sábado, 29 de junho de 2019

ÁRVORE.

ÁRVORE
            Esse “vegetal lenhoso de grande porte, provido de ramificações na parte superior que formam uma copa”, tem muito a ensinar com suas raízes, caule, folhas, flores e frutos – Dicionário Larousse.
            Todos sabem que a árvore necessita retirar do solo a água e os sais minerais necessários para a fabricação do alimento, por isso a necessidade das raízes.
            Já o caule ou o tronco é que sustenta as folhas, as flores e os frutos. É por meio dele que a água e os sais minerais chegam aos preciosos frutos que estão em cada mesa.
            A função da folha é ajudar a planta a respirar, a transpirar e a fabricar o seu próprio alimento.
            O penúltimo processo foi destinado às flores. Essas são o órgão de reprodução da planta que leva para o último estágio da árvore; o fruto guardando a semente que dará origem a outras plantas.
            Assim como as árvores, os servos de Deus precisam, urgentemente, lançar as suas raízes como aquela “[...] árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto. (João completa dizendo que) aquele, porém, que beber da água que Jesus lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que Jesus lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (Jr 17.8; Jo 4.14).
            Faltando alimentação na fonte certa, que é Jesus, haverá uma cadeia de destruição lenta na vida da árvore (você). Primeiro as raízes irão secar por falta da fonte; isso pode levar algum tempo, mas pode ser certa a morte.
            Em seguida o caule apodrecerá, causando a morte instantânea das folhas. A morte das folhas é o primeiro sinal que segue: murchando, como alguém ansioso, desesperado pedindo água para beber. Como consequência da falta de alimentação, as flores não irão desabrochar e por sua vez, não darão o seu fruto. É exatamente dessa forma que muitas pessoas estão vivendo dentro da igreja, se é que se pode dizer vivendo. Estes e tantos outros vivem como aqueles do tempo de Isaías que “[...] abandonaram o SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás” (Is 1.4).
            Para acabar com essa morte lenta, sofrida e desnecessária, se faz necessária a busca incessante Àquele que é “[...] o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim [...] (é por isso que) a quem tem sede, Jesus dará de graça da fonte da água da vida” (Ap 21.6), caso contrário, sendo negligente, rebelde e não se esforçando para buscar na fonte certa, fique sabendo que “já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo” (Mt 3.10).
            Ante o exposto, imagine você sendo uma árvore mirrada, sem vida. Pense seriamente na qualidade de árvore que você seria se as suas raízes, o seu interior, a sua alma não buscarem na fonte certa.
            Olhe para dentro de você como que contemplando o caule da árvore apodrecendo, “[...] estando [...] mortos nos seus delitos e pecados” (Ef 2.1). Olhe, ainda que seja rapidamente, para suas folhas murchas, pois elas devem ser vistosas, para que “[...] brilhe também a sua luz diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem a seu Pai que está nos céus” (Mt 5.16).
            Não deixe de perceber e sentir as flores, caso contrário, “[...] em lugar de perfume haverá podridão [...]” (Is 3.24). Não, não se pode apresentar diante de Deus mau cheiroso, antes, é dever de cada um “[...] ser para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem” (2Co 2.15).
            E o que dizer dos frutos? Os frutos são os mais excelentes e mais saborosos apresentados diante dos homens, logo “[...] pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.20). Eis o motivo do conselho de João Batista: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8).
            Querido irmão! É muito difícil alcançar tão alto padrão de beleza externa e internamente neste mundo, mas fica o conselho do profeta: “Volte o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza” (Dn 9.3), pois a semente guardada em cada coração’ será para as próximas gerações um louvor e honra ao Deus que criou os céus e a terra.
            Deus abençoe você!
Rev. Salvador P. Santana

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Gn.6.11-22 - FILHO OBEDIENTE.


