quarta-feira, 31 de agosto de 2016

EVANGELIZAÇÃO, Mt.9.9-13.


EVANGELIZAÇÃO


Mt.9.9-13




Introd.:           O N.T. mostra que o evangelho se espalhou, principalmente, por meio dos relacionamentos.

            “André (ouviu falar de Jesus) achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo)”, Jo.1.41.

            “Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno [...]”, Jo.1.45.

Nar.:    O texto apresenta Mateus ou Levi, o cobrador de imposto em Cafarnaum oferecendo um jantar evangelístico em sua casa para os seus amigos.

Propos.:           A evangelização se faz com a força de todos os membros da igreja.

Trans.: É preciso evangelizar [...]

1 – Os doentes.

            Não se engane, Deus aceita até mesmo o desprezado “[...] coletor [...]” Mt.9.9 de impostos – desonesto, violento para extorquir, roubar pobres e viúvas.

            Deus tinha um plano eterno para o “[...] homem chamado Mateus (ou Levi, filho de Alfeu) [...]” Mt.9.9.

            “Jesus (pensava em descansar, mas teve que) partir (da sua cidade) [...]” Mt.9.9 para encontrar-se com Mateus “[...] sentado na coletoria [...]” Mt.9.9 – Jesus sempre chama pessoas ocupadas.

            Note bem que “Jesus [...] viu (percebeu, enxergou que) [...] Mateus (necessitava ser curado da alma) [...]” Mt.9.9.

            Para os judeus, publicanos e pecadores não podiam estar ao lado de um mestre, mas “[...] Jesus (quebra esse paradigma) e disse (a) Mateus: Segue-me! [...]” Mt.9.9.

            Como Mateus era um ladrão igual a muitos dos nossos políticos, então, o “[...] seguir (a Jesus) [...]” Mt.9.9 fala sobre uma nova postura de vida, um novo olhar para o futuro, um novo pensar sobre o dia de hoje e amanhã.

            Deus retirou “[...] Mateus [...] (do meio de homens perversos, gananciosos para) se levantar e seguir (a) Jesus” Mt.9.9 para ter uma nova vida, para olhar em favor do pobre, da viúva e dos mais necessitados.

            “[...] Jesus (convida Mateus, eu e você para) ouvir (atentamente a sua voz e sair da doença do pecado que afeta a nossa alma porque) os sãos (que se consideram justos, que continuam em seus pecados) não precisam de médico [...]” Mt.9.12.

            “[...] Jesus (sempre) fala: (que é o único) [...] médico [...]” Mt.9.12 da nossa alma.

            “[...] Jesus [...] (é o) médico [...] (dos) doentes (físicos e espirituais)” Mt.9.12, então, cumpre a cada um de nós levar esta mensagem.

            Evangelize [...]

2 – Tornando Jesus conhecido.

            Vários métodos podem ser tomados para fazer Jesus conhecido: Bíblia, folhetos, testemunho, ou, como “[...] Mateus [...] oferecendo um grande banquete em sua casa [...]”, Lc.5.29.

            “[...] Mateus (abriu não somente a porta da sua) casa (coração para Jesus entrar, mas também ofereceu) [...] a mesa [...] (convidando) muitos publicanos (seus colegas e parceiros na cobrança de taxas ou impostos, classe detestada pelos judeus, tanto por causa de sua crueldade, avareza, e engano, usados para realizar sua tarefa) [...]”, Mt.9.10.

            “[...] Mateus (convida também para estar à mesa com Jesus os) [...] pecadores (entregues a todo tipo de pecados ocultos e notórios) [...]”, Mt.9.10.

            Pecador para os judeus era aquele que não frequentava a sinagoga.

            Por isso da “[...] pergunta (dos) fariseus aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?” Mt.9.11.

            A ideia dos fariseus é que Jesus junto aos “[...] publicanos e pecadores [...]” Mt.9.10 se tornaria como um deles.

            Jesus convidou e convida todos os homens que andam no caminho contrário à salvação para mudarem de vida, de rumo, de propósito, caso contrário, Ele se afasta.

            Quando os “[...] publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos” Mt.9.10, Mateus marca um divisor da vida de pecados para a vida com Cristo.

            Mateus resolve em seu coração não roubar mais, não enganar, não viver uma vida de falsidade.

            Mateus faz a opção por servir a Cristo Jesus.

            Leve Jesus até os seus amigos com o seguinte recado [...]

