quinta-feira, 23 de julho de 2015

A BÊNÇÃO DA SALVAÇÃO, Tg.5.19,20.

A BÊNÇÃO DA SALVAÇÃO
Tg.5.19,20

Introd.:           A salvação do homem pecador não é produzida por ninguém ou por algo neste mundo.
            O próprio Deus é quem salva e liberta o homem das trevas.
            Todos os dias, cada um de nós recebe bênçãos de Deus.
Nar.:   O texto fala da maior bênção que o homem possa receber na face da terra; a salvação.
Propos.:          Todos os homens precisam da salvação em Cristo Jesus.
Trans.:           A bênção da salvação também é destinada aos [...]
1 – Que se desviam da verdade.
            A Bíblia foi escrita para os crentes, por isso Tiago começa chamando de “meus irmãos [...]”, Tg.5.19 os seus leitores.
            Por oito vezes Tiago lembra aos leitores que acima de tudo somos “[...] irmãos [...]”, Tg.5.19 em Cristo.
            Ele convoca cada um de nós a ser responsável pela família divina “[...] fazendo de todo o coração, tudo [...] como para o Senhor e não para homens”, Cl.3.23.
            Pedro declara que “[...] é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façamos emudecer a ignorância dos insensatos (irresponsável)”, 1Pe.2.15.
            Fazer o bem deve ser para “[...] algum dentre nós [...]”, Tg.5.19.
     A responsabilidade do crente entra em ação quando alguém “[...] se desviar (da fé para a incredulidade) da verdade (para o erro) [...]”, Tg.5.19.
            Muitos homens tem se desviado de “[...] Jesus [...] (que é) o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém (vai) ao Pai senão por Ele”, Jo.14.6.
            O homem só será “liberto (depois que) conhecer a verdade [...]”, Jo.8.32.
            Após a libertação do erro, da mentira, da fofoca, do pecado, o crente é responsável para “[...] converter alguém”, Tg.5.19 que anda no caminho tortuoso.
            Caso algum “[...] irmão pecar [contra nós] (o nosso dever é) [...] argui-lo (examinar por meio de perguntas) entre nós e ele só. Se ele nos ouvir, ganhamos [...] (o) irmão”, Mt.18.15.
            Levar “[...] alguém (à) conversão”, Tg.5.19 é persuadi-lo a voltar, inclinar, tomar um novo rumo, uma nova atitude na vida espiritual no abandono do caminho antigo.
            A conversão é algo tanto divino quanto humano.
            O Espírito Santo inspira e fortalece a pessoa, a pessoa corresponde a esse impulso.
            O crente pode ser instrumento nas mãos de Deus para “salvar (os homens), arrebatando-os do fogo [...]”, Jd.23.
            A conversão salva a alma da condenação do inferno e a põe no caminho dos céus.
            A recompensa que temos de levar outros de volta a Cristo é “saber que (lembre-se disso) [...]”, Tg.5.20, “[...] o que ganha almas é sábio”, Pv.11.30.
     O texto ainda fala sobre “[...] aquele (discípulo) que [...]”, Tg.5.20 está empenhado na responsabilidade de pregar o evangelho.
            Eu e você precisamos estar dispostos a levar os desviados para a “[...] conversão [...]”, Tg.5.20.
            Essa conversão é para o crente que é membro da igreja e continua em “[...] pecado [...]”, Tg.5.20 como Ananias e Safira.
            É o irmão que continua no “[...] seu caminho errado [...]”, Tg.5.20 – Judas Iscariotes.
            Faz-se necessário fazer como Paulo que se esforçou “fazendo-se fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fazendo tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns”, 1Co.9.22.
            Paulo, eu e você precisamos “[...] salvar (o homem) da morte [...]”, Tg.5.20.
            “[...] Salvar [...]”, Tg.5.20, significa levar o homem “[...] predestinado para ser conforme à imagem de Jesus [...]”, Rm.8.29.
            A salvação começa no arrependimento e no perdão dos pecados, motivado pela reconciliação entre o homem e Deus que “[...] fez a paz pelo sangue (derramado na) [...] cruz, por meio (de) Jesus [...]”, Cl.1.20.
            A “[...] salvação [...]”, Tg.5.20 tem a sua demonstração em “[...] amar uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”, 1Jo.4.7.
            Esse pecador receberá a “[...] salvação da morte (da) sua alma (parte imortal que irá habitar com o Senhor ou ficar para sempre no inferno) [...]”, Tg.5.20.
            É o livramento da “[...] segunda morte e (do) [...] inferno (onde serão) [...]lançados para dentro do lago de fogo [...]”, Ap.20.14.
            Devemos saber que somente um tem poder para condenar a alma, “[...] aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno [...]”, Lc.12.5.
            O grande motivo de o homem ser lançado no inferno é porque ele “[...] se mantém rebelde contra o Filho [...] (e) sobre ele permanece a ira de Deus”, Jo.3.36.
Conclusão:     Outra bênção maior proveniente da salvação é a “[...] cobertura (da) multidão de pecados”, Tg.5.20.
            Perdoar pecados é o “[...] cancelamento [...]”, At.3.19 de toda a sua dívida.
            “[...] Cobrir multidão de pecados”, Tg.5.20 é não expor o homem ao olhar desaprovador de Deus, a fim de que este “[...] receba o dom do Espírito Santo”, At.2.38.

            Rev. Salvador P. Santana

SER POBRE.

