quarta-feira, 25 de maio de 2016

É DE GRAÇA


É DE GRAÇA

            Quem quiser receber a indulgência pode adquiri-la de graça. Calma lá! O que é afinal indulgência?

            “[...] A indulgência, uma espécie de anistia da punição na vida após a morte [...] muitos católicos de menos de 50 anos nunca ouviram falar em indulgências [...] depois de o pecador ser absolvido no confessionário e cumprir a penitência, ele ainda enfrenta o castigo após a morte, no purgatório, antes que possa ingressar no paraíso. Em troca de determinadas orações, devoções ou romarias em anos especiais, um católico pode receber uma indulgência, que reduz ou apaga esse castigo instantaneamente. Há indulgências parciais, que reduzem o tempo de purgatório por determinado número de dias ou anos, e indulgências plenárias, que eliminam o tempo de purgatório todo, até que seja cometido outro pecado. O fiel pode obter uma indulgência para ele mesmo ou para uma pessoa que já morreu. Não se podem compara indulgências – a igreja proibiu a venda em 1567 –, mas contribuições caridosas associadas a outros atos, podem ajudar o fiel a fazer jus a uma delas. As indulgências plenárias são limitadas a uma por pecador por dia” – Indulgência volta à voga na Igreja Católica – http://www.criacionismo.com.br/2009/02/igreja-catolica-volta-oferecer.html.

            Que bom seria se todas as pessoas pudessem ser anistiadas após a morte. Esse tipo de perdão seria maravilhoso por questões muito simples. Suponha que algum homem em sã consciência ou débil mental tenha cometido alguns desses pecados ou todos juntos: sequestro, pedofilia e estupro seguido de morte, latrocínio, cárcere privado, ou, crimes mais leves, tais como: Furtos de coisas insignificantes, lesão corporal, apropriação indébita, soltar cheques sem fundos, porte de arma, acidente automobilístico sem vítima.

            Contra este homem é feito um boletim de ocorrência e este, ou por via de advogado ou promotoria, gera um processo junto a justiça comum. O que, afinal, vai acontecer com este indivíduo? O juiz vai passar a mão em sua cabeça e mandá-lo de volta para casa e dizer que nada aconteceu? É certo que não.

            Por lei cada um tem que pagar na justiça o que deve. Então, suponha que para qualquer delito cometido deve haver uma penalidade, para cada ato existe uma sentença, e isto, deve acontecer no país em que ele vive, porque nenhuma autoridade vai deixar o seu criminoso fugir para fora de suas fronteiras.

            O homem em sã consciência não aceita em hipótese nenhuma a ideia de impunidade, mesmo porque, quando é noticiado, a própria mídia ou a população faz algum tipo de protesto.

            No plano de Deus a justiça precisa prevalecer, caso contrário, a Palavra de Deus é tida como mentirosa. Mas, como muitos sabem, “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Nm 23.19).

            É por este motivo que “Deus é justo juiz [...]” (Sl 7.11) e Ele mesmo prometeu “[...] aos homens [...] morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9.27). Deus já determinou a todos os homens morrerem e não voltar mais a este mundo, quanto mais serem salvos ou resgatados pós morte.

            Portanto, cai por terra qualquer espécie de “anistia da punição na vida após a morte” – Idem. Ninguém neste mundo pode nem ao menos salvar-se a si mesmo, quanto mais “obter uma indulgência para ele mesmo ou para uma pessoa que já morreu” – Idem. Esta verdade é declarada na Bíblia quando fala que “[...] não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12).

            Logo é verdade que qualquer perdão de pecado, seja ele, no entender humano, leve ou pesado, existe apenas um, “[...] o Filho do Homem (Jesus Cristo,) tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados [...]” (Mt 9.6).

            Sendo assim, querido leitor, você não precisa comprar ou pedir nenhuma indulgência e nem tampouco confessar o seu pecado a quem quer que seja neste mundo, e impossível no porvir, mesmo porque, “se confessarmos os nossos pecados (enquanto vivo), ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.9).

            Eis o motivo de, tanto a salvação quanto o perdão de pecados serem ofertados de graça, porque nenhum homem neste mundo tem poder para perdoar ou salvar outro qualquer.

            Que o Espírito Santo de Deus abra a sua mente.
Rev. Salvador P. Santana

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