FILHO OBEDIENTE
Gn.6.11-22

Introd.:           O maior exemplo de filho obediente é Jesus Cristo.
            Paulo, escrevendo aos Filipenses, fala que Jesus “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”, Fp.2.8.
Nar.:    Desde a criação de Adão e Eva, passaram-se 7.760 anos, então, “viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra (desde Caim) e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração”, Gn.6.5.
            [...] Deus [...] resolve dar cabo de toda carne (e escolhe) [...] Noé (como exemplo de filho obediente) [...]”, Gn.6.13.
Propos.:           Obedeça a Deus sem reclamar.
Trans.:             Filho obediente [...]   
1 – Aceita o que a Bíblia fala sobre pecado.
            Há muitos que rejeitam os pecados relacionados na Bíblia.
            Deus fala que “a terra está corrompida [...]”, Gn.6.11.
            A [...] corrupção (fala da extrema degradação moral e espiritual) [...]”, Gn.6.11.
            A [...] corrupção (aponta para os crimes hediondos – homicídio por grupo de extermínio, lesão corporal seguida de morte) [...]”, Gn.6.11.
            A terra [...] corrompida (causa destruição, a podridão da ração humana, a perversão sexual, a ruína dos relacionamentos) [...]”, Gn.6.11.
            Perceba que ainda que os homens não vejam, “a [...] corrupção está à vista de Deus (que enxerga todas as coisas boas e más) [...]”, Gn.6.11.
            [...] À vista de Deus (“[...] todas as coisas estão descobertas e patentes [...] a quem temos de prestar contas”, Hb.4.13) [...]”, Gn.6.11.
            [...] À vista de Deus [...] a terra está [...] cheia de violência (toda forma de crueldade e injustiça)”, Gn.6.11.
            A repetição “viu Deus a terra [...]”, Gn.6.12, no português, serve para inculcar em nossa mente e coração o quanto Deus leva a sério a questão da maldade no coração humano.
            A outra repetição; “[...] e eis que estava corrompida [...]”, Gn.6.12, Deus quer mostrar que qualquer um de nós é passível de erro, deslize, pecado.
            Repara; “[...] Deus (não) vê (apenas um ser humano desviando dos seus caminhos. Ele fala que é) todo ser vivente [...]”, Gn.6.12.
            Todos aqueles homens, exceto Noé, “[...] todo ser vivente havia corrompido (destruído, estragado, corroído) o seu caminho na terra (lutando uns contra os outros)”, Gn.6.12.
            Filho obediente [...]
2 – Aceita a disciplina de Deus.
            Jó declara com muita propriedade: “Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina; não desprezes, pois, a disciplina do Todo-Poderoso”, Jó 5.17.
            Veja “então, (o que) diz Deus a Noé (a mim e a você, mas Noé foi o único que ouviu Deus falar) [...]”, Gn.6.13 a respeito da maldade que impera neste mundo.
            É o próprio “[...] Deus (que) resolve (fazer o que faz porquê tudo está em suas mãos) [...]”, Gn.6.13.
            [...] Deus resolve dar cabo de toda carne (por causa do pecado cometido e não confessado) [...]”, Gn.6.13.
            [...] Deus [...] dará cabo (é) porque a terra está cheia da violência (dano, crueldade, injustiça) dos homens [...]”, Gn.6.13.
            [...] Deus disse [...] que os faria perecer (e fez) juntamente com a terra (desastre ecológico foi possível a mudança de posição na crosta terrestre)”, Gn.6.13.
            [...] Deus [...] deu cabo de toda carne [...] fez perecer juntamente com a terra (para corrigir os males causados pelo homem)”, Gn.6.13.
            Filho obediente [...]   
3 – Dá ouvidos às ordens de Deus.  
            A ordem parte do próprio Deus para “fazer uma arca de tábuas de cipreste (que pôde suportar “[...] chuva sobre a terra durante 40 dias e 40 noites [...]”, Gn.7.4) [...]”, Gn.6.14.