SER POBRE
            Em ser pobre “[...] você não perde seu precioso tempo com grandes sonhos. Contenta-se com um sonho de padaria, um sonho de valsa. Em um mundo de mulheres interesseiras oportunistas, só as sinceras e verdadeiras dão bola para você. Você tem uma vida de atleta: correndo para alcançar o ônibus, malhando para conseguir um lugar para se sentar. Nenhum vendedor te liga para empurrar alguma bugiganga. Com a sua fama de pé-rapado, nenhum amigo te pede dinheiro emprestado e, dependendo do seu grau de pobreza, eles nem serão mais seus amigos. Você nunca sabe se o dinheiro vai chegar até o final do mês e, assim, tem uma rotina muito menos previsível! Enquanto os seus vizinhos viajam, pegam trânsito no feriado e sofrem com as praias lotadas, você descansa na comodidade do seu barraco. Você tem de trabalhar aos domingos para fazer horas extras, e assim não precisa assistir aos programas que são campeões de audiência. Você não precisa levar a carteira para todo lugar que for, pois ela está sempre vazia. Assim, os trombadinhas vão passar longe de você. Sem dinheiro para acessar a internet, você nunca vai ler textos inúteis, que seus amigos malas insistem em lhe enviar” – http://lista10.org/humor/as-10-maiores-vantagens-de-ser-pobre/.
            Sendo assim, é melhor ser pobre em todos os sentidos. Pobre no sentido material e pobre de espírito. É dessa forma que Jesus caracteriza o filho de Deus ao dizer que “bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.3). Jesus deseja que todos os homens fiquem aflitos por não conseguirem entrar no reino com suas próprias forças.  Mas isto não quer dizer que pobre não seja orgulhoso, metido, cheio de si, arrogante, e muitas vezes tenta e pensa ser rico e age como.
            Na verdade, alguns pobres também não costumam dar gargalhada, nem mesmo sorrir. Não conseguem dar gargalhadas e sorrirem porque milhões passam fome, outros não tem um teto para morar, sem emprego, sem salário, sem ajuda do governo ou ajuda humanitária.
            A maioria não tem veste adequada, comprada com o próprio suor; pelo contrário, recebidas de graça, como um esmoler dos guardas roupas que não suportam mais de tanto peso nos cabides e nas consciências. Deve ser por causa desse peso que muitos acabam por doar ‘aquilo que não presta para o seu próprio uso’.
            Não é defeito e nem pecaminoso ser pobre. Conforme Jesus, essa pessoa é feliz. Feliz não porque está passando por dificuldades, mas porque sabe que o reino dos céus está “[...] preparado para aqueles que amam (a Jesus)” (1Co 2.9). Ele tem a plena certeza “[...] que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória (estado do novo corpo ressuscitado, espiritual e imortal) a ser revelada em (sua vida) [...]” (Rm 8.18).
            Então, sabe-se que essa felicidade e sofrimento terreno não são eternos, passa muito rápido. Sabendo dessa verdade, não dá para ficar pelo menos um pouco feliz por breve tempo? Sim. Paulo diz que é possível viver alegre em meio às desventuras da vida, aos sofrimentos, tormentas e até mesmo desastres que muitas vezes são impossíveis de se compreender.
            O apóstolo chegou a dizer que “[...] aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.11). Noutra epístola ele diz que nada neste mundo é capaz de roubar a sua felicidade, porque, “quem (pode) te separar do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?” (Rm 8.35).
            Este homem sabia muito bem se virar neste mundo. Não dava o braço a torcer por qualquer coisa que, se por uma providência de Deus, viesse lhe abater ou tentar provar a sua fé. Ele soube “[...] estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já teve experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez” (Fp 4.12).
            Com todos esses problemas Paulo conseguiu viver feliz neste mundo. Ele não ficava choramingando pelos cantos da parede e nem a reclamar da sorte. Veja bem que ele tinha toda razão para viver com tristeza e amargurado da vida. Ele, como servo de Deus, sabia muito bem que “[...] (Jesus) é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto (você) pede ou pensa, conforme o seu poder que opera em (cada um) [...]” (Ef 3.20). O que lhe resta diante dessa situação? Depender muito mais de Deus. 
            Sendo pobre ou rico materialmente, tendo Jesus como Senhor e Salvador de sua vida, você pode ser feliz neste mundo.

Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 15 de julho de 2015

SOFRIMENTO, Tg.5.13.

SOFRIMENTO
Tg.5.13

Introd.:           O salmista fala que “muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no SENHOR, a misericórdia o assistirá”, Sl.32.10.
            Em nenhum lugar da Bíblia fala que a pessoa que serve a Deus não sofre.
            Conforme este Salmo o servo de Deus também sofre, mas quando passa pelo “[...] sofrimento [...] confiando no SENHOR, a misericórdia (o) [...] assistirá”, Sl.32.10.
            Jacó sofreu trabalhando para Labão.
            O povo hebreu sofreu no Egito.
            Jó perdeu bens e filhos.
            Até mesmo o próprio “[...] Jesus [...] menor que os anjos [...] sofreu por causa da morte [...]”, Hb.2.9.
            Como Jesus não ficou isento de sofrimento, todos nós que estamos “[...] no mundo, passamos por aflições (mas a palavra de Jesus para cada um de nós é que devemos) [...] ter paz em Jesus [...] ter bom ânimo; (pois) ele venceu o mundo”, Jo.16.33.
            Quando passamos por sofrimentos diversos é dever de cada um, “na [...] angústia, invocar o SENHOR, gritar por socorro [...] (a) Deus. (daí) Ele do seu templo ouvirá a nossa voz, e o nosso clamor lhe penetrará os ouvidos”, Sl.18.6.
     A certeza que podemos ter é quando “invocamos no dia da angústia; Deus (nos) livrará [...]”, Sl.50.15.
Nar.:   Tiago neste texto fala sobre a conduta que devemos ter na tristeza e na alegria.
 Propos.:         O desejo de Deus para as nossas vidas é que “[...] tornemos para o SENHOR, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará”, Os.6.1.
            É por isso que Tiago pergunta [...]
1 – “Está alguém entre nós sofrendo? [...]”,Tg.5.13.
            O sofrer pode ser uma tribulação (aflição, perseguição), aperto, calamidade (grande desastre), necessidade (o que é indispensável), privação (falta o necessário) ou enfermidade.
            Quando algum de nós sofre, devemos “[...] fazer oração [...]”, Tg.5.13.
            A oração é o meio de pedir ajuda quando estiver “[...] na minha angústia, clamo ao SENHOR, e ele me responde [...] grito, e (o) SENHOR me ouve a voz”, Jn.2.2.
            A oração é um ato criativo, mas deve ser do modo correto “[...] orando assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome”, Mt.6.9.
            Quando estivermos “[...] andando ansiosos de alguma coisa [...] tudo [...] (deve ser) conhecida, diante de Deus, as nossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”, Fp.4.6.
            Qualquer “ansiedade (precisa ser) lançada sobre Deus, porque ele tem cuidado de nós”, 1Pe.5.7.
            Ao orar, “o SENHOR atende à (nossa) voz [...]”, 1Rs.17.22.
            A oração ajuda o indivíduo a mostrar-se capaz de suportar as tribulações, porque “o SENHOR é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação”, Sl.9.9.
            A oração distrai a mente do crente de suas tribulações, tornando-o útil na intercessão pelos outros, ainda que sua própria condição não seja melhorada.
            “[...] Moisés (teve a oportunidade de) orar pelo povo”, Nm.21.7 apesar de ele não ter entrado na terra prometida.
            Apesar do sofrimento [...]
2 – A oração pode nos tornar “[...] alegres [...]”, Tg.5.13.
            “[...] Alegres [...]”, Tg.5.13, não porque as circunstâncias são favoráveis, mas porque eu “me alegro [...] no Senhor [...]”, Fp.4.10.
            Somos “[...] alegres [...]”, Tg.5.13 porque eu posso “esperar confiantemente pelo SENHOR; ele se inclina para mim e me ouve quando clamo por socorro”, Sl.40.1.
            Tenho o semblante (rosto) “[...] alegre [...]”, Tg.5.13 porque “[...] Deus me faz próspero na terra da minha aflição”, Gn.41.52.
            Estamos “[...] alegres [...]”, Tg.5.13 porque “[...] Deus [...] me livrou dos meus inimigos; sim [...] (fui) exaltado acima dos meus adversários e me livrado do homem violento”, Sl.18.48.
            O “[...] sofredor [...] (quando passa pelo estágio da) oração [...] estando [...] alegre [...] (o resultado é) [...]”, Tg.5.13.
Conclusão: “[...] Cantar louvores”, Tg.5.13 dando continuidade no seu estado de felicidade.
            A arte de cantar louvores é desde os tempos de “[...] Jubal [...] (que) foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta”, Gn.4.21.
            Aconteceu também de “[...] Moisés e os filhos de Israel entoar [...] cântico ao SENHOR [...] porque (Deus) triunfou gloriosamente [...]”, Ex.15.1 sobre eles.
            Ao sofrer, “[...] o (seu) espírito te (conduz a) cantar louvores e não se cala [...] (é preciso dar) graças para sempre (ao) SENHOR [...] Deus [...]”, Sl.30.12.
            O crente precisa desfrutar da alegria diante de Deus, “[...] não por causa da pobreza, porque (devo) aprender a viver contente em toda e qualquer situação”, Fp.4.11.
            Por isso, cante de coração “falando entre nós [...] salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais”, Ef.5.19.
            “Está alguém entre nós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores”, Tg.5.13.


