terça-feira, 28 de maio de 2019

SE TU QUISERES.

SE TU QUISERES
            Neste mundo é possível se encontrar com pessoas que não têm compromisso e nem respeito pelas autoridades. O desrespeito acontece dentro de casa e fora dela. A desmoralização está entre agentes públicos e privados, entre homens e mulheres, e é fato que crianças e adolescentes se apresentam com mais frequência em desacordo com pais, professores, amigos, vizinhos e autoridades superiores.
            Cada um precisa fazer uma reflexão a respeito do que Cristo falou em sua Palavra ao dizer para o “[...] o seu Pai [...] não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mt 26.39).
            Observe que este texto declara que aquele que falou essa frase foi verdadeiramente obediente. Jesus Cristo, quando estava passando por uma das maiores crises de sua vida terrena: prisão, espancamento, crucificação, a morte se avizinhava a cada segundo; parecia não haver mais solução para essa situação de tristeza e desespero.
            Essa atitude de Jesus chama atenção por assemelhar-se com o homem, porém com algumas diferenças. Quando o homem fala: Deus, “[...] faça-se a tua vontade [...]” (Mt 6.10), há uma incoerência e despreparo para obedecer fielmente a Deus. Pior ainda é que, quando Deus faz a vontade dele sobre a vida deste que fez a petição, nem sempre ele aceita ou quando aceita fica a reclamar e lamentar.
            Não foi assim com Jesus. Jesus abriu a sua boca com o propósito de que, o Pai fazendo a sua vontade, o próprio Filho tivesse condições de abençoar outros que estavam a seu lado. Quando o Pai celeste completou a sua vontade através do Filho obediente, Ele disse na cruz: “[...] perdoa-lhes [...] estarás comigo no paraíso [...] entrego o meu espírito (àquele que sabe de todas as coisas) [...]” (Lc 23.34, 43, 46).
            Perceba que a atitude de Jesus foi de total respeito para com o seu Pai. O exemplo e desejo de Jesus é de que tudo fosse realizado em sua vida e na morte “[...] como (o) Pai queria” (Mt 26.39), e não segundo o querer do Filho para sobrepor a vontade do Pai.
            Jesus satisfez a vontade do Pai quando “[...] ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou [...] também Cristo [...] amou e se entregou a si mesmo [...] como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave” (2Co 5.15; Ef 5.2).
            Jesus deixa claro que a sua vontade entrou em sintonia com a do Pai. A esse respeito a Bíblia fala que “[...] Jesus foi entregue por causa das [...] transgressões (do homem pecador) e ressuscitou por causa da [...] justificação (desse mesmo homem). [...] Cristo [...] amou e se entregou a si mesmo [...] como oferta e sacrifício a Deus [...] Ele se deu em resgate por todos [...] a si mesmo se deu [...] a fim de remir (o homem) de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Rm 4.25; Ef 5.2; 1Tm 2.6; Tt.2.14).
            “[...] Fazer a vontade daquele (o Pai) que o enviou e realizar a sua obra” (Jo 4.34), não foi nada fácil, mesmo que no começo fosse difícil, mas ele cumpriu. É este o motivo do pedido de Jesus: “[...] prostrou-se em terra; e orava para que, se possível, lhe fosse poupada aquela hora” (Mc 14.35). Mas, “[...] todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mt 26.39).
            Fique sabendo que “[...] todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm 3.12), não apenas por pessoas contrárias à sua fé, mas também a respeito dos prazeres que cada um tem dentro de seu coração, das mazelas que são alimentadas dia a dia.
            Querendo viver para Deus, ser um cristão dedicado e “[...] aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar [...]” (2Tm 2.15), é preciso deixar as vontades egoístas, os desejos malignos, as falcatruas, as mentiras, pois essas mazelas em nada contribuem com a vontade de Deus a ser operada em sua vida.
            Lembre-se “[...] que todas as coisas (realizadas segundo a vontade de Deus) cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).
            Faça uma avaliação pessoal e coletiva a respeito de sua obediência quanto a tudo que Deus deseja para a sua vida, as quais estão registradas na Palavra de Deus. E que “[...] não seja como (você) quer, e sim como (o Pai celeste) quer” (Mt 26.39).
Rev. Salvador P. Santana

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Mt.7.6 - JULGAR.