            Deus fez que a “[...] arca de tábuas de cipreste (estivesse sobre as águas durante 1 ano e 10 dias) [...]”, Gn.6.14.
            Deus ordenou que na “[...] arca fizesse compartimentos (Deus preocupando-se com o teto) [...]”, Gn.6.14.
            [...] E a calafetação com betume (piche) por dentro e por fora (dando segurança para chegar ao destino final)”, Gn.6.14.
            Faze uma arca (tipo de Cristo – oferece salvação, proteção) [...]”, Gn.6.14.
            Deus ordenou que a arca devia ser “feita deste modo (não de acordo com a vontade de Noé, mas segundo a vontade de Deus – muitos trabalham na igreja de acordo com o seu bel prazer e não de acordo com a Bíblia) [...]”, Gn.6.15.
            A arca devia ser “[...] feita [...] de trezentos côvados (137 m) será o comprimento; de cinquenta (23 m), a largura; e a altura, de trinta (14 m)”, Gn.6.15.
            Deus determinou as medidas para caber todos quantos devia entrar na arca.
            Deus se preocupa com o oxigênio e a luz do dia, por isso determinou “fazer ao seu redor uma abertura (respiradouro para entrada de ar e sol) de um côvado de altura [...]”, Gn.6.16.
            [...] A porta (tipo de Cristo) da arca (para entrada e saída dos ocupantes fora) [...] colocada lateralmente [...]”, Gn.6.16.
            [...] Fez pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um terceiro (para abrigar várias espécies assim como é a igreja de raças, tribos e nações – provendo misericórdia para todos)”, Gn.6.16.
            Filho obediente [...]
4 – Prepara-se para as dificuldades.             
            O preparo deve ser “porque Deus estava para derramar águas (fogo, “[...] a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão”, 2Pe.3.12) [...]”, Gn.6.17.
            Nos dias de Noé forma “[...] derramadas águas (40 dias/noite) em dilúvio sobre a terra (1 ano e 10 dias) [...]”, Gn.6.17.
            Deus assim o fez “[...] para consumir toda carne em que há fôlego de vida debaixo dos céus (no último dia será para toda a eternidade) [...]”, Gn.6.17.
            Quando Cristo voltar, “[...] tudo o que há na terra perecerá”, Gn.6.17, assim como nos dias de Noé.
            É preciso estar preparado porque “conosco, porém, Deus estabelece a sua aliança (de paz, prosperidade, amor, proteção, vida eterna) [...]”, Gn.6.18.
            A certeza que temos é de “[...] entrar na arca (tipo de Cristo – proteção, salvação) [...]”, Gn.6.18.
            Esta salvação pode se estender a “[...] tu (eu e você) e nossos filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos (para sempre)”, Gn.6.18.
            Naquele dia de grandes chuvas, Deus se preocupou “de tudo o que vivia, de toda carne, dois de cada espécie, macho e fêmea, fez entrar na arca, para os conservares vivos contigo (provisão, sustento, trabalho – no céu descansaremos)”, Gn.6.19.
            O preparo dos servos de Deus deve aguardar, esperar e confiar que “das aves segundo as suas espécies, do gado segundo as suas espécies, de todo réptil da terra segundo as suas espécies, dois de cada espécie virão a ti, para os conservares em vida (serem úteis para o trabalho)”, Gn.6.20.
            Deus ainda se preocupou em que Noé “levasse consigo de tudo o que se come, ajunta-o contigo; ser-te-á para alimento, a ti e a eles (sustento diário – eternidade, uma mesa)”, Gn.6.21.
            Filho obediente [...]
Conclusão:      Não discute, obedece.           
            Assim fez Noé (porque andava e temia a Deus) [...]”, Gn.6.22.   
            Jesus é o nosso maior exemplo de obediência, portanto, “[...] consoante a tudo o que Deus lhe ordenar (cumpra sem reclamar e não deixa outro fazer em seu lugar)”, Gn.6.22.   

