quinta-feira, 27 de março de 2014

SURPREENDIDA, Jo.8.3-11.

SURPREENDIDA
Jo.8.3-11

Introd.:           O padre Antônio Vieira conta que certo indivíduo procurou o vigário para denunciar alguém. Afirmou que havia passado quinze dias vigiando o suspeito para ter certeza de suas acusações.
            Ao ouvir a história, o vigário aplicou-lhe, como penitência, passar quinze minutos de joelhos, examinando a própria vida.
            O delator não suportou este sacrifício. Então, disse-lhe o vigário: “A vida do seu próximo você vigiou quinze dias e não suporta analisar a sua própria vida por quinze minutos apenas?” – DF ano 10, 77 – pg. 14.
Nar.:   No último dia da festa dos tabernáculos os fariseus arrastaram de dentro de uma tenda uma mulher seminua.
            O adúltero saiu às escondidas por ser amigo dos fariseus.
            A pecadora foi humilhada e jogada para perto do palco onde havia paus, pedras e a corda preparada para aplicar o que a lei ordena – morte.
            Jesus havia acabado de sair do templo, mas ele não foi pego de surpresa porque “o adultério era comum naquela época, tão comum que deixaram de por em vigor a lei contra o mesmo” – Adam Clarke.
Propos.:          Todos podem ser pegos de surpresa, menos Jesus.
Trans.:           Surpreendida [...]
1 – Ficou a mulher.
            O pensamento de quem peca às escondidas é que ele nunca vai ser descoberto.
            Essa mulher ficou surpresa quando “os escribas e fariseus [...] a levaram a Jesus [...]”, Jo.8.3 e “disseram (a) Jesus [...]”, Jo.8.4 sobre os pecados da mulher.
            O que tem ele a ver comigo? Não sou discípula dele, ele não é sumo sacerdote, fariseu, saduceu ou escriba.
            E outra, os fariseus conhecem a lei – onde está o adúltero?
            Ela ficou boquiaberta ao ouvir a acusação: “[...] surpreendida em adultério [...] Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério”, Jo.8.3,4.
            Onde estão as duas testemunhas?
            Isso é coisa de fariseu, se julgam os tais, os melhores, os mais espirituais.
            Surpresa quando foi obrigada a “[...] ficar de pé no meio de todos”, Jo.8.3 – levada com violência, passou vergonha, foi humilhada, a desgraçaram diante de todos.
            Essa mulher ficou surpresa ao descobrir que alguém estava vigiando a sua intimidade – Deus faz melhor.
            Ficou surpresa quando ouviu os fariseus distorcendo a lei dizendo: “Moisés nos mandou [...] que tais mulheres sejam apedrejadas [...]”, Jo.8.5.
            Os envolvidos deviam ser condenados à morte.
            O desejo de muitos de nós é que saber o “[...] que tu [...] dizes Jesus?”, Jo.8.5.
            Absolve essa mulher e serás adversário de Moisés.
            Condena essa mulher e irás usurpar o governo de Roma.
            A religião de algumas pessoas parece consistir em odiar os seus semelhantes, ou na paixão de ver outros castigados – Charles Erdman.
            Surpreenda-te irmão! Alguém está te dedurando? “Isto (é apenas para) tentar (a Jesus), para ter de que o acusar [...]”, Jo.8.6.
            Muitos não têm zelo pela lei, mas o desejo de desmoralizar o evangelho de Cristo Jesus.
3
 
            Ao invés de você se surpreender com os teus acusadores, surpreenda quando “[...] Jesus [...] se inclinar, escrever na terra com o dedo”, Jo.8.6.
            Jesus ignora as indagações dos teus acusadores.
            Ele não veio julgar, ele veio salvar o perdido.
            Jesus silencia como forma de protesto aos teus acusadores.
            Fique surpreendido com os seus irmãos, amigos e parentes, menos com Jesus.
            Surpreendido [...]
2 – Ficaram os fariseus.
            A surpresa foi tanta que eles “[...] insistiram na pergunta [...]”, Jo.8.7.
            Mata ou deixa viver? Expulsa da igreja ou coloca no último banco?
            Assim como os fariseus, eu e você vamos ficar surpresos quando “[...] Jesus se levantar [...]”, Jo.8.7.
            Todos irão ficar surpresos quando “[...] Jesus [...] lhe dirigir a palavra [...]”, Jo.8.7.
            Os fariseus surpreenderam quando Jesus convidou: “[...] Aquele que dentre nós estiver sem pecado [...]”, Jo.8.7.    
            Jesus exige que a testemunha seja inocente.
            Surpreenda-se! Nenhum homem pode ser juiz.
            Fique surpreso porque Jesus profere uma lei superior a lei Mosaica.
            Fique mais surpreso ainda e “[...] seja o primeiro que lhe atire pedra”, Jo.8.7.
            Lembre-se! O culpado deve estar meio despido, de mãos atadas atrás das costas, sobre um tablado a quatro metros de altura – empurre-o e apedreja-o.
            É para ficar surpreso! Deuteronômio estipula: “a mão da testemunha é a primeira contra ele, para matá-lo”, Dt.17.7.
            Fique surpreso! A lei de Jesus remove qualquer brutalidade.
            É para surpreender; mãos justas e santas devem apedrejar.
            Mais uma vez fique surpreso com o “[...] inclinar-se (de Jesus e) [...] a escrita no chão”, Jo.8.8.
            Jesus dá tempo para que o princípio exposto crie raízes.
            Os fariseus ficaram surpresos quando “[...] ouviram [...] a resposta (de Jesus) [...]”, Jo.8.9.
            Admirados e “[...] acusados pela própria consciência [...]”, Jo.8.9.
            A consciência reage quando Jesus desperta para reconhecer o pecado.
            O pasmo foi grande a ponto de “[...] se retirarem um por um [...]”, Jo.8.9.
            Pasme e desista de sua perversa intenção.
            Fique assustado e saia “[...] começando pelos mais velhos até aos últimos [...]”, Jo.8.9.        
            Receba um choque e ordeiramente, pelos mais velhos, reconheça o seu pecado, dando lugar aos mais idosos; deixem sair os senhores, doutores, reverendos, rabinos.
            Sim, é para ficar envergonhado; deixa “[...] só Jesus e a mulher no meio onde estava”, Jo.8.9.
            Jesus não nos decepciona.
            Jesus sabe tratar as pessoas, nós não sabemos.
Conclusão:     Fique admirado com a atitude do Mestre.
            Quer um conselho? Fique sozinho com Jesus.
            Ficando a sós, Jesus vai “se levantar [...]”, Jo.8.10 para vencer por você.
            A sós com o Mestre toda atenção será dada a você; “[...] não vendo a ninguém mais além da mulher (eu e você) [...]”, Jo.8.10.
            É você e Jesus em conversa particular. “[...] Jesus perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! [...]”, Jo.8.10,11.
            Surpreenda-se com essa atitude: “[...] Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno [...]”, Jo.8.11.
            O seu julgamento deve vir de um tribunal muito superior e a lei regulamentadora deve ser a divina.
            Fique pasmo com essa atitude de Jesus: “[...] Vai e não peques mais”, Jo.8.11.
            Fique atento e surpreenda-se com essa atitude de Jesus em seu favor: um novo começo, uma nova vida, o perdão concedido que nos levar e ter horror ao pecado.


