sábado, 28 de junho de 2014

FIRMEZA DO ATLETA



FIRMEZA DO ATLETA
                A arte futebolística mundial já começou e ainda faltam alguns dias para terminar. As trinta e duas seleções mundiais estão em solo brasileiro para todo mundo saber quem levará o Troféu da Copa do Mundo Fifa. É um Troféu de ouro que é dado a Seleção ganhadora. Isto acontece desde a Copa do Mundo de 1930. A fim de um sair vencedor é precisa de um sêxtuplo de ajuda mútua. Os patrocinadores, a garra, o esforço físico, mental/psicológico de cada atleta e os torcedores que irão incentivar de uma forma ou de outra a atuação de cada um.
                Existe outra competição muito mais valiosa que esta mundial. Ela, na realidade, não tem necessidade do sêxtuplo de ajuda, apenas de um duplo; você e o próprio “[...] SENHOR, teu Deus, (que) te toma pela tua mão direita e te diz: Não temas, que eu te ajudo” (Is 41.13). É preciso lembrar que a conquista nesta competição “[...] não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor [...]” (Ec 9.11). Não depende mais de um que do outro, os dois trabalham em conjunto.
                O Senhor Deus ajuda, toma pela sua mão, fortalece, dá direção e forças. Isto é feito porque “[...] o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas” (2Tm 2.5). Lutar de acordo com as normas fala sobre a lei que exige fé, que induz o neófito a confiar em Deus e em Cristo e na sua Palavra, fala de instrução moral dada por Cristo. Sem essas regras é impossível vencer porque “todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; (você) [...], porém, a incorruptível” (1Co 9.25).
            O local desta competição não são as doze sedes do mundial. É um lugar não específico geograficamente. Esse lugar é dentro do coração. No reino espiritual não há outro meio para lutar segundo as leis espirituais a não ser através do coração, sim, “porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios” (Mc 7.21) e esse coração precisa ser tratado. O servo necessita do seu treinador, entendido como o seu Senhor, o próprio Deus, diuturnamente. A atitude desse atleta deve ser igualmente como a do pai daquele filho endemoninhado que disse a Jesus: “[...] Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé” (Mc 9.24).
            O atleta deve depender de Deus para a sua fé ser fortalecida a fim de alcançar o prêmio maior, pois no dizer de Tiago é “bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança (manter-se firme na fé em Cristo), a provação (situação de aflição e sofrimento); porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa (felicidade eterna) da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam” (Tg 1.12). Note bem que este atleta necessita de algumas coisas básicas tal como o atleta do mundial. Ele tem que se sentir realizado naquilo que faz, suportar a permanência na modalidade escolhida, suportar as dificuldades e acidentes sofridos, só assim, poderá ser aprovado, mas lembre-se, tudo isto deve estar aliado ao Senhor que o ama.
            Para o atleta que permanecer firme, não vacilar, que estiver sempre a “combater o bom combate da fé [...]” (1Tm 6.12), o apóstolo Paulo o instrui a “[...] tomar posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas” (1Tm 6.12). É a partir deste momento que todo atleta vencedor irá deixar para trás todas as lutas e dificuldades porque o grande Deus “[...] lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21.4).
Rev. Salvador P. Santana

REPETIDAS VEZES



REPETIDAS VEZES
            A onda de violência e protesto tem diminuído, mas quando acontece, em muitas partes do mundo, é assustador. Os protestos são constantes por motivos justos e também injustos. O povo cobra pela falta de segurança pública, a escassez de alimentos, uma hora trabalhada a mais, a falta de moradia, tarifas abusivas, o não cumprimento das obrigações trabalhistas, a falta de transporte, a péssima conservação das rodovias, a morte trágica de um transeunte, a elevação da carga tributária, enfim, são tantas as reclamações que parece que este mundo vai explodir.
            A Bíblia apresenta vários protestos. Os protestos apresentados por ela são totalmente diferentes dos já acontecidos no decorrer da história humana. As reclamações bíblicas não são analisadas como justas ou injustas, pelo contrário, todas estão na medida certa.  Como já fora dito de que, “[...] até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra” (Mt 5.18). Isso acontece porque “[...] Deus não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima ao rico mais do que ao pobre; porque todos são obra de suas mãos” (Jó 34.19). 