            Rev. Salvador P. Santana

SEJA UM PERITO

SEJA UM PERITO
            Dizem do homem irado, que sua principal característica é usar um vocabulário vulgar, falar em voz alta e mostrar-se pronto para o ataque. Pesquisas mostram que o modo correto de agir com tais pessoas é tentando controlá-lo técnica e emocionalmente, então, o silêncio fará com que ele se acalme; logo, nunca diga para ele se acalmar.
            Outro, o enfermo, é vítima da vida. Ele se acha azarado. As coisas ruins sempre ocorrem com ele. Ele e a família estão sempre doentes. Sempre falta dinheiro e emprego. É preciso demonstrar a ele solidariedade. Mantenha o rumo da negociação e seja o mais objetivo possível; caso contrário, ele pode acabar pedindo dinheiro a você.
            Ainda existem os afortunados. Ele sempre está de bem com a vida, veste-se bem. Não paga por achar que não tem problema. Quem o encontrar pela estrada, não se deixe levar pela sua simpatia. Aja com firmeza. Seja o mais objetivo possível, senão ele pode envolvê-lo com tanta simpatia e acabar mudando o rumo da negociação.
            Tem o acanhado. Ele se mostra ingênuo e simplório. Tímido, porém simpático, mostra-se constrangido quando cobrado. Se não paga, é porque realmente não tem condições financeiras. É preciso agir com ele em pressão, pois ele tem conhecimento da dívida. Se cobrado com muita frequência, provavelmente desaparecerá por um bom tempo, o que dificultará as ações de cobrança.
            O manhoso é cheio de charme, normalmente, é um bom pagador. Sente-se constrangido quando cobrado, mas tem pró-atividade, o que facilita a negociação. Não exerça qualquer pressão sobre ele. Simplesmente trate do assunto com naturalidade. Uma simples conversa é o suficiente. Não abra mão dos juros e da multa.
            Aquele que é dorminhoco não está nem aí para nada. Sempre se esquece de pagar. Está sempre sonolento e com olheiras. Transfere a responsabilidade para os outros: – ‘Ah, essa conta, a cunhada da irmã da minha avó irá pagar!’ Parece que nem o escuta quando você fala. Dificilmente vai à escola. O tratamento com ele é de fazer perguntas com que ele mesmo sugira uma data para a solução do problema. Não responda por ele. Demonstre-se disposto a ajudá-lo.
            O homem perito é chefe para enrolar os outros, sabe que existem leis que favorecem a inadimplência. Normalmente deve para você e para um montão de gente na praça. Aparece de carrão novinho em folha, mas não paga o que deve. Ao tratar com ele, transfira a responsabilidade de cobrança a alguém mais experiente. Utilize de firmeza e objetividade. O auxílio jurídico é bem-vindo – Cartilha identifica tipos de devedores e dá dicas a escolas de como agir – Folha de São Paulo – sem identificação.
            Imagine um crente de sua igreja, que você chama de irmão, pensa que ele age da maneira mais correta e, de repente, fica sabendo que ele tem esse perfil. Entenda isso. Para alguns, o perfil de uma pessoa é aquela considerada alinhada, aprumada, responsável em seus afazeres. Outros já pensam o contrário. O chamam de irresponsável, enganador, traiçoeiro, vigarista e que só deseja ludibriar o próximo.
            Qual é a sua reação? Esbraveja, no sentido de enfurecer? Faz de tudo para cortar as relações de irmandade? Tenta se esquivar toda vez que o vê pela rua de tanta vergonha? Ou o abraça e lhe chama a atenção com amor pela atitude dele ser considerado tão vulgar? Ou ainda: Você compartilha com ele e diz que a vida deve ser assim mesmo, caso contrário, não tem como viver neste mundo.
            Deite no divã e faça uma análise. Feche bem os seus olhos e faça uma retrospectiva de seus atos em todo o decorrer de sua vida. Seja sincero. O que passou em sua mente? Revisou todo o seu perfil? Todas as suas qualidades? Todos os seus defeitos? Tudo quanto aconteceu em sua vida até este momento não teve nenhum deslize? Todos os seus atos foram perfeitos? Você ainda está deitado no divã? Está conversando com o seu médico, contando a ele toda a trajetória do seu viver?
            Ao ouvir toda essa lamúria, todas as suas reclamações, a sua arrogância, a falta de sensibilidade, de compreensão, companheirismo e rejeição de todos quantos não agem como você quer e deseja, “[...] Jesus [...] lhe responde: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores” (Mc 2.17). Com essa palavra é preciso compreender que todos, sem exceção, precisam deitar no divã e passar pela consulta com o único que pode “[...] atar a ferida do seu povo e curar a chaga (ferida aberta) do golpe que ele (Deus) deu” (Is 30.26).
            Jesus deseja que você reconheça que está enfermo, machucado, ferido, necessitado dos cuidados de Deus; caso contrário, você nunca irá deitar no divã. É por isso que Jesus diz noutro texto: “Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento” (Lc 5.32). Isto quer dizer que, além de reconhecer a sua miserabilidade, se faz necessário o arrependimento, ou seja, tenha uma atitude de mudança e de vida, reconheça o seu pecado e sinta tristeza por ele e faça de tudo para abandoná-lo. Não tendo essa atitude, você está fadado ao fracasso.
            Quer um conselho? Fique irado por você ter sido tão negligente e desobediente até esse momento diante de Deus. Reconheça que “toda a (sua) cabeça está doente, e todo o (seu) coração, enfermo, [...] por que haveis de ainda ser feridos, visto que continuais em rebeldia?” (Is 1.5).
            Seja um afortunado “que pratique o bem, seja rico de boas obras, generoso em dar e pronto a repartir” (1Tm 6.18). Procure ser acanhado para as práticas pecaminosas e desvie “[...] o coração [...] (de) praticar o mal” (Ec 8.11). Deixe de ser manhoso porque “[...] Jesus, percebe o ardil (astúcia, manha, má intenção)” (Lc 20.23) do seu coração. Não seja dorminhoco porque “a preguiça (te) faz cair em profundo sono, e o ocioso vem a padecer fome” (Pv 19.15). Seja um perito, não para enrolar, ludibriar, mas “[...] um homem perito na sua obra [...] (que faz diante de Deus a fim de que você seja) posto perante reis; não entre a plebe” (Pv 22.29).
            Preste atenção! Assim como você olha para o seu irmão e o julga o mais perverso de entre todos, ele também pode e tem direito de pensar o mesmo de você, portanto, “[...] hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão” (Lc 6.42).

Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 10 de julho de 2015

SUJEITAR-SE A DEUS, Tg.4.7,8.

