sábado, 1 de outubro de 2022

Conversar sozinho

CONVERSAR SOZINHO Até hoje é possível você encontrar pessoas andando pela rua conversando sozinho. Ao prestar um pouco mais de atenção é possível perceber que um ou outro está com um fone de ouvido a dialogar a respeito de vários assuntos: relação trabalhista, estudantil, familiar, bancário, relacional, brigas, choros e muitos sorrisos, mas você não compreende porque não escuta a outra parte. Para aquele que não tem celular e anda a conversar sozinho, ao saber que as pessoas estão olhando para ele com espanto, fica todo envergonhado e muitos começam a cantarolar uma música para tentar disfarçar. Não fique preocupado e nem cabisbaixo. Você não é o único na face da terra que fala consigo mesmo. Em muitos momentos da vida é possível que até mesmo os seus pensamentos se expressem de forma verbal e nítida para você, e quem estiver ao seu lado pode escutar. A princípio, a ideia é de que você não está bem da cabeça devido as pessoas dizerem isso e o incentivo delas é que você terá que procurar um médico imediatamente. Calma! Não precisa chegar a esse ponto. Certa vez, quando não existia celular, aconteceu de “... Ana... com amargura de alma, orar ao SENHOR, e chorar abundantemente.” (1Sm 1.10). Ela estava no “... templo do SENHOR,” (1Sm 1.9) e muitas pessoas estavam observando-a, mas ela não se importou com isso e nem que fosse julgada por essa atitude. A intenção de Ana era tão-somente pedir em favor da sua própria família e o seu bem-estar para não ser desprezada pela “(... sua rival (Penina que) a provocava excessivamente para a irritar, porquanto o SENHOR lhe havia cerrado a madre.)” (1Sm 1.6). Essa situação deixava Ana deprimida, aborrecida, desamparada, por isso teve que recorrer em silêncio ao Senhor que pode resolver todas as coisas. Como as pessoas não sabem o que se passa dentro do seu coração é impossível acertar no prognóstico do que acontece no fundo da sua alma. Isso é tão certo que certa vez “... disse o SENHOR... a Samuel... o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.” (1Sm 16.7). Quando o profeta olhou para a face de Ana, ele não pensou duas vezes em agir mal, julgar sem saber a verdade, condenar e oferecer o veredito. Ao perceber que “demorando-se ela no orar perante o SENHOR, passou Eli a observar-lhe o movimento dos lábios, porquanto Ana só no coração falava; seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma; por isso, Eli a teve por embriagada” (1Sm 1.12, 13). Diante de situações em que não existe culpa de sua parte é possível você se sentir desprezado, humilhado quando alguém o julga por aquilo que você não fez, não participou. É triste saber que pessoas com más intenções querem apenas menosprezar o outro, acabar com a sua reputação. Não bastava Penina irritar Ana. Apareceu Eli para, com palavras grosseiras, fazer um prejulgamento quando “... disse: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti esse vinho!” (1Sm 1.14). Ele não a conhecia de perto, não desejou saber qual era a sua questão e muito menos teve a humildade de se condoer do seu problema. Assim como todos têm o direito de se defender, Ana não perdeu a oportunidade. Não subiu o tom de voz, não saiu reclamando da abordagem que recebeu, pelo contrário, “... Ana respondeu (calmamente): Não, senhor meu! Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida forte; porém venho derramando a minha alma perante o SENHOR.” (1Sm 1.15). Assim como Ana que estava em “... excesso da sua ansiedade e da sua aflição...” (1Sm 1.16) dos problemas enfrentados no seu dia a dia dentro de casa, é possível que você tenha várias questões sem solução dentro e fora de casa e que precisam ser resolvidas a curto e longo prazo. Então, não importa se alguém fizer alguma acusação contra você, faça como Davi que “derramou perante Deus a sua queixa, à sua presença expôs a sua tribulação.” (Sl 14.2) a fim de ser atendido por aquele que entende a sua aflição. Sozinho você não está, Deus sempre te ouve! Rev. Salvador P. Santana

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