terça-feira, 31 de março de 2020

1Sm.16.14-17.58 - A APRESENTAÇÃO DO FUTURO REI – Direção, segurança e livramento para o povo de Deus.

A APRESENTAÇÃO DO FUTURO REI – Direção, segurança e livramento para o povo de Deus, 1Sm.16.14-17.58.

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudos – Expressão – Suas Escolhas têm efeitos – Davi e Salomão – Ascenção e queda – Autoria dos originais dos roteiros do aluno – Rev. Dario de Araújo Cardoso.

Introd.:           A unção de Davi como rei de Israel aconteceu numa cerimônia discreta.
            Os efeitos da escolha divina logo se manifestaram.
            Todo Israel testemunhou que a bênção de Deus os alcançou através da vida de Davi.
            Deus manifesta o seu poder e a sua salvação por meio de seus filhos.
1 – O rei ungido traz alívio ao atribulado.
            O texto bíblico vincula a unção de Davi à “[...] retirada [...] do espírito maligno (que) atormentava [...] Saul [...] (que veio) da parte (do) Espírito do SENHOR [...]”, 1Sm.16.14.
            O processo de rejeição divina estava completo.
            O sinal dessa condição foi quando “[...] os servos de Saul lhe disseram [...] que [...] um espírito maligno, enviado de Deus [...] o atormentava”, 1Sm.16.15 perturbando a sua mente e destronando-o para sempre.
            Não é possível saber como essa perturbação ocorria, mas sabemos que aquela inquietação demoníaca desestabilizou Saul.
            Deus o abandonara.
            Deus abandonando é o maior desespero do ser humano.     
            Jesus, no Getsêmani “disse: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra”, Lc.22.42, 44.
            Na cruz, “[...] clamou Jesus em alta voz, dizendo [...] Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste”, Mt.27.46.                                           
            A angústia de Saul era similar, mas ela não tinha um pai amoroso a quem recorrer.
            Quando “laços de morte [...] cercaram (Saul), e angústias do inferno se apoderaram (dele) [...] caiu em tribulação e tristeza”, Sl.116.3 porque não pôde clamar a Deus pelo livramento.
            Milhões de pessoas tentam encontrar alívio nos prazeres, nos vícios, nas realizações.
            Por isso, “mandaram [...] (os) servos (de Saul que) [...]  buscassem um homem que sabia tocar harpa; e [...] quando o espírito maligno, da parte do SENHOR, viesse sobre ele, então, (o tocador) [...] a dedilhava, e Saul se achava melhor”, 1Sm.16.16.
            Muitos, por entenderem que nada disso satisfaz, entregam-se à tristeza e, até à morte.
            “[...] Saul (abandonou Deus e preferiu que) [...] seus servos [...] buscassem, pois, um homem que sabia tocar bem [...]”, 1Sm.16.17 para alegrar o seu coração.
            E, por causa da satisfação mundana “[...] o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá”, Sl.1.6.
            Salomão declara que “há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”, Pv.14.12, e assim, muitos se afastam de Deus.
            O final da vida de “[...] Saul (foi) tomar da espada e se lançar sobre ela”, 1Sm.31.4.
            Os servos, consciente do estado de espírito de Saul, o aconselharam a buscar o “[...] filho de Jessé [...] que sabia tocar [...]”, 1Sm.16.18 para buscar alívio na música.
            A música pode trazer alguma distração, basta encerrar para que toda a dor e tribulação retorne e a falta de esperança se torne mais evidente.
            Acabando a droga, o sexo, a festa, as amizades, pode retornar o espírito maligno, “então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem se torna pior do que o primeiro”, Lc.11.26.
            As qualidades de Davi:
            Além de “[...] saber tocar [...]”, 1Sm.16.18 harpa, ele “[...] é (reconhecido pela população como) forte e valente [...]”, 1Sm.16.18, o qual, liderava como um “[...] homem de guerra [...]”, 1Sm.16.18;
            Davi era aprovado devido ele ser “[...] sisudo em palavras [...]”, 1Sm.16.18;
            É possível que as mulheres o enxergavam como “[...] de boa aparência [...]”, 1Sm.16.18;
            “[...] E o (principal na vida de todos os homens) o SENHOR era com ele”, 1Sm.16.18.
            É curioso saber que os discípulos de Emaús se referem “[...] a Jesus [...] (como) varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo”, Lc.24.19.
            A Bíblia relata muito pouco sobre a vida de Davi até o momento em que “Saul enviou mensageiros a Jessé [...]”, 1Sm.16.19, daí, descobrimos que Davi:  
            Era pastor de ovelhas. “[...] Envia-me Davi, teu filho, o que está com as ovelhas”, 1Sm.16.19;
            Davi era mensageiro ao campo de batalha. “Tomou, pois, Jessé um jumento, e o carregou de pão, um odre de vinho e um cabrito, e enviou-os a Saul por intermédio de Davi, seu filho”, 1Sm.16.20;
            Davi foi carregador de escudos e flechas. “Assim, Davi foi a Saul e esteve perante ele; este o amou muito e o fez seu escudeiro”, 1Sm.16.21;
            Davi foi ajudante de ordem ou secretário pessoal. “Saul mandou dizer a Jessé: Deixa estar Davi perante mim, pois me caiu em graça”, 1Sm.16.22;
            Davi foi como um palhaço da corte. “E sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a dedilhava (para divertir o povo); então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele”, 1Sm.16.23;
