quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Mt.16.13-18 - COMO SURGIU O PRESBITERIANISMO.

COMO SURGIU O PRESBITERIANISMO, Mt.16.13-18. A nossa salvação começou antes da fundação do mundo. O Filho se colocou no lugar do pecador suportando o castigo necessário e satisfez as exigências da lei em nosso lugar. O plano de Deus inclui uma organização para congregar seu povo. No princípio não existia a igreja como organização, ficava a cargo do pai, cabeça do lar, oferecer um “[...] banquete [...] a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim [...] fazia [...] continuamente”, Jó 1.5. Após o êxodo a nação israelita passou a ser a instituição que congregava o povo de Deus – Israel era uma teocracia (governo exercido por Deus). Na nova aliança estabelecida por “[...] Cristo (Ele mesmo) edificou a sua igreja [...] e as portas do inferno não prevalecem contra ela”, Mt.16.18. Esta é a organização que reúne e congrega o povo de Deus. Os apóstolos foram os alicerces da igreja organizada do N.T. 1 – A Igreja Primitiva nasceu no “[...] dia de Pentecostes, (quando) estavam todos reunidos no mesmo lugar [...] (neste mesmo dia) todos ficaram cheios do Espírito Santo [...]”, At.2.1,4. A igreja primitiva fora “[...] chamada (de) seita [...]”, At.24.14 dentro do judaísmo. Com o passar do tempo adquiriu identidade. Os cristãos foram perseguidos pelos judeus e romanos. Essa perseguição ajudou a igreja a se espalhar. No século IV cessou as perseguições. No ano 313 Constantino e Licínio, concorrentes ao trono imperial assinaram o Edito de Milão, concedendo liberdade ao cristianismo. Em 323 Constantino derrotou Licínio, tornou-se o único governante romano. Unificou o império, tornando uma só lei, um só imperador, uma só religião. O cristianismo foi feito religião oficial do império romano. A partir desse momento a igreja cristã recebeu muitas adesões de pessoas. Essas pessoas eram sem a verdadeira conversão, mas, daí, passaram a pertencer à igreja. A influência do mundo pagão levou a igreja a adotar doutrinas e práticas que chocam com o ensino bíblico. Em 375 foi instituído o culto aos santos. Em 431 instituiu o culto a Maria, a partir do Concílio de Éfeso, cidade em que adorava a grande Diana. Em 503 surge a doutrina do purgatório. Em 783 adotou a adoração de imagens e relíquias. Em 1090 inventou o rosário. Em 1229 foi proibida a leitura da Bíblia. Alguns afirmam que a igreja organizada pelos apóstolos é a Igreja Católica Romana. a) A igreja dos apóstolos não adotou nenhum nome específico. Ela é chamada no N.T. de igreja. b) O sistema de governo e a organização da igreja primitiva, sua doutrina e sua liturgia, eram bem diferentes do que é praticado pela Icar. c) A Icar surgiu das transformações ocorridas na igreja primitiva. Essas transformações afastaram a igreja do ensino de Jesus Cristo. As heresias (contrário à verdade), a corrupção e imoralidade do clero, levaram a igreja perder a principal característica. Havia pessoas sinceras, tementes a Deus que clamavam por uma reforma. 2 – A reforma protestante. Em 1300 o mundo ocidental experimentou um sentimento crescente de nacionalismo. Os povos não queriam sujeitar-se a Roma. Desejavam uma igreja nacional. Esse clima favoreceu o surgimento dos precursores da Reforma. Eram homens cultos, de vida exemplar, que tinham prazer na leitura da Bíblia Sagrada. Os principais precursores (vai na frente) foram: João Wyclif – 1328-1384 – Professor na universidade de Oxford – Inglaterra. João Huss – 1373-1415 – Professor na universidade de Praga – foi queimado por causa de sua fé. Girolano Savonarola – 1452-1498 – monge dominicano – foi enforcado e queimado por ordem do Papa Alexandre VI, em Florença na Itália. No século XVI a situação era propícia para a reforma. Gutemberg revolucionou o processo de impressão de livros. Colombo descobriu a América. A Europa estava com nova época política e social. O descontentamento com a igreja persistia. Deus levantou Lutero para o movimento da Reforma. Lutero nasceu no dia 10.11.1483 – família pobre. Ia fazer direito, mas resolveu tornar-se monge. Entrou para o mosteiro de Erfurt (Alemanha) em 1505 antes de completar 22 anos. Dois anos depois foi ordenado sacerdote. Em 1508 foi para Wittenberg (Alemanha) para ser professor na universidade até a sua morte em 1546. Ali se dedicou ao estudo das Escrituras Sagradas. Em Rm.1.17 Lutero descobriu “[...] que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé [...] (e de que) o justo viverá por fé”, contrariando tudo o que a igreja indicava para alcançar paz com Deus. Em 31.10.1517 Lutero afixou na porta da capela de Wittenberg (Alemanha) as 95 teses. Roma perseguiu Lutero. Em 1521 foi excomungado. Teve que esconder durante 10 meses no castelo de Wartburgo (Alemanha) para não ser morto. Início tradução da Bíblia para o alemão. Voltou para Wittenberg de onde comandou a expansão da reforma. 3 – O Presbiterianismo. Paralelo à reforma de Lutero surge na Suíça, Úlrico Zwínglio – 1 de janeiro de 1484 – 1531. Este tinha ideias diferentes do alemão. Morreu no campo de batalha em 1531, mesmo assim é considerado o pai do presbiterianismo. Surgiu João Calvino que expandiu o protestantismo reformado. Nasceu em 10 de julho de 1509, em Noyon, província de Picardia, na França. Aos 14 anos entrou para a universidade de Paris. Com 20 anos formou-se em direito. Em 1533 Nicolas Cop tomou posse como reitor da universidade de Paris. O seu discurso de posse falava em reformas, numa linguagem que refletia ideias luteranas. O rei Francisco I, da França, agiu contra os luteranos. Calvino e Nicolas fugiram de Paris. Em 1536 Genebra, Suíça, se declara protestante, sendo liderado o movimento por Guilherme Farel. Calvino se aliou com Farel e fez de Genebra uma cidade modelo. O movimento iniciado por Zwínglio e estruturado por Calvino se espalhou por toda Europa. Na França eram conhecidos como huguenotes. Na Inglaterra eram conhecidos como os Puritanos. Na Suíça e países baixos eram conhecidos como os reformados. Na Escócia eram conhecidos como Presbiterianos. O presbiterianismo foi levado da Escócia para a Inglaterra, de lá para os Estados Unidos. Veio para o Brasil em 12.08.1859, através de Ashbel Green Simonton.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

