COM DEUS NÃO SE BRINCA! Ec.5.1-7.
O ditado: Com Deus não
se brinca tem uma frase semelhante na Bíblia quando Paulo fala aos Gálatas: “[...] de Deus não
se zomba [...]”, Gl.6.7.
Estamos acostumados a
ouvir esta frase desde pequenos, qualquer que seja a nossa origem
denominacional.
Essa frase representa
uma das grandes verdades que ajudam a construir a vida cristã.
Os servos de Jesus
reconhecem que “[...] Deus [...] é [...] Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus
grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno”, Dt.10.17 e nós “[...] somos (apenas)
pó”, Sl.103.14, seres humanos e
nada mais, muito aquém da santidade e poder divinos.
“[...] Nem todos
obedecem ao evangelho [...]”,
Rm.10.16, e até mesmo os que obedecem, estão longe de acreditar que “[...] o SENHOR [...]
se lembrará da maldade (dos homens) [...] e lhes punirá o pecado”, Jr.14.10.
Há aqueles que convivem
bem com a religiosidade. É possível que seja aquele que “[...] diz: Senhor,
Senhor! (mas) entrará no reino dos céus [...]”, Mt.7.21.
A vida destes transcorre
segundo os valores próprios, muitas vezes contrários ao evangelho.
A estes, o presente
estudo serve como um alerta. Mas, ao mesmo tempo, é também um estímulo aos que
têm se empenhado em viver seriamente a vida cristã, visto não estarem isentos
de erros durante a caminhada.
Se com Deus não podemos brincar,
cada um de nós deve buscar [...]
Tópicos para reflexão.
1 – Uma postura correta diante de Deus.
Quando se fala de
postura, fala de costume, atitude, modo, jeito, maneira de se dirigir a alguém.
Os versos 1 a 3 se
define como termos centrais, pois fala de “[...] ouvir [...]”, Ec.5.1, “[...] boca [...]”, Ec.5.2 e “[...] falar [...]”, Ec.5.3 que tratam sobre a comunicação com
Deus.
Na relação com o Senhor,
“[...]
ouvir é melhor do que [...]”,
Ec.5.1 “[...] muito falar [...]”,
Ec.5.3. Por quê?
O texto nos oferece a
resposta. Imagina um Judeu, eu e você “[...] entrar na Casa de Deus [...] (para) oferecer
sacrifícios (de gratidão, perdão, louvor, agradecimento) [...]”, Ec.5.1.
Diante do povo reunido,
faz sua oferenda de ofertas, dízimos, gratidão e, “[...] com a sua
boca [...] se precipita [...] a pronunciar palavras [...] diante de Deus [...]”, Ec.5.2.
O
que há de errado nisso? Muitos pensam que, por oferecer sacrifícios, vindo ao
culto, o pecador está automaticamente perdoado.
Quando viemos para o
culto, o nosso desejo deve ser de “[...] soltar as ligaduras da impiedade, desfazer as
ataduras da servidão, deixar livre os oprimidos e despedaçar todo jugo [...]”, Is.58.6.
Muitas vezes “[...] confiamos em
palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR
é este”, Jr.7.4 que me traz
proteção, salvação, reconciliação.
Vir apenas para a casa
de Deus não nos purifica, pois muitas vezes “[...] condenamos (todos aqueles) [...]
que praticam (pecados) [...] e (muitos de nós) fazemos as mesmas, (será que
estamos) pensando que (nos) livraremos do juízo de Deus?”, Rm.2.3.
O que “[...] Deus (deseja
de nós) são o espírito quebrantado (esmagado); coração compungido (triste por
ter pecado) e contrito (arrependido. Quem age dessa forma), Deus não o
desprezará [...]”, Sl.51.17.
Ao vir para a casa de
Deus, viemos com o propósito de cuidar da vida dos outros ou viemos
arrependidos por ter pecado contra Deus?
Outro dado é a aparente
autossuficiência do ofertante.
Quando o autor fala para
não “[...]
se apressar o seu coração e [...] sejam poucas as suas palavras”, Ec.5.2, “[...] e [...] muito falar [...]”, Ec.5.3, a imagem que o texto transmite é
que Deus precisa do homem e não o contrário.
Mas é preciso lembrar
que “[...]
do muito falar, (vem) palavras néscias (estúpida, arrogante)”, Ec.5.3.