            Rev. Salvador P. Santana

POR QUE ACUMULAR? Ec.5.8-6.12.

POR QUE ACUMULAR? Ec.5.8-6.12.

Tópicos para reflexão.
            “Dinheiro na mão é vendaval. Na vida de um sonhador. Quanta gente aí se engana. E cai da cama com toda ilusão que sonhou. E a grandeza se desfaz. Irmão desconhece irmão. Dinheiro na mão é solução e solidão.” – Interpretado por Paulinho da Viola.
            A letra dessa música aponta para os riscos e fragilidades da riqueza, pois pode acontecer do “rico se deitar com a sua riqueza, abre os seus olhos e já não a vê”, Jó 27.19.
            A riqueza pode destruir pessoas, amizades e parentescos.
            A mesma canção, porém, fala que “dinheiro na mão é solução”. Revela a ambiguidade com que tratamos a questão do dinheiro, já que ele é necessário para a sobrevivência e o bem-estar.
            O texto em análise oferece a reflexão sobre o dinheiro e as riquezas.
            Ser rico pode ser uma bênção de Deus, porque “[...] vemos (que) [...] boa e bela coisa é comer e beber e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que Deus lhe deu (riqueza); porque esta é a sua porção”, Ec.5.18.
            A riqueza pode não ser uma bênção porque “onde os bens se multiplicam, também se multiplicam os que deles comem (pode gerar briga devido um não querer trabalhar); (então) que mais proveito, pois, têm os seus donos do que os verem com seus olhos? (É como se toda a riqueza escorregasse pelos dedos)”, Ec.5.11.
            O escritor fala que “é doce o sono do trabalhador, quer coma pouco, quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir (de tanta preocupação de perder em suas aplicações)”, Ec.5.12.
            Assim como no tempo de Salomão, ainda hoje “vemos grave mal debaixo do sol: as riquezas que seus donos guardam para o próprio dano (isto pode acontecer quando brigam por herança e poder)”, Ec.5.13.
            No texto, a riqueza é ‘vaidade’ (quatro vezes), contra uma vez afirmando que ela “[...] é dom de Deus”, Ec.5.19.
            Talvez eu não queira aceitar, mas Deus é o Senhor de toda a vida humana.
            Está nas mãos do “[...] SENHOR empobrecer e enriquecer; abaixar e também exaltar”, 1Sm.2.7.
Tópicos para reflexão.
1 – Em que consiste a bênção de Deus?
            O texto de Ec.5.17-6.1,2 então em contraste.
            O primeiro parágrafo mostra o que é a bênção de Deus; o segundo, mostra a sua ausência, a sua negação.
            Vemos as bênçãos de Deus, ainda que seja “nas trevas (apertos, dificuldades, pobreza, doença, mesmo assim, o homem pode) [...] comer em todos os seus dias [...]”, Ec.5.17.     “[...] Vemos (ainda que a bênção de Deus) [...] boa e bela coisa é comer e beber e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho (salário como recompensa) [...] porque esta é a sua porção”, Ec.5.18.
            As bênçãos de “[...] Deus (são) conferidas ao homem [...] (em forma de) riquezas (salário, aplicações) e bens (capital) e lhe deu poder para (não somente administrar, mas também para) deles comer, e receber a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus”, Ec.5.19.
            Em outra Escritura ainda fala que “nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho [...] (como é bênção de Deus, só pode) vir da mão de Deus”, Ec.2.24 essa oportunidade de se alimentar.
            Parte também das mãos de Deus, a bênção “[...] do homem [...] regozijar-se e levar vida regalada”, Ec.3.12.
            Como tudo vêm das mãos de Deus, então, “[...] não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras [...]”, Ec.3.22 “[...] porquanto para o homem [...] (todas essas bênçãos) o acompanhará no seu trabalho nos dias da vida que Deus lhe dá debaixo do sol”, Ec.8.15.
            A bênção de Deus é que o homem desfrute o resultado do seu trabalho.
            Este é o critério para o valor do dinheiro e da riqueza: só são legítimos se forem conseguidos pelo trabalho da família.
            A riqueza conseguida de forma injusta, sem trabalho, não é digna, não pode ser considerado parte da bênção de Deus, ainda que em última análise – também, “[...] Deus (é) quem confere riquezas (ao) homem, bens e honra, e nada lhe falta de tudo quanto a sua alma deseja, mas Deus não lhe concede que disso coma (por ter ganhado de forma fraudulenta); antes, o estranho o come; também isto é vaidade e grave aflição”, Ec.6.2.
            Deus é o Senhor de todas as coisas, o autor de todas as coisas, ou seja, nada acontece no mundo sem que Deus, mesmo não a realizando diretamente, não seja Senhor.
            Exemplo disso é que o pecado não é causado por Deus; mas o fato de que o ser humano peca, não nega a soberania de Deus.
            A soberania de Deus está sobre todas as coisas.
            Riqueza e pobreza, saúde ou doença, qualquer coisa e todas as coisas da vida, são dom de Deus.
            Muitas vezes, “[...] com muito enfado, com enfermidades e indignação (raiva provocada por alguma injustiça)”, Ec.5.17, ainda assim, podemos ser gratos a Deus pelas bênçãos recebidas.