            Rev. Salvador P. Santana

quarta-feira, 26 de junho de 2019

1Co.11.17-34 - A PARTICIPAÇÃO NA CEIA DO SENHOR – Privilégios e responsabilidades - 2.


A PARTICIPAÇÃO NA CEIA DO SENHOR – Privilégios e responsabilidades – 2, 1Co.11.17-34.
Introd.:           Na lição anterior vimos:
            1 – A Santa Ceia foi instituída por Cristo;
            2 – Participar da Ceia é um desejo natural dos crentes em Cristo;  
            3 – Na Ceia recordamos com gratidão a obra sacrificial de Cristo em favor do seu povo;
            4 – Evidenciamos como igreja a eficácia da obra de Cristo;
            5 – Cristo está presente espiritualmente na Ceia nos comunicando as bênçãos adquiridas por ele mesmo em favor de sua igreja;
            6 – Fundamentados na promessa do Senhor, testemunhamos a nossa esperança no regresso vitorioso de Cristo.
1 – Confiança exclusiva em Cristo.
            Ninguém pode participar da Ceia de forma “digna” se depender exclusivamente dos seus merecimentos.
            Paulo, escrevendo aos Coríntios, disse que “nisto (instruções a respeito da Ceia), porém, que [...] prescreve (à igreja), não (os) [...] louva (aprova), porquanto eles (se) ajuntavam não para melhor, e sim para pior”, 1Co.11.17.
            A respeito de que “[...] eles (se) ajuntavam não para melhor, e sim para pior”, 1Co.11.17, Paulo explica “porque, antes de tudo, estava informado haver divisões (discórdia) entre eles [...]”, 1Co.11.18.
            Essa “[...] divisão entre eles (acontecia) quando eles reuniam na igreja (não para louvar, adorar, orar, mas brigarem entre eles mesmos – mau testemunho) [...]”, 1Co.11.18.
            Perceba que “[...] Paulo, em parte, creu (porque já havia contendas, 1Co.1.10; falta de espiritualidade, 1Co.3.3; imoralidade, 1Co.5.1 dentro da igreja)”, 1Co.11.18.
            Segundo Paulo, era preciso haver discórdia, “porque até mesmo importava que houvesse partidos entre eles, (finalidade:) para que também os aprovados se tornassem conhecidos em (seu) [...] meio (a fim de que todos soubessem quem eram os insubordinados entre os fiéis)”, 1Co.11.19.
            Ao participar da Ceia Deus nos desafia a confessar a nossa dependência total e exclusiva a Ele.
            Por isso, (de Paulo dizer:) aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu (sujeito a julgamento) do corpo e do sangue do Senhor.”, 1Co.11.27.
            A instrução é para “examinar-se (o pecado deve ser confessado), pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice (sem culpa)”, 1Co.11.28.
            Veja “pois quem come e bebe sem discernir (ou reconhecer que é) o corpo (de Jesus), come e bebe juízo (neste mundo e no porvir) para si”, 1Co.11.29.
            É por este motivo que a nossa dignidade provém não de nossa “santidade” pessoal, mas sim de sermos “[...] santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas”, Hb.10.10.
            [...] Cristo Jesus [...] se nos tornou, da parte de Deus [...] (a nossa) justiça, e santificação, e redenção”, 1Co.1.30 para podermos participar da Santa Ceia.
            Na Ceia encontramos o conforto de que pertencemos ao Senhor.
            Catecismo de Heidelberg (1563) – Qual é seu único conforto na vida e na morte? Não pertenço a mim mesmo, mas a meu fiel Salvador, Jesus Cristo, que, com o seu sangue, pagou totalmente por todos os meus pecados e me libertou completamente do poder do diabo.
2 – Manifestação de nossa união.
            A exortação é para que [...] irmãos [...] quando (se) [...] reunirem para comer, (devem) esperar uns pelos outros”, 1Co.11.33.
            Na Ceia, todos nós cremos em Cristo, revelamos a nossa irmandade.
             A Santa Ceia destrói barreiras sociais, culturais, raciais, política e econômicas.
            Todos estão unidos na mesma fé porque são “[...] irmãos [...] reunidos [...]”, 1Co.11.33 para “[...] todas as vezes [...] comer [...] (o) pão e beber o cálice, anunciando a morte do Senhor, até que ele venha”, 1Co.11.26.
            Essa ação de “[...] comer [...] e beber [...]”, 1Co.11.26 simboliza o sacrifício de Cristo por nós pelo motivo do “[...] Filho de Deus, [...] me amar e a si mesmo se entregar por mim”, Gl.2.20.
            Paulo fala que, “[...] embora (sendo) muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão”, 1Co.10.17.          
            A nossa união é confirmada porque “[...] em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo [...] e a todos nós foi dado beber de um só Espírito”, 1Co.12.13.
            Calvino, comentando sobre aquele que se ausenta da Ceia, perdendo o privilégio de participar da mesma, conclui: “porque ao fazê-lo se priva da comunhão da igreja, na qual reside todo nosso bem”.
3 – Imperativo à santidade.
            Jesus instituiu a Ceia “[...] na (mesma) noite em que foi traído, (Ele) tomou o pão”, 1Co.11.23.
            Paulo, instruindo aos crentes de Corinto, fala que “[...] ele recebeu (instrução) do Senhor o que também [...] entregou (aos crentes coríntios) [...]”, 1Co.11.23.
            Alguns dizem que Judas não participou da Ceia, mas “durante a ceia [...] o diabo pôs no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a Jesus”, Jo.13.2.
            E, enquanto participavam, “[...] após o bocado, imediatamente, entrou nele Satanás. Então, disse Jesus: O que pretendes fazer, faze-o depressa”, Jo.13.27.
            Participar da Ceia, “[...] comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor”, 1Co.11.27.
