativa acrescenta que) Jesus (fora) entregue (entregar nas mãos de outro, não para ser Senhor e Salvador, mas para transferir esfera de poder, para ser guardado sob algema, para ser julgado, condenado, punido, açoitado, atormentado, entregue a morte por traição) [...]”, Mt.27.2, mais uma vez, por mim e você.
            Conselho [...]
Conclusão:      [...] Ao governador (eu e você) [...]”, Mt.27.2.
            [...] Ao governador (eu e você) [...]”, Mt.27.2, que tem autoridade parcial, sim, porque quem comanda é Jesus Cristo, porque “o coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos”, Pv.16.9.
            [...] Ao governador (eu e você) [...]”, Mt.27.2, o conselho é que o chefe, o general, o comandante, o soberano, não é “[...] Pilatos (26-36 d.C.)”, Mt.27.2, mas o “[...] SENHOR (que) dirige os passos do homem [...]”, Pv.20.24.


            Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

MALARRUMADA.

MALARRUMADA
            É de propósito a junção das duas palavras, que no entender de quem lê entenda do duplo sentido. Pode ser uma mala ou uma mulher mal arrumada.
            Uma pessoa em sã consciência não quererá ser mala e nem mulher mal arrumada. Isso só dá dor de cabeça, preocupações e vexame por onde passa. Tanto uma como a outra malarrumada é vista com indiferença, desconfiança e um certo receio de aproximação.
            Imagine você andando no shopping ou no centro da cidade de terno e gravata, penteado e perfumado, enquanto a sua malarrumada (esposa/namorada, mala) ao seu lado está malarrumada e você a todo custo tenta disfarçar entre a multidão que aquela que te acompanha ou segura em sua alça/mão é a sua malarrumada.
            Ouve-se um zum zum zum de que as separações acontecidas nestes últimos tempos entre marido e mulher são devido a falta de asseio, cuidado e zelo daquela que Deus permitiu ser a mulher dos seus sonhos. Assim são as reclamações dos homens separados.
            Quem é o culpado da malarrumada? Os dois. Marido e mulher são responsáveis. Ele por ser muitas vezes intransigente, desleixado, displicente, mal educado, descontrolado financeiramente ou pão duro.
            Biblicamente falando, a esposa está sob a responsabilidade do marido conforme o dito de Moisés: “Todo voto e todo juramento com que ela se obrigou, para afligir a sua alma, seu marido pode confirmar ou anular” (Nm 30.13).
            Perceba que neste caso, o maior responsável é o marido, pois ele tem olhos, deve ser inteligente ao olhar para aquela que diz que ama. Ao perceber que a esposa está andando malarrumada, despenteada, sem maquiagem, sem perfume, com camiseta das antigas eleições, esse marido pode confirmar ou anular conforme o texto. Cabe a ele exigir, pedir, implorar que a sua amada ande bem arrumada.
            A mulher também não fica isenta da culpabilidade. Muitas vezes a esposa é sentimental demais, leviana demais, tem dó do esposo que sai cedo para dar duro e que por isso, anda sempre malarrumada com um único propósito: deixar o esposo bem vestido, perfumado para não dar o que falar entre os seus colegas de trabalho.
            Muitas dessas mulheres ficam satisfeitas ora perto do fogão, ora perto do tanque malarrumada a espera do seu querido esposo. Nesse caso, a esposa é mais que responsável, pois não dá crédito ao ensino bíblico de que “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba” (Pv 14.1). Você, mulher, precisa construir o seu lar.
            A malarrumada precisa ser arrumada tanto por ele quanto por ela urgentemente. Caso contrário, os separados ainda continuarão a reclamar que separaram por culpa da malarrumada.
            Se a separação entre marido e mulher é devido a malarrumada, pode crer, com Jesus tem jeito. Como os dois são maiores de idade, responsáveis e sabem muito bem onde estão errando, fica mais fácil ainda com algumas sugestões práticas:
            Esposo – 1 – olhe com muita atenção e veja se ela está malarrumada, caso positivo, “anule” essa situação;
            2 – Disponibilize um valor suficiente para compra de vestuário e cosméticos;
            3 – Faça o possível e impossível para sair sempre com sua esposa bem arrumada.