            Davi foi um pastor cuidadoso do rebanho do seu pai. “Respondeu Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; quando veio um leão ou um urso e tomou um cordeiro do rebanho, eu saí após ele, e o feri, e livrei o cordeiro da sua boca; levantando-se ele contra mim, agarrei-o pela barba, e o feri, e o matei”, 1Sm.17.34, 35;
            Assim como Davi “o [...] servo (de) Saul matou tanto o leão como o urso; (ele se dispôs a matar também o) [...] incircunciso filisteu (Golias que) seria como um (urso ou leão) [...]”, 1Sm.17.36;
            Davi se dedicou a honrar o nome do seu Senhor, daquele que pode todas as coisas, “[...] porquanto (Golias) afrontou os exércitos do Deus vivo”, 1Sm.17.36.
             Unção divina fez Davi parecido com Cristo.
            Jesus Cristo “[...] aliviou (os) cansados e sobrecarregados [...]”, Mt.11.28.
            À semelhança de Cristo, Davi levava alívio à perturbação de Saul.
            Isso é esperado de nós que, pela unção do Espírito Santo, estamos sendo recriados “[...] para sermos conformes à imagem de seu Filho [...]”, Rm.8.29.
            Convivemos com pessoas que buscam alívio para seus corações atormentados.
            Nossos atos e palavras precisam oferecer o descanso que só pode ser encontrado em Deus.
            Por isso, é “bem-aventurado o homem cuja força está em Deus, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva”, Sl.8.4.5, 6.
            Somos chamados para sermos “[...] o sal da terra [...] (e) a luz do mundo [...]”, Mt.5.13, 14.
            Não podemos deixar de manifestar a transformação que está se realizando em nós.
            Davi foi chamado para abençoar um rei que, em decorrência dos pecados que cometera, sofria os tormentos vindo da parte de Deus.
            Davi dedilhava a harpa, Saul sentia-se melhor e o espírito maligno se afastava.
            Precisamos ser servos de Deus e fazer o que lhe agrada ainda que Deus nos incumbe de abençoar um incrédulo.
2 – O rei ungido traz vitória ao amedrontado.
            A Bíblia mostra o segundo sinal da unção de Davi e como ele se tornou amado pelo povo.
            Mais uma vez se “ajuntaram os filisteus as suas tropas para a guerra, e congregaram-se em Socó, que está em Judá, e acamparam-se entre Socó e Azeca, em Efes-Damim (fronteira de sangue)”, 1Sm.17.1.
            Os Filisteus estavam confiantes.
            Israel precisava de um comandante, pois o rei Saul estava desmoralizado, “porém Saul e os homens de Israel se ajuntaram, e acamparam no vale de Elá, e ali ordenaram a batalha contra os filisteus”, 1Sm.17.2 na esperança de retardar ou que Deus vencesse essa batalha.
            Perceba que os dois exércitos estavam com medo, pois “estavam estes num monte do lado dalém, e os israelitas, no outro monte do lado daquém; e, entre eles, o vale”, 1Sm.17.3, evitando o encontro.
            O medo aumentou nos israelitas e a confiança nos filisteus devido, “então, sair do arraial dos filisteus um homem guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, da altura de seis côvados (3m) e um palmo (22cm)”, 1Sm.17.4.
            Para assustar o povo de Israel, Golias “trazia na cabeça um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas cujo peso era de cinco mil siclos (57,12kg) de bronze”, 1Sm.17.5.
            Golias era um verdadeiro soldado militar e o duelo desigual, pois “trazia caneleiras de bronze nas pernas e um dardo de bronze entre os ombros”, 1Sm.17.6.
            Para completar o medo em Saul e seu exército, “a haste da sua lança era como o eixo do tecelão, e a ponta da sua lança, de seiscentos siclos (6.854kg) de ferro; e diante dele ia o escudeiro”, 1Sm.17.7 carregando mais armas.
            Para provocar, Golias “parou, clamou às tropas de Israel e disse-lhes: Para que saís, formando-vos em linha de batalha? Não sou eu filisteu, e vós, servos de Saul? Escolhei dentre vós um homem que desça contra mim”, 1Sm.17.8, mas Saul até o momento não tinha nenhum homem corajoso para enfrentar o gigante.
            Não havia ninguém capaz. Golias, confiante na vitória dos filisteus, declara: “Se ele puder pelejar comigo e me ferir, seremos vossos servos; porém, se eu o vencer e o ferir, então, sereis nossos servos e nos servireis”, 1Sm.17.9.
            Golias não temia ninguém, por isso se apresentou sozinho para a batalha e “disse mais o filisteu: Hoje, afronto as tropas de Israel. Dai-me um homem, para que ambos pelejemos”, 1Sm.17.10.
            O medroso rei de Israel, “Saul, ouvindo e todo o Israel estas palavras do filisteu, espantaram-se e temeram muito [...]”, 1Sm.17.11 – todos estavam sem coragem, desesperados e sem saber o que fazer.
            Talvez, algum dos “[...] três filhos mais velhos de Jesse (que) se apresentaram [...] a Saul e o seguiram à guerra (fossem mais corajosos); chamavam-se: Eliabe, o primogênito (que Samuel pensara que seria um bom rei, estava com medo), o segundo, Abinadabe (com medo), e o terceiro, Samá”, 1Sm.17.13, também estava com medo do filisteus.
            Os melhores e mais fortes homens de Israel não eram capazes de enfrentar Golias.
