sexta-feira, 27 de setembro de 2019

POLARIZAÇÃO.


POLARIZAÇÃO
            Um pouco da polarização política, as repetidas crises: econômica, ambiental, cultural; as notícias falsas ou não pelo WhatsApp, têm abalado a vida de muitos brasileiros, dentro e fora do lar.
            A situação se agrava quando familiares mais próximos, amigos íntimos, colegas de trabalho, de estudos se distanciam por saber que este ou aquele faz comentários de um ou outro político, ou mesmo que defende ou ofende aquele em quem você votou, não votou ou ainda que você torce pela sua candidatura para os anos de 2020 e 2021.
            “A paciente chegou ao consultório da terapeuta aflita [...] Christian Dunker, psicanalista [...] não se lembra de tempos como os atuais [...] piores momentos são aqueles em que não consegue se aproximar das pessoas – ou vê-se obrigado a afastar-se delas [...] antes só bebia nos finais de semana e agora bebe até quatro vezes por semana [...] nessas reuniões de famílias, as pessoas costumam soltar os comentários mais racistas, preconceituosos [...] a atual conjuntura tem feito com que ele beba mais [...] eu me sinto desrespeitada [...] segundo a OMS, há 11,5 milhões de brasileiros sofrendo de depressão [...]” – Época – 16.09.19, no. 1106, O novo normal – Como se manter são apesar da política – por Danilo Thomaz e Robin Chancer, pag. 20, 22-24.
            Esses são alguns relatos de pessoas que já não conseguem viver em meio à polarização com a família, com colegas de trabalho e as tantas crises acontecidas desde tempos antigos.
            Desde quando Deus “[...] expulsou o homem [...] do jardim do Éden [...]” (Gn 3.24), há desonestidade, confusão, brigas, discórdias, lutas, angústias, depressões e, principalmente, a polarização.
            Fique sabendo que os extremos nunca serão benéficos para nenhuma das partes. Sempre haverá um que não gosta do outro, que renega, que não apoia, que faz de tudo para afastar-se do seu convívio.
            Ao fazer a leitura tanto do Velho Testamento quanto do Novo Testamento, é possível olhar para a vida de muitos homens que se polarizaram por coisas banais, insignificantes, sem valor sentimental ou mesmo espiritual mas que, em alguns casos, trouxeram benefícios para um e ou outro.
            Estranho olhar para o benefício ou malefício das partes. Mas, ao olhar para a realidade da polarização, pode-se notar que um perde e o outro ganha. Na verdade, os dois têm desejos de ganhar. Entenda que esse desejo de ganhar acontece não apenas na polarização. Essa forma de aspiração de granjear encontra-se em qualquer atividade em que o homem está inserido.
            Falar sobre benefícios na polarização torna-se ensurdecedor para muitos homens, mesmo porque não querem perder. Veja e faça uma análise a respeito de Davi, quando Saul mandou que lhe sitiassem a casa, o menino ruivo se dispôs a orar a Deus pedindo: “Livra-me dos que praticam a iniquidade e salva-me dos homens sanguinários” (Sl 59.2).
            Em outra oportunidade, Davi enxergou a bênção de ser perseguido por Saul, e por esse motivo teve a ousadia de se colocar em oração, tornando-se mais íntimo de Deus, e dizendo em forma de canto: “Firme está o meu coração, ó Deus, o meu coração está firme; cantarei e entoarei louvores” (Sl 57.7), não devido a perseguição, Davi cantou, mas porque ele “clamou ao Deus Altíssimo, ao Deus que por ele tudo executa” (Sl 57.2).
            Diante de tanta polarização entre governos, cidadãos de bem, famílias, amigos, se faz necessário olhar para muitos outros benefícios que o homem pode alcançar enquanto permanece neste mundo. Não convém esperar o outro morrer para você considerá-lo como sendo o melhor parente, amigo ou querer debruçar sobre o seu caixão chorando de remorso, saudade por ter sido o seu opositor ferrenho.
            Pense na possibilidade de você ganhar, quando polarizado com o outro. Imagine a ousaria de você ficar livre das amarras, dos pensamentos que o levam a pensar no outro insistentemente por não poder se libertar de suas palavras, gestos, insinuações.
            Paulo, falando aos romanos, faz uma declaração que pode assemelhar-se ao desespero que muitos estão passando nestes últimos dias de polarização, desespero, angústia, aflição, briga pessoal ou nas redes sociais que os leva à depressão, e, consequentemente, à ingestão de medicamentos controlados para aliviarem a sua dor.
            A imagem que Paulo pinta é de um “homem desventurado (no grego, miserável, coitado, aflito do) homem que sou! [...]” (Rm 7.24). Note que o verbo “ser” está na primeira pessoa do presente do indicativo, ou seja, é você mesmo.
            Esse “[...] eu (você) [...]” (Rm 7.24), é o causador das questões de embate, da polarização com outras pessoas, principalmente familiares, e os seus melhores amigos, daí um e outro ficam envergonhados, e pode acontecer de, até a morte, não se falarem mais. 
            Portanto, “[...] quem te livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.25), do inimigo causado por causa de políticos, futebol, religião, coisas mínimas, sem valor, e que você não ganhou nenhum centavo para discutir no lugar deles.
            O texto dá a ideia de um “[...] corpo desta morte [...]” (Rm 7.24) como que “[...] um assassino, como castigo por seu crime, era amarrado face a face e membro a membro com a sua vítima. Até que, através do horror desse estado, o próprio assassino morria.” – O N.T. interpretado versículo por versículo – Romanos – R. N. Champlin, Ph. D. – pag. 698.
            “Reconcilia-te, pois, com ele e tenha paz, e assim te sobrevirá o bem” (Jó 22.21 sobre a sua vida física, emocional e espiritual.
            Rev. Salvador P. Santana       

Gn.20.1-7 - FILHO VACILÃO.