JULGAR
Mt.7.6

Introd.:           Este texto parece incoerente com toda a Palavra de Deus.
            Quando lemos que “não (devemos) julgar, para que não sejamos julgados”, Mt.7.1, é possível que haja dúvidas em nosso coração.
            Desde o V.T. é falado que se deve “[...] anunciar entre os povos os [...] feitos (de) Deus. Anunciar entre as nações e publicar (que Deus está acima de todos os deuses) [...]”, Sl.9.11; Jr.50.2.
            Ao olhar mais de perto o texto em foco, veremos que não existe nenhuma contradição em relação a pregação do evangelho e o julgamento daqueles que rejeitam o evangelho.
            Não é à toa que o salmista declara que é “bem-aventurado o homem que não anda no conselho (propósito) dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores (para ouvir as suas lamúrias contra Deus), nem se assenta na roda dos escarnecedores (despreza, zomba, ridiculariza a Trindade, a Palavra de Deus, a igreja e você)”, Sl.1.1.
            O desejo de Deus é que eu e você aprenda a “não falar aos ouvidos do insensato, porque (ele) desprezará a sabedoria das nossas palavras”, Pv.23.9.
            É tão sério essa atitude que devemos tomar porque, se caso eu e você for “o que repreende o escarnecedor traremos afronta sobre nós; e o que censura o perverso a si mesmo se injuria (fica manchado, com defeito)”, Pv.9.7.
Nar.:    A advertência do texto não fala sobre missões religiosas, porque seria uma contradição em relação a muitas outras passagens bíblicas.
            O aviso é para que a nossa fé não seja abalada, manchada quando buscamos ensinar ou advertir a respeito do reino dos céus aos parentes, amigos e inimigos.
Propos.:           Jesus restringe a prédica do evangelho aos que fazem oposição aberta e destrutiva ao mesmo.
Trans.:             É preciso julgar [...]
1 – Para descobrir quem são os cães.
            O texto começa com o advérbio de negação, não [...]”, Mt.7.6, desta forma os servos de Deus estão desautorizados, impedidos para fazer aquilo que o próprio Jesus rejeita.
            O desejo de Jesus é que “não (podemos) dar (algo que contraria a vontade de Deus, que vá contra os princípios eternos da salvação, da moral, da dignidade, da vontade de viver para a eternidade) [...]”, Mt.7.6.
            É aí que Jesus fala a quem “não (devemos) dar (algo precioso que temos em nosso coração) [...]”, Mt.7.6.
            Precisamos saber que quando Jesus fala sobre “[...] cães (Ele se reporta a seus dias nas estradas poeirentas de Israel) [...]”, Mt.7.6.
            O texto se referindo “[...] aos cães (cachorros) [...]”, Mt.7.6, Jesus compara os animais de sua época que eram irracionais, briguentos, imundos, aos homens que agiam de igual modo ou pior.
            Paulo os chamou de [...] rebeldes [...]”, Rm.15.31.
            Jesus exclamou: (Chamando-os de) [...] geração incrédula e perversa [...]”, Mt.17.17.
            Lucas, o médico amado, fala que esses cães são “[...] movidos de inveja [...] homens maus dentre a malandragem, (que gostam de) ajuntar a turba, alvoroçar (a fim de matar, roubar e destruir tal como Satanás) [...]”, At.17.5.
            Paulo pede oração “[...] para que sejamos livres dos homens perversos e maus; porque a fé não é de todos”, 2Ts.3.2.
            A ordem de Jesus é que “não demos aos cães o que é santo [...]”, Mt.7.6.