            Uma das reprimendas de Deus precisa ser repetida tantas vezes quantas forem necessárias com a finalidade de que cada homem possa procurar andar no caminho traçado pelo Senhor, dono deste mundo. É bem verdade que Deus sempre cuida do seu povo, mas muitas vezes essa comunidade de rebeldes ultrapassa os limites, daí a reclamação lançada a todos, pois “se te esqueceres do SENHOR, teu Deus, e andares após outros deuses, e os servires, e os adorares, protesto, hoje, contra vós outros que perecereis” (Dt 8.19). Preste atenção nos verbos deste texto: “esquecer, andar, servir, adorar, protestar, perecer”. O crescimento de reprimenda vai crescendo até o perecimento.
            Deus insiste com os seus servos. É impossível alguém em sã consciência “[...] encobrir a seus filhos; contar à vindoura geração [...] as maravilhas que (o) SENHOR [...] fez” (Sl 78.4). Não havendo esquecimento é muito justo que a pessoa deve servir e adorar somente o Senhor Deus “que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e mantém para sempre a sua fidelidade” (Sl 146.6).
            O homem precisa reconhecer a soberania de Deus sobre toda a humanidade repetidas vezes. Então, a única opção para o homem é “andar na presença do SENHOR [...]” (Sl 116.9). Quem agir de modo correto diante de Deus, o Senhor, o Todo Poderoso, certamente não irá protestar repetidas vezes e nem permitirá o perecimento dos seus servos.
Rev. Salvador P. Santana

A CEIA DO SENHOR, 1Co.11.23-34.



A CEIA DO SENHOR
1Co.11.23-34

Introd.:           Em muitos lares, no momento da alimentação, muitos não dão o devido valor ao agradecimento a Deus.
            Para muitos, esse momento é apenas mais um momento qualquer.
            Alguns tiram esse tempo para se posicionarem diante da TV, ingerir bebida alcoólica ou praticarem a glutonaria.
            Outros colocam em prática as mais severas discussões a ponto de sair tapas e até morte.
            Ao invés de ser um momento de alegria e louvor a Deus, se torna um momento desagradável não só para a família, mas para toda a sociedade.  
Nar.:   O texto bíblico fala que a cerimônia da Ceia do Senhor foi instituída na véspera da morte de Jesus.
            Naquele dia, “chegada a tarde, pôs-se Jesus à mesa com os doze discípulos”, Mt.26.20, mostrando que, aqueles que foram instruídos nas doutrinas do Mestre Jesus, pode participar dessa cerimônia.
            Na igreja de Corinto, como em outras igrejas da época, os membros se encontravam em dias determinados para participarem de uma festa chamada Ágape.
            As reuniões estavam associadas à Ceia do Senhor, e desse modo davam ocasião a grandes desgostos, pois havia abusos da parte de alguns crentes, razão das insistentes perguntas de Paulo: “Não tendes, porventura, casas onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei (elogio)? [...]”, 1Co.11.22.
            A resposta de Paulo às perguntas do apóstolo, não podia ser outra: “[...] Nisto, certamente, não vos louvo”, 1Co.11.22.
            Havia abusos da parte dos falsos crentes, logo, caíram em descrédito as festas do amor.
            Devido aos abusos, Paulo ensina como deve ser celebrada a Ceia do Senhor, tal como “[...] ele recebeu do Senhor o que também nos entregou [...]”, 1Co.11.23.
Propos.:          Qual é a importância da Ceia do Senhor para você?
Trans.: O desejo de Paulo é que todos os crentes possam compreender o real [...]
1 – Significado a Ceia.
            A Ceia, ou, “[...] o tomar o pão (só tem significado porque) o Senhor Jesus [...] foi traído (naquela) [...] noite [...]”, 1Co.11.23.
            Isto nos fala que o traidor estava com Jesus à mesa.