SEMINOVO.

SEMINOVO Seminovo é um termo usado nas agências de automóveis para designar aqueles veículos que têm pouco tempo de uso. Mas, pensando bem, até os primeiros carros fabricados ou os mais antigos, a não ser que foram vendidos para o ferro velho e lá, totalmente destruídos para servir como matéria prima para outras indústrias, todos eles, arrebentados, desfigurados podem ser reformados e chamados de seminovos. Então, sendo assim, não existe carro velho que não seja aproveitado, utilizado, renovado a partir da tecnologia existente nos dias atuais. É verdade que a Bíblia fala do “[...] irmão mais velho [...]” (Gn 10.21), o qual pode dominar, criar ou ser um grande exemplo para o mais novo. A Sagrada Escritura informa que “[...] depois de velha, e velho (o casal, muitos não) [...] têm [...] (mais) prazer [...]” (Gn 18.12) sexual. Por esse motivo, para você não ficar angustiado, desesperado, aflito, “lembra-te do seu Criador nos dias da sua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer” (Ec 12.1). Através da leitura bíblica é possível descobrir que o “[...] velho [...] não sabe o dia da sua morte” (Gn 27.2). Mesmo não sabendo é possível fazer um cálculo aproximado, pois é sabido que “os dias da sua vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e você voa” (Sl 90.10). As Sagradas letras revelam que o “[...] filho mais velho [...] (pode) resolver matar [...] o filho mais moço [...]” (Gn 27.42) por ciúme, vingança. O problema é que esse filho assassino esquece que “[...] o SENHOR vingará o sangue dos seus servos, tomará vingança dos seus adversários [...]” (Dt 32.43). É por isso que Paulo aconselha a “não vos vingar a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira (de Deus); porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor” (Rm 12.19). Muitos, depois de “velho e farto de dias, expiram [...] e morrem, sendo recolhidos ao seu povo; e [...] (são) sepultados” (Gn 35.29), mas é uma pena que “os seus dias [...] se findam sem esperança” (Jó 7.6). Algo muito triste acontece em muitos corações é que “os seus dias [...] fugiram e não viram a felicidade” (Jó 9.25) de viver bem neste mundo; e o pior é que, ainda na velhice “[...] estão sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não têm esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2.12). Fique sabendo que você é melhor e mais precioso que qualquer carro seminovo. Mesmo que você seja reformado, que se faça uma bateria de exames e que, urgentemente, precise fazer uma ponte safena, uma prótese dentária, uma artroscopia, pode ter a certeza, você ainda é seminovo. O bom de ser seminovo é que “na velhice (você) dará ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor” (Sl 92.14). Não se importe; mesmo velho você será “[...] como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto você faz será bem sucedido” (Sl 1.3) para você e todos que o rodeiam. Nada de pensar que você já não serve para nada, que está aposentado, que se cansa constantemente, que não tem mais ânimo para a vida. Parando, deixando de se exercitar, fazer o melhor para você mesmo, pode acontecer de “já estar posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo” (Mt 3.10). Então, ânimo, coragem, peça a Deus força para viver e “[...] exercita-te (fisicamente), (mas) pessoalmente, na piedade” (1Tm 4.7) para buscar o melhor para você a fim de influenciar para melhor os seus parentes, amigos e até mesmo os seus inimigos. Ah! Não fique pensando em velhice, deitado no sofá, escondido da vizinhança, não buscando o melhor para você, faça um checape completo e saiba que “ninguém (e nem mesmo você pode) desprezar a sua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (1Tm 4.12). Rev. Salvado P. Santana

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

REGAR.