            [...] O que é santo [...]”, Mt.7.6 fala sobre os sacerdotes que, oferendo a carne em sacrifício, alguns deles jogavam pedações de carne, tirados do altar, aos cães que infestavam as cidades.
            [...] O que é santo [...]”, Mt.7.6 para eu e você, como a nossa fé, a nossa crença, as verdades do reino e de Deus não podem ser [...] dadas aos cães (pecadores zombeteiros, que ignoram ou renegam a Palavra de Deus) [...]”, Mt.7.6.
            Julgue para [...]
2 – Saber quem sãos os porcos.        
            Falando sobre “[...] pérolas [...]”, Mt.7.6, Jesus relata que essas eram parecidas com ervilhas ou milho, nutritivos que eram comidas pelos porcos.
            O quadro é de um homem rico que jogava mãos cheias dessas pequenas [...] pérolas [...]”, Mt.7.6 para alimentar animais irracionais.
            Acontece que “[...] os porcos (deviam se alimentar, usufruir, nutrir dessas) pérolas (mas, havia rejeição, negação) [...]”, Mt.7.6.
            [...] Os porcos (eram considerados imundos pelos judeus) [...]”, Mt.7.6.
            Falar de “[...] porcos (é falar da irracionalidade, da ferocidade, sujidade e do modo de agir de muitos homens) [...]”, Mt.7.6.
            Alguns indivíduos se encontram em níveis mais baixos que aquele ocupado pelos animais com suas ações violentas e amorais.
            Pedro declara que “[...] a porca lavada volta a revolver-se no lamaçal (assim como muitos homens se lambuzam em seus pecados)”, 2Pe.2.22.
            É bom lembrar que esse revolver é sistêmico, ou seja, um aprende a maldade, a malandragem, os pecados, os vícios com aquele que está mais próximo dando exemplo.
            Por este motivo “[...] nem (eu e você não devemos) lançar (o que temos de mais precioso em nossa vida – a Bíblia, uma palavra amiga, uma ajuda, isto porque) os porcos (não sabem aproveitar as oportunidades para o bem) [...]”, Mt.7.6.
            Perceba que o texto fala que são “[...] as suas pérolas (e não do outro que são) os porcos (em suas ações e rebeldia contra Deus) [...]”, Mt.7.6.
            Aprenda a julgar [...]
Conclusão: Para evitar a sua destruição.
            A ordem de Jesus é: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas [...]”, Mt.7.6.
            O motivo principal é: “[...] para que não as pisem com os pés [...]”, Mt.7.6.
            O sentido de “[...] não as pisem com os pés (é a rejeição, afronta, a blasfêmia contra o nosso Deus, a injúria contra a noiva do Cordeiro, o menosprezo da nossa fidelidade, leitura bíblica e oração) [...]”, Mt.7.6.
            Quando os “[...] cães [...] (e) os porcos [...] pisam com os pés (a nossa lealdade, sinceridade, o ser dizimista fiel, o desejo deles é menosprezar, zombar, ridicularizar o nosso Deus) [...]”, Mt.7.6.
            Muitos deles perguntam: “[...] O teu Deus onde está? (Achincalham a nossa fé devido) as nossas lágrimas ter sido o nosso alimento dia e noite [...]”, Sl.42.3.
            Os “[...] cães [...] os porcos [...] pisam (agem como aqueles que oferecem a droga e depois de você cair) [...] voltando-se (contra nós), nos dilaceram (rasga, rompe, estoura, arrebenta, quebra em pedaços e nos abandona)”, Mt.7.6.
            Julga se a pessoa em quem você confia é digna de merecer a sua amizade.


