quinta-feira, 25 de julho de 2019

Gn.12.1-3 - FILHO ABENÇOADO.


FILHO ABENÇOADO
Gn.12.1-3

Introd.:           Em todas [...] (as) coisas (que enfrentamos neste mundo), porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”, Rm.8.37, Jesus Cristo.
Nar.:    O texto fala do importante trato divino com os homens através de Abraão.
            Não havia ainda distinção entre judeus e gentios.
            Chamada de Abraão e a formação da nação de Israel foi essencial para o nascimento do Menino Jesus.
            Abraão foi chamado para ser testemunha da unidade de Deus em meio à idolatria universal.
            O pacto é eterno e continua em vigor através de Jesus Cristo.
            Jornada de Ur até a Palestina – 1.500 km.
Propos.:           Veremos o quanto Deus é gracioso para com os seus filhos.                       
Trans.:             Filho abençoado [...] 
1 – Atende ao chamado de Deus.
            A conjunção aditiva “ora (aponta para os ascendentes de Abrão [...] que “[...] serviram [...] aos deuses [...] dalém do Eufrates (devem ser deixados, abandonados) [...]”, Js.24.15)”, Gn.12.1 e para os descendentes que amam e buscam o Senhor Jesus Cristo de todo o seu coração.
            O “[...] dizer (continua sendo o mesmo do) [...] SENHOR (não apenas) a Abrão (mas também a mim e a você a respeito do nosso chamado para evangelizar, testemunhar) [...]”, Gn.12.1.
            [...] Abrão (hebraico – pai exaltado - levantar, erguer, carregar, suportar, sustentar, auxiliar aquele que deseja servir a Jesus) [...]”, Gn.12.1.
            O chamado é para “[...] sair da tua terra (da idolatria, do pecado, do sofrimento para servir a Deus) [...]”, Gn.12.1.
            [...] Sai [...] da tua parentela (que renega, não aceita a boa dádiva de Deus) [...]”, Gn.12.1.
            [...] Sai (partir, prosseguir, mover-se em direção a Deus que conduz à salvação) [...]”, Gn.12.1.
            [...] Sai [...] da casa de teu pai (que é idólatra e tenta impedir a sua adoração) [...]”, Gn.12.1.
            A ordem é: “[...] vai para a terra que te mostrarei (Israel – onde Deus prevalece sobre a vida física, familiar, material e espiritual)”, Gn.12.1.
            Atende ao chamado de Deus para ser abençoado.
            Filho abençoado [...]
2 – Reconhece que a bênção vem de Deus.
            A preposição “de (mostra que o autor da bênção é o próprio Deus em relação a seus filhos) [...]”, Gn.12.2.
            Perceba que o verbo “[...] farei (está no futuro do presente do indicativo mostrando que Deus não deixará nenhum de seus filhos desamparados) [...]”, Gn.12.2.
            Através “de Abrão (Deus continua) fazendo uma grande nação (salvando pais, filhos, irmãos, parentes das garras do Diabo) [...] Gn.12.2.
            O texto com o pronome pessoal “[...] te (aponta para Abrão (eu e você) que deve ser) abençoado (pelo próprio Deus) [...]”, Gn.12.2.
            Devemos ter a certeza de que o próprio Deus “[...] te engrandecerá (fazer crescer, tornar-se grande, importante, promover, tornar poderoso) o (seu) nome [...]”, Gn.12.2.
            Os servos abençoados por Deus têm por obrigação de “[...] ser tu (eu e você) uma bênção (no meio dos incrédulos)!”, Gn.12.2.
            O texto é bem claro: Eu, Deus, “abençoarei (futuro do presente do indicativo expressa uma ordem de Deus sobre a nossa vida) [...]”, Gn.12.3.
            Veja que essa bênção não se restringe apenas aos filhos, mas também “[...] os que te abençoarem (seja ele crédulo ou incrédulo será) abençoado [...]”, Gn.12.3.
            Não fica pensando que a bênção será para todos, mesmo porque, o próprio Deus fala: Eu “[...] amaldiçoarei (crédulo e incrédulo. Perceba o futuro do indicativo e a ordem do próprio Deus) [...]”, Gn.12.3.
            Deus “[...] amaldiçoa os que te amaldiçoarem (por motivos fúteis, vingativos) [...]”, Gn.12.3.
            Através do filho abençoado [...]
Conclusão:      Outros são abençoados.
            Quando o texto fala “[...] em ti (Abrão, eu e você somos responsáveis para “[...] ser o sal da terra [...] (e) a luz do mundo [...]”, Mt.5.13, 14 para ser o espalhador, condutor das boas novas) [...]”, Gn.12.3.
            Isto quer dizer que “[...] em nós serão benditas todas (e não apenas uma escolhida, mas) todas as famílias da terra (com o intuito de pregar o evangelho, dar testemunho, ser exemplo)”, Gn.12.3.
            Salvação é a maior de todas as bênçãos.
            Somos vencedores, abençoados e espalhadores, influenciadores dessa bênção.

