terça-feira, 18 de março de 2014

O EXERCÍCIO DA PACIÊNCIA, Is.30.1-5,15.

O EXERCÍCIO DA PACIÊNCIA, Is.30.1-5,15.

            Objetivo da lição: Aprender a esperar o tempo de Deus.

Introd.:           Imagina um homem dirigindo numa pista de mão dupla em um trecho que é proibido ultrapassar. À sua frente uma mulher dirigindo pouco abaixo da velocidade. Para o homem impaciente, ela está muito devagar. Depois de andar colado no carro da frente, ele perde totalmente a paciência e resolve ultrapassar em alta velocidade – corre o risco de causar um acidente muito grave.
            O impaciente aperta várias vezes o botão do elevador ou do semáforo, pensando que ele o atenderá mais rapidamente.
            Você costuma perder a paciência com os seus pais, filhos, empregados?   
            A sua impaciência pode aumentar o seu nível de estresse.
            Pesquisadores dos EUA publicaram resultados sobre as consequências da impaciência.
            Impacientes sofrem com problemas de hipertensão e tem mais probabilidade de contrair doenças cardíacas.
            Faça uma avaliação da sua impaciência:
            Quando alguém discorda de você:
            1 – Ouve a argumentação e dá seu parecer sem se exaltar?
            2 – Não consegue ouvir o que a pessoa está falando, pois está pensando na sua própria argumentação?
            3 – Até ouve, mas tenta convencer o outro a mudar de opinião e aceitar seu ponto de vista?
            Você está no trabalho, no meio de uma tarefa importante quando a internet cai:
            1 – Você pega o telefone rapidamente para relatar e saber o que ocorreu?
            2 – Você aproveita para fazer uma pausa e resolver outras pendências?
            3 – Passa todo o tempo atrás de soluções xingando o mundo todo?
            Após comprar um eletrodoméstico você percebe que ele tem defeito, então:
            1 – Já aconteceu de quebrar o objeto ou jogá-lo fora devido à raiva?
            2 – Se irrita e, na loja, manda chamar o gerente e despeja suas queixas?
            3 – Leva o objeto até a loja e pede que ele seja trocado?
            Você está aguardando na fila do banco que está demorando mais do que o normal:
            1 – Ouve um som ou lê algo para a espera se tornar mais agradável?
            2 – Conversa com as outras pessoas sobre a demora?
            3 – Esbraveja o tempo todo e quando é atendido reclama ainda mais?
            Você é uma pessoa impaciente?
            Você come depressa?
            Você costuma sentir-se pressionado no fim de um dia normal de trabalho?
Exposição.
            A Bíblia afirma que a impaciência é uma manifestação de incredulidade e desconfiança.
            O conselho para os servos de Deus é que devemos “ser [...] pacientes, até à vinda do Senhor. (A comparação é) [...] que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. (Então,) sede [...] pacientes e fortalecei o [...] coração, pois a vinda do Senhor está próxima. (Por este motivo) [...] não (podemos) nos queixar uns dos outros, para não sermos julgados. Eis que o juiz está às portas [...] (é preciso) tomar por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor. Eis que temos por felizes os que perseveraram firmes. (Já) [...] ouvimos da paciência de Jó e vimos que fim o Senhor lhe deu [...]”, Tg.5.7-11.
            O profeta Isaías apresenta cinco [...]
1 – Consequências da impaciência.
            1.1 – A impaciência leva-nos a substituir os planos de Deus pelos nossos.
            O texto base começa com uma interjeição com a finalidade de levar o servo de Deus a adotar outro comportamento.
            Assim como o povo de Israel, nós também rejeitamos a Deus e o projeto que Ele tem para todos nós, por isso o texto como dizendo: “Ai dos filhos rebeldes, diz o SENHOR [...]”, Is.30.1.
            Essa fala do profeta é devido cada um de nós, muitas vezes, “[...] executar planos que não procedem de Deus [...]”, Is.30.1.
            Isto acontece porque “[...] Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias”, Ec.7.29.
            Acontece porque nós, como “[...] povo (de) Deus não queremos escutar a voz (de) Deus, e [...] não o atendemos”, Sl.81.11.
            É preciso “[...] saber que Deus pode tudo, e nenhum dos seus planos pode ser frustrado”, Jó 42.2, então, o que Ele faz é bom para todos nós.
            Não podemos desconfiar de Deus, pois “o conselho do SENHOR dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações”, Sl.33.11.
            Até mesmo para uma “nação feliz [...] cujo Deus é o SENHOR [...] (existe um) povo que ele escolheu para sua herança”, Sl.33.12.
            Neste aspecto é bom saber que é somente “[...] o Filho do Homem (que) vem buscar e salvar o perdido”, Lc.19.10.
            É por este motivo que muitos de nós “[...] são raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; nós, sim, que, antes, não éramos povo, mas, agora, somos povo de Deus, que não tínhamos alcançado misericórdia, mas, agora, alcançamos misericórdia”, 1Pe.2.9,10.