            É verdade que todos nós enfrentamos “[...] os poucos dias da vida que Deus (nos) dá [...] com [...] fadiga debaixo do sol [...]”, Ec.5.18, mas nem por isso, podemos negar que Deus nos enche de bênçãos.
            Sabemos que “[...] todos os nossos dias se passam [...] (tão rápido) como um breve pensamento”, Sl.90.9, daí, nem eu e nem você, “[...] se lembrará muito dos dias da [...] vida (boa ou má), porquanto Deus (sempre) nos encheu o coração de alegria”, Ec.5.20.
            Muito do que acontece em nossas vidas é consequência de nossos próprios pecados, por este motivo, “vemos que há um mal debaixo do sol e que pesa sobre os homens:”, Ec.6.1 “o homem a quem Deus conferiu riquezas [...] Deus não lhe concede que disso coma; antes, o estranho o come; também isto é vaidade e grave aflição”, Ec.6.2.
            Tudo na vida humana acontece debaixo do senhorio divino, mas nem tudo é bênção de Deus para nós.
            A bênção de Deus está ligada à justiça na vida do homem.
            Deus abençoa quem pratica a justiça. A riqueza, ou a não riqueza, é bênção para quem “[...] afadiga debaixo do sol [...]”, Ec.5.18.
            Trabalhar e usufruir o fruto do trabalho é dom e bênção de Deus, na medida em que são feitos com integridade, justiça e sem opressão, por isso, “se vires em alguma província opressão de pobres e o roubo em lugar do direito e da justiça, não te [...] maravilhe de semelhante caso; porque o que está alto tem acima de si outro mais alto que o explora, e sobre estes há ainda outros mais elevados que também exploram”, Ec.5.8, mas é preciso saber “[...] o SENHOR sonda os corações”, Pv.21.2.
2 – A vaidade da vida e o culto a Mamom.
            Mamom é o termo utilizado para se referir à riqueza e bens materiais.
            O evangelista Lucas declara que “ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podemos servir a Deus e às riquezas (Mamom, RC)”, Lc.16.13.
            Então, pode ser perigoso “[...] acumular para nós [...] tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam”, Mt.6.19.
            Precisamos investir em “[...] ajuntar para nós [...] tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam”, Mt.6.20 para evitar cultuar Mamom.
            Os demais parágrafos do texto de Eclesiastes mostra a vida com riqueza, mas sem a bênção de Deus.
            A vaidade da vida se dá quando “[...] alguém gerar cem filhos e viver muitos anos, até avançada idade, e se a sua alma não se fartar do bem (com honestidade), e além disso não tiver sepultura (ser expulso de casa, enterrado como indigente, preso), digo que um aborto é mais feliz do que ele”, Ec.6.3.
            Não haverá bênção de Deus para este homem, “pois debalde (em vão) vem o aborto (inútil o nascimento dessa criança) e em trevas se vai (para não aproveitar a vida desonestamente), e de trevas se cobre o seu nome (por fazer coisas não aprovadas por Deus)”, Ec.6.4.
            Esse aborto não adorará Mamom, porque “não viu o sol, nada conhece. Todavia, tem mais descanso do que o outro (que entregou a sua vida para as riquezas)”, Ec.6.5.
            A hipótese de Salomão é se, “ainda que aquele (aborto) vivesse duas vezes mil anos, mas não gozasse o bem (buscando a Deus no lugar da riqueza, ainda assim, fala o Pregador:) [...] Porventura, não vão todos para o mesmo lugar (sepultura)?”, Ec.6.6.
            É por este motivo que “todo trabalho (honesto) do homem é para a sua boca (satisfazer o seu paladar); e, contudo, nunca se satisfaz o seu apetite”, Ec.6.7.
            Dependendo da escolha; Mamom ou o Senhor de todas as coisas, “[...] que vantagem tem o sábio sobre o tolo (sem juízo)? Ou o pobre que sabe andar perante os vivos?”, Ec.6.8. A desvantagem é para aquele que prefere as riquezas.
            Para Salomão que experimentou a riqueza, “é melhor a vista dos olhos (apreciar a riqueza, pois não peca ou ficar contente com o que tem) do que o andar ocioso (percorrer) da cobiça (desejo ardente, mas); também isto é vaidade e correr atrás do vento”, Ec.6.9.
            Nenhum de nós “[...] nada [...] trouxe para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele”, 1Tm.6.7.
            Muitos daqueles “[...] que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências (forte desejo) insensatas (sem juízo) e perniciosas (prejudicial), as quais afogam os homens na ruína e perdição”, 1Tm.6.9.
            O acúmulo de riqueza de uns sem a devida bênção de Deus, é fruto do pecado!
            Somos diferentes das demais criaturas de Deus.
            Devemos “observar as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, nosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valemos nós muito mais do que as aves? E por que andamos ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam”, Mt.6.26,28.
