terça-feira, 19 de julho de 2011

DENTRO E FORA DE CASA

DENTRO E FORA DE CASA


A Brahma deseja que todos os homens e mulheres frequentem quiosques, bares, restaurantes e seus similares ao invés de ficarem em casa no aconchego da família. Diz o comercial que a copa America no bar tem mais sabor. Essa ideia é mostrada no comercial “bar x casa 2”. A festança corre à solta mostrando homens e mulheres assistindo a copa America. Uns estão bebendo no bar e outros quatro amigos dentro do apartamento. O sindico telefona dizendo que a vizinha de baixo está reclamando e logo aparece ela batendo no teto com o cabo da vassoura. Chegam mais moças no bar, enquanto no apartamento dos rapazes chega o síndico, a vizinha com o policial batendo o cassetete na mão. – http://www.brahma.com.br/sabor/2011/07/copa-america-fica-ainda-melhor-no-bar/#post-content.

Nestes últimos dias a apologia dos maus costumes, da desordem, da maconha, da falsa religião, das bebidas chamadas lícitas, do cigarro, do homossexualismo tem crescido assustadoramente. Não bastasse todo esse tipo de indução, a propaganda da cervejaria Brahma lança em rede nacional a apologia dos homens e mulheres fora de casa, fora da família, fora do convívio entre os seus, fora da mesa de jantar, fora da cama de dormir, fora do carinho. Estes preferem o relento, o canto escuro do bar, as esquinas e calçadas tomadas de cadeiras, os companheiros que se dizem amigos enquanto o outro pague a conta.

Já não existe mais aquela ideia de homem no trabalho e mulher cuidando da casa. Nos dias atuais tanto o homem quanto a mulher têm direitos iguais. Por este motivo um número maior de mulheres é visto à roda de uma mesa de bar bebendo largamente e muitas estão aprendendo dentro de casa. Diante de tanta ausência no lar, ficam os filhos menores e maiores, os pais, os avôs solitários trancafiados dentro de suas casas. Conforme as estatísticas, “[...] o álcool é a droga preferida dos brasileiros (68,7%) [...] é preciso saber que o álcool é a porta de entrada das drogas (chamadas ilícitas)” – http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/etanol5.htm. O pior é que os filhos de pais alcoólatras têm até quatro vezes chances de tornarem dependentes.

Diante de tanta apologia e liberdade muitos “filhos (estão) ficando órfãos [...] e (muitas) esposas/os viúvas/os [...]” (Sl.109.9). Calma! Não precisa necessariamente existir a morte física para tirar um ou outro de dentro de casa. Geralmente, no final de expediente do trabalho, os bares ficam lotados até que as portas sejam baixadas, até que o cansaço se acomode em seu corpo, até que o dinheiro acabe, que a briga comece para dar início da volta definitiva, naquela noite, para casa. Nesse meio tempo os filhos ficam sozinhos, com os avôs, com os vizinhos, com os empregados, daí, somente Deus é quem pode “[...] guardar a sua alma da cova e a sua vida de passar pela espada” (Jó 33.18). Mas, muitos poderão dizer que isso nunca vai acontecer consigo mesmo, até o dia em que “[...] for tomada [...] e apanhada de surpresa [...] (daí) se tornará [...] objeto de espanto entre [...]” (Jr.51.41) os familiares e companheiros de bebida.

Ao escolher entre ir para o bar ou ficar em casa, fique em casa para contrariar a propaganda, para reduzir ao máximo a venda de bebida alcoólica, para evitar a compra de um caixão, para evitar acidentes, para não ser mais um na lista dos acidentados, dos encarcerados, para não ser contado entre os que “[...] bebem o vinho das violências” (Pv.4.17), a fim de que “o vinho (não seja o seu) [...] escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora (no sentido de chorar e ser perturbado a ponto de abandonar a) sabedoria” (Pv.20.1) de Deus.

Ei! Não fique pensando que só pelo fato de ficar em casa você pode fazer o que bem entende. Dentro de casa os bebês ouvem e escutam com mais perfeição que os adultos. É ali que muitos aprendem matar, roubar, espancar, adulterar, levantar falso testemunho, mentir, enganar, beber em excesso até cair para depois ensinar a próxima geração. Não faça apologia do que não presta. Não fique pensando que essa irresponsabilidade dentro e fora de casa ficará impune. Chegará um “[...] dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgará os segredos dos homens, de conformidade com o [...] evangelho” (Rm.2.16). Por causa de tanto erro e maldade existentes no mundo, “[...] cuida de ti mesmo e da doutrina [...] porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1Tm.4.16).

Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 8 de julho de 2011

PROVAR A SINCERIDADE

PROVAR A SINCERIDADE


“[...] Ruth Graham, diz que, se ela e seu marido, Billy, sempre concordassem em tudo, um dos dois seria desnecessário. Se os homens e mulheres fossem idênticos nos seus pensamentos e sentimentos, na maneira de encarar o mundo ou realizar as suas tarefas e na sua contribuição para o casamento, o próprio casamento seria desnecessário. O casamento não é um concurso nem deve ser um campo de batalha, e, sim, duas partes que trabalham juntas, suprindo uma falta aqui, contribuindo com sabedoria ou qualidade ali, recebendo impressões diferentes de uma situação e compartilhando-as, para chegarem a uma conclusão [...]” – O que toda mulher deve saber – Mildred Cooper e Martha Fanning – página 53 - Juerp.

É interessante notar como “[...] Deus [...] permite [...]” (Ex.21.13) cada cônjuge, cada filho, cada habitante neste mundo atuar em certas situações. É bem verdade que cada um é único em seus problemas, dificuldades e alegrias e ninguém, absolutamente ninguém é igual ao outro. Nenhum homem é comparado ao outro na medida da dor, da tristeza, do choro, da riqueza, da pobreza, da compostura, do odor, do ódio, da vingança. Todos, sem exceção “[...] sonha [...] o seu sonho [...] cada sonho com a sua própria significação [...]” (Gn.40.5). Pensando bem, “[...] cada um faz o que acha mais reto” (Jz.21.25) e, é neste aspecto que muitos “[...] caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição” (1Tm.6.9).

Veja bem como acontecem todas as coisas debaixo da infinita “[...] sabedoria (de) Deus, o SENHOR [...] (que) pesa todos os feitos na balança” (1Sm.2.3). É o próprio Deus quem permite as diferenças tal como a que aconteceu com “a mulher (Eva que pôde) ver que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu” (Gn.3.6). Nada de querer observar se é a mulher ou o homem que é mais propenso ao erro ou as faltas mais desgastantes na face da terra. Os dois são “[...] raça de homens pecadores [...]” (Nm.32.14) e nenhum escapa aos deslizes e manifestações de desagrado diante de Deus.

Essas diferenças, ou, esses pecados diversos que cada um comete, embora nem todos da mesma família sejam propensos aos mesmos erros, são evidências de que um ao outro se complementam. Isto não quer dizer que existe pecado benéfico para alimentar um relacionamento, mesmo “porque o pecado não (pode) ter domínio sobre [...]” (Rm.6.14) o servo de Deus. Ainda mais porque existe “[...] pecado não para morte [...] (e) há pecado para morte [...]” (1Jo.5.16), eis a razão mais contundente para abandonar todo erro e é neste aspecto que um pode ajudar o outro para não seguir no erro ou regularizar o relacionamento.

Caso Deus fechasse os olhos para o relacionamento humano, todos estariam em total desespero e, rapidamente, cada um eliminaria o outro. Mas, como “[...] o SENHOR [...] atenta para (o seu povo) [...] e cumpre [...] (com) a (sua) boa palavra [...]” (Jr.29.10) para abençoar, tal como Deus faz no casamento, permitindo que homens e mulheres não idênticos se relacionem para que um aprenda a cobrar e às vezes exigir do outro mudança, e desta forma, aprenderem a viver melhor neste mundo, Ele faz que homens de costumes diferentes, com pecados diversos, com manias sem fim, com palavras abusivas, com temperamentos agressivos vivam “todos [...] juntos [...]” (At.2.44) a fim de esbarrar ou esmerilar um ao outro para “[...] obter a perfeição [...] (através de) Cristo Jesus” (Fp.3.12).

No lugar onde Deus colocou você há um propósito, pois todos “sabem que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus [...] segundo o propósito dEle” (Rm.8.28). A pessoa que está ao seu lado, um parente mais chegado ou distante, amigo, companheiro de viagem, de trabalho, que comunga a mesma fé, pode ela ser chata, intrigante, briguenta, mexeriqueira, maldizente, revolta, violenta. Ela foi colocada ao seu lado “[...] para provar [...] a sinceridade do (seu) [...] amor” (2Co.8.8), que só é possível “[...] por meio de Jesus Cristo que derramou (o seu sangue) sobre (a cruz em favor do seu povo) [...]” (Tt.3.6).