            No momento da ceia, “[...] tendo (Jesus) dado graças (ao Pai que tudo concede), partiu o (pão símbolo do sofrimento) e disse: Isto é o meu corpo (moído), que é dado por nós; (então, devemos) fazer isto em memória (lembrança, recordação) de Jesus (que sofreu em nosso lugar)”, 1Co.11.24.
            Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice (símbolo do sangue derramado), dizendo: Este cálice é a nova aliança (pacto, acordo entre Jesus e Deus) no seu sangue; (então, eu e você devemos) fazer isto, todas as vezes que o bebermos, em memória (lembrança, recordação) de Jesus”, 1Co.11.25.
            O significado da ceia nos fala que “[...] todas as vezes que comermos este pão e bebermos o cálice, anunciamos a morte do Senhor, até que ele venha”, 1Co.11.26.
            A ceia do Senhor me fala [...]
2 – Que devo participar com restrição.
            Como Jesus estava à mesa com todos os seus discípulos, inclusive, Judas Iscariotes, Ele lhes falou: “Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente (que não é merecedor, detestável), será réu (culpado) do corpo e do sangue do Senhor”, 1Co.11.27.
            Por este motivo, é preciso “examinar-se (procurar o que há de errado e confessar), pois, o homem a si mesmo (não o outro), e, assim, comer do pão, e beber do cálice”, 1Co.11.28.
            Devo participar da ceia sob advertência pelo motivo, “pois (de) quem come e bebe sem discernir (diferença entre) o corpo (de Jesus, não o alimento sólido que), comemos e bebemos (trazemos) juízo para nós”, 1Co.11.29.
            A ceia do Senhor mostra [...]
3 – Quem são os fracos.
            Judas Iscariotes foi muito fraco, pois saiu para trair a Jesus.
            Quando eu e você participamos da ceia do Senhor e logo depois partimos para a prática do pecado, mostramos “[...] a razão [...] (da nossa) fraqueza e (da nossa) doença [...]”, 1Co.11.30.
            O “eis [...] por que há entre nós [...] não poucos que dormem (já morreram para viver para Deus ou vivem para o pecado)”, 1Co.11.30 estão distantes de Deus.
            Os fracos na fé não conseguem “[...] julgar a si mesmo [...]”, 1Co.11.31.
            Caso o dormente da fé “[...] julgasse a si mesmo, não seria julgado (pelo próprio Deus)”, 1Co.11.31.
            É por este motivo que, “[...] quando julgados (por Deus), somos disciplinados (ensinados) pelo Senhor [...]”, 1Co.11.32.
            Este “[...] julgamento [...] (e) disciplina [...] (serve) para não sermos condenados (inferno) com o mundo (que não crê em Deus)”, 1Co.11.32.
            A ceia do Senhor nos mostra como devemos [...]
Conclusão:     Viver em comunhão.
            O viver em comunhão pode ser demonstrado quando os “[...] irmãos esperam uns pelos outros [...] para comer [...]”, 1Co.11.33.
            Agora, “se alguém tem fome, coma em casa, a fim de não nos reunir para juízo (condenação ao pecar contra Deus) [...]”, 1Co.11.34.
            E “[...] quanto às demais coisas (que não conhecemos, não entendemos ou não aceitamos, o próprio Deus) [...] ordenará quando (eu e você) for ter (com o Senhor nos céus) [...]”, 1Co.11.34.

            Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 18 de junho de 2014

O SENTIDO DA VIDA, Ec.11.7-12.14.



O SENTIDO DA VIDA, Ec.11.7-12.14.

            Eclesiastes é um texto difícil, diferente de todos os outros livros bíblicos.
            A exposição do livro apresenta a vida de maneira por demais realista.
            Eclesiastes é uma reflexão sobre o sentido da vida.
            O Pregador, além de sábio, ainda ensinou ao povo o conhecimento; e, atentando e esquadrinhando, compôs muitos provérbios”, Ec.12.9, sem rodeios, para nos mostrar como devemos viver neste mundo.
