“O
SEXO E A MASCULINIDADE”, Ef.5.25-30.
Introd.: Dias
confusos estamos passando, mas não devemos nos assustar por não haver uma
definição correta da masculinidade.
A masculinidade moderna tem ganhado
ares, no mínimo, estranhos.
São homens preocupados com a
aparência, os chamados “metrossexuais”.
Outro extremo é a tentativa de
resgatar a masculinidade austera e rústica – slogan – “coisa para macho”.
Esses aspectos se refletem também na
vida sexual.
A masculinidade bíblica precisa ser
urgentemente resgatada, principalmente na intimidade do casal que busca a
glorificação de Deus em todas as áreas de sua vida.
A respeito do sexo e da
masculinidade, se faz necessário viver na base do [...]
1 – Amor
à aliança.
Para seguir a verdadeira
masculinidade bíblica, o homem de Deus precisa ser fiel à aliança que fez com
sua esposa.
A relação íntima do casal reflete o
relacionamento que Cristo tem com a sua igreja.
O marido só vai conseguir amar a sua
esposa de maneira mais intensa se ele se dedicar ao compromisso que fez com
ela.
O compromisso dos “maridos [...]
(deve ser o de) amar (a) sua mulher, como também Cristo amou a igreja [...]”, Ef.5.25.
Esse modo dos “maridos [...] amarem [...]”,
Ef.5.25 tem o propósito de conduzir a esposa “para [...] a santificação [...] purificando-a por
meio da lavagem de água pela palavra (de amor)”,
Ef.5.26.
Assim como Cristo “[...] apresentou a si mesmo
igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem
defeito (de igual modo os maridos devem agir com a esposa)”, Ef.5.27.
E o melhor mandamento aos “[...] maridos (é que eles) devem
amar a sua mulher como ao próprio corpo (não ferindo, alimentando, cuidando) [...]”, Ef.5.28.
Essa volta à aliança para os
cônjuges se amarem é “porque
(marido e mulher) são membros do [...] (mesmo) corpo [...]”, Ef.5.30.
É por este
motivo “[...] que deixará (no sentido físico, financeiro e geográfico) o homem a
seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne”, Ef.5.31.
O texto
base fala que o relacionamento conjugal “é (um) grande [...] mistério [...] (em analogia –
semelhança que) se refere a Cristo e à igreja”,
Ef.5.32.
Logo,
então, o marido deve “[...] amar a própria esposa como a si mesmo, e a esposa
respeitar ao marido”, Ef.5.33.
A analogia mais próxima que envolve
todos esses aspectos pode ser conferida na vida do profeta Oseias.
Deus ordenou a “[...] Oseias
[...] (que) tomasse uma mulher de prostituições (para representar a
infidelidade do povo em relação ao seu marido, o próprio) Senhor [...] a (qual)
[...] se prostituiu, desviando-se do Senhor”,
Os.1.2.
Com essa
mulher prostituta, “[...] Gômer [...] (a Oseias) foi [...] (ordenado que tivesse)
[...] filhos (mesmo em meio às traições)”,
Os.1.3.
Esses filhos gerados eram a prova
visível da rejeição do “[...] Senhor (devido as práticas idólatras que
Israel estava envolvido. O resultado foi: 1) [...] Castigo [...] o cessar (do)
[...] reino da casa de Israel (cativeiro Assírio)”, Os.1.4;
2 – “[...] Deus não mais tornou a
favorecer a casa de Israel, para lhe perdoar (entregue ao pecado)”, Os.1.6;
3 – “[...] O Senhor [...]
(rejeitou o seu povo dizendo que) eles não seriam seu povo, nem Deus seria (o
seu) [...] Deus”, Os.1.9.
Mas, para aqueles que buscam viver
segundo os preceitos da Palavra, os “[...] da casa de Judá Deus (se) [...] compadece e
os salva pelo Senhor, seu Deus, pois não os salvará pelo arco, nem pela espada,
nem pela guerra, nem pelos cavalos, nem pelos cavaleiros”, Os.1.7.
Contudo, é imprescindível saber que “[...] o número
dos filhos de Israel será como a areia do mar, que se não pode medir, nem
contar; e acontecerá que, no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo,
se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus vivo”,
Os.1.10.
Oseias representando o próprio
Senhor, como noivo de Israel, honrou seu compromisso sendo correto e leal.
Sendo o Senhor fiel, “os filhos de [...]
(de Deus) se congregarão, e constituirão sobre si uma só cabeça (Jesus Cristo)
[...]”, Os.1.11.
