RESOLVI
PERDOAR A MINHA ESPOSA
Tudo começou com coisas banais. A
discussão por uma poeira aqui, uma mesa mal arrumada, uma roupa colocada fora
de lugar. A piora foi quando um dos dois chamou atenção de um dos filhos. Como
desanda para todos os lados, um resolveu chegar um pouco mais tarde em casa,
após o término do trabalho. Na verdade, estava enrolando para não entrar em seu
lar, pois já não aquentava mais as brigas, as intrigas, os olhares
atravessados. A gota d’água foi quando um olhou sem interesse para outra pessoa
que passava na rua. Verdade, sem interesse algum. Esse olhar perdurou, não
porque desejava, mas porque a roupa desse transeunte, o seu cabelo, seu modo de
andar, de gesticular, a sua voz estridente lhe chamou atenção. A
interpretação errada do cônjuge o levou à separação.
Depois de tantas coisas miúdas e
insignificantes interferirem no relacionamento do casal, chegou ao ponto da
“[...] esposa, aborrecendo-se (do) esposo, o deixou, tornou para a casa de seu
pai [...] e lá esteve os dias por uns quatro meses” (Jz 19.2) chorando,
reclamando, dizendo para toda a sua família que “[...] o homem que (lhe fora)
dado por esposo, ( a fez errar, cometer tamanha loucura) [...]” (Gn
3.12). Ela estava decidida a se livrar de uma vez por todas dessa amarra do
casamento e viver sozinha até que Deus resolvesse promovê-la para a
eternidade.
Não satisfeito com essa situação,
“seu marido [...] levantou-se e foi após (a sua esposa) [...] para falar-lhe ao
coração (pois reconhecera o seu erro, a sua maldade), a fim de tornar a
trazê-la [...]” (Jz 19.3). Não foi novidade para a sua “[...] esposa
(porque no fundo ela não queria ficar separada, então) o fez entrar na casa de
seu pai [...] (algo interessante e urgente precisa acontecer no meio familiar).
Seu sogro, quando o viu, saiu alegre a recebê-lo” (Jz 19.3) sem olhar para os
defeitos e sem fazer acusações.
É possível que toda essa desventura
dentro de casa tenha acontecido porque “naqueles dias (de tribulação) [...] não
havia rei (dentro de casa) [...]” (Jz 19.1). Sim, faltou um rei para “[...]
vencer (em favor dessa família), pois (é somente Jesus) o Senhor dos senhores e
o Rei dos reis [...] (que pode dar forças para os cônjuges e os filhos)
vencerem [...]” (Ap 17.14) qualquer luta, qualquer desavença que os familiares
possam encontrar pela frente.
Entra em ação a sogra e o sogro, não
para conservar a filha em sua casa e acabar de uma vez por todas com o
casamento, mas para tentar reconciliar o casal. “Seu sogro, o pai da moça,
deteve o genro por cinco dias em sua companhia (dando conselhos, apontando as
falhas dos dois, dizendo-lhes sobre os preceitos de Deus para eles terminarem a
vida juntos); (fizeram uma festa) comendo, bebendo, e o casal se alojou ali”
(Jz 19.4,8) porque eles se amavam e desejam “[...] que a mulher não se
separasse do (seu) marido” (1Co 7.10).
Depois de solucionado o problema,
refeita a vida a dois, posto sob as mãos de Deus qualquer desarmonia, “[...] o
homem (e sua esposa) [...] levantaram-se, e partiram [...]” (Jz 19.10) rumo ao
seu lar. O caminho de volta para casa era longo, cerca de 60km. Resolveram
descansar, a convite de “[...] um homem velho [...] (que) morava em Gibeá
[...]” (Jz 19.16) por uma noite. “Enquanto eles se alegravam [...] os homens
daquela cidade, filhos de Belial, cercaram a casa [...] e falaram [...] traze
para fora o homem que entrou em tua casa, para que abusemos dele” (Jz 19.22).
A esposa perdoada foi “[...]
humilhada [...] (por) aqueles homens [...] e [...] a forçaram e abusaram dela
toda a noite até pela manhã; e [...] a deixaram” (Jz 19.24,25) morta. O marido
não pôde desfrutar de uma vida a dois abençoada. Portanto, quando enfrentar
qualquer dissabor, “entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto
estás com ele a caminho [...]” (Mt 5.25).
Rev.
Salvador P. Santana
Nenhum comentário:
Postar um comentário