            Além disso, “o pregador procurou achar palavras agradáveis (trazer aos nossos ouvidos aquilo que Deus deseja; tanto é que ele) [...] escreve com retidão palavras de verdade (doutrina)”, Ec.12.10.
            Como a verdade está de acordo com a doutrina bíblica, “as palavras dos sábios são como aguilhões (ferrão para guiar as ovelhas), e como pregos bem fixados (não pende) as sentenças (declaração de pena imposta por um juiz) coligidas (proprietário, senhor), dadas pelo único Pastor (Jesus Cristo)”, Ec.12.11.
            Aparentemente a vida não tem propósito, pois “geração vai e geração vem; mas a terra permanece para sempre (para receber outros depois de nós, mas é preciso saber que chegará o fim)”, Ec.1.4.
            O sentido da vida fala que “ainda veremos debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes (discernir), a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo (futuro contínuo) e do acaso (alcançar o alvo)”, Ec.9.11.
            Além de todas essas coisas que acontecem, “tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao perverso; ao bom, ao puro e ao impuro; tanto ao que sacrifica como ao que não sacrifica; ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento”, Ec.9.2, ou seja, ninguém escapa das agonias da vida.
            Assim como Salomão, todos nós continuamos a “ver tudo isto nos dias da nossa vaidade: há justo que perece na sua justiça, e há perverso que prolonga os seus dias na sua perversidade”, Ec.7.15 até o dia de se encontrar com o Senhor da vida.
            Pode ser por este motivo que o rei fala que “não há nenhum homem que tenha domínio sobre o vento para o reter; nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte; nem há tréguas nesta peleja; nem tampouco a perversidade livrará aquele que a ela se entrega”, Ec.8.8.
            Um sentimento de impotência invade a alma do Pregador quando percebe “[...] que no lugar do juízo (ato de Deus absolver ou condenar) reina a maldade (imoralidade, criminalidade no meio da sociedade) e no lugar da justiça (agir corretamente), maldade ainda”, Ec.3.16.
            Tanto Salomão quanto nós “veremos ainda todas as opressões que se fazem debaixo do sol: veremos as lágrimas dos que foram oprimidos, sem que ninguém os console; veremos a violência na mão dos opressores, sem que ninguém console os oprimidos (daqueles que tem poder, assaltante) [...]”, Ec.4.1.
            O mal crescerá a ponto de “se vermos em alguma província opressão de pobres e o roubo em lugar do direito e da justiça, não (podemos) [...] maravilhar de semelhante caso; porque o que está alto tem acima de si outro mais alto que o explora, e sobre estes há ainda outros mais elevados que também exploram”, Ec.5.8
            Eu e você ainda vamos encontrar “estes [...] males que há em tudo quanto se faz debaixo do sol [...]”, Ec.9.3.
            Se o texto fala que “[...] a todos sucede o mesmo (então eu e você estamos incluídos; não tem como escapar) [...]”, Ec.9.3.
            Mas é preciso saber “[...] também (que) o coração dos homens está cheio de maldade [...]”, Ec.9.3, eis o motivo de muitas tragédias em nossas vidas.
            Sabemos que nos homens maldosos “[...] há desvarios (desordem mental) enquanto vivem; depois, (todos os homens, sem escapar um, estará indo) rumo aos mortos”, Ec.9.3.
            É interessante saber disso, “porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento”, Ec.9.5.
            Mesmo sabendo dessa verdade, “ainda há outra vaidade sobre a terra: justos a quem sucede segundo as obras dos perversos, e perversos a quem sucede segundo as obras dos justos. (Salomão) diz que também isto é vaidade”, Ec.8.14.
            É assim, “então, (que continuamos a) contemplar toda a obra de Deus e vemos que o homem não pode compreender a obra que se faz debaixo do sol; por mais que trabalhe o homem para a descobrir, não a entenderá; e, ainda que diga o sábio que a virá a conhecer, nem por isso a poderá achar”, Ec.8.17.
            Nem Salomão, “assim como nós não sabemos qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabemos as obras de Deus, que faz todas as coisas”, Ec.11.5 e porque acontecem todas essas maldades e bondades no mundo.