            A orientação de Deus é que “[...] não andemos ansiosos pela nossa vida, quanto ao que havemos de comer ou beber; nem pelo nosso corpo, quanto ao que havemos de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Qual de nós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?”, Mt.6.25,27.
            Houve um homem muito rico, “[...] Salomão [...] contudo [...] em toda a sua glória, não se vestiu como qualquer dos (pássaros ou dos lírios do campo)”, Mt.6.29.
            Precisamos ter a certeza que, “[...] se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a nós (que somos) [...] homens de pequena fé [...]”, Mt.6.30.
            O conselho é que “[...] não nos inquietemos, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?”, Mt.6.31.
            Quem tem essa preocupação são aqueles que não conhecem a Deus e, “[...] que procuram todas estas coisas; pois nosso Pai celeste sabe que necessitamos de todas elas”, Mt.6.32.
            A nossa obrigação é “buscar, pois, em primeiro lugar, o [...] reino (de) Deus e a sua justiça, e todas estas coisas (pão, veste e bebida) nos serão acrescentadas”, Mt.6.33.
            Não podemos cultuar Mamom, “[...] não (podemos) nos inquietar com o dia de amanhã (pensando que irá faltar), pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”, Mt.6.34.
            Foi por isso que Salomão falou que “quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda; também isto é vaidade”, Ec.5.10.
            Enquanto não reconhecermos que “o proveito da terra é para todos; (e, de que) até o rei se serve do campo”, Ec.5.9, vamos continuar tentando ajuntar riqueza neste mundo e daremos muito mais valor às riquezas.
            Saiba que “doce é o sono do trabalhador (honesto), quer coma pouco, quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir”, Ec.5.12 devido a sua ganância e adoração ao seu deus Mamom que não lhe oferece proteção.
            O nosso Brasil é muito abençoado por Deus, mas a injustiça barra “[...] socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber”, At.20.35.
3 – A ilusão das riquezas e a vida abençoada.
            A ilusão da riqueza é “grave mal visto debaixo do sol: as riquezas que seus donos guardam para o próprio dano (traficantes, ladrões, desvios verba pública, propinas)”, Ec.5.13.
            É tão incerta essa ilusão do culto a Mamom, pela simples razão, “e, se tais riquezas se perdem por qualquer má aventura (perda do emprego, aplicação errada, prisão), ao filho que gerou nada lhe fica na mão”, Ec.5.14.
            Não é à toa que Salomão fala que “[...] o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência vestirá de trapos o homem. (Diz ainda que) quem ama os prazeres empobrecerá, quem ama o vinho e o azeite jamais enriquecerá”, Pv.23.21; 21.17.
            A ilusão da riqueza precisa se deparar com o homem que, assim “como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e do seu trabalho nada poderá levar consigo”, Ec.5.15.
            De que adianta servir ao deus Mamom sendo que partirá deste mundo de mãos vazias?
            É como fala o texto: “Também isto é grave mal: precisamente como veio (nu), assim ele vai; e que proveito lhe vem de haver trabalhado para o vento? (quando coloca em primeiro lugar as riquezas)”, Ec.5.16.
            Por que acumular riqueza?
Conclusão:     Salomão encerra o texto falando sobre a fragilidade humana.
            A vida só tem valor quando é vivida debaixo da soberania de Deus.
            Tiago fala que “nós não sabemos o que sucederá amanhã. Que é a nossa vida? Somos, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devemos dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo”, Tg.4.14,15.
            Na linguagem de Eclesiastes, “[...] quem sabe o que é bom para o homem durante os poucos dias da sua vida de vaidade, os quais gasta como sombra? Quem pode declarar ao homem o que será depois dele debaixo do sol?”, Ec.6.12.
            Nenhum de “nós [...] sabe o que sucederá amanhã [...]”, Tg.4.14.
            Somente Deus é que tem controle sobre o futuro.
            Verdade é que, “a tudo quanto há de vir (na vida do homem) já se lhe deu o nome (todos os acontecimentos), e sabe-se o que é o homem (fraco e passageiro), e que não pode contender com quem é mais forte do que ele (Deus)”, Ec.6.10.
            Dinheiro na mão é vendaval quando é usado e conseguido em obediência a Mamom.
            É solução para os nossos problemas quando é adquirido e usado em obediência a Deus.
            Fique “[...] certo que há muitas coisas que só aumentam a vaidade (ilusão, desejo falso), mas que aproveita isto ao homem?”, Ec.6.11.
Discussão:      Sua atitude em relação ao dinheiro e bens materiais corresponde à vontade de Deus, ou é baseada na visa mundana?
            Quanto mais você deseja de riqueza para viver feliz neste mundo?
            Você deseja ser “[...] bem-aventurado [...] (em) comer pão no reino de Deus (ou prefere aqui e agora?)”, Lc.14.15.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Vida abundante – Didaquê – Rev. Júlio Paulo Zabatiero Tavares


