terça-feira, 4 de março de 2014

O EXERCÍCIO DO EMPREENDIMENTO, Ef.2.10

O EXERCÍCIO DO EMPREENDIMENTO, Ef.2.10.

            Objetivo da lição: Ser um empreendedor no Reino de Deus.
Introd.:           No sentido bíblico é: executar, realizar, levar a efeito um fim determinado.
            O texto básico fala: “Pois somos feitura dele (Deus), criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.
            É “[...] pela graça (que) somos salvos [...]”, Ef.2.8.
            É pela graça também, que Deus “[...] preparou boas obras [...] para [...] (realizar ou) andar nelas”, Ef.2.10.
            Isto faz de cada crente um empreendedor. Somos servos para “servir uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.
            A nossa servidão nos leva a “[...] frutificar em toda boa obra e crescer no pleno conhecimento de Deus”, Cl.1.10.
            A frutificação não nasce em nós mesmo, porque “não foi nós que [...] escolhemos Jesus [...] pelo contrário, ele nos escolheu a nós [...] e nos designou para [...] dar fruto, e o nosso fruto permaneça [...]”, Jo.15.16.
            W. Henry Ward – “Somos igreja de Deus para empreender a boa obra que Ele preparou para realizarmos”.
            Quatro desafios sobre essa verdade:
Exposição
1 – Para toda realização há um preço.
            É preciso olhar sempre para Jesus, “porque ele nos deu o exemplo [...]”, Jo.13.15.
            A obra da redenção e fundação da igreja que Jesus fez por nós na cruz do Calvário “[...] é preço de sangue”, Mt.27.6.
            Pedro declara que este preço é maior que “[...] coisas corruptíveis, como prata ou ouro [...] (para sermos) resgatados do nosso fútil procedimento [...] (foi usado o) precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”, 1Pe.1.18,19.
            Não existe empreendimento com sucesso, sem o sacrifício de pessoas.
            Paulo se sacrificou “[...] suportando tudo (“[...] açoites [...] prisões [...] tumultos [...] trabalhos [...] vigílias [...] jejuns”, 2Co.6.5) por causa dos eleitos, para que também eles obtivessem a salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória”, 2Tm.2.10.
            Paulo pagou o preço “[...] considerando tudo como perda, por causa da sublimidade (superioridade) do conhecimento de Cristo Jesus, seu Senhor; por amor do qual perdeu todas as coisas e as considerou como refugo, para ganhar a Cristo”, Fp.3.8.
            Há um preço a ser pago.
            Como “[...] o servo não é maior do que seu senhor [...]”, Jo.13.16, nós, como servos de Deus, precisamos pagar o preço da “[...] renúncia [...] pois, todo aquele que dentre nós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser [...] discípulo (de) Jesus”, Lc.14.33.
            “[...] Para realizar a obra de Deus [...]”, Jo.6.28, devemos pagar o preço do sofrimento, da injúria e da entrega total da nossa vida ao Senhor.
            Não existe cristianismo sem cruz. Não existe vida sem morte.
2 – Para todo alvo há um oponente.
            Se você não souber para onde está indo, você poderá chegar a um lugar indesejável.
            Precisamos ter alvos claros e definidos.
            Assim como Paulo, devemos “prosseguir o para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”, Fp.3.14.
            Sempre haverá oponente quando queremos atingir o alvo.
            Jesus, para alcançar o alvo do seu ministério, “[...] suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo [...]”, Hb.12.3 com a finalidade de tentar desviá-Lo do plano de Deus para o resgate do homem pecador.
            Conosco não é diferente, bem como no ministério da igreja.
            O nosso alvo é buscar a “[...] santificação [...] (para) ser santo, pois Deus é o SENHOR, nosso Deus”, Lv.20.7.
            A nossa visão é sermos produtivos. E na busca destes alvos teremos que enfrentar obstáculos ou oposição.
            Alguns obstáculos a serem vencidos:
            2.1 – O medo.