            “[...] A vontade de Deus (é) boa, agradável e perfeita”, Rm.12.1,2 para o seu povo.
            A Bíblia fala que todos nós podemos fazer planos, elaborar projetos e desejar realizações.
            O certo é que tudo deve ser colocado diante de Deus, para a sua aprovação e realização.
            Muitas vezes “o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR”, Pv.16.1.
            1.2 – A impaciência nos conduz a fazer alianças com pessoas erradas.
            O “ai (para os) [...] filhos rebeldes [...] que executam planos que não procedem de Deus (é porque) [...] fazemos aliança sem a aprovação (de) Deus [...]”, Is.30.1 com pessoas erradas – namoro, casamento, sociedade.
            É como fala o Salmista que muitos servos de Deus “[...] andam no conselho dos ímpios [...] se detém no caminho dos pecadores [...] se assenta na roda dos escarnecedores”, Sl.1.1.
            No desejo de conseguir muitos benefícios terrenos, os “[...] filhos rebeldes [...] fazem aliança (com homens ímpios) [...] para acrescentarem pecado sobre pecado!”, Is.30.1.
            A impaciência pode nos levar a ser considerados “infiéis, (porque) não compreendemos que a amizade do mundo é inimiga de Deus [...] (então) aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”, Tg.4.4.
            Paulo nos aconselha a “não nos por em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retiramo-nos do meio deles, separamo-nos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e Deus nos receberá, sendo nosso Pai, e nós seremos para Deus filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”, 2Co.6.14-18.
            Quando desobedecemos a Deus, só “[...] acrescentamos pecado sobre pecado!”, Is.30.1.
            1.3 – A impaciência gera frustrações e decepções.
            Como todos nós somos “[...] filhos rebeldes [...]”, Is.30.1, a impaciência sempre gera decepções.
            Muitas vezes ficamos chateados com pecados cometidos e dizemos: “nunca mais volto a praticar, daí, voltamos aos mesmos pecados”.
            Na época dos profetas, os “[...] filhos rebeldes [...]”, Is.30.1 “[...] desceram ao Egito sem [...] consultar Deus [...]”, Is.30.2.
            É tão estranha essa situação que, assim como Israel, “[...] buscando refúgio em Faraó e abrigo, à sombra do Egito!”, Is.30.2 na esperança de serem protegidos, fazemos o mesmo.
            Colocamos toda confiança no gerente do banco – empréstimo, no pedreiro – entregar a construção no prazo, segurança de quarteirão – proteção, câmera – vigiar dia e noite.
            “Mas (assim como toda essa nossa confiança no homem) o refúgio de Faraó se [...] tornou (para Israel) em vergonha, e o abrigo na sombra do Egito, em confusão”, Is.30.3.
            Somos ludibriados a todo instante, pois Israel sabia que Deus havia “lançado no mar os carros de Faraó e o seu exército; e os seus capitães afogaram-se no mar Vermelho”, Ex.15.4, mesmo assim, eles queriam “[...] descer ao Egito sem [...] consultar Deus [...]”, Is.30.2, não demorou muito, ficaram com “[...] vergonha [...] (e caíram) em confusão”, Is.30.3.
            Nenhum de nós pode “[...] confiar em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação. (Precisamos agir dessa forma porque) sai o espírito (dos homens), e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus (e os nossos) desígnios (planos. Por este motivo, será) [...] bem-aventurado aquele que tem [...] Deus [...] por seu auxílio, cuja esperança está no SENHOR [...]”, Sl.146.3-5.
            A declaração bíblica é de “[...] que (aqueles que) esperam em Deus, (não) [...] serão envergonhados [...]”, Sl.25.3.
            1.4 – A impaciência produz a rejeição do tempo ou do momento certo de Deus.
            A nossa impaciência nos leva a não dar valor ao tempo de Deus.
            Ora, se “tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu”, Ec.3.1, então, não podemos nos precipitar em algumas situações – namorar com todos que encontrar para saber quem será o cônjuge.
            A decisão de ser impaciente partiu dos “[...] príncipes (líderes, pais) de Judá [...]”, Is.30.4.
            A incredulidade ou impaciência leva a atitudes precipitadas, inoportunas e apressadas.
            O texto fala que esse povo impaciente, “[...] os príncipes [...] já estavam em Zoã (Egito), e os seus embaixadores (representantes, enviados) já chegaram a Hanes (Egito)”, Is.30.4 “[...] sem a aprovação (de) Deus [...]”, Is.30.1.
            “[...] Jesus (fala que) o nosso tempo sempre está presente (mas) o [...] tempo (de) Deus ainda não chegou (e é o melhor para nós) [...]”, Jo.7.6 quando acontece algum imprevisto, algum desastre, algum desvio de rota, algum acidente inesperado, o empréstimo não foi aprovado, não foi aprovado no concurso; “saiba que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”, Rm.8.28.
            Não seja precipitado!
            1.5 – A impaciência gera sofrimentos.