            Saul, sem saída e desesperado, espalhou a notícia: “e diziam uns aos outros: Vistes aquele homem que subiu? Pois subiu para afrontar a Israel. A quem o matar, o rei o cumulará de grandes riquezas, e lhe dará por mulher a filha, e à casa de seu pai isentará de impostos em Israel”, 1Sm.17.25.
            Mesmo com essa oferta do rei, nenhum dos soldados alistados se dispuseram a enfrentar Golias. Todos estavam com medo.
            Todos os homens têm medo e ele assombra a humanidade.
            Adão, “[...] ouvindo a [...] voz (de) Deus no jardim [...] teve medo, e se escondeu”, Gn.3.10.
            O medo é o que é o que mantém os homens “[...] sujeitos à escravidão (a Satanás) por toda a vida”, Hb.3.15.
            “[...] Muitos dentre as próprias autoridades creram (em) Jesus, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam (com medo), para não serem expulsos da sinagoga”, Jo.12.42.
            Não é por acaso que apocalipse coloca os “[...] covardes [...] (que) serão (lançados) no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”, Ap.21.8.   
            O exército de Israel estava com medo dos filisteus e mais preocupados com o bem-estar pessoal do que com a glória de Deus.
            Mas o texto declara que “[...] Davi (foi) enviado a seus irmãos”, 1Sm.17.11.
            Deus tinha e tem um plano quando somos chamados e enviados.
            “Davi era (apenas o) filho daquele efrateu de Belém de Judá cujo nome era Jessé, que tinha oito filhos (três medrosos); nos dias de Saul, era já velho e adiantado em anos entre os homens”, 1Sm.17.12.
            “Davi era (apenas) o mais moço (insignificante); só os três maiores seguiram Saul”, 1Sm.17.14, mas estes não tiveram coragem de enfrentar Golias.
            Perceba que Deus sempre tem o tempo para agir.
            Veja que “Davi, porém, ia a Saul e voltava, para apascentar as ovelhas de seu pai, em Belém”, 1Sm.17.15, mas ainda não teve a oportunidade de ouvir a afronta de Golias.
            E mais uma vez, “disse Jessé a Davi, seu filho: Leva, peço-te, para teus irmãos um efa (17,62 l) deste trigo tostado e estes dez pães e corre a levá-los ao acampamento, a teus irmãos”, 1Sm.17.17 – Davi era apenas um menino de recado.
            Como os soldados estavam ocupados, com medo de enfrentar Golias, o pai de Davi, “porém [...] (mandou) levar dez queijos [...] ao comandante de mil; e visitar seus irmãos, a ver se vão bem (Jessé estava com medo); e trarás uma prova de como passam”, 1Sm.17.18.
            Jessé, pela providência de Deus, deu a Davi o endereço, no qual, “Saul, e (os irmãos de Davi) [...] estavam e todos os homens de Israel [...] no vale de Elá, pelejando (na verdade, ameaçando) com os filisteus”, 1Sm.17.19.
            “Davi (era um homem cuidadoso, estrategista e apto para a guerra), pois, no dia seguinte, se levantou de madrugada, deixou as ovelhas com um guarda, carregou-se e partiu, como Jessé lhe ordenara; e chegou ao acampamento quando já as tropas saíam para formar-se em ordem de batalha e, a gritos, chamavam à peleja”, 1Sm.17.20.
            Davi conhece não apenas a história, mas também pode contemplar quando “chegava, pois, o filisteu pela manhã e à tarde; e apresentava-se por quarenta dias”, 1Sm.17.16 colocando medo no exército de Israel.
            É possível que mais uma vez, em 40 dias, que “os israelitas e filisteus se puseram em ordem, fileira contra fileira”, 1Sm.17.21 para que Davi pudesse compreender o assunto.
            “Davi, (ao chegar ao acampamento) deixa o que trouxera aos cuidados do guarda da bagagem, correu à batalha; e, chegando, perguntou a seus irmãos se estavam bem”, 1Sm.17.22 a fim de dar resposta a seu pai.
            Toda essa ação é dirigida por Deus.  
            “Estando Davi ainda a falar com eles, eis que vinha subindo do exército dos filisteus o duelista (até aqui Davi não o conhecia), cujo nome era Golias, o filisteu de Gate; e falou as mesmas coisas que antes falara, e Davi [...] ouviu (a afronta com que) [...] o gigante Golias insultava os israelitas”, 1Sm.17.23.
            Davi se depara com “todos os israelitas, vendo aquele homem, fugiam de diante dele, e temiam grandemente”, 1Sm.17.24 com medo de serem atacados.
            Para entender melhor a situação, “então, falou Davi aos homens que estavam consigo, dizendo: Que farão àquele homem que ferir a este filisteu e tirar a afronta de sobre Israel? Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?”, 1Sm.17.26.
            Davi começa a ser incitado por Deus para combater Golias e livrar o povo de Israel dos filisteus.
            “E o povo (confirma) lhe repetindo as mesmas palavras, dizendo: Assim farão ao homem que o ferir”, 1Sm.17.27.
            Davi se enche de coragem na dependência do Senhor.
            Mas, sempre haverá um que é contrário aos planos que Deus traçou para nós.
            Esse adverso foi quando “ouvindo-o Eliabe (o soldado medroso), seu irmão mais velho, falar àqueles homens, acendeu-se-lhe a ira contra Davi, e disse: Por que desceste aqui? E a quem deixaste aquelas poucas ovelhas no deserto? Bem conheço a tua presunção e a tua maldade; desceste apenas para ver a peleja”, 1Sm.17.28.
            Eliabe não sabia, mas Deus tinha um plano de vitória para a vida do seu povo.
