sábado, 1 de outubro de 2022

Desarme-se

DESARME-SE Atos de violência têm se espalhado desde Oiapoque, Ap até o Chuí, RS. Os motivos são desde os desentendimentos na porta do bar, até principalmente nestes últimos dias, em meio às manifestações políticas que se dizem de direita, de centro ou esquerda. Os instrumentos, não musicais, mas que podem levar à morte do oponente conta com canivetes, estiletes, facas, armas de fogo, porretes, pedras, barras de ferro, o próprio punho fechado ou aberto e tudo quanto pode lançar mão para desferir no seu inimigo. E esse opositor pode ser um membro da mesma família, um frequentador da mesma igreja, o seu vizinho ou alguém que ele nem mesmo conhece. Houve uma eleição mais ou menos no ano 1.000 a.C. e o rei Saul não aceitou a derrota desde que ele viu e ouviu “as mulheres se alegrando e, cantando alternadamente, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares. Então, Saul se indignou muito, pois estas palavras lhe desagradaram em extremo; e disse: Dez milhares deram elas a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão o reino?” (1Sm 18.7, 8). Desse dia em diante a coisa desandou e Saul pegou em armas para ferir Davi. Para não sujar as suas próprias mãos, “disse Saul a Davi: Eis aqui Merabe, minha filha mais velha, que te darei por mulher... guerreia as guerras do SENHOR; porque Saul dizia consigo: Não seja contra ele a minha mão, e sim a dos filisteus.” (1Sm 18.17). Saul não desistiu depois que deu em nada sua intenção de fazer montar uma estratégia para que os filisteus matassem a Davi. Dias depois, aconteceu que “o espírito maligno, da parte do SENHOR, tornou sobre Saul... tinha na mão a sua lança, enquanto Davi dedilhava o seu instrumento músico. Procurou Saul encravar a Davi na parede, porém ele se desviou do seu golpe, indo a lança ferir a parede; então, fugiu Davi e escapou.” (1Sm 19.9, 10). O pequeno Davi não ficou livre dos enfrentamentos do seu opositor. Chegou um dia em que “... Davi... fugiu de diante de Saul...” (1Sm 21.10), mas isso não foi suficiente para se livrar da perseguição. Outra vez “Davi... se refugiou na caverna de Adulão...” (1Sm 22.1). Saul e seus homens não escondiam a maldade que existia em seus corações até que, depois do sacerdote “... Aimeleque, a pedido (de) Davi, consultar o SENHOR...” (1Sm 22.10), Saul, no encalço de Davi, ordenou a “... Doegue (um dos seus aliados), o edomita... arremeter contra os sacerdotes, e matou, naquele dia, oitenta e cinco homens que vestiam estola sacerdotal...” (1Sm 22.18). Tudo isso com o intento de ferir o coração de Davi. Davi não carregou mágoa do seu opositor. Ele empunhava sempre uma espada, mas se desarmava completamente dentro do seu coração, e se dedicava a “... não estender a mão contra o seu senhor, pois é o ungido de Deus.” (1Sm 24.10). Em outra oportunidade de se vingar de Saul, “Davi... respondeu a Abisai: Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão contra o ungido do SENHOR e fique inocente?” (1Sm 26.9). Desarme-se o mais rápido possível dentro e fora do seu coração. Um salmista, no desespero da sua alma, devia estar enfrentando os mesmos problemas que Davi, então, ele declara que “já há tempo demais que habita com os que odeiam a paz. (O maior desejo dentro do seu coração é) ser pela paz; quando, porém, ele fala, eles teimam pela guerra.” (Sl 120.6, 7). Davi não guardou mágoa do seu carrasco. Davi desarmou o seu coração em lágrimas quando soube da morte de Saul. “Pranteou Davi a Saul e a Jônatas... (disse que os dois eram) queridos e amáveis, tanto na vida como na morte não se separaram...” (2Sm 1.17). Através da graça de Deus é possível você não guardar rancor do outro que o persegue. Somente Deus é capaz de sustentar e abençoar a sua vida depois que o outro o menospreza e o ataca com violência. Deus é muito forte para levar você a “orar pela paz de Jerusalém (Brasil)! Sejam prósperos os que te amam. Reine paz dentro de teus muros e prosperidade nos teus palácios. Por amor dos meus irmãos e amigos, eu peço: haja paz em ti! Por amor da Casa do SENHOR, nosso Deus, buscarei o teu bem.” (Sl 122.6-9) para ver dias melhores em favor do povo brasileiro. Desarme-se da sua brutalidade, do seu medo, da sua desonestidade, da sua falta de amor ao próximo, do seu desejo maligno. Deus, tenha misericórdia do povo brasileiro! Rev. Salvador P. Santana

O filho e o moedor de carne

O FILHO E O MOEDOR DE CARNE Um moedor de carne será sempre um moedor. Não importa o tempo de uso e nem mesmo se está ou não sendo usado. Seja o moedor profissional, manual ou caseiro, ao colocar pedaços de carne bovina, sairá apenas carne bovina. Trocando e colocando carne suína, sairá carne moída suína. Se, carne de frango ou outra qualquer, será a mesma carne colocada e não outra. Filho não é criado para se passar no moedor de carne. Filho é criado para ser amado, alimentado, cuidado, respeitado, recebendo exemplo de todos quantos estão à sua volta. Por mais desobediente, ingrato, irreverente, doente, arrogante, estúpido que seja o filho, ainda assim seus pais lhe demonstram amor, cuidado e fazem de tudo para livrá-lo de qualquer enrosco que porventura ele venha se meter. Todos sabem que filhos não são como as carnes, que colocadas no moedor saem moídas. Filhos são diferentes, mesmo nascidos do mesmo útero, criados no mesmo lar, com as mesmas mordomias, os mesmos costumes. Um é totalmente diferente do outro. Jesus conta a história de uma família que vivia em Jerusalém, com dois filhos criados na mesma casa e debaixo do mesmo carinho dos pais. Os dois eram totalmente diferentes no comportamento. A biografia conta que o pai “... chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi.” (Mt 21.28-30). É possível que muitos pais entrem em desespero quando enfrentam tais situações de rebeldia. Não é apenas a rebeldia que ronda os corações dos filhos. A Bíblia relata outro caso muito interessante dizendo que “cresceram os meninos. Esaú saiu perito caçador, homem do campo; Jacó, porém, homem pacato, habitava em tendas.” (Gn 25.27). Até aí tudo bem. Nada de anormal e nem confusão. Alguns pais, até certa idade de seus filhos conseguem controlar, mante-los unidos e ditar as regras da casa, mas é possível chegar um momento em que um ou outro filho se rebele insidiosamente contra seus progenitores. Foi o que aconteceu de forma velada com Esaú e Jacó. Entre eles mesmos, sem envolver seus pais, “... Jacó... (pediu ao seu irmão Esaú para) vender... o direito de primogenitura.” (Gn 25.31). Foi o que aconteceu. Em outra oportunidade, sem conhecimento do pai, de forma unilateral, em conluio com sua mãe Rebeca, Jacó “... veio... astutamente tomou a... bênção.” Gn 27.35) de Esaú, “... enganando... usurpando a bênção que era sua...” (Gn 27.36). Desta vez, o resultado não foi o esperado, pois “passou Esaú a odiar a Jacó, por causa da bênção, com que seu pai o tinha abençoado... (resolveu em seu coração) matar a Jacó, seu irmão.” (Gn 27.41). A má notícia “chegou aos ouvidos de Rebeca... ela, pois, mandou chamar a Jacó... dizendo-lhe... Esaú... se consola a teu respeito, resolvendo matar-te... retira-te para a casa de Labão... em Harã;” (Gn 27.42, 43). Que desespero! Um filho é declarado ladrão e o outro está prestes a se tornar assassino. A única solução que Rebeca encontrou foi enviar o seu filho para longe da confusão. Imagine um filho ficar “vinte anos...” (Gn 31.41) fora da casa paterna, sem dar nenhum tipo de notícias. Sabe-se apenas que ele se foi e os pais não tinham certeza do seu retorno. É possível que muitos pais tomem a oração do salmista por empréstimo dizendo: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” (Sl 42.5). De fato, o único socorro de todos os pais é somente Deus. Só haverá mudança na vida do filho se ele passar pelo crivo de Deus, caso contrário, tudo quanto os pais desejarem, se tornará em vão. Jacó teve uma experiência formidável com Deus. Ele “... viu a Deus face a face, e a sua vida foi salva.” (Gn 32.30) para ter condições de receber o perdão do seu irmão “... Esaú (que) correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram.” (Gn 33.4) dando por encerrada a desavença que havia começado há mais de vinte anos por causa de um “... cozinhado de lentilhas...” (Gn 25.34), e por “... seu irmão vir astuciosamente e tomar a sua bênção.”, (Gn 27.35) importante para sua vida. Deixe Deus fazer uma transformação em sua vida “dando coração novo e por dentro de você espírito novo; tirar de você o coração de pedra e lhe dar coração de carne.” (Ez 36.26) sendo maleável nas mãos do grande Deus. Rev. Salvador P. Santana