REGAR Regar nada mais é do que irrigar, aspergir, umedecer as plantas; e todas elas agradecem. Interessante notar que desde os mais altos montes até a planície adentrando aos quintais, sítios, fazendas, lá estão muitas e belas parreiras, flores, pequis, capins, alfavaca-dos-montes, legumes, verduras, frutos, cafés e tantas outras variedades de sombras que, no tempo da florada, da colheita do produto, do amadurecer, não falham, porque “[...] a Deus (pertence o regar no devido tempo) [...] ele faz coisas grandes e inescrutáveis e maravilhas que não se podem contar; faz chover sobre a terra e envia águas sobre os campos” (Jó 5.8-10). Deus é tão perfeito nessa missão que “Ele (mesmo) visita a terra e a rega; Deus a enriquece copiosamente; os ribeiros de Deus são abundantes de água; prepara o cereal, porque para isso a dispõe, regando-lhe os sulcos, aplanando-lhe as leivas (sulcos). Deus a amolece com chuviscos e lhe abençoa a produção” (Sl 65.9, 10). Sem esse cuidado maravilhoso de Deus sobre o mundo inteiro, todos já estariam em extrema debilidade ou mortos devido a fome. Abra bem os seus olhos para enxergar com perfeição de que o cuidado de Deus vai se expandindo. É por isso que todos precisam “cantar ao SENHOR com ações de graças; entoando louvores, ao som da harpa [...] (Àquele) que cobre de nuvens os céus, prepara a chuva para a terra, faz brotar nos montes a erva e dá o alimento aos animais e aos filhos dos corvos, quando clamam” (Sl 147.7-9). Esse mesmo Deus continua fazendo maravilhas. O cuidado de Deus não se restringe apenas às plantações. Deus, com a sua bondade e misericórdia olha para todos os homens e os instrui a “observar as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?” (Mt 6.26). Essa pergunta dirigida a todos os homens pelos lábios de Jesus precisa ser observada, avaliada para que cada um resgate dentro de si o quão é importante diante de Deus. Preste atenção porque esse regar de Deus em cada vida, cada coração é constante e duradouro. É como “[...] disse Jesus: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17) abençoando, cuidando, guardando, protegendo. Por esse motivo é que Jesus fala que você “não (precisa) temer, pois (nada)! Bem mais valeis vós do que muitos pardais” (Mt 10.31) que têm seu grande valor diante de Deus. A preocupação ou o regar de Deus sobre a vida dos homens é tão especial que Ele se interessa “até (mesmo pelos) [...] cabelos da sua cabeça (que) estão todos contados. (Portanto), não temais! Bem mais valeis do que muitos pardais” (Lc 12.7). Não é à toa que a proposta de Jesus é para “observar os corvos, os quais não semeiam, nem ceifam, não têm despensa nem celeiros; todavia, Deus os sustenta. Quanto mais valeis do que as aves!” (Lc 12.24). Ou seja, Deus cuida muito bem de toda a sua criação e o homem não está isento desse cuidado Paterno. Jó deve ter vivido no IV século a.C., mas como “toda a Escritura é inspirada por Deus [...]” (2Tm 3.16), o texto tem inteira ligação com o cuidado de Deus quando Jó é confrontado por Deus: “Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus pintainhos gritam a Deus e andam vagueando, por não terem que comer?” (Jó 38.41). A resposta de Jó é singela, mas cheia de sabedoria quando ele declara que “bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42.2) a tal ponto que você pode acreditar “[...] os impossíveis dos homens são possíveis para Deus” (Lc 18.27) para regar, cuidar, abençoar completamente a sua vida de uma forma que nem mesmo você entende, apenas percebe. Esse regar, cuidar, alimentar, vestir ou “toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tg 1.17), por isso, mais que urgente, todos precisam “dar sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5.20). Que o próprio Deus abençoe ricamente a sua vida física, material, espiritual, financeira, estudantil e familiar em todos os momentos da sua vida, “[...] regando-a [...] enriquecendo-a copiosamente [...]” (Sl 65.9). Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

At.8.26-40 - PROFISSÃO DE FÉ.

