sábado, 28 de junho de 2014

REPETIDAS VEZES



REPETIDAS VEZES
            A onda de violência e protesto tem diminuído, mas quando acontece, em muitas partes do mundo, é assustador. Os protestos são constantes por motivos justos e também injustos. O povo cobra pela falta de segurança pública, a escassez de alimentos, uma hora trabalhada a mais, a falta de moradia, tarifas abusivas, o não cumprimento das obrigações trabalhistas, a falta de transporte, a péssima conservação das rodovias, a morte trágica de um transeunte, a elevação da carga tributária, enfim, são tantas as reclamações que parece que este mundo vai explodir.
            A Bíblia apresenta vários protestos. Os protestos apresentados por ela são totalmente diferentes dos já acontecidos no decorrer da história humana. As reclamações bíblicas não são analisadas como justas ou injustas, pelo contrário, todas estão na medida certa.  Como já fora dito de que, “[...] até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra” (Mt 5.18). Isso acontece porque “[...] Deus não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima ao rico mais do que ao pobre; porque todos são obra de suas mãos” (Jó 34.19). 
            Uma das reprimendas de Deus precisa ser repetida tantas vezes quantas forem necessárias com a finalidade de que cada homem possa procurar andar no caminho traçado pelo Senhor, dono deste mundo. É bem verdade que Deus sempre cuida do seu povo, mas muitas vezes essa comunidade de rebeldes ultrapassa os limites, daí a reclamação lançada a todos, pois “se te esqueceres do SENHOR, teu Deus, e andares após outros deuses, e os servires, e os adorares, protesto, hoje, contra vós outros que perecereis” (Dt 8.19). Preste atenção nos verbos deste texto: “esquecer, andar, servir, adorar, protestar, perecer”. O crescimento de reprimenda vai crescendo até o perecimento.
            Deus insiste com os seus servos. É impossível alguém em sã consciência “[...] encobrir a seus filhos; contar à vindoura geração [...] as maravilhas que (o) SENHOR [...] fez” (Sl 78.4). Não havendo esquecimento é muito justo que a pessoa deve servir e adorar somente o Senhor Deus “que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e mantém para sempre a sua fidelidade” (Sl 146.6).
            O homem precisa reconhecer a soberania de Deus sobre toda a humanidade repetidas vezes. Então, a única opção para o homem é “andar na presença do SENHOR [...]” (Sl 116.9). Quem agir de modo correto diante de Deus, o Senhor, o Todo Poderoso, certamente não irá protestar repetidas vezes e nem permitirá o perecimento dos seus servos.
Rev. Salvador P. Santana

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