O EXERCÍCIO DA INTEGRIDADE, Dn.6.

O EXERCÍCIO DA INTEGRIDADE, Dn.6.

            Objetivo da lição: Reconhecer a necessidade de ser íntegro diante de Deus e na sociedade.

Introd.:           A corrupção é uma indústria que movimenta, por ano, US$ 1 trilhão em propinas no mundo, segundo cálculos do Banco Mundial (Bird).
            “Infelizmente, a corrupção no mundo não está diminuído”, diz Daniel Kaufman, diretor do Instituto Banco Mundial.
            A impunidade é o principal fator que contribui para o crescimento da corrupção.
            As pessoas praticam a corrupção convicta de que não serão punidas.
            A corrupção está no “coração (porque ele) é enganoso [...] mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”, Jr.17.9.
            É possível esconder dos homens, mas “[...] o SENHOR, esquadrinha o coração, Ele prova os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações”, Jr.17.10.
            Certa vez Jesus falou que “não [...] veio trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada”, Mt.10.34.
            Este texto nos fala que sempre haverá “[...] nação pecaminosa, povo carregado de iniquidade (não reconhece o direito de cada um), raça de malignos, filhos corruptores; abandonam o SENHOR, blasfemam do Santo de Israel, voltam para trás”, Is.1.4.
            A solução para a corrupção é a integridade.
Exposição.
1 – Definição de integridade.
            Biblicamente, integridade significa “completo, sólido, intacto, a pessoa age de acordo com que, é considerado certo por Deus”.
            A integridade é o estado ou característica daquilo que está inteiro, que não sofreu qualquer diminuição.
            O Salmista pergunta: “Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? (A resposta não pode ser outra) O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade”, Sl.15.1,2.
            Em outro Salmo o autor fala que “[...] Davi [...] apascentou (o povo de Deus) consoante a integridade do seu coração e os dirigiu com mãos precavidas (inteligência, capacidade, habilidade)”, Sl.78.72.
            Salomão declara que “o justo anda na sua integridade; felizes lhe são os filhos depois dele”, Pv.20.7.
            Charles R. Swindoll declara que “a verdadeira integridade implica em você fazer o que é certo quando ninguém está olhando ou quando todos estão transigindo (ceder, concordar)”.
            W. W. Wiersbe, no seu livro, A Crise da integridade, diz: “Para entender a integridade, precisamos primeiro entender que há duas forças operando no mundo (para mim não existe duas forças, pois somente Jesus é que pode “sobrevir [...] (sendo o) mais valente do que (o valente), vence-o, tira-lhe a armadura em que confiava e lhe divide os despojos”, Lc.11.22, mas, conforme Wiersbe, as duas forças são: 1) Deus está unindo as coias, e, 2) o pecado as está separando. Deus deseja a unidade; Satanás quer a divisão”.
            Rev. Ricardo Barbosa declara: “Talvez a maior crise do cristianismo ocidental contemporâneo seja a crise da integridade, a incapacidade de integrar aquilo que cremos com a realidade e a forma como vivemos. Parece que existe entre nós uma falsa premissa de que, se temos uma boa música, temos uma boa adoração; se temos uma boa doutrina, temos uma boa espiritualidade; se temos um bom programa eclesiástico, temos uma missão, e por aí vai”.
2 – Daniel: Um exemplo de integridade.
            Um dos maiores exemplos bíblicos de integridade é o profeta Daniel.
            Em sua época, “[...] Dario (filho de Nabucodonosor, reinou a Média – Pérsia - Irã. Este rei) constituiu sobre o reino a cento e vinte sátrapas (vice-rei sobre várias províncias), que estivessem por todo o reino”, Dn.6.1.
            O exercício mostra que a [...]
            2.1 – Integridade gera distinção.
            Para comandar “[...] estes sátrapas (vice-reis) sobre eles, três presidentes, dos quais Daniel era um (que) [...] (recebia) conta, para que o rei não sofresse dano”, Dn.6.2.
            É possível que houvesse corrupção entre os sátrapas (vice-reis) e os dois presidentes, pois “[...] o mesmo Daniel se distinguiu (erguer-se, tornar-se conhecido) destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente (superar, capacidade); e o rei pensava em estabelecê-lo (por mérito e principalmente porque “[...] o SENHOR era com ele [...]”,Gn.39.3 para colocá-lo) sobre todo o reino”, Dn.6.3.
            Muitos de nós desejamos sucesso na vida, mas rejeitamos a integridade.
            O salmista fala que será “[...] bem-aventurado o homem que teme ao SENHOR e se compraz nos seus mandamentos. A sua descendência será poderosa na terra; será abençoada a geração dos justos. Na sua casa há prosperidade e riqueza, e a sua justiça permanece para sempre”, Sl.112.1-3.
            Quando procuramos andar na justiça de Deus, na [...]
            2.2 – Integridade (ela) produz perseguição.
            Paulo declara que “[...] todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”, 2Tm.3.12.
            Com Daniel não foi diferente. Ajuntaram contra ele “[...] os (dois) presidentes e os (cento e vinte) sátrapas (vice-rei) procuravam ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino (desvio, corrupção, nepotismo. Gazeta digital fala que 50% dos deputados federais, MT, enfrentam processo no TRE. Gospelmais diz que - Mais da metade da bancada evangélica enfrenta processo na justiça); mas (a respeito do ministro de estado, Daniel) não puderam achar, nem culpa alguma; porque ele era fiel (a Deus), e não se achava nele nenhum erro nem culpa”, Dn.6.4.
            Como os dois presidentes e os cento e vinte sátrapas “[...] nunca (foi o tempo em que Daniel trabalhou no reino) acharam ocasião alguma para acusar a este Daniel, (mudaram de tática. Assim faz Satanás. Começaram) [...] a procurar contra ele na lei do seu Deus”, Dn.6.5.