Ser humilde

SER HUMILDE Não é fácil ser humilde. Por mais que você tente, a humildade pode escorregar facilmente pelos seus dedos. Você não consegue dominá-la ou segurá-la para mostrar aos outros aquilo que precisa ser diante dos homens e para poder ficar mais próximo possível deles. A humildade deixa de ser usada em todo momento e em favor de amigos e principalmente dos inimigos. A verdade é que, para ser humilde depende de tempo, disposição, interesse, dedicação total dia e noite e de que o bondoso Deus se “... disponha a mudar a sorte do seu povo e a sarar... (você), mas daí se descobre a (sua) iniquidade... como também a (sua) maldade... porque praticam a falsidade; por dentro (do seu coração) há ladrões (para tirar a sua paz e o desejo de fazer o melhor pelos outros), e por fora rouba a horda de salteadores.” (Os 7.1) para destruir qualquer tipo de relacionamento. Muitos dizem que para alguém se tornar arrogante, prepotente, basta apenas um pequeno degrau. Outros tantos se erguem e ficam na ponta do pé para dar um ar de grandeza, sentir-se poderoso e poder agir em seu próprio nome e subjugar os outros para tão-somente ter domínio sobre aquele que está ao seu lado. Até mesmo outros mais distantes, on-line, por exemplo, se mostram atrevidos quando querem se exaltar. Quando se vê e ouve o tom de sua voz, a escrita que ele determina, o seu modo de agir nos gestos, olhares, dá para sentir o cheiro ou o odor da sua prepotência e grandeza por detrás da sua falsa humildade. É possível que você já tenha “visto um ímpio prepotente a expandir-se qual cedro do Líbano. (Mas, você pode ter a certeza, logo depois, talvez um dia ou muitos anos você irá) passar, e eis que desaparecera; (ele foi) procurado, e já não foi encontrado.” (Sl 37.35, 36) por causa da sua arrogância, menosprezo aos outros. É estranho, mas serve para todos os homens arrogantes, “ainda que a sua presunção remonte aos céus, e a sua cabeça atinja as nuvens (pode ser a mais alta autoridade ou personalidade), como o seu próprio esterco, apodrecerá para sempre (não haverá prosperidade nenhuma neste mundo); e os que o conheceram dirão: Onde está?” (Jó 20.6, 7). O audacioso pode ficar sozinho ou cairá no esquecimento até mesmo pelos seus mais íntimos parentes ou amigos mais chegados. Para mudar a sua história antes que todos se afastem de você é preciso buscar Deus com dedicação a humildade. Para ser humilde é preciso você começar buscando “o temor do SENHOR (que) é a instrução da sabedoria...” (Pv 15.33) a fim de que você possa entender a vontade de Deus sobre os relacionamentos que devem ser saudáveis e abençoados. Sem “o temor do SENHOR (que) é o princípio do saber (é impossível você se adequar para buscar a humildade, por isso) ... os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.” (Pv 1.7). E o pior para a vida deles, bom, você já sabe, eles ficam esquecidos e colocados de escanteio por quase todos quantos estão à sua volta. Aprenda mais que depressa o caminho mais suave para a humildade através do “... temor do SENHOR (o qual) consiste em aborrecer o mal, a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, (fique sabendo que o próprio) Deus os aborrece.” (Pv 8.13). É por isso que muitos não conseguem ser humildes devido as suas palavras, gestos, modo de olhar e tratar as pessoas. Preste atenção porque é “pela misericórdia e pela verdade, (que) se expia a culpa; e pelo temor do SENHOR os homens (podem) evitar o mal.” (Pv 16.6) e podem evitar subir em cima até mesmo de uma folha de papel para tentar ou supor que é superior ao outro, que manda, ordena ao mais inferior. Belo engano! É melhor você ficar sabendo que, “se vires em alguma província opressão de pobres e o roubo em lugar do direito e da justiça, não te maravilhes de semelhante caso; porque o que está alto tem acima de si outro mais alto que o explora, e sobre estes há ainda outros mais elevados que também exploram.” (Ec 5.8), mas acima de todos, está Deus, por isso, “não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras.” (Ec 5.2) para ficar “... preparado... para te encontrares com o teu Deus.” (Am 4.12). Aprenda a “... temer (o) ... SENHOR (porque) é a instrução da sabedoria, e a humildade (para qualquer pessoa) precede a honra.” (Pv 15.33). Seja humilde! Rev. Salvador P. Santana

Deixe para amanhã

DEIXE PARA AMANHÃ Deixar para amanhã é costume de muitos homens. Muitos dizem: – Amanhã eu começo na academia; dou início ao regime; vou me comportar melhor; terei condições de atender ao seu pedido; vou pensar em ir ao médico; começo a tomar os meus remédios; darei mais atenção a você; deixarei de tratar você como tenho feito ultimamente! A desculpa para o dia de amanhã é evidente na vida de muitos que não desejam um compromisso mais sincero dentro de casa, se empenhar no trabalho, se dedicar aos estudos, buscar uma vida espiritual mais agradável diante de Deus e muito menos o desejo de crescer de forma adequada em direção a Deus. Todos precisam saber que o amanhã é imprevisível. Nenhum homem pode fazer planos para o dia que ainda não chegou. Certa vez Jesus falou que o homem “... não (pode) inquietar com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mt 6.34). Tiago explicitando o que pode acontecer no seu desconhecido amanhã fala que é preciso que todos fiquem “atentos... que dizem: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. (A pessoa fica com o coração completamente iludido por isso.) Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. (A atitude correta é) em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo.” (Tg 4.13-15). Nem todos conhecem o texto bíblico a respeito do dia de amanhã. Aqueles que conhecem pode usar de astúcia para tentar enganar o próximo na expectativa de ganhar tempo para tentar solucionar os seus próprios problemas. Neste caso é preciso acender um alerta em cada coração pelo motivo dele “... preferir mentir a falar retamente.” (Sl 52.3). É preciso tomar uma atitude drástica em relação ao outro tal como Jó expressou dizendo: “nunca os meus lábios falarão injustiça, nem a minha língua pronunciará engano.” (Jó 27.4). Salomão exorta o povo de Deus a viver piedosamente neste mundo. Veja como é sério e cheio de responsabilidade você deixar para amanhã o que pode fazer hoje. Tomando por base as “... coisas (que) o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos” (Pv 6.16-19) é motivo de rever certos conceitos em sua vida de relacionamentos pessoais e na relação especial com Deus. Como o dia de amanhã para todos os homens é duvidoso, logo, todo trabalho ou bem que você tiver que fazer tem que ser efetuado hoje. A reclamação do filho de Davi é que o servo de Deus “não se (deve) furtar a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo. Não digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã (o qual é incerto para você); então, to darei, se o tens agora contigo. Não maquines o mal contra o teu próximo, pois habita junto de ti confiadamente.” (Pv 3.27-29). O que você pretende fazer hoje para melhorar a sua vida de relacionamento com o próximo e com Deus? Sabedor de que o amanhã é incerto, é possível marcar algum evento para ser realizado sem a permissão de Deus? Fique sabendo que “o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR.” (Pv 16.1), “portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mt 6.34). Qualquer assunto que você tenha deixado para amanhã é bom pensar que, “em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo.” (Tg 4.15). Que Deus abençoe o dia de amanhã! Rev. Salvador P. Santana