SUJEITAR-SE A DEUS
Tg.4.7,8

Introd.:           Escolha uma imagem mais próxima do perfil (contorno, silhueta) do diabo.
            Em todos os tempos o homem pinta um retrato mitológico do diabo – vermelho, chifre, garfo.
            A Bíblia fala que “[...] o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça [...]”, 2Co.11.14,15.
            O diabo deseja que o homem o ignore tal como os filhos de Ceva que eram “[...] exorcistas ambulantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre possessos de espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos (expulsar) por Jesus, a quem Paulo prega. E o possesso do espírito maligno saltou sobre eles, subjugando a todos, e, de tal modo prevaleceu contra eles, que, desnudos e feridos, fugiram daquela casa”, At.19.13,16.
            Outro desejo do diabo é que ele seja muito valorizado tal como aconteceu “durante a ceia, (quando) o diabo já tendo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a Jesus”, Jo.13.2.
            Nem tudo o que acontece de ruim na vida do servo de Deus é coisa do diabo, mas devemos “ser sóbrios e vigilantes. O diabo, nosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”, 1Pe.5.8.
            Você conhece o inimigo? Pensa que ele não pode atuar? Quais são as suas armas?
Nar.:   O texto de Tiago está no contexto em que se fala a respeito da origem das contendas.
            E o principal “[...] inimigo (que temos e o mais astuto) [...] é o diabo [...]”, Mt.13.39.
            Satanás com todos os seus anjos a todo instante “[...] peleja contra os santos (de Deus) [...]”, Ap.13.7.
            É preciso conhecer os métodos e a ação de Satanás contra os crentes a fim de defender-nos.
            O único meio para vencer o inimigo é “sujeitar-se [...] a Deus [...]”, Tg.4.7 para conhecer as [...]
1 – Características do inimigo.
            Para conhecer o inimigo não precisamos participar de cultos de revelações a respeito do Diabo.
            É muito simples. Precisamos “[...] conhecer a verdade, e a verdade nos libertará”, Jo.8.32 de toda ideia errada.
            Conhecendo a verdade iremos saber que o diabo “[...] foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade [...] é mentiroso e pai da mentira”, Jo.8.44.
            Somente a Palavra de Deus é que pode revelar que “[...] Deus não poupou anjos quando pecaram [...] (foram) precipitados (jogou) no inferno, [...]”, 2Pe.2.4.
            Esses “[...] anjos (foram jogados no inferno porque) não guardaram o seu estado original [...]”, Jd.6.
            Paulo os chama de “[...] príncipe (governador) da potestade (espírito mau) do ar (espaço) [...]”, Ef.2.2.
            Satanás governa o “[...] império das trevas [...]”, Cl.1.13.
            Jesus fala que o diabo é “[...] o príncipe (chefe) do mundo [...]”, Jo.14.30 e o “[...] maioral dos demônios [...]”, Mt.9.34, mas não precisamos ficar preocupados porque ele “[...] já está julgado”, Jo.16.11.
            O domínio do diabo não é absoluto, é somente “[...] o SENHOR [...] (que) domina sobre tudo”, Sl.103.19.
            Sujeitar-se a Deus para entender a [...]
2 – Esfera de atuação do diabo.
            A atuação inimiga começou depois que “houve peleja no céu. Miguel (anjo chefe protetor de Israel e vencedor de Satanás) e os seus anjos [...] (lutaram) contra o dragão [...]”, Ap.12.7.
            O diabo e seus anjos “[...] perderam; nem mais se achou no céu o lugar deles”, Ap.12.8.
            Eles “[...] foram expulsos [...] atirados para a terra, e, com ele, os seus anjos”, Ap.12.9.
            O diabo está na “[...] terra [...] cheio de grande cólera (raiva, furor), sabendo que pouco tempo lhe resta”, Ap.12.12.
            É por esse motivo que Jesus veio e “[...] entrou na casa do diabo e roubou-lhes os bens [...]”, Mt.12.29.
            Somente Jesus pode “[...] despojar os principados e as potestades [...] expondo eles ao desprezo, triunfando deles na cruz”, Cl.2.15.
            Quando nos sujeitamos a Deus entendemos os [...]
3 – Métodos malignos.
            Não se deixe enganar; o diabo não se apresenta com a verdadeira face do mal.
            Pedro alerta: “sede sóbrios (moderado, controlado) e vigilantes. O diabo, nosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge (soltar com força a voz) procurando alguém para devorar”, 1Pe.5.8.
            É preciso saber que “[...] Satanás (opera) com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira”, 2Ts.2.9.
            Sob as ordens de Deus, Satanás envia “[...] fogo de Deus caindo do céu, e queima [...] ovelhas e [...] servos [...]”, Jó 1.16.
            É o próprio Satanás que conserva no “[...] cativeiro (da enfermidade alguns) [...] filhos de Deus [...] (tornando-os) oprimidos do diabo [...]”, Lc.13.16; At.10.38.           
            Ele é “[...] o deus deste século (que) cega o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo [...]”, 2Co.4.4.
            Muitas vezes “[...] Satanás nos barra o caminho”, 1Ts.2.18.
            Ele “[...] possui (o corpo de homens e de animais) [...]”, Jo.13.27; Mt.8.31.
            “[...] O diabo tem o poder da morte [...]”, Hb.2.14 sob a autorização de Deus.
            Satanás faz de tudo para nos tirar dos retos caminhos por meio de “olhar [...] a árvore (que) é boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento [...]”, Gn.3.6.
            Ele se infiltra na igreja através de seus servos, pois “[...] o joio são os filhos do maligno”, Mt.13.38.
            Ao “sujeitar-se [...] a Deus [...]”, Tg.4.7 [...]
Conclusão.     O Diabo foge de nós.
            Agora que já conhecemos as características do diabo, a sua esfera de atuação e os seus métodos malignos, é imprescindível “sujeitar-se, portanto, a Deus [...]”, Tg.4.7 com oração e jejum com o fim de ter uma atitude firme de dizer não às tentações e ao mundanismo.
            É somente após a “[...] resistência (que o) diabo [...] fugirá de nós”, Tg.4.7.
            O “sujeitar-se [...] a Deus [...]”, Tg.4.7 é o começo, o meio e fim para que o diabo fuja.
            Outro meio é “chegar-se a Deus [...]”, Tg.4.8.
            Deus nunca se esquiva daquele que se “achega a Ele (porque) [...] Ele se chegará a nós outros [...]”, Tg.4.8 para nos ajudar em todo momento.
            Para nos aproximar de Deus é necessário “[...] purificar as mãos [...]”, Tg.4.8 a respeito de tudo quanto fazemos.
            A purificação é cobrada dos “[...] pecadores; e (daqueles) [...] que (são) [...] de ânimo dobre (inconstante, que vagueia por dois caminhos) [...]”, Tg.4.8.
            Para vencer o inimigo deve haver a “[...] limpeza (do) [...] coração”, Tg.4.8 através da confissão de pecados.