            Esposa – 1 – Olhe bem diante do espelho e pergunte a você mesma: Se este fosse o traje do meu esposo sairia com ele?;
            2 – Você precisar andar mais asseada – banho, perfumada para evitar odor, roupa decente e limpa e passada;
            3 – Peça a seu esposo para olhar para você, apreciar e fazer elogios ou críticas.
            É certo que seguir essas sugestões não impedirá nenhum casal de separar-se de sua malarrumada, mas é necessário tapar todas as brechas a fim de “[...] que Satanás não alcance vantagem sobre vocês, pois não lhe ignoramos os desígnios”, 2Co.2.11.
            Como faltam alguns dias para o Dia Internacional da Mulher, há tempo de você surpreender a sua esposa para ela não continuar sendo uma malarrumada.
            Deus, transforme as mulheres malarrumadas em mulheres bem arrumadas!
Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Rm.5.12-21 - OS SACRAMENTOS NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO.


OS SACRAMENTOS NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO, Rm.5.12-21.

Introd.:           Toda a Bíblia, A.T. e N.T., nos ensina sobre o pacto de Deus com o homem como uma expressão do cuidado eterno e da certeza do relacionamento íntimo com o Senhor para com aqueles que cumprem com fidelidade os termos da aliança.
            O pacto é um instrumento de redenção e garantia da vida em sua plenitude, conforme a promessa divina, a qual se caracteriza essencialmente como um relacionamento de amor com o Senhor que se expressa por meio dos sacramentos.
1 – A amplitude conceitual dos sacramentos.
            Calvino – Sacramento envolve todos os sinais que Deus, em todos os tempos, tenha dado ao homem com o propósito de confirmar a veracidade das suas promessas.
            Os sinais foram instituídos pelo Senhor, tanto nas coisas naturais quanto nos milagres em todo V.T.
            Como sinais nas coisas naturais temos:
            [...] O SENHOR fez Deus brotar [...] a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal”, Gn.2.9 como penhor da imortalidade;
            O SENHOR Deus [...] lançou o homem fora do jardim do Éden [...]”, Gn.3.23 “[...] (porque) o homem se tornou como um de nós (Trindade), conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente”, Gn.3.22.
            Deus “pôs nas nuvens o seu arco [...] por sinal da aliança entre Deus e a terra. O arco estará nas nuvens; vê-lo-emos e nos lembraremos da aliança eterna entre Deus e todos os seres viventes [...]”, Gn.9.13, 16, a fim de saber que a terra não será destruída por meio do dilúvio.
            Adão e Noé receberam esses sinais por sacramentos para confirmar a veracidade das promessas de Deus.
            A árvore não garante imortalidade, nem o arco-íris, que é apenas a reverberação da radiação solar nas nuvens esculpida opostas, seria eficaz em conter as águas, mas porque tinham a marca esculpida pela Palavra de Deus, a fim de que fossem provas e selos de seus concertos – Calvino.
            Como exemplos dos milagres que se apresentam como sinais, temos:
            Deus, prometendo a Abraão uma descendência numerosa, sendo que não tinha filho, na apresentação do holocausto, “[...] posto o sol, houve densas trevas; e eis um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo que passou entre aqueles pedaços”, Gn.15.17; serviu para fortalecer a fé à Abraão;
            Gideão pediu a Deus que confirmasse em sua vida a libertação de Israel, “[...] pôs uma porção de lã na eira; se o orvalho estivesse somente nela, e seca a terra ao redor, então, conheceria que (Deus) haveria de livrar Israel por seu intermédio, como disseste. E assim sucedeu, porque, ao outro dia, se levantou de madrugada e, apertando a lã, do orvalho dela espremeu uma taça cheia de água”, Jz.6.37, 38;
            Para confirmar da cura do rei Ezequias, “[...] da parte do SENHOR como sinal de que ele cumpriria a palavra [...] o profeta Isaías clamou ao SENHOR; e fez retroceder dez graus a sombra lançada pelo sol declinante no relógio de Acaz”, 2Rs.20.9, 11.
            Uma vez que estas coisas aconteciam para nutrir e solidificar a fraqueza da fé, eram também sacramentos – Calvino.
2 – Os sacramentos apontam Cristo.
            Os sacramentos, tanto no Antigo quando no N.T., tem o objetivo de comunicar a Cristo, porque, “para que os sacramentos nos proponham alguma promessa de Deus, é necessário que nos mostrem Cristo” Calvino.