            Rev. Salvador P. Santana


quarta-feira, 22 de maio de 2019

Rm.4.16-18 - O BATISMO INFANTIL.


O BATISMO INFANTIL, Rm.4.16-18.
Introd.:           O batismo infantil é de vital e essencial importância na igreja visível, mas muitos atacam esse procedimento que é fundamentado biblicamente.
            O batismo é um sacramento instituído pelo Senhor, e deve ser ministrado por um ministro ordenado, com água, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
            O batismo nos comunica e sela os benefícios contidos nas promessas graciosas de Deus para com o seu povo escolhido.
1 – O batismo infantil e a continuidade do pacto da graça.
            O batismo comunica a purificação característica da regeneração é por isso que aquele que “[...] não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”, Jo.3.5.
            Por este motivo deve haver “[...] arrependimento, e cada um de nós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos nossos pecados, e receberemos o dom do Espírito Santo”, At.2.38.
            Essa mudança deve acontecer porque “[...] alguns de nós [...] nos lavamos [...] fomos santificados [...] justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”, 1Co.6.11.
            O objetivo principal é nos comunicar e confirmar nossa união com Cristo, porque fomos “[...] sepultados com ele na morte pelo batismo [...] (daí devemos) andar [...] em novidade de vida”, Rm.6.4.
            O batismo, segundo foi instituído, deve ser administrado em nome da Trindade santa, o que aponta a realidade sublime da comunhão do crente, não somente com o Filho, mas com todas as pessoas da Trindade.
            O batismo nos torna “[...] raça eleita [...] nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus [...]”, 1Pe.2.9.
            Por meio do batismo, somos fortalecidos e sustentados na intimidade de relação espiritual com o Senhor, porque “[...] Jesus rogou ao Pai, e ele nos deu outro Consolador [...] (e) não nos deixou órfãos [...]”, Jo.14.16, 18.
            O principal fundamento que sustenta biblicamente a prática do batismo infantil está na unidade e continuidade, que caracteriza a aliança da graça realizada por Deus com Abraão.
            Deus prometeu “[...] abençoar (Abraão) e [...] multiplicarei a sua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar [...]”, Gn.22.17, bênção que até hoje acompanha nossos filhos.
            Esses benefícios se transformaram em “[...] bênção de Abraão para que chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido”, Gl.3.14.
            Paulo fala que “[...] Abraão é pai de todos nós (que cremos em Cristo Jesus)”, Rm.4.16.
            Aos Gálatas, Paulo declara que devemos “saber [...] que os da fé é que são filhos de Abraão”, Gl.3.7.
            A nova aliança é o cumprimento da aliança que o Senhor fez com Abraão, e Cristo é o cumprimento cabal das promessas contidas nessa aliança da graça.
            Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós”, Rm.4.16.
            Veja que “[...] as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo (logo, todo aquele que crê em Jesus, está dentro da promessa e salvo)”, Gl.3.16.
            O batismo infantil é plenamente coerente no contexto da aliança e as promessas são destinadas à descendência, portanto, as crianças não podem ser olvidadas (esquecidas) deste sacramento.
2 – O batismo infantil e a salvação.
            O pacto da graça que o Senhor Deus firmou com o homem é a garantia de cuidado eterno e certeza de um relacionamento íntimo com o Senhor por toda a eternidade.
            Deus falou para Moisés que os “tomaria por seu povo e seria (seu) [...] Deus [...]”, Ex.6.7.
            Jeremias foi alertado de que o povo devia “[...] dar ouvidos à [...] voz (do Senhor), e (o Senhor) [...] seria o seu Deus, e eles seriam o seu povo [...]”, Jr.7.23.
            O pacto deve ser compreendido como um instrumento de redenção e como uma garantia da vida em sua plenitude conforme firmada por Deus, que é caracterizada como um relacionamento de amor com o Senhor que se expressa por meio dos sacramentos.
            Não se trata de um contrato firmado entre partes iguais, mesmo porque, “[...] todos pecaram e carecem da glória de Deus”, Rm.3.23.
            A aliança é determinada em seus termos pelo Deus criador de todas as coisas, que vem ao homem pecador “[...] propondo a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”, Dt.30.19.