Rev. Salvador P. Santana

sábado, 2 de julho de 2011

EM BUSCA DE UM LAR

EM BUSCA DE UM LAR


A cada dia que passa, são encontrados jogados nos orfanatos, espalhados pelo território brasileiro, um número cada vez maior, de meninos e meninas abandonados pela falta de responsabilidade de seus pais e da péssima distribuição de renda vergonhosa do país. Essas crianças ficam desesperadas em busca de um lar para receberem carinho, conforto e companheirismo de seus pais adotivos. Ainda, esperam receber pelo menos um prato de comida diariamente, uma peça do vestuário e um teto para abrigá-los adequadamente. Mas que pena! Os escolhidos são aqueles que têm menos idade e de cor clara. Sendo assim, os mais velhos e de cor negra e parda, ficam tentando e buscando um lar para serem acolhidos, quem sabe, primeiro por um europeu, segundo por um asiático e por último, um latino-americano. Que vergonha! Os números nacionais não mentem, pois “[...] grande parte das pessoas desejam adotar só um filho (99%), menor de três anos (83%) e de cor branca (49%), a maioria dos abrigados é de cor negra ou parda (52%), maior de três anos (87%) e possui um ou mais irmãos (56%). São crianças que ninguém quer [...]” - http://www.gaasp.org.br/adocao/adocao_12.html.

É muito difícil apontar o responsável como causador de um filho à procura de um lar. Seriam responsáveis os orfanatos ou os órfãos? Quem sabe não é a situação econômica brasileira. É possível que o sistema burocratizado da justiça que avalia se este ou aquele é a pessoa adequada para ser o pai adotivo. Que nada! Os únicos responsáveis que devem buscar um lar para o seu filho, são os pais. Isto acontece até mesmo entre os mais brutos e ignorantes.

A busca de um lar é vista na vida de Noemi em favor de sua nora Rute. Logo após a morte de seu marido e filho, “[...] Noemi, sua sogra [...] (fez de tudo para) buscar um lar, para (que Rute fosse) [...] feliz [...]” (Rt.3.1). Essa atitude é de grande valor, exemplo e incentivo para os pais biológicos buscarem um lar para seus filhos. A busca do lar para o seu filho não significa deixá-los sair por aí a procura de um namorado (a) que seja bonito (a), rico (a), simpático (a) ou conquistador (a), é preciso muito mais que essas qualidades.

Na busca de um lar para os filhos é preciso que os pais tenham interesse em ver o bem de seus filhos. É necessário que ao olhar para o futuro do filho, você contemple um lar melhor que o seu e mais abençoado. Um lar onde ele tenha condições de conversar com o filho sem gritaria, sem murmurações e que tenha a plena certeza de que o filho vai retornar para os seus braços.

Rute havia deixado para trás o marido morto, o pai, a mãe, os irmãos, daí, a sua sogra Noemi, preocupada com um novo lar, em sua fala declara: “[...] não hei de eu buscar-te um lar [...] ?”. O pronome na primeira pessoa indica uma interferência sábia, sadia e inteligente dos pais no namoro, noivado e casamento a fim de que o seu filho “[...] seja feliz [...]” na busca de um lar. É certo que ao interferir, os pais não irão ditar as regras com o propósito de desfazer o namoro, noivado e casamento de seu filho, mas irão alertá-lo devido a experiência que você tem obtido no decorrer dos anos quanto ao modo de vida daquele (a) que seu filho está prestes a se envolver para buscar um lar. Grave bem! Caso o seu filho insista em namorar, noivar e casar com uma pessoa que você, pai, desaprova, tenha a certeza, ele irá sofrer sérias consequências num futuro bem próximo.

É muito triste saber que muitos pais não estão nem aí com a felicidade de seus filhos. Não se importam e nem procuram saber com quem seus filhos estão se relacionando, se são pessoas de bem, de família, se tem vícios ou não, se servem ao único Deus verdadeiro, se são trabalhadores, estudiosos, responsáveis, respeitadores. Isso prova a falta de cuidado e zelo para com a sua posteridade, pois dentro em breve, “desaparecerá a sua posteridade, e na seguinte geração se extinguirá o seu nome” (Sl.109.13), tudo, porque os pais não se preocuparam em buscar um lar para o seu filho.

Ainda dá tempo para você buscar um lar “[...] feliz [...]” para o seu filho, a fim de não vê-lo abandonado nos orfanatos da vida, desprotegido do carinho dos pais e sem esperança. Queira um lar cheio de alegria e felicidade em Jesus, porque aos pais está ordenado “ensinar a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv.22.6). Não tenha vergonha de pedir ao Papai do céu, em nome de Jesus, que abençoe toda a sua família e que os seus filhos busquem um “[...] lar feliz [...]”.

Rev. Salvador P. Santana