quinta-feira, 23 de julho de 2015

SER POBRE.

SER POBRE
            Em ser pobre “[...] você não perde seu precioso tempo com grandes sonhos. Contenta-se com um sonho de padaria, um sonho de valsa. Em um mundo de mulheres interesseiras oportunistas, só as sinceras e verdadeiras dão bola para você. Você tem uma vida de atleta: correndo para alcançar o ônibus, malhando para conseguir um lugar para se sentar. Nenhum vendedor te liga para empurrar alguma bugiganga. Com a sua fama de pé-rapado, nenhum amigo te pede dinheiro emprestado e, dependendo do seu grau de pobreza, eles nem serão mais seus amigos. Você nunca sabe se o dinheiro vai chegar até o final do mês e, assim, tem uma rotina muito menos previsível! Enquanto os seus vizinhos viajam, pegam trânsito no feriado e sofrem com as praias lotadas, você descansa na comodidade do seu barraco. Você tem de trabalhar aos domingos para fazer horas extras, e assim não precisa assistir aos programas que são campeões de audiência. Você não precisa levar a carteira para todo lugar que for, pois ela está sempre vazia. Assim, os trombadinhas vão passar longe de você. Sem dinheiro para acessar a internet, você nunca vai ler textos inúteis, que seus amigos malas insistem em lhe enviar” – http://lista10.org/humor/as-10-maiores-vantagens-de-ser-pobre/.
            Sendo assim, é melhor ser pobre em todos os sentidos. Pobre no sentido material e pobre de espírito. É dessa forma que Jesus caracteriza o filho de Deus ao dizer que “bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.3). Jesus deseja que todos os homens fiquem aflitos por não conseguirem entrar no reino com suas próprias forças.  Mas isto não quer dizer que pobre não seja orgulhoso, metido, cheio de si, arrogante, e muitas vezes tenta e pensa ser rico e age como.
            Na verdade, alguns pobres também não costumam dar gargalhada, nem mesmo sorrir. Não conseguem dar gargalhadas e sorrirem porque milhões passam fome, outros não tem um teto para morar, sem emprego, sem salário, sem ajuda do governo ou ajuda humanitária.
            A maioria não tem veste adequada, comprada com o próprio suor; pelo contrário, recebidas de graça, como um esmoler dos guardas roupas que não suportam mais de tanto peso nos cabides e nas consciências. Deve ser por causa desse peso que muitos acabam por doar ‘aquilo que não presta para o seu próprio uso’.
            Não é defeito e nem pecaminoso ser pobre. Conforme Jesus, essa pessoa é feliz. Feliz não porque está passando por dificuldades, mas porque sabe que o reino dos céus está “[...] preparado para aqueles que amam (a Jesus)” (1Co 2.9). Ele tem a plena certeza “[...] que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória (estado do novo corpo ressuscitado, espiritual e imortal) a ser revelada em (sua vida) [...]” (Rm 8.18).
            Então, sabe-se que essa felicidade e sofrimento terreno não são eternos, passa muito rápido. Sabendo dessa verdade, não dá para ficar pelo menos um pouco feliz por breve tempo? Sim. Paulo diz que é possível viver alegre em meio às desventuras da vida, aos sofrimentos, tormentas e até mesmo desastres que muitas vezes são impossíveis de se compreender.
            O apóstolo chegou a dizer que “[...] aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.11). Noutra epístola ele diz que nada neste mundo é capaz de roubar a sua felicidade, porque, “quem (pode) te separar do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?” (Rm 8.35).
            Este homem sabia muito bem se virar neste mundo. Não dava o braço a torcer por qualquer coisa que, se por uma providência de Deus, viesse lhe abater ou tentar provar a sua fé. Ele soube “[...] estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já teve experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez” (Fp 4.12).
            Com todos esses problemas Paulo conseguiu viver feliz neste mundo. Ele não ficava choramingando pelos cantos da parede e nem a reclamar da sorte. Veja bem que ele tinha toda razão para viver com tristeza e amargurado da vida. Ele, como servo de Deus, sabia muito bem que “[...] (Jesus) é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto (você) pede ou pensa, conforme o seu poder que opera em (cada um) [...]” (Ef 3.20). O que lhe resta diante dessa situação? Depender muito mais de Deus. 
            Sendo pobre ou rico materialmente, tendo Jesus como Senhor e Salvador de sua vida, você pode ser feliz neste mundo.

Rev. Salvador P. Santana

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