            O homem é miserável, indigno e incapaz de promover sua própria salvação, isto é “porque pela graça somos salvos, mediante a fé; e isto não vem de nós; é dom de Deus”, Ef.2.8.
            A salvação nunca foi mérito nem “[...] obras (do ser humano), para que ninguém se glorie”, Ef.2.9.
            A salvação é dádiva de Deus porque Ele “[...] nos escolheu (em Jesus) [...] antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”, Ef.1.4.
            Ao ser dada a promessa de salvação à semente, ao descendente, ela inclui as crianças, “pois para nós outros é a promessa, para nossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar”, At.2.39.
            O batismo infantil é um selo de salvação eterna concedida aos eleitos pelo próprio Deus.
3 – O batismo infantil como sinal do pacto da graça.
            A ordem de Deus a respeito do sinal do pacto é que “[...] Abraão (devia) [...] guardar a [...] aliança (de Deus) [...] e a descendência (de) Abraão no decurso das suas gerações [...] que todo macho entre eles seria circuncidado”, Gn.17.9, 10.
            Foi instituído que todas as crianças “[...] que tem oito dias seriam circuncidadas [...] tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qualquer estrangeiro [...] o incircunciso, que não for circuncidado na carne do prepúcio, essa vida seria eliminada do seu povo; quebrou a aliança (de Deus)”, Gn.17.12, 14.
            A criança era a portadora, segundo a vontade soberana de Deus da aliança da graça.
            Essa característica permanece também no batismo, “[...] depois que ouvimos a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo nele também crido, fomos selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança [...]”, Ef.1.13, 14.
            Deus prometeu “estabelecer a sua aliança (com Abarão) [...] e a sua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o seu Deus e da sua descendência”, Gn.17.7.
            Abraão, assim como os pais, são responsáveis, devendo “[...] todo macho entre nós (para) ser circuncidado (batizado)”, Gn.17.10.
            O símbolo da aliança aplicado às crianças, comunica a necessidade de o ser humano viver em fidelidade os votos estabelecidos pela aliança da graça.
            O sinal comunica a necessidade de purificação, a santidade indispensável para ser consagrado ao Senhor e viver em um relacionamento de intimidade com ele. 
4 – O batismo infantil e a família da aliança.
            A “[...] circuncisão [...] no oitavo dia [...]”, Lv.12.3, apresentava como um testemunho de pertencimento do indivíduo à família da aliança.
            Veja que “essa é a razão por que provém da fé (dos pais para levarem seus filhos), para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós”, Rm.4.16.
            O batismo sela uma pessoa como membro da igreja.
            Para os eleitos, têm os benefícios da “[...] purificação (e do perdão) dos pecados [...]”, Hb.1.3.
            A inclusão na família da aliança é “como está escrito: Por pai (Abraão) de muitas nações te constituí.), perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem”, Rm.4.17.
            A circuncisão demonstra que o Senhor quer tratar com famílias, tal como fez com “[...] Noé [...] (ordenando que) entrasse na arca, ele e toda a sua casa, porque (o) Senhor reconheceu que Noé tem sido justo diante de Deus no meio (daquela) [...] geração”, Gn.7.1.
            Não encontramos no N.T., a abolição dos princípios da aliança.
            Evidência da continuidade é que “[...] o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente [...] (desse modo) os [...] filhos [...] serão santos”, 1Co.7.14.
            O que fundamenta a administração do batismo às crianças é sua instituição divina.
            A promessa de Deus contidas na aliança da graça são destinadas aos pais para se “[...] arrepender [...] ser batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos [...] pecados, e receber o dom do Espírito Santo. Pois para (os pais) [...] é a promessa, para seus filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar”, At.2.38, 39.
5 – O batismo infantil e a responsabilidade dos pais.
            Devemos ter em mente que filhos são presentes de Deus.
            Na criação do mundo “[...] Deus [...] abençoou (Adão e Eva) e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra [...]”, Gn.1.28.
            Considerar a importância dos filhos porque “[...] Deus formou o nosso interior Deus nos teceu no seio de nossa mãe [...] (e) por modo assombrosamente maravilhoso nos formou; as obras (de) Deus são admiráveis, e a nossa alma o sabe muito bem”, Sl.139.13, 14.
