quarta-feira, 27 de outubro de 2010

AMAMOS PORQUE ELE NOS AMOU, Ef.2.14-22

AMAMOS PORQUE ELE NOS AMOU, Ef.2.14-22 - E.D. 31/10/10 – Nossa Fé – O lar segundo Deus – CCC.




Introdução.

É preciso reforçar que, como membro da família de Deus, somos “justificados [...] mediante a fé [...] por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm.5.1 apesar de sermos “[...] pecadores [...]”, Rm.3.23.

Desse modo, temos uma dívida para com Deus e para com o próximo porque sabemos que “[...] ele nos amou primeiro”, 1Jo.4.19.

Ao compreender que somos aceitos por Deus, somos capazes de aceitar a nós próprios, nossas circunstâncias de vida e as pessoas com quem convivemos.

Por este motivo, Jesus nos faz a cobrança ao ouvir a declaração do “[...] intérprete da lei [...] amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Então, Jesus [...] diz: [...] faze isto e viverás”, Lc.10.25,27,28.

Texto.

A igreja vive em Cristo, por meio dele e para Ele “Porque ele é a nossa paz [...] (porque) derrubou a parede da separação que estava no meio, a inimizade”, Ef.2.14 entre o judeu e não judeu, entre Deus e o seu povo.

Nós vivemos sob “[...] a nova aliança no sangue (de) Jesus [...]”, 1Co.11.25 devido a “[...] primeira aliança ter sido (defeituosa) [...]”, Hb.8.7.

Por este motivo Jesus “aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois (judeu e não judeu) criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz”, Ef.2.15.

Sob a nova aliança, o Espírito derramado sobre a igreja, pode acontecer a “[...] comunhão (com os irmãos, porque) [...] a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo”, 1Jo.1.3.

Essa comunhão é possível acontecer porque fomos “[...] reconciliados ambos (judeu e não judeu) em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade”, Ef.2.16.

A igreja é constituída da igreja militante e da igreja triunfante.

Por isso “[...] não somos (mais considerados) estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e somos da família de Deus”, Ef.2.19.

Tanto a igreja militante quanto a triunfante está “edificada sobre [...] Cristo Jesus, a pedra angular”, Ef.2.20.

1 – Resultados da visão da glória.

Na conversão de Paulo “[...] uma luz do céu brilhou ao seu redor”, At.9.3.

Esse clarão foi o bastante para conduzir Paulo a “[...] sofrer pelo nome (de) Jesus”, At.9.16.

Outro acontecimento não teve o mesmo efeito na vida dos “[...] guardas (que) tremeram e ficaram como se estivessem mortos (quando) houve um [...] terremoto [...] (aparecendo-lhes) um anjo do Senhor [...] (com) o [...] aspecto [...] como de um relâmpago”, Mt.2.4,2,3.

A diferença se dá porque Paulo contemplou “[...] ao meio-dia [...] (uma) grande luz do céu brilhando ao redor dele [...] (e que, do meio dela o próprio) Jesus [...]”, At.22.6,8 lhe deu instruções.

Através de Ananias, Paulo recuperou “[...] novamente a visão (e ficou sabendo que) [...] Deus [...] de antemão, (o) [...] escolheu para conhecer a vontade de Deus [...]”, At.22.13,14.

Paulo não procurou a salvação e nem a Jesus. Partiu da própria luz de Deus irromper nas trevas do pecado de Paulo.

Todos nós somos inimigos de Deus, é por este motivo que “[...] Deus [...] das trevas resplandece a luz [...] em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo”, 2Co.4.6.

Foi através da iluminação de Deus sobre a vida de Paulo que ele foi capacitado para suportar “[...] açoites [...] varas [...] apedrejamento [...] naufrágio [...] perigos [...] trabalho [...] fadigas [...] vigílias [...] jejum [...] frio [...]”, 2Co.11.24-27.

2 – Justificados pela fé no justo.

Jesus alcançou Paulo por amor, logo, o apóstolo “[...] não [...] envergonhou do evangelho, porque (tinha a certeza de que) é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê [...]”, Rm.1.16.

Paulo foi impulsionado pela compreensão da verdade de que “[...] Jesus morreu por todos, para que os vivem não vivam mais para si mesmos [...]”, 2Co.5.15.