            Rev. Salvador P. Santana

A FALSA E INJUSTA SEGURANÇA
            De que adianta viver ansiosamente por ajuntar riqueza neste mundo sabendo que “os dias da [...] vida (o homem) sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e [...] (o homem) voa” (Sl 90.10).
            Parece não haver esse conhecimento. Falta esse conhecimento porque a ganância está sendo vista mundialmente nos últimos dias pelo povo que, indignado com a situação econômica, fica inerte, não pode fazer nada para melhorar, reprovar ou resolver a situação.
            Falta conhecimento bíblico porque, além da roubalheira galopante no meio político, eles estão desejosos de trazer de volta a CMPF com o intuito de arrecadar mais, e quem sabe mais corrupção à vista com desvios milionários.
            Verdade é que muitos estão satisfeitos com a falsa e injusta segurança de bem-estar, de longevidade, de apoio político, de conchavos religiosos, de vida imoral de forma injusta, corrupta, ao tirarem da boca do miserável, do indigente, do pobre, da viúva e do assalariado aquilo lhes é devido, ou seja, o necessário para casa, alimento, veste, estudo, saúde e lazer.
            Seja de qualquer forma que for, “ainda há, na casa do ímpio, os tesouros da impiedade (roubado, extorquido) e o detestável efa (17,5 l) minguado (na mesa do pobre) [...]” (Mq 6.10). Tal advertência harmoniza com a do salmista ao dizer que “não (se deve) confiar naquilo que extorquis, nem [...] vangloriar na rapina; se as suas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração” (Sl 62.10).
            Essa situação de falsa e injusta segurança precisa tomar os rumos da renúncia ao acúmulo de dinheiro. É necessário nascer em cada coração a generosidade, dita por muitos no passado: “é repartindo que se ensina a repartir”. Na verdade essa lição foi ensinada por Jesus ao convidar “[...] a multidão [...] cinco mil homens, além de mulheres e crianças [...] (que) se assentassem sobre a relva [...]” (Mt 14.19, 21).          
            Os discípulos, por sua vez, pareciam não haver aprendido a lição de dar e repartir, pois a primeira atitude deles ao se deparar com os famintos foi dizer em uníssono de que “[...] o lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer” (Mt 14.15).
            Em momento algum Jesus havia dito que a multidão devia ter dinheiro para suprir as necessidades do próximo, pelo contrário, “Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vocês mesmos, de comer” (Mt 14.16).
            Para ensinar fazendo, Jesus manda reunir todo alimento que eles têm, toda roupa desprezada no guarda roupa, toda casa abandonada, toda fazenda improdutiva, todo dinheiro que tem e “[...] reparta com quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo” (Lc 3.11).
            Essa é a eficácia da compartilha, a bênção da solidariedade que Jesus colocou em prática e exige de todos os povos em todas as épocas que a façam, para que “todos comam e se fartem [...]” (Mt 14.20).
            Não existe outro meio saudável para suprir a necessidade do miserável a não ser através da solidariedade, do amor cristão; aí sim, o problema da pobreza não diminuirá, mas aliviará a dor de bilhões em toda a face da terra.
            Grave bem! Jesus censura a multidão que recorre a ele buscando somente a satisfação material, a falsa e injusta segurança, sem haver entendido o amor que ele lhes demonstrou quando distribuiu os pães e os peixes às multidões famintas.
            Jesus quer mostrar com essa solidariedade que a solução não está no poder de um, mas no amor de todos, porque Ele mesmo instrui que “novo mandamento é [...] dado: que (cada um) [...] ame uns aos outros; assim como Jesus [...] ama, que também (cada um) [...] ame uns aos outros” (Jo 13.34).
            Esse amor precisa ser encarado juntamente com a renúncia da ambição, da falsa e injusta segurança, “porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Tm 6.10). Eis o motivo do Mestre por excelência dizer: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam” (Mt 6.19).
            O começo, em primeiro lugar, precisa ser através dos servos de Deus. Este mundo precisa passar por mudanças radicais. 1 – Seja influente; 2 – Não se alie aos corruptos; 3 – “[...] ajunta para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam” (Mt 6.20), porque a falsa e injusta segurança não dará o céu a nenhum homem.
Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Cl.3.14 - ACIMA DE TUDO O AMOR.