Cada um é cada um

CADA UM É CADA UM Três pacientes se encontram na enfermaria de um certo hospital. Cada um estava em seu leito com diferentes enfermidades. O primeiro puxou assunto e disse: – O que aconteceu com vocês? O terceiro foi logo reclamando: – Cheguei aqui com muitas dores de cabeça, insuportável, e até o momento não me falaram o que está causando isso em mim. O segundo paciente emendou ao dizer que as dores de cabeça do seu colega ao lado não eram nada comparáveis a ferida exposta em seu pé que a todo instante estava sangrando sem parar. Em uníssono, o terceiro e o segundo pacientes perguntaram ao primeiro: – E você, qual o seu problema? Ele respondeu: – O que vocês sentem está aquém de tudo quanto estou sentindo dentro do meu coração. Uma angústia apoderou-se de mim a tal ponto que não consigo nem sequer conversar com as pessoas. Muitas vezes fico mudo por dias e não consigo ingerir nenhum tipo de alimento. Estou quase à morte. É verdade que cada um enfrenta os seus problemas diários a respeito da sua enfermidade. Cada um sabe onde dói mais em seu corpo mortal. Nenhum outro homem é capaz de sentir a sua dor. A sua dor é única e intransferível mesmo que o outro sinta os mesmos sintomas que você. A dor pode ser breve, ou de longa duração. A sua angústia somente você e Deus sabe até quando você pode aguentar. Por mais forte ou fraco que você se sinta ou mostre para os outros, na hora do seu sofrimento um sorrindo por perto ou tentando colocar o dedo em sua ferida, você não irá suportar. Pode haver desentendimento entre você e ele. É possível que o seu emocional fique totalmente abalado e, daí, pode prejudicar ainda mais a sua ferida. Aquela ideia do outro dizer: – Estou sentindo o que você sente. Não é bem assim. Ele pode ter passado pelo mesmo sofrimento, mas a dor é diferente de um para o outro. Cada um sabe onde está machucando. Cada um sente a sua própria moléstia. Cada um sabe qual é a intensidade da sua aflição. O outro não tem condições de mensurar o seu sofrimento. É possível que muitos falem dessa forma para tentar consolar o seu coração. Neste mundo não existe um que possa se compadecer de você a ponto de levar os seus fardos, aliviar a sua alma, arrancar de dentro de si o peso. Você pode citar o texto do livro de Jó de que “ouvindo, pois, três amigos de Jó todo... mal que lhe sobreviera, chegaram, cada um do seu lugar... e combinaram ir juntamente condoer-se dele e consolá-lo.” (Jó 2.11). O problema é que Jó não os reconheceu como consoladores amigáveis para a sua alma. Depois de Jó “ter ouvido muitas coisas... (disse que) todos eles... (eram considerados) consoladores molestos.” (Jó 16.2). Até mesmo “... todo sumo sacerdote... dentre os homens... (que) é capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também ele mesmo está rodeado de fraquezas.” (Hb 5.2) precisando “... daquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós,” (Ef 3.20). O profeta Isaías aponta para o único que tem poder, Jesus, que consegue “... ver os seus caminhos e o sarar; também o guiará e lhe tornará a dar consolação...” (Is 5.18) com o propósito de “... consolar todos os que choram” (Is 61.2). Paulo, falando aos romanos a respeito das virtudes, pegou emprestado o texto de Isaías ao declarar que cada servo de Deus deve se “alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram.” (Rm 12.15) quando você estiver alegre pelo nascimento, aniversário de alguém ou quando você estiver passando por problemas de angústia, aflição por ter acontecido alguma tragédia em sua vida. Fique sabendo que Jesus não é como os três pacientes que estavam no hospital tentando disputar qual tinha a dor maior. Ele sente as mesmas dores, os mesmos problemas, os mesmos sentimentos de derrota que você sente porque “certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si...” (Is 53.4). Creia! “... Deus... (é o único) que conhece os segredos dos corações...” (Sl 44.21). Rev. Salvador P. Santana

Fazer o bem

FAZER O BEM Nem todos estão aptos a fazer o bem em favor do seu próximo. Aprender a fazer o bem não se adquire na escola técnica e muito menos na faculdade, pós-graduação, doutorado ou mestre em divindade. Para fazer o bem é preciso buscar, se empenhar, se esforçar, se dedicar, porque não cai do céu ou de outro lugar para ser aplicado às pessoas. É uma ordem divina para todos, sem exceção, mesmo porque pessoas necessitam da sua ajuda a todo instante. O profeta Isaías ao escrever ao povo de Deus, colocou algumas palavras no imperativo a fim de alertar o povo em geral; não apenas o povo escolhido, mas todos precisam ficar atentos. Uma dessas palavras se acha em Is.1.17 quando ele fala: “aprendei a fazer o bem...” (Is 1.17). Para aprender você precisa ter em mente ou no coração algo que o possa instruir ou fazer cobranças internas a fim de agir para apoiar o outro. Um é mais capaz que todos, Deus, que pode “instruir e te ensinar o caminho que deves seguir; e, sob as... vistas (de Deus), te dará conselhos.” (Sl 32.8). É possível que você não acredite que Deus é quem pode instruir você para fazer o bem aos outros. Então, só lhe resta olhar para aquele que necessita, que clama, que padece tal como Isaías declara: “... atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas.” (Is 1.17). Fique sabendo que sendo você de posição ou não, rico ou pobre, influente ou que necessita que alguém seja influente em seu favor; todos precisam “aprender a fazer o bem...” (Is 1.17) independente de quem necessite ou não da sua ajuda. Olhe ao seu redor e perceba o quanto as pessoas estão necessitadas da sua ajuda. É preciso agir, despertar, fazer o melhor pelo outro. Jesus tem exortações para cada um a respeito de como e onde fazer o bem, não escolhendo a quem. Para aprender é preciso trilhar por caminhos nada convenientes. Quando Jesus “diz, porém, a... (você) que (está atento para) ouvir: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam;” (Lc 6.27), Jesus mostra o grande valor do aprendizado, que precisa ser colocado em prática com muita oração e humildade. Veja que em outra situação o próprio Mestre e Senhor repete que é preciso “amar, porém, os seus inimigos, fazendo o bem e emprestar, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus.” (Lc 6.35). Interessante este texto. Aqui Jesus fala a respeito daqueles que têm dificuldade para conseguir passar por este mundo com poucos recursos. É possível que alguém não tenha poder de compra do básico, ficando “... inquieto, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?” (Mt 6.31). Deus pode mover o seu coração para fazer o bem em favor de qualquer um desses. O motivo não é porque você se interessou, mas é devido ao grande amor que Deus tem em favor de todos os homens. O Senhor Deus sabe muito bem “... que (todos) procuram todas estas coisas; pois... (o) Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; (o resultado ou a bondade de Deus é extraordinária.) Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas, (com o seu desejo de fazer o bem ou não). Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mt 6.32-34). A respeito desse assunto o homem ainda tem muito que aprender com Deus e com o seu próximo. Faça o bem para não cair em pecado. “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.” (Tg 4.17). Pode ser que você já esteja aborrecido, cansado de tantos pedidos chegarem ao seu coração para ajudar o outro; veja o que Paulo escreve: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.” (Gl 6.9). Não desista do outro, porque o “... seu galardão será sobremodo grande.” (Gn 15.1). Rev. Salvador P. Santana