            [...] A [...] aliança (entre Deus e Abraão (é) que [...] todo macho [...] seja circuncidado”, Gn.17.10, à qual, mais tarde, foram pela lei mosaica acrescentados purificações, sacrifícios e outros ritos, Lv.1-15;
            Deus determinou, instituiu e “falou a toda a congregação de Israel [...] (para) cada um tomar para si um cordeiro [...] comê-lo à pressa; era a Páscoa do SENHOR”, Ex.12.3, 11.
            Estes foram os sacramentos dos judeus até a vinda de Cristo; uma vez anulados esses, foram instituídos dois sacramentos dos quais agora se serve a Igreja Cristã: o Batismo e a Ceia do Senhor – Institutas.
            A função dos sacramentos mosaicos, bem como dos instituídos no período do N.T., encerra um único propósito, conduzir os homens a Cristo.
            Só há uma diferença entre esses sacramentos: aqueles prefiguravam Cristo prometido, como fosse ainda esperado; estes o apresentam já outorgado e manifesto – Institutas.
            A circuncisão simbolizava aos judeus a natureza corrompida do ser humano e a consequente necessidade de purificação, conforme fora dado a Abraão, era um selo da promessa divina de que, por meio de sua semente, todas as nações da terra seriam abençoadas, no entanto, o símbolo se concretizaria em Cristo, porquanto, a semente era Cristo.
            A confirmação é dada pelo apóstolo Paulo porque “[...] as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo”, Gl.3.16.
            Somente Cristo restauraria o que fora perdido em Adão, porque “[...] assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”, Rm.5.12.
            Interessante notar que “[...] até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei”, Rm.5.13.
            Por este motivo, “[...] reinou a morte desde Adão até Moisés (mortos nos pecados), mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir (Cristo)”, Rm.5.14.
            Perceba a conjunção adversativa, “todavia [...]”, Rm.5.15, remete para o que é verdadeiro, puro, mais perfeito do que era e que conduz ao céu.
            O texto é bem claro ao dizer que “[...] não é assim o dom gratuito (oferecido) como a ofensa (que destrói); porque, se, pela ofensa de um só (Adão), morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos (a graça de Deus)”, Rm.5.15.
            Paulo fala que “o dom, (com a conjunção) entretanto (que indica oposição), não é como no caso em que somente um pecou (pelo qual todos morrem); porque o julgamento derivou de uma só ofensa (Adão), para a condenação (eterna); mas a graça (perdão de Deus que concede a salvação) transcorre de muitas ofensas (pecados), para a justificação (julgado justo)”, Rm.5.16.
            A humanidade sem Cristo está totalmente perdida, mesmo porque, “se, pela ofensa de um e por meio de um só (Adão), reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo (que pode salvar totalmente)”, Rm.5.17.
            E, porque a humanidade estava sem Jesus, “[...] por uma só ofensa (desobediência), veio o juízo sobre todos os homens para condenação, (a conjunção) assim (mostra a mudança de pensamento quando) [...] por um só ato de justiça (de Cristo), veio a graça sobre todos os homens (que creem) para a justificação (aceitável diante de Deus) que dá vida”, Rm.5.18.
            É por este motivo que, “[...] pela desobediência de um só homem (Adão), muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só (Jesus Cristo), muitos se tornarão (verbo no futuro após aceitar Jesus como Senhor e Salvador) se torna justo”, Rm.5.19.
            O motivo que “sobreveio a lei (foi) para que avultasse (crescer) a ofensa; mas onde abundou o pecado (no coração), superabundou a graça (quando Jesus entra)”, Rm.5.20.
            A explicativa é “a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça (segundo Deus) para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor”, Rm.5.21.
            A “[...] circuncisão (é) como selo da justiça (aceito como justo diante de Deus) [...] de todos os que creem [...]”, Rm.4.11.
            As purificações determinadas em Levíticos apresentam o quadro imundo e deturpado do ser humano, logo, “[...] todos pecaram e carecem da glória de Deus”, Rm.3.23.
            Os sacrifícios cruentos revelaram indesculpavelmente a iniquidade do homem e ensinavam a necessidade de pagamento e satisfação diante do juízo divino, portanto, a necessidade que temos de que “[...] Jesus, o Filho de Deus [...] (é o nosso) grande sumo sacerdote que penetrou os céus [...] (com a finalidade de fazermos) a nossa confissão”, Hb.4.14.