PROFISSÃO DE FÉ, At.8.26-40 Profissão de fé é a declaração pública feita por aquele que “[...] crê de todo o coração [...] que Jesus Cristo é o Filho de Deus [...] (após essa profissão é que o iniciante pode ser) [...] batizado [...]”, At.8.37,38. Todo aquele que crê em Jesus, deve, “[...] com a (sua) boca, confessar Jesus como Senhor e, em (seu) coração, crer que Deus o ressuscitou dentre os mortos, (essa declaração confirmar que você) será salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação”, Rm.10.9,10. Aquele que deseja ser membro da IPB deve declarar publicamente que crer em Jesus Cristo como Filho de Deus e afirmar que a Escritura é a única regra de fé e prática. Se já foi batizado em alguma igreja evangélica ele é apenas recebido como membro, caso contrário, recebe o batismo após a sua profissão de fé. Na profissão de fé envolve o Intelecto, a Emoção e a Vontade. No casamento o Intelecto avalia se a pessoa com quem se pretende casar é a pessoa certa. A emoção leva a pessoa a amar o escolhido de todo o coração. A vontade leva os dois a se comprometerem diante da autoridade. Quando participo do Reino de Deus o intelecto mostra a compreensão do que é ser cristão quando “examinamos as Escrituras, porque julgamos ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Jesus”, Jo.5.39. A emoção induz amar a Jesus, mesmo porque, “aquele que tem os mandamentos (de) Jesus e os guarda, esse é o que ama Jesus; e aquele que o ama será amado (pelo) Pai (de) Jesus, e Jesus também o amará e (se manifestará a ele”, Jo.14.21. É por este motivo que “quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a Jesus não é digno dele [...] quem ama seu filho ou sua filha mais do que a Jesus não é digno dele [...]”, Mt.10.37. As emoções não são iguais. O eunuco agiu naturalmente, “seguindo [...] caminho fora, (quando) chegou a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado? [...] (a resposta é única) creia de todo o coração [...]”, At.8.36,37. O carcereiro experimentou um turbilhão ao “[...] ver abertas as portas do cárcere, puxou da espada, ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido [...] (desejou saber o) que devia fazer para que seja salvo [...]”, At.16.27,30. Tiveram experiências e emoções diferentes, mas a conversão foi autêntica. A conversão é pessoal, mas é possível perceber a prova daquele que ama a Deus através de “[...] seus frutos (do espírito serão) [...] conhecidos. (Logo é impossível) colher [...] uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos [...] (é preciso que) toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. (Por tudo isso) toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo”, Mt.7.16-19. A vontade é o que te leva a querer alguma coisa. Para ser cristão é necessário assumir um compromisso com Jesus pela fé. Todo aquele que crê em Jesus, “[...] vai após Jesus, a si mesmo se nega, toma a sua cruz e segue Jesus”, Mc.8.34. É certo afirmar que todo aquele que “[...] crê no Filho tem a vida eterna; (porém) o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus”, Jo.3.36. A BÍBLIA SAGRADA. A Bíblia é o manual do cristão. Ela ensina, corrige, repreende e educa. Divide-se em AT – 39 Livros e NT – 27 livros = 66 livros. Testamento = acordo, aliança, pacto. O AT é formado pelo antigo pacto de Deus com seu povo por meio de Abraão e confirmado por meio de Moisés quando foi dada a lei. O NT é formado pelos livros que registram a Nova aliança que Deus fez com seu povo através de Jesus Cristo. No Antigo Pacto o povo de Deus era formado pelos Israelitas. No Novo pacto é constituído por todos os que creem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador. REVELAÇÃO Deus se dá a conhecer ao homem por meio dos “[...] céus proclamando a Sua glória [...] e o firmamento anunciando as obras das suas mãos. (O próprio Deus) [...] não [...] deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-nos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o nosso coração de fartura e de alegria”, Sl.19.1; At.14.17. A revelação e “[...] os atributos (qualidade) invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis (sem defesa, desculpa)”, Rm.1.20. Esta revelação é insuficiente para a salvação. REVELAÇÃO ESPECIAL. “Houve (um tempo que) Deus [...] falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas [...]”, Hb.1.1,2. “Falou boca a boca com Moisés [...]”, Nm.12.8, mas “nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo”, Hb.1.1,2. Esta revelação atinge seu auge em Jesus Cristo. Através da Bíblia sabemos quem sou, quem é Deus, de onde viemos, para onde vamos e o plano de Deus para nós. Hoje Deus fala conosco através da Bíblia. INSPIRAÇÃO. É a ação que Deus usou para levar homens a registrar, sem erro, a sua Palavra. Estes homens escreveram “toda a Escritura (a qual) é inspirada (soprada) por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”, 2Tm.3.16. Ainda que muitos defendam que papel aceita tudo, como cristãos precisamos aceitar que “[...] nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”, 2Pe.1.21. Algumas vezes “[...] o SENHOR [...] (mandava) escrever [...] para memória num livro [...]”, Ex.17.14. Outros eram impulsionados a escrever. Era Deus agindo em suas mentes e corações. Cada um usou seu próprio vocabulário (linguagem). Cada livro traz a marca do seu autor e as marcas do tempo em que vivia. Foram 36 autores, num período de 1600 anos. Existe harmonia em todas as suas partes. Tanto a revelação quanto a inspiração deve ser aceita “pela fé [...] (para) entendermos [...] (a) palavra de Deus [...]”, Hb.11.3. Nenhum de nós aceita de boa vontade. Necessitamos da [...] ILUMINAÇÃO. É Deus atuando na mente e no coração do homem através do Espírito Santo “[...] para o Senhor [...] abrir o coração para atender às coisas [...]”, At.16.14 faladas sobre a Escritura Sagrada. Adapatado pelo Rev. Salvador Pereira Santana para catecúmenos - Curso de Catecúmenos - Rev. Adão Carlos Nascimento - Socep.

domingo, 10 de janeiro de 2021

PEQUENO, MAS DE GRANDE VALOR.