FILHO VACILÃO
Gn.20.1-7

Introd.:           No dicionário, vacilão é a pessoa que diz ou faz algo sem considerar os efeitos de suas ações ou palavras, causando problemas para si próprio.
            Quem é facilmente enganado ou se deixa enganar com facilidade; é tido como uma pessoa tola, boba.
            Vacilão é aquele que vive dando fora, que é inadequado e age inconvenientemente.
            Pode ser também aquele que trai a confiança de alguém, contando um segredo dessa pessoa.     
Nar.:    Abraão deu bobeira.
            Pode ser aquele momento em que Deus, na sua sabedoria fala que “[...] o seu povo não [...] quis escutar a voz (de) Deus, e Israel não o atendeu. (Daí) assim, Deus o deixou andar na teimosia do seu coração; siga (então) os seus próprios conselhos”, Sl.8.11, 12.
Propos.:           Conselho de Deus: “[...] Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; andai em todo o caminho que eu vos ordeno, para que vos vá bem”, Jr.7.23.                     
Trans.:             Filho vacilão [...]
1 – É provado por Deus.
            Quando “partiu Abraão [...]”, Gn.20.1, do local da sua morada, e quando eu e você partimos do nosso domicilio, pode saber que Deus nos “[...] põe [...] à prova, se guardamos ou não o caminho do SENHOR [...]”, Jz.2.22.
            “Partindo Abraão dali para a terra do Neguebe (deserto, sul da Judeia – sequidão, morte, fome, desespero) [...]”, Gn.20.1, não é motivo para ficar angustiado, porque somente Deus não sabe o que pode acontecer com a nossa vida.
            “[...] Abraão [...] habitou entre Cades (heb. lugar santo, meio deserto) e Sur (heb. muro, deserto completo) [...]”, Gn.20.1, mas ainda assim não existe razão para abandonar Deus.
            Nota que “[...] Abraão [...] (por três vezes passou pelo deserto) habitando [...] (na) terra do Neguebe [...] (em) Cades e (em) Sur [...]”, Gn.20.1, é possível que por causa das dificuldades, alguém se torna vacilão.
            “[...] Abraão (foi) [...] morar em Gerar (heb. alojamento, cidade dos filisteus, inimigos de Israel)”, Gn.20.1, cidade onde Deus o colocou à prova.
            Filho vacilão, “Abraão (eu e você) dizemos [...]”, Gn.20.2 o que não devemos dizer para familiares e amigos.
            “Disse Abraão de Sara [...]”, Gn.20.2; assim fazem mulheres dentro dos salões e homens dentro dos bares com seus amigos.
            Pare de falar das fraquezas e dos prazeres do seu cônjuge para os seus amigos – pode ser uma brecha para a entrada do pecado.
            “Disse Abraão de Sara, sua mulher [...]”, Gn.20.2, a homens incrédulos que “[...] anda no conselho dos ímpios [...] (que) se detém no caminho dos pecadores [...] (e) se assenta na roda dos escarnecedores”, Sl.1.1 – fuja desse mal.
            “[...] Abraão (não mentiu ao) dizer (que) Sara era sua irmã [...]”, Gn.20.2, “[...] filha de seu pai e não de sua mãe [...]”, Gn.20.12, mas naquele momento era sua esposa e devia ser respeitada.
            “[...] Assim, pois, (para) Abimeleque (incrédulo, adorador do deus Dagom) [...] Abraão [...]”, Gn.20.2, resolveu os segredos da sua vida íntima.
            Deus, para testar a fé, provar a moral, a ética e a espiritualidade de “[...] Abraão [...] (o conduziu até a cidade de)  Gerar [...]”, Gn.20.2, e saber se ele daria testemunho.
            Para o incrédulo, “[...] Sara (sendo) irmã (e não a) [...] mulher (de) Abraão [...] Abimeleque [...] mandou buscá-la”, Gn.20.2.
            Fique sabendo que a desgraça dentro e fora do lar começa com pequenas mentiras aliadas a homens incrédulos, interesseiros e perversos. 
            Filho vacilão [...]
2 – Recebe a intervenção divina.
            Em toda a nossa vida, e principalmente em relação aos nossos pecados, somente “Deus [...]”, Gn.20.3 é quem pode intervir de forma misericordiosa em nosso favor.
            “Deus [...]”, Gn.20.3 não se dirigiu à Abraão, o seu servo e amigo.
            “Deus, porém, veio a Abimeleque [...]”, Gn.20.3, homem idólatra, sem conhecimento de Deus – as vezes o homem incrédulo dá mais ouvidos a Deus que muitos crentes.
            A intervenção de “Deus [...] (naquela) noite (veio) em (forma de) sonhos [...] (quando) Abimeleque [...]”, Gn.20.3 estava em seu repouso, antes de cometer um pecado contra Deus.
            O que “[...] Deus [...] disse (a) Abimeleque [...]”, Gn.20.3, serve para mim e você.
            “[...] Vais ser punido [...]”, Gn.20.3, por causa do pecado praticado.
            “[...] Será punido de morte [...]”, Gn.20.3, espiritual, caso não haja conserto, mudança, transformação, conversão, renovação espiritual.
            A “[...] morte (anunciada, em muitos casos é) por causa da mulher que (homens) tomam [...]”, Gn.20.3 através da internet, dos bate-papos, das paqueras.
            Fique sabendo, “[...] porque (se) ela tem marido”, Gn.20.3, é adultério, se é solteira, é fornicação, sendo uma “[...] prostituta forma um só corpo com ela [...]”, 1Co.6.16.
            Filho vacilão [...]
3 – Não conhece os planos de Deus.
            Deus, no oculto, estava trabalhando em favor de seu filho.
            “Ora [...]”, Gn.20.4, pensa a respeito do cuidado de Deus, da misericórdia derramada em seu coração, das maravilhas que Ele fez e faz, então, começa a clamar.
            “[...] Abimeleque ainda não [...] havia possuído Sara [...]”, Gn.20.4, devido a providência e intervenção divina.
            “[...] Por isso [...]”, Gn.20.4, eu e você devemos ser gratos a Deus pelos livramentos que não temos conhecimento.
            E, “[...] por não [...] haver possuído a Sara [...]”, Gn.20.4, não ter cometido o pecado, não avançar na desgraça da vida, precisamos dar sempre graças a Deus que nos abençoa.
            Veja que no sonho “[...] Abimeleque [...] disse (conversa, intercede, pede socorro ao) [...] Senhor [...]”, Gn.20.4 – falta em muitos corações a oração, o ficar a sós com Deus.
            “[...] Abimeleque (se dirige a Deus com respeito, chamando-o de) Senhor [...]”, Gn.20.4; o rei é escravo.
            “[...] Abimeleque [...] (pede clemência, misericórdia para que o) Senhor, (não) mate [...]”, Gn.20.4 nem ele e muito menos a sua casa por causa do pecado.
            A preocupação não era somente com a sua própria vida, mas “[...] até (mesmo com) uma nação inocente [...]”, Gn.20.4.
            Fique sabendo que Deus pode responder a sua oração, portanto, ore.
            Filho vacilão [...]
4 – Leva culpa.
            Para se livrar da punição, Abimeleque tira a culpa de si.
            “Não foi Abraão mesmo (servo de Deus que me disse (mentindo, usando da astúcia?) [...].”, Gn.20.5.
            Quantos crentes envolvem-se com brigas, discórdias, polícia, tribunais?
            Deus sabe das suas meias verdades de que “[...] Sara é minha irmã [...]”, Gn.20.5.
            Deus conhece os planos dos cônjuges de que “[...] ela também me disse: Ele é meu irmão [...]”, Gn.20.5.
            É por este motivo que Abimeleque declara que, “[...] com sinceridade (mais que os crentes) de coração [...]”, Gn.20.5, ele apresenta a sua defesa.
            “[...] Com sinceridade [...] e na sua inocência (livre de culpa do pecado), foi que eu fiz isso”, Gn.20.5.
            Seja honesto para com Deus.
            Foi o próprio “Deus (que) respondeu em sonho (a Abimeleque) [...]”, Gn.20.6 a fim de que ele fosse inocentado.
            “[...] Deus [...] bem sabe que com sinceridade de coração [...]”, Gn.20.6 Abimeleque agiu para com Deus; estava isento de culpa.
            O “[...] coração (de) Abimeleque fez [...]”, Gn.20.6 a investida contra o servo de Deus, porque Abraão deu a oportunidade.
            Perceba que “[...] Deus [...] (mais uma vez, interviu) daí o ter Deus impedido [...] de Abimeleque (eu e você) pecar contra Ele [...]”, Gn.20.6.
            É o próprio “[...] Deus [...] (que) não [...] permite (nem eu e você) que [...] toque”, Gn.20.6 em alguém que nos leve ao pecado.
            Confessa a Deus o seu pecado e leva a culpa do seu erro.
            Filho vacilão [...]
Conclusão:      Continua sendo abençoado.
            Não dá para entender o porquê Deus continua abençoando filho vacilão, e que ele muitas vezes renega a bondade e o cuidado de Deus.
            A ação é de Deus é completa do início ao fim, pois de “agora [...]”, Gn.20.7 em diante, você será abençoado.
            A ordem também é de Deus: “[...] restitui a mulher a seu marido [...]”, Gn.20.7 para não haver prejuízo, para o meu servo não ser condenado com o mundo.
            Assim como “[...] Abraão é (chamado de) profeta [...]”, Gn.20.7, eu e você também somos responsáveis não apenas pela nossa família, mas também pelos incrédulos.
            Somos abençoados para “[...] interceder por (homens perversos, adoradores de outros deuses para que eles) [...] vivam [...]”, Gn.20.7 e não morram eternamente.
            Lembra que cada um é responsável por aquilo que faz, pois “[...] se, porém, não [...] restituir (o que deve: respeito, perdão, amor), sabe que certamente morrerás, tu e tudo o que é seu”, Gn.20.7.
            Faça de tudo para não enganar a si mesmo.