            O próprio Jesus “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”, Fp.2.8, em nosso favor, que, “[...] por meio da obediência de um só (Jesus Cristo), muitos se tornarão justos”, Rm.5.19.
3 – A circuncisão e o batismo.
            A circuncisão foi instituída por Deus, como um selo da “[...] aliança, que (Abraão devia) guardar entre Deus [...] e a [...] descendência (de Abraão): todo macho [...] será circuncidado”, Gn.17.10.
            Esse selo foi instituído com um caráter duradouro, que visava confirmar e lembrar ao patriarca a certeza do cumprimento das promessas que o Senhor havia feito a ele.
            Essa característica também permanece no batismo, mesmo porque, “[...] depois que ouvimos a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo nele também crido, fomos selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória”, Ef.1.13, 14.
            Palmer Robertson – algumas peculiaridades do estabelecimento da circuncisão:
            1 – A aliança apresenta uma responsabilidade clara de “[...] guardar a [...] aliança, tu e a sua descendência [...]”, Gn.17.9;
            2 – O selo é que “[...] todo macho [...] será circuncidado”, Gn.17.10;
            3 –       O “[...] sinal da aliança (a) circuncisão [...] será [...] entre Deus e (o homem)”, Gn.17.11;
            4 –       A “[...] circuncisão (no) oitavo dia [...]”, Gn.17.12, aponta a solidariedade entre pais e filhos no relacionamento pactual;
            5 –       O sinal da aliança não fora constituído apenas com os judeus, mas também “com [...] o nascido em sua casa e o comprado por seu dinheiro [...]”, Gn.17.13;
            6 –       A desobediência gera castigo, pois “o incircunciso, que não for circuncidado na carne do prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a [...] aliança (de) Deus”, Gn.17.14.
            A interpretação teológica que devemos observar:
            1 – A circuncisão simboliza a inclusão na comunidade pela graça de Deus;
            2 – A circuncisão indica a necessidade de purificação;
            3 – Representa a remoção da mácula essencial para alcançar a pureza;
            4 – O “extirpar” de parte natural do corpo humano como símbolo de limpeza religiosa sugere a necessidade da execução do julgamento como ato essencial à purificação.
            Pela circuncisão, o pecador submete-se a um julgamento que purifica;
            5 – O rito da circuncisão implica que a raça é pecadora e necessita de purificação – Deus deseja tratar com famílias – O Cristo dos Pactos – ECC.
            O que se diz a respeito da circuncisão, diga-se a respeito do batismo.
4 – A Páscoa e a Ceia do Senhor.
            A Páscoa foi instituída no contexto da décima praga, quando da libertação dos judeus, Ex.12.
            A ênfase no texto recai na figura do cordeiro pascal, Ex.12.3-11.
            Tomava do sangue (do cordeiro primogênito sem defeito) e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem”, Ex.12.7 – substituto.
            O sangue [...] (era) por sinal [...] [...] (para) não haver [...] praga destruidora [...] entre (o seu povo), quando [...] feria a terra do Egito”, Ex.12.13 – libertação.
            Nada (devia) deixar dele até pela manhã; o que, porém, ficar até pela manhã, (devia ser) queimado”, Ex.12.10 – urgência de libertação.
            [...] Jesus (para nós) [...] é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”, Jo.1.29.
            [...] O cálice (que tomamos) da nova aliança [...] (é) derramado em favor de nós (que cremos em Cristo Jesus)”, Lc.22.20.
            É por este motivo que devemos “lançar fora o velho fermento (da impureza), para que sejamos nova massa, como somos, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado (em nosso lugar para a nossa libertação)”, 1Co.5.7.
            Eis a mensagem que nos comunica a Ceia do Senhor.
Conclusão:      Os sinais foram instituídos pelo Senhor, no contexto da aliança, e desta feita, o valor que possuem é outorgado pela Palavra de Deus, que os valida para que cumpram o objetivo para o qual foram estabelecidos – fortalecer e sustentar a nossa fé.
            Os sacramentos promovem nossa nutrição espiritual, ao nos comunicar Cristo Jesus, porquanto todos os benefícios que possuímos provêm unicamente do Redentor.
Aplicação:       Os sinais da aliança de Deus com seu povo são seguidos por você?


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor – Palavra Viva – Rev. Christian Brially Tavares de Medeiros – ECC.

Mt.26.69-75 - NEGAÇÃO.