            A criança é importante porque “criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”, Gn.1.27.
            [...] Os filhos são [...] herança do SENHOR [...]”, Sl.127.3.
            A promessa de salvação foi o nascimento de Jesus quando “Maria deu à luz um filho e lhe pôs o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”, Mt.1.21.
            Deus confia os filhos aos pais para que sejam ensinados:
            A – “Amar [...] o SENHOR, nosso Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua força”, Dt.6.5;
            B – “O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a nossos filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez”, Sl.78.3, 4;
            C – Os pais precisam priorizar “[...] buscar a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurar, então, entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus”, Pv.2.4, 5;
            D – Aos pais está “[...] ordenado [...] a guardar o caminho do SENHOR e praticar a justiça e o juízo; para que o SENHOR (abençoe a seus filhos) [...]”, Gn.18.19;
            E – Os “[...] pais, não (devem) provocar seus filhos à ira, mas criá-los na disciplina (educar, ensinar, treinar) e na admoestação (correção, formação, exortação) do Senhor (treinando o filho para a vida)”, Ef.6.4.
            Não há possibilidade de transferência da responsabilidade dos pais quanto ao cuidado dos filhos, essa responsabilidade foi conferida por Deus.
            Os pais, se não cumprirem os mandamentos de Deus, serão os responsáveis por não terem ensinado seus filhos.
            Os pais são responsáveis porque eles são representantes de Deus, assim como “Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência (crê em Deus)”, Rm.4.18.
            Alguns exemplos de representantes de sua família:
            Com Noé, Deus “[...] estabeleceu a sua aliança; entrando na arca, Noé e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos”, Gn.6.18;
            Deus “estabeleceu a sua aliança entre Ele e Abraão e a sua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o seu Deus e da sua descendência”, Gn.17.7;
            [...] O SENHOR se indignou contra Salomão, pois desviara o seu coração do SENHOR [...] por isso, disse o SENHOR a Salomão: Visto que assim procedeste e não guardaste a minha aliança, nem os meus estatutos que te mandei, tirarei de ti este reino e o darei a teu servo”, 1Rs.11.9, 11.
            Jairo, “[...] um oficial do rei, cujo filho estava doente em Cafarnaum (foi abençoado). Tendo ouvido dizer que Jesus viera [...] foi ter com ele e lhe rogou que descesse para curar seu filho, que estava à morte. Vai, disse-lhe Jesus; teu filho vive. O homem creu na palavra de Jesus e partiu”, Jo.4.46, 47, 50.
            O cumprimento das exigências do pacto se dá por meio do ensino constante quando observamos “[...] os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, nosso Deus, se nos ensinassem [...] para que temamos ao SENHOR, nosso Deus, e guardemos todos os seus estatutos e mandamentos que Deus nos ordena, nós, e nosso filho, e o filho de seu filho, todos os dias da tua vida; e que seus dias sejam prolongados”, Dt.6.1, 2.
            Provérbios apresenta um pai experiente e presente aconselhando; “filho meu, guarda as minhas palavras e conserva dentro de ti os meus mandamentos”, Pv.7.1.
            O pai precisa se “[...] tornar padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza”, 1Tm.4.12.
            Os pais devem “[...] ser temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância. (Precisam) torna-se, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência (respeito, honra)”, Tt.2.2, 7.
            Os “[...] pais, não (podem) provocar seus filhos à ira, mas criá-los na disciplina (educar, ensinar, treinar) e na admoestação (correção, formação, exortação) do Senhor (e nem abusar da autoridade, mas alimentar-se da Palavra de Deus)”, Ef.6.4.
Conclusão:      O batismo é um selo que confirma nosso pertencimento ao Senhor.
            Desde à época de Abraão as promessas são garantidas àqueles que pertencem à família da aliança da graça.
            O pacto da graça é a garantia do cuidado eteno do Senhor para com os filhos da aliança, e a certeza do relacionamento íntimo com Deus por toda a eternidade.
Aplicação:       Você já batizou seus filhos?
            Incentiva aqueles que não o fizeram.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor – Palavra Viva – Rev. Christian Brially Tavares de Medeiros – ECC.