PEQUENO, MAS DE GRANDE VALOR Ser pequeno não quer dizer que não vale nada, que não tem valor, que será desprezado, abandonado, jogado fora, deixados às traças. A história de “[...] um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico, procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura” (Lc 19.2, 3). Para muitos, devido a sua estatura, seria motivo de deixar para lá, abandonar, desistir de uma vez por todas e dizer: – nada sou, ninguém se importa comigo, sou desprezado, deixado de lado. Você não pode ser tão pessimista assim. Ao invés disso, olhe para o grande valor que Deus lhe concede só pelo fato de você estar vivo, poder respirar, andar, enxergar, se alimentar, se vestir sozinho, ter a oportunidade de ir e vir. Talvez seja necessário você reconhecer que “[...] é pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de você; (o SENHOR) [...] é o seu amparo e o seu libertador; não te detenhas, ó Deus meu!” (Sl 40.17). Por mais insignificante que fosse o sentimento de Zaqueu, com todo o seu esforço, “[...] correndo adiante, subindo a um sicômoro a fim de ver Jesus, porque por ali havia de passar” (Lc 19.4) é possível perceber o seu esforço, a sua dedicação, o seu desempenho em se aproximar de Jesus. Zaqueu precisou quebrar barreiras, transpor obstáculos para chegar ao ponto em que pôde contemplar Jesus. A recompensa pelo esforço e dedicação de Zaqueu foi “quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima, dizendo-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa” (Lc 19.5). Veja que entre tantos transeuntes que estavam no caminho de Jesus, Ele escolhe ficar na casa de Zaqueu, “[...] de pequena estatura” (Lc 19.3). Olhando para a vida espiritual é bom saber que a valorização do homem é bem maior e sentida no mais profundo da alma quando se trata da vida íntima e pessoal com Deus. “[...] Ana (a mãe do profeta Samuel) respondeu (para o sacerdote Eli): [...] Eu sou mulher atribulada de espírito [...] (por isso) venho derramando a minha alma perante o SENHOR” (1Sm 1.15) para receber alívio, força, proteção, companhia nos momentos de lutas e dificuldades. Por causa da confiança em Deus, “[...] e (depois de) adorarem perante o SENHOR [...] o SENHOR [...] (se) lembrou” (1Sm 1.19) de Ana e ela foi recompensada. É bem verdade que em muitos momentos da vida “a sua alma terá tédio à sua vida; (então,) dará livre curso à sua queixa (diante de Deus), falará com amargura da sua alma” (Jó 10.1) aos ouvidos de Deus, diante dos homens e por causa das angústias que o próprio homem causou a você. Mas, diante dessa insignificância que o homem é perante Deus, se faz necessário ouvir um pouco algumas perguntas feitas pelo próprio Deus: “[...] É razoável essa tua ira (por causa de algum outro homem, da falta de algum bem)?” (Jn 4.4); “[...] por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante (diante dos homens, por não ter conseguido aquilo que desejava)?” (Gn 4.6). Nessa intimidade com Deus é bom saber que, “assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas” (Ec 11.5). Sossegue um pouco e saiba que você, além de ser pequeno, mas muito valorizado por Deus, ainda pode reconhecer como Jó: “Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca” (Jó 40.4) para não mais retrucar o desejo de Deus, “por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42.6) a fim de saber que você é “[...] pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de você [...]” (Sl 40.17). E, para terminar, uma comparação entre os homens e os animais, Deus fala que você “[...] vale [...] bem mais [...] do que muitos pardais” (Mt 10.31, portanto, dê valor a você mesmo, reconheça que sem Deus o homem nada vale, de que, ainda que os outros não lhe deem valor, Deus cuida, abençoa, guarda, protege e o têm livrado de muitas enfermidades. Rev. Salvador P. Santana

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Ec.1.1-11 - A LUTA PELA VIDA.