Conclusão:      Venha ser um discípulo.

            Discipular é ensinar, aprender, apontar as instruções deixadas por Cristo Jesus em Sua Palavra. 

            Jesus fala que é preciso eu e você “ir, porém (até Ele), e aprender (em Sua Palavra) [...]” Mt.9.13 para ser transmitido o que temos recebido a outros.

            Mas afinal, o que temos recebido nesse ensino através da Palavra de Deus? Tudo ou nada?

            Jesus fala sobre “[...] o que significa [...] misericórdia (boa vontade ao miserável e aflito, sentimento fraterno diante da miséria. Principalmente sobre a miséria e fraqueza espiritual) [...]” Mt.9.13.

            “[...] Misericórdia (é o que Jesus) quer [...]” Mt.9.13 perceber em cada coração e não a maldade.

            Jesus jamais deseja “[...] holocaustos (sacrifícios de animais oferecidos no templo na expectativa de mostrar que tem mais poder, mais dinheiro e que é mais importante que o outro ofertante) [...]” Mt.9.13.

            É por este motivo que Jesus fala que “[...] não veio chamar justos (que observa apenas as leis de Deus), e sim pecadores [ao arrependimento (que busca mudança de atitude, mente, propósito a fim de evangelizar outros que precisam da graça de Deus)]” Mt.9.13.



            Rev. Salvador P. Santana

sábado, 27 de agosto de 2016

MANIFESTAÇÕES DECENTES.


MANIFESTAÇÕES DECENTES

            O que é cultura? “Cultura é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e comportamentais de um povo ou civilização. Portanto, fazem parte da cultura de um povo as seguintes atividades e manifestações: música, teatro, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, arquitetura, invenções, pensamentos, formas de organização social, etc. Uma das capacidades que diferenciam o ser humano dos animais irracionais é a capacidade de produção de cultura” – http://www.suapesquisa.com/o_que_e_cultura.htm.

            Geralmente se tem dito que o homem, quando foi amaldiçoado, alguns pecados em sua vida passaram a ser hereditários, ou seja, passam de avô para pai e de pai para filho. A ideia é a seguinte: O avô é alcoólatra, o pai será um bêbado, o filho vai cair na sarjeta e este quando gerar um descendente será igual ou pior que os três. Devido a sua cachaça, este irá roubar e matar.

            Ao pensar dessa forma o filho matador e roubador, pelo visto, não terá nenhuma culpabilidade, porque o culpado de tudo é o seu bisavô. Para início de conversa é preciso acabar de uma vez por todas com essa maluquice.

            Esse pensar fere não somente a mente, mas também os ensinos bíblicos quando diz que “[...] cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14.12). É cada um por si. Não vai existir ninguém para você colocar a culpa, mesmo porque; “a alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este” (Ez 18.20).  

            De volta à cultura, para entender o motivo de filhos imitarem seus antepassados em erros grotescos, é preciso saber que ela se manifesta de forma mais acentuada dentro do convívio familiar. Você pode chamar de minicultura ou cultura doméstica. É no convívio familiar que os filhos aprendem hábitos saudáveis e comportamentos desnecessários.

            Os progenitores, ainda que não queiram, mesmo que usem disfarces, tentem esconder, ainda assim o “[...] filho gerado [...] vê todos os pecados que seu pai faz, e, vendo-os [...]” (Ez 18.14) ele tem a capacidade de fazer a opção de praticar ou abandonar tais atos.

            E este quando faz a opção certa de “[...] andar nos estatutos (vontade divina revelada ao homem) de Deus, o tal não morrerá pela iniquidade de seu pai; certamente, viverá” (Ez 18.14,17). Sendo assim, está desfeita a ideia maluca de que existem pecados hereditários.  

            Isso traz à lembrança que você é o único culpado, caso, a sua cultura seja de repetição de atos pecaminosos dos seus ancestrais. Então, vale a pena relatar que as festas que você participa, as bebidas que você tem ingerido, as palavras indecorosas, os atos de brutalidade, a má fama de caloteiro, os seus gestos, o seu jeito de olhar, de como tratar as pessoas, o modo de se dirigir a uma autoridade, o estilo que você trata seus pais, tudo isso pode influenciar os seus, porque é a sua própria cultura.

            Pode acontecer de “as misericórdias do SENHOR ser a causa de (você) não ser consumido (pelo pecado, desordem, má influência), porque as [...] misericórdias (de) Deus não têm fim” (Lm 3.22).

