quinta-feira, 6 de março de 2014

COM DEUS NÃO SE BRINCA! Ec.5.1-7.

COM DEUS NÃO SE BRINCA! Ec.5.1-7.

            O ditado: Com Deus não se brinca tem uma frase semelhante na Bíblia quando Paulo fala aos Gálatas: “[...] de Deus não se zomba [...]”, Gl.6.7.   
            Estamos acostumados a ouvir esta frase desde pequenos, qualquer que seja a nossa origem denominacional.
            Essa frase representa uma das grandes verdades que ajudam a construir a vida cristã.
            Os servos de Jesus reconhecem que “[...] Deus [...] é [...] Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno”, Dt.10.17 e nós “[...] somos (apenas) pó”, Sl.103.14, seres humanos e nada mais, muito aquém da santidade e poder divinos.
            “[...] Nem todos obedecem ao evangelho [...]”, Rm.10.16, e até mesmo os que obedecem, estão longe de acreditar que “[...] o SENHOR [...] se lembrará da maldade (dos homens) [...] e lhes punirá o pecado”, Jr.14.10.
            Há aqueles que convivem bem com a religiosidade. É possível que seja aquele que “[...] diz: Senhor, Senhor! (mas) entrará no reino dos céus [...]”, Mt.7.21.
            A vida destes transcorre segundo os valores próprios, muitas vezes contrários ao evangelho.
            A estes, o presente estudo serve como um alerta. Mas, ao mesmo tempo, é também um estímulo aos que têm se empenhado em viver seriamente a vida cristã, visto não estarem isentos de erros durante a caminhada.
            Se com Deus não podemos brincar, cada um de nós deve buscar [...]
Tópicos para reflexão.
1 – Uma postura correta diante de Deus.
            Quando se fala de postura, fala de costume, atitude, modo, jeito, maneira de se dirigir a alguém.
            Os versos 1 a 3 se define como termos centrais, pois fala de “[...] ouvir [...]”, Ec.5.1, “[...] boca [...]”, Ec.5.2 e “[...] falar [...]”, Ec.5.3 que tratam sobre a comunicação com Deus.
            Na relação com o Senhor, “[...] ouvir é melhor do que [...]”, Ec.5.1 “[...] muito falar [...]”, Ec.5.3. Por quê?
            O texto nos oferece a resposta. Imagina um Judeu, eu e você “[...] entrar na Casa de Deus [...] (para) oferecer sacrifícios (de gratidão, perdão, louvor, agradecimento) [...]”, Ec.5.1.
            Diante do povo reunido, faz sua oferenda de ofertas, dízimos, gratidão e, “[...] com a sua boca [...] se precipita [...] a pronunciar palavras [...] diante de Deus [...]”, Ec.5.2.
            O que há de errado nisso? Muitos pensam que, por oferecer sacrifícios, vindo ao culto, o pecador está automaticamente perdoado.
            Quando viemos para o culto, o nosso desejo deve ser de “[...] soltar as ligaduras da impiedade, desfazer as ataduras da servidão, deixar livre os oprimidos e despedaçar todo jugo [...]”, Is.58.6.
            Muitas vezes “[...] confiamos em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este”, Jr.7.4 que me traz proteção, salvação, reconciliação.
            Vir apenas para a casa de Deus não nos purifica, pois muitas vezes “[...] condenamos (todos aqueles) [...] que praticam (pecados) [...] e (muitos de nós) fazemos as mesmas, (será que estamos) pensando que (nos) livraremos do juízo de Deus?”, Rm.2.3.
            O que “[...] Deus (deseja de nós) são o espírito quebrantado (esmagado); coração compungido (triste por ter pecado) e contrito (arrependido. Quem age dessa forma), Deus não o desprezará [...]”, Sl.51.17.
            Ao vir para a casa de Deus, viemos com o propósito de cuidar da vida dos outros ou viemos arrependidos por ter pecado contra Deus?
            Outro dado é a aparente autossuficiência do ofertante.
            Quando o autor fala para não “[...] se apressar o seu coração e [...] sejam poucas as suas palavras”, Ec.5.2, “[...] e [...] muito falar [...]”, Ec.5.3, a imagem que o texto transmite é que Deus precisa do homem e não o contrário.