A verdadeira masculinidade demonstra
o caráter ilibado (sem mácula) e constante na fidelidade à “aliança (que o
marido) fez com seus olhos [...] (de não) fixar [...] (em outra) donzela (a não
ser a sua mulher) [...]”, Jó 31.1.
Uma maneira eficaz e bíblica de
vivenciar essa verdade é a vida sexual quando “o marido conceda à esposa o que lhe
é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido”, 1Co.7.3.
Exceto em caso de enfermidade, não
pode haver subterfúgio (alegação) como: “Estou cansado”, “não estou a fim” ou
algo parecido.
No casamento o cônjuge “não (pode) privar
um ao outro [...] [...]”, 1Co.7.5.
O único motivo lícito e justo para
não ter relações íntimas seria para “[...] dedicar-se à oração (mas, mesmo assim, há
duas condicionantes claras:) [...] mútuo consentimento, (e) por algum tempo
[...] para que Satanás não os tente por causa da incontinência (falta de
domínio)”, 1Co.7.5.
Essas condicionais são hipóteses ou
“[...]
como concessão e não por mandamento”, 1Co.7.6.
Há casos específicos de impedimento,
como uma doença ou luto, e isso deve durar “[...] algum tempo (suficiente)
[...] para (tratamento e) novamente (se) ajuntar [...]”, 1Co.7.5.
Dentro do casamento, essa verdade
precisa ser vivenciada da juventude à velhice.
Os jovens casados podem ser tentados
a “[...]
cobiçar no seu coração a [...] formosura (de uma donzela; o conselho bíblico é
que você não pode) [...] te deixar prender com as suas olhadelas”, Pv.6.25.
Os mais maduros e experientes, cujas
esposas também são mais velhas, podem ser tentados nessa mesma área sexual, mas
o servo de Deus “[...] que teme ao Senhor, esse será louvado”, Pv.31.30.
Em qualquer idade o cristão deve
estar atento e vigilante em oração para não cair em pecado.
O resgate da masculinidade bíblica é
olhar para o [...]
2 – Leão
e o Cordeiro.
“Jesus é o único que pode
estabelecer o padrão de masculinidade como Leão de Judá e o Cordeiro de
Deus.
Ele era, em seus momentos mais
fortes e mais fracos, líder, provedor e protetor.
Jesus tinha coração de leão e
semelhança de cordeiro, força e mansidão, dureza e ternura, agressividade e
sensibilidade, ousadia e humildade.
Jesus estabelece o modelo de
masculinidade” – Casamento temporário – CCC.
A sociedade vende exemplos de
masculinidade cujos modelos são ídolos e artistas da atualidade.
Para “ser homem” basta imitar algum
jogador de futebol, ator, cantor de sucesso.
Todos os modelos apresentados estão
distantes do verdadeiro padrão, que é Jesus Cristo.
Olhamos para Jesus como nosso Mestre,
exemplo de devoção ao Pai e de espiritualidade.
Ao olhar para as Escrituras podemos
ver que Jesus é o verdadeiro homem que Deus quer que sejamos.
Assim como Jesus lidera a igreja, e
esta lhe pertence, o marido é chamado a servir e liderar sua esposa, refletindo
o amor que Cristo tem pela igreja.
Então,
entre marido e mulher fica desta forma: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio
marido, como ao Senhor”, Ef.5.22, deve ser
desta forma “porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça
da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo”,
Ef.5.23.
A mulher deve estar sujeita a seu
esposo, assim “como [...] a igreja está sujeita a Cristo, assim também as
mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido”,
Ef.5.24.
Jesus foi líder e servo ao mesmo
tempo, assim os “maridos, (na liderança, devem) amar (sua) [...] mulher, como
também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”, Ef.5.25.
Jesus, quando lavou os pés dos
apóstolos, agiu como servo, mesmo assim, não deixou de ser o Leão de Judá.
Para o marido mostrar a sua
masculinidade à esposa, ele deve imitar o Senhor “[...] como [...]
Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”, Ef.5.25.
Uma vida sexual bem estabelecida
reflete o carinho, a proteção e o cuidado que o próprio Deus dispensa a seu
povo – tarefas domésticas, cuidado com os filhos – o marido deve auxiliar a sua
esposa.
Marido ser servido não tem lugar nas
Escrituras, antes, o homem exerce o que se pode chamar de ‘liderança servil’
dentro do lar.
Ao mesmo tempo a esposa confia na
direção do marido, ela deve ser encorajada e ter sua carga aliviada pelo bom
esposo, assim “[...] como [...] Cristo amou a igreja e a si mesmo se
entregou por ela”, Ef.5.25.