            [...] Indignamente [...]”, 1Co.11.27 é trair Jesus, como Judas fez, desconsiderando o seu sacrifício remidor.
            O texto de Paulo nos intima a um exame criterioso de nossa vida e não do irmão:
            [...] Aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu (condenado) do corpo e do sangue do Senhor”, 1Co.11.27;
            A atitude de cada um é “examinar-se, pois, o homem a si mesmo (e não o outro), e, assim, coma do pão, e beba do cálice;”, 1Co.11.28;
            Cada um de nós precisa saber que, “[...] quem come e bebe sem discernir (ou reconhecer que é) o corpo (de Jesus), come e bebe juízo (condenação) para si”, 1Co.11.29.
            Não podemos participar da Ceia de forma desleixada, é preciso ter em vista o seu alto valor, considerando-a uma Ceia santa, distinta de todas as outras.
            Leon Morris – Todos têm que participar “[...] indignamente [...]”, 1Co.11.27, pois ninguém jamais pode ser digno da bondade de Cristo para conosco.
            Calvino – “A fé, ainda que imperfeita, transforma o indigno em digno”.
4 – Alimentamo-nos de Cristo.
            A igreja está indissoluvelmente unida a Cristo.
            Essa união implica nos alimentarmos – simbólica e sacramentalmene – do seu corpo, “[...] a carne [...] e do seu sangue, não temos vida em nós mesmos”, Jo.6.53.
            Todo crente tem que “[...] comer a [...] carne e beber o [...] sangue (de Jesus) tem a vida eterna, e Jesus o ressuscitará no último dia”, Jo.6.54.
            Assim como o pão e o vinho alimentam a nossa carne, o corpo e o sangue de Cristo, representados nos elementos da Ceia, nos alimentam espiritualmente.
            A nossa participação na Ceia aponta nossa imperfeição e, ao mesmo tempo, nosso desejo de nos alimentarmos de Cristo.
            Na Ceia denunciamos que somos pecadores e, ao mesmo tempo proclamamos o desejo e a esperança de não permanecermos no pecado.
5 – A eficácia da Ceia do Senhor.
            Algumas considerações:
            A – A eficácia da Ceia não depende de quem a administra.
            Os benefícios espirituais da Ceia não estão restritos à fidelidade daqueles que a ministram.
            Deus pode abençoar-nos até mesmo por intermédio de um falso servo seu; Ele faz se assim o quiser.
            A eficácia da Ceia depende da ação abençoadora de Deus.
            O Espírito é o auto da comunicação dessas bênçãos, não o homem.
            B – A eficácia reside no Espírito, não nos elementos da Ceia.
            Os elementos da Ceia permanecem o que são, pão e vinho; não sofrem nenhuma transformação metafísica.
            “A relação entre o pão e o vinho, e o corpo e o sangue, são puramente morais ou representativos” – Hodge.
            Calvino – “Deus usa o sinal como instrumento. Não que o poder de Deus esteja encarcerado no sinal, mas ele no-lo distribui por meio destes expedientes, em virtude da fragilidade de nossa capacidade”.
            A Ceia é ineficaz sem o Espírito.
            C – É necessário a fé daqueles que recebem os elementos.
            Aqueles que creem em Cristo e participam condignamente da Ceia usufruem dos benefícios que o Espírito nos comunica.
            Os incrédulos podem receber os sinais externos visualmente e alimentar-se deles (pão e vinho), mas não recebem a graça interna simbolizadas por eles.
            Recebem o sacramento, mas não o Cristo que dá sentido ao mesmo.
            A Ceia não é um meio indiscriminado de graça; ela é para o povo eleito de Deus que participa condignamente desse sacramento.
Conclusão:      Privilégios e responsabilidades ao participar da Ceia do Senhor:                
            Quando [...] nos reunis no mesmo lugar [...] (reunimos para) comer a ceia do Senhor (para nos alimentar espiritualmente) [...]”, 1Co.11.20.
            Na Ceia não podemos “[...] comer, cada um tomar, antecipadamente, a sua própria ceia (deve ser em comunhão, na igreja a fim de que não) [...] haja quem tenha fome (da comida espiritual e não é lugar para) [...] se embriagar (do vinho, mas embriagar-se do Espírito)”, 1Co.11.21.
            Por este motivo Paulo pergunta: “Não tendes, porventura, casas onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto, certamente, não vos louvo”, 1Co.11.22.
            É na igreja, em comunhão que podemos “[...] dar graças [...] partir (o pão) e dizer: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim (sofrimento)”, 1Co.11.24.
            [...] Depois de haver ceado, tomamos também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim (sofrimento)”, 1Co.11.25.
            Mas, pode acontecer de “[...] haver entre nós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem (como Judas Iscariotes)”, 1Co.11.30.
            Por este motivo é interessante “[...] nos julgar a nós mesmos, (para) não sermos julgados (pelo próprio Deus)”, 1Co.11.31.
            Mas, quando julgamos (a nós mesmos), somos disciplinados (ensinados) pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo (que não têm Cristo como Senhor)”, 1Co.11.32.
            Paulo encerra dizendo que, “se alguém tem fome (física), coma em casa, a fim de não nos reunirmos para juízo. Quanto às demais coisas, (o próprio Deus) [...] ordenará quando (eu e você) (chegarmos na mansão Eterna) [...]”, 1Co.11.34.
Aplicação:       A participação da Ceia fala sobre o compromisso voluntário de nos dedicar inteiramente ao serviço do Senhor.
           