ACIMA DE TUDO O AMOR
Cl.3.14


Introd.: Queres ser amado, ame.
            Esta é a mensagem de filósofos, políticos, clérigos, amantes, pessoas de várias classes e credos, mas que na realidade, muitos não praticam.
Nar.:    O texto afirma que o “[...] amor é o vínculo da perfeição”, Cl.3.14.
            Encontramos nele a unicidade entre duas pessoas.
Propos.:           O amor une perfeitamente todas as coisas.
Trans.:  O amor [...]
1 – Une duas vidas, Gn.29.20, “Assim, por amor a Raquel, serviu Jacó sete anos; e estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava”.
            Como fala Paulo: “[...] o amor é o vínculo [...]”, Cl.3.14.
            Foi “assim, por amor (que) Jacó (casou com) [...] Raquel [...]”, Gn.29.20.
            Que bom seria se todos os casais se unissem “[...] pelo muito que [...] ama”, Gn.29.20.
            O que temos visto não é bem assim.
            Muitos casam por interesses financeiros.
            Outros apenas por brincadeira.
            Mas “[...] Jacó serviu sete anos (o sogro) por amor [...] pelo muito que a amava”, Gn.29.20.
            O verbo “[...] serviu [...]”, Gn.29.20.está no passado.
          Isso indica que mesmo antes de selarem um compromisso mais sério, ele “[...] a amava”, Gn.29.20.
            Para o poeta e rei Salomão, “[...] amor e fidelidade haverá para os que planejam o bem”, Pv.14.22.
            União alicerçada no amor é como um solo que brota felicidade, amizade, bondade, paciência, fidelidade, mansidão, domínio próprio.
            Quem ama aprende a transferir o amor próprio para o outro.
            Amor é o elemento essencial para o relacionamento.
            Sem amor não existe segurança, muito menos a verdadeira união selada em Cristo Jesus.
            [...] O amor (deve ser) o vínculo [...]”, Cl.3.14 entre vocês dois para unir os laços da família – pais e cunhados.
            [...] O [...] vínculo da perfeição”, Cl.3.14 fala de sofrer o que o outro sofre, partilha, suporta, aceitação dos erros.
            Quando “[...] o amor é o vínculo [...]”, Cl.3.14 é possível reunir todas as qualidades num só feixe, como num cacho de uvas.
            As intrigas maiores e menores serão resolvidas através do “[...] vínculo (do) amor [...]”, Cl.3.14.
            Nesse “[...] amor [...]”, Cl.3.14 você pode cumprir com os requisitos da lei, porque “o amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor”, Rm.13.10.
           [...] O amor (como) vínculo da perfeição”, Cl.3.14 prova a espiritualidade, como nascida em Cristo.
            Eis o motivo do “[...] amor jamais acabar [...]”, 1Co.13.8.
Conclusão:       Esposa e esposo, tenham desejos pelo “[...] amor [...]”, Cl.3.14.
            Deixe gravar na mente e no coração que “acima de tudo [...] (que possa ferir) o amor [...] (brigas, discórdias, desunião, vida financeira, sexual, familiar) o amor (precisa continuar sendo) o vínculo da perfeição”, Cl.3.14 no lar de vocês.
            Deus os abençoe!



            Rev. Salvador P. Santana

MOTIVA LIMPAR MAIS
            Uma dentre tantas atividades que as mulheres desenvolvem e que está incluída na segunda jornada de trabalho, fazendo bem feito, é cuidar da limpeza. Sabe-se que muitas são peritas na limpeza da casa, do quintal. Outras do vestuário. Muitas do próprio corpo, e um pequeno número não se importa em pedir a limpeza da própria alma.
            Eis o motivo de Jesus dizer “porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos. (E outra vez Jesus declara que) [...] ele sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: Nem todos estão limpos” (Mt 22.14; Jo.13.11).
            Uma limpeza com que Deus se importa é a limpeza da alma. Os salmistas não tinham dúvidas. Eles eram insistentes em pedir a Deus uma alma santificada. Todos eles, sem exceção, reconheciam a situação pecaminosa na qual viviam.
            A prova é tanta que o rei Davi, após a sua queda, declara pedindo a Deus para o “lavar completamente da sua iniquidade e purificar do meu pecado. Purificar com hissopo, e ficará limpo; lavar, e ficará mais alvo que a neve” (Sl 51.2,7).
            Davi reconhecia não somente o interesse pela limpeza completa, mas também que somente em Deus reside o poder de lavar, purificar com a finalidade de “[...] ficar mais alvo que a neve” (Sl 51.7).
            De igual modo, um dos profetas declarou sobre o “[...] aspergir água pura [...] (a fim de) ficar purificado; de todas as [...] imundícias e de todos os [...] ídolos (deviam ser) [...] purificados” (Ez 36.25).
            O interesse em buscar a limpeza da alma deve ser constante em cada coração. Todos, sem excluir ninguém, desde o menor até o maior, devem, por dedicação e interesse interior, ser motivados a buscar a limpeza para não ser impedido de comunicar-se diretamente com Deus.
            Outro profeta declara que a reclamação de Deus é que, “quando jejuam, não (será) ouvido o seu clamor e, quando trouxer holocaustos e ofertas de manjares, Deus não se agradará deles; antes, Deus os consumirá pela espada, pela fome e pela peste” (Jr 14.12).
            O que fazer diante de tanta impureza pessoal? A resposta é única, verdadeira e bíblica: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Sl 119.11).
            Não existe outro meio que possa levar o homem a buscar limpar ainda mais a alma, a não ser a própria Palavra de Deus. Para que isso ocorra em cada vida é necessário o uso constante da leitura completa da Bíblia sem rodeios, sem lançar mão da sorte bíblica como se fosse um amuleto. A Bíblia precisa ser lida todos os dias, com humildade e oração e sem questionar.
            É preciso lembrar que “[...] a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12).   
            É preciso evitar aquela limpeza exterior semelhante à da casa, corpo e pertences a fim de parecer que se está bem diante de Deus, pelo contrário, peça a Deus para “criar em (em cada coração) [...] ó Deus, um coração puro e renovar dentro (daquele que foi alcançado pela graça de Deus) [...] um espírito inabalável” (Sl 51.10).      
Rev. Salvador P. Santana

domingo, 14 de julho de 2019

FILHOS SOB A RESPONSABILIDADE.