sábado, 18 de maio de 2019

AMOR NO LAR.


AMOR NO LAR
            Todo lar é um lugar de grandes lições que duram gerações, mas em meio aos ensinos o homem pode encontrar lamentações, choros, dúvidas, ciúmes, angústias, aflições, brigas, desesperos, desavenças. Por outro lado, é possível que haja alegrias, festas, desejos aceitáveis, cordialidades, perdão, amor, disposição para ajudar o próximo.
            É preciso entender que um lar não é formado por paredes, portas, janelas, telhado; isso é uma casa. O lar é composto de vidas sadias ou doentes, homens e mulheres que têm desejos, que fazem planos a curto, médio e longo prazo.
            O grande vilão dentro dos lares em todos os tempos, principalmente quando as redes sociais dominam é a falta de tempo para estar juntos, conversar, contar causos, sorrir, chorar, sentar-se à mesa para as refeições, parar um pouco para discutir a respeito de algum problema que a família esteja enfrentando.
            O salmista apresenta um modelo de lar que muitos não aceitam por ser fora de moda ou por não aceitarem amar a Deus com todo o seu coração.
            O texto fala que é “bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos!” (Sl 128.1). Perceba que deve haver uma sincronia entre temer e andar. Esse que anda e teme é bem-aventurado do SENHOR.
            É importante ressaltar que, quando o Senhor abençoa, cada um tem o seu papel fundamental e importante dentro do lar. Os pais, “do trabalho de suas mãos comerás, feliz serás, e tudo lhes irá bem” (Sl 128.2). 
            A mãe, com dupla ou tripla jornada de trabalho, a “[...] esposa, no interior de sua casa, será como a videira frutífera [...]” (Sl 128.3), a qual administra com honestidade, fidelidade, amor e sabedoria.
            Os “[...] seus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa” (Sl 128.3), são consequência da atitude dos pais – recebem o título de rebentos de oliveira, expressão que demonstra força que tem por ser criados em um lar onde há comunhão.
            A sociedade grita por socorro e não sabe onde buscar auxílio e força para os problemas que enfrentam no dia a dia, isto porque os muitos lares estão destroçados a tal ponto de muitos não desejarem voltar, ou ficarem dento dos bares ou junto aos amigos noites sem fim.
            Pais e filhos precisam desejar ter um lar seguro, edificado no amor de Cristo Jesus, harmonioso, dedicado uns aos outros com o intuito de serem ajudados, consolados e edificados para o cumprimento dos deveres a cada um incumbido.
            Faz-se necessário fazer uma autoavaliação a respeito da sua disponibilidade diante dos seus. Caso você ache que algo está errado ou fora dos acertos familiares, avance um pouco mais em direção ao conserto, à dedicação, à entrega total para se disponibilizar em fazer o que é necessário para o bem de todos.
            Uma das ordenanças de Cristo Jesus é que você aprenda a “[...] amar uns aos outros, segundo o mandamento que Ele ordenou” (1Jo 3.23). Este dever é porque tem se “[...] multiplicado a iniquidade, o amor (está) se esfriando de quase todos” (Mt 24.12), por este motivo, “[...] ame uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1Jo 4.7).
            O amor dos pais aos filhos e dos filhos aos pais deve ser demonstrado como marca registrada em sua atitude a fim de que os vizinhos, amigos e parentes possam perceber e comecem a praticar como forma de imitação em sua vida. Lembre-se que amar é o sentimento que se transforma em atos concretos.
            O amor dentro do lar precisa começar com os pais. Um amando o outro dando assim exemplo para os seus filhos tal como cada genitora “[...] criem filhos, sejam boas donas de casa e não deem ao adversário ocasião favorável de maledicência” (1Tm 5.14).
            Que Deus abençoe a sua família no amor do seu lar!
Rev. Salvador P. Santana

sábado, 11 de maio de 2019

Mt.28.16, 17 - SEGUIR JESUS.