            Sabedor dessa verdade, “o pregador procurou achar palavras agradáveis (trazer aos nossos ouvidos aquilo que Deus deseja; tanto é que ele) [...] escreve com retidão palavras de verdade (com base do querer de Deus)”, Ec.12.10.
            Este estudo mostra o contraste entre a juventude e a velhice e que, portanto, precisamos aprender a viver melhor neste mundo.
Tópicos para reflexão.
1 – A beleza da juventude.
            Salomão começa apresentando a beleza da juventude.
            Ele declara que os dias da mocidade são “doce [...] luz [...] agradável aos olhos [...]”, Ec.11.7, cheios de “alegria [...] recreio [...] que satisfaz [...] (o) coração e agradam aos [...] olhos [...]”, Ec.11.9 e que também é a “[...] primavera (beleza, flores) da vida [...]”, Ec.11.10.
            Esses dias foram descritos pelo poeta mineiro Flávio Venturini, como “nossa linda juventude, páginas de um livro bom. Nesses dias, a vida é “doce [...] (e) agradável aos olhos [...]”, Ec.11.7 e que também, a “[...] juventude [...] (é tempo para) satisfazer ao [...] coração [...]”, Ec.11.9 das coisas que a vida oferece”.
            Mas, no decorrer da vida, é necessário “lembrar-se do nosso Criador nos dias da nossa mocidade [...]”, Ec.12.1.
            O teólogo evangélico equatoriano, Jorge Atiencia, fala que “lembrar-se do [...] Criador [...]”, Ec.12.1 “não é só contar com um assessor, confessor, mentor ou legislador; é contar com um “[...] Criador [...]”, Ec.12.1, com alguém que assegura que em meus dias de juventude haja criação, gênesis, projetos, utopias (civilização ideal), construção. Tudo que se faz terá como finalidade o criar; nessa perspectiva, estão demarcados a vocação, as energias, as amizades, o trabalho, a escolha do cônjuge, a opção política. Dessa maneira, colocam-se as bases para um futuro de alegria e contentamento. Que ao olhar para trás, adverte o autor, não te reproves de haver usado mal o tempo”.
            Não podemos pensar que Deus é um “estraga prazeres”; antes, deseja que seu povo aproveite os bens e os dons que ele mesmo criou para o desfrute dos homens e mulheres que ama.
            Salomão não ensina um liberalismo de costumes.
            É comum os jovens pensarem que, para aproveitar a vida, é preciso se entregar a excessos, e que tudo é permitido.
            O texto é claro ao dizer que o “jovem (deve se) alegrar [...] na sua juventude, e recrear o seu coração nos dias da sua mocidade; andar pelos caminhos que satisfazem ao seu coração e agradam aos seus olhos; (agora, uma advertência:) sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas”, Ec.11.9.
            Você está “[...] preparado [...] para te encontrares com o teu Deus (?)”, Am.4.12.
            Após a beleza da juventude, vem [...]
2 – O peso da velhice.
            O que você espera da sua velhice?
            Uma boa aposentadoria, caderneta de poupança como reserva, casa espaçosa com piscina, carro 0km, filhos unidos, viagens internacionais, boa saúde.
            Estatísticas mostram o envelhecimento da população brasileira. Você faz parte de amostragem?
            Com que vigor você chegará aos 60 anos?
            A velhice depende não somente da alimentação, de como desfrutou a vida, mas principalmente do “[...] Espírito de Deus (que) nos fez, e o sopro do Todo-Poderoso (que) nos deu vida”, Jó 33.4.
            Todos nós sabemos que à medida que o tempo passa, diminuem-se a energia e o vigor da juventude.
            Em compensação, com o envelhecimento, há a possibilidade de a pessoa crescer em maturidade e sabedoria de vida.
            É preciso se preparar para os anos dos cabelos ficam brancos e as rugas aparecem no rosto.
            Quem não se prepara para a velhice, demonstra falta de sabedoria.
            Salomão, neste texto, apresenta as limitações provenientes da velhice.