A LUTA PELA VIDA, Ec.1.1-11. A vida tem razão de ser o que é? Qual é o sentido da vida neste mundo? Essas indagações têm acompanhado o homem no decorrer de sua existência. Principalmente diante das situações injustas da vida, essa questão perturba qualquer ser humano. Nenhum de nós tem uma resposta adequada para esse assunto. Ao olhar para o livro de Eclesiastes, parece não ser o mais apropriado para falar sobre a luta pela vida. Percebe-se a lucidez da mensagem do Eclesiastes sobre a existência humana e a luta pela vida, mesmo com suas contradições e inquietações. Precisamos gravar na mente “as coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei”, Dt.29.29. Segundo Ivo Storniolo e Euclides Martins Balancin, “o Eclesiastes é convite para destruir e construir. Destruir uma falsa concepção a respeito de Deus e da vida, muitas vezes justificada por concepções teológicas profundamente arraigadas (enraizado). Depois construir uma nova concepção de vida, que é dom gratuito de Deus, para que todos participem com justiça e fraternidade”. O autor de Eclesiastes se autodenomina “[...] Pregador (Salomão), filho de Davi, rei de Jerusalém”, Ec.1.1, num aparente pessimismo, reflete sobre a vida como uma eterna mesmice, “vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade”, Ec.1.2. Para ele a vida é passageira; e sua repetição produz monotonia e tédio. “[...] O trabalho (humano não) tem (nenhum) proveito [...] com que se afadiga debaixo do sol [...]”, Ec.1.3. No seu entender, “geração vai e geração vem; mas a terra permanece para sempre”, Ec.1.4, então, “[...] tudo é vaidade de vaidade (inútil)”, Ec.1.2. Ao olhar para o mundo criado por Deus, Salomão dá a entender que este mundo é monótono (não sofre variação), pois “levanta-se o sol, e põe-se o sol, e volta ao seu lugar, onde nasce de novo”, Ec.1.5. Declara que “o vento vai para o sul e faz o seu giro para o norte; volve-se, e revolve-se, na sua carreira, e retorna aos seus circuitos”, Ec.1.6. Fala ainda que “todos os rios correm para o mar, e o mar não se enche; ao lugar para onde correm os rios, para lá tornam eles a correr”, Ec.1.7. Possível que Salomão reflita sobre a realidade da vida do povo de Israel por volta do século III a.C. Naquele tempo o povo fora subjugado pelos gregos e vivia para pagar pesados impostos. A vida estava sem horizontes. Imperava a exploração que tirava da vida todas as suas possibilidades. O povo poderia entrar em desespero. A “palavra do Pregador [...]”, Ec.1.1, então, escreve seu livro com o propósito de defender uma “vida de fé num Deus generoso, enfatizando o horror de outra alternativa” – Eclesiastes e Cantares – Vida Nova. A importância deste estudo é mostrar que devemos lutar pela vida, mesmo numa situação de exploração, resgatando o valor da existência humana, do trabalho e do mundo criado por Deus. 1 – Povo explorado – trabalho roubado. Desde os tempos bíblicos o homem convive com aqueles “[...] que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos moradores no meio da terra!”, Is.5.8. O contexto das “palavras do Pregador [...]”, Ec.1.1 é o de um povo explorado e subjugado, por este motivo, “vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade (inútil)”, Ec.1.2. Então, diante de tanta exploração, “que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?”, Ec.1.3. Jó, devido a sua enfermidade, perguntou: “[...] por que, pois, trabalho eu em vão?”, Jó 9.29. Em outro texto, Salomão, percebendo ainda mais a opressão dos grandes sobre os mais pobres, declara: “[...] Para quem trabalho eu, se nego à minha alma os bens da vida? [...]”, Ec.4.8, ou seja, tudo que faço não me traz prazer e nada ficará em minhas mãos. Onde há exploração, o trabalho realmente não importa. Faz de qualquer maneira, não se importa com o desperdício. A felicidade humana está baseada no trabalho e usufruto do mesmo, mas “quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda; também isto é vaidade. Pelo que aborreci a vida, pois me foi penosa a obra que se faz debaixo do sol; sim, tudo é vaidade e correr atrás do vento”, Ec.5.10; 2.17. Precisamos saber que é o próprio “[...] Deus (que) conferiu ao homem [...] riquezas e bens e lhe deu poder para deles comer, e receber a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus”, Ec.5.19. É somente através de Deus que podemos conquistar e satisfazer as nossas necessidades de uma vida digna. Caso o resultado do esforço do trabalho for desviado e explorado, por meio de injustiças, o que ocorrerá é uma frustração, ou seja, o trabalho não terá nenhum proveito, ou, “vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade”, Ec.1.2. Segundo Ivo Storniolo, “o povo não tem presente, quando é impedido de usufruir do fruto do próprio trabalho”. Tiago declara que os “[...] ricos [...] (irão) chorar lamentar, por causa das suas desventuras (desgraça, calamidade, miséria), que (lhes) [...] sobrevirão”, Tg.5.1 devido a exploração aplicada ao próximo. “As [...] riquezas (deles) estão corruptas, e as suas roupagens, comidas de traça”, Tg.5.2 porque eles “[...] comeram os seus frutos sem tê-los pago devidamente e causou a morte aos seus donos”, Jó 31.39. É tanta injustiça que “o [...] ouro e a [...] prata (dos ricos) foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra eles mesmos e há de devorar, como fogo, as suas carnes. Tesouros acumulastes nos últimos dias”, Tg.5.3 a custa daqueles que lhes serviam como escravos. É