NEGAÇÃO
Mt.26.69-75

Introd.:           A negação tem a ideia de enganar, mentir, falhar, tornar-se tendencioso, ser desapontador, ser falso, ser insuficiente, ser descoberto como mentiroso, desmentir, agir falsamente – BOL.
            Muitos ainda negam o holocausto, a divindade, a criação, a existência de Deus.
            Outros negam e rejeitam que Cristo voltará, de que o Diabo não existe, que a Escritura Sagrada é inspirada por Deus, que existe céu e inferno e que nem todos os homens serão salvos ou condenados.   
Nar.:    Jesus estava na casa de Caifás, o sumo sacerdote, sendo julgado e logo seria condenado à morte pelas mãos de Pilatos.
            Pedro, um dos homens mais valentes, cheio de si que conhecemos na Bíblia, estava arrefecendo, deixando de lado a sua impetuosidade de ir até a morte com Cristo.
            Diante da negação algumas acusações são levantadas sobre a sua integridade de Pedro. 
Propos.:           Fique sabendo que, “se somos infiéis, ele (Jesus) permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo”, 2Tm.2.13.
Trans.:             A negação de Pedro provoca a [...]
1 – Primeira acusação.
            Muitos de nós somos como aquela pessoa desconfiada, assim como “[...] Pedro (que) seguia Jesus de longe (escondido, para não ser notado) até ao pátio do sumo sacerdote [...]”, Mt.26.58.
            A conjunção aditiva “ora [...]”, Mt.26.69, mostra quanto a nossa fala é diferente daquilo que vivemos diante dos homens.
            [...] Pedro (fez de tudo para ocultar a sua identidade como servo de Deus) estava assentado (acomodado em nosso meio de convivência – escola, trabalho, família, vizinhos – somos descobertos, alguém nos reconhece e nos identifica como cristão) [...]”, Mt.26.69.
            Esse “[...] assentar fora no pátio (espaço sem cobertura, afastado de Jesus, pode indicar a falta de compromisso, oração, leitura bíblica) [...]”, Mt.26.69.
            [...] E, (quanto mais afasta, esconde, tenta negar a servidão a Cristo, sendo escolhido, você será identificado) [...]”, Mt.26.69.
            Veja que “[...] se aproximou uma criada (escrava, que atendia a porta e que, para muitos é insignificante, sem valor, mas ela observa, tem boa memória, conhece e sabe o que você faz) [...]”, Mt.26.69.
            Muitas das “[...] criadas (podem) nos dizer (algo que não desejamos ouvir ou uma cobrança na vida espiritual – não você não vai à igreja? Deixou de orar? Não ler mais a Bíblia? Deixou de dar o dízimo?) [...]”, Mt.26.69.
            O ponto crucial é quando “[...] uma criada (levanta uma acusação contra a minha pessoa, a minha fé, a observância da Palavra de Deus, o ser ou não servo de Jesus) [...]”, Mt.26.69.
            Ela pode “[...] dizer: Também tu estavas (verbo no pretérito imperfeito do indicativo se refere a um fato ocorrido no passado, mas que não foi completamente terminado, ou seja, você ainda está) com Jesus, o galileu (o mais rejeitado, odiado, pobre – pode ser que você esteja com vergonha de Jesus)”, Mt.26.69.
            Perceba que a reação a acusação é rápida. “Ele (Pedro não confirma ser servo de Jesus), porém [...] nega (rejeita, repudia) Jesus (como sendo o seu Senhor) [...]”, Mt.26.70.
            O mais sério é que a negação é “[...] diante (não apenas da criada, mas) de todos (os que ali estavam presentes – mesa de um bar, festa, reunião de família) [...]”, Mt.26.70.
            O “[...] dizer (de) Pedro (pode ser o meu e o seu): Não sei o que dizes (a respeito da minha fé, salvação, amizade com Jesus)”, Mt.26.70.
            A negação de Pedro gerou a [...]
2 – Segunda acusação.
            Do “[...] pátio (afastado de Jesus, onde falta compromisso, oração, leitura bíblica) [...]”, Mt.26.69, a atitude de Pedro é “[...] sair para o alpendre (coberto, mais próximo de Jesus de onde pode ouvir o interrogatório e saber quais resultados do julgamento) [...]”, Mt.26.71.
            E, (mais uma vez, Pedro pensando em se aproximar de Jesus, é surpreendido quando) [...] foi ele visto por outra criada (escrava do palácio, mas conhece muito bem a sua vida) [...]”, Mt.26.71.