            Mas é preciso lembrar que “[...] do muito falar, (vem) palavras néscias (estúpida, arrogante)”, Ec.5.3.
            Ora, como “[...] Deus está nos céus, e nós, na terra; portanto [...]”, Ec.5.2, precisamos reconhecer que é o próprio Deus que pode abençoar, cabendo a nós a alegre postura de “[...] chegar-se para ouvir [...]”, Ec.5.1.
            Eis o motivo de cada um de nós tomarmos o cuidado de “guardar o pé (talvez nem entrar na igreja), quando entrar na Casa de Deus [...] (porque se não, seremos tidos como) tolos (arrogante), pois não sabem que fazem mal”, Ec.5.1.
            Muitos perdem a noção de que Deus não nos serve e nem precisa de quem quer que seja, “[...] porque Deus está nos céus, e nós, na terra [...]”, Ec.5.2, eis o motivo “[...] dos muitos trabalhos (sem a verdadeira adoração a Deus) vêm os sonhos [...]”, Ec.5.3 que não serve para engrandecer o nome de Deus.
            Precisamos recuperar uma postura bíblica no relacionamento “[...] amando o SENHOR, nosso Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-nos a ele; pois disto depende a nossa vida e a nossa longevidade [...]”, Dt.30.20.
            Com Deus não se brinca traz [...]
2 – Uma advertência para orientar a relação com Deus.
            Os versos 4 e 5 muda o vocabulário.
            As palavras mais usadas são “[...] voto [...] cumprir [...]”, Ec.5.4,5.
            Depois das orientações dos versos iniciais, é possível que o Judeu, eu e você, desejamos fazer ofertas a Deus.
            Não existe nenhuma proibição, mas existe a advertência: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo [...]”, Ec.5.4.
            Todos nós podemos orar, sacrificar, louvar e dar testemunho, mas não devemos esquecer que tais práticas trazem embutidas um voto. Exemplo: Se o Senhor responder a minha oração, curar a minha ferida, abrir as portas de trabalho, então, “darei muitas graças ao SENHOR com os meus lábios; louvá-lo-ei no meio da multidão”, Sl.109.30, devolvo o dízimo, buscarei a santificação, serei assíduo na tua casa.
            Neste caso “é melhor que não votes do que votes e não cumpras”, Ec.5.5.
            Os votos eram uma prática específica.
            No A.T. acontecia de os pais ou a própria pessoa, fazerem o voto de nazireu.
            Sansão foi “[...] consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe [...] não passou navalha sobre (a) cabeça [...] (com o objetivo de) livrar a Israel do poder dos filisteus”, Jz.13.5.
            Ana, a mãe de Samuel “[...] fez um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha”, 1Sm.1.11 – cumprido.
            Como é opcional, faz-se o voto quando há um motivo muito especial.
            Como o homem gosta de aparecer, muitos fazem apenas para serem notados e reconhecidos, mas agindo dessa forma, Deus “[...] não se agrada de tolos [...]”, Ec.5.4.
            Ninguém é obrigado a votar, pois “melhor é que não votes do que votar e não cumprir”, Ec.5.5.
            Até que ponto a dedicação a Deus e o desejo de santidade são oriundos de nosso coração?
            Os nossos votos são sinceros?
            Só pelo motivo de outros praticarem o voto, ficamos constrangidos a seguir igual conduta?
            O importante é que; “quando a Deus fizermos algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes”, Ec.5.4.
            Com Deus não se brinca nos avisa de [...]
3 – Uma desculpa que põe em risco a relação com Deus.
            Esta última divisão volta à temática da “[...] boca [...] (da) palavra [...]”, Ec.5.6 e das “[...] muitas palavras [...]”, Ec.5.7 como na primeira.
            No entanto, é muito mais aguda do que aquela.
            Se, inicialmente, temos a repetição das “[...] muitas palavras [...]”, Ec.5.7 que nos podem levar a “[...] julgamento [...] (por este motivo) não (podemos) julgar [...] (para) não ser julgado [...]”, Tg.5.9; Lc.6.37.
            Há uma progressão em relação à seriedade do problema.