            Como já estamos com mais de 50 anos ou beirando, já deu para notar que muito dos nossos sofrimentos é devido a nossa impaciência. Envolvimento em um acidente por imprudência ou impaciência, perde um brinde sorteado na festa devido a pressa para ir embora, de tanto escolher um lugar no teatro, perde o melhor.
            O texto base fala que “todos se envergonharão [...]”, Is.30.5 por ser impaciente.
            O pior é que, aquele “[...] povo de (nós confiamos, depositamos toda a nossa esperança) de nada nos valerá [...]”, Is.30.5.
            A orientação bíblica é que eu e você “não confie [...] (nas) riquezas [...] não ponhais nelas o coração. Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação. Não confieis em palavras falsas [...]”, Sl.62.10; 146.3; Jr.7.4.
            Se por acaso insistir na impaciência, é certo que “[...] não servirá nem de ajuda nem de proveito, porém de vergonha e de opróbrio (rebaixamento, desonra, vergonha-a repetição serve para inculcar na mente)”, Is.30.5.
            Devido a falta de paciência do povo de Deus, por causa “[...] desta maldade [...] (ela mesma) será como a brecha de um muro alto, que, formando uma barriga, está prestes a cair, e cuja queda vem de repente, num momento. O SENHOR o quebrará como se quebra o vaso do oleiro, despedaçando-o sem nada lhe poupar; não se achará entre os seus cacos um que sirva para tomar fogo da lareira ou tirar água da poça”, Is.30.13,14.
            Não insista na impaciência, pois pode gerar sofrimentos, “não [...] (faça nenhum) procedimento sem refletir (ponderar, meditar, pois quem o faz) [...] precipitado, peca (contra Deus) [...]”, Pv.19.2.
2 – Vencendo a impaciência.
            A impaciência é danosa e prejudicial.
            É uma evidência clara da falta de fé em Deus.
            Isaías apresenta três lições bíblicas para superar a impaciência.
            2.1 – Precisamos de conversão para Deus.
            A “conversão (é requerida pelo) SENHOR Deus, o Santo de Israel [...] porque assim [...]”, Is.30.15 iremos viver uma vida de mudança.
            É preciso entender que essa mudança é operada por Deus, mas o homem é responsável quando ele peca, precisa de arrependimento. Quando está afastado de Cristo, se aproxima através da fé.
            Converter é mudar a mente e o coração para Deus a ponto de “[...] se humilhar, e orar, e buscar (a) Deus, e se converter dos seus maus caminhos [...] (só assim) Deus ouvirá dos céus, perdoará os seus pecados (quando Pedro, soberbo, pecou contra Deus, Jesus lhe disse: “[...] quando te converteres, fortalece os teus irmãos”, Lc.22.32) e (assim, Deus) sarará a sua terra”, 2Cr.7.14.
            2.2 – Precisamos sossegar ou tranquilizar o coração.
            Isaías fala que após a “[...] conversão [...] o SENHOR Deus [...] (deseja que eu e você tenha o coração) sossegado [...]”, Is.30.15 para não ficar impaciente.
            Parte do próprio “[...] SENHOR, conservar em perfeita paz aquele cujo propósito é firme (em seguir e obedecer a Deus); porque (o seu desejo é apenas) [...] confiar em Deus”, Is.26.3.
            Como o servo obedece e é abençoado com a paz, então, cada um deve “aquietar e saber que Deus é Deus (em qualquer tribulação ou turbulência que possamos enfrentar) [...]”, Sl.46.10.
            Toda ansiedade pode ser transferida para Deus, pois “[...] os que esperam no SENHOR renovam as suas forças [...] correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”, Is.40.31.           
            2.3 – Precisamos confiar nas promessas de Deus.
            Não podemos confundir promessa de Deus com os nossos desejos.
            “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?”, Nm.23.19.
            Se houver da nossa parte “[...] conversão e [...] sossego (em Deus) [...] assim diz o SENHOR Deus, o Santo de Israel: [...] estaremos [...] salvos (dos perigos, dos falsos amigos, dos acidentes) [...]”, Is.30.15.
            Mas, enquanto não vier o socorro de Deus, continue “aguardando (a resposta do) [...] SENHOR, (é preciso também que) a sua alma o aguarde [...]”, Sl.130.5.
            A experiência de Josué e de muitos servos de Deus é que “nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o SENHOR falara [...] tudo se cumpriu”, Js.21.45 e cada um pode desfrutar da “[...] tranquilidade e [...] confiança [...] (e) força (adquirida em Deus) [...]”, Is.30.15 para exercitar a paciência em Deus.
            E você, tem praticado esse exercício?
Conclusão:     A falta de paciência pode levar o povo de Deus a “[...] não [...] querer (aceitar a) [...] conversão (oferecida por Deus, a viver) [...] sossegado (e nem mesmo) [...] a salvação (oferecida para cada um de nós) [...]”, Is.30.15.
            A medicina e a Bíblia advertem que a impaciência é prejudicial à saúde física, mental e espiritual. Você quer ficar doente? Então, “tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes”, 1Tm.4.16.
Discussão:      O que ajuda você a manter a paciência em momentos difíceis?



            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para a E.D. – Dieta espiritual – Z3 Editora – Rev. Arival Dias Casimiro.

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