            Rev. Salvador P. Santana

quinta-feira, 9 de julho de 2015

BUSQUE VIVER ALEGRE E CONTENTE DENTRO DA IGREJA

BUSQUE VIVER ALEGRE E CONTENTE DENTRO DA IGREJA
            Muitas empresas têm comprovado que é possível viver em harmonia, companheirismo e dedicação de uns para com os outros. Em algumas delas, quando esse objetivo não é alcançado, os negligentes são advertidos. O objetivo é que todos trabalhem em conjunto a fim de que seja alcançado o sucesso.
            A igreja cristã tem tudo para viver melhor. A comunidade formada por Jesus Cristo deve ser “[...] gloriosa (de grande estima, de alta reputação, livre de pecado), sem mácula (mancha, deformidade moral), nem ruga (no sentido de ser resgatada, libertada), [...] santa (separada do mundo para o serviço a Deus) e sem defeito (que não pode ser acusada de nenhuma falta)” (Ef 5.27).
            Caso a grei tente pelo menos seguir esses conselhos, o fim dela será a perfeição completa, porque “o senhor lhe dirá: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.23). 
            É possível você dizer: Nunca, em toda a história do povo de Deus se ouviu falar que eles tenham conseguido viver em comunhão (associação com uma pessoa, envolvendo amizade com ela e incluindo participação nos seus sentimentos, nas suas experiências e na sua vivência).
            Após a assunção de Jesus, os discípulos começaram a se reunir “[...] todos os dias, no templo e de casa em casa [...] (com a finalidade) de ensinar e de pregar a Jesus, o Cristo” (At 5.42). Você sabe muito bem que quando os encontros se tornam rotineiros é bem mais fácil acontecer com mais frequência discórdias, brigas, intrigas. E no caso destes seguidores de Jesus, não foi nada diferente.
            O evangelista Lucas diz que “[...] naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração (desprazer secreto não declarado abertamente) dos helenistas (judeu nascido em terras estrangeiras de fala grega) contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária” (At 6.1).
            Note bem que somente por falta da distribuição de alimento é que houve desentendimento entre esses irmãos. O mais interessante é ter a certeza que tudo pode ser resolvido e o melhor, sem brigas. Não existe problema neste mundo que não possa ter um desfecho sem machucar e ferir algum coração. No caso citado, após a eleição dos diáconos, tudo ficou em paz.
            Outro caso aconteceu com a dupla de missionários; Paulo e Barnabé quando em sua primeira viagem missionária levaram “[...] João Marcos como auxiliar” (At 13.5). Ao chegarem em Perge, sem nenhuma razão aparente, “[...] João [...] apartou-se deles, voltou para Jerusalém” (At 13.13).
            Na segunda viagem missionária Paulo chamou Barnabé para percorrerem novamente as cidades, nas quais eles tinham anunciado o evangelho, mas “[...] Barnabé queria levar também a João [...] Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara [...] não os acompanhando no trabalho [...] houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se [...]” (At 15.37-39).
            Será que essa discórdia perdurou até a morte? Não. Eles procuraram se acertar. Tempos depois, quando Paulo estava preso mandou uma “saudação (que incluía uma longa troca de informações sobre familiares para) Marcos, primo de Barnabé (dizendo: [...] se ele for ter convosco, acolhei-o)” (Cl 4.10).
            Todos sabem que quando existem rixas, intrigas e discussões, o inimigo nem sequer fala o nome do seu agressor. Paulo agiu totalmente diferente. Tanto é que certa vez ele disse: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Cl 3.13). O apóstolo não podia fugir dessa ordem expressa do seu Deus, Jesus Cristo; ela foi cumprida à risca.
            Não é fácil viver em perfeita paz com todos os homens, mas o apóstolo dos gentios adverte nestes termos: “se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18). São conselhos básicos a fim de que os remidos do Senhor possam caminhar bem neste mundo.
            São recomendações simples, mas de grande valor espiritual. O que não se deve fazer? “Falar com falsidade uns aos outros, falar com lábios bajuladores (adular) e coração fingido” (Sl 12.2); se “[...] meter com quem muito abre os lábios” (Pv 20.19); “[...] vingar-se [...] guardar ira contra os filhos do teu povo [...]” (Lv 19.18); “[...] julgar [...]” (Mt 7.1) e, “[...] falar mal uns dos outros (porque o) que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei [...]” (Tg 4.11).
            As indicações a seguir o ajudarão a viver de modo digno diante de Deus a fim de que você possa saber lidar com todas as situações. Para ser bem sucedido neste mundo a ordem de Jesus é: “[...] Ame o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10.27).
            Seja quem for, inimigo ou não, Jesus ensina a “[...] não resistir (colocar-se contra) o perverso [...]” (Mt 5.39) “[...] e orai uns pelos outros, para serdes curados [...]” (Tg 5.16).
            É possível viver de uma forma alegre, contente e curtir a amizade dentro da igreja, basta você querer e buscar.
Rev. Salvador P. Santana

sábado, 4 de julho de 2015

LÍNGUA, Tg.3.2-12.


LÍNGUA
Tg.3.2-12
Introd.:           A língua é um órgão de vital importância em nossas vidas.
            Qualquer ferida é motivo para alguém conversar com muita dificuldade.
            A língua muitas vezes é usada para ferir, destruir e denegrir a imagem do próximo.
Nar.:   Alguns dizem que o escritor desse livro é o meio-irmão de Jesus, Tiago, Mt.13.55.
            Mas Jesus é mencionado apenas duas vezes nesta epístola, Tg.1.1; 2.1, então, é impossível crer que o seu irmão tivesse passado tanto tempo com Ele e tenha escrito tão pouco sobre a Sua pessoa.
            Essa carta foi escrita aos crentes dispersos devido a perseguição entre os anos 70 – 90 d.C.
Propos.:          Tiago nos transmite instruções morais a fim de evitarmos a tentação e um dos seus assuntos é sobre a língua.
Trans.:           A língua é um órgão [...]
1 – Pequeno, mas muito significativo.
            Não existe ninguém neste mundo que não comete pecados; “porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo”, Tg.3.2.
            Ao tropeçar o que devo fazer?
            Tiago apresenta três ilustrações:
            O “[...] freio na boca dos cavalos [...] (serve) para nos obedecerem [...]”, Tg.3.3.
            “[...] Um pequeníssimo leme [...] (tem a finalidade de) dirigir para onde queira o impulso (direção) do timoneiro (piloto)”, Tg.3.4.
            E, “[...] uma fagulha põe em brasas tão grande selva”, Tg.3.5.
            Um “[...] cavalo (sem) freio [...]”, Tg.3.3 destrói e machuca os sentimentos das pessoas, destrói uma amizade de longo tempo.
            A língua sem freio causa inimizades e arrebenta com o seu lar.
            Quando eu conseguir “[...] por freio na boca [...] (terei condições de) dirigir o corpo inteiro”, Tg.3.3.
            Preciso “observar, igualmente, os navios que, sendo tão grandes [...]”, Tg.3.4 como muitos dos meus problemas, deixo ser “[...] batido de rijos (forte) ventos [...]”, Tg.3.4, me lançando para os rochedos e ser despedaçado por causa de uma língua áspera.
            No casamento haverá discussões, pancadarias e separações.
            O relacionamento entre os filhos irá de mal a pior.
            Todos nós precisamos aprender a dirigir os nossos relacionamentos.
            Caso contrário, as guerras serão iniciadas com “[...] a língua, pequeno órgão, (destruidor) [...] (que) põe em brasas (incendeia uma) grande selva [...]”, Tg.3.5.
            As mortes continuam acontecendo devido a falta de sabedoria de muitas línguas.
            Tiago fala que assim como o “[...] freio [...] dirige o corpo inteiro [...] os navios [...] tão grandes [...] são dirigidos por um pequeníssimo leme [...] assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas [...]”, Tg.3.3-5
            Tiago nos convida abrir os olhos para “observar [...] (e) ver como uma fagulha põe em brasas (queima) tão grande selva”, Tg.3.4,5 todo relacionamento humano.
            Urgente! Eu e você não podemos deixar que esse pequeno órgão do nosso corpo domine a nossa vida inteira.
            Por quê? Porque a língua é [...]
2 – Indomável e contamina.
            O tremendo poder destruidor da “[...] língua [...] (é como as) chamas [...] (do) inferno”, Tg.3.6.
            Está situado em nossa boca um sindicato do crime organizado.
            Esse pequeno órgão tem a capacidade de corromper, nada escapa, “[...] a língua é fogo [...]”, Tg.3.6 que destrói e impõe danos irreparáveis.
            “[...] A língua é [...] mundo de iniquidade [...]”, Tg.3.6 que não reconhece o direito de cada um, não procura ser correto, busca sempre a perversidade, anda sempre na injustiça.
            “[...] A língua [...] contamina (polui, suja) o corpo inteiro [...]”, Tg.3.6, tal como a laranja podre no meio da caixa, desta forma um irmão contamina o outro.
            São palavras destrutivas que aprendemos com os outros no trabalho, na TV, em casa, nas ruas: você é burro, sua gorda, eu sabia que você não prestava.
            É interessante notar que “[...] a língua está situada entre os membros de nosso corpo [...]”, Tg.3.6 e o danifica completamente.
            “[...] A língua não só põe em chamas toda a carreira da existência humana (influência negativa), como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno”, Tg.3.6 para destruir o relacionamento com Deus, com o próximo e com nós mesmos.
            Todos nós somos indomáveis.
            Somos piores que os animais irracionais porque “[...] toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano”, Tg.3.7 e não conseguimos domar a nossa língua.
            Não sendo a língua controlada pelo Espírito, ela ficará “[...] carregada de veneno mortífero (poder de matar)”, Tg.3.8, pela simples razão de, “[...] com a língua, urdimos engano (mentira perversa) [...]”, Rm.3.13.   
            “A (nossa) língua (é selvagem e mortal porque) [...] nenhum dos homens é capaz de domar [...]”, Tg.3.8.
            A língua tem o potencial de acabar com um relacionamento, paralisar o amor, envenenar mentes, destruir a fé, macular a pureza e acabar com as reputações porque existe um “[...] mal incontido (não pode refrear) [...]”, Tg.3.8.
            A língua é [...]
3 – Hipócrita.
            A hipocrisia é o ato de fingir o que a gente não é.
            O texto nos apresenta um problema duplo: “Com (a língua), bendizemos (agradecer) ao Senhor [...] também, com ela, amaldiçoamos os homens [...]”, Tg.3.9.
            É impossível a mesma língua “[...] bendizer ao [...] Pai [...]”, Tg.3.9 celeste e logo depois “[...] amaldiçoar os homens, feitos à semelhança de Deus”, Tg.3.9 que é um igual a mim.
            É impossível “de uma só boca proceder bênção e maldição [...]”, Tg.3.10.
            É como se nós estivéssemos brincando com Deus dizendo que somos crentes, mas ao mesmo tempo obedecemos aos conselhos satânicos, por este motivo, nem mesmo por “acaso [...] pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso [...]”, Tg.3.11
            É impossível “[...] a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos [...] tampouco fonte de água salgada pode dar água doce”, Tg.3.12; a nossa atitude no falar precisa ser mudada.  
            Todo cuidado é pouco com a nossa língua [...]
Conclusão:     Principalmente quando somos chamados de “[...] meus irmãos [...]”, Tg.3.10.
            Ora, no meio da família de Deus “[...] não é conveniente que essas coisas sejam assim”, Tg.3.10, soltando a língua para ferir uns aos outros.



            Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 3 de julho de 2015

PIERCINGS E TATUAGEM

PIERCINGS E TATUAGEM
            Hoje em dia se discute a respeito do cristão, servo de Deus, sobre a permissão de fazer ou não tatuagem no corpo e colocar piercings. Pais há que defendem com unhas e dentes e deixam seus filhos, sob sua guarda, marcarem todo o corpo. Outros mais rígidos dizem com alto e bom som: “Filho meu tem que obedecer as minhas ordens”.
            Filhos há que, desobedientes que são, enfrentam seus progenitores atacando-os frontalmente. Eles se deixam levar pela influência de seus amigos fazendo sinais em seus corpos. Alguns dizem abertamente que desejam aumentar o número dos chamados marcados pela besta, daí, incluem “a todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte” (Ap 13.16).
            A marca visível não quer dizer que a pessoa faz parte dos aliados à besta. Este texto fala muito mais sobre aquilo que a pessoa faz, seus atos, e o que ela pensa, o que está impregnado na mente e no coração. Mas é preciso tomar cuidado com o que muitas vezes a pessoa tem dito impensadamente, como por exemplo: ‘Eu quero fazer parte do número dos não aliados de Deus’.
            A respeito do povo de Israel é dito que “[...] Deus lhes fez o que desejavam” (Sl 78.29). A discussão é longa, e a maioria deles não entra num acordo amigável e jamais pergunta à Bíblia qual afinal é a posição, conselho e ensino do criador do corpo humano que é o próprio Deus. O Senhor de todas as coisas certa vez disse ao profeta Jeremias: “Invoca-me (chamar, gritar), e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (Jr 33.3).
            Para que todas as dúvidas sejam sanadas, então, que se comece perguntando: – Deus, quem é o dono do corpo humano? E Ele responde: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário (lugar de habitação) do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Co 6.19).
            Sendo o corpo propriedade do Espírito Santo de Deus deduz-se que ninguém neste mundo pode fazer o que bem entende com esse corpo. Também é preciso saber que, no geral, ou seja, quando se fala de igreja como corpo, organismo vivo neste mundo, todos quantos fazem parte dessa instituição militante, precisam aprender a “[…] dar testemunho” (Lc 21.13).
            É exatamente isso o que cada aprendiz do reino dos céus deve fazer enquanto estiver neste mundo. Essa atitude deve ser tomada porque mais uma vez Paulo reforça dizendo: “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo” (1Co 12.27). Neste caso quem tem autonomia sobre o corpo humano não é o pai, a mãe e nem mesmo o filho, mas o Deus Supremo e Sustentador de todas as coisas.
            Ora, sendo Deus o criador e sustentador de todos as coisas, é evidente que o corpo físico deve ser protegido, porque a ordem é esta: “Tem cuidado de ti mesmo […]” (1Tm 4.16). Nesse cuidado se inclui: boa alimentação, veste adequada, cuidado com a saúde, e, é lógico, não se machucando, porque o correto deve ser este: “Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja” (Ef 5.29). Todo esse cuidado é requerido porque o único dono do corpo é o Deus Todo-Poderoso.
            Mais uma pergunta: Na história bíblica, na época da igreja primitiva e da igreja cristã, há algum relato sobre tatuagens ou piercings? Sim. Quando Deus mandou Moisés escrever as leis para dar direção ao Seu povo, Ele ordenou dizendo: “Pelos mortos não ferireis a vossa carne; nem fareis marca nenhuma sobre vós. Eu sou o SENHOR” (Lv 19.28).
            Esta ordem fora dada porque o costume dos povos vizinhos era de “[…] clamar em altas vozes e se retalharem com facas e com lancetas (pequeno punhal), segundo o seu costume […]” (1Rs 18.28). Esses cortes não eram profundos, eram feitas pequenas ranhuras “[…] até derramarem sangue” (1Rs 18.28). Com essa atitude seus corpos ficavam tatuados para sempre. Deus não permitiu que tal acontecesse com seus filhos.
            Noutra época, antes de Israel ser levado para o cativeiro, a mensagem proibitiva enviada através do profeta Jeremias foi escrita nestes termos: “Nesta terra, morrerão grandes e pequenos e não serão sepultados; não os prantearão, nem se farão por eles incisões (cortar), nem por eles se raparão as cabeças” (Jr 16.6). É preciso lembrar que o costume da auto flagelação (bater, açoitar) quis invadir e penetrar no meio do povo escolhido, mas Deus os proibiu.
            Jesus falou que o endemoninhado “andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras” (Mc 5.5). Ao invés de usarem facas ou punhais, os endemoninhados usavam pedras para se machucarem, consequentemente, deixando marcas profundas. Caso fosse aprovada essa atitude, Jesus nem teria expulsado o demônio e nem teria escrito que, para se prejudicar, o jovem possesso usava pedras.
            Em nenhum momento da história da igreja cristã se ouviu falar ou foi escrito que membros da comunidade “chamada (de) Povo Santo, Remidos-Do-SENHOR […]” (Is 62.12) tenham marcados os seus corpos ou aberto parte dele para introduzir metais de qualquer espécie para serem usados como enfeites.
            E também sobre piercings a Bíblia não fala nada, mas por dedução é possível saber que se Deus não permitiu que nem mesmo ranhuras fossem feitas, quanto mais perfurar parte do corpo para introduzir joias como adereços.
            Que cada um julgue a si mesmo se está certo ou errado diante de Deus marcar o corpo e colocar piercings, porque em toda a história do povo de Deus eles usavam apenas “[...] o enfeite dos anéis dos tornozelos [...] e as jóias pendentes do nariz (mas estes) tiraria o Senhor [...]” (Is 3.18,21).