FILHOS SOB A RESPONSABILIDADE
            Um dos grandes erros paternos é a transferência da responsabilidade para avós, irmãos, parentes mais próximos.
            É preocupante quando percebe-se pais deixando as responsabilidades nas mãos de amigos, vizinhos, colegas de trabalho, professores e, por incrível que pareça, muitos são entregues à própria sorte.
            Essa atitude precisa ser deixada de lado para o bem de todas as famílias. Mais que depressa é preciso seguir à risca o conselho de Salomão: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6). Os filhos precisam estar sob a tutela do próprio pai, jamais de terceiros.
            É possível ver a cada dia a delinquência crescente, a falta de respeito aos mais velhos, a falta de compromisso com os afazeres diários por parte desses filhos sem nenhum pai assumir a responsabilidade.
            É assustador o grande número de filhos preguiçosos, desonestos, rebeldes, pirracentos, desobedientes em todo trato devido a falta de proteção, amparo, auxílio e reprimenda paternal.
            Os pais precisam acatar e aceitar os ensinos da Palavra de Deus para que seus filhos estejam sob sua responsabilidade; caso contrário, toda família, toda sociedade e sua posteridade irá sofrer com esses filhos desequilibrados emocionalmente, espiritualmente e fisicamente arrebentados.
            Tudo isso pode acontecer devido à não obediência dos filhos a seus pais. Logo, o mais breve possível esses filhos irão dizer com pesar: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia” (Sl 32.3).
            Veja bem em toda a sua família e preste atenção nos lares de seus colegas. Sim, de fato é visível encontrar filhos ingratos e rebeldes. Esses tem sofrido por demais devido a terem saído de baixo da responsabilidade de seus pais.
            Salomão é bem claro ao falar sobre a responsabilidade dos pais, os quais devem “ensinar a criança (filho) no caminho em que deve andar [...]” (Pv 22.6). Note bem que para que alguém possa ensinar alguma coisa, se faz necessário aprender. O aprendizado deve acontecer porque ninguém pode transmitir aquilo que não sabe.
            Muitos poderão pensar com muita propriedade: - Já estou velho, meus filhos estão emancipados, casados e separados fisicamente, emocionalmente, financeiramente e geograficamente. Eles não estão mais sob minha responsabilidade.
            Correto esse pensamento. Mas quem ordenou parar por completo o ensino por testemunho, por exemplo? Perceba que Moisés aconselha a todos os pais nestes termos: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Dt 6.6, 7).
            Não é porque o seu filho ausentou-se de sua casa que você deixará de dar testemunho. Pelo contrário, aí é que cada pai precisa “tornar-se, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostrar integridade, reverência, linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a seu respeito” (Tt 2.7, 8).
            Perceba a importância da sua responsabilidade como pai mesmo ainda na velhice. Isso se deve porque “na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor” (Sl 92.14).
            Pais, tenham seus filhos sob sua responsabilidade, caso contrário, outro fará!
Rev. Salvador P. Santana

sábado, 13 de julho de 2019

Gn.9.22-27 - FILHO FOFOQUEIRO.


