quinta-feira, 18 de abril de 2013

RESOLVI PERDOAR A MINHA ESPOSA


RESOLVI PERDOAR A MINHA ESPOSA
            Tudo começou com coisas banais. A discussão por uma poeira aqui, uma mesa mal arrumada, uma roupa colocada fora de lugar. A piora foi quando um dos dois chamou atenção de um dos filhos. Como desanda para todos os lados, um resolveu chegar um pouco mais tarde em casa, após o término do trabalho. Na verdade, estava enrolando para não entrar em seu lar, pois já não aquentava mais as brigas, as intrigas, os olhares atravessados. A gota d’água foi quando um olhou sem interesse para outra pessoa que passava na rua. Verdade, sem interesse algum. Esse olhar perdurou, não porque desejava, mas porque a roupa desse transeunte, o seu cabelo, seu modo de andar, de gesticular, a sua voz estridente lhe chamou atenção. A  interpretação errada do cônjuge o levou à separação.
            Depois de tantas coisas miúdas e insignificantes interferirem no relacionamento do casal, chegou ao ponto da “[...] esposa, aborrecendo-se (do) esposo, o deixou, tornou para a casa de seu pai [...] e lá esteve os dias por uns quatro meses” (Jz 19.2) chorando, reclamando, dizendo para toda a sua família que “[...] o homem que (lhe fora) dado por esposo,  ( a fez errar, cometer tamanha loucura) [...]” (Gn 3.12). Ela estava decidida a se livrar de uma vez por todas dessa amarra do casamento e viver sozinha até que Deus resolvesse  promovê-la para a eternidade.
            Não satisfeito com essa situação, “seu marido [...] levantou-se e foi após (a sua esposa) [...] para falar-lhe ao coração (pois reconhecera o seu erro, a sua maldade), a fim de tornar a trazê-la [...]” (Jz 19.3). Não foi  novidade para a sua “[...] esposa (porque no fundo ela não queria ficar separada, então) o fez entrar na casa de seu pai [...] (algo interessante e urgente precisa acontecer no meio familiar). Seu sogro, quando o viu, saiu alegre a recebê-lo” (Jz 19.3) sem olhar para os defeitos e sem fazer acusações.
            É possível que toda essa desventura dentro de casa tenha acontecido porque “naqueles dias (de tribulação) [...] não havia rei (dentro de casa) [...]” (Jz 19.1). Sim, faltou um rei para “[...] vencer (em favor dessa família), pois (é somente Jesus) o Senhor dos senhores e o Rei dos reis [...] (que pode dar forças para os cônjuges e os filhos) vencerem [...]” (Ap 17.14) qualquer luta, qualquer desavença que os familiares possam encontrar pela frente.
            Entra em ação a sogra e o sogro, não para conservar a filha em sua casa e acabar de uma vez por todas com o casamento, mas para tentar reconciliar o casal. “Seu sogro, o pai da moça, deteve o genro por cinco dias em sua companhia (dando conselhos, apontando as falhas dos dois, dizendo-lhes sobre os preceitos de Deus para eles terminarem a vida juntos); (fizeram uma festa) comendo, bebendo, e o casal se alojou ali” (Jz 19.4,8) porque eles se amavam e desejam “[...] que a mulher não se separasse do (seu) marido” (1Co 7.10).
            Depois de solucionado o problema, refeita a vida a dois, posto sob as mãos de Deus qualquer desarmonia, “[...] o homem (e sua esposa) [...] levantaram-se, e partiram [...]” (Jz 19.10) rumo ao seu lar. O caminho de volta para casa era longo, cerca de 60km. Resolveram descansar, a convite de “[...] um homem velho [...] (que) morava em Gibeá [...]” (Jz 19.16) por uma noite. “Enquanto eles se alegravam [...] os homens daquela cidade, filhos de Belial, cercaram a casa [...] e falaram [...] traze para fora o homem que entrou em tua casa, para que abusemos dele” (Jz 19.22).
            A esposa perdoada foi “[...] humilhada [...] (por) aqueles homens [...] e [...] a forçaram e abusaram dela toda a noite até pela manhã; e [...] a deixaram” (Jz 19.24,25) morta. O marido não pôde desfrutar de uma vida a dois abençoada. Portanto, quando enfrentar qualquer dissabor, “entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho [...]” (Mt 5.25).
Rev. Salvador P. Santana   