Rev. Salvador P. Santana

quinta-feira, 2 de julho de 2015

A IGREJA CARISMÁTICA, 1Pe.1.16-21.

A IGREJA CARISMÁTICA, 1Pe.1.16-21.

Introd.:           Carismática – grego – charisma. Aparece o N.T. traduzida como “[...] dom espiritual [...] repartido [...] para que (muitos servos de Deus) sejam confirmados”, Rm.1.11.
            Em outra Escritura Paulo fala que “[...] o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foi abundante sobre muitos”, Rm.5.15.
            Ele também declara que “[...] o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor [...] (logo) os dons [...] de Deus são irrevogáveis (não desfaz)”, Rm.6.23; 11.29 sobre a vida daqueles que são escolhidos por Deus.
            É por este motivo que “não (podemos) fazer-nos negligentes para com o dom (trabalho, ministério) que há em nós [...]”, 1Tm.4.14.    Em muitas igrejas esses dons são usados para se referir àqueles que dão ênfase aos dons do Espírito Santo.
            Vamos analisar os principais problemas causados pelo movimento carismático e o modo como devemos lidar com eles.
I – Experiência X Escrituras.
            No meio carismático as experiências são supervalorizadas. Elas não precisam nem sequer de uma base bíblica.
            Eventos são mostrados em programas de rádio e TV, ou na internet.
            A postura daqueles que frequentam tais igrejas assume a seguinte postura: “Se as Escrituras não apoiam a experiência, pior para as Escrituras”.
            Alguns exemplos absurdos:              
            Ana Paula Valadão – Unção do leão rugindo.
            Galinha falando em línguas e o galo interpretando.
            Unção da vassoura.
            Colher de pedreiro ungida.
            Unção do pulo.
            Unção do pássaro.
            Unção da lama.
            Pastor cutucado por um anjo. O anjo lhe fazia cócegas, tamanha era a ‘intimidade’ que tinha com o Senhor.
            O público fica extasiado com essas coisas – grita, chora, dá glória a Deus.
            Nesse meio, para que alguém continue a ser visto como espiritual, deve estar constantemente envolvido com mais e mais experiências.
            A consequência da busca incessante de alguma experiência para se mostrar espiritual aconteceu com Moisés.
            Após “[...] descer Moisés do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas do Testemunho [...] não sabia Moisés que a pele do seu rosto resplandecia (experiência particular com Deus), depois de haver Deus falado com ele. (Até esse momento Moisés não havia percebido, então,) olhando Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que resplandecia a pele do seu rosto; e temeram chegar-se a ele. Então, Moisés os chamou; Arão e todos os príncipes [...] e Moisés lhes falou [...] aos quais ordenou ele tudo o que o SENHOR lhe falara no monte Sinai. (A partir desse momento) [...] Moisés [...] pôs um véu sobre o rosto (talvez para dizer aos demais: sou mais chegado de Deus, mais espiritual). Porém, vindo Moisés perante o SENHOR para falar-lhe, removia o véu até sair [...] assim, pois, viam os filhos de Israel o rosto de Moisés, viam que a pele do seu rosto resplandecia; porém Moisés cobria de novo o rosto com o véu até entrar a falar”, Ex.34.29-35.
            Todos nós somos gratos em querer ser visto pelos outros e Moisés não era diferente.
            Paulo fala “[...] que Moisés [...] punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação (fim) do que se desvanecia (já havia desaparecido o brilho, pois era transitório)”, 2Co.3.13.         
            Queremos que o outro fique sabendo que estamos orando, lendo a Bíblia, jejuando, fazendo algum sacrifício como que dizendo: “Sou mais espiritual”.
            Quando se acha que o que dá sentido à vida cristão são a quantidade e a intensidade das experiências tidas, entramos em um buraco sem fundo, pois sempre haverá uma experiência maior.
            Por não se importarem em respaldar as experiências com a Escritura, ou por fazerem isso com base em versículos fora do contexto, quando o fazem, os carismáticos já trouxeram para dentro da igreja, vários outros desvios – ‘dente de ouro’, ‘vômito santo’, ‘unção do riso’, ‘cair no espírito’, ‘unção da ligeireza da corsa’.
            Esses crentes ditos mais ‘próximos de Deus’, colocam um jugo muito grande sobre aqueles que não têm tais experiências.
            Paulo foi acusado pelos falsos mestres de que “[...] a presença pessoal dele (era) fraca, e a palavra desprezível”, 2Co.10.10.
            Paulo lhes disse que não era como aqueles “[...] que se louvam a si mesmos [...]”, 2Co.10.12, dando a entender que, os falsos profetas não consideravam Paulo espiritual.
            É por esse motivo que Paulo fala: “Se é necessário que me glorie, ainda que não convém, passarei às visões e revelações do Senhor”, 2Co.12.1.
            Logo depois ele completa: “E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte”, 2Co.12.7.
            A ênfase principal dos carismáticos é que todos os crentes devem buscar ardentemente o batismo do Espírito Santo como experiência distinta da salvação.
            Eles chamam de segunda bênção, evidenciada, principalmente, pelo dom de línguas.
            Esse ensino não resiste a uma verificação bíblica, mesmo porque, “[...] em um só Espírito, todos nós fomos batizados em (formar) um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos os foi dado beber de um só Espírito”, 1Co.12.13.
            Não existe nenhuma margem para se entender o batismo do Espírito como uma segunda bênção.
            Após a nossa escolha em Jesus, “[...] o nosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em nós, o qual temos da parte de Deus, e que não somos de nós mesmos [...]”, 1Co.6.19.
            Sendo de Cristo, “[...] somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”, 2Co.6.16.
            Não existe uma segunda bênção porque; “[...] se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”, Rm.8.9.
            No meio carismático existe as [...]
II – Falsas promessas.
            A ênfase nos sinais e maravilhas, e o entendimento de que estes são uma parte essencial da vida cristã fazem do movimento carismático uma grande fábrica de ilusões.
            A ideia passada aos fiéis é que Deus certamente vai curar, conceder prosperidade e dar fim a todos os problemas.
            É interessante notar no meio dos carismáticos quando eles declaram que “o SENHOR te porá por cabeça e não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, (mas não leem o final do verso que diz:) se obedeceres aos mandamentos do SENHOR, teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir”, Dt.28.13.
            Os carismáticos ainda dizem: “Eu sou filho do dono do ouro e da prata”.
            É preciso saber que o Senhor Deus pode curar, fazer prosperar e resolver qualquer problema, mas Deus não faz isso todo o tempo e com todas as pessoas.
            Não tendo como fundamentar biblicamente que Deus fará sempre aquilo que os crentes esperam que ele faça, os carismáticos apelam para a experiência. O resultado são as falsas promessas feitas em nome de Deus.
            A – Fé na fé.