            É por isso que “respondeu Davi: Que fiz eu agora? Fiz somente uma pergunta”, 1Sm.17.29, ou sondando o adversário.
            Para ter a certeza, Davi “desviou-se dele para outro e falou a mesma coisa; e o povo lhe tornou a responder como dantes. Davi (busca força em Deus e) dispõe-se a pelejar contra o gigante”, 1Sm.17.30.
            “Ouvidas as palavras (indignadas) que Davi falara, anunciaram-nas a Saul, que mandou chamá-lo”, 1Sm.17.31.
            “Davi (se mostrou firme nas palavras e) disse a Saul: Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará contra o filisteu”, 1Sm.17.32.
            “Porém Saul (não acredita, tenta dissuadi-lo e é possível que acreditava ser rei de Israel) disse a Davi: Contra o filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu és ainda moço, e ele, guerreiro desde a sua mocidade”, 1Sm.17.33.
            O escolhido rei não se baseia em suas palavras ou força, então, “disse mais Davi: O SENHOR me livrou das garras do leão e das do urso; ele me livrará das mãos deste filisteu. Então, disse Saul a Davi: Vai-te, e o SENHOR seja contigo”, 1Sm.17.37.
            Davi demonstra o que se espera que seja o povo de Deus. Um povo que reconhece o Senhor como Deus e o serve, confiando no seu poder.
            O desespero levou “Saul vestir a Davi da sua armadura, e lhe pôs sobre a cabeça um capacete de bronze, e o vestiu de uma couraça”, 1Sm.17.38 – outros usavam.
            “Davi cingiu a espada sobre a armadura e experimentou andar, pois jamais a havia usado; então, disse Davi a Saul: Não posso andar com isto, pois nunca o usei. E Davi tirou aquilo de sobre si”, 1Sm.17.39 e resolveu enfrentar Golias sem espada e sem armadura.
            As únicas armas de guerra de Davi: “Tomou o seu cajado na mão, e escolheu para si cinco pedras lisas do ribeiro, e as pôs no alforje (bolsa) de pastor, que trazia, a saber, no surrão (bolsa); e, lançando mão da sua funda [...]”, 1Sm.17.40.
            O texto antecipa dizendo que “[...] foi-se chegando ao filisteu. Davi encontra-se com o gigante (guerreiro, vencedor de batalhas) e mata-o”, 1Sm.17.40.
            A respeito do “[...] filisteu (o texto fala apenas que) também se vinha chegando a Davi; e o seu escudeiro ia adiante dele”, 1Sm.17.41 para lhe dar proteção?
            O desprezo por parte do “[...] filisteu olhando [...] e vendo a Davi, o desprezou, porquanto era moço ruivo e de boa aparência”, 1Sm.17.42, mas que sabia manejar suas armas toscas segundo a vontade de Deus.
            O próprio Davi escreveu dizendo que “o SENHOR é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O SENHOR é a fortaleza da minha vida; a quem temerei? Quando malfeitores me sobrevêm para me destruir, meus opressores e inimigos, eles é que tropeçam e caem. Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança”, Sl.27.1-3.
            É por este motivo que depois de ouvir “o filisteu dizer a Davi: Sou eu algum cão, para vires a mim com paus? E, pelos seus deuses, amaldiçoou o filisteu a Davi”, 1Sm.17.43, mas não adiantou, Davi confiava em Deus.
            Nenhum homem pode cantar vitória antes do tempo, mas “o filisteu disse mais a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas-feras do campo”, 1Sm.17.44 – foi em vão a prepotência de Golias.
            “Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo [...]”, 1Sm.17.45 – todas essas armas ausentes na vida do rei Davi.
            “[...] Davi, porém, vai contra Golias em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem Golias têm afrontado”, 1Sm.17.45, injuriado.
            A afirmação e certeza de Davi é que “hoje mesmo, o SENHOR [...] entregará Golias nas [...] mãos (de) Davi; ferir-te-ei, tirar-te-ei a cabeça e os cadáveres do arraial dos filisteus darei, hoje mesmo, às aves dos céus e às bestas-feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel”, 1Sm.17.46.
            Davi venceu sem armas de guerra, apenas confiando em Deus. Assim devemos agir diante dos nossos inimigos.
            “[...] A nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”, Ef.6.12.
            Devemos ter como exemplo, Jesus que enfrentou Satanás e a morte totalmente desprovido de seus atributos divinos.
            Jesus, equipado apenas com a Palavra de Deus, venceu todas as tentações de Satanás.
            Confiando plenamente no Pai, entregou a sua própria vida na cruz.
            Foi o próprio Jesus que, “[...] despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”, Cl.2.15.                      
            Jesus, “[...] por sua morte, destruiu aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrou todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida”, Hb.2.14, 15.
            A vitória de Davi foi com o objetivo de “saberem toda [...] multidão que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra, e ele [...] entregou (Golias) nas [...] mãos”, 1Sm.17.47 de Davi.
            No combate, “sucedeu que, dispondo-se o filisteu a encontrar-se com Davi, este se apressou e, deixando as suas fileiras, correu de encontro ao filisteu”, 1Sm.17.48 para provar que o Senhor é o Senhor da guerra.