            Rev. Salvador P. Santana

sábado, 21 de setembro de 2019

A MELHOR ESCOLA.


A MELHOR ESCOLA
            A comemoração do Dia da Escola Dominical é um marco para homens e mulheres que se esforçam para transmitir os ensinos bíblicos.
            Esse esforço aconteceu em 1780 no coração do inglês Robert Raikes. Ele, desejoso de atender às necessidades das crianças nas ruas de Gloucester, proporcionou a elas o direito à educação moral e cívica, ler e escrever. E para alimentar a vida espiritual, ensinou-lhes também o catecismo da igreja. Daí nasceu a Escola Dominical.
            No Brasil, o seu início se deu em 19 de agosto de 1855, na cidade de Petrópolis, RJ, com cinco crianças. Deus usou poderosamente os missionários escoceses da Igreja Congregacional, Robert Read Kalley e sua esposa Sarah Poulton Kalley.
            Esses não tiveram a preocupação que o inglês tivera do ensino secular, e concentraram esforços para ensinar a seus alunos lições que valorizavam a vida religiosa e espiritual de cada pessoa. Com o decorrer dos anos foi se aprimorando ainda mais o ensino e estendeu-se aos adultos, jovens e adolescentes. 
            A Igreja Presbiteriana do Brasil tem a preocupação de todos os domingos se reunir com o propósito de transmitir os ensinos da Palavra de Deus, a fim de inculcar na mente e no coração os verdadeiros valores do Reino dos céus.
            Afinal, qual escola é melhor para criar o seu filho? As duas. Tanto a secular como a Dominical. As duas são importantes. Mas, é preciso saber diferenciar uma da outra.
            A escola convencional prepara o aluno para o mercado de trabalho, a vida acadêmica e algumas vezes para o relacionamento pessoal competitivo. Estudar faz bem, enriquece, dignifica a pessoa e faz com que ela seja aceita em qualquer círculo profissional.
            A escola bíblica conduz o homem até Cristo. Esse é o grande diferencial entre as duas escolas. Esta era a função da lei, “de maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé” (Gl 3.24).
            “A palavra ‘aio’, no original grego, é pedagogo, que significa guia, auxiliar. Essa palavra não significa aqui mestre-escola, tutor, aquele que tinha a incumbência de educar uma criança. Pelo contrário, está em foco a ideia de um auxiliar ou guardião. Usualmente se tratava de um escravo, que cuidava da criança desde os seis aos dezesseis anos e idade. Tinha por tarefa disciplinar a criança, podendo corrigir as suas faltas por meios apropriados para a ocasião. Um dos seus deveres era o de acompanhar a criança pra a escola, cuidando para que nenhum perigo a ameaçasse. Mas quando a criança atingia a idade apropriada, cessava a autoridade do guardião, e a criança não mais era responsável perante ele, e nem mais estava sujeita às suas exigências” – O NT interpretado versículo por versículo – R. N. Champlin, Ph.D – Gl. 3.24 – pg.477.
            Deus sempre se interessou por educar o homem por completo. É interessante notar que nos primórdios dos tempos, em especial, na época de Abraão, cerca de 2.500 a.C., não havia prédios escolares.
            Somente em 722 a.C. é que os judeus começaram a construir sinagogas que serviram para o ajuntamento de crianças e adultos com a finalidade específica: adorar, orar a Deus e estudar as Escrituras.
            Note bem a diferença de uma escola para outra. Nesta, a chamada bíblica, crianças e adultos participam juntos e aprendem juntos sobre as Santas Escrituras.
            Antes de haver prédios públicos o ensino acontecia dentro dos lares. A responsabilidade estava sobre os ombros dos pais. A ordem era simples: aprenda primeiro para depois ensinar.
            É isto o que está registrado por Moisés ao dizer: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Dt 6.6, 7).
            O salmista confirma com estas palavras ao dizer: “O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez” (Sl 78.3, 4).
            Esta Escola Dominical é mais que preciosa, é de fato a melhor escola implantada neste mundo porque nela e através dela as famílias se ajuntam e podem “[...] aprender a temer ao SENHOR todos os dias que na terra viver e as ensinará a seus filhos” (Dt 4.10).
            Pais e filhos, participem da Escola Dominical a fim de “[...] crescerem na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno” (2Pe 3.18).
Rev. Salvador P. Santana          