Ontem, hoje e amanhã

ONTEM, HOJE E AMANHÃ É em vão dizer para você que ontem foi ontem, hoje é hoje e amanhã será amanhã. É óbvio. O maior problema é que muitos ficam angustiados com o dia de ontem, desesperados com o dia de hoje e demasiadamente preocupados com o dia de amanhã. Um dos grandes problemas sobre o dia de ontem é a respeito dos pensamentos que perturbam o seu coração. Certa vez, quando Davi orava a Deus, ele olha para o seu passado e vem à sua memória uma grande angústia a respeito dos seus pecados praticados. A sua declaração é para que o Senhor “não se lembre dos seus pecados da mocidade, nem das suas transgressões. (O desejo do ruivo pastor é que Deus) se lembre dele, segundo a sua misericórdia, por causa da sua bondade, ó SENHOR.” (Sl 25.7). A experiência de Davi era tremenda com Deus a respeito dos seus pedidos de oração e recebimento da parte deste como resposta. Todo retorno era positivo. Davi nunca desprezou qualquer oferecimento de Deus em seu favor. Em vários momentos Davi declarava: “Eu, porém, renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo.” (Sl 7.17). O dia de ontem não pode mais assustar o seu coração. Para que você não tenha perturbação em seu coração se faz necessário “... confessar o seu pecado, (então) ele é fiel e justo para... perdoar os (seus) pecados e... (o) purificar de toda injustiça.” (1Jo 1.9). O dia de hoje é demasiadamente aflitivo para todos os homens. Os problemas são diversos. Desde as dificuldades corriqueiras até as mais difíceis como enfermidades, aflições, administração do lar, problemas familiares. Não é à toa quando Jesus declara que “... basta ao dia o seu próprio mal.” (Mt 6.34). Por este motivo, declara o Salmista: “Este é o dia que o SENHOR fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele.” (Sl 118.24). Não é fácil ficar alegre quando os problemas da vida são gigantescos para cada um se desvencilhar. Além dos problemas interiores e espirituais é possível você se deparar com lutas familiares, problemas financeiros, discórdias entre os chamados amigos, daí, você entra em desespero. O caminho para viver melhor e sem angústia é “entregar o seu caminho ao SENHOR, confiar nele, e o mais ele fará.” (Sl 37.5) em favor de todos os seus. Ora, se o dia de ontem e hoje foram difíceis para você, não convém nem pensar e muito menos falar no dia de amanhã. “... O amanhã trará os seus cuidados... portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados...” (Mt 6.34). Não seja como muitos homens que enchem o peito dizendo que “... hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros.” (Tg 4.13). O engano muitas vezes toma conta dos corações arrogantes. É preciso saber que “você não sabe o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” (Tg 4.14). A melhor decisão a tomar, isto é, caso você tenha condições de fazer, é aceitar que, “em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo.” (Tg 4.15). A sua vida ou futuro não depende de você. Depende totalmente de Deus. Deus é quem comanda todas as coisas, então, “... quanto ao dia de amanhã, não tenha preocupações.” (Pv 31.25). Aprenda a esperar até “... amanhã (quando) o SENHOR fará maravilhas...” (Js 3.5) em sua vida. “... Não... (precisa) pelejar (ficar desesperado); tome posição, fique parado e verá o salvamento que o SENHOR lhe dará... não tema, nem... (fique) assustado; amanhã... o SENHOR (será) com você.” (2Cr 20.17). Rev. Salvador P. Santana

Exemplo de pai

EXEMPLO DE PAI Muitos pais são exemplos de vida em família, no trabalho e no compromisso espiritual diante de Deus para seus filhos. Outros, no entanto, são negativos em tudo quanto fazem e até mesmo diante da responsabilidade na condução do seu lar. Jesus conta a história de um pai de família que ficou desesperado quando seu filho adoeceu. Cada evangelista ouviu e interpretou ao seu modo os fatos. Todos eles viram o lado cuidadoso, sustentador e protetor do progenitor em favor do seu filho. Mateus fala sobre o desespero do pai quando diz: “Senhor, compadece-te de meu filho, porque é lunático e sofre muito...” (Mt 17.15). Marcos declara que o pai implora ao “... Mestre, trouxe-te o meu filho, processo de um espírito mudo;” (Mc 9.17). E Lucas, como que um desabafo ao “... Mestre, suplica que vejas meu filho, porque é o único;” (Lc 9.38). Veja que todos eles se preocuparam em dizer que o pai estava totalmente desesperado, angustiado, preocupado com a saúde do filho. Pais precisam ficar a todo instante atentos, não apenas com a saúde física e emocional de seus filhos, mas principalmente, cuidarem da sua vida espiritual. O modo de como se aproximar de Deus, ouvi-Lo, falar com Ele, o desejo de dedicar-se ao seu serviço é um grande exemplo para seus filhos. Não é à toa que Jesus declara que é “bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.” (Sl 24.46). Quando o pai se aproxima de Deus com todo o seu coração, seus filhos podem copiar suas ações, mas quando não, isso prejudica a geração futura. O pai dessa história deve ter percorrido muitos caminhos até se encontrar com Jesus para solucionar o problema do seu filho. É possível que tenha buscado recurso na medicina da época tal como aquela mulher enferma que “... muito padecera à mão de vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem, contudo, nada aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior,” (Mc 5.26). Esse pai em desespero não desistiu de cuidar do seu próprio filho que estava com uma enfermidade espiritual, “... possesso de um espírito mudo; e este, onde quer que o apanha, lança-o por terra, e ele espuma, rilha os dentes e vai definhando...” (Mc 9.17, 18). Antes mesmo do encontro com Jesus, o pai preocupado com o futuro do seu filho, “apresentou-o aos discípulos (de) Jesus, mas eles não puderam curá-lo” (Mt 17.16). Se você, progenitor, se deparasse com tal enfermidade ou outra qualquer na vida do seu próprio filho, é certo que faria de tudo para procurar recursos honestos para aliviar, restaurar e trazer saúde aquele que você ama. Muitos não sendo pais biológicos, agem como se fossem. É o caso do “... centurião (que se) apresentou... implorando: Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo.” (Mt 8.5-7). De outra feita, foi “... ordenado às parteiras hebreias... quando servissem de parteira às hebreias, examinai: se for filho, matai-o; mas, se for filha, que viva.” (Ex 1.15, 16). Elas desobedeceram às ordens do rei Faraó. Logo depois, a mãe de Moisés, quando ela “... concebeu... escondeu-o...” (Ex 2.2) para ser salvo da matança dos bebês. Caso alguns destes mencionados não sejam exemplo para você ser um pai apaixonado por seu filho, cuidadoso, protetor, é possível você olhar para um que é o exemplo para todos os pais. Sim, somente “... Deus (é o seu maior e melhor exemplo de pai quando) enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (Jo 3.17). Faça de tudo para ser exemplo de pai para seus filhos. Rev. Salvador P. Santana

