O EXERCÍCIO DO
EMPREENDIMENTO, Ef.2.10.
Objetivo da lição: Ser
um empreendedor no Reino de Deus.
Introd.: No sentido bíblico é: executar,
realizar, levar a efeito um fim determinado.
O
texto básico fala: “Pois somos feitura
dele (Deus), criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão
preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.
É
“[...] pela graça (que) somos salvos
[...]”, Ef.2.8.
É
pela graça também, que Deus “[...] preparou
boas obras [...] para [...] (realizar ou) andar nelas”, Ef.2.10.
Isto
faz de cada crente um empreendedor. Somos servos para “servir uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como
bons despenseiros da multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.
A
nossa servidão nos leva a “[...]
frutificar em toda boa obra e crescer no pleno conhecimento de Deus”,
Cl.1.10.
A
frutificação não nasce em nós mesmo, porque “não
foi nós que [...] escolhemos Jesus [...] pelo contrário, ele nos escolheu a nós
[...] e nos designou para [...] dar fruto, e o nosso fruto permaneça [...]”,
Jo.15.16.
W.
Henry Ward – “Somos igreja de Deus para empreender a boa obra que Ele preparou
para realizarmos”.
Quatro
desafios sobre essa verdade:
Exposição
1 – Para toda realização há um
preço.
É preciso
olhar sempre para Jesus, “porque ele nos
deu o exemplo [...]”, Jo.13.15.
A
obra da redenção e fundação da igreja que Jesus fez por nós na cruz do Calvário
“[...] é preço de sangue”,
Mt.27.6.
Pedro
declara que este preço é maior que “[...]
coisas corruptíveis, como prata ou ouro [...] (para sermos) resgatados do nosso
fútil procedimento [...] (foi usado o) precioso sangue, como de cordeiro sem
defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”, 1Pe.1.18,19.
Não
existe empreendimento com sucesso, sem o sacrifício de pessoas.
Paulo
se sacrificou “[...] suportando tudo (“[...]
açoites [...] prisões [...] tumultos [...] trabalhos [...] vigílias [...]
jejuns”, 2Co.6.5) por causa dos eleitos, para que também eles obtivessem a
salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória”, 2Tm.2.10.
Paulo
pagou o preço “[...] considerando tudo
como perda, por causa da sublimidade (superioridade) do conhecimento de Cristo
Jesus, seu Senhor; por amor do qual perdeu todas as coisas e as considerou como
refugo, para ganhar a Cristo”, Fp.3.8.
Há
um preço a ser pago.
Como “[...] o servo não é maior do que seu senhor
[...]”, Jo.13.16, nós, como servos de Deus, precisamos pagar o preço da
“[...] renúncia [...] pois, todo aquele
que dentre nós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser [...] discípulo (de)
Jesus”, Lc.14.33.
“[...] Para realizar a obra de Deus [...]”,
Jo.6.28, devemos pagar o preço do sofrimento, da injúria e da entrega total da
nossa vida ao Senhor.
Não
existe cristianismo sem cruz. Não existe vida sem morte.
2 – Para todo alvo há um
oponente.
Se
você não souber para onde está indo, você poderá chegar a um lugar indesejável.
Precisamos
ter alvos claros e definidos.
Assim
como Paulo, devemos “prosseguir o para
o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”,
Fp.3.14.
Sempre
haverá oponente quando queremos atingir o alvo.
Jesus,
para alcançar o alvo do seu ministério, “[...]
suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo [...]”, Hb.12.3
com a finalidade de tentar desviá-Lo do plano de Deus para o resgate do homem
pecador.
Conosco
não é diferente, bem como no ministério da igreja.
O
nosso alvo é buscar a “[...] santificação
[...] (para) ser santo, pois Deus é o SENHOR, nosso Deus”, Lv.20.7.
A
nossa visão é sermos produtivos. E na busca destes alvos teremos que enfrentar
obstáculos ou oposição.
Alguns
obstáculos a serem vencidos:
2.1
– O medo.
Medo
é uma sensação de alerta por sentir-se ameaçado, tanto físico, quanto
emocionalmente.
O
medo impede de atingir as metas estabelecidas.
Só pelo
motivo de Adão “[...] ouvir a voz (de)
Deus no jardim [...] teve medo [...]”, Gn.3.10.