            “Davi (sem espada, escudo e lança) meteu a mão no alforje, e tomou dali uma pedra, e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa [...]”, 1Sm.17.49.
            “Davi [...] (com apenas uma) pedra encravou na testa (de Golias), e ele caiu com o rosto em terra”, 1Sm.17.49 sem precisar de auxílio do exército de Israel.
            “Assim, (com o auxílio do Senhor) prevaleceu Davi contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e o feriu, e o matou; porém não havia espada na mão de Davi”, 1Sm.17.50 para mostrar que só conseguimos vencer com a ajuda de Deus.
            Após a derrota imposta por Deus ao gigante Golias, “[...] correu Davi, e, lançando-se sobre o filisteu, tomou-lhe a espada, e desembainhou-a, e o matou, cortando-lhe com ela a cabeça [...]”, 1Sm.17.51.
            Vencido “[...] o herói (dos) filisteus que era morto [...] fugiram”, 1Sm.17.51, deixando a coragem, passaram a ser medrosos.
            Foi a partir daí que “[...] os homens de Israel e Judá se levantaram, e jubilaram, e perseguiram os filisteus, até Gate e até às portas de Ecrom. E caíram filisteus feridos pelo caminho, de Saaraim até Gate e até Ecrom”, 1Sm.17.52 – faltava apenas um para comandar – Davi, pois Saul já não tinha mais respeito.
            Davi deu a oportunidade de “[...] os filhos de Israel voltarem de perseguir os filisteus e lhes despojarem os acampamentos”, 1Sm.17.53, antes impossível por causa do medo imposto em seus corações.
            “Tomou Davi a cabeça do filisteu e a trouxe a Jerusalém; porém as armas dele pô-las Davi na sua tenda”, 1Sm.17.54, dando por encerrado o livramento do rei medroso.
3 – O rei ungido traz glória a seu pai.
            O texto termina descrevendo uma conversa entre o rei Saul e Abner, comandante do exército.
            “Quando Saul viu sair Davi a encontrar-se com o filisteu, disse a Abner, o comandante do exército: De quem é filho este jovem, Abner? Respondeu Abner: Tão certo como tu vives, ó rei, não o sei”, 1Sm.17.55.
            Parece que “[...] Saul (estava demente ou se fazendo) Davi [...] (havia) estado perante Saul (e fala o texto que Saul) [...] o amou muito e o fez seu escudeiro”, 1Sm.16.21.
            É mais certo que “[...] Abner, o comandante do exército [...] não o sabia”, 1Sm.17.55, mas o rei abandonado por Deus parecia brincar com os sentimentos.
            “Disse o rei (insistindo na sua demência – das pessoas e de Deus): Pergunta, pois, de quem é filho este jovem”, 1Sm.17.56 que estava para tomar o trono de Saul.
            Até o momento em que “voltou Davi de haver ferido o filisteu, Abner [...]”, 1Sm.17.57 não havia conseguido saber de quem era filho Davi e apresentá-lo de modo adequado.
            A solução na frente do rei foi “[...] Abner [...] tomar Davi e o levar à presença de Saul [...]”, 1Sm.17.57.
            “[...] Davi [...] trouxe na mão a cabeça do filisteu”, 1Sm.17.57 como prova da sua valentia, temor e confiança em Deus.
            “Então, (coube a) Saul [...] perguntar (a) Davi: De quem és filho, jovem? [...]”, 1Sm.17.58.
            Saul recorre ao método bíblico de apresentar os filhos.
            Na Bíblia as pessoas são apresentadas a partir do nome de seu pai: “[...] Saul, filho de Quis [...]”, 1Sm.10.11, “[...] Abner, filho de Ner [...]” 1Sm.26.14.
            A linhagem familiar era muito importante naquele tempo, no entanto, a família de Davi era praticamente desconhecida.
            Por isso, a importância da pergunta: “[...] de quem és filho, jovem? [...]”, 1Sm.17.58.
            “[...] Respondeu Davi: Filho de teu servo Jessé, belemita”, 1Sm.17.58.
            Daí por diante, a raiz de Jessé jamais seria esquecida.
            Essa questão da honra da família foi levantada com respeito a Jesus.
            Jesus, “[...] chegando à Nazaré [...] ensinava-os na sinagoga [...] (perguntaram:) Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?”, Mt.13.54, 55.
            “[...] Jesus (perguntou a seus discípulos) [...] quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”, Mt.16.15, 16.
            Saber e crer que Jesus é o unigênito Filho de Deus é fundamental para a nossa salvação.
            A missão de Jesus foi manifestar e glorificar na terra o nome de seu Pai de modo que “[...] conheçam o Pai, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviou”, Jo.17.3.
            E quando a obra de Jesus estiver cumprida, “[...] então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder”, 1Co.15.24.            
Conclusão:      Davi foi escolhido por Deus para reinar em Israel.
            Ele mostrou no modo como socorreu Saul em sua angústia e desespero.
            Demonstrou quando enfrentou com confiança no Senhor o desafio de Golias e o venceu, trazendo alegria para o povo de Israel.
            Mostrou em seus atos trazendo honra a seu pai.
            Tudo isso prefigurava Jesus, o ungido de Deus para a nossa redenção.
            Jesus é quem traz o verdadeiro e definitivo alívio de nossas aflições.
            Jesus enfrentou a morte e a venceu para salvar o seu povo.
            Cada a cada um de nós expandir o reino de Deus para que toda a terra honre e glorifique o nome de Deus-Pai.
Aplicação: A presença de Cristo em sua vida tem produzido os sinais da redenção?
       