            Nesta fase da vida,     já não tenho muito ousadia para falar porque “[...] os meus lábios [...] (estão) se fechando (sim, vai chegar um) dia em que não poderei falar em alta voz [...]”, Ec.12.4; é verdade, a minha voz está desaparecendo.
            Parece que aqueles que estão ao meu redor não me escutam.
            Estou confuso, eu mesmo não sei se estou surdo ou se falo baixo demais.
            Estranho! “[...] A voz das aves levantadas [...]”, Ec.12.4 ou aquele canto suave pela manhã dos passarinhos me desperta e perturba o meu sono.
            Já não posso mais descansar à vontade.
            Dei conta de que estou ficando surdo – isto é pura ironia “[...] todas as harmonias, filhas da música, (estão) diminuindo”, Ec.12.4.
            Por muitos anos formei um hábito de acordar bem cedo, e agora? Nada tenho a fazer, exceto continuar ali, deitado.
            Lembra-te do teu Criador [...] antes que se escureçam o sol (cegueira), a lua e as estrelas do esplendor da tua vida [...]”, Ec.12.1,2 fique enjoado com toda riqueza acumulada.
            Lembra-te do teu Criador [...] antes que se [...] tornem a vir as nuvens depois do aguaceiro”, Ec.12.1,2 e a mesmice volte acontecer em nossa vida.
            Sentimos a velhice chegar quando, “no dia em que tremerem os guardas da casa, os nossos braços, e se curvarem os homens outrora fortes, as nossas pernas, e cessarem os nossos moedores (dentes) da boca, por já serem poucos, e se escurecerem os nossos olhos nas janelas”, Ec.12.3.
            É possível que temos em grande apreço os cabelos, hoje, estão “[...] embranquecidos [...]”, Ec.12.5.
            Cabelo branco fala que definitivamente o dia da minha juventude terminou.
            O fruto da “[...] amendoeira (nozes) [...]”, Ec.12.5, delicioso, mas devido a idade avançada, o estômago não aceita mais alimentos saborosos.
            Aquela vontade de comer já se foi e está “[...] perecendo (acabando) o apetite [...]”, Ec.12.5.
            Parece que a vida abandona o homem no momento em que a natureza ressuscita.
            E a robustez? Era forte, vigoroso, um atlético, agora um “[...] gafanhoto (é) um peso [...]”, Ec.12.5.
            Qualquer coisa é motivo de cansaço.
            Já não existe mais gosto por nada nesta vida, por isso de ficar sempre encostado pelos cantos.
            Mais que depressa temos que pensar no futuro próximo, “[...] porque vamos à casa eterna [...]”, Ec.12.5.
            Ó Deus, o sepulcro, o lugar do silêncio está prestes a me apanhar de surpresa.
            Estranho! Mas é a pura verdade, “[...] os pranteadores (meus vizinhos) andam rodeando pela praça”, Ec.12.5 esperando a minha morte.           
            É por este motivo que, “[...] quando (caminhando) tememos o que é alto, e nos espantares no caminho (por saber que os nossos dias estão se findando) [...]”, Ec.12.5.
            O “lembrar-se do nosso Criador [...] (deve acontecer) antes que (eu e você) venha [...] dizer: Não tenho neles prazer”, Ec.12.1.
            O peso da velhice me fala que está chegando a hora, “antes que se rompa o fio de prata [...]”, Ec.12.6.
            A minha e a sua vida está por um fio.
            O fio de prata é aquela experiência fora do corpo, que entra nos primeiros estágios da morte, que se chama experiência de quase morte.
            É como se fosse usado um fio de prata para suspender uma taça preciosa ou outro objeto de decoração.
            Esse “[...] fio se rompe [...] (o enfeite) se despedaça (no chão tornando-se inútil) [...]”, Ec.12.6.
            Esse enfeite nada mais é do que “[...] o copo de ouro [...]”, Ec.12.6.
            Ah! Senhor a minha vida vale ouro.
            O prazer de viver está esgotando como quando “[...] se quebra o cântaro junto à fonte [...]”, Ec.12.6.