“[...] Jacó teve medo (de Esaú) e se
perturbou; dividiu em dois bandos o povo que com ele estava [...]”,
Gn.32.7.
O
medo pode paralisar e conduzir ao fracasso.
É
preciso lembrar que “[...] Deus não nos
tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”,
2Tm.1.7.
O
profeta Isaías apresenta cinco razões para eu e você “não (ter medo) [...]”, Is.41.10.
“[...] (1) Porque eu sou contigo [...] (2) porque
eu sou o teu Deus [...] (3) eu te fortaleço [...] (4) eu te ajudo, (5) e te
sustento com a minha destra fiel”, Is.41.10.
2.2
– A dúvida.
A
dúvida é a sensação de incerteza. É uma extensão do medo.
Para
banir a dúvida é somente através da “[...]
fé (pois) sem (ela) é impossível agradar a Deus [...]”, Hb.11.6.
O
meio-irmão de Jesus fala sobre aquele “[...]
que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento”,
Tg.1.6 que não pode empreender nada neste mundo.
A
incredulidade de Tomé nos aponta cinco passos para nos livrar da dúvida.
1
– Reconhecer que “[...] não estava com (os)
discípulos (local) quando veio Jesus”, Jo.20.24.
2
– Expressar que “[...] os outros
discípulos [...] (de fato) viram o Senhor. Mas Tomé [...] (além de não estar
presente) não viu nas suas mãos o sinal dos cravos [...] (portanto) não podia
(colocar) o dedo, e não por a mão no seu lado, (por isso) de modo algum acreditou”,
Jo.20.25.
3
– Tirar as dúvidas em oração quando “[...]
estiver [...] reunido (com) os [...] discípulos [...] (e) Jesus vier [...]”,
Jo.20.26 para escutar a sua queixa, petição, agradecimento.
4
– Abandonar a falta de fé quando
Jesus “[...] disser a Tomé: Põe aqui o
dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas
incrédulo, mas crente”, Jo.20.27.
5
– No lugar da dúvida precisa entrar em ação a profissão de fé ao “responder [...] (ao Mestre): Senhor meu e
Deus meu! (Para eu e você receber a resposta de) [...] Jesus: Porque me viste,
creste? Bem-aventurados os que não viram e creram”, Jo.20.28.
Faça
uma análise das suas dúvidas.
O
oponente pode ser [...]
2.3
– A desculpa.
Todo
fracasso exige uma desculpa. E podemos passar a vida dando desculpas pelo fato
de não empreendermos ou realizarmos nada.
Fazemos
como o mordomo “[...] que recebera um
talento, disse: Senhor, (apresenta a minha desculpa, pois) sabia que és homem
severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, receoso,
escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu”, Mt.25.24,25.
Qual
foi a sua recompensa? “Respondeu-lhe,
porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e
ajunto onde não espalhei? Tirai-lhe, pois, o talento [...]”,
Mt.25.26,28.
Quais
são as desculpas que você está inventando para Deus a fim de justificar a sua
inércia?
Outro
oponente pode ser a [...]
2.4
– A procrastinação.
Procrastinar
é deixar para depois. É deixar para amanhã o que pode ser feito hoje.
Procrastinar
é perder tempo e oportunidade.
“[...] Jesus (censura aqueles que querem)
[...] segui-lo [...] (devido a) resposta [...] (deles serem evasivas-escape,
com pretexto, ao pedir:) Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Mas Jesus
insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e
prega o reino de Deus. Outro lhe disse: Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me
primeiro despedir-me dos de casa. Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo
posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus”, Lc.9.59-62.
Existem
coisas na vida que não podemos deixar para trás – crescer espiritualmente,
buscar uma vida melhor, relacionar-se melhor com os outros.
Tenha
um alvo definido. Salomão fala que “a
sabedoria é o alvo do inteligente [...]”, Pv.17.24.
3 – Para toda vitória há um problema.
Paulo
relata que “[...] somos mais que
vencedores, por meio daquele que nos amou”, Rm.8.37.
Para tomar
posse dessa vitória, enfrentamos muitos problemas.
Para
eu e você “entrar no reino de Deus [...]