O sexo e a masculinidade fala sobre
[...]
3 – O
marido como cabeça.
No imaginário popular, alguém que
lidera precisa ditar ordens, comandar reuniões importantes, mas nunca ‘pegará
no pesado’, ou seja, quem trabalha de verdade são os liderados.
Jesus fala que “aquele, porém, que não soube a
vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites.
Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito
se confia, muito mais lhe pedirão (e neste caso, os maridos serão muito mais
cobrados)”, Lc.12.48.
Esse é o caso do homem em relação à
sua esposa e, consequentemente, aos seus filhos.
Chefiar o lar é garantir a
tranquilidade na relação conjugal.
O marido deve servir de
´para-choque´ para sua esposa. Ele deve sofrer o impacto, para que sua família
seja preservada.
A liderança do marido tem duas
facetas: proteção e provisão.
A proteção do lar deve ser exercida
pelo homem à luz do exemplo de Cristo, observada a tal ponto de “maridos, amando (sua)
mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”, Ef.5.25.
O exemplo de Cristo é que “Ele mesmo carregou
em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os
pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fomos sarados”, 1Pe.2.24.
Assim como “Cristo nos
resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (o
marido deve também resgatar a sua família de qualquer maldição)”, Gl.3.13.
Assim como
“[...]
Deus provou o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por
nós, sendo nós ainda pecadores”, Rm.5.8, desta
forma o marido deve amar a sua esposa com a finalidade de que, “[...] quando
inimigos, (serem) [...] reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho
[...]”, Rm.5.10.
Se há um
exemplo de liderança a ser seguido, esse é Jesus Cristo.
Seguindo o exemplo de Cristo, o
homem precisa demonstrar o amor que sente por sua esposa liderando-a e
protegendo-a, custe o que custar para ele.
A provisão do lar fala que “[...] quem ama a esposa a si
mesmo se ama”, Ef.5.28.
O homem age desta forma “porque ninguém jamais odiou a
própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz
com a igreja”, Ef.5.29.
A palavra “[...] alimenta [...]”, Ef.5.29 diz respeito a um provedor cuidadoso que supre a
necessidade de seus filhos e de sua esposa.
A mesma
ideia é vista em Gênesis quando José manda seus irmãos dizerem a seu pai: “Aí te sustentarei,
(provendo o suficiente para sua família) porque ainda haverá cinco anos de fome
[...]”, Gn.45.11.
Já a palavra “[...] cuida [...]”, Ef.5.29 fala sobre o cuidado afetuoso, carinhoso.
O marido
providente faz de tudo para que seu lar tenha o imprescindível (indispensável)
para a sua manutenção.
Isso não
deve ser rancoroso ou murmurante.
Por amar
os seus, o marido traz o sustento para o lar e se alegra com esse papel.
Por isso é
frustrante para um homem ficar desempregado, mesmo porque, “[...] se alguém
não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e
é pior do que o descrente”, 1Tm.5.8.
Na vida
sexual, o marido lidera sua esposa, protegendo-a das perniciosidades que o
mundo tenta vender como sendo algo sadio – filmes pornográficos, livros
eróticos e outras perversões precisam ser repudiados.
A
responsabilidade do homem é refrear e proibir essas coisas, para proteger sua
esposa e sua intimidade.
O homem é
quem deve prover a satisfação de sua esposa, para a glória de Deus e
preservação do seu casamento.
O sexo e a
masculinidade falam que a [...]
Conclusão: Masculinidade
bíblica deve ser resgatada.
É preciso encorajar o homem da
atualidade a viver uma vida que, “[...] quer comais, quer bebais ou façais outra
coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”,
1Co.10.31.
Então, que
eu e você, de “tudo quanto fizermos, façamos de todo o coração, como para o
Senhor e não para homens”, Cl.3.23.
À luz do
relacionamento de Cristo com a igreja, os homens precisam se manter fiéis à
aliança que fizeram com suas esposas, precisam enxergar o equilíbrio de Cristo,
cuja masculinidade perfeita é tipificado pelo Leão de Judá e pelo Cordeiro de
Deus.
O correto
exercício da masculinidade resultará em uma liderança que concederá proteção e
provisão para o lar.
Aplicação: Esforce-se para que você cumpra o papel
de homem na sua casa, seja por você mesmo, pelo seu cônjuge ou pelo seu
pai/mãe.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Nossa Fé – O Deus do sexo – Como a
espiritualidade define a sua sexualidade - CCC – Rev. André Scordamaglio.