            A perseguição precisava de mais um aliado. Desta forma agem os políticos atuais. Em época de eleição, procuram erros e os apresentam ao TRE.
            Os “[...] presidentes e sátrapas foram juntos ao rei (Dario com o intuito de condenarem Daniel) e lhe disseram: Ó rei Dario, vive eternamente! (Esse tipo de bajulação – vive eternamente – serve para trazer para junto de si mais aliados)”, Dn.6.6.
            A verdade é que “[...] o [...] coração (desses homens) maquinavam violência, e os seus lábios falavam para o mal”, Pv.24.2 e destruição de Daniel.
            “Todos os (dois) presidentes do reino, os prefeitos e sátrapas, conselheiros e governadores (foram aliciados e) concordaram em que o rei estabelecesse um decreto (ordem) e fizesse firme a interdição que todo homem que, por espaço de trinta dias, fizesse petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a [...] (Dario) [...] seja lançado na cova dos leões”, Dn.6.7.
            Você suporta viver em constante observação?
            Precisamos “ser sóbrios (moderado, controlado) e vigilantes (a respeito do) [...] diabo (e dos homens que são) [...] nosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”, 1Pe.5.8.
            Cuidados com seus amigos, pois a insistência de muitos é que o “[...] rei (e seus aliados – justiça, testemunha falsa), sancionem o interdito (prender, cassar e até matar) e assina a escritura (concretizar a derrota), para que não seja mudada, segundo a lei (brechas e a decisão tomada contra ele) [...] não pode revogar (anular)”, Dn.6.8.
            A perseguição serve para colocar o adversário no cargo em que o acusado ocupa.
            Muitos políticos e funcionários são perseguidos devido a sua corrupção, mas Daniel sofreu por causa da sua integridade.
            De tanta insistência, “por esta causa (acusação dos prefeitos e sátrapas), o rei Dario assinou a escritura e o interdito”, Dn.6.9 contra uma pessoa inocente.
            Mas, como “[...] todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus [...]”, Rm.8.28, toda essa [...]
            2.3 – Integridade (de Daniel) produziu a sua promoção.
            Perceba a não participação direta do homem na promoção e muito menos na proteção humana.
            Daniel reconheceu que “o (seu) meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca aos leões (isso é um milagre), para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência (não da parte do homem, mas) diante (de) Deus; (daí, entra a ação do homem) também contra ti, ó rei Dario, não cometi delito algum”, Dn.6.22, pois Daniel sabia dos seus atos diante do rei.
            A promoção não é produzida no coração humano, pois “o coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos”, Pv.16.9.
            Sendo assim, nasceu no coração de Deus, incentivar “[...] o rei Dario escrever aos povos, nações e homens de todas as línguas que habitam em toda a terra (dizendo-lhes): Paz vos seja multiplicada!”, Dn.6.25.
            Ora, a paz não vem do coração humano, “a paz (é) deixada [...] (por Cristo aos) nossos corações [...]”, Jo.14.27.
            Partiu de Deus, incentivar o rei Dario a “fazer um decreto pelo qual, em todo o domínio do seu reino, os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel, porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre; o seu reino não será destruído, e o seu domínio não terá fim”, Dn.6.26.
            O reconhecimento no coração de Dario da bondade de Deus e do “[...] livramento, e salvação, e (que Deus pode) fazer sinais e maravilhas no céu e na terra; (e o reconhecimento de que) foi Deus quem livrou a Daniel do poder dos leões”, Dn.6.27 só acontecem quando “[...] o Senhor [...] abre o coração (de qualquer homem) para atender às coisas (feitas por Deus) [...]”, At.16.14.
            Foi por causa da bênção de Deus que “Daniel [...] prosperou (sucesso) no reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa”, Dn.6.28.
            Para receber a promoção é preciso aprender [...]
3 – O segredo da integridade.
            Ao enfrentar qualquer problema, não podemos nos abater.
            Precisamos levantar a cabeça e seguir em frente.
            A integridade é algo contrário à nossa natureza humana.
            Somos corruptos de coração.
            Jesus fala que somos assim “porque (é) de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia (conduta vergonhosa, sexualidade), a inveja, a blasfêmia, a soberba (orgulho), a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem”, Mc.7.21-23.
            Quando Daniel ficou sabendo que “[...] aqueles homens (os dois presidentes e os cento e vinte sátrapas) foram juntos ao rei e lhe disseram (a respeito do) interdito ou decreto que o rei sancionasse (confirmar e) [...] que (a) [...] lei dos medos e dos persas [...] se pode mudar”, Dn.6.15; Daniel tomou providências.
            O profeta não resolveu no grito, no tapa, em juízo.
            A [...]
            3.1 – Integridade de Daniel resulta de atitude.
            “Quando Daniel [...] soube que a escritura estava assinada (ele não ficou desesperado. A atitude dele foi) [...] entrar em sua casa [...]”, Dn.6.10 e agir normalmente.
            Antes desse episódio, na época do rei Nabucodonosor, “Daniel resolveu, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se”, Dn.1.8.
            Muitos de nós não temos essa coragem de desvencilhar dos vícios, das amizades, dos lugares não propícios, por amor a Cristo.
            “Daniel [...] (cerca de 605 a.C. tinha intimidade com Deus) entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto (como ordenado por Cristo para todos nós, “[...] quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”, Mt.6.6. Daniel fez um pouco diferente, pois sabia que os seus inimigos procuravam um erro em sua vida espiritual, então), onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia (manhã, tarde, noite), se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, (Daniel não começou a orar depois do problema apresentado. Ele) [...] costumava fazer”, Dn.6.10 as suas orações.