Obediência

OBEDIÊNCIA Adão e Eva mantiveram, não se sabe por quanto tempo, um modo muito especial de conversar com Deus. Até então, não havia nenhuma outra pessoa que testemunhasse essa conversa, porque seus filhos nasceram depois desse acontecimento. Essa conversa sempre acontecia “... no jardim pela viração do dia...” (Gn 3.8). Interessante notar que a iniciativa não era de Adão e muito menos de Eva. Eles “... ouviram a voz do SENHOR Deus...” (Gn 3.8) que os chamava para uma conversa em particular, ao pé do ouvido, para tratar a respeito do modo de vida desse casal. Mas, em um belo dia, não muito especial para o casal adâmico, ao “... ouvirem a voz do SENHOR Deus... esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.” (Gn 3.8) por causa de um pequeno e grave detalhe; o pecado. O resultado foi muito triste. “O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado.” (Gn 3.23). A Noé foi ordenado construir um grande barco. Muitos de sua época devem ter zombado dessa sua atitude. Noé havia recebido a instrução de Deus para “fazer uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora.” (Gn 6.14) medindo “... trezentos côvados será o comprimento (135 metros); de cinquenta, a largura (22,5 metros); e a altura, de trinta (13,5 metros).” (Gn 6.15). Nesse grande barco ficaram a família Noelita com todos os animais por um ano e dez dias “... vogando sobre as águas.” (Gn 7.18) até que “saiu, pois, Noé, com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos.” (Gn.8.18) para enfim, “levantar... um altar ao SENHOR...” (Gn 8.20). Você se lembra de Abrão? Algo incomum aconteceu na vida deste homem. Só por causa de uma palavra do “... SENHOR... sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei;” (Gn 12.1). Simplesmente assim. Ele obedeceu e nem ouviu o que as demais pessoas ao seu redor pudessem dizer. Ele apenas obedeceu e foi para “... ser... uma bênção!” (Gn 12.2) na vida do seu sobrinho Ló quando lhe disse: “... não haja contenda entre mim e ti...” (Gn 13.8), no dia em que... resgatou “... a Ló, seu sobrinho, os bens dele, e ainda as mulheres, e o povo.” (Gn 14.16). Deus permitiu “... que os filhos de Israel habitassem no Egito... (por) quatrocentos e trinta anos.” (Ex 12.40). Mas, no tempo determinado, “... o SENHOR... viu a aflição do seu povo... e ouviu o seu clamor por causa dos seus exatores...” (Ex 3.7). Então, Deus resolveu usar Moisés para “... fazer subir (o seu povo) da aflição do Egito...” (Ex 3.17). Com muitas desculpas, até ao ponto de dizer: “... envia aquele que hás de enviar, menos a mim.” (Ex 4.13), mas acabou cedendo e obedeceu a Deus “... voltando... para o Egito...” (Ex 4.19). Atravessou o “... mar em seco.” (Ex 14.16), andou por quarenta anos pelo deserto, derrotou seus inimigos até o dia em que “... o SENHOR... o fez ver (a terra prometida) com os próprios olhos; porém não (pôde) ir para lá.” (Dt 34.4). Na derrubada dos muros de Jericó, “... o SENHOR (foi enfático) dizendo a Josué... entreguei na tua mão Jericó... rodeareis a cidade... os sacerdotes tocarão as trombetas... todo o povo gritará com grande grita; o muro da cidade cairá abaixo... ruíram as muralhas, e o povo... a tomou.” (Js 6.2-5, 20). Josué foi obediente. Apareceu o exército dos midianitas “... em tanta multidão, que não se podiam contar, nem a eles nem aos seus camelos; e entravam na terra para a destruir.” (Jz 6.5). Mas em meio a essa multidão, seja ela qual for, “... o SENHOR é contigo, (Gideão) homem valente.” (Jz 6.12). Deus montou uma grande estratégia para que houvesse vitória. A fim de que “... Israel... (não) se gloriasse contra Deus dizendo: A minha própria mão me livrou.” (Jz 7.2), foi ordenado que, dos trinta e dois mil homens de Israel, “... voltassem do povo vinte e dois mil...” (Jz 7.3). Dos dez mil que restaram, Deus ainda achou muito a quantidade de guerreiros, determinou que, “... com trezentos homens... Deus os livraria...” (Jz 7.7) e assim foi feito até que “... todo (exército midianita) deitou a correr, e a gritar, e a fugir.” (Jz 7.21) e Gideão foi obediente. Outros tantos servos de Deus foram obedientes. Rute, Samuel, Davi, Salomão, Ezequias, Josias e principalmente Jesus que “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” (Fp 2.8) “... que... veio buscar e salvar o perdido.” (Lc 19.10). Mostre para este mundo a sua obediência para cumprir com o “... ide por todo o mundo...” (Mc 16.15). Rev. Salvador P. Santana

Mania

MANIA Mania. Todos têm. Umas são boas, mas outras são nojentas, repugnantes, irritantes para as pessoas que percebem. Muitas manias são malvistas no meio da sociedade e por mais que o outro reclame, o sujeito não consegue abandonar o seu hábito repetitivo. É possível que você já conviveu com alguém que tem mania de ser perseguido, caluniado, mas por mais que você investigue, não achou nenhuma anormalidade na vida dessa pessoa. Já deve ter percebido alguém olhando minuciosamente para a pintura do seu carro, da sua moto ou de algum outro bem para buscar alguma anormalidade, pode ser uma pequena mancha. Talvez o seu olhar, tenha alcançado alguém, em casa, no restaurante, com hábitos pouco aceitáveis. Há manias, que além de inaceitáveis, ferem nossos olhos e ouvidos. Você conhece muito bem a sua mania. O homem é cheio delas e se livrar é uma das coisas mais difíceis que ele encontra. Por mais que faça um tratamento psicológico, uma reeducação comportamental, moral ou que seja repreendido em público, parece não ter fim a sua mania. Você não está sozinho em suas manias. Muitos homens mencionados na Bíblia tiveram os seus momentos de gosto estranho para muitos daqueles que estavam ao seu redor. Pode ter acontecido de alguns não suportarem e saírem de perto daquele que agia de forma estranha. Paulo falou aos colossenses que eles deviam em “... tudo o que fizessem, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Cl 3.17) a fim de que as suas manias sejam melhoras ou moldadas segundo a vontade de Deus. Procure não causar constrangimento àqueles que convivem ao seu lado. Rev. Salvador P. Santana

Ligado e testado

LIGADO E TESTADO A rede elétrica é fascinante, cheia de muitos fios e muito perigosa. Caso alguém que não entenda do assunto e se meter a trazer dois ou três fios para dentro de sua residência em rede subterrânea, aérea ou embutida, não sabendo fazer as ligações das tomadas, dos interruptores no modo correto, pode causar um curto-circuito e, em muitos casos, receber um choque pequeno. Outros podem morrer sem aviso, dependendo da voltagem. Não adianta você contratar um pedreiro meia colher que sabe fazer tudo e não sabe fazer nada. Para economizar dinheiro, muitos fazem a própria instalação para logo depois se deparar com um incêndio ou a queima de algum ou todos os eletrodomésticos. É como dizem: – “O caldo saiu mais caro que o peixe”. Na vida espiritual não é diferente. Muitos não entendem do assunto a respeito da salvação e se metem em muitas mentiras, trapaças tais como diz Salomão: “Eis o que tão somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias.” (Ec 7.29) por indução ou aliciamento de outros que se dizem mais espertos do que ele. A respeito desse assunto ninguém pode vacilar e muito menos brincar. A situação é muito séria, “aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.” (1Co 10.12) na sedução de procurar outros caminhos ou pessoas que oferecem um caminho perfeito para a salvação. Você não pode acreditar em muitas invencionices a respeito da salvação. Dizem que você pode tomar a decisão por conta própria e que ninguém é páreo para arrebatar da sua mão ou do seu coração essa dádiva. Outros insistem em dizer que esta ou aquela igreja é a porta dos céus. Alguns dão receitas fáceis para você chegar ao céu, mas todas elas são falhas. Não se engane, para a instalação da sua casa espiritual você precisa entrar em contato com a pessoa certa, “... o SENHOR... (que) te conhece pelo seu nome. (E) por amor... te chama pelo seu nome e te pôs o sobrenome, ainda que não o conheça.” (Ex 33.17; Is 45.4). A instalação correta da salvação dentro do seu coração não é coisa para qualquer um fazer. Homem nenhum é capaz de mudar, transformar, renovar o seu coração. Você pode frequentar todas as igrejas e mesmo assim não será possível a sua entrada na mansão celeste. Depois de várias investidas em nomes diferentes e atraentes de igrejas, restará a você apenas a decepção. Não lhe resta opção, a não ser olhar para “um só (que) é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer...” (Tg 4.12). A alternativa mais prática e viável é “olhar firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz (em seu favor), não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.” (Hb 12.2). Você pode espernear, reclamar, espumar pelos cantos da boca dizendo que você é suficiente, que alguém prometeu a você a eternidade, não adianta. A certeza que todo homem pode ter é que “... não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (At 4.12). Caso isso não seja suficiente para mudar a sua opinião, não haverá ninguém neste mundo que seja capaz de convencer o seu coração a respeito da salvação única em Jesus. Somente o Espírito Santo de Deus é capaz, “... Ele... convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.” (Jo 16.8-11). Com Jesus Cristo a sua ligação com Deus está ligada e testada, ou então você procura um pedreiro meia colher para fazer a sua ligação com Deus. Faça uma análise: “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (Jo 3.18). Rev. Salvador P. Santana