SEGUIR JESUS
Mt.28.16, 17

Introd.: Não é fácil “[...] seguir Jesus, e deixar aos mortos o sepultar os seus próprios mortos”, Mt.8.22.
            Complicado ouvir “[...] Jesus dizer: Segue-me! (Daí, eu me) [...] levanto e o sigo”, Mc.2.14.
            Para seguir Jesus precisamos ter disposição, fé, comunhão, dedicação, compromisso e ser leal em tudo quanto Ele nos disser.
Propos.:           Seguir Jesus Cristo é um dos temas principais no evangelho de Mateus.
Trans.:             Seguir Jesus [...]
1 – Precisa ser convocado.
            Os discípulos “seguiram (não foi por conta própria [...]”, Mt.28.16.
            Os discípulos “seguiram Jesus (pois o mesmo já havia determinado que “[...] depois da sua ressurreição, iria adiante [...] para a Galileia”, Mt.26.32) [...]”, Mt.28.16.
            Seguiram Jesus (porque os anjos disseram às mulheres) irem [...] dizer aos seus discípulos que Jesus ressuscitou dos mortos e ia [...] para a Galileia [...]”, Mt.26.32; 28.7) [...]”, Mt.28.16.
            Ou seja, “seguiram (Jesus fora determinado pelo próprio Deus) [...]”, Mt.28.16.
            Seguir Jesus (é para aqueles que foram “[...] escolhidos nele antes da fundação do mundo, para serem santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”, Ef.1.4) [...]”, Mt.28.16.
            Perceba que os que “seguiram (foram) os onze discípulos (que tinham intimidade, lealdade, disponibilidade em servir Jesus e que aprenderam amar a Jesus) [...]”, Mt.28.16.
            Foram “[...] para a Galileia (dos gentios, Mt.4.15, porque ao retornar do Egito, José, “[...] o menino e sua mãe (foram) para a terra de Israel”, Mt.2.20, eles se “[...] retiraram para as regiões da Galileia”, Mt.2.22) [...]”, Mt.28.16.
            Jesus inicia os seus dias e termina o seu ministério na região mais pobre de Israel, Galileia.
            Foram “[...] para a Galileia (dos gentios, Mt.4.15 para serem evangelizados, influenciados pelo testemunho, impactados pelo evangelho e verem pela última vez o seu mestre Jesus ressuscitado) [...]”, Mt.28.16.
            Foi o próprio Deus quem conduziu “[...] os discípulos [...] seguirem Jesus (e desta mesma forma ele faz com cada um de nós; obedeça) [...]”, Mt.28.16.
            A ordem para “seguirem [...] para o monte (não com o desejo atual de orar, fazer uma campanha, mas para estar junto aos servos e abençoá-los) [...], Mt.28.16.
            Aqueles 12 discípulos deviam seguiram com mais [...] quinhentos irmãos de uma só vez [...]”, 1Co.15.6, a fim de seguir Jesus, não apenas naquele momento, mas para toda a eternidade.
            Seguir Jesus [...] para o monte que Jesus lhes designara (é incerto a localização, mas sabemos que, quando indicado por Cristo, temos “[...] o caminho, e a verdade, e a vida [...]”, Jo.14.6 que irá nos direcionar para a eternidade)”, Mt.28.16.
            Seguir Jesus [...]
2 – Exige que você seja um adorador.
            A conjunção aditiva “e (tem uma força acumulativa a fim de mostrar que os servos de Deus reconhecem o seu Mestre e Senhor) [...]”, Mt.28.17.
            É por este motivo que, “[...] quando viram Jesus (eles tinham a certeza de que o seu Senhor e Mestre estava presente e pronto para abençoar) [...]”, Mt.28.17.
            Aqueles doze discípulos “[...] quando viram Jesus, o adoraram (por aquilo que Jesus é e faz) [...]”, Mt.28.17.
            [...] Adora Jesus (porque o reconhecem como o único e verdadeiro Senhor) [...]”, Mt.28.17.
            [...] Adora Jesus (pelo motivo de Ele ser o verdadeiro Deus) [...]”, Mt.28.17.
            [...] Adora Jesus (devido ao seu amor eterno por cada um de nós) [...]”, Mt.28.17.
            Seguir Jesus [...]
Conclusão:       Não é para qualquer um.
            Perceba a conjunção adversativa “[...] mas [...]”, Mt.28.17.
            Precisamos entender que sempre haverá um “[...] mas (de discordância, de desânimo, de falta de confiança, de incredulidade) [...]”, Mt.28.17.
            Veja que acontece desde tempos antigos de um “[...] mas (como conjunção adversativa se interpor, se colocar contra ou no meio da credulidade) [...]”, Mt.28.17.
            Entenda que sempre haverá “[...] alguns (que) duvidam (hesitam, balançam, questionam, suspeitam de que Jesus é o nosso Senhor e Salvador)”, Mt.28.17.
            Segue Jesus como Senhor e Salvador de sua vida.


     Rev. Salvador P. Santana