            Ainda há alguns resquícios de festas juninas. Cuidado com elas! Procure na cultura brasileira manifestações decentes para engrandecer o nome do Senhor Jesus, você e toda a sua família.
Rev. Salvador P. Santana

CLAMOR, Mt.15.21-28.


CLAMOR

Mt.15.21-28



Introd.:           Não perca a oportunidade! Clame, grite, implore.

            Vivemos em meio a tantas dificuldades, mas não clamamos Àquele que pode resolver os nossos problemas.

            Estamos sempre à procura de soluções imediatas, mas não aguentamos esperar o desenrolar da situação.

Nar.:    Jesus se retira do território dos Judeus.

            Ele era espionado pelas autoridades vindas de Jerusalém, que o acusou de transgredir a tradição dos anciãos e que Ele e seus discípulos eram imundos e profanos.

            Jesus lhes mostra que essa má condição é da alma, do homem interior, e não dependia simplesmente de lavar apenas as mãos.

            Além das acusações, os Judeus queriam matá-lo; por esse motivo Jesus saiu da Galileia.

Propos.:           Clamando, declaro que sou dependente de Cristo Jesus.

Trans.: Não perca a oportunidade! Clame [...]

1 – Quando Jesus chegar.

            O mundo Judaico se fechara para Jesus.

            Essa atitude é bem parecida com aqueles corações endurecidos e rebeldes que rejeitam a permanência de Cristo em seus corações.

            Não tem outra atitude, Jesus “parte [...] dali [...]”, Mt.15.21.

            Jesus “veio para o que era seu, e os seus não o receberam”, Jo.1.11.

            Com essa teimosia, o único desejo de Jesus é “[...] retirar-se para os lados de Tiro e Sidom”, Mt.15.21.

            Tiro – No heb. Rocha. Sidom – No heb. Fortificada.

            Jesus chegou para entrar em meu coração que é duro como uma rocha.

            Não perca a oportunidade! Clame!

            Jesus chegou para destruir a fortaleza em nossa vida. Clame! Grite! Implore!

            “Jesus quer entrar, hoje, em teu coração!”.

            Jesus “[...] retirou-se para entrar (em minha vida) Tiro e Sidom”, Mt.15.21.

            Clame! Jesus está passando.

            Essa foi a atitude da “[...] mulher cananeia, que viera daquelas regiões (Tiro-Rocha e Sidom-Fortaleza) [...]” , Mt.15.22 onde ninguém podia entrar.

            Essa mulher era Grega, gentia, separada de Deus.

            Isso indica a não aceitação da pessoa e obra de Cristo.

            Ei! Não importa qual é a sua religião, faça como essa mulher; clame! “E eis que uma mulher Cananeia [...] clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! [...]”, Mt.15.22.

            Olá meu irmão! Não importa qual é o seu problema. Insista, clame, grite.

            Por qual motivo ela se mostra tão insistente?

            [...] Senhor, Filho de Davi! Minha filha está horrivelmente endemoninhada (enfermidades corporais e mentais)”, Mt.15.22.

            Clame! Jesus chegou. A sua oração precisa ser perseverante e eficaz.

            Grite! Apresentando o seu filho, a sua família a Cristo.

            Os pais têm sido negligentes neste aspecto.

            Os pais crentes não são tão insistentes em trazer seus filhos a Cristo.

            Essa mulher amava a sua filha e não desistiu.

            Clame! Insista! [...]

2 – Quando todos parecem estar contra você.

            Debruçamos em oração e temos a sensação de que tudo e todos estão contra nós.

            Muitas vezes “(Jesus), porém, não lhe responde palavra (nenhuma) [...].”, Mt.15.23.

            Por Jesus não responder, tudo bem, é a prova da nossa fé.

            Mas, e quando “[...] os seus discípulos, (os pastores, os presbíteros, os diáconos e os demais membros) aproximam-se, (de Jesus e pede): Despede-a, (mande-a embora) pois vem clamando atrás de nós”, Mt.15.23.

            Não pare! Continue clamando! Se precisar, enfrente até mesmo a rejeição dos discípulos.

            Clame! Ainda que a recusa se torne mais forte.

            Insista! Ainda que você escute dos lábios de Jesus: “[...] Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel”, Mt.15.24.