            E você, deixa pra a última hora, quando já não tem mais condições de resolver?
            A atitude de Daniel em orar, foi suficiente para mover o coração de Deus e este, fazer “[...] o rei ouvir estas coisas (acusações), ficou muito penalizado e determinou consigo mesmo livrar a Daniel; e, até ao pôr do sol, se empenhou por salvá-lo”, Dn.6.14.
            Tome uma atitude certa diante de Deus, pois a [...] 
            3.2 – Integridade é resultado da misericórdia de Deus.
            Precisamos gravar em nossa mente que todos os nossos “[...] feitos estão nas mãos de Deus; e, se é amor ou se é ódio que está à (nossa) [...] espera, não o sabe o homem. Tudo lhe está oculto no futuro”, Ec.9.1.   
            Para o profeta, Deus colocou “[...] o rei Dario (para) ordenar que trouxessem a Daniel e o lançassem na cova dos leões. (Isso é misericórdia. As palavras na boca do rei, foi Deus quem colocou desta forma:) [...] O teu Deus, a quem tu continuamente serves, que ele te livre”, Dn.6.16.
            Muitas vezes Deus permite ser “[...] trazida uma pedra (peso, angústia, tribulação, enfermidade) e posta sobre a boca da cova (para nos sufocar, atormentar); selou-a o rei com o seu próprio anel e com o dos seus grandes, para que nada se mudasse a respeito de Daniel”, Dn.6.17.
            Deus tem propósitos para cada um de nós.  
            A misericórdia de Deus “[...] dirigiu o rei [...] para o seu palácio, passou a noite em jejum (possível que não tenha sido com propósitos espirituais, mas não teve forme) e não deixou trazer à sua presença instrumentos de música; e fugiu dele o sono”, Dn.6.18.
            Deus fez que, “pela manhã, ao romper do dia, levantar o rei e (fazê-lo ir) [...] com pressa à cova dos leões”, Dn.6.19.
            Sempre aconteceu de “[...] Deus [...] usar (não somente) a sua força, (a) força divina que a nosso favor”, Sl.68.28, mas também Ele usa pessoas para nos defender e lutar em nosso lugar.
            Deus ordenou que “o rei chegasse à cova, chamou por Daniel com voz triste; disse o rei a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo (o rei reconhece que em Deus existe misericórdia)! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?”, Dn.6.20.
            A resposta veio de dentro da cova quando “[...] Daniel falou ao rei: Ó rei, vive eternamente!”, Dn.6.21.
            É como nos fala o Salmista: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações”, Sl.46.1.
            Foi por este motivo que “[...] o rei se alegrou sobremaneira e mandou tirar a Daniel da cova; assim, foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque Daniel crera no seu Deus”, Dn.6.23.
            É como fala o Salmista: “Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o SENHOR tem feito por eles”, Sl.126.2.
            É a misericórdia de Deus que nos sustenta. Somente Ele “[...] é poderoso para nos guardar de tropeços e para nos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!”, Jd.24,25.
            A [...]
            3.3 – Integridade é resultado de oração.
            O segredo espiritual da integridade é “[...] quando (você) souber que (está em algum apuro ou muito alegre) [...] entra em sua casa e, em cima, no seu quarto [...] três vezes por dia, se ponha de joelhos, e ora, e dê graças, diante de [...] Deus, como costuma fazer”, Dn.6.10 – não deixe aparecer os problemas para começar a orar.
            Não esconda das pessoas que você é servo de Deus.
            “[...] Aqueles homens (os dois presidentes e os cento e vinte sátrapas) foram juntos (procurar algum erro espiritual na vida de Daniel), e, tendo achado a Daniel a orar e a suplicar, diante do seu Deus”, Dn.6.11, não ficaram alegres.
            Aqueles homens e muitos de hoje, ficaram enfurecidos.
            Rapidamente, “se apresentaram ao rei, e, a respeito do interdito real, lhe disseram: Não assinaste um interdito que, por espaço de trinta dias, todo homem que fizesse petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó rei, fosse lançado na cova dos leões? Respondeu o rei e disse: Esta palavra é certa, segundo a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar”, Dn.6.12.
            Quantos homens já se levantaram contra você a respeito da sua fé?
            O grande segredo de Daniel e, deve ser o nosso também, a oração.
            Muitos irão se levantar contra nós.
            Aqueles homens “[...] responderam e disseram ao rei: Esse Daniel, que é dos exilados de Judá, não faz caso de ti (eles não sabiam que Daniel estava sintonizado com o Senhor da vida, o Deus Todo-Poderoso. Eles entraram em uma enrascada quando mencionaram que) [...] três vezes por dia, Daniel fazia a sua oração”, Dn.6.13 diante de Deus.
            Fique sabendo que “[...] quando clamamos [...] (a) Deus [...] na angústia, Ele nos tem aliviado [...] e (sempre) ouve a nossa oração”, Sl.4.1.
            Ore! Pois quando somos íntegros diante de Deus, Ele julga a nossa causa.
Conclusão:     Saiu do trono de Deus que “o rei Dario ordenasse [...] (que) fossem trazidos aqueles homens (os dois presidentes e os cento e vinte sátrapas) que tinham acusado a Daniel, e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova, e já os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos”, Dn.6.24.
            Você é íntegro diante de Deus?
Discussão:      Você é corrupto (pervertido, imoral, viciado)?
            Já sofreu perseguição por ser honesto?
            O que este versículo significa para você? “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti”, Sl.119.11.



