quarta-feira, 12 de junho de 2019

Mt.26.26-30 - A PARTICIPAÇÃO NA CEIA DO SENHOR – Privilégios e responsabilidades – 1,.


A PARTICIPAÇÃO NA CEIA DO SENHOR –  – Privilégios e responsabilidades – 1, Mt.26.26-30.
Introd.: A Santa Ceia foi instituída por Cristo para o nosso benefício espiritual, visando nosso alimento e crescimento.
            Paulo recrimina os crentes de Corinto, porque eles não estavam discernindo esse ponto fundamental em suas reuniões.
            Aqueles crentes se “[...] ajuntavam não para melhor, e sim para pior”, 1Co.11.17, quando participavam da Santa Ceia.
            Os coríntios faziam da Santa Ceia uma ceia comum, “porque, ao comerem, cada um tomava, antecipadamente, a sua própria ceia; e havia quem tinha fome, ao passo que havia também quem se embriagava. (Paulo pergunta se eles) não tinham [...] casas onde comer e beber? (Com essa atitude dos crentes, Paulo fala que eles) [...] menosprezavam a igreja de Deus e envergonhavam os que nada tinham [...]”, 1Co.11.21, 22.
            Os mais ricos ostentavam, dando ocasião, de um lado, à glutonaria e à embriaguez e, de outro à fome dos mais pobres.
            Essa atitude era resultado do não discernimento do significado da Ceia do Senhor.
1 – A participação na Ceia.
            Todo crente que deseja fazer a vontade de Deus, crescer espiritualmente, deseja participar da Ceia, considerando ser essa a vontade de Deus.
            A Santa Ceia foi instituída “enquanto (Jesus e seus discípulos) comiam (a Páscoa) [...]”, Mt.26.26.
            Terminada a Páscoa, “[...] tomou Jesus um pão, e, abençoando-o (consagrando), o partiu, e o deu aos discípulos (12) [...]”, Mt.26.26.
            [...] Jesus disse (a) seus discípulos: Tomai, comei; isto é o meu corpo (presença espiritual para fortalecer, fazer-nos crescer espiritualmente)”, Mt.26.26.
            Perceba que no ato contínuo, Jesus, “a seguir, tomou um cálice (vinho com 3 ou 4 dedos de água) e, tendo dado graças (consagrando), o deu aos discípulos (12), dizendo: Bebei dele todos (Judas Iscariotes participou, mesmo “[...] Jesus: [...] (dizendo que) um deles é diabo”, Jo.6.70)”, Mt.26.27.
            Jesus ao dizer: “porque isto é o meu sangue (faltava pouco tempo para Jesus ser crucificado), o sangue da [nova] aliança (de ser o nosso Deus e sermos seus servos), derramado em favor de muitos (não de todos), para remissão de pecados (e salvação eterna)”, Mt.26.28.
            Paulo fala que a instituição (ordem) da Santa Ceia aconteceu “[...] na noite em que o Senhor Jesus [...] foi traído, (Ele) tomou o pão”, 1Co.11.23 para oferecer a seus discípulos para cada um relembrar o ocorrido naquela noite – traição, sofrimento.      
            É por este motivo que Paulo fala: “[...] fazei isto, todas as vezes [...] em memória de mim (sofrimento, morte, ressurreição e promessa de retorno para resgatar os seus)”, 1Co.11.25.
            A Ceia fazia parte da vida da igreja, e ela deveria continuar a ser praticada.
            O tempo verbal “[...] fazei isto [...]”, 1Co.11.24, indica uma atitude contínua: “[...] fazei isto [...]”, 1Co.11.24 e permanecei fazendo sempre.
            A nossa participação na Ceia indica a nossa obediência à ordem de Cristo.
2 – “Recordação amorosa”.
            O sacrifício de Cristo, o Deus encarnado, em favor do seu povo, é o marco decisivo de nossa salvação.
            Aquele que participa da Ceia do Senhor exercita a sua “memória amorosa”, fazendo-nos lembrar com gratidão, do sacrifício remidor de Cristo. “[...] Fazei isto em memória de mim”, 1Co.11.24
            A Ceia traz à tona o nosso pacto feito por Deus com o seu povo, que consiste na sua restauração.
            Rememoramos:
            A – A aliança de Deus feita com Israel quando “[...] tomou Moisés aquele sangue, e o aspergiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o SENHOR fez convosco a respeito de todas estas palavras”, Ex.24.8.
            B – A aliança profetizada por Jeremias que apontava um futuro não muito distante, ao dizer que “[...] viria dias (nascimento de Jesus), diz o SENHOR, em que (foi) firmado nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Porque esta é a aliança que (Deus) firmou com a casa de Israel [...] na mente (foi) [...] impresso as suas leis, também no coração (foi) [...] inscrito; Deus sendo o seu Deus, e nós sendo o seu povo”, Jr.31.31, 33.