            Não se deixe enganar! O silêncio de Jesus, a repulsa dos discípulos, só serve para testar e provar a nossa perseverança.

            Seja humilde meu irmão!

            Faça como essa mulher Cananeia, não desanime, “ela, porém, veio [...]”, Mt.15.25 até Jesus.

            O seu sofrimento vinha se prolongando.

            Somente a presença de Jesus lhe dava esperança de vida.

            Qual deve ser a decisão? “Ela [...] o adorou [...]”, Mt.15.25.

            Aquela mulher clamou: “[...] Dizendo: Senhor, socorre-me!”, Mt.15.25.

            O seu grito, o seu clamor, se intensificou ainda mais.

            Ela não abriu mão da libertação de sua filha.

            Mas, parece que as coisas continuam indo de mau a pior, vou desistir; muitos pensam.

            Primeiro Jesus se cala, depois os discípulos interferem para mandar embora, agora “[...] Jesus, respondendo, diz: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”, Mt.15.26.

            Se para Jesus os filhos têm primazia, o que estou esperando?

            Existe uma luz; Jesus ainda é a solução.

            O que eu receber é da graça e misericórdia de Jesus.

            Nem tudo está perdido.

            Preciso clamar humildemente e dizer: “[...] Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos”, Mt.15.27.

            Os cachorrinhos participam dos benefícios da abundância da casa.

            Glória a Deus! A mulher se contentou em receber somente algumas migalhas que caiam da mesa.

            Todos estão contra você? Clame! Não perca o controle, não se irrite.

            Você tem uma causa a defender.

            Você não pode ir de mãos vazias para casa.

            Clame! Grite! Implore!

Conclusão:      Que Jesus irá dizer para você: “[...] Ó (homem de Deus) [...]”, Mt.15.28.

            A sua fé precisa se assemelhar a um rio, que aumenta ao encontrar diques que se lhe opõem à correnteza, até que finalmente domina tudo.

            Você é um “[...] (homem/mulher de Deus) [...]”? Mt.15.28.

            [...] A tua fé é grande [...]”? Mt.15.28.

            A resposta de Jesus é esta: “[...] Faça-se contigo como queres [...]”, Mt.15.28.

            O problema de seu filho é problema de Jesus.

            O seu problema é problema de Jesus.

            Jesus está passando, suporte as adversidades.

            Clame! Clame! Clame para que Jesus resolva o seu problema e “[...] desde aquele momento, sua filha ficou sã”, Mt.15.28; daí, o seu problema será resolvido conforme a vontade de Jesus.





            Rev. Salvador P. Santana

domingo, 21 de agosto de 2016

Hc.1.1-2.5 - CONFLITOS DO CRENTE COM A VONTADE DE DEUS.


CONFLITOS DO CRENTE COM A VONTADE DE DEUS, Hc.1.1-2.5.



Introd.:           A vontade de Deus está sobre todas as coisas e devemos nos submeter a seu propósito soberano.

            Nem sempre é fácil praticar isso.

            Esse propósito se choca com nossos desejos, necessidades e opiniões.

            Quando Deus “revela (a Sua) sentença [...]”, Hc.1.1 contra o Seu povo, boa parte das pessoas passam a murmurar e a se queixar da vontade de Deus.

            Outros, pela reverência, submetem-se a essa vontade, mesmo sem compreender sobre os motivos pelos quais devem fazer isso.

            O livro de Habacuque não em destinatário específico.

            Nele são registradas as orações de Habacuque.

            Habacuque faz as mesmas perguntas que eu e você fazemos: “Por que? [...]”, Hc.1.3.

            Queremos saber “por que Deus (nos) mostra a iniquidade (quando não reconhecemos o direito do próximo)? [...]”, Hc.1.3.

            “Por que Deus [...] me faz ver a opressão (perseguição, exploração, tirania contra negros, pobres, mulheres, crianças, idosos)? [...]”, Hc.1.3.

            “Por que Deus me faz ver [...] a destruição (da família – separações, assassinatos e da natureza)? [...]”, Hc.1.3.

            “Por que Deus [...] me faz ver [...] a violência (entre pais e filhos, cônjuges, vizinhos, amigos, nações)? [...]”, Hc.1.3.

            Continuamos a perguntar: “Por que Deus [...] me faz ver [...] contendas (brigas entre parentes, conflito entre vizinhos, disputa judiciais, guerras contra nações)? [...]”, Hc.1.3.