por este motivo “[...] que o salário dos trabalhadores (explorados) que ceifaram os [...] campos (dos ricos) e que por eles foi retido com fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos”, Tg.5.4. O povo explorado, roubado, foi a causa de os ricos “terem vivido regaladamente sobre a terra; terem vivido nos prazeres; terem engordado o seu coração, em dia de matança”, Tg.5.5. Não somente a exploração, o roubo, mas também, os ricos “tem condenado e matado o justo, sem que ele [...] faça resistência”, Tg.5.6. Por toda essa tirania é que Salomão pergunta: “Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?”, Ec.1.3. Isso pode levar o povo a uma situação de revolta. O trabalho é vilipendiado (desprezado) com a exploração do povo. A igreja cristã precisa ser agente de transformação dessa realidade. O fim de uma situação de exploração mostrará todo o valor e a dignidade do trabalho na vida. A igreja é desafiada a oferecer uma mensagem de esperança, mas ao mesmo tempo, deve apresentar denúncia contra toda injustiça ao dizer como o profeta Isaías: “Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?”, Is.58.6. O compromisso assumido por Jesus em seu ministério deve pautar a ação da igreja em uma sociedade em que o povo é explorado. A missão de Jesus e da igreja é de que, “o Espírito do Senhor esteja sobre nós, pelo que (nos) [...] ungirá para evangelizar os pobres; enviar-nos para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos e apregoar o ano aceitável do Senhor”, Lc.4.18,19. 2 – Povo explorado – vida sufocada. Diante da situação em que o povo se encontrava, a vida parecia ter perdido seu real valor. A exploração tira a motivação; e a vida parece perdida, num eterno ciclo repetitivo a tal ponto de dizer: “geração vai e geração vem; mas a terra permanece para sempre”, Ec.1.4, “mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados”, 2Tm.3.13. Segundo Euclides Martins Balancin, “a opressão é o espetáculo mais terrível que acontece na sociedade. Quando um sistema é injusto, todos acabam tornando-se vítimas dele, a ponto de ser preferível morrer, ou até mesmo nunca ter nascido”. O “levantar-se o sol, e por o sol, e voltar ao seu lugar, onde nasce de novo”, Ec.1.5 não incomoda como o espetáculo da tirania. Todo o dia se percebe que “o vento vai para o sul e faz o seu giro para o norte; volve-se, e revolve-se, na sua carreira, e retorna aos seus circuitos”, Ec.1.6 e nenhum mal é causado ao homem. Ficamos maravilhados ao perceber que “todos os rios correm para o mar, e o mar não se enche; ao lugar para onde correm os rios, para lá tornam eles a correr”, Ec.1.7. Se pudéssemos destruir a opressão, ficaria apenas “todas as coisas (que) são canseiras tais, que ninguém as pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem se enchem os ouvidos de ouvir”, Ec.1.8. É a respeito da natureza que Salomão declara: “O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol”, Ec.1.9, mas, a respeito da ditadura, ela é especializada a cada dia que passa, daí, ela só progride, por isso “há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos séculos que foram antes de nós”, Ec.1.10, tanto as maravilhas que Deus fez, quanto a corrupção. Sempre o homem teve uma mente curta, pois “já não há lembrança das coisas que precederam (corrupção); e das coisas posteriores também não haverá memória entre os que hão de vir depois delas”, Ec.1.11, ou seja, esquecemos com muita facilidade das maldades que os homens fazem. Jesus sempre se opôs a qualquer opressão, “[...] veio para que tenhamos vida e a temos em abundância”, Jo.10.10, mas, precisamos estar atentos, pois existem aqueles que querem “[...] roubar, matar e destruir [...]”, Jo.10.10. A vida perdeu a razão de ser? A injustiça é tanta que tudo parece uma eterna monotonia? O nosso grito deve ser: Não. Devemos lutar pela vida, porque Cristo nos impulsiona a lutar pela vida, lutar contra toda injustiça e opressão. 3 – Povo explorado – criação desvirtuada (distorcer, deformar). David Allan Hubbard, afirma que, em Eclesiastes, o sol nos fala de sua causticante melancolia, mas outros enxergavam nele “[...] como herói [...] como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija [...] a percorrer o seu caminho”, Sl.19.5. Para Salomão o vento era sinal de uma caprichosa melancolia, mas, outros autores, veem que Deus “faz a seus anjos ventos [...]”, Sl.104.4 como mensageiro para executar as ordens eternas. Para o filho do rei Davi, os rios eram sintomas de futilidade, visto que alimentam o mar sem nunca saciá-lo, mas o salmista lembra que “há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo”, Sl.46.4. Vivemos dias difíceis, de banalização da vida, de agressões ao meio ambiente, de exploração do homem pelo próprio homem. Diante de todos esses males presentes na sociedade, podemos ser levados a uma visão pessimista da criação. Como servos de Deus, embora os homens continuem com suas maldades, precisamos reconhecer “[...] que (o) SENHOR fez com sabedoria (toda a sua) obra [...] (portanto) cheia está a terra das [...] riquezas (de) Deus”, Sl.104.24. Precisamos continuar [...] Conclusão: Lutando pela vida tal como “[...] o atleta (que) não é coroado se não lutar segundo as normas”, 2Tm.2.5 de Deus sobre a vida do seu povo. Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para estudo bíblico em Escola Dominical – Vida abundante – Didaquê – Rev. Ailton Gonçalves Dias Filho.