Gn.19.30-38 - FILHO APROVEITADOR.


FILHO APROVEITADOR
Gn.19.30-38

Introd.:           Na psicologia, incesto significa síndrome da atração sexual genética.
            Comumente falando, os aproveitadores são incestos acontecidos dentro das quatro paredes, geralmente são praticados entre parentes consanguíneos ou afins – é condenado pela moral, pela lei e por muitas religiões.
Nar.:    O texto bíblico em questão apresenta a origem dos moabitas e amonitas.
            Somos alertados sobre relacionamento incestuoso, das bebidas alcóolicas, e certas atitudes:
            Briga por causa de rebanhos, ganância por terras férteis, expor a família à prostituição/homossexualidade/bebedeira, demorar-se para sair de Sodoma, rejeitar subir ao monte a mando de Deus – Ló é o cabeça; o grande responsável. 
Propos.:           Pensa bem antes de tomar qualquer atitude.                                
Trans.:             Filho aproveitador [...]
1 – Sempre encontra um vulnerável.
            Deus havia falado para Ló: “[...] Livra-te, salva a sua vida [...] foge para o monte, para que não pereças”, Gn.19.17, mas Ló pediu “[...] permissão (para) que [...] fugisse (para Zoar) [...]”, Gn.19.20.
            Não demorou muito para “subir (como gente indecisa) Ló de Zoar [...]”, Gn.19.30, rejeitando a Palavra de Deus.
            “[...] Ló (voltou? Para o local onde Deus, outrora, havia determinado: o monte) [...]”, Gn.19.30.
            Não podemos duvidar da Palavra de Deus. Deus falou tá falado.
            Por ironia e rebeldia “[...] Ló e suas duas filhas [...]”, Gn.19.30 estavam aliados e desejosos de serem desobedientes a Deus.
            A desculpa de todos é a mesma: “[...] porque receavam permanecer em Zoar [...]”, Gn.19.30.
            “[...] Receamos permanecer [...]”, Gn.19.30, no trabalho, na escola, na própria casa que Deus nos deu.
            Veja só que ironia, trocou a cidade e foi “[...] habitar numa caverna [...]”, Gn.19.30 sem recurso, sem perspectiva de relacionamento.
            “[...] E com ele as duas filhas”, Gn.19.30, fizeram a opção por viver isolados.
            “Então [...]”, Gn.19.31, grande foi a queda de Ló.
            “Então, a primogênita (encontrou uma brecha para o pecado) disse à mais moça [...]”, Gn.19.31 para juntas, participarem da trama diabólica.
            O pretexto para validar o pecado: “[...] Nosso pai está velho [...]”, Gn.19.31, esse não pode servir de motivo para pecar; mesmo porque, o pai deve ser respeitado em qualquer situação.
            A fala de que “[...] não há homem na terra que venha unir-se conosco [...]”, Gn.19.31, mostra desprezo para com Deus que os havia alojados na cidade de Zoar – decidiram isolar-se no monte.
            O texto apresenta um eufemismo: figura de linguagem para suavizar uma expressão que pode significar:
            “[...] Segundo o costume de toda terra”, Gn.19.31 nos relacionamentos maritais;
            “[...] Segundo o costume de toda terra”, Gn.19.31 nos relacionamentos entre pais e filhos, e irmãos – costumeiro no oriente, mas para Deus é um pecado.
            Não aproveita as oportunidades para pecar contra Deus.
            Filho aproveitador [...]
2 – Planeja o ataque.
            Álcool e sexo andam juntos.
            Por esse motivo a proposta indecente era: “[...] façamo-lo beber vinho, deitemo-nos com ele [...]”, Gn.19.32;
            Quando o homem insiste no pecado dizendo: “vem [...]”, Gn.19.32, Deus não o trancafia, então, “[...] deram a beber vinho a seu pai [...]”, Gn.19.33.
            Estando o homem morto nos seus delitos e pecados, “naquela (mesma) noite, pois [...]”, Gn.19.33, concluíram a maldição intentada no coração.
            “[...] E, (o resultado pode ser catastrófico, repugnante contra Deus) entrando a primogênita, se deitou com ele [...]”, Gn.19.33.
            Em outra Escritura fala que “[...] o pecado, uma vez consumado, gera a morte”, Tg.1.15, “[...] e [...] sem que ele o notasse (morto espiritualmente), nem quando ela se deitou, nem quando se levantou”, Gn.19.33; Ló foi cúmplice, responsável pelo pecado.
            A perversa ideia: “[...] e conservemos a descendência de nosso pai”, Gn.19.32, avô de nossos filhos – a maldade estava se alastrando.
            Ló, livrado pela misericórdia de Deus, agora contribui para a prática do pecado.
            Sodoma continuava pulsando no coração de Ló e de suas filhas.
            Não houve participante inocente nesse caso de pecado entre pai e filhas.
            Luto, perda de bens, sozinho, na caverna, presa fácil para o pecado.
            A vida espiritual havia degenerado.
            “No dia seguinte (um segundo sucesso mau, perverso e diabólico acontece), disse a primogênita à mais nova: Deitei-me, ontem, à noite, com o meu pai. Demos-lhe a beber vinho também esta noite; entra e deita-te com ele, para que preservemos a descendência de nosso pai”, Gn.19.34.
            Não encoraja outras pessoas a pecar com o seu mau exemplo.
            Não perca a sua fibra moral.
            Não deixa que a sua fé seja consumida.
            A repetição “de novo, (reforça em nosso coração o dever de fugir do pecado) [...]”, Gn.19.35.
            Muitos pecados praticados se “[...] dão (de) [...] noite, a beber vinho a seu pai, (amigo) e, (depois de embriagado) entra a mais nova [...]”, Gn.19.35, para depois destruir, deixando-o à morte.
            O ataque se consome depois de “[...] se deitar com ele, sem que ele o notasse, nem quando ela se deitou, nem quando se levantou”, Gn.19.35, declarando o afastamento espiritual de ambos de Deus.
            O pecado foi agravado pela repetição imediata.
            Não seja uma má influência para outras pessoas.
            Filho aproveitador [...]
3 – Busca resultados perversos para toda geração.
            “E assim (por causa do pecado das) [...] duas filhas (e) de Ló (que consciente, levou sua família para o meio da prostituição/homossexualidade e vícios) conceberam do próprio pai”, Gn.19.36, em rebeldia contra Deus.
            Ló expôs suas filhas às imoralidades de Sodoma.
            Participou do incesto sem nenhum protesto.
            Os pecados e as falhas de homens bíblicos ficaram registrados para nossa admoestação e cautela.
            Faça de tudo para evitar toda aparência do mal e vigia para não cair.
            Filho aproveitador [...]
Conclusão:      Não será bem sucedido.
            “A primogênita deu à luz um filho e lhe chamou Moabe: é o pai dos moabitas, até ao dia de hoje”, Gn.19.37.
            Os moabitas foram absorvidos pelas nações árabes.
            “[...] Moabe [...] (não foi bem sucedido porquê) perdido está [...] teve grande medo [...] e andava angustiado por causa dos filhos de Israel”, Nm.21.29; 22.3 porque procedia de um vergonhoso incesto.
            “A mais nova também deu à luz um filho e lhe chamou Ben-Ami: é o pai dos filhos de Amom, até ao dia de hoje”, Gn.19.38.
            Além da inimizade entre Israel e Amom, aqueles serviram “[...] a Milcom (Moloque – sacrifício de crianças), deus dos filhos de Amom [...]”, 1Rs.11.33, foram rejeitados por Deus e absorvidos pelos povos árabes.
            Ló desaparece das páginas do A.T., mas reaparece no N.T. quando Deus declara que “[...] livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daqueles insubordinados”, 2Pe.2.7.
            Alguns conselhos: “Foge da presença do homem insensato [...] tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas [...] segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão. Foge [...] das paixões da mocidade [...]”, Pv.14.7; 1Tm.6.11; 2Tm.2.22.
            Somente Deus, em Jesus Cristo, pode libertar você de todo pecado.



            Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Gn.19.24-29 - FILHO SEPARADO.

FILHO SEPARADO
Gn.19.24-29

Introd.:           A certeza que temos é que Deus “[...] nos escolheu (em) Jesus antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amo”, Ef.1.4.
            Fique sabendo que “[...] alguns (homens, Deus escolheu) para honra; outros, porém, para desonra”, 2Tm.2.20.
Nar.:    Deus avisou e cumpriu sobre a destruição de Sodoma e Gomorra.
            Das cinquenta pessoas sugeridas por Abraão para que a cidade não fosse assolada, apenas três pessoas foram alcançadas com essa salvação.
Propos.:           No Dia final “[...] todas as nações serão reunidas (na) [...] presença (de) Jesus, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas”, Mt.25.32.
Trans.:             Filho separado [...]
1 – Deve se preparar para o Dia final.
            “Então [...]”, Gn.19.24, prestando atenção na narrativa bíblica, veremos que Deus alertou apenas Abraão, e por fim, Ló.
            “Então [...]”, Gn.19.24, toda a população de Sodoma e Gomorra foi pega de surpresa; assim acontecerá no último Dia.
            A ação de destruir Sodoma e Gomorra não partiu de homens, mas “[...] fez o SENHOR chover enxofre (utilizado em fertilizantes, pólvora, laxantes, inseticidas) e fogo [...]”, Gn.19.24 para consumir toda a cidade.
            A repetição serve para gravar na mente de que foi “[...] da parte do SENHOR (que) choveu enxofre e fogo [...]”, Gn.19.24, o qual acontecerá quando da volta de Cristo.
            O que veio “[...] sobre Sodoma e Gomorra”, Gn.19.24, “[...] são (para eu e você) postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição”, Jd.7.
            Prepara-te!
            “E (não se engane, porque foi o próprio SENHOR quem) subverteu (derrubou) aquelas cidades [...]”, Gn.19.25 para acabar com todo pecado.
            “[...] Sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora”, Rm.8.22, por isso, o SENHOR “[...] subverteu [...] toda a campina [...]”, Gn.19.25.
            “[...] E (para confirmar o dever de estar preparado, Deus) subverteu [...] (até mesmo) o que nascia na terra”, Gn.19.25.
            Tudo indica que, no último Dia, da volta de Cristo, nenhum de nós poderá contemplar o que restou deste mundo.
            Mas, naquele dia fatídico, Abraão “[...] olhou para Sodoma e Gomorra [...]”, Gn.19.28 com pesar, tristeza, por saber que não havia 10 justos.
            Abraão “[...] olhou [...] para toda a terra da campina [...]”, Gn.19.28 perdendo a esperança de salvação daquele povo.
            Prepara-te para o dia final!
            Abraão, sem saber a respeito do seu sobrinho, “[...] viu que da terra subia fumaça [...]”, Gn.19.28 da destruição de homens maus.
            No texto, para intensificar a pressa e a ira de Deus sobre os homens ímpios, a “[...] fumaça, (era) como a fumarada de uma fornalha”, Gn.19.28 que causa destruição total.
            Filho separado [...]
2 - Deve saber que muitos não serão salvos.
            Perceba a ênfase do texto: “[...] e todos [...]”, Gn.19.25; não ficou um ímpio para contar a história.
            Na cidade de Sodoma e Gomorra, todos “[...] os homens [...] tanto os moços como os velhos [...]”, Gn.19.4 estavam aliados ao pecado.
            É por este motivo que “[...] todos os moradores das cidades (de Sodoma e Gomorra) [...]”, Gn.19.25 foram disciplinados e condenados.
            Até mesmo aqueles que estão dentro da igreja, agrupados ao pecado, não escapam.
            “E a mulher de Ló [...]”, Gn.19.26 é um exemplo para todos nós.
            “[...] A mulher de Ló olhou para trás [...]”, Gn.19.26, para os prazeres, os bens, os amigos.
            Por não fazer a opção de seguir o conselho de Deus, “[...] a mulher de Ló e converteu-se numa estátua de sal”, Gn.19.26.
            Em favor do filho separado [...]
3 - Sempre haverá um que intercede por ele.
            Não foi à toa “ter-se levantado Abraão de madrugada [...]”, Gn.19.27, algum propósito Deus teve na vida desse servo.
            “[...] Abraão [...] foi (exatamente) para o lugar onde estivera na presença do SENHOR”, Gn.19.27.
            Cada um de deve ter o hábito de ter um “[...] lugar na presença do SENHOR”, Gn.19.27 para conversar, colocar em ordem a vida.
            O filho separado desde os tempos eternos [...]
Conclusão:      É salvo.
            O próprio Deus, “ao tempo que destruía as cidades da campina [...]”, Gn.19.29, alerta eu e você para o Dia final.        
            “[...] Lembrou-se Deus de Abraão [...]”, Gn.19.29, da intercessão que fizera em favor dos 50, 45, 40, 30, 20, 10.        
            Por causa da intercessão, “[...] Deus [...] tirou (salvou) a Ló do meio das ruínas [...]”, Gn.19.29 de perdição.
            Deus pode salvar os seus; faça oração.        
            A salvação aconteceu “[...] quando Deus subverteu as cidades em que Ló habitara”, Gn.19.29.        
            Deus pode salvar a sua família; insista e busque a sua santificação.
            Um recado de Jesus para eu e você: “Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos [porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos]”, Mt.20.16.