            “Por que Deus me [...] faz ver [...] suscitar [...] o litígio (controvérsia, disputa legal no judiciário – 100 milhões de processos judiciais no Brasil em 2015)?”, Hc.1.3.

            Boice descreve Habacuque como um livro “profundo porque levanta importantes questões sobre as obras de Deus na história – por que Deus faz o que faz, por que ele as faz do modo que az e por que às vezes ele não faz nada”? – (The Minor prophets; James Boice, Kregel Publicatios, vol. II p.83).

            Habacuque nos apresenta perguntas quantos aos caminhos de Deus que nos afligem que são comuns na vida de todos os servos de Deus.

            Precisamos aprender a lidar com as nossas dúvidas sem perder a nossa fidelidade e confiança no Senhor.

            Os conflitos do crente com a vontade de Deus são causados porquê [...]

1 – Temos dificuldade em lidar com as coisas que Deus permite.

            Imagina José do Egito sendo jogado no poço, vendido aos ismaelitas, escravo de Potifar, preso injustamente.

            Habacuque faz as mesmas perguntas que eu e você fazemos em nossos dias: “Até quando, SENHOR, clamarei eu (por algum perigo), e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência (crueldade, injustiça contra animais, mulheres, crianças, idosos)! E não salvarás?”, Hc.1.2.

            O conflito do profeta está relacionado a dois grandes problemas, que nós também enfrentamos [...]

            A – A corrupção generalizada.

            Habacuque viveu os últimos dias do reino de Judá.

            Habacuque profetiza, provavelmente, durante o reinado de Jeoaquim (609-598 a.C.) e foi contemporâneo de Jeremias.

            “[...] Jeoaquim (filho do rei Josias que promoveu a reforma religiosa em Judá, foi totalmente diferente do seu pai, porque) fez ele o que era mau perante o Senhor [...] cortando (o) livro [...] com um canivete [...] e o lançou no fogo [...]”, 2Rs.23.36, 37; Jr.36.23.

            Aqueles dias foram de injustiça e quebra de direitos começando pelo rei Jeoaquim, daí toda a sociedade judaica mergulhou no processo de corrupção moral e espiritual.

            “Por esta causa, (Habacuque ora reclamando da) [...] lei (que) se afrouxa (dormente, ninguém obedece), e a justiça nunca se manifesta (vence), porque o perverso (criminoso) cerca o justo, a justiça é torcida (por parte dos políticos e magistrados)”, Hc.1.4.

            Esse quadro não é muito diferente do nosso Brasil.

            Ouvimos falar sobre desvio de recursos públicos, crise na segurança, saúde, educação.

            A corrupção parece que tomou conta dos poderes e até dentro das igrejas impera a imoralidade.

            Homens simples e justos, assim como Habacuque, não podem se conformar com toda essa injustiça.

            É por este motivo que os justos ainda continuam orando e perguntando ao criador: “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?”, Lc.18.7.

            O outro problema para lidar com as coisas que Deus permite é sobre [...]

            B – A impressão de inatividade do Senhor.

            O que incomoda Habacuque não é apenas a maldade humana.

            Ele não conseguia entender como Deus podia assistir todas essas maldades e ficar em silêncio.

            Como homem de Deus, Habacuque ficava sensível a todos os males que dominavam seu mundo.

            Habacuque e nós esperamos qualquer expectativa de mudança, por isso, cada um de nós temos “as [...] lágrimas (como) [...] o nosso alimento dia e noite, enquanto nos dizem continuamente: O teu Deus, onde está?”, Sl.42.3.

            Diante da dor que experimentamos por causa das injustiças desse mundo, esperamos que Deus seja mais rápido em sua resposta.

            O salmista enfrentou os mesmos problemas que passamos a ponto de perguntar: “Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o rosto? Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia? Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?”, Sl.13.1, 2.

            O conforto para a nossa alma é que Jesus nos avisa que “[...] Deus fará justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los [...]”, Lc.18.7.

            Seja qual conflito enfrentar, podemos esperar [...]   

            C – A resposta surpreendente de Deus.

            Após a ressurreição de Jesus, Ele se encontrou com “[...] dois (de seus discípulos que) [...] estavam [...]”, Lc.24.13 desanimados.

            Esses discípulos “[...] esperavam que fosse Jesus quem havia de redimir a Israel; mas, [...] (no) terceiro dia [...] (eles ainda não perceberam ou não entenderam as Escrituras.) Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!”, Lc.24.21, 25.