            Medo é uma sensação de alerta por sentir-se ameaçado, tanto físico, quanto emocionalmente.
            O medo impede de atingir as metas estabelecidas.
            Só pelo motivo de Adão “[...] ouvir a voz (de) Deus no jardim [...] teve medo [...]”, Gn.3.10.
            “[...] Jacó teve medo (de Esaú) e se perturbou; dividiu em dois bandos o povo que com ele estava [...]”, Gn.32.7.
            O medo pode paralisar e conduzir ao fracasso.
            É preciso lembrar que “[...] Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”, 2Tm.1.7.
            O profeta Isaías apresenta cinco razões para eu e você “não (ter medo) [...]”, Is.41.10.
            “[...] (1) Porque eu sou contigo [...] (2) porque eu sou o teu Deus [...] (3) eu te fortaleço [...] (4) eu te ajudo, (5) e te sustento com a minha destra fiel”, Is.41.10.
            2.2 – A dúvida.
            A dúvida é a sensação de incerteza. É uma extensão do medo.
            Para banir a dúvida é somente através da “[...] fé (pois) sem (ela) é impossível agradar a Deus [...]”, Hb.11.6.
            O meio-irmão de Jesus fala sobre aquele “[...] que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento”, Tg.1.6 que não pode empreender nada neste mundo.
            A incredulidade de Tomé nos aponta cinco passos para nos livrar da dúvida.
            1 – Reconhecer que “[...] não estava com (os) discípulos (local) quando veio Jesus”, Jo.20.24.
            2 – Expressar que “[...] os outros discípulos [...] (de fato) viram o Senhor. Mas Tomé [...] (além de não estar presente) não viu nas suas mãos o sinal dos cravos [...] (portanto) não podia (colocar) o dedo, e não por a mão no seu lado, (por isso) de modo algum acreditou”, Jo.20.25.
            3 – Tirar as dúvidas em oração quando “[...] estiver [...] reunido (com) os [...] discípulos [...] (e) Jesus vier [...]”, Jo.20.26 para escutar a sua queixa, petição, agradecimento.
            4 –       Abandonar a falta de fé quando Jesus “[...] disser a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente”, Jo.20.27.
            5 – No lugar da dúvida precisa entrar em ação a profissão de fé ao “responder [...] (ao Mestre): Senhor meu e Deus meu! (Para eu e você receber a resposta de) [...] Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram”, Jo.20.28.
            Faça uma análise das suas dúvidas.
            O oponente pode ser [...]
            2.3 – A desculpa.
            Todo fracasso exige uma desculpa. E podemos passar a vida dando desculpas pelo fato de não empreendermos ou realizarmos nada.
            Fazemos como o mordomo “[...] que recebera um talento, disse: Senhor, (apresenta a minha desculpa, pois) sabia que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu”, Mt.25.24,25.
            Qual foi a sua recompensa? “Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Tirai-lhe, pois, o talento [...]”, Mt.25.26,28.
            Quais são as desculpas que você está inventando para Deus a fim de justificar a sua inércia?
            Outro oponente pode ser a [...]
            2.4 – A procrastinação.         
            Procrastinar é deixar para depois. É deixar para amanhã o que pode ser feito hoje.
            Procrastinar é perder tempo e oportunidade.
            “[...] Jesus (censura aqueles que querem) [...] segui-lo [...] (devido a) resposta [...] (deles serem evasivas-escape, com pretexto, ao pedir:) Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Mas Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e prega o reino de Deus. Outro lhe disse: Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa. Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus”, Lc.9.59-62.
            Existem coisas na vida que não podemos deixar para trás – crescer espiritualmente, buscar uma vida melhor, relacionar-se melhor com os outros.
            Tenha um alvo definido. Salomão fala que “a sabedoria é o alvo do inteligente [...]”, Pv.17.24.
3 – Para toda vitória há um problema.
            Paulo relata que “[...] somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”, Rm.8.37.
            Para tomar posse dessa vitória, enfrentamos muitos problemas.