  



            Rev. Salvador P. Santana

A FAMÍLIA E DEUS.

A FAMÍLIA E DEUS
            Tanto a família quanto Deus são importantes na vida de todos os homens. A maior dúvida ou embate que ocorre na vida de muitos é que eles não sabem qual dos dois têm a maior ou melhor preferência.
            Verdade é que Deus, em todas as coisas, deve estar em primeiro lugar. A razão é porque “[...] Deus criou os céus e a terra [...] (e) criou [...] o homem à sua imagem [...]” (Gn 1.1, 27).
            Ao olhar para essa prioridade, se a Deus ou a família, se faz necessário saber qual deve ter a primazia. Muitos podem advogar a respeito de que todos têm a obrigação de “buscar, pois, em primeiro lugar, o [...] reino (de) Deus e a sua justiça [...]” (Mt 6.33). E para outros é possível que haja mais argumentos, ou são mais chegados e amigos dos seus, e podem, de acordo com a sua criação, valorizar muito a família, daí se pode fazer a opção de dar prioridade a esse núcleo de sua origem.
            Faça uma análise criteriosa a respeito das duas premissas acima. Por exemplo, quando se fala a respeito de família é preciso saber que é dever de cada um desse núcleo amar, cuidar, alimentar, proteger, sustentar, mas o chefe da casa é o maior responsável por “[...] cuidar dos seus e especialmente dos da própria casa [...]” (1Tm 5.8).
            Quando um dos membros da família deixa de “[...] cuidar [...] da (sua) própria casa (família, o texto fala que ele) tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1Tm 5.8). Perceba que, faltando a fé em Deus, é verdade que a sua família não vai bem, e o seu deus é você mesmo ou algum outro escolhido por você.
            Outra questão que deve ser avaliada é quando toda a família ou qualquer dentre eles são briguentos, arrogantes, agressivos, e principalmente quando o “[...] filho é rebelde e contumaz (teimoso), não dá ouvidos à [...] voz (de seus pais), é dissoluto e beberrão” (Dt 21.20), pode acontecer desse filho ou toda a sua família “[...] caírem em pobreza; e a sonolência vestirá de trapos (esse) [...] homem” (Pv 23.21) negligente. Pode acontecer dessa família, por tanto brigarem, “[...] dará coices [...] e abandonará a Deus, que o fez, desprezando a Rocha da sua salvação” (Dt 32.15). Pense na possibilidade de todos dessa família olhando com raiva, desprezo, uns para os outros dentro da igreja, tentando adorar a Deus.
            Você há de convir que poucos ou quase nenhum bêbado é frequente às igrejas. Quando entram aos portais da igreja pode ser por descuido, levados à força ou por providência divina. Progenitores entregues ao vício das drogas chamadas de lícitas, bebida e cigarro; das chamadas ilícitas, maconha, cocaína, haxixe, conseguem levar a família ao caos, à desgraça, “[...] à ruína completa, (daí, o próprio Deus) tem posto (essa família) como exemplo a quantos venham a viver impiamente” (2Pe 2.6).
            Imagine o provedor do lar responsável pelo pagamento das contas fixas: prestação da casa própria/aluguel, água, luz, funcionário, veste e alimentos. Caso essa pessoa fique apenas no pedido de misericórdia, “[...] rogando: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei” (Mt 18.26), e que isto se repita meses sem fim. Veja que diante de Deus não valerão os seus votos dizendo que “[...] de tudo [...] (que ganho pagarei) o dízimo” (Gn 14.20).
            Saiba que é possível, pela misericórdia de Deus, que você e toda a sua família sejam redirecionados para viver bem, a fim de buscarem e servirem a Deus com fidelidade. Não pense que pelas suas próprias forças você terá condições de se desvencilhar daquilo que não satisfaz nem a você e muito menos a seus amigos e parentes. Isto porque nem você aguenta a si mesmo, nem você consegue suportar sua chatice. Pense a respeito.
            Deus é o único que pode intervir na sua vida física, material, espiritual e financeira. Isto porque somente “[...] o SENHOR (é quem pode) [...] mudar a sorte diante dos seus olhos [...]” (Sf 3.20) a fim de que você consiga enxergar que a sua família precisa estar bem para você viver bem diante de Deus. 
            A sua família é muito importante, e Deus mais ainda. Portanto, não é à toa que Jesus faz um alerta a respeito do seu relacionamento horizontal e vertical, ou seja, quando você "[...] trouxer ao altar a sua oferta, ali (você) se lembrar de que teu irmão tem alguma coisa contra você, deixa perante o altar a sua oferta, vai primeiro reconciliar-se com seu irmão; e, então, voltando, faze a sua oferta" (Mt 5.23, 24).
Rev. Salvador P. Santana

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

3Jo.1-15 - RETRATOS DE CRENTES.

