CONTAR PREJUÍZO
Todo ano é a mesma coisa. Festejam
os foliões, e quando voltam começam a contar o prejuízo. Os prejuízos são
apontados no bolso, no emprego, na família, no banco, na moral, na vida
espiritual, nas dívidas, nos bens, nos prazeres, nos arranhões. Ainda bem que
muitos ficam apenas nestas marcas para a vida toda, outros, os seus familiares,
terão que enfrentar a perda, o luto por culpa deste ou daquele e das drogas.
Soma-se a todos estes prejuízos o
desejo de nunca mais retornar às mesmas práticas. Para muitos, são apenas
momentos de lazer, divertimento, alegria, mas para outros, tragédias,
desgraças, brigas, discórdias, encrenca para o resto da vida. Muitos homens e
mulheres irão voltar para casa na incerteza da gravidez indesejada ou de alguma
DST. Que pena!
Quem dera se pudessem voltar atrás e
não terem praticado o que praticaram. O que passou, passou. Agora o que resta é
encarar a realidade e seguir em frente. Tentar conquistar o que fora perdido e,
quem sabe, não voltar mais à mesmice. Na verdade, muitos, logo após a ressaca,
dizem de alto e bom som: “Nunca mais, adeus vida efêmera, ilusória”.
A Bíblia fala que todos caem em
erro. Não existe um mais santo que o outro a ponto de não pecar contra Deus. Aliás,
“[...] Cristo [...] (é o único que) deixou exemplo para (que muitos) sigam os
seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca”
(1Pe.2.21,22). Mas, quanto aos demais homens, Paulo declara que “todos se
extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um
sequer” (Rm 3.12).
Sendo assim, nenhum homem tem poder
ou autoridade para lançar culpa contra este homem ou aquela mulher que
participa ou participará desse grande evento brasileiro. Isto é dito devido ao
próprio Cristo ordenar: “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e
não sereis condenados [...]” (Lc 6.37). A pergunta e resposta do apóstolo Paulo
não pode calar: “Quem os condenará? É Cristo Jesus [...]” (Rm 8.34).
Não existe nenhuma proibição bíblica
acerca do homem se alegrar. Pelo contrário, fala-se de “[...] Zebulom [...] alegrar-se
[...] nas suas saídas marítimas, e [...] (para a tribo de) Issacar, nas suas
tendas” (Dt 33.18). Articula-se também que o homem precisa “[...] alegrar-se com a mulher da sua mocidade”
(Pv 5.18). Em metáforas, o profeta afirma que os “céus (devem) cantar [...] (a)
terra se alegrar, e os, montes, romper em cânticos, porque o SENHOR consolou o
seu povo e dos seus aflitos se compadece” (Is 49.13). Afinal, todos os homens
precisam “[...] regozijar-se e alegrar-se, porque o SENHOR faz grandes coisas”
(Jl 2.21).
Contar prejuízos não é
somente aqui e agora. Qualquer dia desses e qualquer hora “[...] todos
comparecerão perante o tribunal de Deus” (Rm 14.10). Em outro lugar fala sobre
esse “[...] comparecimento perante o tribunal de Cristo, para que cada um
receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2Co 5.10).
Por quê? Porque muitos não estão “fugindo da impureza [...] praticam a imoralidade
pecando contra o próprio corpo” (1Co 6.18). Esse dia será terrível.
Calma! Ninguém está
impedindo você de procurar diversão, mas é preciso ficar atento para este
recado: “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos
dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e
agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá
contas” (Ec 11.9).
Nesse dia você contará
os prejuízos ou regozijará para sempre?
Rev. Salvador P. Santana
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