Ora, como “[...] Deus está nos
céus, e nós, na terra; portanto [...]”, Ec.5.2, precisamos reconhecer que é o próprio Deus que pode abençoar,
cabendo a nós a alegre postura de “[...] chegar-se para ouvir [...]”, Ec.5.1.
Eis o motivo de cada um
de nós tomarmos o cuidado de “guardar o pé (talvez nem entrar na igreja), quando entrar
na Casa de Deus [...] (porque se não, seremos tidos como) tolos (arrogante),
pois não sabem que fazem mal”,
Ec.5.1.
Muitos perdem a noção de
que Deus não nos serve e nem precisa de quem quer que seja, “[...] porque Deus
está nos céus, e nós, na terra [...]”, Ec.5.2, eis o motivo “[...] dos muitos trabalhos (sem a verdadeira
adoração a Deus) vêm os sonhos [...]”, Ec.5.3 que não serve para engrandecer o nome de Deus.
Precisamos recuperar uma
postura bíblica no relacionamento “[...] amando o SENHOR, nosso Deus, dando ouvidos à
sua voz e apegando-nos a ele; pois disto depende a nossa vida e a nossa longevidade
[...]”, Dt.30.20.
Com Deus não se brinca
traz [...]
2 – Uma advertência para orientar a relação com Deus.
Os versos 4 e 5 muda o
vocabulário.
As palavras mais usadas
são “[...]
voto [...] cumprir [...]”,
Ec.5.4,5.
Depois das orientações
dos versos iniciais, é possível que o Judeu, eu e você, desejamos fazer ofertas
a Deus.
Não existe nenhuma
proibição, mas existe a advertência: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em
cumpri-lo [...]”, Ec.5.4.
Todos nós podemos orar,
sacrificar, louvar e dar testemunho, mas não devemos esquecer que tais práticas
trazem embutidas um voto. Exemplo: Se o Senhor responder a minha oração, curar
a minha ferida, abrir as portas de trabalho, então, “darei muitas graças
ao SENHOR com os meus lábios; louvá-lo-ei no meio da multidão”, Sl.109.30, devolvo o dízimo, buscarei a
santificação, serei assíduo na tua casa.
Neste caso “é melhor que não
votes do que votes e não cumpras”,
Ec.5.5.
Os votos eram uma
prática específica.
No A.T. acontecia de os
pais ou a própria pessoa, fazerem o voto de nazireu.
Sansão foi “[...] consagrado a
Deus desde o ventre de sua mãe [...] não passou navalha sobre (a) cabeça [...] (com
o objetivo de) livrar a Israel do poder dos filisteus”, Jz.13.5.
Ana, a mãe de Samuel “[...] fez um voto,
dizendo: SENHOR dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua
serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um
filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua
cabeça não passará navalha”,
1Sm.1.11 – cumprido.
Como é opcional, faz-se o
voto quando há um motivo muito especial.
Como o homem gosta de
aparecer, muitos fazem apenas para serem notados e reconhecidos, mas agindo
dessa forma, Deus “[...] não se agrada de tolos [...]”, Ec.5.4.
Ninguém é obrigado a
votar, pois “melhor é que não votes do que votar e não cumprir”, Ec.5.5.
Até que ponto a
dedicação a Deus e o desejo de santidade são oriundos de nosso coração?
Os nossos votos são
sinceros?
Só pelo motivo de outros
praticarem o voto, ficamos constrangidos a seguir igual conduta?
O importante é que; “quando a Deus fizermos
algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o
voto que fazes”, Ec.5.4.
Com Deus não se brinca
nos avisa de [...]
3 – Uma desculpa que põe em risco a relação com Deus.
Esta última divisão
volta à temática da “[...] boca [...] (da) palavra [...]”, Ec.5.6 e das “[...] muitas palavras [...]”, Ec.5.7 como na primeira.
No entanto, é muito mais
aguda do que aquela.
Se, inicialmente, temos
a repetição das “[...] muitas palavras [...]”, Ec.5.7 que nos podem levar a “[...] julgamento [...] (por este motivo) não (podemos)
julgar [...] (para) não ser julgado [...]”, Tg.5.9; Lc.6.37.
Há uma progressão em
relação à seriedade do problema.