RETRATOS DE CRENTES, 3Jo.1-15.

Objetivo:     Conhecer a terceira carta de João e envolver-se na obra missionária.
         Fotografia – gr. Foto – fós; grafos – grafe, e significa “desenhar com luz”.
         A invenção da fotografia é o resultado de pesquisas feitas desde o século 16.
         Hoje temos a fotografia em preto e branco, a fotografia colorida e a digital.
         Ela está presente na vida humana como uma forma de expressão de afetividade, identidade e memória.
         Na foto congelamos ou registramos momentos importantes da nossa vida e a lembrança de lugares e pessoas significativas.
         Fotografamos pessoas queridas, lugares, momentos especiais – nascimento, aniversário, casamento e formatura.
         Fotografamos para combater o esquecimento e construir a nossa memória.
         Fotografamos para registrar a nossa identidade.
Nar.:  A 3ª carta de João foi escrita nos anos 80-90 do primeiro século, da cidade de Éfeso.
         Há três motivos para estudar esta carta:
         1 – Ela revela a vida local de uma comunidade cristã primitiva, através do retrato de três homens;
         2 – Ela apresenta o diagnóstico de uma alma espiritualmente saudável;
         3 – Ela nos oferece um curso de hospitalidade cristã para com aqueles que estão envolvidos na obra missionária.
1 – Gaio: Um crente que cooperou com a obra de Deus.
            A primeira fotografia que temos da igreja é a de um irmão chamado Gaio.
            O verso 1 apresenta duas informações importantes:
            1 – O remetente: “O presbítero (ou o ancião João) [...]”, 3Jo.1, o mesmo autor das duas cartas anteriores e Apocalipse.
            2 – Destinatário: “[...] amado Gaio [...]”, 3Jo.1.
            No N.T. aparecem três pessoas com o nome de Gaio:
            A – “[...] O macedônio Gaio [...] companheiro de Paulo [...] (que o) acompanhou [até à Ásia] [...]”, At.19.29; 20.4;
            B – O cristão de Corinto, “[...] Gaio [...] (a quem Paulo) batizou [...] (o qual) o [...] hospedou [...]”, 1Co.1.14; Rm.16.23.
            C – O cristão, o “[...] amado Gaio [...]”, 3Jo.1 a quem João endereçou a sua carta.
            O perfil espiritual deste irmão a quem João escreve:
            A – Gaio era uma pessoa amada e amável.
            A declaração de João é que “[...] Gaio (era) amado, a quem eu amo na verdade”, 3Jo.1.
            Ele repete a palavra amado mais duas vezes nos versos 2 e 5.
            Trata-se de um tratamento carinhoso para uma pessoa especial.
            Toda pessoa que recebe o amor de Deus é uma pessoa querida e capacitada a derramar amor aos outros, por isso, “nós amamos porque ele nos amou primeiro”, 1Jo.4.19.
            B – Gaio era uma pessoa de boa saúde espiritual.   
            O amor do “[...] presbítero ao amado Gaio [...]”, 3Jo.1 se expressa num desejo: “Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma”, 3Jo.2.
            A palavra “[...] prosperidade [...]”, 3Jo.2 denota sucesso, “[...] conforme a sua prosperidade (financeira) [...]”, 1Co.16.2.
            A palavra “[...] saúde [...]”, 3Jo.2 significa vigor, saúde e bem-estar, a ponto de “[...] não precisar de médico [...] (estando bem) recuperado com saúde”, Lc.5.31; 15.27.
            A “[...] saúde [...]”, 3Jo.2 espiritual é mantida e desenvolvida através de uma dieta com cinco elementos:
            1 – “[...] O genuíno leite espiritual (Palavra de Deus), para que, por ele, nos seja dado crescimento para salvação”, 1Pe.2.2;
            2 – Vida de oração “[...] entrando no seu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”, Mt.6.6;
            3 – Exercício da “[...] piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele”, 1Tm.6.6, 7;
            4 – Fidelidade na mordomia porque Deus “[...] requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel”, 1Co.4.2;
            5 – E a prática das “[...] boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”, Ef.2.10.
            C – Gaio era uma pessoa que andava na verdade.   
            João fala que “[...] ficou sobremodo alegre pela vinda de irmãos [...] (terem dado) testemunho (a respeito de Gaio) da (fidelidade) [...] da verdade, (e) como Gaio anda na verdade”, 3Jo.3.
            A declaração de João é que “não tem maior alegria do que esta, a de ouvir que seus filhos andam (viver) na verdade”, 3Jo.4, obediente a Deus em todas as áreas da vida.
            D – Gaio era uma pessoa que cooperava com a verdade.    
            O “amado (Gaio), procedia fielmente naquilo que praticava (com a proclamação do evangelho) para com os irmãos, e isso fazia mesmo quando são estrangeiros”, 3Jo.5.
            Veja a importância de viver uma vida íntegra diante de Deus, pois “os quais (estrangeiros), perante a igreja, deram testemunho do [...] amor (de Gaio). (João fala que Gaio) bem faria encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus (em direção à salvação)”, 3Jo.6.
            Interessante notar que não foi por causa de Gaio, mas “[...] por causa do Nome (de Cristo) foi que saíram, nada recebendo dos gentios (para anunciar o evangelho)”, 3Jo.7.
            O desejo de João é que Gaio, eu e você, “[...] devemos acolher esses irmãos (salvos pela graça), para nos tornarmos cooperadores da verdade (evangelização)”, 3Jo.8.
            Três perguntas chaves:
            1 – O que Gaio praticava?  
            Ele praticava a hospitalidade cristã acolhendo e hospedando os ministros da Palavra e os missionários itinerantes.
            Ele possuía a qualificação exigida da hospitalidade para alguém ser líder na igreja, sendo “[...] necessário [...] que o bispo seja [...] hospitaleiro [...]”, 1Tm.3.2;
            É possível que homens “[...] que possuem recursos deste mundo, e vendo a seu irmão padecer necessidade (o seu desejo será o de não) [...] fechar-lhe o seu coração [...] (isto é prova de que) pode permanecer nele o amor de Deus [...]”, 1Jo.3.17.