           

Rev. Salvador P. Santana

sábado, 28 de março de 2020

Sl.128 - BÊNÇÃO.


BÊNÇÃO
Sl.128

Introd.:           Uma vida abençoada não depende da vontade dos pais.
            Uma vida abençoada não depende de suas forças.
            Uma vida abençoada não está nos seus próprios méritos.
            Uma vida abençoada depende unicamente da bondade e do amor de Deus, pelo motivo de somente “o SENHOR (é que tem o poder de) abençoar [...] para que vejas a prosperidade [...] durante os dias de sua vida”, Sl.128.5.
            A ideia de que é o próprio Deus que abençoa o homem pecador é desde a entrega da lei, “pois o SENHOR, teu Deus, te abençoou em toda a obra das tuas mãos; ele sabe que andas por este grande deserto [...] o SENHOR, teu Deus, está contigo; coisa nenhuma te faltará”, Dt.2.7.
Nar.:    O salmo da família nos apresenta uma bênção específica para cada membro do lar, em especial para aqueles que temem a Deus ao dizer: “O SENHOR te abençoe [...]”, Sl.128.5.
Propos.:           Bênção é o próprio bem concedido por Deus a cada um de nós.
Trans.: A bênção [...]
1 – Vem de Deus.
            “O SENHOR te abençoe [...]”, Sl.128.5ª é uma das promessas feitas desde a antiguidade quando Deus, no monte Sinai, falou para Moisés ordenar Arão a dizer: “O SENHOR te abençoe e te guarde [...]”, Nm.6.24.
            É a vontade de Deus para “[...] aquele que teme ao SENHOR [...]”, Sl.128.1a.
            É o desejo de Deus para o “[...] bem-aventurado [...] que [...] anda nos [...] caminhos [...] do Senhor”, Sl.128.1b.
            A bênção de Deus é estendida ao “[...] trabalho de tuas mãos [...]”, Sl.128.2ª.
            A finalidade dessa bênção é que eu e você vamos “[...] comer, (viver) feliz (e) ser [...] (em) tudo [...] bem”, Sl.128.2b sucedido.
            A bênção do Senhor alcança a “tua esposa, no interior de tua casa [...]”, Sl.128.3ª isto é, desde quando a “mulher (procura ser) virtuosa (eficiente. Daí,) [...] o seu valor muito excede o de finas joias. (O motivo?) Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida”, Pv.31.10,12.
            O resultado não pode ser outro dentro do lar; a “tua esposa [...] será como a videira (uva/alegria) frutífera [...]”, Sl.128.3b.
            Como a bênção de Deus não está restrita apenas ao casal, também “[...] teus filhos [...] (serão) como rebentos (renovo) da oliveira (azeite – Espírito Santo), à roda da tua mesa (fala de família unida, ainda que haja discussão, o interesse maior é viver em paz)”, Sl.128.3.
            Por que o “[...] homem será abençoado (?) [...] (porque ele) teme (respeita, reverência, amor obediência) ao SENHOR [...]”, Sl.128.4.
            A bênção de Deus é “[...] para que (você) veja a prosperidade [...]”, Sl.128.5.
            Prosperidade no sentido físico; crescimento saudável, mente e corpo, pois “o SENHOR te abençoa [...]”, Sl.128.5.
            Prosperidade no sentido material; bens móveis e imóveis e a vida profissional, tudo isso porque “o SENHOR te abençoa [...]”, Sl.128.5.
            Prosperidade na vida estudantil; o mais alto grau, porque “o SENHOR te abençoa [...]”, Sl.128.5.
            Prosperidade na sua vida espiritual e de toda a sua família a fim de que “vejas os filhos de teus filhos. Paz (vinda de Cristo) sobre Israel!” Sl.128.6.
            A bênção [...]
Conclusão:      Será contemplada “[...] durante os dias de sua vida”, Sl.128.5.
           


Rev. Salvador P. Santana

CONFINAMENTO.