            Deus não fica surdo, por isso, “[...] agindo Deus, quem o impedirá?”, Is.43.13.

            Deus age e está no pleno controle de toda situação e o que Ele faz é surpreendente.

            Em resposta a Habacuque, Deus declara: “Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei (perplexo, atônito, pasmado, estupefato), porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vós não crereis, quando vos for contada”, Hc.1.5.

            Este é o único versículo que se desvia do diálogo entre Deus e o profeta.

            Os salmistas cantaram que somente “[...] Deus é grande e operas maravilhas [...]”, Sl.86.10.

            Paulo fala “[...] que Deus é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós”, Ef.3.20.

            Nunca devemos desanimar diante de situações adversas.

            Precisamos saber que “[...] para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas”, Lc.1.37.

            O Deus que surpreende é o mesmo “[...] que (prometeu) estar conosco todos os dias até à consumação do século [...] (e) ele (mesmo) nos [...] guardará do Maligno”, Mt.28.20; 2Ts.3.3.

            O “[...] SENHOR [...] Deus [...] (prometeu) executar juízo (contra o seu povo) [...] para servir de disciplina”, Hc.1.12, então, Ele “[...] suscitou os caldeus, nação amarga e impetuosa (apressada), que marchou pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas”, Hc.1.6.

            Nos dias de Habacuque, os caldeus estavam no auge de suas vitórias.

            Eles haviam vencido o império Assírio (612 a.C.) e “[...] o exército de Faraó-Neco, rei do Egito, exército que estava junto ao rio Eufrates em Carquemis; ao qual feriu Nabucodonosor, rei da Babilônia, no ano quarto de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá [...]”, Jr.46.2, em (605 a.C.).

            Agora seu caminho estava aberto para conquistar toda a região de Judá.

            Por meio dos caldeus, o juízo de Deus seria rápido e definitivo.

            Judá seria julgado por todos os seus pecados, e muito mais rapidamente do que alguém pudesse esperar.

            Em qualquer conflito [...]

2 – Temos dificuldade em entender as respostas de Deus.

            A resposta de Deus para o profeta e para nós, muitas vezes é para “[...] olhar [...] (e perceber que) Deus (vai) realizar, em nossos dias, obra tal, que nós não creremos, quando nos for contada”, Hc.1.5.

            No caso de Judá, a notícia de sua própria derrota e cativeiro por Nabucodonosor é “[...] que Deus suscita os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra (grande exército), para apoderar-se de moradas que não são suas”, Hc.1.6.

            A resposta de Deus trouxe mais conflito do que paz ao coração do profeta.

            Habacuque não entendeu a resposta de Deus.

            Eu e você não entendemos muitas das respostas de Deus.

            A segunda oração de Habacuque não tem a impaciência da primeira oração, mas tem a perplexidade de um homem diante dos desígnios de Deus.

            A dificuldade em entender a resposta de Deus é não saber ou fingir não saber que [...]

            A – O pecado do homem pode promover a justiça de Deus.

            Temos dificuldade em entender como é possível que Deus se utilize de homens maus para executar os seus planos.

            Todos nós sabemos que “[...] se ajuntaram (em Jerusalém) contra [...] Jesus [...] Herodes (Antipas – 4 a.C. – 39 d.C. Executou João Batista. Divorciou-se de sua esposa Aretas para casar-se com Herodias) e Pôncio Pilatos (governador romano da Judeia – 26 d.C. – 36 d.C.), com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a mão (de) Deus e o seu propósito predeterminaram”, At.4.27, 28.

            Esperamos que a justiça sempre seja promovida por homens justos. Dos homens maus só esperamos injustiça.

            É por este motivo que Habacuque ora desta forma: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar; por que, pois, toleras os que procedem perfidamente (desleal, enganoso, infiel – Nabucodonosor, Herodes, Pôncio Pilatos) e te calas quando o perverso devora aquele que é mais justo (Jesus) do que ele?”, Hc.1.13.

            Habacuque ansiava pela disciplina e o juízo do SENHOR contra os pecadores de Judá.

            Não conseguimos entender muitas decisões de Deus, pois Ele enviou os caldeus – povo arrogante, violento, idólatra, “[...] pavorosos (causa espanto, admiração) e terríveis (a ponto de estuprar, matar e estrangular as suas vítimas), e criaram eles mesmos o seu direito (julgamento) e a sua dignidade (poder para punir conforme a crueldade deles)”, Hc.1.7.