            2 – Qual a sua motivação?  
            Gaio cuidava dos servos de Deus com três motivações:
            A motivação de Gaio era [...]
            A – Por fidelidade a Deus.
            Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para com os irmãos [...]”, 3Jo.5.
            Gaio era um mordomo do Senhor e a única coisa que Deus “[...] requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel”, 1Co.4.2;
            A motivação de Gaio era [...]
            B – Por amor a Deus e a seus irmãos.
            Tantos os da igreja quanto os de fora “[...] deram testemunho do [...] amor (de) Gaio [...]”, 3Jo.6, neste caso, quem ama cuida, pois devemos “[...] amar uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”, 1Jo.4.7.
            Sendo assim, “quem [...] (os servos de Deus) recebe a Jesus [...] e quem [...] recebe (a Jesus) recebe aquele que o enviou (o Pai)”, Mt.10.40.
            A motivação de Gaio era [...]
            C – Por dever ou obediência a Deus.
            Gaio “[...] acolhia [...] (os) irmãos, para (se) [...] tornar cooperador da verdade”, 3Jo.8.
            Paulo fala que todos devem “levar as cargas uns dos outros e, assim, cumprir a lei de Cristo”, Gl.6.2.
            3 – Qual o resultado da sua prática?  
            O resultado maior é “[...] para [...] (a) verdade”, 3Jo.8 ser disseminada, propagada.
            Essa é a maneira para combater a disseminação das heresias ensinadas pelos falsos mestres.
2 – Diótrefes: Um crente que prejudica a obra de Deus.
            A segunda fotografia que temos da igreja para quem João escreveu é a de uma pessoa chamada “[...] Diótrefes [...]”, 3Jo.9.
            João “escreve alguma coisa à igreja (a respeito da verdade e da fé); mas Diótrefes [...]”, 3Jo.9, no meio do caminho faz de tudo para impedir a obra de Deus.
            [...] Diótrefes [...]”, 3Jo.9 é tudo aquilo que um líder não deve ser.
            [...] Diótrefes (filho adotivo de Zeus, indica a sua origem grega) [...]”, 3Jo.9.
            O que Diótrefes fazia?
            João fala “[...] que Diótrefes [...] gosta de exercer a primazia entre eles [...]”, 3Jo.9.
            É querer ser o primeiro ou ter ambição por ser o primeiro em tudo.
            Diótrefes era movido pelo orgulho e pela sede de poder.
            Jesus reprova essa prática ao dizer que “[...] entre nós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre nós, será esse o que nos sirva”, Mc.10.43.
            [...] Diótrefes [...] não (recebia e nem) [...] dava acolhida”, 3Jo.9 aos servos de Deus.
            Há muitos irmãos que agem assim na igreja hoje. Pensam só em si e nos seus interesses pessoais.
            Diótrefes falava mal dos irmãos.
            Por isso [...]”, 3Jo.10, por ser o primeiro, não receber os servos de Deus, João declara: “[...] se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica [...]”, 3Jo.10, que é contra os ensinos de Cristo. 
            Outra má “[...] obra que Diótrefes praticava, proferindo contra nós (apóstolos) palavras maliciosas [...]”, 3Jo.10. 
            A Bíblia chama essa “[...] palavra maliciosa [...]”, 3Jo.10 de “[...] falso testemunho contra o seu próximo”, Ex.20.16. 
            Diótrefes perseguia os irmãos hospitaleiros.
            [...] E, não satisfeito com estas coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja”, 3Jo.10. 
            Esses são chamados de líderes ditadores.
            Muitos abusam do poder e eclesiástico julgando e condenando todos aqueles que discordam deles.
            Eles lutam, não pela glória de Deus, mas pela projeção dos seus próprios nomes.
3 – Demétrio: Um crente honrado na obra do Senhor.
            A terceira fotografia é do irmão “[...] Demétrio [...]”, 3Jo.12.
            Antes de mostrar o seu retrato, João dá um conselho a Gaio: “Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica o mal jamais viu a Deus”, 3Jo.11.
            Não seguir o exemplo de Diótrefes, pois a sua conduta é de quem não conhece a Deus ou de uma pessoa não regenerada.
            Um exemplo a seguir é o de “[...] Demétrio [...]”, 3Jo.12, e os motivos são três:
            1 – “Quanto a Demétrio, todos lhe dão testemunho [...]”, 3Jo.12;
            2 – “[...] Até a própria verdade (a pregação do evangelho) [...] dá testemunho [...]”, 3Jo.12;
            3 – “[...] E nós (João, os apóstolos) também dão testemunho [...]”, 3Jo.12 da sinceridade de Demétrio como crente honrado.
            João conclui que todos da igreja “[...] sabiam que o [...] testemunho (de João, dos apóstolos e dos demais são) verdadeiros”, 3Jo.12.
Conclusão:  Na conclusão da carta João apresenta seus planos:    
            1 – “Muitas coisas tinha que [...] escrever (a) Gaio [...]”, 3Jo.13 a respeito da fé, dos falsos cristãos e, sobre a verdade;
            2 – “[...] Todavia, não quis fazê-lo com tinta e pena”, 3Jo.13 devido a saudade, os custos dos pergaminhos 9 m x 20 cm;
            3 – O desejo de João, “pois, em breve, esperava ver Gaio [...]”, 3Jo.14 e os demais da igreja para matar a saudade e poder falar sobre a sua experiência espiritual;
            4 – “[...] Então, conversaria de viva voz”, 3Jo.14 dos falsos cristãos que havia na igreja.
            A despedida de João é que “a paz (de Cristo) seja contigo [...]”, 3Jo.15 para animar a fé, a esperança e a certeza de salvação.
            Interessante notar que João fala sobre “[...] os amigos (que Gaio havia feito) te saúdam [...]”, 3Jo.15.
            E João não esquece de “[...] saudar os (seus) amigos, nome por nome”, 3Jo.15; sinal de que ele orava por eles.
           
           


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.