CONFINAMENTO
            Dê o nome que você quiser. Pode ser, segundo o dicionário: “isolamento, prisão, cerco, aprisionado, impossibilitado de saírem, enclausurado, afastado do convívio social, limitado, restringido”.
            Na verdade, confinamento ou isolamento forçado é mais aplicado aos animais, mas, devido a recomendação de alguns governos, de início em Wuhan, China, se espalhou mundo afora e, outros governos imitaram. Estranho não imitar aquilo que pode trazer renda, prosperidade, saúde, educação à população.
            Veja que nem mesmo os animais gostam de ficar confinados. A impressão é que você está indo para o abate. Dá aflição. O homem fica impaciente, desesperado, angustiado, sem ação dentro das quatro paredes.
            Aconteceu, “por causa das águas do dilúvio, (que) entrou Noé na arca, ele com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos” (Gn 7.7) e, ali, permaneceram confinados um ano, um mês e 10 dias.
            Como se não bastasse, Deus ordenou ainda que, “de todo animal limpo levarás contigo sete pares: o macho e sua fêmea; mas dos animais imundos, um par: o macho e sua fêmea” (Gn 7.2).
            Para confinar toda a família de Noé e toda a bicharada, Deus ordenou que se “fizesse uma arca de tábuas de cipreste; nela faria compartimentos e a calafetaria com betume por dentro e por fora [...] de trezentos côvados será o comprimento (135 m); de cinquenta, a largura (22,5 m); e a altura, de trinta (13,5 m)” (Gn 6.14, 15).
            A finalidade de Deus enviar o dilúvio e confinar a família de Noé foi porque “[...] Deus [...] resolveu dar cabo de toda carne, porque a terra estava cheia da violência dos homens; eis que Deus os fez perecer juntamente com a terra” (Gn 6.13).
            Confinados, Deus preservou toda a família de Noé da enchente para não morrerem afogados, das feridas quando troncos, pedras, ferramentas foram lançados corredeira abaixo. Deus os guardou de bactérias nocivas e os livrou dessa grande tragédia.
            A Bíblia não relata nenhum desacordo, desavença, briga, discórdia na família de Noé enquanto estavam dentro da arca. É possível que tenham vivido em harmonia devido cada um ter uma tarefa específica para fazer as suas atividades durante o tempo de confinamento. Animais precisam ser cuidados durante os sete dias da semana. Não há folga.
            Após “sair, pois, Noé, com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos. E também saírem da arca todos os animais, todos os répteis, todas as aves e tudo o que se move sobre a terra [...]” (Gn 8.18, 19), é que começou um estranhar o outro.
            Mas, já havia passado o dilúvio, as grandes correntezas e as mortes já não os assustava mais. Depois que Deus determinou que “[...] as águas se secassem de sobre a terra. Então, Noé removeu a cobertura da arca e olhou, e eis que o solo estava enxuto[...]” (Gn 8.13).
            Após Deus fazer voltar a normalidade, tirando-os do confinamento, foi que “abençoou Deus a Noé e a seus filhos [...]” (Gn 9.1).
            É possível que essa clausura enviada por Deus tenha algum propósito na vida de todos os homens, mais especificamente na vida “[...] daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).
            Algumas lições:
            Noé soube que somente Deus é quem pode salvar;
            Aceitar que, “[...] não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9.16);      
            Ficar aprisionado é necessário para reaver conceitos e reavaliar o quanto você precisa da sua família;
            O seu afastamento da casa de Deus pode fazer com que “a sua alma suspire e desfaleça pelos átrios do Senhor; o seu coração e a sua carne (tenha desejos de) exultar pelo Deus vivo!” (Sl 84.2);
            Ficar impossibilitado de sair de casa é o momento para você se “[...] aplicar à leitura [...]” (1Tm 4.13), “porque, pela palavra de Deus e pela oração, (você será) [...] santificado” (1Tm 4.5);
            Algum bem deve haver para você.
            Que Deus o abençoe!
            Rev. Salvador P. Santana   

sexta-feira, 27 de março de 2020

Gn.28.18-22 - FILHO SE PÕE A ORAR.