Agradecimento

AGRADECIMENTO O agradecimento nem sempre soa aos ouvidos daquele que ofereceu a dádiva. Um ato de agradecimento muitas vezes é esquecido por muitos que são agraciados com a bondade que um parente, amigo ou desconhecido têm lhe oferecido. Muitos não dão importância ao objeto recebido, de imediato já são agradecidos. Outros avaliam a dádiva recebida. É de menor valor, não agradece, de grande valor, quase que implora para ser grato; pula e grita de alegria. Mas é verdade, um pequeno grupo de recebedores de doações seja mínimo possível, não importa, o agradecimento está na ponta da língua. É possível que muitos ou alguns se lembram do “... encontro (dos) dez leprosos,” (Lc 17.12) com Jesus. Neste encontro não houve aproximação, toque, conversa ao pé do ouvido e muito menos uma visita em sua casa. O texto fala “que (eles) ficaram de longe...” (Lc 17.13) por medo de contaminarem outros ou de serem apedrejados devido a gravidade da enfermidade. Interessante notar que todos eles, em uníssono, no desespero da alma, na angústia que passavam devido a gravidade da enfermidade, “... gritaram, dizendo: Jesus, Mestre, compadece-te de nós!” (Lc 17.13) a fim de aliviar a dor, o sofrimento, a tristeza que carregavam dentro do coração pela falta de saúde em seus corpos físicos. A resposta de Jesus foi imediata. Talvez você, poucas vezes na vida, tenha recebido uma afirmativa tão rápida e tão especial como esta. Mexeu com a vida física, emocional, financeira e espiritual dos dez leprosos, restaurando a saúde deles. “Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, foram purificados.” (Lc 17.14) e, pelo menos, todos deviam ser gratos pela dádiva recebida. Como nem todos são agradecidos, apenas “um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz,” (Lc 17.15); não queira dizer que os demais agradeceram dentro do seu coração ou que voltaram tempos depois para render graças ao que lhes fez o bem. O texto é muito claro quando diz: “um dos dez... voltou, dando glória a Deus em alta voz,” (Lc 17.15). Não é fácil aprender agradecer as pessoas, mas você pode exercitar sendo “filho, em tudo obedecendo a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor.” (Cl 3.20). Outra forma, mas esta é velada, pois ninguém neste mundo conhece o seu coração, é quando você “é grato para com aquele que o fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que o considera fiel, designando-o para o ministério,” (1Tm 1.12) dentro e fora da igreja. Paulo fez um agradecimento incrível à igreja de Roma pelo motivo de Priscila e Áquila, “...pela sua vida (terem) arriscado a sua própria cabeça; e isto (o apóstolo) lhes agradece, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios;” (Rm 16.4). Perceba que motivo de agradecimento todos os homens têm. Basta você começar e manter a rotina para achar no profundo do seu coração aquela dádiva recebida, o favor imerecido, um abraço que apenas aquela pessoa ofereceu, um tempo gasto de conversa, um ombro amigo. Daqueles leprosos apenas “um dos dez... voltou, dando glória a Deus em alta voz,” (Lc 17.15). Esse um pode ser você que recebeu mais um dia de vida. Agradecer porque não precisou ir ao hospital e isto quer dizer que você está com saúde. Pode ser pelo alimento posto à sua mesa, a água que chega limpa a sua torneira. Agradeça a oportunidade de poder ver, falar, andar, se divertir, ter liberdade de ir e vir e poder viver junto aos seus, pelas bênçãos derramadas sobre a sua vida e família. Se possível você pode fazer como aquele único leproso que voltou para “... prostrar-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano.” (Lc 17.16). “... Jesus lhe pergunta: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?” (Lc 17.17) ou onde está você no momento do agradecimento? Como você tem tratado as pessoas ou o próprio Deus que tem feito sempre o melhor por você? Seja grato! Rev. Salvador P. Santana

Raízes

Raízes Quando Deus resolveu fazer "... produzir a terra relva, ervas que deem semente e árvores frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra..." (Gn 1.11), está implícito que as raízes foram, juntamente, criadas para buscarem o sustento para o crescimento e sobrevivência. Não importa, às raízes podem ser rasas e profundas, mas tudo depende da espécie e da idade da planta. Elas foram criadas para dar, além dos nutrientes, a sustentação da planta sobre o solo. Muitas espécies de plantas com pouco ou nenhum vento são arrancadas com muita facilidade, mas algumas são fortes, vigorosas resistentes a qualquer tempestade. As sequoias fazem parte das florestas do norte da Califórnia e sudoeste de Oregon, E.U.A. Elas se elevam até 100 metros acima do solo. Suportam qualquer tempestade, ventos e até mesmo incêndios nas florestas. Difíceis de serem derrubadas. A força dessas árvores não está no seu diâmetro, medindo algumas cerca de 11 metros de circunferência. O vigor não se encontra em sua copa, mas em suas raízes que se interligam umas com as outras para receberem o suporte e vencerem as tempestades. Quando Deus resolveu fazer "... produzir a terra relva, ervas que deem semente e árvores frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra..." (Gn 1.11), está implícito que as raízes foram, juntamente, criadas para buscarem o sustento para o crescimento e sobrevivência. Na bênção proferida por Jacó em favor dos seus filhos há um destaque muito especial em favor do seu filho José. O texto não fala a respeito de raízes, mas deixa explícito que elas existem e que são importantes para o crescimento não apenas físico, mas espiritual na vida das pessoas. Jacó, antes da sua morte, dirigindo as palavras a todos os seus filhos, começando pelo primogênito até o de menor idade e, em penúltimo lugar, o qual "... Israel amava mais... que a todos os seus filhos, porque era filho de sua velhice..." (Gn 37.3) deixou escrito a respeito da sua vida presente e futura algo que deve ficar gravado e buscado para sempre nos corações. Jacó não pensa na vida física ou material, mesmo porque ele "... se tornou mais e mais rico..." (Gn 30.43) e o seu filho José se tornou governador do Egito, "administrando a... casa..." (Gn 41.40) de Faraó. Portanto não precisavam de mais bençãos financeiras, mas desejavam bênçãos espirituais. A bênção que Jacó desejou para o seu filho José deve ser a mesma almejada para você e seus filhos de que você seja "... um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte..." (Gn 49.22) e essa fonte maior é "... o Cordeiro que se encontra no meio do trono... (o qual) os guiará para as fontes da água da vida..." (Ap 7.17). Então, as duas raízes serão profundas e firmes. Rev. Salvador P. Santana