Paulo pregou que todos os filhos de Deus são “[...] justificados gratuitamente [...] mediante a redenção que há em Cristo Jesus”, Rm.3.24.

E essa “justificação [...] (é somente) mediante a fé [...] por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm.5.1, o qual “[...] nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”, Tt.3.5.

Sem a intervenção de Jesus Cristo, todos nós estaríamos condenados.

O Breve Catecismo de Westminster – resposta á pergunta 33 – “justificação é um ato da livre graça de Deus, no qual ele perdoa todos os nossos pecados e nos aceita como justos diante dele somente por causa da justiça de Cristo a nós imputada, e recebida só pela fé”.

A salvação em Cristo nos garante ficar diante do Santo juiz, porque “[...] Jesus comprou com o seu próprio sangue a igreja de Deus”, At.20.28.

3 – Bênçãos e advertência do pacto.

Ao escrever sobre a bênção sacerdotal Moisés reconhece que somente “o SENHOR (é a única fonte de) bênção e (de proteção)”, Nm.6.22 para o povo de Deus.

Mas após “[...] a mulher [...] (e seu) marido [...] comerem [...] da árvore do conhecimento do bem e do mal [...]”, Gn.3.6;2.17 o ser humano não pôde fazer nada para reverter esse quadro.

Somente Deus tem o poder de “[...] fazer resplandecer o rosto sobre nós e ter misericórdia de nós”, Nm.6.25.

O doador da vida chega a sua expressão máxima ao dizer que “[...] Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, Jo.3.16.

Esse é o ato de Deus voltar a sua face para nós e “[...] nos abençoar com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo”, Ef.1.3.

Esse ato amoroso é somente “[...] para louvor da glória de sua graça, que Deus nos concedeu gratuitamente no Amado”, Ef.1.6.

Aceitando a bênção, “[...] a aliança da paz (de) Deus não será removida [...] (e) todos os [...] filhos serão ensinados do SENHOR; e será grande a paz (de seus) [...] filhos”, Is.54.10,13.

Da bênção pactual resulta a advertência pactual “[...] de (não) dar seus filhos a Moloque (Amom/Ló/sacrifica filho vivo) [...]”, Lv.20.2.

Precisamos pedir para Deus nos mostrar quais deuses existem neste mundo para não “[...] contaminar [...] o santuário (de) Deus (e nem) profanar (o) seu santo nome”, Lv.20.3.

Nós passamos para nossos filhos a natureza corrupta do pecado. Mas Deus pôs em nossas mãos os meios de agirmos contra essa situação, tendo as “[...] palavras (de) Deus [...] (em nosso) coração [...] inculcando (e) delas falando [...] (aos) filhos [...]”, Dt.6.6,7.

A natureza corrupta somente Deus é quem pode mudar na vida do homem quando Ele dispuser “dar-nos um só coração, espírito novo por dentro de nós [...]”, Ez.11.19.

4 – Aceitação – um valor familiar.

A ética bíblica da aceitação não é da cultura da tolerância.

O princípio da tolerância desconhece a realidade do pecado.

Seu propósito é o prazer e o interesse próprios, definidos pela palavra do homem.

O propósito da aceitação “[...] é para [...] a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja [...] glorificado”, Jo.11.4.

Ao aceitar, “[...] ouvindo a palavra (de) Jesus e crendo naquele que enviou Jesus teremos a vida eterna, não entraremos em juízo, mas passaremos da morte para a vida”, Jo.5.24.

Ora, se Cristo nos aceita, “[...] nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos [...]”, Rm.15.1 para que “[...] a uma voz glorifiquemos ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm.15.6.

A partir do amor infinito de Deus ficamos livres para “[...] acolher uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus”, Rm.15.7.

5 – Reciprocidade do amor.

Caso a nossa família da aliança, IPB Torrinha, não vive em união, devemos observar e praticar 1Co.13.

O amor é muito mais que um sentimento, ou uma emoção, uma sensação de altos e baixos, ou uma experiência forte ou fraca.

O amor é uma realidade permanente.

Conforme Paulo, o amor é demonstrado através do modo de “[...] falar [...] sentir [...] pensar [...]”, 1Co.13.11.