            Perceba que esta segunda acusação não se limita apenas a uma pessoa, no particular, mas “[...] a criada disse aos que ali estavam (falando alto, gritando a fim de que todos possam ouvir e chamar atenção para ser direcionada a Pedro como sendo um que nega o seu próprio Mestre) [...]”, Mt.26.71.
            [...] Este (Pedro, eu e você) também estava (no passado com Jesus, mas que não foi completamente terminado, renovado espiritualmente, entregue totalmente a) Jesus [...]”, Mt.26.71.
            Neste texto “[...] Jesus [...] (é chamado de) o Nazareno (o que é separado para servir ao Pai, sendo assim exemplo para mim e você imitar)”, Mt.26.71.
            E (neste caso ou nesta segunda acusação, qual atitude em relação à nossa fé eu e você iremos tomar?) [...]”, Mt.26.72.
            [...] Ele (Pedro, pode ser eu e você) negou outra vez (Jesus como aquele que é exemplo de separação do pecado) [...]”, Mt.26.72.
            O pior é que foi “[...] com juramento (usando o nome de Deus em vão, sendo que muitas vezes nós caímos nesse erro) [...]”, Mt.26.72.
            [...] Não conheço tal homem (chamado Jesus que pode salvar, mudar a minha vida)”, Mt.26.72.
            A negação aponta a [...]
3 – Terceira acusação.
            Pensamos que sempre estamos dispostos, com a fé firme, dedicados ao Senhor, mas pelo contrário, “logo depois (ainda no alpendre, próximo a Jesus, outra acusação aumentando o coro das duas criadas de que eu e você negamos Jesus, o nosso Salvador) [...]”, Mt.26.73.
            Como houve alarde, gritos de acusação por parte da criada, “[...] aproximaram-se os que ali estavam (não para apedrejar – lei mosaica, mas para humilhar, rebaixar, reconhecer a pecaminosidade encravada no coração de) Pedro [...]”, Mt.26.73.
            O que irão “[...] dizer (a minha família, amigos, vizinhos) a (respeito da fé, negação de) Pedro (eu e você?) [...]”, Mt.26.73.
            A fala de muitos é que, “[...] verdadeiramente, és também um deles (frequentador da igreja, conhecido como Bíblia, aquele que se diz crente) [...]”, Mt.26.73.
            O motivo é “[...] porque o seu modo de falar o denuncia (sem palavra indecorosa, sem xingamento, sem maldizer)”, Mt.26.73.
            A conjunção “então (é acumulativa, mostrando que pode haver mudança no percurso da minha história) [...]”, Mt.26.74.
            Perceba que “[...] Pedro começou a praguejar (amaldiçoar a si mesmo, aos outros, afirmar que dizia a verdade) [...]”, Mt.26.74.
            [...] E (para complicar ainda mais a situação) Pedro começou a jurar (tomando Deus como testemunha da sua mentira) [...]”, Mt.26.74.
            É bom lembrar que pode acontecer com qualquer um de nós afirmando que “[...] não conhecemos esse homem! (Jesus como Senhor, Salvador, perdoador dos meus pecados) [...]”, Mt.26.74.
            [...] E (assim como Jesus havia profetizado) imediatamente cantou o galo (para despertar Pedro do seu sono espiritual)”, Mt.26.74.
            Acorda e viva para Deus!
            A negação levou Pedro a [...]
Conclusão:      Reconhecer o seu erro.
            Então, (fica a pergunta para) Pedro (eu e você a respeito da nossa fidelidade, lealdade, dedicação a Jesus) [...]”, Mt.26.75.
            Precisamos trazer à memória, “[...] lembrar da palavra que Jesus nos dissera (a respeito da nossa fé e de que podemos cair, é possível Satanás nos tentar) [...]”, Mt.26.75.
            [...] Jesus dissera (a) Pedro, mas ele não acreditou): Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes (não o conheço enfatizando a falta de zelo espiritual) [...]”, Mt.26.75.
            Mas, devido a negação, Deus nos dá a oportunidade de reconciliação, reconhecimento do nosso erro, retratação, voltar aos braços de quem nos ama, por este motivo, “[...] Pedro [...] saindo dali, chorou amargamente (com dor, desespero por saber que é muito fraco na fé)”, Mt.26.75.


            Rev. Salvador P. Santana