Seguindo a linha de raciocínio
do primeiro item, quando vimos que o Judeu apresenta-se no templo e torna-se o
centro das atenções, nesse momento nós o vemos constrangido diante de suas
próprias palavras e dos “[...] votos (feitos), não [...] cumpridos [...]”, Ec.5.4,5.
Agora, o Judeu, eu e
você, “[...]
diz diante do mensageiro de Deus [...]”, Ec.5.6, o “[...] sacerdote [...] porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos”, Ml.2.7, que se “[...] precipitou com
a sua boca [...]”, Ec.5.2 “[...] fazendo algum
voto [...] (e não) cumprido [...]”,
Ec.5.4, talvez tenha sido cobrado pelo sacerdote para que cumprisse seus votos.
Ninguém gosta de ser
cobrado, principalmente pelo pastor – dízimo, frequência, leitura bíblica,
oração, visitação, vida espiritual, testemunho.
Além do constrangimento
diante do pastor pelo fato de que a “[...] a sua boca te fez culpado [...]”, Ec.5.6, o livro de Gênesis fala que, “[...] se, [...]
procedemos mal, eis que o pecado jaz à porta [...] mas a nós cumpre dominá-lo”, Gn.4.7.
Conforme o texto em
estudo é deve dos servos de Deus “não consentir que a nossa boca (nos) [...] faça
culpado [...]”, Ec.5.6 – muitas promessas
– PF, batismo infantil, dízimo, oferta, construção.
Outro constrangimento,
para tentar corrigir um erro, é “[...] dizer [...] que foi inadvertência (descuido em
fazer o voto) [...]”, Ec.5.6.
Pior do que qualquer
constrangimento é o fato “[...] de Deus [...] (ter) razão (de) se
irar [...] por causa da sua palavra [...]”, Ec.5.6.
Verdade é “[...] que (Deus) não
inocenta o culpado [...]”,
Ex.34.7, a sua ira é despertada “[...] a ponto de destruir as obras das [...] mãos (do
adorador) [...]”, Ec.5.6, ou
seja, seus negócios não prosperam e sua vida não se apruma, porque brincou com
Deus.
Assim como nos tempos
bíblicos, muitos crentes dos dias atuais têm “[...] multidão de sonhos [...]”, Ec.5.7 de ficarem ricos, sarados,
reconciliados com cônjuges e filhos, mas ao “[...] fazerem algum voto [...] (ou) tarda
em cumpri-lo [...]”, Ec.5.4 ou,
pior, “[...]
não cumpre”, Ec.5.5.
Todos esses “[...] sonhos (são
apenas) vaidade (dos homens com o desejo de viverem mais tempo, terem o melhor
desta terra somente para si) [...]”, Ec.5.7, mas muitos de nós deixamos de “[...] obedecer aos mandamentos do
SENHOR [...]”, Dt.28.13.
Qual a desculpa que você
tem apresentado diante de Deus para “[...] não cumprir (com os seus) votos (?)”, Ec.5.5.
Você tem brincado com
Deus?
Conclusão: Se
você tem feito “[...] votos [...] não cumpridos”, Ec.5.5, é melhor começar a “[...] temer a Deus”, Ec.5.7.
Não é possível construir
um relacionamento sadio e abençoado com todos os homens e com Jesus sem “[...] temor a Deus”, Ec.5.7.
Sem “[...] temor a Deus”, Ec.5.7 é impossível levar uma vida cristã
séria.
Atualmente não é popular
falar de sem “[...] temor a Deus”,
Ec.5.7. É mais comum nomear Deus como ‘paizinho’, ‘cara legal’, ‘amigão’.
Esse tipo de expressão
pode revelar o perigo de nivelar por baixo a relação com Deus e de diminuir as
exigências morais da vida cristã.
Fique sabendo que Deus
exige empenho, luta, clamor e sacrifício de nossa parte para sermos “[...] guiados pelo
Espírito de Deus (considerados) [...] filhos de Deus”, Rm.8.14 e, “[...] todos conhecerão que somos [...]
discípulos (de) Jesus [...]”,
Jo.13.35.
Em outro texto Salomão
fala: “De
tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos;
porque isto é o dever de todo homem”, Ec.12.13.
Discussão: Quais
são alguns compromissos solenes que assumimos perante o Senhor e que precisam
ser levados a sério?
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Vida abundante – Didaquê – Rev. João
Cesário Leonel.
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