            Deus determinou que esses homens fossem instrumento de juízo sobre o seu próprio povo.

            A determinação de Deus é que “os seus cavalos seriam mais ligeiros do que os leopardos, mais ferozes do que os lobos ao anoitecer são os seus cavaleiros que se espalham por toda parte; sim, os seus cavaleiros chegam de longe, voam como águia que se precipita a devorar”, Hc.1.8 devido o pecado do povo de Deus.

            A ordem de Deus contra o pecado do seu povo é que os “caldeus [...] vêm para fazer violência (crueldade, injustiça); o seu rosto suspira por seguir avante (com o propósito de atacar); eles reúnem os cativos como areia”, Hc.1.9 para serem levados para uma terra distante.

            Por causa do pecado do povo de Judá, os “caldeus escarneceram dos reis; os príncipes (passaram a) ser objeto do seu riso; riam-se de todas as fortalezas (muros derrubados de Jerusalém), porque, amontoando terra, as tomaram”, Hc.1.10 com facilidade.

            Babilônia prevalecendo contra Judá, os ímpios continuariam prevalecendo e o pecado se estabeleceria mais intensamente.

            A zombaria foi tanta contra os pecadores de Judá que os caldeus “[...] passaram como passa o vento (os muros de Jerusalém) e seguiram (na matança, destruição); faziam-se culpados estes cujo poder (força do seu exército) é o seu deus”, Hc.1.11.

            É como se Deus dissesse que corrigiria os males da igreja mandando os incrédulos persegui-la.

            A doutrina da providência de Deus fala que o Senhor está no controle de todos os acontecimentos da história e atos dos homens.

            Precisamos entender e “saber que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”, Rm.8.28, portanto [...]

            B – Nossos caminhos não são os caminhos de Deus.

            O conflito de Habacuque demonstra a nossa incapacidade em compreender os caminhos de Deus.

            Deus já havia declarado para o profeta Isaías de que “[...] os seus pensamentos não são os nossos pensamentos, nem os nossos caminhos, os seus caminhos, diz o SENHOR”, Is.55.8.

            O profeta Habacuque reconhece que “[...] Deus é [...] desde a eternidade [...] não morreremos (se for da vontade do) [...] SENHOR [...] (isto porque, foi o próprio Deus que, para) executar juízo, pôs [...] (o) povo (Babilônico) [...] para servir de disciplina (contra o seu povo escolhido)”, Hc.1.12.

            Somos incapazes de compreender o agir de Deus em nossas vidas.

            Muitas vezes queremos medir os caminhos de Deus com nossa régua.

            Pensamos que sabemos o que é melhor para nós e que Deus deveria fazer.

            Paulo fala que “[...] são insondáveis (investigar, descobrir) [...] (de) Deus [...] os seus juízos (condena e absolve quem Ele deseja. São) [...] inescrutáveis (saber, averiguar, compreender), os seus caminhos [...] (em favor dos homens)”, Rm.11.33.

            Precisamos aprender que “[...] falamos do que não entendemos [...] (de) coisas maravilhosas demais para (compreender) [...] coisas que (nenhum de nós) [...] conhecemos”, Jó 42.3 a respeito dos caminhos do Senhor.

            É preciso permanecer em comunhão com o Senhor para sermos levados a considerar sua grandeza, sabedoria e poder a fim de sermos motivados a esperar por sua orientação.

            Eternamente ligados ao Senhor, iremos aceitar que “[...] Ele é [...] desde a eternidade [...] (o qual pode) executar (todas as coisas) [...]”, Hc.1.12.

            Assim como o profeta Habacuque, eu e você devemos nos “pôr na nossa torre de vigia (oração), colocar-nos sobre a fortaleza (comunhão) e vigiar (leitura bíblica) para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à nossa queixa”, Hc.2.1.

            Diante do desconhecimento dos caminhos do Senhor, se faz necessário “não nos precipitar com a nossa boca, nem o nosso coração se apressar a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e nós, na terra; portanto, sejam poucas as nossa palavras”, Ec.5.2.

            O conselho que recebemos de Tiago é que “[...] todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”, Tg.1.19 contra as decisões de Deus.

            Diante de todo desconhecimento, podemos esperar [...]