(passamos por) muitas tribulações (aflição, perseguição) [...]”, At.14.22.
Paulo
teve um ministério vitorioso e frutífero, mas devemos lembrar que foi marcado
por muitos problemas.
Quando
ele “[...] chegou [...] à Macedônia,
nenhum alívio teve; pelo contrário, em tudo foi atribulado (atormentar): lutas
por fora (com homens), temores por dentro (causado pelo nosso acusador)”,
2Co.7.5.
Ser
vitorioso é ser um solucionador de problemas. Vencer é superar e conviver com
problemas.
Alguns
homens de Deus que enfrentaram problemas:
“[...] Faraó procurou matar a Moisés; porém Moisés
fugiu da presença de Faraó [...]”, Ex.2.15, porém, “[...] Moisés [...] (e todo o) povo [...] saíram
do Egito, da casa da servidão; pois com mão forte o SENHOR os tirou de lá [...]”,
Ex.13.3.
O
povo de Israel conquistou a terra prometida, mas “[...] não foi por sua espada que possuíram a terra, nem foi o
seu braço que lhes deu vitória, e sim a destra (de) Deus, e o braço (de) Deus
[...] porque Deus (se) [...] agradou deles”, Sl.44.3.
A
Bíblia fala que Josué, Davi, Salomão e os demais servos de Deus venceram diante
dos problemas.
Vencer
não é porque somos melhores, mas porque “[...]
somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de
antemão preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.
4 – Para todo triunfo há uma recompensa.
O
que nos leva a empreender alguma atividade é a recompensa.
Quem
trabalha recebe o salário, o escravo, um prato de comida, o aprendiz, recebe
além do aprendizado, um pequeno salário.
Os
servos de Deus, “[...] sendo firmes,
inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabe que, no Senhor, o (seu)
[...] trabalho não é vão”, 1Co.15.58.
Todos
quantos empreendem algum “[...]
trabalho (na casa do Senhor, sabe que) [...] Deus não é injusto para ficar
esquecido do (seu) [...] trabalho [...] pois servistes e ainda serves aos
santos”, Hb.6.10.
Sendo
assim, “[...] sede fortes, e não
desfaleçam as (suas) [...] mãos, porque a nossa obra terá recompensa”,
2Cr.15.7.
Quando
nos dedicamos ao trabalho, “o senhor
dirá: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te
colocarei; entra no gozo do teu senhor”, Mt.25.21.
A
recompensa que temos é que “[...] não é
aprovado quem a si mesmo se louva (pelo que é e faz), e sim aquele a quem o
Senhor (o engrandece) louva (por aquilo que ele é e faz em qualquer
empreendimento)”, 2Co.10.18.
O
próprio Deus fala que devemos estar “cientes
de que receberemos do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que
estamos servindo”, Cl.3.24.
Não podemos
esperar reconhecimento ou recompensa de homens.
Muitas
vezes, esperando homens nos bajularem, a nossa “[...]
alma (fica) [...] abatida [...] (não fique) perturbado [...] espera em Deus
[...] (pois) ele [...] (é) meu auxílio e Deus meu”, Sl.42.11.
Conclusão: Vamos continuar
“[...] trabalhando com as nossas
próprias mãos. Quando somos injuriados (maltrato, insulto), bendizemos; quando
perseguidos, suportamos; quando caluniados (afirmar que alguém cometeu algum
pecado), procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados
lixo do mundo, escória (gente mais baixa da sociedade) de todos”,
1Co.4.12,13.
Continue
trabalhando, “porque desde a
antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu
Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera”, Is.64.4.
Pontos
para discutir:
1
– O que impede você de ser um empreendedor?
2
– Você já teve alguma frustração em empreendimentos pessoais?
3
– Qual é o segredo do sucesso? Assim como “o
cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas a vitória vem do SENHOR”,
Pv.21.31, o sucesso não vem das nossas mãos, mas do próprio Deus.
Você,
como cidadão do céu, “[...] feitura (de)
Deus, criado em Cristo Jesus (tem praticado as) [...] boas obras (? Se não
estiver, fique sabendo que) [...] Deus as preparou de antemão preparou para que
andássemos nelas”, Ef.2.10.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Dieta espiritual – Z3 Editora – Rev.
Arival Dias Casimiro.
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