FILHO SE PÕE A ORAR
Gn.28.18-22

Introd.:           A oração é o meio mais prático de se achegar a Deus com todas as nossas petições.
            “[...] Assim diz o SENHOR, o (nosso) Deus [...] ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei [...]”, 2Rs.20.5.          
Nar.:    Jacó não tinha outra solução a não ser orar e colocar diante de Deus o seu medo, o seu desejo de fugir.    
Propos.:           Quando oramos, Deus atende.          
Trans.:             Filho se põe a orar [...]
1 – De madrugada.
            O desespero da morte tomou conta do coração de Jacó.
            A única saída era fugir da presença do seu irmão Esaú.
            De Berseba a Harã – Turquia, 1.063 km – 13h de carro, 188h a pé, 23,5km por dia, 8 a 12 dias de viagem, nos lombos de burro ou a pé – viagem cansativa, mas de grande necessidade para Jacó.
            Após percorrer 100km, 2 a 4 dias de viagem, de Berseba a Betel, Jacó fez uma pausa para descansar.
            Nesse descanso, “tendo-se levantado Jacó [...]”, Gn.28.18, precisava percorrer mais 963km até Harã em busca de uma noiva, mas Deus tinha um plano modificado.
            “[...] Levantado Jacó, cedo, de madrugada [...]”, Gn.28.18 é o momento em que você pode conversar com Deus em oração, colocar a leitura bíblica em ordem, fazer uma reflexão a respeito do perdão ao próximo, do amor e da vida com Deus.
            “[...] Jacó [...] tomou a pedra [...]”, Gn.28.18, remete para “[...] Jesus (a) [...] pedra rejeitada por (muitos) [...] construtores, a qual se tornou a pedra angular”, At.4.11 que pode dar vida.
            “[...] Jacó [...] tomou a pedra que havia posto por travesseiro [...]”, Gn.28.18 nos avisa que devemos “cantar [...] alegrar [...] romper em cânticos, porque o SENHOR consola o seu povo e dos seus aflitos se compadece”, Is.49.13.
            “[...] Jacó, cedo, de madrugada, tomou a pedra [...] e a erigiu em coluna [...]”, Gn.28.18, sem imagem de escultura, aponta apenas para “[...] Cristo Jesus, a pedra angular”, Ef.2.20 que pode segurar e firmar qualquer casa em desmoronamento.
            “[...] Jacó [...] tomou a pedra [...] sobre cujo topo entornou azeite”, Gn.28.18 pedindo a unção do Espírito de Deus sobre a sua vida, o seu futuro, a sua família.
            Azeite na Bíblia é o símbolo da presença do Espírito Santo, por isso, “as néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo (não entraram nas bodas); no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas (entraram para as bodas)”, Mt.25.3, 4.
            Filho se põe a orar [...]
2 – Em favor de Betel.
            “Ao lugar [...]”, Gn.28.19 em que estamos morando ou passando alguns dias é dever torná-lo agradável, limpo e aceitável.
            Não é o lugar que nos faz feliz, mas nós tornamos o lugar habitável, tranquilo e seguro – vale para o trabalho, a família, os amigos, os estudos.
            O único lugar que fará o homem feliz é “[...] o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles”, Ap.21.3.  
            A “[...] cidade que outrora se chamava Luz [...]”, Gn.28.19, no hebraico, amêndoa ou avelã, tipo de nozes que matou a fome de Jacó, mostra que apenas “[...] Jesus (é) [...] o pão da vida; o que vem a ele jamais terá fome [...]”, Jo.6.35.
            Nenhum homem tem condições de se manter afastado de Deus até o momento em que Deus resolve mudar, transformar a sua vida.
            Jacó, o usurpador, precisava de Deus, então, à “[...] Luz, deu o nome de Betel”, Gn.28.19, no hebraico, a casa de Deus onde devemos buscar, orar, ouvir a Palavra pregada.
            Ore para você ser escolhido por Deus a fim de buscá-lo, reverenciá-lo, honrá-lo.
            Filho se põe a orar [...]
3 – Por sustento e proteção.
            O sonho para Jacó surtiu efeitos para a sua vida espiritual.
            Que os nossos sonhos sejam benéficos para a nossa comunhão com Deus.
            Por este motivo, “fez também Jacó um voto [...]”, Gn.28.20.
            “[...] Voto [...]”, Gn.28.20 deve ser a sua lista de desejos, a sua promessa a ser cumprida.
            O “[...] voto (de) Jacó [...] (teve validade quando ele pensou ou) disse [...]”, Gn.28.20 aos ouvidos de Deus.
            No desespero da fuga, da presença do irmão, “[...] Jacó (deseja que) Deus (vá com ele) [...]”, Gn.28.20 em sua jornada.
            “[...] Jacó [...] (deseja que) Deus o guarde (na) jornada (fuga, angústia, desespero da morte) que empreende [...]”, Gn.28.20.
            Perceba que “[...] Jacó [...] (se antecipa à oração ensinada por Jesus quando ele pede que) Deus lhe dê pão para comer [...]”, Gn.28.20.
            “[...] Jacó [...] (pede para) Deus lhe (dá) roupa que se vista”, Gn.28.20 a fim de não andar nu.
            Presta atenção que até o momento “[...] Jacó (faz pedidos que são necessários na vida de um homem: a companhia de) [...] Deus [...] (a) guardar (e proteção) nesta jornada [...] (o) pão (diário) para comer e roupa (para) vestir”, Gn.28.20.
            Nota que não tem pedido de prosperidade, cura, revelação de sonhos, profecias ou coisas extraordinárias.              
            Orando, Jacó se interessa pela sua família, pela reconciliação com seu irmão Esaú, o pedido de perdão a seu pai, Isaque e sua mãe Rebeca.
            Jacó insiste com Deus em oração, “de maneira que ele volte em paz [...]”, Gn.28.21, é “[...] a paz deixada (por Jesus que) [...] o mundo não (pode) dar (por isso) [...] não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”, Jo.14.27.
            O desejo e oração de Jacó era tão somente “[...] voltar em paz para a casa de seu pai [...]”, Gn.28.21 por ter saído às pressas, às escondidas do irmão Esaú, com medo da morte.
            “[...] Então, o SENHOR (aceitando esse desafio desse filho obedecer) Jacó (pede que) o SENHOR seja o seu Deus”, Gn.28.21 para ser adorado, cultuado, temido, reverenciado.
            Ore pedindo a Deus proteção para a sua vida e de toda a sua família.
            Filho se põe a orar [...]
Conclusão:      Se comprometendo a ser dizimista.  
            “E a pedra, que Jacó erigiu por coluna [...]”, Gn.28.22, sem imagem de escultura, aponta apenas para “[...] Cristo Jesus, a pedra angular”, Ef.2.20 que pode edificar qualquer casa destruída, desmoronada, arruinada.
            “E a pedra, que Jacó erigiu por coluna [...]”, Gn.28.22, não por decisão própria, mas sob a regeneração enviada por Deus ao seu coração.     
            Jacó começa se interessa pelas coisas que lembra Deus:
            A “[...] pedra (tosca, sem imagem), que erigiu por coluna [...]”, Gn.28.22, lembra Cristo Jesus, o único que pode transformar vidas;.
            A “[...] coluna [...]”, Gn.28.22 sem adereços, sem inscrição, para Jacó ser “[...] reputado coluna [...]”, Gl.2.9 a fim de mostrar que Deus é o seu Senhor;
            A “[....] a pedra erigida [...] será a Casa de Deus [...]”, Gn.28.22.
            Este texto é o segundo citado na Bíblia.
            Tanto o primeiro quanto este texto, saíram dos lábios de Jacó
            Falar sobre “[...] a Casa de Deus [...]”, Gn.28.22 é falar “[...] como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”, 1Tm.3.15.
            Jacó encerra dizendo que, a adoração é o reconhecimento “[...] de tudo quanto Deus lhe concede [...]”, Gn.28.22 e o que Deus faz em sua vida.
            Adorar é “[...] certamente eu te dar o dízimo”, Gn.28.22 como forma de culto de agradecimento a Deus que faz tudo por mim.
            Continua orando em favor da sua vida e família.


            Rev. Salvador P. Santana