            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor – Palavra Viva – Rev. Hermister Maia Pereira da Costa – ECC.

sábado, 22 de junho de 2019

Gn.4.26 - FILHO QUE INVOCA O SENHOR.


FILHO QUE INVOCA O SENHOR
Gn.4.26

Introd.:             Atualmente, o planeta possui cerca de 7 bilhões de pessoas e aproximadamente 2,18 bilhões de pessoas que dizem professar a fé cristã. 
            Esses dados foram revelados em um relatório do instituto de pesquisa americano Pew Research Center, e mostra uma predominância entre as duas maiores tradições cristãs do planeta: Catolicismo e protestantismo. 
            De acordo com o Pew Research, as principais tradições cristãs são a católica, com 51,4% dos fiéis; os evangélicos, 36% (sendo que a maioria segue a linha pentecostal); e os ortodoxos (1054 – correta glória), que somam 12,6%”.
            O total desses cristãos não garante que todos eles invocam o Senhor com todo o coração.
Nar.:    O texto, implicitamente, dá a entender que depois de “[...] expulso o homem [...] do jardim do Éden [...]”, Gn.3.24, o próprio homem se afastou, “[...] engordando-se [...] deu coices; engordou-se, engrossou-se, ficou nédio e abandonou a Deus, que o fez, desprezou a Rocha da sua salvação”, Dt.32.15.            
Propos.:           Qual é o fim supremo e principal do homem? O fim supremo e principal do homem e glorificar a Deus e gozá-lo para sempre” – CM.
Trans.:             Filho que invoca o Senhor [...]
1 – Está em Deus mudar o coração.
            A Bíblia fala que “viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe chamou Sete”, Gn.5.3.
            Foi o próprio “[...] SENHOR”, Gn.4.26 que proveu a substituição de Abel, o justo.
            A civilização ímpia se espalhara por meio dos descendentes de Caim por 130 anos.
            [...] Sete nasceu [...]”, Gn.4.26 para opor-se ao princípio do mal.
            [...] Sete nasceu [...]”, Gn.4.26 nomeado por Deus para reparar o dano que havia sido feito pelo próprio homem por estar longe de Deus.
            [...] Sete (heb. Compensação, broto-novo, restituído por Deus para mudar a vida maldita que havia em Caim) [...]”, Gn.4.26.
            Deus resolve mudar o coração de “[...] Sete (após o seu) nascimento [...]”, Gn.4.26.
            Deus age na vida de “[...] Sete (eu e você) [...]”, Gn.4.26, “dando-nos coração novo e pondo dentro (de) nós espírito novo; tirando de nós o coração de pedra e nos dando coração de carne (para ser trabalhado, transformado)”, Ez.36.26.
            É preciso nascer dentro de nós essa mudança vinda de Deus, a fim de que eu e você aprendamos a pedir: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável”, Sl.51.10.
            Peça a Deus para o tornar um “[...] Sete [...]”, Gn.4.26, para compensar, restituir à sua vida a bênção de viver na dependência de Deus.
            Filho que invoca o Senhor [...]
2 – Cabe a Deus implantar a regeneração.
            Eu e você precisamos nos “envergonhar quando exigimos do nosso filho o que não exigimos de nós” – W.R. Bowie.
            O apóstolo Pedro declara que “[...] fomos regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente (em cada um de nós)”, 1Pe.1.23.
            Ao “[...] nascer-lhe também um filho [...] à Sete [...]”, Gn.4.26, foi Deus quem o “[...] regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”, 1Pe.1.3.
            Como Deus começou na vida de “[...] Sete [...]”, Gn.4.26, é como a cada um de nós é ordenado a “ensinar a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”, Pv.22.6.