sábado, 13 de abril de 2013

BATE-BOCA - SILAS, FELICIANO E LGBT

BATE-BOCA – SILAS, FELICIANO E LGBT


O bate-boca entre o Pr. Silas Malafaia, Dep. Feliciano e LGBT está indo longe demais. Nos acirrados ânimos dos dois lados, pode acontecer de uma palavra sair pela culatra, uma ofensa acontecer, um inimigo se levantar, uma palavra mal interpretada, um deslize por querer defender a sua posição, um levante contra os demais, a não defesa do evangelho ou manchar a reputação do interlocutor.

Todos sabem que “[...] a [...] luta (dos servos de Deus) não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12). Ora, quanto mais se atiça lenha no fogo, muito mais brasas e faíscas irão aparecer. Sendo assim, não compensa rebater qualquer palavra vinda dos LGBT contra os evangélicos de acusação, humilhação. É mais justo que todos os filhos de Deus aprendam, assim como “[...] o atleta (que) não é coroado se não lutar segundo as normas” (2Tm 2.5).

Os “[...] eleitos de Deus, santos e amados [...] (precisam mostrar) afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade” (Cl 3.12) e não pegar em armas como os adversários desejam. “Não (pode) sair da [...] boca (desses eleitos de Deus) nenhuma palavra torpe (nojenta como saem da boca dos LGBT), e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Ef 4.29).

A atitude mais sensata para todo cristão precisa ser o de "buscar entre (os servos de Deus em todo o Brasil) [...] um homem que tape o muro e se coloque na brecha perante Deus, a favor desta terra, para que Deus não a destrua; mas (parece que até agora) [...] ninguém (foi) achado", Ez.22.30. A sugestão de que os filhos de Deus precisam é de "não dar a Deus descanso até que restabeleça (a vida espiritual até mesmo dos desviados do evangelho) [...] e a ponha por objeto de louvor na terra" (Is 62.7).

Alguns sabem dessa verdade, de que muitas "[...] castas não podem sair senão por meio de oração [e jejum]" (Mc 9.29). Então, "vai, ajunta [...] toda (a igreja) [...] que se achar em (sua cidade) [...] e jejuai [...] (e convoque crentes de outras cidades, estados e países) também (para) jejuarem [...](ainda que seja) contra a lei; se (algum deles) perecer, (que) pereça" (Et 4.16), mas que essa atitude espiritual seja, como “[...] disse o SENHOR: por amor deles (dos que) se [...] acham em Sodoma [...] (para ser) poupada a cidade toda [...]” (Gn 18.26).

Em toda a história bíblica e secular, sempre aconteceu de o SENHOR “não fazer caso da força do cavalo, nem se comprazer nos músculos do guerreiro” (Sl 147.10). Isto sempre aconteceu, pois, quando Deus desejar, “[...] não (será pela) [...] espada que (eles) possuem [...] nem (será) [...] o seu braço que lhes dará vitória, e sim a destra (de) Deus (dará a vitória ao seu povo) [...] porque Deus se agrada [...]” (Sl 44.3) destes.

Ora, enquanto durarem as discussões entre os deputados a favor da homofobia e suas vertentes e defensores da não legalização em favor daqueles, o povo de Deus só vai perder terreno. Então, “por amor do (povo de Deus) [...] não (se) cale (continue orando) e, por amor de (você mesmo) [...] não [...] aquiete (insista com Deus em oração), até que saia a sua justiça como um resplendor, e a sua salvação, como uma tocha acesa” (Is 62.1).