            Seguindo a linha de raciocínio do primeiro item, quando vimos que o Judeu apresenta-se no templo e torna-se o centro das atenções, nesse momento nós o vemos constrangido diante de suas próprias palavras e dos “[...] votos (feitos), não [...] cumpridos [...]”, Ec.5.4,5.
            Agora, o Judeu, eu e você, “[...] diz diante do mensageiro de Deus [...]”, Ec.5.6, o “[...] sacerdote [...] porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos”, Ml.2.7, que se “[...] precipitou com a sua boca [...]”, Ec.5.2 “[...] fazendo algum voto [...] (e não) cumprido [...]”, Ec.5.4, talvez tenha sido cobrado pelo sacerdote para que cumprisse seus votos.
            Ninguém gosta de ser cobrado, principalmente pelo pastor – dízimo, frequência, leitura bíblica, oração, visitação, vida espiritual, testemunho.
            Além do constrangimento diante do pastor pelo fato de que a “[...] a sua boca te fez culpado [...]”, Ec.5.6, o livro de Gênesis fala que, “[...] se, [...] procedemos mal, eis que o pecado jaz à porta [...] mas a nós cumpre dominá-lo”, Gn.4.7.
            Conforme o texto em estudo é deve dos servos de Deus “não consentir que a nossa boca (nos) [...] faça culpado [...]”, Ec.5.6 – muitas promessas – PF, batismo infantil, dízimo, oferta, construção.
            Outro constrangimento, para tentar corrigir um erro, é “[...] dizer [...] que foi inadvertência (descuido em fazer o voto) [...]”, Ec.5.6.
            Pior do que qualquer constrangimento é o fato “[...] de Deus [...] (ter) razão (de) se irar [...] por causa da sua palavra [...]”, Ec.5.6.
            Verdade é “[...] que (Deus) não inocenta o culpado [...]”, Ex.34.7, a sua ira é despertada “[...] a ponto de destruir as obras das [...] mãos (do adorador) [...]”, Ec.5.6, ou seja, seus negócios não prosperam e sua vida não se apruma, porque brincou com Deus.
            Assim como nos tempos bíblicos, muitos crentes dos dias atuais têm “[...] multidão de sonhos [...]”, Ec.5.7 de ficarem ricos, sarados, reconciliados com cônjuges e filhos, mas ao “[...] fazerem algum voto [...] (ou) tarda em cumpri-lo [...]”, Ec.5.4 ou, pior, “[...] não cumpre”, Ec.5.5.
            Todos esses “[...] sonhos (são apenas) vaidade (dos homens com o desejo de viverem mais tempo, terem o melhor desta terra somente para si) [...]”, Ec.5.7, mas muitos de nós deixamos de “[...] obedecer aos mandamentos do SENHOR [...]”, Dt.28.13.
            Qual a desculpa que você tem apresentado diante de Deus para “[...] não cumprir (com os seus) votos (?)”, Ec.5.5.
            Você tem brincado com Deus?
Conclusão:     Se você tem feito “[...] votos [...] não cumpridos”, Ec.5.5, é melhor começar a “[...] temer a Deus”, Ec.5.7.
            Não é possível construir um relacionamento sadio e abençoado com todos os homens e com Jesus sem “[...] temor a Deus”, Ec.5.7.
            Sem “[...] temor a Deus”, Ec.5.7 é impossível levar uma vida cristã séria.
            Atualmente não é popular falar de sem “[...] temor a Deus”, Ec.5.7. É mais comum nomear Deus como ‘paizinho’, ‘cara legal’, ‘amigão’.
            Esse tipo de expressão pode revelar o perigo de nivelar por baixo a relação com Deus e de diminuir as exigências morais da vida cristã.
            Fique sabendo que Deus exige empenho, luta, clamor e sacrifício de nossa parte para sermos “[...] guiados pelo Espírito de Deus (considerados) [...] filhos de Deus”, Rm.8.14 e, “[...] todos conhecerão que somos [...] discípulos (de) Jesus [...]”, Jo.13.35.
            Em outro texto Salomão fala: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem”, Ec.12.13.
Discussão:      Quais são alguns compromissos solenes que assumimos perante o Senhor e que precisam ser levados a sério?
           


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Vida abundante – Didaquê – Rev. João Cesário Leonel.

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