            Deus ordena aos pais “[...] para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do SENHOR e pratiquem a justiça e o juízo [...]”, Gn.18.19.
            [...] Sete (resolveu, não aleatoriamente e nem por vontade própria, mas ordenado por Deus) pôr o nome de Enos (em seu) filho [...]”, Gn.4.26.
            [...] O nome de Enos (heb. Homem, mortal, decadência, dependente de Deus para viver, ser transformado, mudado, regenerado para viver para Deus) [...]”, Gn.4.26.
            O médico Lucas professa que “[...] Enos (é ancestral de Jesus sendo) [...] filho de Sete, e este, filho de Adão, filho de Deus”, Lc.3.38.
            Fique sabendo que, “quando, porém, se manifesta a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não (é) por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”, Tt.3.4, 5.
            Por este motivo “[...] Sete [...] Enos [...]”, Gn.4.26, eu e você, “[...] cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram”, At.15.11.
            Filho regenerado por Deus [...]
Conclusão:       Invoca o Senhor.
            Após 235 anos, desde Adão, até Enos, e que “[...] daí se começa a invocar o nome do SENHOR”, Gn.4.26.
            Em nossos dias, seriam 3,3 gerações em que “o [...] povo (de Deus) está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque [...] (o) sacerdote, rejeita o conhecimento, também Deus (o) [...] rejeitará, para que não seja sacerdote diante de Deus; visto que (o homem tem) esquecido da lei do seu Deus, também Deus se esquecerá de seus filhos”, Os.4.6.
            [...] Daí (fala sobre o início, o ponto de partida para se buscar uma nova vida diante) [...] do SENHOR”, Gn.4.26.
            Primeiro deve haver regeneração em cada um de nós para “[...] se começar (a “[...] andar diante de Deus com fidelidade, com inteireza de coração e fazer o que era reto aos seus olhos [...]”, Is.38.3) [...]”, Gn.4.26.
            [...] Invocar o nome do SENHOR (é o nosso dever)”, Gn.4.26.
            [...] Invocar (heb. Chamar, clamar, recitar, gritar por socorro, convocar, convidar, pelo nome de Deus para eu e você ser socorrido) [...]”, Gn.4.26.
            Deus nos instrui: “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás”, Sl.50.15.
            O profeta Jeremias, em meio ao cerco de Nabucodonosor, foi orientado pelo criador a “invocar (Deus), e (Deus) [...] responderá; anunciando coisas grandes e ocultas, que não sabemos”, Jr.33.3.
            Mais que urgente, eu e você precisamos aprender “[...] a invocar [...]”, Gn.4.26 “[...] aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”, Mt.10.28.
            [...] Invoca [...]”, Gn.4.26, “um só (que) é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer [...]”, Tg.4.12.
            [...] Invoca o nome [...]”, Gn.4.26 que está “acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro”, Ef.1.21.
            [...] Invoca o nome [...]”, Gn.4.26, o qual “[...] Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome”, Fp.2.9.
            [...] Invoca (clama, pede, grita) o nome do SENHOR”, Gn.4.26, o “[...] Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra”, Gn.14.19.
            [...] Invoca o nome do SENHOR”, Gn.4.26, “que [...] do alto do seu santuário, desde os céus, baixou vistas à terra”, Sl.102.19 para abençoar o filho que tem desejos de “[...] invocar o nome do SENHOR”, Gn.4.26.
            Não seja apenas mais um entre os 2,18 bilhões de pessoas que dizem professar a fé cristã, faça de tudo para ser um filho que [...] invoca (verdadeiramente) o nome do SENHOR”, Gn.4.26   
                       

            Rev. Salvador P. Santana