domingo, 3 de janeiro de 2021

Gn.3.6-12 - FILHO CULPA O PAI.

FILHO CULPA O PAI Gn.3.6-12 Introd.: Filhos culpam seus pais por diversos motivos: Gordo – magro; Alto demais – baixinho; Come demais – não aprendeu gostar de alguns alimentos; Não ensinou prendas domésticas – detesta estudar; Não se desenvolve na profissão – não se especializou; Namorar – ninguém podia se aproximar; Casar – ficar solteiro para o resto da vida por cuidar dos pais; Perdeu a oportunidade de bons negócios – salário para sustento da família. Propos.: O outro é o culpado pelas desgraças acontecidas em minha vida. Trans.: Filho culpa o Pai [...] 1 – Pela esposa que tem. Todos os homens são ingratos para com Deus. O desejo de Adão de reclamar junto ao Pai a respeito da sua “[...] mulher [...]”, Gn.3.12 é “[...] tão-somente (porque) [...] Deus fez o homem reto (honesto, correto, direito, agradável, justo), mas ele se meteu em muitas astúcias”, Ec.7.29 com desejos de extraviar, complicar a vida. Veja que foi “[...] o SENHOR Deus (quem) colocou ao homem [...] no jardim do Éden [...]”, Gn.2.15, santo, puro, sem pecado, com livre-arbítrio para escolher entre o bem e o mal – após o pecado; perdeu tudo. “[...] A mulher viu que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu”, Gn.3.6, estavam livres para escolher. Desse momento em diante “abriram-se [...] os olhos de ambos (para o mal) [...] perceberam que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si”, Gn.3.7, pois ficaram envergonhados por causa do pecado. O casal Adâmico “[...] ouviu a [...] voz (de) Deus no jardim [...] teve medo, e se escondeu”, Gn.3.10 – não somos diferentes – escondemos deixando de ler a Bíblia, orar, frequentar aos cultos. A “pergunta (de) Deus (serve para cada um de nós): Quem te fez saber que estavas nu (sem pecado)? Comeste da árvore (que dá entendimento) de que te ordenei que não comesses?”, Gn.3.11 – ao sermos confrontados buscamos um culpado; aquele que está mais próximo. Adão não responde – ficamos mudos quando Deus deseja saber do nosso paradeiro. “Então [...]”, Gn.3.12, ao invés de responder a pergunta de Deus, Adão acusa o seu Deus. O “então, (de Adão é o desejo que nasce em cada coração de) dizer [...]”, Gn.3.12 algumas supostas verdades que supomos ter para o seu Pai. Está grudado em nosso coração; “[...] assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”, Rm.5.12. O “então, (de Adão machucou o coração de Deus) [...]”, Gn.3.12 porque foi o “[...] SENHOR Deus [...] (quem resolveu) não (deixar) [...] que o homem estivesse só; fez-lhe uma auxiliadora [...] idônea”, Gn.2.18. “[...] O homem (Adão) [...]”, Gn.3.12 não reconheceu que Deus o abençoou com uma mulher. Assim como Adão, muitos homens não reconhecem de que aquele “[...] que acha uma esposa acha o bem e alcança a benevolência (boa vontade) do SENHOR”, Pv.18.22 dando-lhe uma esposa zelosa, dona de casa, fiel, econômica, boa mãe, bem falada no meio da sociedade. “[...] O homem (Adão) disse (para Deus): A mulher [...]”, Gn.3.12 que o Senhor me deu não presta, não serve, não me convém, é incompatível, é briguenta, rixosa, não presta para ter filhos, não cuida de mim. Interessante notar que essa “[...] mulher [...] (de Adão)”, Gn.3.12, era única, a primeira criada com capricho, mas ainda assim, Adão recusou, reclamou. Veja que “[...] o homem (Adão reconhece que) [...] a (sua) mulher (foi Deus) que [...] (a) deu por esposa [...]”, Gn.3.12, portanto, está implícito de que o criador de todas as coisas é o culpado da desgraça de Adão. Deus “[...] me deu por esposa [...]”, Gn.3.12 algo que não pedi, não me satisfaz, não é bonita, não é inteligente, é ignorante, malcriada, desobediente. Para o primeiro “[...] homem [...] (“[...] o SENHOR Deus [...] tomou uma das costelas [...] transformou-a numa mulher [...]”, Gn.2.21, 22; Gn.3.12, bonita, serva de Deus, mas “[...] o homem disse: A mulher que me deste por esposa [...]”, Gn.3.12 não é a dos meus sonhos. Hoje não é diferente, temos condições de namorar, noivar, casar para depois dizer diante de Deus: “Melhor é morar no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa”, Pv.25.24. Filho culpa o Pai [...] 2 – Pelos seus próprios erros. Devemos pedir para que “[...] Deus se compadeça de nós [...] (que) apague as nossas transgressões. (Que sejamos) lavados completamente da [...] iniquidade e purificado do nosso pecado. (O motivo:) Pois [...] conhecemos as nossas transgressões, e o nosso pecado está sempre diante de nós”, Sl.51.1-3. A atitude de Adão foi jogar a culpa em sua “[...] mulher [...]”, Gn.3.12. Fique sabendo que “o que encobre as suas transgressões jamais prosperará [...]”, Pv.28.13. “[...] O homem [...] (que não assume o seu erro, acusa) a mulher [...]”, Gn.3.12 por ele não trabalhar, pelo corte da conta de água, luz, telefone, por quê, porque a culpa é dela que não sabe comandar a sua casa. Culpa “[...] a mulher [...]”, Gn.3.12 pelo filho que não vai bem na escola, envolvido nas drogas, pelas más companhias, porque ela não sabe disciplinar. Deus, o Senhor é o culpado porque “[...] a mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore [...]”, Gn.3.12 – ensinou a beber, fumar, cheirar, roubar, mentir, adulterar, traficar, espancar o próximo, não ser responsável. “[...] Ela me deu da árvore [...]”, Gn.3.12 porque Deus não a corrigiu, deixou a esposa viver de qualquer maneira, fazer o que quer. Jogar a culpa no outro deve ser deixada de lado, pois o conselho de Deus é que devemos nos “arrepender [...] da [...] maldade e rogar ao Senhor; talvez nos seja perdoado o intento do (nosso) coração”, At.8.22. É nosso dever se “arrepender [...] e (se) converter para serem cancelados os nossos pecados”, At.3.19. “Ninguém, (nem eu e nem você) ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta”, Tg.1.13. Reconheça que “[...] cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz”, Tg.1.14. Deus não é o culpado pelos nossos pecados, o cônjuge não pode ser responsabilizado pelas nossas adversidades, os filhos não devem receber as ofensas porque o pai chega bêbado, drogado em casa. Não responsabiliza “[...] a (sua) mulher (que) lhe deu da árvore [...]”, Gn.3.12; recusa, saia correndo, mas não se compactua com a maldade do outro. Filho culpa o Pai [...] Conclusão: Por ter caído. “[...] E eu comi”, Gn.3.12; é sua a responsabilidade. “[...] E eu comi”, Gn.3.12; Deus não é o culpado. “[...] E eu comi”, Gn.3.12; a minha família não me forçou. “[...] E eu comi”, Gn.3.12 por conta própria. Assuma o seu erro. Conselho de Jesus: “Se o teu olho direito te faz tropeçar (o que vê), arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno”, Mt.5.29. “E, se a tua mão direita te faz tropeçar (o que faz), corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno”, Mt.5.30. Lembra que “há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”, Pv.14.12; peça a Deus orientação. Saiba que depois do pecado de Adão, “todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer”, Sl.14.3. Seja um “[...] homem [...]”, Gn.3.12 de palavra diante de Deus. Reconheça que “[...] a (sua) mulher que (você escolheu com pouco ou muito tempo de namoro, Deus a concedeu como sua) [...] esposa [...]”, Gn.3.12, “portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”, Mc.10.9. Entenda que não é pelo fato de sua “[...] esposa lhe dar da árvore [...]”, Gn.3.12, com insistência para praticar qualquer ato libidinoso (sensual) que você é obrigado a ceder; diga não. “[...] E (quando você) [...] comer”, Gn.3.12 alo indigesto, assume que você é o único culpado. O problema maior é “quando (você) ouve (com atenção) a voz do SENHOR Deus [...]”, Gn.3.8 através da leitura bíblica, pregação, folhetos; você precisa obedecer a Deus. Saiba “[...] que [...] (o) SENHOR Deus [...] (ainda) anda no jardim (do seu coração) pela viração do dia [...]”, Gn.3.8 para desvendar todos os segredos. O pior é que “[...] escondemos da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim”, Gn.3.8 com o desejo maligno de não ser descoberto no meio da própria natureza de Deus. “E (é por este motivo que) o SENHOR Deus (nos) chama [...]”, Gn.3.9 para ajustar contas, resolver pendências espirituais. Tenha a certeza de que quando “[...] o SENHOR Deus chama ao homem e lhe pergunta: Onde estás?”, Gn.3.9, Ele deseja a nossa conversão para não culpar nem ele e muito menos o nosso próximo. Deus não é o culpado pelas nossas derrotas. Rev. Salvador P. Santana