Que Deus seja louvado para todo o sempre!

Rev. Salvador P. Santana

quinta-feira, 4 de abril de 2013

"VOCÊ FALA MUITO"

“VOCÊ FALA MUITO”


Só pode sair de uma mente insana a ideia de que todos os negros e todos os afrodescendentes são amaldiçoados por Deus. Sendo assim, quem seria então abençoado neste mundo; os europeus, os norte-americanos? Impossível. A miscigenação já alcançou o mundo inteiro. Não existe nenhuma raça, como dizia e desejava Hitler, pura. Deus, nos primórdios dos tempos, permitiu que todos os povos se ajuntassem em casamento. A prova disto é que “[...] Salomão amou muitas mulheres estrangeiras [...]” (1Rs 11.1).

Ao fazer uma releitura dos livros sagrados do Pentateuco, percebe-se que Deus conduziu a história de uma forma maravilhosa e abençoadora. Verdade é que “[...] a terra (se tornou) maldita por causa (do pecado de) Adão (por ter ele) atendido a voz de sua mulher [...]” (Gn 3.17). Aconteceu também de ser “[...] multiplicado sobremodo os sofrimentos (da) mulher [...] (na sua) gravidez [...] em meio de dores darás à luz filhos [...] (e ainda) no suor do rosto (de todos os homens, cada um terá que) comer o seu pão, até que torne à terra [...]” (Gn 3.16,19).

Perceba que após “[...] Caim matar (o) seu irmão Abel [...]” (Gn 4.8), Deus tinha total autoridade para tirar a vida de Caim, não o fez. Deus deu oportunidade ao homicida de formar a sua própria família e de “[...] edificar uma cidade (para si) [...]” (Gn.4.17). Aconteceu também de “[...] Noé [...] (entregar) Canaã (como) servo de seu irmão [...]” (Gn 9.24,25), mas isto não quer dizer que Cam foi amaldiçoado por Deus e nem os seus descendentes o foram no sentido abrangente da palavra. Bem anterior a esse acontecimento “Deus abençoou (não somente) a Noé [...] (mas também) a seus filhos [...] Sem, Cam e Jafé [...]” (Gn.9.1,18).

A partir de Cam, os seus descendentes se espalharam desde a Assíria até o norte da África. Não é de se estranhar que “[...] Agar, egípcia, (era) [...] serva [...] (de) Sarai [...] mulher (de) [...] Abrão [...]” (Gn 16.3) andou lado a lado de “[...] Abraão (que) cria em Deus, e [...] (era) chamado amigo de Deus” (Tg 2.23). Quando “[...] partiram os filhos de Israel [...] (em rumo à terra prometida) subiu também com eles um misto de gente [...]” (Ex 12.37,38) estrangeira. Estes “[...] estrangeiros [...] (caso) quisessem celebrar a Páscoa do SENHOR [...] (eram obrigados a ser) circuncidados [...]” (Ex 12.48).

E o que dizer sobre “[...] Raabe, a meretriz, (que) não foi destruída com os desobedientes [...]” (Hb 11.31). Foram “[...] os jovens, os espias [...] (que) tiraram Raabe, e seu pai, e sua mãe, e seus irmãos, e [...] tiraram também toda a sua parentela e os acamparam fora do arraial de Israel” (Js 6.23) para logo depois, fazer parte da ascendência de Jesus Cristo. Sim, participaram também muitos filisteus, amonitas, moabitas, sírios, assírios que, “[...] subjugados [...]” (Hb 11.33) naquela época, tiveram a oportunidade “[...] de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creram no seu nome” (Jo 1.12).

Feliciano, “você fala muito”. Hoje existem “muitos (negros, mulatos, pardos, caboclos, cafuzos e até brancos), que creem (em Jesus Cristo, os quais) [...] confessam e denunciam publicamente as suas próprias obras” (At 19.18).

Rev. Salvador P. Santana