            O movimento chamado “Confissão positiva” surgiu no meio carismático.
            Eles ensinam que Jesus já fez tudo o que precisava fazer, bastando ao crente agora exercer sua fé.
            Don Grosset (Há poder em suas palavras, Ed. Vida) diz: “todo este livro trata só de como obter o que se declara”. Ou seja, para que alguém receba algo, deve crer naquilo que declarou, isso é fé na fé.
            Os carismáticos afirmam ser errado pedir para Deus fazer a sua vontade e, que, quando alguém não recebe o que pediu, é porque faltou fé.
            Ensinam que devem determinar, ordenar, reivindicar aquilo que Jesus já conquistou para eles, pois essa é uma promessa da Bíblia, e Deus não volta atrás naquilo que promete.
            É verdade que Deus sempre cumpre o que promete. O problema é não encontrarmos nas Escrituras promessa alguma sugerindo a obrigação de Deus em fazer tudo que pedimos com fé.
            Jesus é contrário aos ensinos dos carismáticos ao nos ensinar a orar pedindo: “[...] faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”, Mt.6.10.
            João, o apóstolo, também fala contra o falso ensino da determinação, da reivindicação ao declarar que “[...] esta é a confiança que temos para com Jesus: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve”, 1Jo.5.14.
            Muitos pastores televisivos aliados aos carismáticos dizem que, se você não recebeu o que pediu foi simplesmente por falta de fé.
            Com esse pensamento antibíblico, os carismáticos pode declarar que Davi não tinha fé, pois “buscou Davi a Deus pela criança: jejuou Davi [...] (mas) a criança morreu [...]”, 2Sm.12.16,19.
            Outro também que é considerado um incrédulo, por parte dos carismáticos, sem fé, é o apóstolo Paulo.
            Paulo “[...] pediu três vezes ao Senhor que [...] afastasse dele [...] (o) espinho na carne [...] (mas o) Senhor lhe disse: A minha graça te basta [...]”, 2Co.12.8,7,9.
            Que tipo de fé é a sua?
            B – Normatização da experiência.
            Biblicamente falando, não há respaldo para as alegadas experiências dos carismáticos, mas imagine que uma delas, pelo menos, seja autêntica.
            Isso confere o direito de normatizá-la e afirmar que todo crente pode e deve experimentá-la? Não.
            Nem todas as promessas feitas na Bíblia se aplicam aos cristãos de modo geral.
            A promessa de “[...] crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa”, At.16.31 não se aplica a todas as pessoas.
            Essa promessa foi cumprida, mas fora feita especificamente ao carcereiro da cidade de Filipos e não a todos os crentes.
            Um exemplo é dos filhos de Eli, Hofni e Fineias que “[...] não ouviram a voz de seu pai, porque os SENHOR os queria matar”, 1Sm.2.25 – não sabemos sobre o destino eterno desses homens.
            Os carismáticos generalizam as experiências.
            O resultado desse tipo de comportamento será a decepção para com Deus, por ele ter ‘descumprido o trato’ ou a ‘fabricação’ da experiência, a fim de continuarem a ser vistos como espirituais.
            Precisamos entender que a [...]
III – Experiência (é) confirmada pela Palavra.
            A experiência faz parte da vida cristã.
            Os cristãos têm como regra de fé as afirmações (ou proposições) feitas na Escritura, por isso dizemos que a Escritura é nossa regra de prática.
            A experiência deve estar, portanto, firmada naquilo que a Bíblia ensina, e não existir à parte dela.
            Pedro escreve a segunda epístola aos crentes com o objetivo de fortalecê-los e serem orientá-los quanto à presença de falsos mestres dentro da igreja.
            Um dos ensinos falsos “[...] nos últimos dias, (é que) virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação”, 2Pe.3.3,4.
            Pedro deseja aos leitores “graça e paz [...] (para) ser multiplicada, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor”, 2Pe.1.2.           
            Ao obter conhecimento, o servo de Deus sabe que “[...] pelo [...] divino poder (de) Deus, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude”, 2Pe.1.3 e não para obter riqueza ou saúde completa.
            Pedro deseja que cada um de nós “[...] esteja sempre [...] lembrado acerca destas coisas (doação da vida e piedade) [...]”, 2Pe.1.12 e não da experiência para viver é por isso que [...]
            A – Pedro conta a sua experiência.
            Pedro foi testemunha ocular da majestade de Cristo quando ele, Tiago e João ouviram a voz do Pai dizendo: “Este é o meu filho amado, em quem me comprazo”, Jo.1.17.
            Essa experiência de Pedro aconteceu no dia da transfiguração de Jesus.
            As vestes do Mestre resplandeceram e eles viram, ao lado de Jesus, Moisés e Elias. Por esse motivo Mateus registrou as palavras do Pai em relação ao seu Filho.
            Pedro afirma nesta epístola que o evangelho pregado por ele não é uma fábula, e sim algo experimentado por ele.
            Pedro sabia que a experiência por si só não é suficiente, por isso continuou seu argumento.
            B – Sob o crivo da Escritura.
            Após falar da experiência da transfiguração, Pedro fala que “[...] não nos deu a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas ele (Tiago e João) [...] foram testemunhas oculares da [...] majestade (de) Jesus (quando da Sua transfiguração)”, 2Pe.1.16.
            A experiência de Pedro foi também de saber que “[...] Jesus recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”, 2Pe.1.17.
            Ele declara: “Ora, esta voz (do Pai celeste), vinda do céu, nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo”, 2Pe.1.18 e nem por isso Pedro, Tiago e João se consideraram mais espirituais que os demais apóstolos.
            Pedro e os demais apóstolos “tiveram, assim, tanto mais confirmada a palavra profética (anunciada pelo V.T.), e fazemos bem em atendê-la (também), como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em nosso coração”, 2Pe.1.19 para esclarecer-nos a respeito da vinda de Cristo e de como viver para Deus sem muito alarde.
            A experiência de Pedro só é válida porque a Escritura pode confirmar em nosso coração.
            A influência carismática estranha às Escrituras não pode [...]
Conclusão:      Fazer parte da nossa vida.
            Pedro “sabia, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação (explicação)”, 2Pe.1.20 através de um texto isolado ou porque um anjo tenha lhe falado.
            É por isso que ele fala que “[...] nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”, 2Pe.1.21.
            Eu e você precisamos acreditar muito mais na Palavra de Deus e não em profecias falsas ou algo semelhante, pois ela é a nossa única regra de fé e prática.
Aplicação.
            Você costuma avaliar as experiências por meio da Palavra de Deus?
            Dedique tempo ao estudo pessoal e não perca as oportunidades de estudo oferecidas pela igreja.
            Submeta-se à vontade de Deus, ele não está sujeito àquilo que queremos, mas fará sempre o que lhe apraz – dá com prazer.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Nossa fé – CCC – Rev. Milton Coutinho Jesus Jr.