Um pequeno esforço

UM PEQUENO ESFORÇO O jogador de futebol se esforça um pouco mais para alcançar a sua meta e busca a todo instante o gol da vitória. O maratonista expõe todas as forças a fim de conseguir chegar em primeiro lugar. Os catadores de lixo e recicláveis dão tudo de si para deixarem a cidade um pouco mais limpa. Todo trabalhador honesto faz todo o possível para não perder a hora e nem chegar atrasado na empresa. A vida espiritual não é diferente “por isso, também... (é preciso cada um se) esforçar por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens.” (At 24.16) a fim “... de algum modo, não correr ou ter corrido em vão.” (Gl 2.2), mesmo porque, “como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? ...” (Hb 2.3). Um pequeno esforço fez “... um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico,” (Lc 19.2). Só pelo fato de ser rico podia muito bem desprezar ou dizer que a riqueza seria a sua garantia para uma vida com Deus na eternidade. Mas, conforme Jó, “rico se deita com a sua riqueza, abre os seus olhos e já não a vê.” (Jó 27.19). Ela não é garantia de vida eterna. Zaqueu, segundo relata o médico amado, “procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura.” (Lc 19.3), mas esse não foi motivo para ele desistir de buscar ajuda para a sua vida terrena e eterna. Ele não desiste dos seus sonhos. Ele insiste em obter o melhor da vida, não apenas neste mundo, mas para toda a eternidade com o desejo de ter paz e um dia “... descansar das suas fadigas...” (Ap 14.13) para viver eternamente. Aconteceu também “... que uma mulher, que durante doze anos vinha padecendo de uma hemorragia...” (Mt 9.20) resolveu investir no seu bem-estar, na sua qualidade de vida, em alguém que poderia fazer o melhor por ela. Interessante notar que nesses “... doze anos... (de) sofrimento... (não foi possível encontrar) ninguém... (que) pudesse curá-la [e (o pior) que gastara com os médicos todos os seus haveres]” (Lc 8.43). O gasto dos haveres é a prova de que “... o dinheiro atende a tudo.” (Ec 10.19), mas desta vez não foi possível porque Deus não permitiu que houvesse um grande milagre. Outra vez, com interesse de buscar fazer um pouco de esforço, “tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se lhe um centurião, implorando:” (Mt 8.5) a respeito de um assunto que ele mesmo não conseguia resolver. O chefe dos cem soldados não pensou duas vezes, apesar de ser o sexto no comando hierárquico da antiga Roma. Ele apelou para o “... único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver...” (1Tm 6.15, 16). O centurião, talvez, um dos mais poderosos nos dias de Jesus, fez um pequeno esforço para rogar ao “Senhor, (não a seu favor) o seu criado jazia em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente.” (Mt 8.6). A resposta do grande Mestre foi: “Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo.” (Mt 8.7). Jesus não foi, devido ter visto a fé no coração desse incrédulo e, por causa dessa ação “... disse Jesus ao centurião: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E, naquela mesma hora, o servo foi curado.” (Mt 8.13). A mulher hemorrágica, depois de “ter ouvido a fama de Jesus, (tomou a atitude de) vir por trás dele, por entre a multidão, tocou-lhe a veste.” (Mc 5.27). O resultado foi surpreendente. “Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada. E logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo.” (Mc 5.28, 29). Com Zaqueu não foi diferente devido a sua pequena atitude. O cobrador de impostos “... correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa.” (Lc 19.4, 5). Todos quantos se encontraram com Jesus “... o receberam com alegria.” (Lc 19.6). Qual pequeno esforço você tem feito para receber Jesus em seu coração? Rev. Salvador P. Santana

Conversar sozinho

CONVERSAR SOZINHO Até hoje é possível você encontrar pessoas andando pela rua conversando sozinho. Ao prestar um pouco mais de atenção é possível perceber que um ou outro está com um fone de ouvido a dialogar a respeito de vários assuntos: relação trabalhista, estudantil, familiar, bancário, relacional, brigas, choros e muitos sorrisos, mas você não compreende porque não escuta a outra parte. Para aquele que não tem celular e anda a conversar sozinho, ao saber que as pessoas estão olhando para ele com espanto, fica todo envergonhado e muitos começam a cantarolar uma música para tentar disfarçar. Não fique preocupado e nem cabisbaixo. Você não é o único na face da terra que fala consigo mesmo. Em muitos momentos da vida é possível que até mesmo os seus pensamentos se expressem de forma verbal e nítida para você, e quem estiver ao seu lado pode escutar. A princípio, a ideia é de que você não está bem da cabeça devido as pessoas dizerem isso e o incentivo delas é que você terá que procurar um médico imediatamente. Calma! Não precisa chegar a esse ponto. Certa vez, quando não existia celular, aconteceu de “... Ana... com amargura de alma, orar ao SENHOR, e chorar abundantemente.” (1Sm 1.10). Ela estava no “... templo do SENHOR,” (1Sm 1.9) e muitas pessoas estavam observando-a, mas ela não se importou com isso e nem que fosse julgada por essa atitude. A intenção de Ana era tão-somente pedir em favor da sua própria família e o seu bem-estar para não ser desprezada pela “(... sua rival (Penina que) a provocava excessivamente para a irritar, porquanto o SENHOR lhe havia cerrado a madre.)” (1Sm 1.6). Essa situação deixava Ana deprimida, aborrecida, desamparada, por isso teve que recorrer em silêncio ao Senhor que pode resolver todas as coisas. Como as pessoas não sabem o que se passa dentro do seu coração é impossível acertar no prognóstico do que acontece no fundo da sua alma. Isso é tão certo que certa vez “... disse o SENHOR... a Samuel... o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.” (1Sm 16.7). Quando o profeta olhou para a face de Ana, ele não pensou duas vezes em agir mal, julgar sem saber a verdade, condenar e oferecer o veredito. Ao perceber que “demorando-se ela no orar perante o SENHOR, passou Eli a observar-lhe o movimento dos lábios, porquanto Ana só no coração falava; seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma; por isso, Eli a teve por embriagada” (1Sm 1.12, 13). Diante de situações em que não existe culpa de sua parte é possível você se sentir desprezado, humilhado quando alguém o julga por aquilo que você não fez, não participou. É triste saber que pessoas com más intenções querem apenas menosprezar o outro, acabar com a sua reputação. Não bastava Penina irritar Ana. Apareceu Eli para, com palavras grosseiras, fazer um prejulgamento quando “... disse: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti esse vinho!” (1Sm 1.14). Ele não a conhecia de perto, não desejou saber qual era a sua questão e muito menos teve a humildade de se condoer do seu problema. Assim como todos têm o direito de se defender, Ana não perdeu a oportunidade. Não subiu o tom de voz, não saiu reclamando da abordagem que recebeu, pelo contrário, “... Ana respondeu (calmamente): Não, senhor meu! Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida forte; porém venho derramando a minha alma perante o SENHOR.” (1Sm 1.15). Assim como Ana que estava em “... excesso da sua ansiedade e da sua aflição...” (1Sm 1.16) dos problemas enfrentados no seu dia a dia dentro de casa, é possível que você tenha várias questões sem solução dentro e fora de casa e que precisam ser resolvidas a curto e longo prazo. Então, não importa se alguém fizer alguma acusação contra você, faça como Davi que “derramou perante Deus a sua queixa, à sua presença expôs a sua tribulação.” (Sl 14.2) a fim de ser atendido por aquele que entende a sua aflição. Sozinho você não está, Deus sempre te ouve! Rev. Salvador P. Santana

Posso ajudar?

POSSO AJUDAR? Esta pergunta fica estampada em muitos uniformes de atendentes de supermercados, lojas, bancos e guias turísticos com a única intenção de orientar seus clientes em qualquer dúvida que possa haver em seus corações. É comum também, sem a estampa nos uniformes, atendentes se anteciparem, antes de dizer um bom dia ou boa tarde, eles se antecipam: – "posso ajudar?” – “Eu estou aqui e o meu nome é fulano de tal, qualquer coisa é só me procurar" Em muitas ou quase todas as igrejas evangélicas é possível que você jamais tenha lido essa frase na lapela de um paletó, em uma placa na entrada do templo ou uma indicação para alguma sala a fim de você ser orientado a respeito dos trabalhos da igreja, das boas-vindas ou relativo a qual caminho você deve percorrer para alcançar a vida eterna. Vez ou outra aqueles que dizem poder ajudar pedem que outros funcionários que também não têm capacidade para auxiliar ficam à mercê de uma pessoa que está acima do seu posto para resolver o seu problema, mas parece não ter fim. Então, você é encaminhado para outra pessoa. É possível muitos ficarem a ver navios sem solução para o seu pedido ou reclamação. Algum espertalhão com mais inteligência deve ter lido nas Escrituras Sagradas as palavras “ajuda”, “ajudando”, “ajudador”, “ajudar”, atinou em seu coração levar para algumas empresas a ideia de “posso te ajudar?” e logo pegou o marketing, mas ninguém até hoje sabe se ele ganhou ou ganha bilhões com essa maravilhosa imagem. Bem antes do marketing ter a ideia de lançar a campanha do "posso ajudar?" a fim de que as empresas fiquem mais próximas de seus clientes, o rei Davi, inspirado por Deus, escreveu dizendo que "o SENHOR os ajuda e os livra; livra-os dos ímpios e os salva, porque nele buscam refúgio." (Sl 37.40). Interessante notar que o criador sendo o único “... Deus... (como) o seu ajudador, o SENHOR... quem sustenta a (sua) vida.” (Sl 54.4), Ele não passa para frente a responsabilidade de resposta imediata ou a longo prazo de acordo “... a sua vontade, ele... ouve... (daí você pode ter a) certeza de que obterá os pedidos que lhe tenha feito.” (1Jo 5.14, 15). Bem antes de Davi compor salmos, Deus já havia falado a respeito do desejo de ajudar seus servos. Verdade é que Moisés deixou o testemunho escrito para a posteridade de que “... o Deus de seu pai foi a sua ajuda e o livrou da espada de Faraó.” (Gn 18.4). Outro deixou registrado, não como propaganda enganosa, nem mesmo com bajulação para conquistar pessoas para perto de si ou para ganhar nome acima dos seus contemporâneos, mas afirmou categoricamente de que “... até aqui nos ajudou o SENHOR.” (1Sm 7.12), nas batalhas, nas dificuldades, nos apertos e no direcionamento espiritual. Por toda a Escritura Sagrada é maravilhoso saber e ler de que o próprio Deus é quem o “achou numa terra deserta e num ermo solitário povoado de uivos; rodeou-o e cuidou... (muito bem de você), guardou-o como a menina dos olhos.” (Dt 32.10) e te ajuda de uma forma muito especial todos os dias da sua vida. Fique sabendo que tem um que responde, abençoa, guarda, protege a sua vida de uma forma muito especial. É preciso todos dizerem a uma só voz: “Eu sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim; tu és o meu amparo e o meu libertador; não te detenhas, ó Deus meu!” (Sl 40.17). Por mais que demore a resposta de Deus, você pode ter a certeza de que somente Ele é quem pode dar o retorno no momento em que você não espera e na hora em que você mais precisa, por isso, você pode confiar “... naquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” (Ef 3.20). Rev. Salvador P. Santana