FILHO FOFOQUEIRO
Gn.9.22-27

Introd.:           Deus nos repreende para “não andar como mexeriqueiro entre o seu povo; não atentar contra a vida do seu próximo [...]”, Lv.19.16.
            Salomão fala que “o mexeriqueiro descobre o segredo, mas o fiel de espírito o encobre”, Pv.11.13.
            Ora, se “o mexeriqueiro revela o segredo; portanto, não se metas com quem muito abre os lábios”, Pv.20.19.
Nar.:    O texto narra a história fofoqueira de Cam a respeito de Noé, seu pai.
Propos.:           A fofoca destrói tanto um e outro metidos na falsa história.          
Trans.:             Filho fofoqueiro [...]  
1 – Descobre o segredo do pai.
            Cam (heb. Quente, segundo filho de Noé foi o causador da fofoca a respeito do seu pai) [...]”, Gn.9.22.
            Cam, pai de Canaã (nações que povoaram a costa marítima de Israel, dominadas por estes quando Josué tomou posse da terra prometida) [...]”, Gn.9.22.
            Cam [...] (eu e você somos os únicos responsáveis pela desgraça causada) [...]”, Gn.9.22.
            Cam [...] vendo (verbo no gerúndio dá a ideia examinar, inspecionar, perceber, considerar o que de mau, perverso, intragável poderia fazer para prejudicar) [...]”, Gn.9.22.
            Cam [...] vendo a nudez (vergonhas, pudendas-partes íntimas, indecência, pecado praticado porque) Cam (eu e você insistimos em ver, procurar erro no outro para denunciar, expor à vergonha) [...]”, Gn.9.22.
            Cam [...] viu a nudez do pai (que podia ser poupada, renegada, escondida dos outros) [...]”, Gn.9.22.
            Cam (toma uma atitude, a qual “[...] o SENHOR aborrece [...] e [...] abomina [...] o que semeia contendas entre irmãos”, Pv.6.16, 19) [...]”, Gn.9.22.
            Cam [...] a (respeito da) nudez do pai, fê-lo saber (não apenas a seu coração, não guardou segredo, resolveu espalhar a vergonha do pai) [...]”, Gn.9.22.
            Cam [...] fê-lo saber, fora (da tenda onde estava seu) pai (podia ter guardado segredo, devia ter contado para Deus em particular) [...]”, Gn.9.22.
            Cam [...] (buscou encontrar com) seus dois irmãos (não para se condoer, ficar triste, orar em favor do pai)”, Gn.9.22.
            Cam [...] fora, a seus dois irmãos (apresentar a descoberta do segredo do) pai (caçoar, dar risadas, promover a desgraça do próximo) [...]”, Gn.9.22, fuja desse mal.
            Filho fofoqueiro [...]
2 – Deve aprender com os sábios.
            A conjunção conclusiva “então [...]”, Gn.9.23 apresenta aos fofoqueiros outra forma de lidar com situações adversas.
            [...] Sem (heb. Nome – uma nova nação como vínculo da mensagem espiritual, a qual podemos imitar) [...]”, Gn.9.23.
            [...] Jafé (heb. Aberto – descendentes habitaram as terras costeiras do Mediterrâneo – África, Ásia e Europa – evangelho disseminado – Itália – Paulo; França - Calvino) [...]”, Gn.9.23.
            Estes homens, “[...] Sem e Jafé (precursores da mensagem da salvação, têm muito a nos ensinar a respeito da evangelização e não da fofoca) [...]”, Gn.9.23.
            Para ensinar Cam, “[...] Sem e Jafé tomaram uma capa (a fim de não expor a vergonha do pai, com o desejo de proteger, livrá-lo da fofoca) [...]”, Gn.9.23.
            A atitude de homens sábios não é fofocar, portanto, a atitude sábia é “[...] por uma capa sobre os próprios ombros de ambos (evitar olhar com insistência a desonra, a miséria, a desgraça do outro) [...]”, Gn.9.23.
            [...] E, (outra atitude benéfica para não aderir à fofoca foi) andar costas (para não perder o foco, o alvo de onde viera – obediência, respeito) [...]”, Gn.9.23.
            Os “[...] rostos desviados (têm o propósito de manter “[...] os olhos [...] (fixos em propósitos que agradam a Deus para não) tropeçar [...]”, Mt.18.9) [...]”, Gn.9.23.
            Sendo sábio, você ensina o fofoqueiro a “[...] cobrir a nudez do pai (filho, amigo, inimigo, irmão para não ficar tentado a fofocar sobre o que tenha visto, ouvido, sabido) [...]”, Gn.9.23.
            [...] Sem e Jafé [...] (esforçaram-se) sem que [...] vissem [...] a nudez do pai [...]”, Gn.9.23 com o desejo de não querer, não desejar, não procurar saber os erros dos outros para não ser fofoqueiro.
            Por causa da atitude dos filhos de Noé, Sem e Jafé, “despertando Noé do seu vinho (ele preferiu escutar o que havia sido feito de bom a seu favor) [...]”, Gn.9.24.
            [...] Noé [...] soube (da vergonha que os filhos sentiram, da preocupação que eles tiveram em proteger, guardar e não difamar o pai) [...]”, Gn.9.24.
            [...] O filho mais moço [...] Jafé (foi recompensado habitantes da Europa anunciaram o evangelho) [...]”, Gn.9.24.
            Saiba que, “quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau”, Pv.13.20.
            Filho fofoqueiro [...]
3 – Torna-se maldito.            
            Perceba que o texto completa: “e disse Noé: (nem a Sem e muito menos a Jafé. O texto pode falar ainda hoje a respeito da maldição que assola este mundo quando o assunto é fofoca) [...]”, Gn.9.25.
            [...] Maldito seja Canaã (descendentes subjugados por Israel) [...]”, Gn.9.25.
            [...] Maldito seja Canaã (escravos espirituais dos ídolos, decadentes e corruptos) [...]”, Gn.9.25.
            [...] Seja servo dos servos a seus irmãos (aqueles povos não foram escolhidos, não suportaram contemplar a bênção de Deus sobre a vida de Israel)”, Gn.9.25.
            O pecado os tornaram “[...] malditos [...]”, Gn.9.25.
            A fofoca destruiu a vida espiritual de Cam.
            E ajuntou (a contínua cobrança de Deus a respeito do pecado que eu e você praticamos) [...]”, Gn.9.26.
            O texto é claro ao dizer que é “[...] bendito (aquele que Deus resolve abençoar) [...]”, Gn.9.26.
            Por este motivo, “[...] bendito seja o SENHOR (que pratica a sua misericórdia para com aquele que ele deseja) [...]”, Gn.9.26.
            Ao falar sobre o “[...] Deus de Sem (o texto aponta para o passado – escolha e o futuro, a servidão integral do seu povo) [...]”, Gn.9.26.
            Da linhagem de “[...] Sem (descende Abraão e Jesus, o Filho de Deus que veio salvar o seu povo, “[...] porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus”, Rm.3.2) [...]”, Gn.9.26.
            [...] E (mais uma vez Deus declara que) Canaã [...] seja servo [...] de Sem (servos que buscam a Deus e rejeitam a fofoca) [...]”, Gn.9.26.
            Não brinque com o pecado da fofoca.
            O pecado de Cam produziu para ele os frutos mais amargos.
            Filho fofoqueiro [...]
Conclusão:      Apenas contempla a benção dos filhos de Deus.
            Fique sabendo que “Deus (sempre vai) engrandecer a Jafé (heb. Aberto – descendentes habitaram as terras costeiras do Mediterrâneo – África, Ásia e Europa – evangelho disseminado – Itália – Paulo; França - Calvino) [...]”, Gn.9.27.
            Engrandecimento (de) Deus a Jafé (fala das conquistas territoriais – Europa, Ásia Menor – evangelho proclamado) [...]”, Gn.9.27.
            É o próprio “[...] Deus (que ordena) a Jafé [...] habitar [...] nas tendas (de salvação) de Sem (que ficou responsável pela entrega da mensagem da salvação) [...]”, Gn.9.27.
            [...] E Canaã (eu e você caso continue na prática da fofoca?) [...]”, Gn.9.27.
            A resposta de “[...] Deus (para todo fofoqueiro é que) seja servo (escravo de) Jafé (o qual aceita a Palavra de Deus como única regra de fé e prática)”, Gn.9.27.
            Não fique na contemplação, peça a Deus para mudar e renovar a sua vida.


            Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 10 de julho de 2019

1Co.10.16 - A CEIA COMO PROFISSÃO DE FÉ.


A CEIA COMO PROFISSÃO DE FÉ, 1Co.10.16.

Introd.:           A Ceia do Senhor é uma vívida afirmação de fé por parte do crente, pois é a expressão externa dos benefícios que são outorgados a ele por Cristo por meio de seu sacrifício redentor.
            A participação dessa ordenança aponta o cumprimento das promessas contidas, na aliança da graça.
            A Ceia nos ensina sobre nossa necessidade de salvação e sua garantia, diante da escravidão espiritual em que vivíamos.
            A Ceia nos apresenta o Cordeiro de Deus, que foi entregue em nosso lugar para nossa salvação eterna.
1 – Confissão de fé.
            João Calvino – “Os sacramentos exercitam nossa fé diante dos homens, quando a fé resulta em reconhecimento público e é incitada a render louvores ao Senhor” – Instrução na fé – princípios para a vida cristã – Logos.
            O próprio modo de viver cristão deve ser uma confissão visível de sua fé a ponto de “[...] apresentar o seu corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o seu culto racional. E não se conformar com este século, mas transformar-se pela renovação da sua mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, Rm.12.2.
            O crente, ao participar da Ceia do Senhor, proclama visualmente, os benefícios que foram outorgados a ele pelo sacrifício remidor de seu Salvador – CFW – XVII.I.
            Os sacramentos são santos “[...] sinais (do pacto) [...] como selo da justiça da fé [...]”, Rm.4.11, os quais, foram instituídos por Cristo, para “[...] fazer discípulos [...] batizando [...] (e ministrando a Santa Ceia) do Senhor (com) pão (e vinho) [...]”, Mt.28.19; 1Co.11.23.
            A Santa Ceia representa a Cristo e seus benefícios, mesmo porque, “[...] o cálice da bênção que abençoamos [...] é a comunhão do sangue de Cristo [...] o pão que partimos [...] é a comunhão do corpo de Cristo [...]”, 1Co.10.16.
            É por este motivo que “[...] todas as vezes que comemos este pão e bebemos o cálice, anunciamos a morte do Senhor, até que ele venha”, 1Co.11.26.
            O participar da Ceia do Senhor faz a diferença visível entre os que pertencem à igreja e o restante do mundo.
            É por este motivo que, no V. T. que, “[...] se algum estrangeiro [...] quisesse celebrar a Páscoa do SENHOR, (devia) ser circuncidado [...] (de igual modo, o crente) não pode beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não pode ser participante da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”, Ex.12.48; 1Co.10.21.
            Logo, a profissão da nossa fé se dá quando somos “[...] fomos [...] sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida”, Rm.6.4.
            Ao participar da Ceia do Senhor, estamos comunicando de modo vívido, a todos, que pertencemos tão somente ao nosso Senhor e devotamos a ele nossa vida em obediência.
            Testemunhamos que, em consequência da remissão de nossos pecados mediante o sacrifício de Cristo, recebemos a vida eterna.
2 – Benefícios professados.
            As refeições sacrificiais são encontradas no A.T.
            A ordem de Deus: “[...] qualquer que estiver limpo comerá a carne do sacrifício. (E, ao entrar na terra prometida) [...] comereis perante o SENHOR [...]”, Lv.7.19; Dt.12.7.
            Essas refeições possuíam um caráter confessional.
            O povo de Israel não poderia participar das refeições sacrificiais dos gentios, pois denotaria um compromisso de fé com os falsos deuses deles.
            A ordem de Deus era “para [...] não fazer aliança com os moradores da terra; não [...] se prostituir [...] com os (seus) deuses [...] (não) comer dos seus sacrifícios [...] (mas Israel) se juntou a Baal-Peor e comeram os sacrifícios dos ídolos mortos [...] a ira do SENHOR se acendeu contra Israel”, Ex.34.15; Sl.106.28; Nm.25.3.
            As refeições sacrificiais carregavam um caráter confessional porque expressavam simbolicamente a união do Senhor Deus da aliança com o seu povo escolhido.
            Participando do “[...] sacrifício da Páscoa ao SENHOR, (os filhos de Israel traziam à memória) que (o SENHOR) passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as suas casas [...]”, Ex.12.27.
            A “lembrança de que foram servos no Egito (portanto, deviam) [...] guardar estes estatutos, e os cumprir”, Dt.16.12.
            A participação do sacrifício era um sinal da libertação da escravidão física e nacional, apontando a libertação da escravidão do pecado.