            Para eu e você “entrar no reino de Deus [...] (passamos por) muitas tribulações (aflição, perseguição) [...]”, At.14.22.
            Paulo teve um ministério vitorioso e frutífero, mas devemos lembrar que foi marcado por muitos problemas.
            Quando ele “[...] chegou [...] à Macedônia, nenhum alívio teve; pelo contrário, em tudo foi atribulado (atormentar): lutas por fora (com homens), temores por dentro (causado pelo nosso acusador)”, 2Co.7.5.
            Ser vitorioso é ser um solucionador de problemas. Vencer é superar e conviver com problemas.
            Alguns homens de Deus que enfrentaram problemas:
            “[...] Faraó procurou matar a Moisés; porém Moisés fugiu da presença de Faraó [...]”, Ex.2.15, porém, “[...] Moisés [...] (e todo o) povo [...] saíram do Egito, da casa da servidão; pois com mão forte o SENHOR os tirou de lá [...]”, Ex.13.3.
            O povo de Israel conquistou a terra prometida, mas “[...] não foi por sua espada que possuíram a terra, nem foi o seu braço que lhes deu vitória, e sim a destra (de) Deus, e o braço (de) Deus [...] porque Deus (se) [...] agradou deles”, Sl.44.3.
            A Bíblia fala que Josué, Davi, Salomão e os demais servos de Deus venceram diante dos problemas.
            Vencer não é porque somos melhores, mas porque “[...] somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.
4 – Para todo triunfo há uma recompensa.
            O que nos leva a empreender alguma atividade é a recompensa.
            Quem trabalha recebe o salário, o escravo, um prato de comida, o aprendiz, recebe além do aprendizado, um pequeno salário.  
            Os servos de Deus, “[...] sendo firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabe que, no Senhor, o (seu) [...] trabalho não é vão”, 1Co.15.58.
            Todos quantos empreendem algum “[...] trabalho (na casa do Senhor, sabe que) [...] Deus não é injusto para ficar esquecido do (seu) [...] trabalho [...] pois servistes e ainda serves aos santos”, Hb.6.10.
            Sendo assim, “[...] sede fortes, e não desfaleçam as (suas) [...] mãos, porque a nossa obra terá recompensa”, 2Cr.15.7.
            Quando nos dedicamos ao trabalho, “o senhor dirá: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”, Mt.25.21.
            A recompensa que temos é que “[...] não é aprovado quem a si mesmo se louva (pelo que é e faz), e sim aquele a quem o Senhor (o engrandece) louva (por aquilo que ele é e faz em qualquer empreendimento)”, 2Co.10.18.
            O próprio Deus fala que devemos estar “cientes de que receberemos do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estamos servindo”, Cl.3.24.
            Não podemos esperar reconhecimento ou recompensa de homens.
            Muitas vezes, esperando homens nos bajularem, a nossa “[...] alma (fica) [...] abatida [...] (não fique) perturbado [...] espera em Deus [...] (pois) ele [...] (é) meu auxílio e Deus meu”, Sl.42.11.
Conclusão:     Vamos continuar “[...] trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados (maltrato, insulto), bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados (afirmar que alguém cometeu algum pecado), procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória (gente mais baixa da sociedade) de todos”, 1Co.4.12,13.
            Continue trabalhando, “porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera”, Is.64.4.          
            Pontos para discutir:
            1 – O que impede você de ser um empreendedor?
            2 – Você já teve alguma frustração em empreendimentos pessoais?
            3 – Qual é o segredo do sucesso? Assim como “o cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas a vitória vem do SENHOR”, Pv.21.31, o sucesso não vem das nossas mãos, mas do próprio Deus.
            Você, como cidadão do céu, “[...] feitura (de) Deus, criado em Cristo Jesus (tem praticado as) [...] boas obras (? Se não estiver, fique sabendo que) [...] Deus as preparou de antemão preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Dieta espiritual – Z3 Editora – Rev. Arival Dias Casimiro.


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