            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Dieta espiritual – Z3 Editora – Rev. Arival Dias Casimiro.

quinta-feira, 20 de março de 2014

JESUS, O VERDADEIRO TERAPEUTA, Jo.5.1-18

JESUS, O VERDADEIRO TERAPEUTA
Jo.5.1-18

Introd.:           Terapêutica – parte da medicina que põe em prática os meios para aliviar ou curar os doentes. Conforme Ieda Porchat, “a terapêutica é o conjunto de métodos de tratamento visando ao alívio ou a cura do doente”, pag. 83 – O que é psicoterapia.
            Jesus, quando deseja, não somente alivia, mas pode curar o corpo e também a alma, “porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios”, Mc.7.21.
            A cura total e permanente é somente com Jesus Cristo.
Nar.:   O texto base fala que, “passadas estas coisas (depois da cura do filho de “[...] um oficial do rei [...]”, Jo.4.46), havia uma festa dos judeus (obrigatórias – Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos) [...] Jesus subiu para Jerusalém”, Jo.5.1.
            As crenças e mitos mais diversos sempre existiram e para o povo Judeu não era diferente.
            Em “[...] Jerusalém existia, junto à Porta das Ovelhas (espiritualmente se refere a “Jesus [...] (que) é a (única) porta (e solução) das ovelhas”, Jo.10.7, havia) [...] um tanque, chamado em hebraico Betesda (casa de graça, a qual aponta para o “[...] dom de Deus (que oferece) pela graça (a) [...] salvação, mediante a fé [...]”, Ef.2.8) [...]”, Jo.5.2.
            Ali “[...] tinha cinco pavilhões (oferecer mais oportunidades, pois), jazia uma multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos”, Jo.5.2,3.
            Em todos os tempos, lugares, crenças e etnias haverá pessoas necessitadas, desesperadas, angustiadas, por este motivo, Jesus é o único terapeuta que pode cuidar perfeitamente.
            Ainda hoje os homens continuam “[esperando que se mova a água (alguém para aliviar a sua dor). Porquanto um anjo (homem ou ser espiritual) descia em certo tempo, agitando-a (para acontecer um milagre); e o primeiro que entrava no tanque (mais esperto, ajudado, acolhido), uma vez agitada a água, sarava de qualquer doença que tivesse]”, Jo.5.4.
            É preciso entender que somente “[...] Deus faz a ferida e ele mesmo a ata; ele fere, e as suas mãos curam”, Jó 5.18.
            Assim como em muitos lugares [...]
Propos.:          “Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos”, Jo.5.5 procurando alguém para aliviar a sua dor.
Trans.:           Jesus, o verdadeiro terapeuta [...]
1 – É insubstituível.
            A percepção nasceu em “Jesus [...] (que) vendo (o homem) deitado e sabendo que estava assim há muito tempo (faz a intervenção), perguntando-lhe: Queres ser curado?”, Jo.5.6.
            Interessante notar que o paciente, “o (homem) enfermo respondeu (apresentando a sua queixa): Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque (não sou ouvido, ninguém me entende, sou rejeitado, todos me abandonaram, estou perdido) [...]”, Jo.5.7.
            Na verdade, o desejo de todos que passam por lutas, é ver acontecer um milagre “[...] quando a água é agitada [...]”, Jo.5.7, mas Jesus estava ali como o verdadeiro terapeuta para resolver o seu problema.
            O problema daquele homem era simples, mas ele não encontrava a solução, “[...] pois, enquanto (eu e você) vamos (tentar resolver o problema), desce outro antes de nós”, Jo.5.7 – nos rouba a oportunidade de vencer, somos impedidos pelas palavras de desânimo.
            Como Jesus é o verdadeiro terapeuta [...]
2 – Poucos o conhecem.
            A falta de conhecimento não é “[...] porque Jesus se havia retirado, por haver muita gente naquele lugar”, Jo.5.13.
            A “pergunta (continua em nossos dias) [...]: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda?”, Jo.5.12.
            O enfermo experimentou o poder curador de Jesus, porém, “[...] o que fora curado não sabia quem era [...]”, Jo.5.13 o seu terapeuta, nem procurou conhecê-Lo – Bíblia.
            O homem conhecia muito bem o “[...] tanque [...]”, Jo.5.2, que, pensava pudesse dar-lhe cura, mas não conhecia Jesus.
            Entendemos de futebol, política, o tempo da chuva, falamos sobre economia, geografia, ciência, “mas [...] não sabemos quem é Jesus [...]”, Jo.5.13.
            Devido a falta de conhecimento, muitos que precisam ser “[...] curados [...] (são impedidos de marcarem uma consulta com Jesus)”, Jo.5.10, o verdadeiro terapeuta.
            Desta forma agiram “[...] os judeus (quando viram o homem) que fora curado (a desculpa deles era): Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito”, Jo.5.10.
            Mas, como o enfermo não conhecia o seu terapeuta, “[...] lhes respondeu: O mesmo que me curou me disse: Toma o teu leito e anda”, Jo.5.11.
            Por não conhecerem a Jesus, muitos estudiosos das diversas ciências, “[...] renegam o Soberano Senhor [...]”, 2Pe.2.1 que pode curar e libertar o homem dos problemas que o afligem.
            Aquele que muitos não conhecem pode [...]
3 – Curar o corpo e a alma.
            Pessoas cronicamente inválidas não tem esperança de cura.
            Não precisou de muitas visitas do enfermo ao consultório.
            “[...] Jesus (apenas) disse: Levanta-te (ação imediata), toma o teu leito e anda”, Jo.5.8 para não depender mais de homens e sim de Deus.
            Como Jesus veio restaurar os estragos da humanidade e, “imediatamente, o homem se viu curado (milagre) e, tomando o leito, pôs-se a andar (para não depender) [...]”, Jo.5.9.
            Este homem recebeu a bênção especial de Jesus. Não foi sorte, foi providência de Deus.
            Curar apenas o corpo pode ser fácil para muitos profissionais da saúde, mas quando parte para o interior, o coração, a alma, somente Jesus é que tem poder para restaurar.
            O texto fala que “mais tarde, Jesus o encontrou no templo (para adorar, agradecer, pedir e interceder) [...]”, Jo.5.14.
            Como o problema do homem está dentro do seu coração, a recaída pode acontecer, daí, devido a reincidência no “[...] pecado [...] (pode) suceder coisa pior”, Jo.5.14.
            É por este motivo que “[...] Jesus (vai direto ao assunto) [...] dizendo: Olha que já estás curado (recebeu vida ao invés de morte, por este motivo) [...] não peques mais (“[...] Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”, 1Jo.2.1) [...]”, Jo.5.14 que pode não somente cuidar do corpo, mas também da alma.
            Jesus, o verdadeiro terapeuta, para encerrar o texto ou a consulta [...]
Conclusão:     Se põe à disposição de todos quantos desejam o Seu atendimento.
            Jesus despede “o homem (paciente, enfermo, doente que) se retirou (para os seus e tentar viver melhor a vida) [...]”, Jo.5.15.
            Após a cura, “o [...] homem (reconheceu) que fora Jesus (que tem poder) quem o havia curado (então) [...] disse (espalhou) aos judeus [...]”, Jo.5.15 a boa notícia da sua cura.
            Como Jesus sempre está à disposição, devido a maldade no coração humano, “[...] os judeus perseguiam Jesus, porque fazia estas coisas  (libertação) no sábado”, Jo.5.16.
            É preciso entender que Jesus é o único que tem poder para curar completamente, pois assim como o “[...] Pai trabalha (em favor dos seus) até agora [...] Jesus trabalha também”, Jo.5.17 a fim de renovar o coração humano.
            Talvez seja por este motivo que “[...] os (homens) ainda mais procuram matar (a atuação de) Jesus [...]”, Jo.5.18 na vida do homem sofredor.
            Creia! Jesus Cristo é o único que pode “[...] dizer que (é) Deus [...] (e pode) fazer [...]”, Jo.5.18 o melhor pela sua vida física e espiritual.

            Rev. Salvador P. Santana