            C – O novo pacto firmado por Deus com a sua igreja também envolve derramamento de sangue, já que “[...] sem derramamento de sangue, não há remissão”, Hb.9.22.
            Agora, o sangue derramado não é de animais, mas o sangue precioso de Cristo, o “[...] nosso Cordeiro pascal [...]”, 1Co.5.7 que se entregou em favor de muitos.
            Jesus fala: “[...] isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados”, Mt.26.28.
3 – Profissão da nossa fé.
            A Ceia é para os crentes em Cristo.
            Quando participamos, declaramos a nossa fé em Cristo, naquele que se ofereceu voluntariamente em nosso lugar, para nos redimir do pecado.
            Atestamos a eficácia do seu sacrifício em favor de sua igreja.
            Essa profissão de fé deve acontecer “porque, todas as vezes que comemos este pão e bebemos o cálice, anunciamos a morte do Senhor, até que ele venha”, 1Co.11.26.
            A Ceia tem um sentido de rememoração pública dos benefícios conquistados por Cristo para nós.
            Sempre que os crentes “[...] comem [...] (o) pão e bebem o cálice, anunciam a morte do Senhor, até que ele venha”, 1Co.11.26, professando a sua fé em Cristo.
            Na Ceia declaramos que somos filhos de Deus.
4 – Certeza de sua presença.
            Ao participar da mesa do Senhor, temos a certeza da sua presença abençoadora, por intermédio do seu Espírito.
            Nós, pela fé, “[...] comemos [...] (o seu) pão e bebemos o (seu) cálice [...]”, 1Co.11.26, sendo alimentados em nossa fé.
            Na Ceia, Cristo está presente espiritual e eficazmente, comunicando as bênçãos do pacto ao seu povo.
            É por este motivo de “[...] Jesus [...] dizer (a seus) discípulos: Tomai, comei; isto é o meu corpo [...] tomou um cálice [...] o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados”, Mt.26.26-28.
            Nos unimos a um só corpo “porque, onde estiverem dois ou três reunidos em nome (de) Jesus, ali estou no meio deles”, Mt.18.20.
            Participar da Ceia significa declarar publicamente a certeza da presença de Deus em nós, por intermédio do Espírito de seu Filho.
            Ainda que Jesus não esteja conosco fisicamente, não estamos sozinhos, porque “[...] Ele rogou ao Pai, e ele nos deu outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco [...] (portanto) não nos deixou órfãos [...]”, Jo.14.16, 18.
5 – Testemunho de nossa esperança.
            Na Ceia, a igreja declara a sua fé e a sua esperança no regresso triunfante de Cristo.
            A participação da Ceia é um ato de testemunho e renovação da nossa esperança na promessa de Cristo, “porque, todas as vezes que comemos este pão e bebemos o cálice, anunciamos a morte do Senhor, até que ele venha”, 1Co.11.26.
            Não é à toa que Jesus “[...] disse que, daquela hora em diante, não beberia do fruto da videira, até aquele dia em que [...] há de beber, novo, conosco no reino de seu Pai”, Mt.26.29.
            Na Ceia declaramos ao mundo que a história tem sentido, porque ela caminha de maneira realizante para a volta majestosa de Cristo, tal como Jesus “[...] beber, novo (com seus discípulos) [...] no reino de seu Pai”, Mt.26.29.
            Sem Cristo, a história permanece como um enigma para todos nós.
            Sem Cristo não há futuro para nenhum de nós.
Conclusão:       O nosso desejo de participar da Ceia, reflete o nosso anseio de crescer espiritualmente, nos alimentando, por graça, do próprio Cristo em companhia de nossos irmãos.
            Participar da Ceia significa reavivar em nós a confiança no Pacto de Deus conosco, que nos garante a certeza da vida eterna.
            Na Ceia, a igreja rememora a obra vitoriosa de Cristo envolvendo a sua morte e ressurreição.
            É por este motivo que, ao terminar a Santa Ceia com seus discípulos, “[...] cantaram um hino, saíram para o monte das Oliveiras”, Mt.26.30, dando assim por encerrado o Ministério de Jesus neste mundo – sofrimento, morte e ressurreição.
Aplicação:        Jesus voltará!
            Você espera o retorno de Cristo fortalecido espiritualmente?
           

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor – Palavra Viva – Rev. Hermister Maia Pereira da Costa – ECC.

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