            O N.T. usa alguns termos distintos para se referir à mesma ordenança de que é um ato confessional.
            Encontramos “[...] ceia do Senhor [...] mesa do Senhor [...] partir do pão [...] comunhão [...] (ação de) graças [...]”, 1Co.11.20, 21; At.2.42; 1Co.10.16; 11.24.
            A Ceia do Senhor foi instituída por Jesus como uma transposição natural da Páscoa.
            O contexto dos relatos dos evangelhos é a refeição pascal, “[...] enquanto comiam [...] (daí, o) [...] pão e [...] (o) cálice [...]”, Mc.14.22, 23 passaram a possuir uma nova significação.
            [...] O cordeiro imolado [...] (como sacrifício sangrento é substituído pelo pão) [...] Jesus [...] (como) o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (para remissão dos pecados) [...]”, Lv.14.13; Jo.1.29.
            A Ceia do Senhor representa verdades espirituais por meio de sinais visuais externos, que comunicam de maneira simbólica “[...] a morte do Senhor, até que ele venha”, 1Co.11.26.
            Todo crente se torna “[...] unido com Cristo na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”, Rm.6.5.
            O nosso sustento é Jesus porque “Ele é a videira verdadeira, e seu Pai é o agricultor”, Jo.15.1.
            A ceia simboliza a comunhão dos crentes, “porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão”, 1Co.10.17.
            A Ceia é um selo que confere garantias e certezas espirituais aos crentes.
            A Ceia aponta a segurança do crente, pois “[...] Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”, Rm.5.8.
            O crente, ao receber esses benefícios graciosos da parte do Senhor, é então responsabilizado, ao professar sua fé em Cristo, comprometendo-se a viver uma vida de obediência ao seu Senhor.
3 – Compreensão da Ceia do Senhor.
            CM – “O que é a Ceia do Senhor?”. A Ceia do Senhor é o sacramento do N.T., no qual, Jesus “[...] ceou, tomou o cálice [...]”, Lc.22.20, de acordo com a sua instituição, anunciando a sua morte; e os que dignamente participam dela, alimentam-se do corpo e do sangue de Cristo para sua nutrição espiritual e crescimento na graça.
            Aquele que participa da Ceia do Senhor tem a sua união e “[...] comunhão [...] (com) Cristo [...]”, 1Co.10.16 confirmados pelo motivo de “[...] todos participarem do único pão (corpo místico/secreto)”, 1Co.10.17.
            Em Cristo, todas as promessas anteriormente feitas por Deus são cumpridas, especialmente o perdão total dos pecados.
            Temos a garantia de “[...] sermos filhos [...] também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados”, Rm.8.17.
            Ao anunciar a morte de Cristo, a Ceia nos comunica a doutrina do sacrifício substitutivo do Senhor Jesus Cristo em nosso favor.
            Somos fortalecidos pela graça de Deus ao participar da Ceia.
            O ponto inicial dessa graça “[...] é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”, Rm.6.23.
            A vida eterna só se concretiza porque eu e você foi chamado eficazmente “quando [...] Deus nos separou antes de [...] nascer e nos chamou pela sua graça [...]”, Gl.1.15.
            Perceba que é “[...] pela graça somos salvos, mediante a fé; e isto não vem de nós; é dom de Deus”, Ef.2.8.
            A Ceia nos comunica que a única fonte “[...] da [...] graça (que recebemos) [...] nos foi dada em Cristo Jesus”, 1Co.1.4.
            Através da graça os crentes são “[...] reconciliados [...] em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz [...]”, Ef.2.16.
            Esse favor recebemos porque “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar [...]”, Gl.3.13.
            É por este motivo que “[...] já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”, Rm.8.1.
            A Ceia nos faz compreender que Jesus conquistou e enviou “[...] o Consolador [...]”, Jo.16.7 para “[...] nascermos de novo [...]”, Jo.3.3.
            Ao participar da Ceia do Senhor, estamos testemunhando que possuímos uma nova “[...] vida [...] com Cristo [...]”, Cl.3.3.
4 – Responsabilidades e bênçãos da confissão.
            Colossenses 3.1-4 ajudá-nos a entender quais são as responsabilidades daqueles que foram ressuscitados com Cristo, realidade que nos é comunicada na Ceia do Senhor.
            O texto é claro: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus”, Cl.3.1.
            A partícula “[...] se [...]”, Cl.3.1 não possui a ideia de incerteza ou dúvida, mas denota o que realmente é, a verdadeira realidade dos eleitos de Deus.
            O texto afirma sobre o dever de “[...] buscar as coisas lá do alto [...]”, Cl.3.1.
            Paulo está apresentando qual deve ser o alvo da vida do crente.