Dia dos namorados

DIA DOS NAMORADOS Na Bíblia você não encontra nenhuma história que fale, especificamente, a respeito de namoro, mas você encontra uma história muito bela entre Jacó e Raquel. Entre os dois não aconteceu nenhum pedido de namoro, mas o gesto foi suficiente para dizer: - Você quer me namorar? Essa história de amor ocorreu, pela providência de Deus, logo depois que "pôs-se Jacó a caminho e se foi à terra do povo do Oriente." (Gn 29.1) para se encontrar, sem saber, com aquela que seria a sua esposa até que a morte os separasse. A fim de conhecer e conquistar a sua futura namorada, o jovem Jacó se dispôs, não em palavras, nem galanteios, mas mostrou que era homem responsável, trabalhador e que tinha condições de sustentar, sem a ajuda de seus pais, uma família. A primeira atitude desse jovem pastor foi procurar colocar ordem na criação de ovelhas do Oriente, a qual ele acabara de conhecer. Mesmo sem conhecer as pessoas já começou ordenando de que eles teriam que "... recolher os rebanhos; darem de beber às ovelhas e irem apascentá-las" (Gn 29.7). Prepotente ou não, o rapaz tinha tino para comandar uma fazenda. Não deu outra, logo recebeu a proposta para gerenciar a fazenda do seu futuro sogro com tempo determinado; "... sete anos te servirei..." (Gn 29.18). Assim que "... Jacó... viu... Raquel... (a primeira vista abriu, não o seu coração, mas colocou suas mãos ao trabalho para conquistar a jovem pastora) removendo a pedra da boca do poço e deu de beber ao rebanho..." (Gn 29.10). Toda moça deseja namorar um jovem trabalhador e que prometa cuidar com as custas do seu trabalho a sua família. Assim que a moça viu a atitude do jovem que era sério, trabalhador, dedicado, atencioso, permitiu receber o primeiro "... beijo (de) Jacó..." (Gn 29.11). Depois que "... Labão (o sogro pretendido) ouviu as novas de Jacó, filho de sua irmã, correu-lhe ao encontro, abraçou-o, beijou-o e o levou para casa..." (Gn 29.13), recebendo-o com muita estima. O amor de Raquel e Jacó foi sincero e duradouro apesar dos contratempos. "... Jacó... permaneceu... pelo espaço de um mês com Labão" (Gn 29.14) trabalhando desde que conhecera Raquel. A proposta de "... Labão a Jacó:... Qual será o teu salário?" (Gn 29.15) Jacó não pensou duas vezes e respondeu: "... Sete anos te servirei por tua filha... Raquel." (Gn 29.18) e, "... por amor a Raquel... e estes anos lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava." (Gn 29.20). Após esse tempo "... Jacó (pediu) a Labão: Dá-me minha mulher..." (Gn 29.21), mas o sogro enganou o filme genro "... conduzindo a Lia, sua filha... " (Gn 29.23) em lugar de Raquel, a qual Jacó amava. Outra proposta foi feita a Jacó de que Labão "... daria também a Raquel... decorrida a semana... (do casamento com Lia) pelo trabalho de mais sete anos... concordou Jacó... (porque ele) amava mais a Raquel do que a Lia..." (Gn 29.27, 28, 29). No dia dos namorados refaça a Deus votos e faça de tudo para insistir por aquele que você ama. Rev. Salvador P. Santana

Cada estação

CADA ESTAÇÃO Todas as estações do ano foram predeterminadas e cada uma têm a sua função a ser cumprida na terra. Apenas para lembrar ou para quem não sabe as datas previstas para este ano no hemisfério sul é o seguinte: Outono – 20 de março de 2022, começou às 12h33; inverno – 21 de junho de 2022, começa às 06h14; primavera – 22 de setembro de 2022, começa às 22h04; verão – 21 de dezembro de 2022, começa às 18h48. Agora ficou mais fácil para pesquisar e fazer uma ótima prova escolar. Todas as estações, querendo ou não aceitar, foram elaboradas pelas mãos, não do homem, mas organizadas e estabelecidas por “... Deus (quando) disse: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos.” (Gn 1.14). Veja que em outra Escritura é falado que “é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes.” (Dn 2.21). Ou seja, “quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande?” (Lm 3.37). Deus controle e dirige todas as coisas. Parece estranho, mas muitos homens não querem reconhecer a soberania de Deus sobre tudo e todos, mas só para se ter uma ideia “até a cegonha no céu conhece as suas estações; a rola, a andorinha e o grou observam o tempo da sua arribação; mas o meu povo não conhece o juízo do SENHOR.” (Jr 8.7). É maravilhoso saber e ter o entendimento de que, “contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-nos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o nosso coração de fartura e de alegria.” (At 14.17). Não é à toa que o salmista declara que “com efeito, Deus é bom...” (Sl 73.1). A bondade do “... Pai celeste (é tamanha), porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.” (Mt 5.45). Por isso é conhecido por toda a terra de que “o SENHOR é bom para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras.” (Sl 145.9). Veja se não é razoável dizer que, assim como Deus cuida das estações, de todas as coisas criadas, da “terra de que cuida o SENHOR... (de que os seus) olhos... estão sobre ela continuamente, desde o princípio até ao fim do ano.” (Dt 11.12), então é viável dizer que Ele faz sempre o melhor por você e por toda a sua família. A declaração do profeta Isaías é magnífica. Ele pergunta: “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? —diz o Santo. (Então, ele responde.) Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar.” (Is 40.25, 26). Davi ao reconhecer a maravilhosa bondade de Deus sobre a sua vida, declara de que “... é pobre e necessitado, porém o Senhor cuida... (não apenas dele, mas de toda população porque) Deus... (é) o seu amparo e o seu libertador...” (Sl 40.17). Ele já havia declarado de que “são muitas, SENHOR, Deus... as maravilhas que tens operado e também os seus desígnios para conosco; ninguém há que se possa igualar contigo. Eu quisera anunciá-los e deles falar, mas são mais do que se pode contar.” (Sl 40.5). O Deus que cuida muito bem deste universo “... e tudo faz como lhe agrada.” (Sl 115.3) tem o poder de “salvar o seu povo e abençoar a sua herança...” (Sl 28.9). Ele, somente “o SENHOR dará força ao seu povo, o SENHOR abençoará com paz ao seu povo.” (Sl 29.11). Assim como as estações do ano são regidas e administradas por Deus, é mister você esperar o tempo de Deus e não o tempo que você próprio estabelece para receber as bênçãos. Fique sabendo que “tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu:” (Ec 3.1) Rev. Salvador P. Santana