O amor pelo outro é o meio pelo qual “[...] não ardo em ciúmes, não ufano (orgulho) não ensoberbeço (vaidade) não (sou) inconveniente (grosseiro), não procuro os meus interesses (egoísta), não me exaspero (irritado), não (fico) ressentido do mal (guardar mágoa), não me alegro com a injustiça [...]”, 1Co.13.4-6.

O verdadeiro amor é demonstrado no “[...] regozijo (alegra) com a verdade; tudo sofre, tudo crê; tudo espera, tudo suporta”, 1Co.13.6,7.

Quando “permanecemos em Jesus, e Ele permanece em nós [...]”, Jo.15.4, “o amor jamais acaba [...]”, 1Co.13.8.

O amor funciona em vários níveis. O amor entre um homem e uma mulher, “[...] tornando-se os dois uma só carne”, Gn.2.24, o amor entre pais e filhos/irmãos e o mais profundo, “[...] amar a Deus de todo o coração, de todo o entendimento e de toda a força [...]”, Mt.12.33.

5 – Origem e deveres do amor.

Poucos reconhecem, mas é necessário aceitar que “nós amamos porque Deus nos amou primeiro”, 1Jo.4.19.

Esse amor primeiro de Deus sobre o homem é porque, soberanamente, “[...] Deus nos escolheu, (em) Jesus, antes da fundação do mundo [...]”, Ef.1.4.

O grande amor de Deus por nós deve nos impulsionar a “[...] amá-lo muito [...]”, Lc.7.47 mais.

O que nos impulsiona amar a Deus é que “não foi nós que escolhemos Jesus; pelo contrário, Jesus nos escolheu [...]”, Jo.15.16.

A prova desse amor a Deus é “se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”, 1Jo.4.20.

Aliado a esse amor precisamos “[...] confessar Jesus Cristo diante dos homens, também Jesus (nos) confessará diante de Deus Pai, que está nos céus”, Mt.10.32.

Devemos também, “[...] com a [...] boca, confessar Jesus como Senhor e [...] (com o) coração, (devemos) crê que Deus o ressuscitou dentre os mortos, (para) sermos salvos”, Rm.10.9.

Essa declaração de fé pode ser mentirosa caso “[...] alguém disser que tem fé, mas não tiver obras [...]”, Tg.2.14.

Quando “[...] dizemos que mantemos comunhão com Deus e andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade (ou) se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”, 1Jo.1.6,10.

O mais trágico é para “aqueles que dizem: Eu conheço (a) Deus e não guarda os seus mandamentos (esse) é mentiroso [...] nele não está a verdade”, 1Jo.2.4.

O desejo de Deus é que “[...] amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus, e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”, 1Jo.4.7.

João usa a expressão “amados” indicando a sua afeição por seus leitores e levando-os a amarem uns aos outros, caso contrário, “[...] aquele que não ama a seu irmão não procede de Deus”., 1Jo.3.10.

Quando o amor não vem de Deus ele “[...] procede do mundo [...] (ele é) filho do diabo [...] é o espírito do anticristo [...] pratica o pecado procedente do diabo [...] (esses) jamais viu a Deus”, 1Jo.2.16; 3.10; 4.3; 3.8; 3Jo.11.

Para mudar essa atitude é somente “o SENHOR [...] Deus, (que) circuncida o [...] coração [...] para amar o SENHOR, teu Deus de todo o coração e de toda a tua alma para que vivas”, Dt.30.6.

A partir desse momento entra em operação “[...] o fruto do Espírito (que) é: amor [...]”, Gl.5.22 “porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de [...] amor [...]”, 2Tm.1.7.

Conclusão: Um dia fomos alcançados por Deus através da “[...] evangelização (da Sua) paz a nós [...] que estávamos longe [...]”, Ef.2.17, por isso devemos pertencer a Deus.

É somente através de “[...] Jesus (que) [...] temos acesso ao Pai em um Espírito”, Ef.2.18, logo, vivemos porque a graça de Deus torna isso possível.

Por tudo que Deus fez e faz por nós devemos amar a Deus e aos nossos irmãos, pois, devemos ser “[...] o edifício, bem ajustado, crescendo para santuário dedicado ao Senhor”, Ef.2.21.

E por fim, devemos ensinar aos nossos filhos através do exemplo e da Palavra de Deus para “[...] sermos edificados para habitação de Deus no Espírito”, Ef.2.22.



Meditação – “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura, as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”, 2Co.5.17.