3 – A resposta de Deus aos nossos conflitos, Hc.2.2-5.

            Qualquer limitação que enfrentamos, podemos encontrar solução na resposta de Deus.

            Com mais uma tentativa para descobrir a resposta de Deus, Habacuque continua questionando Deus.

            O profeta pergunta para Deus o “por quê (de Deus) fazer os homens como os peixes do mar, como os répteis, que não têm quem os governe?”, Hc.1.14 e que diante dos homens são derrotados.

            É como se Habacuque dissesse que Deus não está cuidado do seu povo.

            A sua reclamação ou indagação é devido “a todos (os caldeus) levantarem o inimigo (nações dominadas) com o anzol, pescando-os de arrastão e os ajuntam na sua rede varredoura (para matança); por isso [...] (eles) se alegraram e se regozijaram (por ter derrotado os Judeus)”, Hc.1.15.

            A fim de mover o coração de Deus, Habacuque fala que os caldeus, com a invasão, “[...] ofereceram sacrifício à sua rede (de traição) e queimaram incenso à sua varredoura (de destruição); porque por elas enriqueceram (com ouro) a sua porção (de ganância), e tiveram gordura a sua comida (com os despojos)”, Hc.1.16.

            Então, o profeta encerra o capítulo perguntando: “Acaso, (os caldeus) continuarão, por isso, esvaziando a sua rede (de prisioneiros) e matando sem piedade os povos?”, Hc.1.17.

            A “[...] resposta (do) SENHOR [...]”, Hc.2.2 é fantástica quando Deus lhe mostra sobre [...]

            A – A certeza dos atos preditos.

            “O SENHOR [...] (manda Habacuque) escrever a visão (que já havia sido falada através de Isaías e Jeremias sobre o cativeiro), grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo (para tentar escapar do cativeiro)”, Hc.2.2.

            Quando o texto fala que “[...] a visão ainda estava para cumprir-se no tempo determinado (o livro de Habacuque é escrito em 607 a.C. e o texto continua dizendo que o próprio Deus irá) [...] se apressar para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará”, Hc.2.3.

            Dois anos depois, em 605 a.C., Babilônia cerca Jerusalém e a invade, queimando-a em 586 a.C.

            É nesse tempo que Deus cumpre com a sua Palavra de punição sobre os pecados de Judá.

            Por mais generalizado e arraigado que esteja o pecado em determinado lugar ou situação, Deus virá para punir, com os instrumentos que lhe convier, para nos corrigir e restaurar a ordem das coisas.

            É a partir do agir de Deus que podemos ter [...]      

            B – A certeza da vida do justo.

            Deus sabe diferenciar a vida do justo do perverso.

            A certeza que temos é “[...] que o SENHOR distingue para si o piedoso; o SENHOR nos ouve quando [...] clamamos por ele”, Sl.4.3.

            Habacuque não deveria temer, mesmo porque, “[...] o soberbo (orgulhoso, descuidado)! (Deus sabe que) sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé”, Hc.2.4.

            Todos os nossos conflitos se encerram quando temos [...]

            C – A certeza da condenação do ímpio.

            Parte do próprio “Deus (de) [...] por em lugares escorregadios e [...]destruir (os ímpios)”, Sl.73.18.

            É por este motivo que o texto encerra dizendo:       

Conclusão:      “Assim como o vinho é enganoso, tampouco permanece o arrogante, cuja gananciosa boca se escancara como o sepulcro e é como a morte, que não se farta; ele ajunta para si todas as nações e congrega todos os povos”, Hc.2.5 para nada.

            Os nossos conflitos são iguais aos de Habacuque.

            Saiba que Deus, no momento que Ele desejar, irá responder as nossas orações.

Aplicação:       Faça da oração o seu meio de lidar com os seus conflitos espirituais.

            Necessidades, dúvidas ou temores, leve-os à presença de Deus e espere a resposta e orientação do Senhor.

            Não se afaste da comunhão com Deus e de seus caminhos.

            Por meio da nossa fidelidade iremos viver.

            E lembre-se! “Assim como o vinho é enganoso, tampouco permanece o arrogante, cuja gananciosa boca se escancara como o sepulcro e é como a morte, que não se farta; ele ajunta para si todas as nações e congrega todos os povos”, Hc.2.5, mas o final de sua vida será terrível.



            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Expressão – Os profetas falam hoje – CCC – Rev. Dario de Araújo Cardoso.