sábado, 4 de julho de 2015

LÍNGUA, Tg.3.2-12.


LÍNGUA
Tg.3.2-12
Introd.:           A língua é um órgão de vital importância em nossas vidas.
            Qualquer ferida é motivo para alguém conversar com muita dificuldade.
            A língua muitas vezes é usada para ferir, destruir e denegrir a imagem do próximo.
Nar.:   Alguns dizem que o escritor desse livro é o meio-irmão de Jesus, Tiago, Mt.13.55.
            Mas Jesus é mencionado apenas duas vezes nesta epístola, Tg.1.1; 2.1, então, é impossível crer que o seu irmão tivesse passado tanto tempo com Ele e tenha escrito tão pouco sobre a Sua pessoa.
            Essa carta foi escrita aos crentes dispersos devido a perseguição entre os anos 70 – 90 d.C.
Propos.:          Tiago nos transmite instruções morais a fim de evitarmos a tentação e um dos seus assuntos é sobre a língua.
Trans.:           A língua é um órgão [...]
1 – Pequeno, mas muito significativo.
            Não existe ninguém neste mundo que não comete pecados; “porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo”, Tg.3.2.
            Ao tropeçar o que devo fazer?
            Tiago apresenta três ilustrações:
            O “[...] freio na boca dos cavalos [...] (serve) para nos obedecerem [...]”, Tg.3.3.
            “[...] Um pequeníssimo leme [...] (tem a finalidade de) dirigir para onde queira o impulso (direção) do timoneiro (piloto)”, Tg.3.4.
            E, “[...] uma fagulha põe em brasas tão grande selva”, Tg.3.5.
            Um “[...] cavalo (sem) freio [...]”, Tg.3.3 destrói e machuca os sentimentos das pessoas, destrói uma amizade de longo tempo.
            A língua sem freio causa inimizades e arrebenta com o seu lar.
            Quando eu conseguir “[...] por freio na boca [...] (terei condições de) dirigir o corpo inteiro”, Tg.3.3.
            Preciso “observar, igualmente, os navios que, sendo tão grandes [...]”, Tg.3.4 como muitos dos meus problemas, deixo ser “[...] batido de rijos (forte) ventos [...]”, Tg.3.4, me lançando para os rochedos e ser despedaçado por causa de uma língua áspera.
            No casamento haverá discussões, pancadarias e separações.
            O relacionamento entre os filhos irá de mal a pior.
            Todos nós precisamos aprender a dirigir os nossos relacionamentos.
            Caso contrário, as guerras serão iniciadas com “[...] a língua, pequeno órgão, (destruidor) [...] (que) põe em brasas (incendeia uma) grande selva [...]”, Tg.3.5.
            As mortes continuam acontecendo devido a falta de sabedoria de muitas línguas.
            Tiago fala que assim como o “[...] freio [...] dirige o corpo inteiro [...] os navios [...] tão grandes [...] são dirigidos por um pequeníssimo leme [...] assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas [...]”, Tg.3.3-5
            Tiago nos convida abrir os olhos para “observar [...] (e) ver como uma fagulha põe em brasas (queima) tão grande selva”, Tg.3.4,5 todo relacionamento humano.
            Urgente! Eu e você não podemos deixar que esse pequeno órgão do nosso corpo domine a nossa vida inteira.
            Por quê? Porque a língua é [...]
2 – Indomável e contamina.
            O tremendo poder destruidor da “[...] língua [...] (é como as) chamas [...] (do) inferno”, Tg.3.6.
            Está situado em nossa boca um sindicato do crime organizado.
            Esse pequeno órgão tem a capacidade de corromper, nada escapa, “[...] a língua é fogo [...]”, Tg.3.6 que destrói e impõe danos irreparáveis.
            “[...] A língua é [...] mundo de iniquidade [...]”, Tg.3.6 que não reconhece o direito de cada um, não procura ser correto, busca sempre a perversidade, anda sempre na injustiça.
            “[...] A língua [...] contamina (polui, suja) o corpo inteiro [...]”, Tg.3.6, tal como a laranja podre no meio da caixa, desta forma um irmão contamina o outro.
            São palavras destrutivas que aprendemos com os outros no trabalho, na TV, em casa, nas ruas: você é burro, sua gorda, eu sabia que você não prestava.
            É interessante notar que “[...] a língua está situada entre os membros de nosso corpo [...]”, Tg.3.6 e o danifica completamente.
            “[...] A língua não só põe em chamas toda a carreira da existência humana (influência negativa), como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno”, Tg.3.6 para destruir o relacionamento com Deus, com o próximo e com nós mesmos.
            Todos nós somos indomáveis.
            Somos piores que os animais irracionais porque “[...] toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano”, Tg.3.7 e não conseguimos domar a nossa língua.
            Não sendo a língua controlada pelo Espírito, ela ficará “[...] carregada de veneno mortífero (poder de matar)”, Tg.3.8, pela simples razão de, “[...] com a língua, urdimos engano (mentira perversa) [...]”, Rm.3.13.   
            “A (nossa) língua (é selvagem e mortal porque) [...] nenhum dos homens é capaz de domar [...]”, Tg.3.8.
            A língua tem o potencial de acabar com um relacionamento, paralisar o amor, envenenar mentes, destruir a fé, macular a pureza e acabar com as reputações porque existe um “[...] mal incontido (não pode refrear) [...]”, Tg.3.8.
            A língua é [...]
3 – Hipócrita.
            A hipocrisia é o ato de fingir o que a gente não é.
            O texto nos apresenta um problema duplo: “Com (a língua), bendizemos (agradecer) ao Senhor [...] também, com ela, amaldiçoamos os homens [...]”, Tg.3.9.
            É impossível a mesma língua “[...] bendizer ao [...] Pai [...]”, Tg.3.9 celeste e logo depois “[...] amaldiçoar os homens, feitos à semelhança de Deus”, Tg.3.9 que é um igual a mim.
            É impossível “de uma só boca proceder bênção e maldição [...]”, Tg.3.10.
            É como se nós estivéssemos brincando com Deus dizendo que somos crentes, mas ao mesmo tempo obedecemos aos conselhos satânicos, por este motivo, nem mesmo por “acaso [...] pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso [...]”, Tg.3.11
            É impossível “[...] a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos [...] tampouco fonte de água salgada pode dar água doce”, Tg.3.12; a nossa atitude no falar precisa ser mudada.  
            Todo cuidado é pouco com a nossa língua [...]
Conclusão:     Principalmente quando somos chamados de “[...] meus irmãos [...]”, Tg.3.10.
            Ora, no meio da família de Deus “[...] não é conveniente que essas coisas sejam assim”, Tg.3.10, soltando a língua para ferir uns aos outros.



            Rev. Salvador P. Santana

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