            A minha vida é comparada a um pote quebrado acidentalmente nas mãos de uma mulher que o levara à fonte.
            Quando quebrado, não mais contém água em seu interior.
            Assim estamos nós, quebrado, partido, não temos mais valor para este mundo porque a vida se foi.
            Perdemos o que temos de mais precioso neste mundo.
            Estamos ainda como que um sarilho quebrado quando “[...] se desfaz a roda junto ao poço”, Ec.12.6.
            O prazer de viver está indo embora.
            Esse cordão umbilical espiritual está tentando separar o meu corpo da alma.
            Essa linguagem de Salomão cheia de floreios nos lembra do irreversível ciclo descrito em Gênesis de “[...] que tornaremos à terra, pois dela fomos formado; porque nós somos pó e ao pó tornaremos”, Gn.3.19.
            No entanto, a morte não é o fim, pois quando “[...] o pó voltar à terra, como o era, (também) [...] o espírito voltará a Deus, que o deu”, Ec.12.7.
            Precisamos dar sentido a nossa vida neste mundo, mesmo na velhice, porque “quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”, Rm.8.35-39.
            Salomão declara que “ainda que o homem viva muitos anos, (é preciso) regozijar-se em todos eles; contudo, devemos lembrar de que há dias de trevas (escuridão profunda), porque serão muitos. (Mas, devemos saber que) tudo quanto sucede é vaidade (ilusão, vapor, falso)”, Ec.11.8.
            Assim como a juventude, também a velhice passará e cada um de nós vai se encontrar com Deus.
            Você está preparado para este dia? Então dê [...]
3 – Sentido à sua vida.
            Para o Pregador, aparentemente nada faz sentido, porque, mais uma vez, ele fala que “vaidade de vaidade, diz o Pregador, tudo é vaidade”, Ec.12.8.
            Não no sentido de que a vida que o Senhor nos dá neste mundo não tenha valor, mas, que este mundo não é digno de vivermos nele para sempre.
            A vida não é um absurdo que aparenta ser.
            Eu e você precisamos nos esforçar para aplicar o coração a esquadrinhar e a informar-nos com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu (coisas boas e ruins); este enfadonho trabalho impôs Deus aos filhos dos homens, para nele (nos) [...] afligir”, Ec.1.13.
            Então, “o que é já foi (o trato com todos os homens de lhe oferecer comida, veste e bebida), e o que há de ser também já foi (o bem concedido a todos nós, haverá de ser igual para os que vierem depois); Deus fará renovar o que se passou (tal como Salomão já havia escrito: “o que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol”, Ec.1.9)”, Ec.3.15.
            É interessante notar “[...] que Deus [...] nos prova (a fim de que) [...] vermos que somos [...] como os animais”, Ec.3.18, “porque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais (no aspecto da morte) [...]”, Ec.3.19.
            De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem”, Ec.12.13.
            Juventude e velhice deve nos direcionar para buscar o sentido da vida.
            Devemos agir dessa forma porque [...]
Conclusão:      É o dever de cada homem e outra, “porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más”, Ec.12.14.
Discussão:       A sua juventude foi bem preparada para a sua velhice?
            Se você pudesse voltar atrás, o que você não faria de novo?
            Qual é o sentido da sua vida daqui para frente?
            Assim como Salomão, muitos de nós já estamos entrando na velhice, então, o Pregador fala: “Demais, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne”, Ec.12.12.
            O Rev. Augustus Nicodemus comenta esse texto: “O que teria levado um pesquisador tão brilhante a considerar o resultado de seu trabalho enfadonho, tristeza e vaidade? É que ele percebeu que a busca do conhecimento e da ciência por si não é capaz de satisfazer os anseios mais profundos da alma humana. Quando, porém, percebeu que o conhecimento deve ser buscado dentro de um contexto maior, em que Deus é o referencial, conseguiu perceber sentido na vida e achar o seu fator unificador”, ou seja, “lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade (e nos dias da velhice), antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer”, Ec.12.1.

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para estudo – Vida abundante – Didaquê – Rev. Carlos Ribeiro Caldas Filho.