            O verbo buscar possui uma forte ênfase em investigar, o que significa uma chamada à tarefa da igreja de se dedicar ao conhecimento das verdades espirituais em Cristo.
            [...] Onde Cristo vive, assentado à direita de Deus”, Cl.3.1; a frase relembra o senhorio e a glória de Cristo, sua posição de proeminência, exaltação e a sua superioridade diante de todas as coisas criadas.
            [...] Fomos ressuscitados juntamente com Cristo [...]”, Cl.3.1 e já compartilhamos da vida celestial proporcionada por ele a nós, não em sua inteireza, mas em sua, realidade graciosa, pois já somos cidadãos do céu.
            Ao falar que devemos “pensar nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra”, Cl.3.2, o texto nos exorta a ter em mente coisas mais elevadas e importantes.
            O pensamento do crente deve estar voltado unicamente para Cristo Jesus.
            O crente deve ter em mente as “[...] coisas lá do alto [...]”, Cl.3.2.
            O seu pensamento não deve estar “[...] nas que são aqui da terra”, Cl.3.2.
            As “[...] coisas lá do alto [...]”, Cl.3.2 dizem respeito ao evangelho verdadeiro, juntamente com suas promessas e mandamentos.
            Já as “[...] coisas [...] que são aqui da terra”, Cl.3.2 são, “[...] conforme (Paulo) os rudimentos (qualquer primeira coisa que perece e, promovem os apetites carnais) do mundo e não segundo Cristo”, Cl.3.2.
            O verbo “pensar [...]”, Cl.3.2 faz referência a mais do que um exercício mental, traduz-se em verdadeira motivação, que se transforma em ação efetiva.
            O céu deve ser o “pensamento [...]”, Cl.3.2 de todo crente, “pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”, Fp.3.20.
            A expressão “porque morrestes [...]”, Cl.3.3 possui um paralelo claro com Romanos, porque estamos “[...] mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus”, Rm.6.11.
            A verdade é que os apetites carnais existem porque “[...] cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”, Tg.1.14, 15.
            Mas, “porque morremos [...] a nossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus”, Cl.3.3 para combater o pecado.
            O indicativo redentor de morrer e ressuscitar com Cristo não deve ser separado do imperativo de lutar contra o pecado – Herman Ridderbos – A Teologia do Apóstolo Paulo - ECC.
            [...] E a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus”, Cl.3.3.
            Anteriormente Paulo falou sobre morte, agora, fala sobre vida.
            A palavra “[...] oculta [...]”, Cl.3.3 remete para Colossenses 2.3 ao falar: “em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos”, Cl.2.3, assim, sabemos que Cristo é o centro vital do cristão.
            Nossa vida está oculta em Cristo “porque [...] fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição [...] (por este motivo) já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”, Rm.6.5; Gl.2.20.
            Existe vida nos crentes somente porque Cristo é a sua vida.
            A Ceia do Senhor nos comunica Cristo e, ao vivermos em conformidade com o seu querer, professamos que pertencemos somente a Ele.
            Sabemos que, “quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar (Segunda Vinda), então, nós também seremos manifestados com ele, em glória”, Cl.3.4.
            Participar da Ceia do Senhor é professar o desejo de sua Segunda Vinda.
            Ao falar que “[...] Cristo, que é a nossa vida [...]”, Cl.3.4, Paulo apresenta duas verdades: 1 – A vida é Cristo; e, 2 – Nós somos recipientes de uma graça maravilhosa, a vida.
            A certeza que temos é que, “quando Cristo [...] se manifestar (Segunda Vinda, é o dia que) [...] nós também seremos manifestados com ele, em glória”, Cl.3.4.
            Ser “[...] manifesto [...] com Cristo [...]”, Cl.3.4 indica que os crentes serão postos ao lado do Senhor, na sua Segunda Vinda, para demonstrar que pertence ao único Senhor; daí, todos serão ressuscitados “[...] em glória”, Cl.3.4.
Conclusão:      A Ceia do Senhor constitui ocasião e oportunidade para o crente confessar sua fé em Cristo Jesus.
            É necessário conhecer e viver claramente o conteúdo da fé.
            A Ceia comunica Cristo e fortalece nossa fé e esperança na vinda de nosso Senhor.
            A Ceia publica que pertencemos e nos comprometemos com o nosso Salvador.
Aplicação:       Como participar da Ceia pode levá-lo a crescer em santificação e entrega à obra do Pai?


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor – Palavra Viva – Rev. Christian Brially Tavares de Medeiros – ECC.